O BNDES e o desenvolvimento brasileiro



Documentos relacionados
Os desafios do desenvolvimento brasileiro e a Política Industrial

As mudanças estruturais da economia brasileira. Henrique de Campos Meirelles

Como as empresas financiam investimentos em meio à crise financeira internacional

Luciano Coutinho Presidente

Economia em Perspectiva

O Apoio do BNDES à Internacionalização das Empresas Brasileiras Seminário SOBEET

O País que Queremos Ser Os fatores de competitividade e o Plano Brasil Maior

A Economia Brasileira e o Governo Dilma: Desafios e Oportunidades. Britcham São Paulo. Rubens Sardenberg Economista-chefe. 25 de fevereiro de 2011

BALANÇO ECONÔMICO 2013 & PERSPECTIVAS 2014

Palavras de Saudação

Plano Brasil Maior e o Comércio Exterior Políticas para Desenvolver a Competitividade

Plano BrasilMaior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

Desafio da qualidade e produtividade no setor público brasileiro

BRASIL: SUPERANDO A CRISE

O BNDES como instrumento de fomento do mercado automotivo

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro

A Evolução da Inflação no Biênio 2008/2009 no Brasil e na Economia Mundial

APRESENTAÇÃO NO INSTITUTO DO VAREJO

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA. Henrique Meirelles

Prazo das concessões e a crise econômica

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE ALÉM DA CONJUNTURA

A Crise Internacional e os Desafios para o Brasil

Visão. O papel anticíclico do BNDES e sua contribuição para conter a demanda agregada. do Desenvolvimento. nº jul 2011

Soluções estratégicas em economia

CENÁRIOS 2013: PERSPECTIVAS E O SETOR DE BKs 19/03/2013

Diretrizes da Agenda Setorial do Setor de Energias Renováveis: Biocombustíveis

ABDIB Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de base

Desafios da Inovação no Brasil

Ministério da Fazenda

set/12 mai/12 jun/12 jul/ jan/13

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil

7 ECONOMIA MUNDIAL. ipea SUMÁRIO

Indicadores de Desempenho Junho de 2014

abrimos mercados. 2015: Um Ano Perdido para o Brasil?

Produção de Commodities e Desenvolvimento Econômico O Esforço Empresarial Brasileiro Instituto de Economia UNICAMP 29 de março de 2010

Por que não crescemos? NOVEMBRO DE 2014

Ativos de Base Imobiliária O Mercado de Capitais como fonte de recursos e alternativa de investimento. Maio 2015

Perspectivas da Economia Brasileira

Perspectivas da economia em 2012 e medidas do Governo Guido Mantega Ministro da Fazenda

Perspectivas para o desenvolvimento brasileiro e a indústria de commodities minerais

A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL

Conjuntura Dezembro. Boletim de

XVIIIª. Conjuntura, perspectivas e projeções:

O papel anticíclico dos investimentos públicos e as perspectivas econômicas

3 INFLAÇÃO. Carta de Conjuntura 26 mar

Classificação da Informação: Uso Irrestrito

EIXO 2 ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO

XCIX Reunião Ordinária Andifes

Semana com dólar em forte queda, alta da Bolsa e menor pressão nos juros futuros; Programa de intervenção do BCB no câmbio vem surtindo efeito;

Carlos Pio. O Brasil está preparado para atender a um novo cenário de demanda?

e Indicadores Brasileiros Nº 2/2 Maio de 2012

Alternativas para o Brasil. Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004

Inovar para Sustentar o Crescimento

A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda

Brasil: Perspectivas para o setor bancário e o mercado de crédito. Espírito Santo, 06/04/2015. Murilo Portugal Presidente

Análise CEPLAN Clique para editar o estilo do título mestre. Recife, 17 de agosto de 2011.

Cenário Econômico para 2014

Workshop Financiamento da Economia Brasileira. INVESTIMENTOS Cenário e Simulações

Ministério da Fazenda. Crise Financeira. Impactos sobre o Brasil e Resposta do Governo. Nelson Barbosa. Novembro de 2008

Nota Data 8 de maio de 2013

A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009

Coletiva de Imprensa. Balanço de 2015 Expectativas para Gilberto Duarte de Abreu Filho Presidente. São Paulo 26 de Janeiro de 2016

O Brasil no século XXI. Desafios Estratégicos para o Brasil em 2022

Dinâmica Internacional: EUA e Europa estagnados e ascensão da China

Plano Brasil Maior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC)

Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000)

Boletim de Conjuntura Econômica Outubro Tema: Emprego

Ciência, Tecnologia e Inovação: Estratégia para o país

Notícias Economia Internacional. e Indicadores Brasileiros. Nº 2/2 - Janeiro de 2014

Área de Comércio Exterior. Novembro de 2011

PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA EM Fábio Silva fabio.silva@bcb.gov.br

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA Atividade global Atividade setorial Produção Volume de negócios... 4

Construção Civil. Identificar as características estruturais do segmento e suas transformações no tempo. Englobam diversos tipos de obras e serviços.

