Proposta de uso da Lógica Paraconsistente Anotada na análise do poder de competição O estudo do fator Dificuldades à entrada de concorrentes. Prof. MSc. Marco Antonio Domingues (UNIP) prof.domingues@uol.com.br Prof. Dr. Israel Brunstein (USP) brunstei@usp.br Prof. Dr. Jair Minoro Abe (UNIP) jairabe@uol.com.br Resumo Este trabalho apresenta uma proposta de uso da Lógica Proposicional Paraconsistente Anotada - LPA2v, na solução de problemas ligados à análise do poder de competição, ou riscos decorrentes do fator dificuldades à entrada de concorrentes. Analisa alguns fatores ligados ao poder de competição e sugere um modelo onde as avaliações dos dados pesquisados, com especialistas, em cenários definidos, são complexas e podem apresentar contradições. Nesse caso é considerado o grau de crença que as premissas conferem à conclusão, podendo desta forma deixar claro tanto o resultado obtido como a validade de sua aplicação no processo de tomada de decisão de investimento em função da análise do risco decorrente do fator estudado. Palavras chave: Lógica Paraconsistente Anotada, competitividade, análise de risco. 1. Introdução O objetivo deste trabalho é apresentar a Lógica Paraconsistente Anotada com anotação bivalorada (LPA2v), c.f. Da Costa (1999), como ferramenta de análise do risco decorrente do poder de competição em relação aos atuais e futuros concorrentes. Uma das formas de classificação das técnicas estratégicas e de análise de posição competitiva, considera as técnicas padronizadas (globais e especificas) e as técnicas não padronizadas. (OLIVEIRA, 2001). As técnicas padronizadas globais, que podem ser aplicadas em qualquer tipo de empresa, são apresentadas, em Oliveira (2001), de sete formas: matriz de portfólio de negócios ou de produtos proposta pelo Boston Consulting Group; impacto das estratégias de marketing no lucro PIMS; matriz de atratividade de mercado; matriz do posicionamento competitivo; modelo de Abell; modelo de Porter; e modelo integrado de análise de posição competitiva MIP. Segundo o modelo de Porter (1986) as raízes da competitividade de um negócio estão relacionadas com a sua estrutura econômica, com a forma como atuam os elementos que constituem o empreendimento. A taxa de retorno sobre o capital investido, no longo prazo, e a lucratividade são determinados por esses elementos. Particularmente um dos elementos que influenciam a tomada de decisão sobre o investimento, na fase inicial da criação de uma empresa é a dificuldade à entrada de concorrentes. 2. O problema O poder de competição é um dos fatores de sucesso ou fracasso que envolvem um novo negócio, calcular o risco, ou ter um instrumento de análise que viabilize o desenvolvimento de uma estratégia para minimizá-lo aumentam as chances de acertar na escolha das oportunidades em uma economia de mercado. ENEGEP 2004 ABEPRO 4573
A avaliação da capacidade de competir e vencer, de uma nova organização, pode ser testada em relação as suas vantagens e desvantagens competitivas medindo os elementos que atuam contra ou a favor na fase inicial de sua criação. Entre os elementos relacionados com o poder de competição da empresa, de acordo com Porter (1986), estão: A. Dificuldades à entrada de concorrentes. B. Rivalidade entre empresas do ramo. C. Poder de negociação do cliente. D. Poder de negociação do fornecedor. E. Ameaça de produtos substitutos. Todos eles podem ser classificados de acordo com Da Costa (1999), como conhecimento incerto, sendo aquele que é discutível e ao qual, normalmente, associamos uma medida de incerteza que descreva de algum modo crenças para as quais existem certas evidências de apoio. O problema consiste em mostrar que uma ferramenta com o uso da LPA2v pode fornecer instrumentos para análise e tomada de decisão em relação à decisão de investimento em relação ao elemento A. Dificuldades à entrada de concorrentes, tratado como conhecimento incerto. 