Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014

Transcrição

1 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de Planejamento Financeiro SUPLA 1

2 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre 2014 Setor Externo No acumulado janeiro-fevereiro de 2014, o saldo do comércio exterior brasileiro registrou déficit de US$ 6,2 bilhões, ante US$ 5,3 bilhões no mesmo bimestre de O saldo da balança comercial apresenta trajetória de queda desde meados de 2012 no acumulado em doze meses. No acumulado janeiro-fevereiro deste ano, as exportações somaram US$ 31,0 bilhões, um acréscimo de 1,4% sobre igual período de 2013, mas retração de 3,4% quando analisado pela média diária. As importações registraram US$ 38,1 bilhões no primeiro bimestre de 2014, valor 3,6% acima do verificado em igual período de 2013, mas com queda de 1,4% pela média diária. 270 Exportação, Importação e Balança Comercial (Acumulado em 12 meses em US$ Bilhões) Exportação e Importação mar/08 jul/08 nov/08 mar/09 jul/09 nov/09 mar/10 jul/10 nov/10 mar/11 jul/11 nov/11 mar/12 jul/12 nov/12 mar/13 jul/13 nov/13 mar/ ,6 0 Saldo Fonte: MDIC Elaboração: CAIXA/SUPLA/GECEN Saldo Exportação Importação O balanço de pagamentos (BP) apresentou superávit de US$ 3,1 bilhões no período de janeiro a fevereiro de No acumulado em doze meses, o saldo do BP segue com déficit relativamente estabilizado em torno de US$ 6,0 bilhões. 2

3 85 Resultado do Balanço de Pagamentos (Acumulado em 12 meses em US$ bilhões) fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13-6,1 fev/14 Fonte: Bacen Elaboração: CAIXA/SUPLA/GECEN As reservas internacionais registraram US$ 377,2 bilhões em fevereiro no conceito liquidez, aumentando em US$ 1,8 bilhão em relação ao estoque do mês anterior. Em relação ao câmbio, o início da redução dos estímulos monetários nos EUA trouxe volatilidade para os mercados, não só no Brasil mas nos países emergentes em geral. Já o rebaixamento do rating brasileiro pela agência de classificação de risco Standard & Poor s em março não teve grande repercussão no mercado cambial. Os investidores já haviam precificado este rebaixamento e fizeram uma análise mais voltada para a classificação da perspectiva do rating, que ficou como estável, do que para o próprio downgrade, que já era esperado. Dessa forma, não se verificou um movimento de saída de divisas e também não há expectativas de um novo rebaixamento no curto prazo. O Banco Central do Brasil continuou seu programa de injeção de liquidez iniciado em 2013, mas com uma intensidade menor em 2014, com leilões de dólares e rolagem de contratos de swap cambial, o que tem contribuído para minimizar as volatilidades mais excessivas. 400 Reservas Internacionais (Conceito Liquidez - Total) 2,50 Taxa de Câmbio (R$/US$ - Venda) 350 2,45 US$ Bilhões ,40 2,35 2,30 2,25 2,20 2, ,10 2,05 2,00 50 fev/09 jun/09 out/09 fev/10 jun/10 out/10 fev/11 jun/11 out/11 Fonte: Bacen Elaboração: CAIXA/SUPLA/GECEN fev/12 jun/12 out/12 fev/13 jun/13 out/13 fev/14 1,95 1,90 out-12 nov-12 dez-12 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 3

4 Atividade Econômica De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do quarto trimestre de 2013 avançou 0,7% frente ao terceiro trimestre, acima das expectativas de mercado que apontavam alta em torno de 0,23%. Com o resultado, a economia cresceu 2,3% no ano, acelerando frente a 2012 (1,0%). Com relação ao resultado fechado para 2013, a agropecuária foi o setor que mais chamou atenção em face do maior crescimento anual já registrado desde o ano de Outro destaque importante foi o crescimento da demanda por formação bruta de capital fixo, que avançou 6,3%, após ter mostrado queda de 4,0% em Nesse quesito, a contribuição do setor de produção de máquinas e equipamentos foi relevante, figurando entre os setores que mais cresceram dentro da indústria. Crescimento do PIB (Var. % acum. em 4 Trim. / Ref. 4T 2013) 8,4% 7,0% Oferta Demanda 6,3% 1,3% 2,0% 2,3% 2,3% 1,9% 2,5% Agropecuária Indústria Serviços PIB Cons. Famílias Cons. Adm. Pública FBCF Exportação Importação Fonte:IBGE Elaboração: CAIXA/SUPLA/ GECEN Mercado de Trabalho A taxa de desemprego fechou o ano de 2013 no patamar mais baixo da série histórica: 5,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Os dados de fevereiro mostraram que o movimento de queda do desemprego se manteve, uma vez que a taxa ficou em 5,1%, ante 5,6% em fevereiro do ano passado. A recente perda de ritmo do crescimento da PEA tem contribuído para a redução da taxa de desocupação. Aliás, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, nas cinco últimas pesquisas do IBGE houve retração da PEA, sob um contexto de menor incremento de pessoas ocupadas e uma queda mais acentuada do número de desempregados. Dessa forma, parte das pessoas que poderiam se enquadrar como desempregadas estão deixando a força de trabalho e ingressando na População Não Economicamente Ativa (PNEA). 4

5 8,0% Taxa de Desemprego (Em %) 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% Média ,7% Média ,0% Média ,5% Média ,4% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Fonte: IBGE Elaboração: CAIXA/SUPLA/GECEN Inflação O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou alta de 5,68% nos doze meses encerrados em fevereiro de 2014, frente alta de 6,31% em fevereiro de Na comparação trimestral, o índice variou 2,18% no trimestre terminado em fevereiro, contra 1,47% no trimestre anterior. IPCA (variação acumulada em 12 meses) fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 out-12 nov-12 dez-12 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 5,85% 5,24% 5,10% 4,99% 4,92% 5,20% 5,24% 5,28% 5,45% 5,53% 5,84% 6,15% 6,31% 6,59% 6,49% 6,50% 6,70% 6,27% 6,09% 5,86% 5,84% 5,77% 5,91% 5,59% 5,68% 5

6 Política Monetária Nas três reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) realizadas em 2014, a decisão de dar prosseguimento ao ciclo de ajuste das condições monetárias foi unânime. Na reunião dos dias 14 e 15 de janeiro, o Comitê optou por manter o ritmo de ajuste e aumentar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), elevando a Selic ao patamar de 10,50% a.a. Já nas reuniões dos dias 25 e 26 de fevereiro e 1º e 02 de abril o Copom aumentou a taxa Selic em 0,25 p.p., levando-a ao patamar de 11,00% a.a. Na última reunião, realizada em 1º e 02 de abril, o Comitê optou por aumentar a taxa Selic em 025 p. p., elevando-a ao patamar de 11,00% a.a., incluindo em seu comunicado uma expressão onde afirma que irá monitorar a evolução do cenário macroeconômico para definir os próximos passos da política monetária. Nesse contexto, esperamos que a taxa Selic seja elevada em 0,25 p.p., para 11,25% a.a., na reunião de 27 e 28 de maio. 12,0 Selic Meta (Em % a.a.) Ciclo de ajuste 11,00 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 Fonte: Bacen Elaboração: CAIXA/SUPLA/GECEN Cenário do Setor automobilístico no Brasil 6

7 Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 7