FUNDO VERDE Cenários e Estratégias Abril 2009



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Transcrição:

FUNDO VERDE Cenários e Estratégias Abril 2009 com Luis Stuhlberger Fernanda Batolla - Economista The Chefe Company e Artur Wichmann - Gestor Global de Ações Este material foi preparado para a apresentação anual do FUNDO VERDE (CSHG VERDE FIC FIM), Cenários e Estratégias, Abril de 2009. Não pode ser copiado, reproduzido ou distribuído sem a expressa concordância da Credit-Suisse Hedging-Griffo. A Credit Suisse Hedging-Griffo não se responsabiliza por erros, omissões ou pelo uso destas informações por terceiros

AGENDA I) Fundo Verde II) Cenário Doméstico III) Cenário Internacional Pág. 2

FUNDO VERDE Pág. 3

Cenário em 30/06/08: Verde: 24,6% em Bolsa net comprado (The Oscar goes to cash...) Ibovespa a 65.000 pontos (falta de disciplina em um mercado perigoso) Fases da crise: - fev07: Índices ABX e CMBX já demonstravam piora 120 100 80 ABX.HE vs. CMBX.1 30/jun/08 ABX.HE 06-1 BBB CMBX.1 BBB 60 40 20 0 Jan-07 Mar-07 Mai-07 Jul-07 Set-07 Nov-07 Jan-08 Mar-08 Mai-08 Jul-08 Set-08 Nov-08 Jan-09 Mar-09 ABX.HE 2006-1: Subprime Residential Mortgages 2nd Half 2005 CMBX.1: Commercial Mortgages 2nd Half 2005 Pág. 4

Cenário em 30/06/08: - 23/julho/07: Quando o mundo percebeu que havia uma crise nos EUA e as Bolsas mundiais despencaram 1.600 S&P 500 23/JUL/07-12/SET/08 1.550 1.500 1.450 1.400 1.350 1.300 1.250 30/jun/08 12/set/08 1.200 07/07 08/07 09/07 10/07 11/07 12/07 01/08 02/08 03/08 04/08 05/08 06/08 07/08 08/08-2º sem 2007: descolamento de China, Mercados Emergentes e commodities dos EUA - 2º tri 2008: melhora substancial do crescimento do PIB americano Impressão de um fim de mid cycle slowdown e prejuízos no sistema financeiro mundial contido em US$ 1Tri (stress parecido com 82 e 97) Pág. 5

Cenário em 30/06/08: Projeções do FMI 3.000 % 5 Perdas - US$ bilhões 2.500 2.000 1.500 1.000 Crescimento mundial Achávamos que pararia por aqui Perdas 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 Crescimento mundial 500 1 0,5 - Abr-08 Set-08 Out-08 Jan-09 Abr-09 0 Fonte: FMI Pág. 6

Razão de termos comprado ações: CHIihg x BRihg ihg (Índice Hedging-Griffo) de ações: considera a liquidez (# negócios e volume negociado em R$), o Market Cap (Valor de mercado individual de cada empresa) e o free float. O Peso de cada ação no ihg é a média geométrica destes quatro componentes. 2,00 1,80 1,60 CHIiHG/BRiHG Descolamento de commodities dos EUA 30/jun/08 12/set/08 1,40 1,20 1,00 CHI ihg 50,5% BR ihg 49,5% TOTAL 100% 0,80 Fonte: CSHG jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 CHIihg: açúcar e álcool, fertilizantes, mineração, papel e celulose, petróleo e gás, petroquímica, siderurgia e metalurgia Pág. 7

