CONJUNTURA ECONÔMICA. Por José Augusto Arantes Savasini. Julho/ 2014

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meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

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Transcrição:

CONJUNTURA ECONÔMICA Por José Augusto Arantes Savasini Julho/ 2014

Copa do Mundo engraçada BRASIL

Fiscal continua expansionista Trajetória do superávit primário para meta de 1,9% do PIB (R$ bilhões ac. ano) 59.650 50.257 Estimado até maio Realizado até maio 31.481 18.102 10.598 13.561 Setor Público Consolidado Governo Central Governos Regionais Fonte: BCB RA. Proj. RA Último dado: maio/14

Desaceleração da atividade já se reflete na arrecadação Variação dos tributos entre maio/14 e maio/13 (termos reais) Demais IPI Total 3,92 Rec previd. 1,05 Imp. Import. -0,69 Total -5,52 IRPF -5,59 PIS/PASEP -6,53 Cofins -9,33 IR -10,50 IOF -10,51 IRPJ -19,32 CSLL -23,18 CIDE -43,40 18,71 (%) Fonte: STN RA Último dado: maio/14

jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 Despesas seguem crescendo acima das receitas Taxa de crescimento da receita líquida* e despesa total (% ac. 12m IPCA) 14% 11% 8% 5% 2% -1% Receitas líquidas Despesas totais -4% -7% Fonte: STN RA. *excluíndo capitalização da Petrobras/2010 e Refis+leilão de Libra/2013 Último dado: maio/14

Trajetória do superávit primário ex. receitas extraordinárias (acum. 12 M % PIB) -4,10-3,60-3,10-2,60 Superávit primário ex. extraordinárias Traj. p/ meta cheia (3,2%) Traj. p/ meta governo (1,9%) Traj. p/proj. RA (1,5%) -2,10-1,60-1,10-0,60 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: BCB RA. Último dado: maio/14

política fiscal orçamento atual: sociedade não leva a sério. nenhum corte de despesa é consistente, vai tudo para restos apagar. restos a pagar não contabilizados: despesas são incorridas, mas serão contabilizados quando alguém mandar. exemplo: juros dos empréstimos subsidiados do BNDES. como um orçamento pode ter 81% das receitas já alocadas? continuamos com a despesa crescendo mais que a receita, o que deve perdurar por todo este ano, pois o crescimento do PIB ficará próximo de 1% gás para a inflação!

reforma tributária começar pelos impostos de importação, mecanismo de reação preferido do governo em tempos de câmbio valorizado na indústria automobilística, após chegarmos ao máximo de 35%, introduzimos uma alíquota de 30% de IPI. Não é a toa que todo mundo quer ter uma fábrica no Brasil, dado o nível de proteção estratosférico. política de desenvolvimento regional quase inexistente, precisa ser aperfeiçoada não se sabe o nível de proteção efetivo dado à indústria hoje, tamanha a colcha de retalhos do sistema tributário!

jan/08 jun/08 nov/08 abr/09 set/09 fev/10 jul/10 dez/10 mai/11 out/11 mar/12 ago/12 jan/13 jun/13 nov/13 abr/14 IPCA - Livres x Administrados IPCA Administrados Livres (% 12 meses) 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Fonte: IBGE RA. Último dado: jun/14

jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 IPCA Projeção RA Efetivo (% 12 meses) 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 Fonte: IBGE RA. Último dado: jun/14

política monetária Para sanar a inflação elevada gerada pelo fiscal expansionista, adotam-se dois caminhos: 1. Represamento de administrados: governo não autoriza aumento nos derivados de petróleo e a na energia elétrica em um ano de queda de sua oferta. Afeta: indústria de cana de açúcar, Petrobras indústrias que usam a energia elétrica intensivamente, como alumínio e metais.

