XXVII Cngres de la Asciación Latinamericana de Scilgía. VIII Jrnadas de Scilgía de la Universidad de Buens Aires. Asciación Latinamericana de Scilgía, Buens Aires, 2009. A identidade masculina cntemprânea. Uma análise da revista Men s Health. Mariana Tdeschini Almeida. Cita: Mariana Tdeschini Almeida (2009). A identidade masculina cntemprânea. Uma análise da revista Men s Health. XXVII Cngres de la Asciación Latinamericana de Scilgía. VIII Jrnadas de Scilgía de la Universidad de Buens Aires. Asciación Latinamericana de Scilgía, Buens Aires. Dirección estable: http://www.aacademica.rg/000-062/862 Acta Académica es un pryect académic sin fines de lucr enmarcad en la iniciativa de acces abiert. Acta Académica fue cread para facilitar a investigadres de td el mund el cmpartir su prducción académica. Para crear un perfil gratuitamente acceder a trs trabajs visite: http://www.aacademica.rg.
A identidade masculina cntemprânea Uma análise da revista Men s Health Mariana Tdeschini Almeida Universidade Federal d Ri Grande d Sul Brasil mari_tdeschini@yah.cm.br Resum Este artig pretende verificar cm a identidade masculina cntemprânea é cnstruída pela mídia. Tal bjetiv é alcançad a partir da análise de cnteúd das matérias sbre crp, saúde e relacinament amrs das capas da revista Men s Health ds meses de dezembr de 2008, janeir, fevereir e març de 2009. A Men s Health é uma publicaçã mensal vltada para hmens heterssexuais entre 18 e 40 ans das classes A e B que abrda temas cm beleza, mda, saúde, sex e cmprtament. O artig bjetiva determinar quais sã s desejs, expectativas e estils de vida d hmem representad pela revista. Palavras-chave: Identidade, mídia, gêner, masculin, Revista Men s Health. - 1 -
1. INTRODUÇÃO A mulher tem sid assunt cnstante tant n espaç acadêmic cm ns cnteúds veiculads pela mídia. Esse fenômen se deve a fat de que a identidade da mulher mdificu-se, principalmente a partir ds mviments feministas. N mment em que a mulher muda de lugar, hmem também é deslcad e a sua identidade é transfrmada. Resta averiguar cm ficu esse hmem após a mudança da idéia d que é ser mulher. O que, afinal de cntas, hmem cntemprâne quer? D que ele gsta? O que ele busca? 2. IDENTIDADE E RELAÇÕES DE GÊNERO Stuart Hall (1999) enfatiza que sujeit pós-mdern aparece em mei à diversidade ds sistemas de significaçã e representaçã cultural, em que várias identidades sã pssíveis. As sciedades da pós-mdernidade sã cnstituídas pr diferentes elements que se transfrmam cm freqüência e, lg, nvs elements surgem, que pssibilita desenvlviment de várias identidades (HALL, 1999). Assim, O sujeit assume identidades diferentes em diferentes mments, identidades que nã sã unificadas a redr de um eu cerente. Dentr de nós há identidades cntraditórias, empurrand em diferentes direções, de tal md que nssas identificações estã send cntinuamente deslcadas. (HALL, 1999, p. 13) De acrd cm Jhn B. Thmpsn (1998), na cnstruçã de identidades cerentes, s indivídus dependem tant ds própris recurss cm de materiais simbólics mediads. Esses materiais se expandem num leque de pções dispníveis as indivídus e enfraquecem sem destruir a cnexã entre a frmaçã e lcal cmpartilhad (p. 181). Assim, a identidade nã é dada u impsta, mas cnstruída pel sujeit a lng d temp pr mei ds materiais simbólics. Antes d surgiment e desenvlviment ds meis de cmunicaçã, tais materiais eram adquirids pr mei da interaçã face a face. Iss significa que s - 2 -
recurss utilizads pels sujeits na frmaçã de sua identidade prcediam d cntext lcal nde viviam. A partir d desenvlviment da mídia, s prcesss de aprpriaçã ds materiais simbólics e, cnseqüentemente, de frmaçã da identidade, fram alterads. Hje, as infrmações e s cnheciments sã, em sua mairia, transmitids pels veículs de cmunicaçã, nã se cnfigurand mais em cnheciment lcal. O desenvlviment da mídia truxe nvas frmas de experiência e ampliu as pssibilidades de frmaçã da identidade (THOMPSON, 1998). Duglas Kellner (2001) argumenta que a cultura transmitida pels meis de cmunicaçã em frma de texts, imagens e sns, nã atua, apenas, cm fnte de cnheciment