3. O método Em Da Costa (1999) tem se que Nessa Lógica, as anotações são representativas de graus de crença e descrença atribuídos à proposição, dando-lhe conotações de valoração. O método consiste em estabelecer as proposições e parametrizá-las de forma a poder isolar os fatores de maior influência nas decisões e, por meio de especialistas, obter anotações para esses fatores, atribuindo-lhes um grau de crença (µ 1 ) e um grau de descrença (µ 2 ), é importante observar que esses valores são independentes e podem variam de 0 a 1. (CARVALHO, 2002) O método implica em aplicar as técnicas de maximização (OR) e de minimização (AND) da Lógica Paraconsistente Anotada, figura 3.1, e chegar a um resultado final, que, analisado a luz do quadrado unitário do plano cartesiano real (QUPC), figura 3.2, com um determinado grau de exigência, constitui um valioso subsídio para a decisão final.(carvalho, 2002) O grau de exigência determina o tamanho das regiões do QUPC, figura 3.2, é um valor entre 0% e 100%, podendo variar de acordo com a análise do engenheiro do conhecimento. A adoção do grau de exigência pode variar em função da metodologia na determinação estratégica de cenários apresentadas em Oliveira (2001). Pode variar também em função: dos fatores a serem avaliados, do levantamento da base de dados, dos grupos de especialistas consultados. Para ilustrar a exposição foi adotado um grau de exigência de 0,5 (50%) e a fixação de 12 regiões, figura 3.2, como uma adaptação de Da Costa (1999). Este método foi chamado por Carvalho (2002) de Método da Análise Individualizada de es (MFI). ENEGEP 2004 ABEPRO 4574
GRUPO A Especialista 1 Especialista 2 GRUPO B Especialista 1 Especialista 2 OR OR C (µ 1C ; µ 2C ) D (µ 1D ; µ 2D ) AND (µ 1R ; µ 2R ) PARA-ANALISADOR Figura 3.1 Esquema da Aplicação dos operadores OR e AND fonte: Adaptado de CARVALHO, 2002 µ (0, 1) (1/2, 1) (1, 1) C E I A (0,1/2) F K J H (1,1/2) B L G D (0, 0) (1/2, 0) (1, 0) µ Figura 3.2 Divisão do QUPC em 12 regiões. fonte: Adaptado de DA COSTA, 1999 ENEGEP 2004 ABEPRO 4575
4. A escolha dos fatores Para demonstração neste trabalho, foi escolhido a parametrização do elemento A. Dificuldades à entrada de concorrentes., citado em 2. A escolha das proposições, chamados aqui de fatores, foi feita com base em Porter (1986), e são descritas a seguir: a1. É necessário produzir em larga escala para entrar no negócio. a2. Empresas concorrentes tem marcas conhecidas e clientes fiéis. a3. Alto investimento em infra - estrutura, crédito a clientes e produtos. a4. Os cliente terão altos custos para trocarem seus atuais fornecedores. a5. Dificuldade em conseguir canais de distribuição para os produtos. a6. Tecnologia dos concorrentes é patenteada. Exige custos para pesquisa a7. Empresas estabelecidas controlam fontes de matérias - primas. a8. O ponto, compatível com a concorrência exigirá grande investimento. 5. A fixação de faixas para os fatores Cada fator pode ser analisado pelos especialistas de acordo com faixas previamente definidas, estas faixas irão nortear a avaliação do grau crença (µ 1 ) e do grau de descrença (µ 2 ), do especialista (En), em relação ao fator. As faixas devem representar situações que expressem a realidade levando em consideração a definição de valores onde o fator possa variar, como mostrado em Carvalho (2002). As faixas podem ser adotadas pela definição de cenários estratégicos, amplamente discutida em Oliveira (2001), podendo levar em consideração à região, o período, a postura do governo, legislação vigente, etc. Desta forma, o método permite a livre fixação dos fatores em faixas de acordo com o MFI de Carvalho (2002), o que significa que pode ser estabelecido um número diferente de faixas para cada fator ou o estabelecimento de cenários para os fatores, que poderia ser chamado de Método de Análise dos es por s, MFC, como uma simplificação do MFI de Carvalho (2002). 