Há uma equivalência entre grau e radiano: π radianos equivalem a 180 graus (π é uma constante numérica equivalente a 3,14159...).

Documentos relacionados
2.4. Função exponencial e logaritmo. Funções trigonométricas directas e inversas.

Matemática Básica II - Trigonometria Nota 02 - Trigonometria no Triângulo

EQUAÇÃO DO 2 GRAU ( ) Matemática. a, b são os coeficientes respectivamente de e x ; c é o termo independente. Exemplo: x é uma equação do 2 grau = 9

TRIGONOMETRIA/GEOMETRIA 1 Arcos e ângulos

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 2. MATEMÁTICA I 1 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

ACADEMIA DA FORÇA AÉREA PROVA DE MATEMÁTICA 2000

OPERAÇÕES ALGÉBRICAS

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno

2.1 - Triângulo Equilátero: é todo triângulo que apresenta os três lados com a mesma medida. Nesse caso dizemos que os três lados são congruentes.

TRIGONOMETRIA. A trigonometria é uma parte importante da Matemática. Começaremos lembrando as relações trigonométricas num triângulo retângulo.

MATEMÁTICA BÁSICA 8 EQUAÇÃO DO 2º GRAU

MATEMÁTICA II. Aula 5. Trigonometria na Circunferência Professor Luciano Nóbrega. 1º Bimestre

Material Teórico - Módulo Triângulo Retângulo, Leis dos Cossenos e dos Senos, Poĺıgonos Regulares. Lei dos Senos e Lei dos Cossenos - Parte 2

Resolução A primeira frase pode ser equacionada como: QUESTÃO 3. Resolução QUESTÃO 2 QUESTÃO 4. Resolução

GABARITO DA PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS REVISÃO DE TRIGONOMETRIA. Portanto, podemos usar a seguinte relação trigonométrica:

B ) 2 = ( x + y ) 2 ( ( ) 2 + 2( )( 31 8 MÓDULO 17. Radiciações e Equações

Gabarito CN Solução: 1ª Solução: 2ª Solução:

FUNÇÕES. Funções. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I

Trigonometria. Relação fundamental. O ciclo trigonométrico. Pré. b c. B Sabemos que a 2 = b 2 + c 2, dividindo os dois membros por a 2 : a b c 2 2 2

Matemática. Resolução das atividades complementares. M13 Determinantes. 1 (Unifor-CE) Sejam os determinantes A 5. 2 (UFRJ) Dada a matriz A 5 (a ij

A lei dos senos. Na Aula 42 vimos que a Lei dos co-senos é. a 2 = b 2 + c 2-2bc cos Â

Unidade 2 Geometria: ângulos

Aula 2 - Revisão. Claudemir Claudino Semestre

Tópico 2. Funções elementares

a) 3 ( 2) = d) 4 + ( 3) = g) = b) 4 5 = e) 2 5 = h) = c) = f) = i) =

TRIGONOMETRIA III) essa medida é denominada de tangente de α e indicada

Aula 1 - POTI = Produtos Notáveis

Definição 1 O determinante de uma matriz quadrada A de ordem 2 é por definição a aplicação. det

Exercícios. setor Aula 25

- Operações com vetores:

Trigonometria FÓRMULAS PARA AJUDÁ-LO EM TRIGONOMETRIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ BIBLIOTECA DE OBJETOS MATEMÁTICOS COORDENADOR: Dr. MARCIO LIMA

Trigonometria. MA092 Geometria plana e analítica. Resumo do problema. Um problema prático de distância

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

ESTUDO DOS TRIÂNGULOS Uma Breve Revisão

Sobre o teorema de classificação das cônicas pela análise dos invariantes

Trigonometria - Primeira Parte

Elementos de Matemática

2 A trigonometria no triângulo retângulo

TRIGONOMETRIA. Para graduar uma reta basta escolher dois pontos e associar a eles os números zero e um.

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 2

= Pontuação: A questão vale dez pontos, tem dois itens, sendo que o item A vale até três pontos, e o B vale até sete pontos.