SONDAGEM INDUSTRIAL Dezembro de 2015

Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA

2.7 Financiamento. Por que Financiamento? Comparação Internacional. Visão 2022

Projeções para a economia portuguesa:

Ministério da Fazenda. Junho 20041

Porto Alegre, Dezembro de 2015

RELATÓRIO MENSAL RENDA FIXA TESOURO DIRETO

FINEP Financiadora de Estudos e Projetos

RELATÓRIO MENSAL DE INVESTIMENTOS INFINITY JUSPREV

Mercado Financeiro e de Capitais. Taxas de juros reais e expectativas de mercado. Gráfico 3.1 Taxa over/selic

Release de Resultados 3T de outubro de 2013

4º Seminário ANBIMA de Finanças Corporativas Alternativas de financiamento via equity 24/05/2012

Impacto da Indústria Automobilística na Geração de Riqueza & Papel dos Bancos como Alavancadores do Crescimento do Setor

Desafios da Indústria e da Política de Desenvolvimento Produtivo

Extrato de Fundos de Investimento

Sistema Financeiro e os Fundamentos para o Crescimento

Índice de Confiança da Indústria Pernambucana mantém-se em queda em julho

10 Anos de Transmissão das Reuniões APIMEC pela Internet

Seminário Anual de Saúde 2013

Investimento derrete e leva o PIB junto.

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Carteira de projetos prioritários para Propostas a serem entregues aos presidenciáveis. Mapa Estratégico DA INDÚSTRIA

A taxa de câmbio na economia brasileira está fora de equilíbrio? 31/05/2007

A Trajetória do Investimento Agregado ao Longo da Crise

Nossos serviços e práticas

Transcrição:

O BNDES e o desenvolvimento brasileiro Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil São Paulo, 28 de novembro de 2011 João Carlos Ferraz Vice Presidente 1

Mundo 2

Tendências e incertezas críticas Crise de longa duração, economia mundial em várias velocidades Novos e velhos países protagonistas. Multipolaridade negociada ou conflituosa? Classes médias emergentes. Incorporação de muitosaos mercados. Pressão sobre recursos vs mitigação de emissões Forte ritmo do progresso técnicoe crescentes investimentos por empresas e paises em inovação Acirramento da concorrência: feroz disputa pela geração, apropriação e distribuição de riquezas 3

2011: a deterioração do cenário externo Crise nas economias avançadas levam àdesaceleração do crescimento mundial. Zona do Euro: risco soberano e impactos no sistema bancário EUA: Decisões importantes a reboque do momento político Emergentes:cenário externo induz desaceleração China: Desaceleração moderada Brasil: Cenário mundial acentuou desaquecimento programado 4

Crise atinge fase política e, daí, lentidão (impasse?) nas decisões Fases da Crise Financeira Internacional Dívida Privada 1. Crise do Subprime se origina nos Bancos Americanos Bancária 2. Crise Bancária sistêmica se espalha dos EUA para Europa Soberana 3. Problemas de Dívida Soberana na Periferia Européia. Elevados encargos de endividamento no médio prazo nas economias avançadas Política 4. Dificuldade política quanto aos acordos de consolidação fiscal e ajustamento Fonte: Adaptado de FMI/GFSR set/2011. Elaboração APE/BNDES 5

Endividamento das economias avançadas se eleva Economias Avançadas Selecionadas: Dívida Bruta do Total (Percentual do PIB) Fonte: FMI/Fiscal Monitor set/2011 6 105.4 103.6 121.1 24.9 109.3 68.3 106.0 62.3 100.0 64.2 86.9 66.5 84.1 65.0 82.6 43.9 80.8 36.1 67.4 30.7 32.0 9.6 22.8 187.7 233.1 165.6 250 200 2007 2011 150 100 50 0 108.3 76.21 Média 2011 Média 2007 Japão Grécia Itália Irlanda Portugal EUA França Canadá Alemanha RU Espanha Coréia Austrália