Razão de termos comprado ações: Small x Large Caps 125 MSCI EM Small Caps / MSCI EM Free 120 115 30/jun/08 12/set/09 110 105 100-20% 95 90 dez-05 fev-06 abr-06 jun-06 ago-06 out-06 dez-06 fev-07 abr-07 jun-07 ago-07 out-07 dez-07 fev-08 abr-08 jun-08 ago-08 out-08 dez-08 fev-09 abr-09 Fonte: Bloomberg 1,15 1,05 0,95 0,85 0,75 Small/LargeCapsiHG -40% ihg Large Caps (> 10bi) 68% ihg Mid Caps (entre 5 e 10bi) 22% ihg Small Caps (< 5bi) 10% TOTAL 100% 0,65 0,55 0,45-30% 0,35 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 Fonte: CSHG Pág. 8

O histórico do Verde Breakdown da performance Compramos 18% do PL da família em ações de 1º/julho a 12/set (Lehman) - Variação Média desta compra até 30/dez/08: -41% (Perda financeira equivalente a ~ 8% do PL de 10 Bi da família) 2008 2009 Acum. 97/Hoje CDI + %a.a. Ações -26,44% 11,00% 79,13% 5,22% Câmbio 5,50% 0,63% 175,44% 10,39% Pré+Inflação 6,50% 4,19% 38,45% 2,66% Caixa -0,54% 0,25% 1,40% 0,10% Outros -0,45% 0,52% -3,23% -0,27% Custos -3,39% -0,52% -66,77% -4,93% +CDI 12,38% 3,75% 739,79% 18,94% Total -6,44% 19,82% 3729,5% 34,61% *até 30/abr de 2009. Eficiência do Hedge: 45% da perda em ações Compra de calls baratas e venda de puts caras de Câmbio Média histórica em ações: 33,7% do PL Pág. 9

If you swim with sharks, don t look like food Com perspectivas de queda de dólar, os empréstimos em dólar aumentaram muito 500 Acumulação de reservas maior do que a Balança e IED sugerem China 450 400 US$ bilhões 350 300 250 Fonte: Gavekal 200 150 100 50 0 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 Aumento Balança Comercial + aumento de IED Aumento das reservas internacionais Pág. 10

If you swim with sharks, don t look like food A porta de contágio do US consumer para o mundo: ajuste em Conta Corrente 160 140 EUA: importações ex-petróleo US$ bilhões ao mês Agosto-08 Bilhões (US$) 120 100 80 60 40 jan/93 jan/94 jan/95 jan/96 jan/97 jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 Fonte: Census; elaboração própria Pág. 11

If you swim with sharks, don t look like food Onde estavam os erros do mercado quando acharam que câmbio a US$ 1,60 era verdade: 1) Behavioral Finance: Ancoragem; Ordenamento e Estrutura; Excesso de Confiança e Otimismo e Efeito Black Swan 2) Dólar e Yen eram os passivos do mundo 2.9 Basket 2.7 2.5 2.3 2.1 1.9 1.7 1.5 4/1/2007 4/3/2007 4/5/2007 4/7/2007 4/9/2007 4/11/2007 4/1/2008 4/3/2008 4/5/2008 4/7/2008 4/9/2008 4/11/2008 4/1/2009 4/3/2009 4/5/2009 Fonte: Bloomberg (Basket: BRL 20%; AUD 15%; CAD 15%; KRW 10%; MXN 10%; PLN 10%; RUB 10% CNY 5%; ZAR 5%) Pág. 12

Modelo Ideal de Alocação: Long Bias + Book de Hedge 12.000.000 10.000.000 Ibovespa x CDI - 1992-2008 CDI = inflação + 16,5% aa (E) Ibovespa (D) 140.000 120.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 100.000 80.000 60.000 40.000 2.000.000 20.000 - dez-91 dez-92 dez-93 dez-94 dez-95 dez-96 dez-97 dez-98 dez-99 dez-00 dez-01 dez-02 dez-03 dez-04 dez-05 dez-06 dez-07 dez-08 - Fonte: Bloomberg Pág. 13