para leitres e telespectadres, mas cntribui na frmaçã de suas identidades e interfere na maneira cm percebem mund. O rádi, a televisã, cinema e s utrs prduts da indústria cultural frnecem s mdels daquil que significa ser hmem u mulher, bemsucedid u fracassad, pders u imptente. A cultura da mídia também frnece material cm que muitas pessas cnstrem seu sens de classe, de etnia e raça, de nacinalidade, de sexualidade, de nós e eles. (KELLNER, 2001, p. 09) Rsa Maria Buen Fischer (2004) percebe papel pedagógic da mídia a qual nã, smente, veicula infrmaçã, mas prduz saberes. N espaç midiátic sã apresentadas e discutidas questões de cmprtament, que cnfere as meis de cmunicaçã funçã educativa. Os cnteúds midiátics aparecem cm fórmulas de que e cm fazer em determinadas situações, buscand esclarecer dúvidas ds segments sciais. A mídia passa a ser fnte de cnsulta para aqueles que querem saber sbre saúde, cmprtament, sex, educaçã ds filhs. N cntext cntemprâne n qual as identidades trnam-se frágeis e múltiplas, entendiment e a percepçã d ser hmem se mdificam. A identidade masculina altera-se, principalmente, a partir d surgiment ds mviments feministas que repsicinaram papel scial da mulher e, cnseqüentemente, d hmem. Dagmar Estermann Meyer (2008) ressalta que estuds realizads nas décadas de 60 e 70 a partir das manifestações feministas truxeram significativas explicações sbre a situaçã scial das mulheres. Tais mviments pretendiam cmprvar que s aspects bilógics nã eram suficientes - 3 -
para determinar s lugares e s papéis sciais de hmens e mulheres e nã pdiam servir de desculpa para a cndiçã inferir feminina. Fi nesse cntext que surgiu term gender na década de 70. A disseminaçã d term pretendia frtalecer a idéia de que as diferenças e desigualdades entre mulheres e hmens eram scialmente e culturalmente cnstruídas e nã bilgicamente determinadas (MEYER, 2008, p. 15). Meyer (2008) enfatiza que, a lng da vida, aprendems a ser hmens u mulheres cnfrme cnheciments apreendids das instituições e práticas sciais. Tais instituições nã se limitam mais à família e à escla, mas englbam utras cm, pr exempl, a mídia. Esse é um prcess de frmaçã e transfrmaçã n qual percebems certs cmprtaments e ideais cm própris de um gêner u d utr. Sms educads, prtant, a ns recnhecer e recnhecer s utrs cm hmens u mulheres. Marlene Neves Strey (2008) argumenta que a mídia é respnsável pela percepçã de feminin e de masculin, seus cmprtaments e papéis, e pela cnstituiçã da identidade de gêner. Desse md, pde-se estabelecer paralel cm Fischer (2004) que defende a idéia da funçã pedagógica da mídia. Os veículs de cmunicaçã atuam cm educadres na medida em que apresentam e ensinam que se deve esperar d hmem e da mulher. As páginas das revistas, as cenas das nvelas, s cnteúds ds jrnais estã replets de infrmações de cm hmens e mulheres devem agir, sentir, vestir, que devem almejar, que é legítim e aceitável n cmprtament masculin u feminin. Pierre Burdieu (2005) acredita que nas relações de gêner sempre existiu e ainda existe a dminaçã masculina, a qual cndicina s hmens à psiçã de prisineirs. O med cnstante de aprximar-se ds elements dits feminins frça s hmens a buscarem e mstrarem virilidade. A tensã surge da necessidade permanente de se sentirem e de serem recnhecids pels utrs hmens cm viris, send a virilidade, acima de tud, uma carga (p. 64). Cnfrme Gerges Bris (2002), hmem sente mair necessidade de afirmar sua masculinidade d que a mulher a sua feminilidade, na medida em que a masculinidade d menin é mens estável e mens precce d que a feminilidade da menina (p. 37). O hmem utiliza diverss mecanisms para demnstrar sua virilidade, um deles é a vilência a qual sempre fi percebida cm própria d univers masculin e que hje ainda faz parte dele, apesar de se manifestar de frma mais sutil. A necessidade pr mstrar virilidade e a assciaçã cnstruída entre - 4 -