6. Os dados Para ilustrar a exposição foram fixados três faixas, cenários (Cn i ), e supondo-se que os especialistas, atribuíram anotações com um grau de crença (µ 1 ) e um grau de descrença (µ 2 ) para cada fator de a 1 a a 8, descritas a seguir: -Cn 1 1º Dentro de um programa de substituições de importações o governo impõe reserva de mercado, nos próximos 10 anos, para o produto ou família de produtos do negócio. -Cn2 2º A entrada do produto ou família de produtos do negócio é controlada, pelo uso tarifas ou cotas de importações. -Cn3 3º Não existem restrições à entrada de produtos importados para a entrada do produto ou família de produtos do negócio. Como exemplo, os dados, expressos no quadro 6.1, irão representar a anotação que os especialistas atribuíram com um grau de crença (µ 1 ) e um grau de descrença (µ 2 ) a cada fator de a 1 a a 8, em relação aos cenários Cn 1, Cn 2 e Cn 3, neste caso fixamos as faixas, através de cenários pré-determinados. ENEGEP 2004 ABEPRO 4576
BASE DE DADOS Grupo B E1 E2 E3 E4 Grupo B E1 E2 E3 E4 a 1 a 2 a 3 a 4 u 11 u 21 u 12 u 22 u 13 u 23 u 14 u 24 u 11 u 21 u 12 u 22 u 13 u 23 u 14 u 24 Cn 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 Cn 1 0,9 0,1 0,8 0,3 1,0 0,1 0,7 0,3 Cn 2 0,9 0,2 0,6 0,3 0,8 0,4 0,5 0,6 a 5 Cn 2 0,7 0,2 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 Cn 3 0,7 0,4 0,3 0,8 0,6 0,5 0,2 0,9 Cn 3 0,1 0,9 0,5 0,7 0,5 0,6 0,1 0,9 Cn 1 0,9 0,2 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 Cn 1 0,8 0,1 0,8 0,1 1,0 0,3 0,8 0,1 Cn 2 0,8 0,3 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 a 6 Cn 2 0,6 0,3 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 Cn 3 0,2 0,7 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 Cn 3 0,3 0,7 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 Cn 1 0,6 0,1 0,7 0,2 1,0 0,1 0,7 0,3 Cn 1 1,0 0,0 1,0 0,0 0,8 0,3 0,7 0,4 Cn 2 0,6 0,4 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 a 7 Cn 2 0,8 0,3 0,7 0,3 0,7 0,6 0,5 0,6 Cn 3 0,3 0,6 0,5 0,8 0,4 0,7 0,1 0,9 Cn 3 0,5 0,8 0,3 0,7 0,2 0,8 0,0 0,9 Cn 1 0,9 0,2 1,0 0,1 0,8 0,3 0,7 0,4 Cn 1 1,0 0,0 0,9 0,0 1,0 0,2 0,8 0,3 Cn 2 0,6 0,3 0,7 0,4 0,7 0,6 0,5 0,6 a 8 Cn 2 0,8 0,3 0,6 0,3 0,8 0,4 0,5 0,6 Cn 3 0,2 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 Cn 3 0,5 0,8 0,3 0,8 0,3 0,5 0,2 0,9 7. Resultados Quadro 6.1 Base de dados formada pelos graus de crença e de descrença atribuidos pelos especialistas a cada um dos cenários estabelecidos para os fatores. Considerando que os fatores tenham o mesmo grau de influência na decisão quanto à viabilidade de investimento, em função da capacidade de competir em relação ao elemento A. Dificuldades à entrada de concorrentes. Quando os fatores têm o mesmo peso, O Baricentro é o centro geométrico dos pontos que representam os fatores de influencia no QUPC e traduz, de certa forma, a influência resultante de todos os fatores considerados na análise da viabilidade (CARVALHO, 2002). Quando se atribui peso diferente aos fatores, dando mais precisão ao processo, o Baricentro deixa de ser o centro geométrico dos pontos que representam os fatores de influência. Para análise dos resultados, após a aplicação das regras de maximização e de minimização do método MFI, figura 3.1, é usado o dispositivo