Modelo Ideal de Alocação: Long Bias + Book de Hedge 2.500 Ibovespa x CDI - jul/1994-2008 2.000 CDI = inflação + 14,05% aa Ibovespa 1.500 1.000 500 2.500 2.000 1.500 1.000 500 Pág. 14 jan-09 jul-94 jan-95 jul-95 jan-96 jul-96 jan-97 jul-97 jan-98 jul-98 jan-99 jul-99 jan-00 jul-00 jan-01 jul-01 jan-02 jul-02 jan-03 jul-03 jan-04 jul-04 jan-05 jul-05 jan-06 jul-06 jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 Fonte: Bloomberg

Também não tem mágica lá fora... Países Peso Estados Unidos 43,24% Japão 9,63% Reino Unido 7,61% França 4,21% Canadá 3,87% Suíça 3,55% Alemanha 3,39% Austrália 2,77% Holanda 1,79% Espanha 1,78% Brasil 1,65% Hong Kong 1,64% Coréia do Sul 1,56% Outros 13,30% Total geral 100,00% Setores Peso Financeiro 18,93% Energia 12,12% Tecnologia da Informação 12,02% Industriais 10,31% Consumo Não-Cíclico 9,82% Saúde 9,69% Consumo Cíclico 9,33% Materiais 7,34% Telecomunicação 5,53% Utilidade Pública 4,89% Total geral 100,00% Fonte: Bloomberg MSCI World All Countries 480 Crescimento de Earnings (1987-2010E): 5,5%a.a. Dividend Yield 2,25%aa não incluso 430 Índice 5,5% aa 380 330 280 230 180 130 80 dez/87 dez/89 dez/91 dez/93 dez/95 dez/97 dez/99 dez/01 dez/03 Fonte: Bloomberg dez/05 dez/07 314 233 240 Pág. 15

Modelo Ideal de Alocação: Long Bias + Book de Hedge Rentabilidade (média móvel 12M %CDI) x P.L. Indústria L&S (R$ Bilhões) 180% 160% 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Pág. 16 jan/09 jan/02 abr/02 jul/02 out/02 jan/03 abr/03 jul/03 out/03 jan/04 abr/04 jul/04 out/04 jan/05 abr/05 jul/05 out/05 jan/06 abr/06 jul/06 out/06 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 abr/09 Bilhões PL (Direita) Rentabilidade 12 Meses (%CDI) (Esquerda) 3x Fonte: Quantum

CENÁRIO DOMÉSTICO We are not a banana republic (anymore) Março/2009 Pág. 17

O Brasil Não Foi Uma Alucinação de Commodities Março/2009 Pág. 18

Brasil: Retomada do Crescimento coincide com Boom de Commodities 15.0 Crescimento Real PIB Brasil 1951-2008 12.5 10.0 7.5 5.0 2.5 0.0-2.5-5.0 Fonte: IBGE e BCB 1951 1953 1955 1957 1959 1961 1963 1965 1967 1969 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 PIB Brasil MM5 Fonte: Cepal, FMI e IBGE Taxa Média de Crescimento Paises Selecionados 1951-80 1981-94 1995-2002 2003-08 Argentina 3.4 1.4-0.8 8.4 Brasil 7.4 2.0 2.3 4.1 Chile 3.4 4.5 4.6 4.9 México 6.4 2.3 2.7 3.2 Coréia 7.5 8.4 5.2 4.4 América Latina 5.2 2.2 2.2 5.2 Mundo 4.5 3.0 3.6 4.5 Será que com o fim do ciclo, Brasil voltará para 1995-2002? Pág. 19