E, daí, os riscos soberanos aumentam... para então... Rendimento dos Papéis de 10 Anos (em %) 30 27,2 9 de novembro 7,2 25 7,5 7,0 Valor Crítico 7,0% Portugal 20 Grecia Irlanda 15 10,9 6,5 6,0 5,5 10 5,0 5 8,0 4,5 4,0 0 3,5 Fonte: Bloomberg. Elaboração APE/BNDES 6,6 6,6 7 set-10 nov-10 jan-11 mar-11 mai-11 jul-11 set-11 nov-11 mai-09 jul-09 set-09 nov-09 jan-10 mar-10 mai-10 jul-10 set-10 nov-10 jan-11 mar-11 mai-11 jul-11 set-11 nov-11 mai-09 jul-09 set-09 nov-09 jan-10 mar-10 mai-10 jul-10 Itália Espanha

... revelar a exposição bancária... (Títulos dos PIIGS atinge quase 50% do PIB da França) 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 47,3% 2,0% 4,0% 2,1% 10,3% 28,9% Exposição dos Bancos Europeus à Dívida dos PIIGS (como % do PIB de cada país) 28,6% 2,1% 1,3% 6,4% 9,8% 9,0% 36,1% 1,5% 1,2% 4,3% 17,6% 11,3% 28,1% 2,2% 1,2% 11,0% 8,1% 5,6% França Alemanha Holanda Reino Unido Portugal Grécia Irlanda Espanha Itália Fonte: BIS e Eurepean Commission. Elaboração APE/BNDES 8

... aumentando, portanto, os prêmios de risco bancários globais 600 500 Spreads de CDS de 5 anosdos BancosGlobais (em basis points) Bancos Europeus 400 Bancos Globais 300 200 100 Bancos Asiáticos Bancos Americanos 0 mai-09 jul-09 set-09 nov-09 jan-10 mar-10 jun-10 ago-10 out-10 dez-10 fev-11 abr-11 jul-11 set-11 nov-11 Fonte: BIoomberg. Elaboração APE/BNDES 9

As implicações de um estresse europeu (1/2) Europa: contração forte EUA: economia desacelera, porém menos que em 2008. Situação fiscal continua crítica. China e Ásia: contágio pelo canal de exportações. Concorrência mais acirrada Mercados acionários: stopandgocom tendência a quedas. No Brasil, retração ou mesmo paralisação de emissões primárias de ações Mercados de Commodities: Preços em queda e recuperação lenta. Cenário melhor para as commodities agrícolas frente às minerais por mudanças no padrão de consumo da China 10

As implicações de um estresse europeu (2/2) Fluxos capitais: Curto prazo: aumento da aversão ao risco. Fuga para o porto seguro americano. Longo prazo: busca de rentabilidade. Mudança nos portfólios com maior peso dos países emergentes. Câmbio: instabilidade diante de depreciação do euroem relação ao dólar, desaceleração dos EUA e possível interrupção na apreciação do renminbi. Comércio: Novo roundde retração possivelmente com aumento do protecionismo, com recurso, inclusive, à guerra cambial. 11

Uma boa notícia (recente). EUA: economia acelerou no 3T/2011. PIB Trimestral dos EUA (QoQ anualizado) 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0-1,8 1,3-0,7 1,7 3,8 3,9 3,8 2,5 2,4 0,4 1,3 2,5-2,0-3,7-4,0-6,0-8,0-8,9-6,7-10,0 1T 2008 2T 2008 3T 2008 4T 2008 1T 2009 2T 2009 3T 2009 4T 2009 1T 2010 2T 2010 3T 2010 4T 2010 1T 2011 2T 2011 3T 2011 Consumo FBKF Estoques Gastos do Governo Exportações Líquidas Fonte: Bloomberg. Elaboração APE/BNDES Mas, se nãohouveracordono ComitêSuprapartidário. política fiscal contribuirá para retrair o PIB em 2012 12

China: cautela e... não fazem mal (1/2) Mudanças políticasimportantes em 2012 (saem 7 dos 9 membros do gabinete central) Cenário de acomodação suavecom o novo governo sustentando o crescimento (entre 8,0% e 8,5%) Atuação anti-cíclicaseria 1/3da realizada em 2009 em caso de nova crise mundial Câmbio, curto prazo. Ritmo de desvalorização do câmbio não deve ser alterado. Pode, inclusive, interrompero ritmo atual. Câmbio, longo prazo: Política cambialassociada à política de desenvolvimento (orientada para o mercado interno no Plano 2012-15). Se bem sucedida, menor dependência das exportações, maior espaço para desvalorização. Se não... 13

