Compensação de Sistemas Elétricos. Desequilíbrios e Compensação. Luís Carlos Origa de Oliveira

Documentos relacionados
Circuitos Elétricos II Experimento 1 Experimento 1: Sistema Trifásico

P r o f. F l á v i o V a n d e r s o n G o m e s

Circuitos Elétricos II Experimento 1 Experimento 1: Sistema Trifásico

Eletrotécnica TEXTO Nº 7

Eletrotecnia Aplicada Transformadores (parte 3) Engenharia Eletrotécnica e de Computadores ( )

TE 274 Tópicos Avançados em Eletrônica I. Cap. 5 Desequilíbrio de tensão. Prof. Mateus Duarte Teixeira

Conversão de Energia II

Análise de Circuitos Trifásicos Desequilibrados Utilizando-se Componentes Simétricas

5. Análise de Curto-Circuito ou Faltas. 5.3 Curto-Circuitos Assimétricos

Roteiro- Relatório da Experiência Nº 03 Potência Monofásica e Correção do Fator de Potência

Conversão de Energia I

Conversão de Energia II

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte III

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 14

FUNÇÕES. Funções. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I

O Amplificador Operacional

Propriedades Matemáticas

Diagrama de Blocos. Estruturas de Sistemas Discretos. Grafo de Fluxo. Sistemas IIR Forma Directa I

Roteiro-Relatório da Experiência N o 6 ASSOCIAÇÃO DE QUADRIPOLOS SÉRIE - PARALELO - CASCATA

Lista de Problemas H2-2002/2. LISTA DE PROBLEMAS Leia atentamente as instruções relativas aos métodos a serem empregados para solucionar os problemas.

Formulário Equações de Maxwell:

Conversão de Energia II

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

Modelos Teóricos para Análise de Transformadores Baseados em Modelos Simplificados de Impedância e de Elementos Concentrados

AVALIAÇÃO DE RESSONÂNCIA EM CIRCUITOS COM ELEVADO NÍVEL DE COMPENSAÇÃO. Cesar Augusto Cedrola Junior

Medidas Mecânicas UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA. Prof. Leopoldo de Oliveira

Conversão de Energia I

Introdução (1/2) Rotor. Fonte elétrica 1. Fonte elétrica. T arm. Estator

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P3 24 de junho de 2010

weekday hour holidays o diagrama de potências, a ponta do diagrama (MW) a energia vendida, a energia a distribuída (MWh)

FORÇA LONGITUDINAL DE CONTATO NA RODA

4 SISTEMAS DE ATERRAMENTO

Resumo. Estruturas de Sistemas Discretos. A Explosão do Ariane 5. Objectivo. Representações gráficas das equações às diferenças

Modelagem Matemática de Sistemas Eletromecânicos

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I INFORMAÇÕES GERAIS. Prof.

20/07/15. Matemática Aplicada à Economia LES 201

Corrente alternada no estator: enrolamento polifásico; Rotor bobinado: corrente contínua; Máquina de relutância;

EFEITOS DO DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES DE SUPRIMENTOS NOS MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICO EFFECTS OF IMBALANCE OF SUPPLY VOLTAGES IN INDUCTION MOTORS

Métodos Varacionais aplicados ao modelamento de Descontinuidades em Guia em dois planos

Física D Extensivo V. 2

Física III Escola Politécnica Prova de Recuperação 21 de julho de 2016

Condução elétrica em metais

PUC-RIO CB-CTC. P1 DE ELETROMAGNETISMO segunda-feira. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma:

Capítulo 14. Motor de Corrente Contínua. Analise: Figura Figura 14.2

1 Distribuições Contínuas de Probabilidade

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

Escola Politécnica FGE GABARITO DA P2 15 de maio de 2008

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P1 28 de agosto de 2012

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

A Lei das Malhas na Presença de Campos Magnéticos.

Aula 3 Controle de Velocidade Motor CC

Máquinas de Corrente Contínua

FGE Eletricidade I

DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido Definição, Propriedades e Exemplos

Eletrônica de Potência

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO TUTORIAL

Quantidade de oxigênio no sistema

APLICAÇÃO DO RELÉ DE DISTÂNCIA DIGITAL SEL 311-C

PROJETO DE DIPLOMAÇÃO

Progressões Aritméticas

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P2 16 de maio de 2013

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

Exercícios de Dinâmica - Mecânica para Engenharia. deslocamento/espaço angular: φ (phi) velocidade angular: ω (ômega) aceleração angular: α (alpha)

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 13

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 12

Técnicas de Análise de Circuitos

Prof. Ms. Aldo Vieira Aluno:

Física D Extensivo V. 2

E m Física chamam-se grandezas àquelas propriedades de um sistema físico

Termodinâmica e Estrutura da Matéria 2013/14

Trigonometria FÓRMULAS PARA AJUDÁ-LO EM TRIGONOMETRIA

ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES. Prof. Ademilson

Lista de Exercícios de Física II - Gabarito,

Escola Politécnica FGE GABARITO DA P2 14 de maio de 2009

Física III Escola Politécnica GABARITO DA PS 27 de junho de 2013

Resolução 2 o Teste 26 de Junho de 2006

1. A tabela mostra a classificação das ondas eletromagnéticas em função das suas frequências.

Integrais de Linha. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Francisco Beltrão. Cálculo Diferencial e Integral 3B

Eletrotécnica. Módulo III Parte I Motores CC. Prof. Sidelmo M. Silva, Dr. Sidelmo M. Silva, Dr.

Laboratórios de Máquinas Eléctricas

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno

Conversão de Energia I

Quantificação das Perdas Reais e Aparentes - Case de

AULA 3 ACIONAMENTO COM MÁQUINAS CC

Do programa... 2 Descobre o teu livro... 4

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA

Vectores Complexos. Prof. Carlos R. Paiva

Aplicações de Conversores Estáticos de Potência

Funções Lógicas: Formas Padrão. Mintermos x Maxtermos. Forma Padrão: soma de produtos. Forma Padrão: produto de somas 22/3/2010

8/5/2015. Física Geral III

4.4 - Acelerômetros Combinados. Montagem: x 2. referência. Circuito: - + S v. a 1 = E 1 + E 2. a 2 -E 1 = E 2. Características de Sensores

Física III Escola Politécnica de maio de 2010

Transcrição:

Compensção de Sistems Elétricos Desequilíbrios e Compensção Luís Crlos Orig de Oliveir

A Btlh dos Sistems Corrente Contínu Corrente Alternd X Edison Morgn Tesl Westinghouse questões científics envolvids ness disput fvoreci d CA; pr desqulificr o uso d CA, os defensores d CC se poivm n demonstrção dos perigos oferecidos pelo uso d CA; embte decisivo foi no processo licittório pr escolh do sistem de gerção e distribuição de energi elétric de Nigr Flls pr limentr cidde de Bufflo situd 40 km de distânci; Westinghouse Compny gnhou com um orçmento substncilmente inferior (890). A primeir btlh foi vencid pel CA de Tesl

T&D em Corrente Alternd Gerção com form de ond senoidl Frdy / Mxwell 864 Derivds e integris são funções senoidis Adequção dos níveis de tensão Trnsformdor 3

Estrtégi n T&D d Energi Elétric C.C. S C.A. Tensão no gerdor. limite de isolmento do gerdor. Adequd pr o consumidor.i.i Controle do nível d tensão de trnsmissão. corrente menor Perds elevds n trnsmissão R.I R.I Redução ds perds n trnsmissão Uso finl C.I Controle do nível pr uso finl 4

T&D em C.A. Trifásic Sistem trifásico de tensões: Gerção simultâne de três tensões com mesm mplitude com defsgens ngulres de 0 entre si. Otimizção d trnsferênci de potênci; Máquins elétrics sem uso de coletores pr cionmento de crgs com velocidde constnte. A pdronizção ds redes de trnsmissão e distribuição de energi elétric. 5

A Hegemoni do T&D em CA Constituição básic de um sistems de trnsmissão em CA 890 60 nos 950 6

Desequilíbrios (definições) Definição: O desequilíbrio de tensão é o fenômeno ssocido lterções dos pdrões trifásicos de um rede elétric ( tensões com mesm mplitude por fse e defsmentos ngulres de 0 o ) oltge Imblnce of.5% b c 0000 7500 5000 oltge () 500 0-500 -5000-7500 3.5-0000 3.0 0.00 0.0 0.0 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 Time (s).5 Electrotek/EPRI PQiew.0 oltge Imblnce t Medium oltge Substtion Computed from Line-Neutrl Phses Min[ Imblnce Avg LN] (%) Avg[ Imblnce Avg LN] (%) Mx[ Imblnce Avg LN] (%).5.0 0.5 0.0 Feb 003 Electrotek/EPRI 8 St 5 St St St Time PQiew 7