para-analisador, figura 3.2. Os resultados são apresentados de acordo com cada cenário: Cn 1 no quadro 7.1, Cn 2 no quadro 7.2, Cn 3 no quadro 7.3. A análise feita a partir da avaliação da influência conjunta dos fatores, plotando no QUPC um ponto chamado de Baricentro, obtido pela média dos graus de crença e descrença resultantes para cada cenário: Cn 1 na figura 7.1, Cn 2 na figura 7.2, Cn 3 na figura 7.3. Como critério de análise, utilizou-se a posição do baricentro em relação às 12 Regiões do QUPC, figura 3.2, onde a posição do baricentro na região do QUPC determina os resultados: como viável em A (totalmente verdadeiro), como inviável em C (totalmente falso), e como não conclusivas nas demais regiões. ENEGEP 2004 ABEPRO 4577
7.1. 1º - O governo impõe reserva de mercado, nos próximos 10 anos. RESULTADOS DA PESQUISA E DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PARA 0 CENÁRIO Cn 1 E1 E2 Grupo B E3 E4 C D E1 O R E2 E3 O R E4 C AND D DECISÃO u11 u21 u12 u22 u13 u23 u14 u24 u1c u2c u1d u2d u1r u2r a1 Cn1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 1,0 0,1 1,0 0,3 1,0 0,1 VIÁVEL a2 Cn1 0,9 0,2 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 VIÁVEL a3 Cn1 0,6 0,1 0,7 0,2 1,0 0,1 0,7 0,3 0,7 0,2 1,0 0,3 0,7 0,2 VIÁVEL a4 Cn1 0,9 0,2 1,0 0,1 0,8 0,3 0,7 0,4 1,0 0,2 0,8 0,4 0,8 0,2 VIÁVEL a5 Cn1 0,9 0,1 0,8 0,3 1,0 0,1 0,7 0,3 0,9 0,3 1,0 0,3 0,9 0,3 VIÁVEL a6 Cn1 0,8 0,1 0,8 0,1 1,0 0,3 0,8 0,1 0,8 0,1 1,0 0,3 0,8 0,1 VIÁVEL a7 Cn1 1,0 0,0 1,0 0,0 0,8 0,3 0,7 0,4 1,0 0,0 0,8 0,4 0,8 0,0 VIÁVEL a8 Cn1 1,0 0,0 0,9 0,0 1,0 0,2 0,8 0,3 1,0 0,0 1,0 0,3 1,0 0,0 VIÁVEL Baricentro W: médias dos graus resultantes 0,86 0,14 VIÁVEL Quadro 7.1 Graus de crença e descrença e resultado na decisão de investimento em realção aos fatores de a 1 até a 8, para o cenário Cn 1. QUPC Grau de descrença - µ 2 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 a 5 an Baricentro Contorno Div Centrais Div Diagonais 0,2 a 4 a 2 a 3 Baricentro a 1 0,1 a 6 0,0 a 7 a 8 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 Grau de crença - µ 1 Figura 7.1 Dispositivo para-analisador utilisado na decisão de investimento em realção aos fatores de a 1 até a 8, para o cenário Cn 1. 7.2. 2º - A entrada do produto ou família de produtos do negócio é controlada. RESULTADOS DA PESQUISA E DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PARA 0 CENÁRIO Cn 2 E1 E2 Grupo B E3 E4 C D E1 O R E2 E3 O R E4 C AND D u11 u21 u12 u22 u13 u23 u14 u24 u1c u2c u1d u2d u1r u2r DECISÃO a1 Cn2 0,9 0,2 0,6 0,3 0,8 0,4 0,5 0,6 0,9 0,3 0,8 0,6 0,8 0,3 VIÁVEL a2 Cn2 0,8 0,3 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 0,8 0,4 0,8 0,4 0,8 0,4 NÃO CONCLUSIVO a3 Cn2 0,6 0,4 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 0,6 0,5 0,7 0,5 0,6 0,5 NÃO CONCLUSIVO a4 Cn2 0,6 0,3 0,7 0,4 0,7 0,6 0,5 0,6 0,7 0,4 0,7 0,6 0,7 0,4 NÃO CONCLUSIVO a5 Cn2 0,7 0,2 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 0,7 0,5 0,7 0,5 0,7 0,5 NÃO CONCLUSIVO a6 Cn2 0,6 0,3 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 NÃO CONCLUSIVO a7 Cn2 0,8 0,3 0,7 0,3 0,7 0,6 0,5 0,6 0,8 0,3 0,7 0,6 0,7 0,3 NÃO CONCLUSIVO a8 Cn2 0,8 0,3 0,6 0,3 0,8 0,4 0,5 0,6 0,8 0,3 0,8 0,6 0,8 0,3 VIÁVEL Baricentro W: médias dos graus resultantes 0,71 0,39 NÃO CONCLUSIVO Quadro 7.2 Graus de crença e descrença e resultado na decisão de investimento em realação aos fatores de a 1 até a 8, para o cenário Cn 2. ENEGEP 2004 ABEPRO 4578