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0

5) Para b = temos: 2. Seja M uma matriz real 2 x 2. Defina uma função f na qual cada elemento da matriz se desloca para a posição. e as matrizes são:

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU

a, em que a e b são inteiros tais que a é divisor de 3

Matemática B Extensivo V. 8

Universidade de Mogi das Cruzes UMC. Cálculo Diferencial e Integral II Parte III

Triângulos e suas medidas Trigonometria

Área entre curvas e a Integral definida

1 PONTOS NOTÁVEIS. 1.1 Baricentro. 1.3 Circuncentro. 1.2 Incentro. Matemática 2 Pedro Paulo

PROVA PARA OS ALUNOS DE 2º ANO DO ENSINO MÉDIO. 4 cm

Matemática. Resolução das atividades complementares. M24 Equações Polinomiais. 1 (PUC-SP) No universo C, a equação

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

IME MATEMÁTICA. Questão 01. Calcule o número natural n que torna o determinante abaixo igual a 5. Resolução:

Componente Curricular: Professor(a): Turno: Data: Matemática PAULO CEZAR Matutino Aluno(a): Nº do Série: Turma: Lista de Exercícios CONTINUAÇÂO

MATRIZES E DETERMINANTES

Unidade 10 Trigonometria: Conceitos Básicos. Arcos e ângulos Circunferência trigonométrica

Aula de Matemática. Semana do período zero Turma 2 28/03/13 Prof. Silvânia Alves de Carvalho Cursinho TRIU Barão Geraldo Campinas /SP

Questão 1 No plano cartesiano, considere uma haste metálica rígida, de espessura desprezível, com extremidades nos pontos A (3,3) e B (5,1).

, pertence ao conjunto dado? Justifica a resposta e apresenta todos os cálculos que efetuares.

AMEI Escolar Matemática 9º Ano Trigonometria do triângulo rectângulo

Lados de um triângulo retângulo. MA092 Geometria plana e analítica. Mudando o ângulo. Trabalhando no plano Cartesiano

Uma equação trigonométrica envolve como incógnitas arcos de circunferência e relacionados por meio de funções trigonométricas.

Exercícios de 11.º ano nos Testes Intermédios TRIGONOMETRIA

Relações métricas nos triângulos retângulos 1) Usando o teorema de Pitágoras, determine os elementos indicados por x ou y nas figuras seguintes:

Matemática. Atividades. complementares. 9-º ano. Este material é um complemento da obra Matemática 9. uso escolar. Venda proibida.

Aula 5 Plano de Argand-Gauss

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

Matemática B Extensivo V. 2

Sólidos semelhantes. Um problema matemático, que despertou. Nossa aula. Recordando semelhança 2 = 9 3 = 12 4

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER. Prof. Dr. Guttemberg Silvino

C O L É G I O F R A N C O - B R A S I L E I R O

1 ÁREA DO CÍRCULO E SUAS PARTES

Aulas 1 a 3. Aulas 4 e 5. Revisão Primeiro Semestre 2012 prof. Lessa. 4. (UNIFESP) Se 0 < a < b, racionalizando o denominador, tem-se que

As equações 1 e 2 são equações literais, enquanto que, a equação 3 não é uma equação literal.

AB AC BC. k PQ PR QR AULA 1 - GEOMETRIA PLANA CONCEITOS BÁSICOS SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS. Triângulos isósceles

Exemplos: sen(36º)=0.58, cos(36º)=0.80 e tg(36º)=0.72, Calcular o valor de x em cada figura:

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Curitiba MATEMÁTICA BÁSICA NOTAS DE AULA

Cálculo de Limites. Sumário

CÁLCULO I. 1 Funções denidas por uma integral

Índice. Matrizes, Determinantes e Sistemas Lineares. Resumo Teórico...1 Exercícios...5 Dicas...6 Resoluções...7

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A.