Brasil é mais do que um play de commodities Nossa dependência de Exportações de Commodities é muito menor do que outros países da A. Latina; Participação de Commodities no Ibovespa muito diferente da participação do PIB, o que gera avaliações equivocadas. Exportações Commodities (% PIB) Setores Ibovespa e PIB Setor Partic.% Ibovespa Partic.% PIB Petróleo/Mineração 37.1% 4.5% México Brasil Colômbia Argentina Peru Venezuela Equador Chile 7.3% 8.3% 10.1% 14.1% 18.6% 26.5% 28.6% 34.8% Intermediação Financeira 15.0% 7.2% Aço e Derivados 10.7% 3.3% Eletricidade/Esgoto/Limpeza 8.4% 3.5% Serviços de Informação 6.8% 3.8% Administração Pública - 16.4% Comércio 4.0% 13.1% Alimentos e Bebidas 3.8% 9.9% Serviços Empresas/Manut. 0.9% 9.5% Construção Civil 2.9% 6.2% Demais 10.4% 22.5% Total 100.0% 100.0% Fonte: OMC, Bradesco BBI, MDIC e CSHG Fonte: IBGE e Bovespa Pág. 20

Exportações: Brasil não possui concentração de pauta ou destino, diferentemente demais países da América Latina Venezuela (90% petróleo), Equador (60% petróleo), Peru (57% metais), Chile (56% cobre), Argentina (20% soja); Exportações totais apenas 12,5% PIB. Nosso consumo doméstico representa 65% PIB. Exportações Brasileiras em % do PIB da Pauta Total 12.5% 100.0% Commodities Agrícolas 3.7% 29.8% Commodities Metálicas 2.6% 20.6% Commodities Químicas 0.4% 3.1% Commodities Combustíveis 1.6% 12.9% Industrializados e Demais 4.2% 33.7% Fonte: MDIC e CSHG Exportações por Destino Brasil A. Latina Região 22.8% 15.7% Estados Unidos 14.0% 45.2% União Européia 23.4% 14.0% Ásia (ex-china e Japão) 6.6% 3.8% China 9.2% 4.7% Japão 3.1% 2.5% Resto do Mundo 20.9% 14.1% Total 100.0% 100.0% Fonte: MDIC e Cepal C.Agrícolas: soja, carnes, café, açúcar, celulose, cacau, madeira, suco de laranja, frutas e pescados; C.Metálicas: minério e metalúrgicos; C. Químicas: álcool, petróleo e derivados. Pág. 21

Brasil: aproveitou boom de commodities para aprofundar ajuste econômico Macro Consistente Câmbio Flutuante Metas Inflação Superávit Primário Reformas Micro Crédito Consignado Construção Civil Lei de Falências Reforma do Judiciário Maior Demanda Commodities Apreciação Câmbio Queda na Inflação Queda na Taxa Juros Queda na Dívida/PIB Crescimento Consumo e Investimento Mas o Banco Central/Tesouro foram além... Pág. 22

Mérito do Banco Central (I): Acumulação de Reservas Mesmo sob críticas, Banco Central continuou acumulando Reservas: política provou-se acertada! Foi o país emergente com maior taxa de crescimento de Reservas; Utilização inteligente das Reservas. Reservas Internacionais (US$ Bi) Países dez/06 ago/08 mar/09 var mar/09-var mar/09- dez/06 ago/08 China 1,068 1,884 1,912 79% 1% Rússia 296 569 368 25% -35% Índia 171 287 239 40% -16% Coréia 239 243 202-16% -17% Brasil 86 205 188 119% -8% Cingapura 136 170 164 20% -4% Malásia 82 122 91 10% -26% Mexico 76 97 90 18% -7% Túrquia 61 76 67 11% -11% Polônia 46 79 59 27% -25% Indónesia 41 56 48 18% -14% Argentina 31 46 45 47% 0% Romênia 28 38 33 17% -14% África do Sul 23 31 30 30% -3% Peru 17 34 28 70% -17% Venezuela 37 37 29-21% -22% Bulgária 11 20 14 28% -30% Republica Tcheca 31 37 35 13% -4% Croácia 11 15 11-6% -25% Fonte: FMI e Bloomberg Pág. 23