hmem e vilência cntribuem para frtalecer imaginári scial d hmem frte que nada anseia. Os hmens, desde criança, sempre aprenderam que chrar, temer e demnstrar emções sã elements que fazem parte d univers feminin. Tal fenômen é principal respnsável pela dificuldade sentida até hje pels hmens em evidenciar e cmpartilhar seus sentiments. A relaçã sexual também é cncebida cm at de dminaçã masculina, quand hmem tem sensaçã de aprpriaçã e trnam-se explícitas as relações masculin ativ; feminin - passiv (BOURDIEU, 2005). Nas relações de trabalh, da mesma frma, é pssível identificar as cnseqüências da predminância d gêner masculin. Ainda hje, pr mais que as mulheres tenham garantid mair espaç n mercad de trabalh, sã s hmens que recebem s maires saláris e assumem s cargs mais imprtantes. Bris (2002) acredita que hje cntrle ds hmens sbre as mulheres está enfraquecid e que, em muitas situações, pde-se cnsiderar que é a mulher que detêm cntrle sbre sex pst. O mair espaç cnquistad pelas mulheres prvcu med ns hmens pr fazê-ls sentirem-se criticads e cbrads. Essa mudança de papéis fi respnsável pela crise de identidade masculina que cnfundiu s hmens, afirmam alguns teórics. Dessa frma, alguns hmens já nã se recnhecem n mdel patriarcal de mach, pis se afastaram de muits de seus valres tradicinais, mas ainda nã incrpraram nvs princípis que s mantenham cnfrtáveis nesse cntext que vem se cnfigurand. (BORIS, 2002, p. 42) Wiltn Garcia (2005) enfatiza que a crise de identidade existente n períd pós-mdern implica uma crise n entendiment da masculinidade. O hmem brut é criticad e censurad, mas, seu pst, hmem sensível, muitas vezes, sfre discriminaçã e é percebid cm afeminad. A crise da identidade masculina smada à idéia das identidades múltiplas permite inferir que hje nã é mais adequad falar em masculinidade n singular, mas em várias frmas de masculinidades. Ou seja, se antigamente imperava a imagem d hmem mach, viril, frte e insensível, na cntempraneidade diverss tips de hmens emergem: aquele precupad cm a mda e a aparência, hmem dn-de-casa, rmântic sensível e tants utrs. - 5 -
Mark Mnteir (2000) argumenta que a diversidade d cnceit de masculinidade pde ser cnstatada ns cnteúds midiátics, principalmente nas revistas. Tal veícul explra à exaustã s mais diferentes nichs de mercad, que representam estils de masculinidade (estils de vida assciads à masculinidade ) diferenciads e múltipls, muitas vezes até mesm antagônics entre si (p. 88). Garcia (2005) destaca que hmem cntemprâne presente ns cnteúds midiátics apresenta caráter frte e vigrs, na mesma medida em que é sensível e delicad. A vaidade, cuidad cm crp e a precupaçã cm a mda sã nvs elements incrprads n cnceit de masculinidade pós-mderna. O deslcament d hmem na cntempraneidade e a adiçã de nvs aspects na identidade masculina prpiciam surgiment d term metrssexual. Esse tip de hmem transita cm tranqüilidade entre s camps da virilidade e da vaidade. O metrssexual nã abandna sua masculinidade, cntud, nã tem vergnha de assumir que cuida da aparência. A mídia, pr mei de seus cnteúds, ajuda a cnstruir essa nva identidade masculina. Ainda é pssível bservar a presença da tradicinal imagem de hmem n cntext midiátic. Entretant, mdel d metrssexual - hmem frte, viril, prém vaids ganha espaç ns cmerciais de televisã e nas páginas das revistas. A atençã cncedida a metrssexual pela mídia trna-se mais evidente a partir da disseminaçã de revistas vltadas para públic masculin que gsta de mulheres e de cremes hidratantes (GRACIA, 2005, p. 117). 3. O HOMEM NA REVISTA MEN S HEALTH Cnfrme fi discutid, entende-se que a revista Men s Health cntribui na frmaçã da identidade masculina. Essa publicaçã de peridicidade mensal é vltada para hmens heterssexuais entre 18 e 40 ans das classes A e B. A publicaçã visa atingir hmem mdern urban que busca qualidade de vida e bem-estar a partir ds temas nutriçã, saúde, fitness, sex e relacinament, mda, estil, cuidads pessais e tecnlgia. A publicaçã, da mesma frma que cnstrói a identidade masculina pr mei de suas matérias, transmite ensinaments as leitres de cm eles devem se cmprtar e, assim, s incita a assumir determinada identidade. Frma-se, dessa maneira, um cicl, n qual s interesses ds leitres da revista ajudam a mldar seu cnteúd a mesm temp em que esse mesm cnteúd cntribui na cnstituiçã da identidade masculina ds leitres. - 6 -