China: cautela e... não fazem mal (2/2) Direção dos investimentos públicos: infraestrutura urbana Commodities: Aumento do consumo de proteínas Menor demanda de metais pela reorientação do investimento para infraestruturaurbana Indústria: Ênfase na inovação, produção e exportação de setores industriais de média e alta tecnologia. Exportações: reduções de preços e direcionamento das vendas para outros mercados (América Latina). Competição mais acirrada. 14

Síntese1/2: criseimpactacrescimentoglobal, inclusive emergentes 50,0 Taxa de Crescimento do Comércio Internacional(em quantum) (var. % trimestral anualizada) 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0-10,0-20,0-30,0-40,0-50,0 Emerging Countries Asia Central and Eastern Europe Latin America Africa and Middle East -60,0 Fonte: CBP World trade monitor. Elaboração APE/BNDES 15 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11

Síntese (2/2). Mas... no longo prazo, permanece trajetória de crescimento dos emergentes 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Variação real do PIB (média móvel m 4 anos)* Economias Avançadas adas x Economias Emergentes Emergentes Avançadas Fonte: FMI/WEO set/2011. *A partir de 2011, projeções. 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Projeção 16

Brasil 17

Desaceleração no curto prazo não altera a trajetória de crescimento de longo prazo Desaceleração corrente da atividade econômica reflete a deterioração da conjuntura internacional. O momento impõe atitude de cautela, o que tem reduzido o ritmo dos investimentos no curto prazo. Porém, as expectativas quanto ao longo prazo se mantêm otimistas. Perspectivas para o investimento apontam para sustentação do seu crescimento nos próximos anos, o que mostra a robustez da economia brasileira. 18

A oportunidade: a trajetóriafirmedo investimento se mantêm Perspectiva dos investimentos(versão preliminar) (R$ bilhões de 2010) Setores Realizado Perspectivas Crescimento Total Crescimento anual 2006-2009 0 2012-2015 % #DIV/0! % a.a. Indústria 391 613 56,6 7,8 Infraestrutura 257 392 52,7 7,3 Total 648 1005 55,1 7,6 Fonte: BNDES 19

Um ponto de atenção: inovação éessencial e muito háque se fazer Investimento Público e Privado em P&D (% PIB) Rússia (2007) Brasil (2008) Espanha (2006) Reino Unido (2006) 0,33 0,70 0,60 0,52 0,51 0,57 0,57 0,80 Governo Setor empresarial Canadá (2007) 0,62 0,90 China (2006) 0,35 0,98 Alemanha (2006) 0,70 1,73 EUA (2007) 0,74 1,78 Coréia (2006) 0,74 2,43 Japão (2006) 0,55 Fonte: MCT. Elaboração BNDES 2,62 Brasil: de 38,3 mil empresas inovadoras, apenas 3,23 mil inovam para o mercado nacional e 267 inovam para o mercado mundial (PINTEC 2008) 20

Políticasde desenvolvimentotornando-se políticas permanentes Políticas de desenvolvimento ancoradas na estabilidade macroeconômica Educação - PDE Saúde C&T & Inovação Infraestrutura PAC Minha Casa, Minha Vida Plano Brasil Maior Políticas estruturantes que expandem e fortalecem capacitações na economia brasileira 21

Plano Brasil Maior: agregar valor com inovação Desenvolvimen to Sustentável Inovar e investir para ampliar a competitividade, sustentar o crescimento e melhorar a qualidade de vida Ampliação de Mercados 8. 8. Diversificar as as exportações e promover a internacionalização das empresas brasileiras 9. 9. Elevar participação nacional nos mercados de tecnologias, bens e serviços para energias 10. Ampliar acesso a bens e serviços para população Adensamento Produtivo e Tecnológico das Cadeias de Valor 5. 5. Elevar % dos setores intensivos em conhecimento no PIB 4. 4. Ampliar valor agregado nacional 6. 6. Fortalecer as as micro, pequenas e médias empresas 7. 7. Produzir de forma mais limpa Criação e Fortalecimento de Competências Críticas 1. 1. Ampliar o investimento fixo 2. 2. Elevar dispêndio empresarial em P&D 3. 3. Aumentar qualificação de RH 22 22