Desequilíbrios (cuss ) Principis cuss: Crgs, devido distribuição irregulr por fse, que pode estr vrindo continumente trvés de um sistem de potênci trifásico. Trnsformdores trifásicos, devido às diferençs mgnétics oriunds d su própri construção, resultm em correntes de mgnetizção ligeirmente diferentes pr s três fses. Linhs éres de trnsmissão com disposição físic ssimétric e sem trnsposição. Este é o cso ds linhs em que os condutores são linhdos no mesmo plno horizontl ou verticl. Nests configurções, fse centrl present um impedânci d ordem de 6 7% inferior às impedâncis ds fses mis externs pr linhs de 69 ou 3,8 k. Anomlis no sistem, como bertur de um condutor, flh n isolção de um equipmento ou bertur de fusíveis em um ds fses de um bnco de cpcitores (responsáveis pelos desequilíbrios superiores 5%). No cmpo industril, um ds principis fontes de desequilíbrios está no emprego de fornos elétricos trifásicos rco. Durnte o processo de fusão e refino crg elétric equivlente provoc diferentes crregmentos entre s fses, originndo lts correntes desequilibrds que provocm grndes desequilíbrios ns tensões. 8

Redes Desequilibrds (métodos de nálise) Metodologi ds Componentes Simétrics ( Fortescue, 98 ) Fsores desequilibrdos de um sistem trifásico podem ser representdos por três sistems equilibrdos de fsores. Componentes de Sequênci Positiv: Três fsores iguis em módulo, defsdos de 0 e tendo mesm seqüênci que os fsores originis Componentes de Sequênci Negtiv: Três fsores iguis em módulo, defsdos de 0, e tendo seqüênci de fse opost dos fsores originis. Componentes de Sequênci Zero: Três fsores iguis em módulo e em fse. 9

Componentes Simétrics: Redes Desequilibrds (métodos de nálise) T - Sub Sistem Elétrico Equilibrdo De Sequenci Positiv Sistem Elétrico Rel Desequilibrdo Sub Sistem Elétrico Equilibrdo De Sequenci Negtiv Sub Sistem Elétrico De Sequenci Zero T 0

Fsores desequilibrdos, b, e c 0 c b. α α α α 0 0 b 0 c 0 0 b b b b 0 c c c c Τ 0 bc Em relção à fse A: Pel definição: α = 0 Representção Mtricil c b. α α α α 0 3 bc Τ 0 Metodologi ds Componentes Simetrics (Fortescue, 98) Redes Desequilibrds (métodos de nálise)

Redes Desequilibrds (métodos de nálise) Exemplo: c b 0 b c c c c c 0 b b b 0 b 0 =b 0 =c 0

Redes Desequilibrds (métodos de nálise) Bsedo ns componentes sequenciis define-se: Sistem trifásico simétrico: 0 ou 0 e 0 =0 Sistem trifásico puro: 0 e 0 e 0 =0 Sistem trifásico impuro: 0 e 0 e 0 0 3

Principis consequêncis: Desequilíbrios (efeitos) Aumento ds perds ns linhs e no complexo elétrico como um todo. Ests perds não pens resultm em gstos finnceiros indevidos, como tmbém, implicm em redução ds potêncis úteis disponíveis de linhs e equipmentos. Dispositivos pr o controle e regulção de tensão responderão indevidmente se s tensões se presentm desequilibrds. Já form registrds ocorrêncis em que o equipmento reguldor de tensão elevou tensão qundo, de fto, deveri reduzi-l. Fluxo de correntes de sequenci zero pelos condutores neutros. Deslocmento de neutro ds crgs monofásics em relção referênci de neutro do sistem. Aquecimento e oscilções de torque em máquins elétrics, vibrções e perd de vid útil dos mncis. 4

Principis consequêncis: Desequilíbrios ( derting ) Aumento d tempertur de operção Sequênci positiv FD (%) ( I ) 0.0 0 0 ºC Sequênci negtiv.0 5 5 ºC 3.5 7 5 ºC Motores e gerdores 5.0 38 30 ºC Grnde quntidde Ftor de degrdção d potênci disponível Sensibilidde elevd Impedânci Z (0, 0,4 Z) I ( elevd) Torques oscilntes Aquecimento 5

Desequilíbrios (Quntificção) Avlição do nível de desequilíbrio em redes elétrics 6

Desequilíbrios (regulmentção) Norms e Recomendções Procedimentos de Distribuição de Energi Elétric no Sistem Elétrico Ncionl PRODIST - Módulo 8 Qulidde d Energi Elétric Definição: Determinção: FD.00 3 6. b bc c FD.00 3 6. b bc c 4 4 4 O vlor de referênci nos brrmentos do sistem de distribuição, com exceção d BT, deve ser igul ou inferior %. (PRODIST/ANEEL Modulo 8 / itens 5.6. vlor de referênci). 7

Luís Crlos Orig de Oliveir orig@dee.feis.unesp.br 8