As matérias analisadas da revista das edições de dezembr de 2008, janeir, fevereir e març de 2009 mstram que hmem Men s Health é vaids, precupad cm a aparência e busca crp atlétic pr mei de exercícis físics e alimentaçã adequada. Esse hmem cuida da saúde, pis deseja ter uma vida lnga e de qualidade. Percebe-se, dessa frma, que tais matérias cnstrem um hmem que crrespnde-se cm a idéia cntemprânea de masculinidade, u seja, que nã se intimida em assumir sua vaidade e a vntade de transfrmar-se em bjet de desej. Os leitres identificam-se cm esse hmem presente nas páginas da revista e utilizam cm mdel para mldar sua identidade masculina. O cnteúd da revista pssibilita identificar que crp masculin é bastante valrizad e é lcal nde se cncentra a beleza d hmem. Sã freqüentes matérias que apresentam imagens de hmens musculss e expõem dicas de exercícis físics para bter crp desejad. Essa beleza deve ser buscada pel leitr. O crp ideal sugerid pela Men s Health nã pde ser grd u magr, mas atlétic e cm músculs. Exercícis físics e esprtivs sã práticas valrizadas e assciadas à cnquista d crp perfeit. O ideal, n entant, nã é, apenas, fazer exercícis, mas saber cm executá-ls da frma crreta. A revista ensina cm tais práticas devem ser realizadas e deixa clar que leitr tem a pssibilidade de adquirir tip físic desejad, cas siga as instruções da publicaçã. A revista sugere, ainda, que a alimentaçã adequada cntribui para a cnstituiçã d crp atlétic cm músculs. Seguir dietas é recmendável para perder pes e ganhar massa muscular e, apesar de também ser imprtante para a saúde, tal aspect nã é explrad cm a mesma intensidade. A intençã da revista de ensinar leitr cm determinada prática deve ser realizada crrespnde-se cm a idéia d papel pedagógic da mídia, explrada pr Fischer (2004). A mídia agiria, assim, cm detentra d cnheciment e capaz de transmitir ensinaments que devem ser seguids. N cas da revista Men s Health, as infrmações cmunicadas as leitres expõem s tips de cmprtaments adequads que fazem parte d univers masculin e que, prtant, devem ser imitads. O cnteúd da revista transmite as idelgias e precnceits acerca das relações de gêner presentes na sciedade na qual está inserida. - 7 -
As matérias analisadas permitiram cnstatar, ainda, a assciaçã estabelecida pela revista entre relacinament amrs e sex. Amr, sentiment e carinh sã palavras raras nessas matérias, as quais apresentam dicas e rientações sbre questões relacinadas à prática sexual. O hmem representad pela revista aprecia manter relações sexuais e deve ter um bm desempenh cm a parceira. O hmem Men s Health é um cnquistadr e leitr é incentivad a aprender s segreds da seduçã e a saber que e cm fazer diante da mulher desejada. A revista indica que é precis cmpreender as intenções e s cmprtaments feminins para agir da maneira ideal. O sex é a recmpensa d hmem, bjetiv final, cas cnsiga desvendar s mistéris d univers feminin. O prcess da cnquista exige que hmem Men s Health seja segur, tenha bm humr, saiba elgiar, seja inteligente, cuide d crp e da aparência, saiba cnversar e tenha atitude. Algumas matérias sugerem que esse hmem mantém um relacinament fix cm uma parceira, utras insinuam que ele sai cm freqüência cm diferentes mulheres. Esse hmem, prtant, está sempre acmpanhad pr alguma mulher, seja sua cmpanheira fixa u alguém que acabu de cnhecer. As matérias sbre relacinament amrs permitem bservar que esta é a parte da revista a qual explra a virilidade masculina. A prática sexual n univers masculin está assciada à virilidade. As revistas dirigidas a hmens heterssexuais necessitam reservar, em suas páginas, espaçs que legitimem a masculinidade e que, prtant, permitem as leitres adquirirem a publicaçã cm a certeza de ser uma revista para hmem de verdade. 4. CONCLUSÃO Entende-se que s meis de cmunicaçã mldam seu cnteúd pr mei das idelgias, crenças e precnceits da sciedade da qual fazem parte. Da mesma frma, a mídia serve cm fnte para que s sujeits cnstruam suas identidades individuais. N cas da revista Men s Health, s discurss sciais sbre masculinidade cnstrem as matérias publicadas a mesm temp em que cntribuem para que s leitres mldem suas identidades masculinas. - 8 -