O financiamento do desenvolvimento 23

Desafios relevantes: mais poupança doméstica e... 20% 19% 18% Poupança Doméstica X Investimento (% PIB) 18,5% 18,1% 19,1% 18,8% 18,4% 17,6% 18,5% 17% 16% 15% 14% 13% 16,8% 17,0% 17,3% 16,4% 17,4% 16,1% 16,9% 16,6% 16,0% 16,4% 16,5% 15,9% 14,0% 14,7% 15,3% 14,7% 13,5% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011T1 Fonte: IBGE. Elaboração APE/BNDES Poupança interna FBKF 24

Expandire diversificarfontesde financiamento de longo prazo Fontes de Financiamento da Indústria e da Infrastrutura(em %) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 8,7% 4,8% 14,5% 25,2% 14,0% 10,0% 0,0% 5,0% 9,0% 10,0% 7,0% 3,1% 4,2% 2,0% 2,0% 15,0% 3,7% 2,0% 7,0% 15,6% 1,0% 6,0% 30,0% 13,0% 8,9% 10,0% 5,0% 9,0% 6,1% 30,0% 22,0% 19,0% 19,5% 17,0% 27,8% 30,6% 16,0% 52,5% 21,2% 16,0% 9,6% 10,0% 15,1% 27,6% 30% 20% 10% 46,7% 39,0% 60,0% 49,0% 57,0% 58,5% 41,8% 49,2% 44,7% 30,7% 37,6% 0% Média 2001/10 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010p Lucros Retidos BNDES Captações Externas Ações Debêntures Fonte: ANBID, BCB, Bovespa, Bloomberg, BNDES, CVM e Economática. Elaboração: APE/BNDES 25

O papel do BNDES 26

Escala e escopo importam Maior fonte de financiamento de longo pra zo no Brasil 100% Empresa pública regida pela CLT Funding institucional 2.500 empregados Instrumentos Operações Diretas Operações indiretas MPME (financiamento e garantia) Exportações Project finance Renda Variável Concessões Bancos de Desenvolvimento US$ bilhões Ativos Patrimonio Desembolso ROE BNDES 329,5 39,6 96,3 21,2% Banco Mundial 282,8 37,4 28,9-2,3% IADB 87,2 21 10,3 1,6% CAF 18,6 5,8 4,6 3,7% China DB 665,2 55,5 93 8,8% Fontes: BNDES (Dez 31. 2010), IADB (Dez 31. 2010), WB (Jun 30. 2010), CAF (Dez 31. 2010) e CDB (Dez 31. 2010) 27

50 24,0 48,4 45 44,58 40 35 30 25 20 23,63 20,8 26,86 29,10 17,1 20,0 20,6 25 24 28 Crédito Total/PIB (%) Crédito BNDES/Crédito Total (%) O BNDES na crise de 2008: manutenção do crédito produtivo e substituição temporária de capital de giro Crédito Total/PIB e Crédito BNDES/Crédito Total 23 22 21 20 19 18 17 16 15 ago/03 dez/03 abr/04 ago/04 dez/04 abr/05 ago/05 dez/05 abr/06 ago/06 dez/06 abr/07 ago/07 dez/07 abr/08 ago/08 dez/08 abr/09 ago/09 dez/09 abr/10 ago/10 dez/10 abr/11 ago/11 Fonte: BNDES Crédito Total/PIB (%) Crédito BNDES/Crédito Total (%)

2011: desembolsos e aprovações se estabilizam em níveis elevados Desembolsos e aprovações do BNDES - R$ bilhões Desembolsos Aprovações 121,4 137,4 170,2 143,7 175,9 132,2 162,3 98,7 92,2 52,3 74,3 64,9 2006 2007 2008 2009 2010* 2011** Fonte: BNDES. **acumulado em 12 meses até setembro. *Sem operação de capitalização da Petrobras. 29

Os destaques positivos: desembolsos para MPMEs Desembolsos por porte de empresas (jan-set) Porte até set/10* R$ milhões até set/11 R$ milhões Var (%) Grande 69.657 55.439-20% MPMEs 33.602 36.190 8% 45% 40% Total 103.259 91.628-11% Fonte: BNDES 39,5% 35% 30% 25% 20% 24,8% 24,0% 21,5% 31,8% Crescimento firme da participação das MPMEs nos desembolsos do BNDES 15% Fonte: AP/BNDES 2007 2008 2009 * 2010 * até set/11 *não considera operações especiais para Petrobras 30