Mérito Banco Central e Tesouro (II): estabilização automática dívida líquida Composição DSLP (% do total) Indexador 2002 2008 Câmbio 39-40 Selic 46 63 60.0 55.0 50.0 Dívida Líquida Setor Público (% PIB - Ex-Petrobrás) 56.8 Prefixada 2 38 Inflação 11 36 Outros 3 3 Total 100 100 45.0 40.2 40.0 35.0 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 Fonte: BCB e CSHG Fonte: BCB e CSHG Fim da Dinâmica Perversa da Dívida Choque Externo Depreciação do Câmbio Setor Público Credor em Dólar Redução Dívida/PIB Pág. 24

Mérito Banco Central (III):evitou bolha de crédito Regime de Metas para Inflação se provou adequado para o país: convergência da inflação com maior crescimento do PIB; Atuação do Banco Central evitou o surgimento de Bolhas/Subprime Brasileiro. Estabilidade de Preços virou um bem público: inflação sobe e popularidade cai! E o presidente Lula entendeu isso... Sucessão do Meirelles será último teste. IPCA YoY 17.0 15.0 13.0 11.0 9.0 7.0 5.0 3.0 1.0 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% Concessões Crédito YoY MM3 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 Concessões PF Concessões PJ Fonte: IBGE e CSHG Fonte: BCB e CSHG Pág. 25

Mercados reconheceram o melhor ajuste macroeconômico!!! 800 700 600 500 400 300 200 100 70% acima Risco País - Brasil X Emergentes 30% abaixo 0 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 Embi Brasil Embi Emergentes Fonte: JP Morgan Pág. 26

Dez motivos para diferenciar Brasil dos demais emergentes 1. Brasil é mais do que um play de commodities: consumo doméstico 65% PIB; 2. Nossas exportações não são concentradas ; 3. Avançamos nas reformas micro: Reforma Judiciário, Lei de Falências, Crédito Consignado, Patrimônio de Afetação ; 4. Bacen acumulou reservas e não as torrou na crise; 5. Solvência Fiscal: criamos estabilizador automático; 6. Bacen não permitiu bolha de crédito/subprime brasileiro; 7. Estabilidade de preços virou um bem público: fortaleceu a política monetária; 8. Brasil já fez transição para democracia e teve a esquerda no poder (risco menor que China, Índia e alguns emergentes); 9. Brasil possui imprensa independente do governo, de qualidade e investigativa; 10. Herança Lusitana: maior mobilidade social, maior tolerância racial e religiosa e perfil negociador. No Brasil, o trabalhador não tem raiva do empresário; Pág. 27

No pânico, todos caíram igual. Mas a volta foi diferente... 27/Oct/08 Hoje VAR País / Região Índice (US$) Índice (US$) Índice (US$) Ibovespa 13.059 23.708 82% LatAm (Ex-Brazil) 1.386 1.850 34% S&P500 849 904 6% MSCI EM Europa Oriental 98 143 45% DJ Eurostoxx 2.865 3.201 12% ISHARES FTSE China 22 39 77% MSCI EM Asia 188 294 57% MSCI Asia (Ex-Japan) 231 356 54% Nikkei 225 77 91 18% Fonte: Bloomberg Pág. 28

Brasil: por que o sudden stop foi tão forte? Março/2009 Pág. 29

Brasil estava acelerando o crescimento no 3TR08 Crise passou do crédito para a atividade, o que deixou as empresas sem capital de giro num momento em que acumulavam estoques; 15.0 Crescimento do PIB dessaz. e anualizado 10.0 5.0 0.0-5.0-10.0-15.0-20.0 US Euro Brasil Chile Coréia Hong Kong Malásia Russia Africa Sul China Fonte: JP Morgan e IBGE 1T08 2T08 3T08 4T08 Pág. 30