Relações em triângulos retângulos semelhantes

Universidade Federal de Pelotas Vetores e Álgebra Linear Prof a : Msc. Merhy Heli Rodrigues Determinantes

VESTIBULAR UFPR 2009 (2ª FASE) PROVA DE MATEMÁTICA

Técnico de Nível Médio Subsequente em Geologia. Aula 2. Trigonometria no Triângulo Retângulo Professor Luciano Nóbrega

Consideremos um triângulo de lados a,b e c. Temos duas possibilidades: ou o triângulo é acutângulo ou é obtusângulo. Vejamos:

CONTROLE DE REVISÕES REVISÃO AUTOR(ES) DATA

Progressões Aritméticas

CÁLCULO I. Denir o trabalho realizado por uma força variável; Denir pressão e força exercidas por um uido.

PLANEJAMENTO ANUAL 2014

1.1 UFPR Rumo Curso Pré Vestibular Assistencial - RCPVA Disciplina: Matemática Professor: Vinícius Nicolau 04 de Novembro de 2014

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 1

CURSO DE MATEMÁTICA ELEMENTAR AULAS 9 e 10 TRIGONOMETRIA BÁSICA

1 Determine os valores de x e y, sabendo que os triângulos ABC e DEF são semelhantes:

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA VESTIBULAR DA UNICAMP 2016 FASE 1. POR PROFA. MARIA ANTÔNIA CONCEIÇÃO GOUVEIA

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON

Transcrição:

9. TRIGONOMETRIA 9.1. MEDIDAS DE ÂNGULOS O gru é um medid de ângulo. Um gru, notdo por 1 o, equivle 1/180 de um ângulo rso ou 1/360 de um ângulo correspondente um volt complet em torno de um eixo. Outr medid de ângulo é o rdino. Um rdino, denotdo por 1 rd, equivlente o ângulo centrl qundo o comprimento de rco equivle o rio d circunferênci em questão (vej figur bixo). (fonte d imgem: http://www.sofisic.com.br/conteudos/dicionrio/figurs/rdino.jpg) Há um equivlênci entre gru e rdino: π rdinos equivlem 180 grus (π é um constnte numéric equivlente 3,14159...). 9.2. TRIÂNGULOS RETÂNGULOS E O TEOREMA DE PITÁGORAS Um triângulo retângulo é um triângulo em que um dos ângulos internos é reto, isto é, possui 90 grus. Os ldos menores de um triângulo retângulo são chmdos ctetos, e o ldo menor é chmdo hipotenus (ver figur logo bixo). A relção entre ctetos e hipotenus é dd pelo Teorem de Pitágors: o qudrdo do vlor d hipotenus equivle à som dos qudrdos dos vlores dos ctetos. Isto é, se é o vlor d hipotenus e b e c são os vlores dos ctetos de um triângulo retângulo, então 2 = b 2 + c 2 (Teorem de Pitágors) Not: som dos ângulos internos de qulquer triângulo é 180 grus. Exercício resolvido: Se um cteto de um triângulo retângulo tem comprimento 7 e hipotenus tem comprimento 11, qul é o vlor do outro cteto?

Resolução: Se x é o cteto desconhecido, temos, pelo Teorem de Pitágors: 11 2 = 7 2 + x 2 Segue que x 2 = 11 2 7 2 = 121 49 = 72 Logo, x = 72 = 6 2 8,5 9.3. MEDIDAS TRIGONOMÉTRICAS As principis medids trigonométrics ssocids um ângulo são definids prtir do triângulo retângulo, como n figur bixo. (fonte d imgem: http://cbelovivolinux.files.wordpress.com/2009/08/fig_tri-6.jpg?w=284&h=353 )

Exercício resolvido: Um triângulo retângulo com hipotenus de comprimento 8 possui um ângulo interno de 30 o. Sbendo que sen 30 o = ½, determine: ) o vlor dos ctetos dos triângulos b) o vlor de cos 30 o e tg 30 o. Resolução: ) Se chmrmos b o cteto oposto o ângulo de 30 o, pel definição de seno temos que sen 30 o = (cteto oposto 30 o ) / (hipotenus) = b / 8 Como sen 30 o = ½, logo b/8 = ½. Segue que b = 8/2 = 4. Se chmrmos c o cteto djcente 30 o, pelo Teorem de Pitágors temos 8 2 = 4 2 + c 2 Logo c 2 = 8 2 4 2 = 64 16 = 48. Segue que c = 48 = 2 12. Not: 48 = 4.12 = 4 12 = 2 12 b) Por definição, temos cos 30 o = (cteto djcente 30 o ) / (hipotenus) = c / 8 = 2 12 8 = 12 4 e tg 30 o = (cteto oposto 30 o ) / (cteto djcente 30) = b / c = 4 2 12 = 12 6 Not: 4 2 12 = 2 12 = 2 12. 12 12 = 2 12 12 = 12 6 9.4. LEI DOS SENOS Considere o triângulo genérico d figur bixo:

(fonte d imgem: http://www.mundofisico.joinville.udesc.br/prevestibulr/2005-1/mod1/img2068.png) Nest figur,, b e c são ldos, e A, B e C são os ângulos opostos, respectivmente. Pr qulquer triângulo, vlem s relções sen A = b sen B = c senc, conhecids como Lei dos Senos. Decorre d lei que, pr determinr s dimensões de um triângulo é necessário conhecer dois ldos e um ângulo interno ou um ldo e dois ângulos internos. Exercício resolvido: Dois dos ldos de um triângulo têm vlor 3 e 1 e o ângulo oposto este último é de 60 grus. Quis são os vlores do ldo e dos ângulos desconhecidos? Resolv empregndo Lei dos Senos. Resolução: Vmos dotr = 1 e b = 3. Segue do enuncido que o ângulo oposto b é B = 60 o. Pel lei dos senos, temos sen A = b sen B Sbendo que sen60 0 = 3/2, isolmos sen A e obtemos sen A = b sen B = 1 3 sen60o = 1 3 3 2 = 1 2 Ocorre que o ângulo cujo seno dá 1/2 é 30 grus. Logo, temos A = 30 o. Como som dos ângulos internos de um triângulos qulquer é sempre 180 o, isto é, A + B + C = 180 o, então temos que C = 180 o A B = 180 o 30 o 60 o = 90 o Aplicndo novmente lei dos senos, determinmos o ldo incógnito: sen A = c senc ; sbendo que sen90 0 = 1, decorre que c = sen A senc = sen 30 o sen90o = 1 1/2 1 = 2

Logo, o ldo desconhecido vle 2 e os ângulos desconhecidos são A = 30 o e C = 90 o. Note que se trt de um triângulo retângulo já que um dos ângulos internos é reto (de fto, 2 2 = 1 2 3 2 ). 9.5. LEI DOS COSSENOS Considerndo o mesmo triângulo genérico d figur cim, tmbém vlem s relções 2 = b 2 c 2 2bccos A b 2 = 2 c 2 2 c cos B c 2 = 2 b 2 2bcos C, conhecids como Lei dos Cossenos. Note que o ângulo que serve de rgumento o cosseno é sempre quele oposto o ldo do triângulo que está à esquerd d iguldde. Exercício resolvido: Considere o mesmo triângulo do exercício resolvido nterior. Determine o ldo e os ângulos desconhecidos empregndo Lei dos Cossenos. Resolução: Aplicndo Lei dos Cossenos nos ldos e ângulo disponíveis temos b 2 = 2 c 2 2c cos B, isto é, 3 2 = 1 2 c 2 2 1 ccos 60 o ; como cos60 0 = 1/2 temos 3 = 1 c 2 2c 1/2, que simplificdo nos dá c 2 c 2 = 0 Isto é um equção de 2o. gru, que pode ser resolvid pel conhecid fórmul de Bskr. Desprezndo solução negtiv pr c nest equção, determinmos c = 2. Pr obter um dos ângulos desconhecidos, por exemplo C, empregmos c 2 = 2 b 2 2 b cos C ;

substituindo os vlores, b e c gor conhecidos, temos 2 2 = 1 2 3 2 2 3cos C ; simplificndo temos 2 3cosC = 0, isto é, cos C = 0, o que ocorre somente pr C = 90 o. Como som dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180 o, determin-se o ângulo A fcilmente. Imgens: cesso em gosto de 2010 (primeir e segund) e mio de 2011 (terceir).