A análise das matérias cmprvu papel pedagógic da mídia, a qual, nã apenas veicula infrmações, mas ensina que seria cert e errad, adequad e inaprpriad. Os leitres da Men s Health prcuram e lêem s cnteúds da revista, muitas vezes, em busca de cnselhs de que fazer e cm para trnarem-se hmens mais atraentes, bem sucedids e saudáveis. A revista, pr mei de dicas age cm cnselheira indicand caminhs que pdem u devem ser seguids pels leitres. A Men s Health apresenta um mdel de hmem cm características que cnsidera ideais e instrui leitr a ser jvem, bnit, ter crp atlétic, praticar exercícis físics, cuidar da aparência, seguir dietas, alimentar-se de frma saudável, manter relações sexuais, saber cnquistar mulheres, ser segur, ter bm-humr, saber elgiar e estar sempre acmpanhad pr alguma mulher. A idéia de masculinidade vem sfrend mdificações e trna-se discussã cada vez mais freqüente n ambiente acadêmic. O hmem que sempre fi percebid cm machã passu a ser questinad e seu papel fi alterad em funçã, principalmente, ds mviments feministas. A cntempraneidade abre espaç para nvs cnceits de masculin e a mídia cntribui para a disseminaçã de terms cm metrssexual. Esse nv hmem, resultad da negaçã d machã, nã teme assumir que cuida d crp e da saúde. Na revista Men s Health, muitas matérias analisadas explraram esse esteretip masculin. N entant, a virilidade também se faz presente nas páginas da publicaçã, principalmente nas matérias sbre relacinament amrs. O hmem viril permanece n imaginári scial e é assciad, principalmente, à vilência e sex. Percebe-se que a mulher fi centr de estuds acadêmics e discussões midiáticas devid às mudanças crridas n univers feminin. N entant, s hmens também fram atingids pelas turbulências causadas pels mviments feministas. O hmem sentia-se perdid enquant a mulher estabelecia sua nva psiçã scial. Assim, a discussã sbre a masculinidade cntemprânea se faz necessária e a identificaçã d hmem representad pela mídia ajuda a desvendar as características e expectativas dele e a imaginar quais serã seus próxims passs. - 9 -
Referencial BAUMAN, Zygmunt. Mdernidade Líquida. Ri de Janeir: Jrge Zahar Ed., 2001. BOURDIEU, Pierre. A Dminaçã Masculina. 4 ed. Ri de Janeir: Bertrand Brasil, 2005. BORIS, Gerges Daniel Janja Blc. Falas de hmens: a cnstruçã da subjetividade masculina. Sã Paul: Annablume; Frtaleza: Secult, 2002. FISCHER, Rsa Maria Buen. A Mídia cm Espaç Frmadr d Sujeit Adlescente. In: Tramas da clínica psicanalítica em debate. Prt Alegre : Ed. da UFRGS, 2004. GARCIA, Wiltn. Crp, mídia e representaçã: estuds cntemprânes. Sã Paul: Pineira Thmpsn Learning, 2005. HALL, Stuart. A Identidade cultural na pós-mdernidade. 3. ed. Ri de Janeir: DP&A, 1999. KELLNER, Duglas. A cultura da mídia. Bauru: EDUSC, 2001. LOURO, Guacira Lpes. Currícul, gêner e sexualidade: nrmal, diferente e excêntric. In: LOURO, Guacira Lpes; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana Vildre. Crp, gêner e sexualidade: um debate cntemprâne. 4.ed. Petróplis, RJ: Vzes, 2008. MEYER, Dagmar Estermann. Gêner e educaçã: teria e plítica. In: LOURO, Guacira Lpes; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana Vildre. Crp, gêner e sexualidade: um debate cntemprâne. 4.ed. Petróplis, RJ: Vzes, 2008. MIRA, Maria Celeste. O leitr e a banca de revistas: a segmentaçã da cultura n sécul XX. Sã Paul: Olha d Água/Fapesp, 2001. MONTEIRO, Mark. Revistas masculinas e pluralizaçã da masculinidade entre s ans 1960 e 1990. Lugar Cmum: estuds de mídia, cultura e demcracia. Ri de Janeir: NEPCOM/UFRJ, v. 12, 2000. STREY, Marlene Neves. Encenand gêner: a midiaçã da cultura n dia-a-dia das mulheres. In: STREY, Marlene Neves; WILKE, Maria Eliza Vernet; RODRIGUES, Rberta de Alencar; BALESTRIN, Viviane Giusti (rgs). Encenand gêner: cultura, arte e cmunicaçã. Prt Alegre: EDIPUCRS, 2008. THOMPSON, Jhn B. A mídia e a mdernidade: uma teria scial da mídia. Petróplis, RJ: Vzes, 1998. - 10 -