CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas

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1 CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas Decreto-Lei n.º 53/2004 de 18 de Março Processo n.º 2224/12.9TBPRD Tribunal Judicial de Paredes 2º Juízo Cível Relatório do (Artigo 155º do CIRE) de Nova Jornelo Estofos, Unipessoal Lda. Rua da Adega, 246 Castelões de Cepeda PAREDES João Fernandes de Sousa Guimarães, 06 de Novembro de 2012 Rua de Mataduços, 121 Fermentões Ap Guimarães Tel. e Fax: Tlm: JoaoFernandesSousa@mail.telepac.pt

2 I N D I C E 1. Identificação da insolvente Competência Comissão de Credores Datas do Processo Relatório Nota Prévia Considerações Actividade desenvolvida Contabilidade Perspectivas de manutenção da empresa insolvente Proposta do Remuneração do Anexos Inventário (requerimento de pedido de dispensa) Lista Provisória de Credores

3 1. Identificação da insolvente A sociedade Nova Jornelo Estofos, Unipessoal Lda., constituiu-se por contrato de sociedade de 08/06/2006 e encontra-se registada na Conservatória do Registo Comercial de Paredes sob o número de matrícula Tem o número de contribuinte fiscal: Tem o número de Segurança Social: Não possui actualmente qualquer trabalhador ao seu serviço. O Objecto social consiste no fabrico de sofás e comércio a retalho e por grosso de sofás. A sede social é na Rua da Adega, nº 263, freguesia de Castelões de Cepeda, concelho de Paredes. O seu capital social inicial era de 5.000,00, representado por uma quota de igual valor nominal pertencente a Maria da Conceição Moreira dos Reis, que assumia também as funções de gerente. 2. Competência Tribunal Judicial de Paredes 2º Juízo Cível Processo nº 2224/12.9TBPRD Insolvência de Pessoa Colectiva (Requerida) Requerente: Paulo Fernando Barbosa de Sousa 3. Comissão de Credores Não nomeada 4. João Fernandes de Sousa Rua de Mataduços, 121 Fermentões - Apartado Guimarães Telefone e Fax: Telemóvel: JoaoFernandesSousa@mail.telepac.pt 5. Datas do Processo Declaração de Insolvência: 20 de Setembro de 2012 Publicação no Portal Citius em 27 de Setembro de 2012 Assembleia de credores de apreciação do relatório: 6 de Novembro de

4 6. Relatório 6.1. Nota Prévia Paulo Fernando Barbosa de Sousa veio requerer a insolvência da sociedade Nova Jornelo Estofos, Unipessoal Lda. alegando, em suma, ter sido alvo de despedimento ilícito e não lhe terem disso disponibilizados os montantes correspondentes a compensação e demais créditos vencidos, e que a requerida encerrou o estabelecimento que explorava e cessou a actividade, não tendo por esse facto quaisquer receitas que permitissem cumprir as suas obrigações vencidas, encontrando-se, por conseguinte, numa situação de insolvência. Foi efectuada a citação da requerida, que não deduziu oposição. Uma vez verificada nos autos a situação e por conseguinte, sem necessidade de mais considerações, face ao evidenciado, foi declarada a insolvência da apresentante no dia 20 de Setembro de 2012, pelo que nos termos do artigo 37º do CIRE, o Juiz mandou citar os credores da insolvente, nomeou o, fixou o prazo de reclamação de créditos, que se procedesse à apreensão dos bens e da contabilidade e fosse cumprido o disposto no artigo 24º do CIRE, não tendo declarado aberto o incidente de qualificação de insolvência. Foi concedido o prazo de 30 dias para os credores reclamarem os seus créditos, e foi marcada a assembleia de credores para apreciação do relatório do administrador de insolvência nos termos do artigo 155º do CIRE, para o dia 6 de Novembro de 2012 pelas 14,30 horas no 2º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Paredes. Foram preenchidos todos os requisitos do artigo 36º do CIRE, nomeadamente o relacionado com as alíneas f) e g), no que tange à satisfação pelo devedor da entrega imediata ao administrador de insolvência dos documentos referidos no nº 1 artigo 24º. A gerente da insolvente e seus colaboradores responderam à chamada para assistir o administrador da insolvência para o bom exercício das suas funções, com vista à apresentação na assembleia de credores do relatório elaborado nos termos do referido artigo 155º do CIRE. É pois sua convicção de que o trabalho desenvolvido permitirá transmitir a todos os credores as informações necessárias e suficientes para poderem decidir em consciência a proposta que vai ser apresentada. 3