Defasagem entre preço nacional e internacional da gasolina (US$/litro) Gulf Coast Petrobras 0,85 0,75 0,65 0,55 0,45 0,35 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 0,25 Fonte: EIA RA. Úl timo da do: 30/jun/14

Defasagem entre preço nacional e internacional do diesel (US$/litro) 1,4 Diesel Internacional Diesel ANP 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Fonte: EIA RA. Último dado: 30/jun/14

jan/00 ago/00 mar/01 out/01 mai/02 dez/02 jul/03 fev/04 set/04 abr/05 nov/05 jun/06 jan/07 ago/07 mar/08 out/08 mai/09 dez/09 jul/10 fev/11 set/11 abr/12 nov/12 jun/13 jan/14 Energia armazenada nos reservatórios do SE/CO (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 média 2001 = 28% 30/6/14 = 36,60% 10 Fonte: ONS RA Último dado: 30/6/2014

Nível dos reservatórios vs Capacidade Instalada (%) 100,0 92,2 96,3 99,7 79,0 74,5 89,5 68,6 90,8 92,8 84,0 Média junho, de 2010 a 2013 Junho 2014 92,7 80,9 75,4 62,7 39,2 44,5 46,6 15,4 15,7 26,6 22,0 Fonte: ONS RA 27,7% 16,9% 6,8% 4,5% 3,4% 3,3% 3,1% 3,0% 2,9% 2,9% 25,5% Itaipu Tucuruí Ilha Solteira Itumbiara São Simão G. B. Munhoz Jupiá Luiz Gonzaga Marimbondo Itá Demais

Consumo de energia elétrica (Mwmed/1000, dessazonalizado) 65 60 55 50 jan/08 ago/08 mar/09 out/09 mai/10 dez/10 jul/11 fev/12 set/12 abr/13 nov/13 45 Fonte: ONS RA. Último dado: maio/14

Preço da energia no mercado livre (R$/MWh) 800 700 600 500 400 300 200 100 0 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Fonte: CCEE RA. Último dado: 18/07/14 900

política monetária 2. Alta dos juros: choque sobre preços livres deve ser grande, porém não tão grande a ponto de causar recessão.

Taxa juros a Pessoa Física (média com recursos livres) (% aa) 53 48 43 38 jan/08 ago/08 mar/09 out/09 mai/10 dez/10 jul/11 fev/12 set/12 abr/13 nov/13 33 Fonte: BCB RA. Último dado: maio/14

Saldo de crédito a Pessoa Física (Var. interanual do saldo inflacionado a preços de hoje, %) 25 Recursos livres Recursos direcionados 20 15 10 5 0 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 Fonte: BCB RA. Último dado: maio/14

Inadimplência do crédito com rec. Livres - Pessoa Física Acima de 90 dias De 15 a 90 dias (atrasos como % da carteira) jan/02 mar/03 mai/04 jul/05 set/06 nov/07 jan/09 mar/10 mai/11 jul/12 set/13 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 Fonte: BCB RA. Último dado: maio/14

População Ocupada e PEA População Ocupada PEA (Var. % anual) 5 4 3 2 1 0-1 jan/05 dez/05 nov/06 out/07 set/08 ago/09 jul/10 jun/11 mai/12 abr/13 mar/14 Fonte: IBGE.*Maio é estimativa com base nos resultados de 4 regiões. Último dado: maio/14

Produção e vendas de veículos Produção excluindo exportações Vendas (mil unidades, ajustado sazonalmente) 380 330 280 230 180 130 jan/08 set/08 mai/09 jan/10 set/10 mai/11 jan/12 set/12 mai/13 jan/14 80 Fonte:Anfavea Fenabrave RA. Último dado: jun/14

Índice de Confiança (mar/10=100) 107 102 97 92 Indústria Serviços Consumidor jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 87 82 Fonte: FGV RA. Último dado: jun/14

política cambial Como a política monetária tem limites para atuar, há uma inflação de administrados represada e a política fiscal segue expansionista, usa-se a política cambial visando valorizar o real frente ao dólar para conter os preços domésticos. Com isto, a exportação de produtos manufaturados só cai, mesmo naqueles setores que ainda temos alguma produtividade. A industria pede maiores imposto de importação e taxação via dumping.

jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 out-12 nov-12 dez-12 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 Moedas emergentes* e moedas fortes em relação ao dólar 135 Dollar index (dir.) 130 média emergentes (esq.) 125 120 115 (2000=100) 89 87 85 83 81 79 110 77 Fonte: Bloomberg RA. *média de 14 países emergentes Último dado:01/07/14