QUPC Grau de descrença - µ 2 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 an Baricentro Contorno Div Centrais Div Diagonais 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 a 3 a 6 a 5 a 4 a 2 Baricentro a 7 a 1 a 8 0,0 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 Grau de crença - µ 1 Figura 7.2 Dispositivo para-analisador utilisado na decisão de investimento em realção aos fatores de a 1 até a 8, para o cenário Cn 2. 7.3. 3º Não existem restrições à entrada de produtos importados para a entrada do produto ou família de produtos do negócio. RESULTADOS DA PESQUISA E DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PARA 0 CENÁRIO Cn 3 Grupo B C D C AND D E1 E2 E3 E4 E1 O R E2 E3 O R E4 DECISÃO u11 u21 u12 u22 u13 u23 u14 u24 u1c u2c u1d u2d u1r u2r a1 Cn3 0,7 0,4 0,3 0,8 0,6 0,5 0,2 0,9 0,7 0,8 0,6 0,9 0,6 0,8 NÃO CONCLUSIVO a2 Cn3 0,2 0,7 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 0,2 0,9 0,5 0,9 0,2 0,9 INVIÁVEL a3 Cn3 0,3 0,6 0,5 0,8 0,4 0,7 0,1 0,9 0,5 0,8 0,4 0,9 0,4 0,8 NÃO CONCLUSIVO a4 Cn3 0,2 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 0,3 0,8 0,1 0,9 0,1 0,8 INVIÁVEL a5 Cn3 0,1 0,9 0,5 0,7 0,5 0,6 0,1 0,9 0,5 0,9 0,5 0,9 0,5 0,9 NÃO CONCLUSIVO a6 Cn3 0,3 0,7 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 0,3 0,9 0,5 0,9 0,3 0,9 INVIÁVEL a7 Cn3 0,5 0,8 0,3 0,7 0,2 0,8 0,0 0,9 0,5 0,8 0,2 0,9 0,2 0,8 INVIÁVEL a8 Cn3 0,5 0,8 0,3 0,8 0,3 0,5 0,2 0,9 0,5 0,8 0,3 0,9 0,3 0,8 INVIÁVEL Baricentro W: médias dos graus resultantes 0,33 0,84 INVIÁVEL Quadro 7.3 Graus de crença e descrença e resultado na decisão de investimento em realção aos fatores de a 1 até a 8, para o cenário Cn 3. ENEGEP 2004 ABEPRO 4579
QUPC Grau de 1,0 descrença - µ 2 0,9 a 2 a 6 a 5 0,8 a 4 a 7 a 8 Baricentro a 1 a 3 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 an Baricentro Contorno Div Centrais Div Diagonais 0,2 0,1 0,0 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 Grau de crença - µ 1 8. Conclusões Figura 7.3 Dispositivo para-analisador utilisado na decisão de investimento em realção aos fatores de a 1 até a 8, para o cenário Cn 3. Considerando as alternativas encontradas através do para-analisador como resultado da aplicação do Método de Análise dos es por s adaptado do Método da Análise Individualizada de es (MFI) de Carvalho. Conclui-se que este método usando a Lógica Proposicional Paraconsistente Anotada, oferece solução para os problemas ligados ao poder de competição que possibilitam a tomada de decisão de investimento em função da análise dos resultados encontrados. Como exposto, a lógica paraconsistente fornece novas técnicas de análise mais apropriadas, principalmente na presença de dados incertos e contraditórios, permitindo manipular tais dados de modo não-trivial. Acreditamos que as técnicas apresentadas aqui abrem novas formas de tratamento e desenvolvimento ulteriores. 9. Referências ABE, Jair Minoro (1992) Fundamentos da Lógica Anotada Tese apresentada para a obtenção do título de Doutor em Filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. FFLCH/USP: São Paulo, SP. CARVALHO, Fábio Romeu de (2002) Lógica paraconsistente aplicada em tomadas de decisões: uma abordagem para a administração de universidades. Aleph: São Paulo. DA COSTA, Newton C. A. ; Abe, Jair M.; Murolo, Afrânio C.; da Silva Filho, João I. & Leite, Casemiro F. S. (1999) Lógica paraconsistente aplicada. Atlas: São Paulo. LEITE, Casemiro F.S. (1999) A aplicação da Lógica Paraconsistente em Processos de Tomada de Decisão dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção na Universidade Paulista. UNIP: São Paulo OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de (2001) Estratégia empresarial e vantagem competitiva: como estabelecer, implementar e avaliar Atlas: São Paulo. PORTER, Michael E. (1986) Estratégia Competitiva Técnicas para Análise de Industrias e da Concorrência. Editora Campus: Rio de Janeiro. ENEGEP 2004 ABEPRO 4580