5 6.2. Considerações O deixa aqui o seu relatório de forma a permitir que seja apreciado e dele extraído o que as partes envolventes entenderem ser o melhor para a solução do processo Actividade desenvolvida A empresa insolvente dedicava-se à actividade de fabrico de mobiliário de outros materiais para outros fins, CAE e comércio por grosso de móveis para uso doméstico, carpetes, tapetes e artigos de iluminação, CAE 46470, actividade essa desenvolvida desde O estabelecimento encontra-se actualmente encerrado e a actividade paralisada desde Março de 2012, conforme consta já dos autos, tendo sido efectuado o encerramento para efeitos de IVA com a data de 30/03/2012. Pela análise dos registos contabilísticos foi dado a constatar que: Vendas e Prest. Serv , , ,36 CMVMC , , ,22 FSE , , ,11 Custos Pessoal , , , Result Opererac , , ,47 Resultado Liquido , , ,47 É observável que a exploração se tem revelado negativa nos últimos anos, não gerando a actividade proveitos suficientes sequer suficientes para suportar os custos correntes de exploração, tendo acumulado resultados operacionais negativos nos três últimos anos. Em termos de equilíbrio funcional do balanço, a situação líquida é negativa desde o exercício de 2008, estando comprovada a situação de insolvência técnica Contabilidade Ao foi apresentada e facilitada a consulta em tempo útil dos dados necessários ao desempenho da sua análise contabilística, económica, financeira e fiscal da empresa. A contabilidade encontra-se actualizada e é convicção do que esta reflecte em termos de substância e materialidade os saldos das operações e que nela está reflectida a real situação económica e financeira da insolvente 4

6 No que diz respeito às obrigações declarativas, foi entregue a IES referente aos anos de 2009, 2010 e 2011, bem como as declarações Modelo 22 e as restantes obrigações declarativas fiscais Perspectivas de manutenção da empresa insolvente O administrador de insolvência não vê qualquer possibilidade de manutenção da actividade da insolvente. Tal opinião é sustentada no facto de a actividade da empresa se encontrar já paralisada, sem trabalhadores nem perspectivas de obtenção de novas encomendas, ou do financiamento necessário para relançar a actividade, não tendo sido manifestado qualquer interesse na recuperação da actividade pelos sócios ou qualquer investidor. Entretanto terá de ser a Assembleia de credores a deliberar, depois de apreciado este relatório, sobre o encerramento da empresa ou qualquer outro destino que se pretenda para a insolvente Proposta do Face ao descrito nos pontos anteriores o propõe: que seja submetida à discussão e votação o encerramento definitivo do estabelecimento artigo 156º nº 2 do CIRE; e efectuada pelo tribunal a comunicação à administração fiscal (Serviço de Finanças de Paredes) para efeitos de cessação da actividade para efeitos de IRC artigo 65º nº 3 do CIRE que se proceda com a maior celeridade possível à liquidação do activo da empresa, para posterior pagamento em rateio aos credores de conformidade com a graduação de créditos a efectuar Remuneração do Não se afigurando ao conveniência para a aprovação de qualquer plano de insolvência, desde já propõe-se levar a efeito o processo de liquidação do activo da insolvente mediante a retribuição do valor da remuneração fixa legalmente estipulada e constante do nº 1 do artigo 1º da portaria nº 51/2005 de 20 de Janeiro e da parte variável de conformidade com o anexo I da Tabela a que se refere o nº 2 do artigo 20º da Lei nº 32/2004, de 22 de Julho, que aprovou o estatuto do administrador de insolvência, na redacção do DL 282/2007 de 07 de Agosto. 5

7 7. Anexos 7.1. Inventário (requerimento de pedido de dispensa) Relativamente ao inventário foi nesta data requerida a dispensa da sua apresentação nos termos do nº 5 do artigo 153º do CIRE, em virtude de ter sido já efectuada a apreensão de bens Lista Provisória de Credores Junta-se a este relatório a lista provisória de credores, nos termos do artigo 154º do CIRE. Guimarães, 06 de Novembro de 2012 O João Fernandes de Sousa 6