Real se deprecia menos que os emergentes R$/US$ em relação a moedas emergentes* (2000=100) 1,05 1 0,95 Programa de intervenções diárias do BCB. 0,9 0,85 0,8 jan-12mar-12mai-12 jul-12 set-12nov-12jan-13mar-13mai-13 jul-13 set-13nov-13jan-14mar-14mai-14 jul-14 Fonte: Bloomberg RA. *média de 14 países emergentes em relação do dólar Último dado:01/07/14

mai-02 set-02 jan-03 mai-03 set-03 jan-04 mai-04 set-04 jan-05 mai-05 set-05 jan-06 mai-06 set-06 jan-07 mai-07 set-07 jan-08 mai-08 set-08 jan-09 mai-09 set-09 jan-10 mai-10 set-10 jan-11 mai-11 set-11 jan-12 mai-12 set-12 jan-13 mai-13 set-13 jan-14 mai-14 mas montante outstanding é recorde Exposição cambial da dívida pública às operações de swap cambial (R$ bilhões) 250 Swap 200 150 100 50 0-50 -100 Fonte: BCB STN RA. Último dado: maio/14

Taxa de crescimento da média diária das exportações e importações (% dia útil a/a) Exportações Importações 60 40 20 0-20 -40 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: MDIC RA. Último dado: jun/14

Economia internacional EUA, EURO E CHINA

volatilidade segue em mínimos históricos VIX e VSTOXX VIX vstoxx 70 60 50 40 30 20 10 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 0 Fonte: Bloomberg RA. Último dado: 1/7/14

CDS Emergentes CDS Emergentes (pb) 230 210 190 170 150 130 110 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 90 Fonte: Bloomberg RA. Último dado: jul/14

Percepção relativa de risco Brasil CDS Brasil 230 210 190 170 150 130 110 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 90 Fonte: Bloomberg RA. Obs: aumento indica piora. Último dado: jul/14

cenário externo Só vai influenciar quando salários nos EUA subirem além do esperado, afetando a inflação. Isto pode acontecer no início de 2015. Então as taxas de juros nos EUA aumentarão e os recursos externos sairão do Brasil, a menos que se queira taxa de juros estratosféricos para segurá-los. Na China, desaceleração à vista, o que, em conjunto com boa oferta de commodities, deve manter os preços de alimentos em patamar mais baixo. Bom para a inflação, ruim para a balança comercial. Na Europa, mais injeções de liquidez, que poderão contrabalançar, em parte, os efeitos da retirada de liquidez nos EUA. Mas, neste jogo, EUA é mais importante que a Zona do Euro, então prevalece o efeito de saída de capitais do país.

traduzindo em números CENÁRIO

CENÁRIO MACROECONÔMICO 2012 2013 2014 2015 Ef. Ef. Prev. Prev. PIB real (%) 1,0 2,5 1,0 1,1 Primário (% do PIB) -2,4-1,9-1,5-2,0 Déficit Fiscal Nominal (% do PIB) 2,5 3,1 4,0 3,8 Balança Comercial (US$ bilhões) 19,4 2,6 0,0 1,0 Transações correntes (% do PIB) -2,4-3,7-3,8-3,8 IPCA - IBGE (%) 5,8 5,9 6,3 6,0 Meta para Selic fim de período (%) 7,25 10,00 11,00 11,00 Taxa de câmbio Final de período (R$/US$) 2,04 2,34 2,35 2,50 Riscos: Racionamento de energia Forte apreciação do dólar Forte desaceleração chinesa

conclusão A inflação continua apontando para 6,3%, com todos estas políticas destoantes. As exportações caem e as importações também. Ninguém quer investir e produzir. A soma das exportações e importações em relação ao PIB cai. Este é um grande sinal que o ritmo de atividade continuará caindo. O nível de confiança dos investidores no governo já caiu há muito tempo (4 anos). Numa profecia auto-realizável, tende a cair ainda mais, com o crescimento baixo. Os empresários realmente estão esperando novos sinais para voltar investir. Se nada for feito depois das eleições, existe um grande risco de que as agências de ratings vão diminuir a nota do Brasil, em um ou dois pontos.