Cartão BNDES Evolução da cobertura 2005 2007 Nº Municípios 286 % Cobertura 5,14% Nº Municípios 2011 % Cobertura 36,14% 2010 e 2011 (30/09) Nº de Municípios 4732 % Cobertura 85,0% Fonte: BNDES 452 mil cartões emitidos até out/11 Até set/2011, os desembolsos atingiram 5,2 bilhões. Crescimento de 79% em comparação com o mesmo período de 2010 31

BNDES e a infraestrutura Valores referem-se à carteira PAC (até set/11) nos níveis consultacontratação Energia R$ 129.681 milhões 75% Aprovado/Contratado 45.078 73.354 2.098 Combustíveis Renováveis 9.150 Transmissão Petróleo e Gás Geração 20000 15000 10000 5000 0 Social e Urbana Logística R$ 26.704 milhões R$ 10.580 milhões 92% Aprovado/Contratado 18.724 10000 98% Aprovado/Contratado 3.036 4.944 Ferrovias Rodovias Marinha Mercante 8000 6000 4000 2000 0 604 2.035 7.941 Urbanização Metrôs Saneamento Fonte: BNDES Total de projetos em carteira: 448 32

O apoio àexportação -BNDES Exim PRÉ-EMBARQUE Produção no Brasil Modalidades PÓS-EMBARQUE Comercialização Externa Financiamento à produção de bens e serviços destinados à exportação Apoio à comercialização, mediante desconto de título de crédito de exportação Produtos Financiáveis Bens de alto valor agregado que necessitem prazo longo de fabricação e/ou comercialização; Serviços de engenharia e software. Produtos Não Financiáveis Commodities básicas: grãos, minério, celulose, açúcar e etanol, etc. 33

Apoio ao IDE - Linha de internacionalização Objetivos Estimular a inserção de empresas de capital nacional no mercado internacional, através do apoio a investimentos ou projetos no exterior, sempre que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do País. Formas de apoio Financiamento e capitalização de empresas através da subscrição de valores mobiliários. Itens passíveis de apoio financeiro Investimentos: construção de novas unidades; aquisição, ampliação ou modernização de unidades instaladas; participação societária; Capital de giro associado aos investimentos. 34

Desembolsos à exportação Em US$ bilhões 11,3 8,3 5,9 6,4 6,6 2,1 3,1 2,3 3,9 4 3,9 4,2 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: BNDES *Conversão a dólares nas datas dos desembolsos 35

O BNDES em síntese: mais e melhores empregos Participação dos desembolsos do BNDES no emprego e nos investimentos 30% 17% 25% Investimentos Investments alavancados supported pelo by BNDES/ BNDES/PIB GFCF 24,5% 21,4% 15% 13% 20% 10,8% 9,9% 11% 15% 10% 5% 10,1% 3,5% 12,1% 12,5% 13,0% 10,9% 11,4% 7,2% 5,3% 3,9% 4,1% 4,4% Jobs created or maintained due to BNDES / Empregos criados ou mantidos devido ao Total Employment BNDES/Emprego Total 9% 7% 5% 3% 0% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 1% Fonte: IBGE, MTE, FGV e BNDES 36

As perspectivas 37

Os anos à frente: um novo modelo emerge? Inclusão econômica e social Estabilidade macroeconômica Investimento crescendo à frente do produto 38

Ingredientesparaassegurarumatrajetóriade desenvolvimento sustentável Política macroeconômica: Manutenção de sólidos fundamentos Políticasde desenvolvimento: Políticaseficentese permanentes Poupançae financiamento: eficiênciado gastopúblico, incentivosa poupançadoméstica(empresariale dasfamílias) e mercado privado de longo prazo Social: mais e melhores trabalhos; educação de alta qualidade Infraestrutura: mais e melhores projetos; soluções mais complexas de financiamento, garantias e seguro Indústria: inovação e competitividade 39

Ao nosso alcance: um desenvolvimento puxado pela demanda e induzido por políticas Mercado externo Construir liderança e comando de redes de inovação, produção e distribuição em setores competitivos Brasil pode oferecer segurança alimentar, energética e ambiental Mercado interno Consumo de massa: preencher aspirações e poupar para o futuro Infraestruturas. Uma fronteira ainda muito inexplorada Focos das políticas públicas: estabilidade, inclusão, investimento com inovação 40

O papel do BNDES no desenvolvimento brasileiro O BNDES não é vanguarda nem retaguarda; é co-guarda do desenvolvimento brasileiro 41

O BNDES e o desenvolvimento brasileiro Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil São Paulo, 28 de novembro de 2011 João Carlos Ferraz Vice Presidente 42