Congestionamento do crédito quando empresas estavam aumentando a alavancagem País passava por expansão do mercado de capitais e aproveitava liquidez internacional: empresas estavam realizando investimentos. 130 120 Total de Financiamentos - Empresas (R$ Bi IPCA Mar/09) Fluxo Fluxo Mensal Mensal de Novos Financiamentos R$ 116 bi 110 100-22% 90 80 70 Não-Bancário: Ações, Debêntures, Notas, FDIC, CRI, FII Crédito Bancário PJ Captações Externas 60 jan/04 abr/04 jul/04 out/04 jan/05 abr/05 jul/05 out/05 jan/06 abr/06 jul/06 out/06 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 Fonte: CVM, BCB e CSHG Pág. 31

Bancos cortaram o crédito e elevaram o spread rapidamente Todas as Condições de Crédito Pioraram: concessões, taxas juros, prazo médio e inadimplência. Problema dos derivativos foi mais uma pedra no meio do caminho. 40 35 30 25 20 15 Spread Bancário Spread Bancário 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 jun/00 dez/00 jun/01 dez/01 jun/02 dez/02 jun/03 dez/03 jun/04 dez/04 jun/05 dez/05 jun/06 dez/06 jun/07 dez/07 jun/08 dez/08 Fonte: BCB e CSHG Spread Geral E Spread PJ D O que levou Bacen e governo a meditarem sobre este problema... Pág. 32

Pela 1ª vez, Brasil tem instrumentos para combater a crise Uso inteligente das reservas com medidas inovadoras (leilões linha ACC e dívida externa privada); Redução dos Compulsórios e Cessão de Carteiras; Redução agressiva da Taxa de Juros; Criação do Seguro de Depósito Especial para aplicações até R$20 mi; Desonerações Tributárias para Veículos, Construção Civil e Linha Branca; Linhas de Crédito Especiais (Construção Civil, Agricultura, Varejos, etc...); Maior participação dos bancos públicos no mercado de crédito (o que também pode gerar um esqueleto lá na frente); Potencialmente BOM: Cadastro Positivo e esforço do Bacen para reduzir o spread bancário. Pág. 33

Sistema Financeiro: uma das provisões mais elevadas do mundo! Global Banks - 2009E Provision Charges/Loans (%) 7.0 6.0 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0 Panama Saudi Arabia Switzerland Malaysia Australia Japan Hong Kong Portugal Singapore Nordic Germany India Spain Peru Benelux Thailand Taiwan Italy United Arab Philippines France Global Banks Israel Greece South Africa China Poland Turkey Indonesia Korea Austria Argentina Chile UK Ireland Colombia Mexico Brazil Russia/Kazakhstan Fonte: DB Global Banks Pág. 34

Brasil: desaceleração é cíclica, não estrutural (I) Brasil: Bancos voltarão a emprestar, com estabilização inadimplência e desemprego. Total de Depósitos dos 8 Maiores Bancos Brasileiros (R$ bi) 966 792 816 22% em 1 ano 66% em 2 anos 580 633 dez/06 jun/07 dez/07 jun/08 dez/08 Fonte: BCB Pág. 35

Brasil: desaceleração é cíclica, não estrutural (II) Não teremos queda do rendimento real, como aconteceu nos episódios anteriores. Pior momento do ciclo de desemprego já passou (limpou os excessos). Renda Real e INPC (% YoY) Renda Real e INPC (% YoY) 12% 25% 8% 4% 0% 20% 15% -4% 10% -8% -12% 5% -16% jan/97 jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 0% Fonte: IBGE e CSHG Renda Real E INPC D Pág. 36

Rápido ajuste da conta corrente Balanço de riscos para a conta corrente continua sendo de números melhores que esses, seja pelo upside que os números correntes de balança estão mostrando, seja pelo downside de remessas de lucros e dividendos. Conta Corrente (US$ Bi) 2002 2008 2009 P Balança Comercial 13 25 20 Exportação 60 198 141 Importação (47) (173) (121) Serviços (23) (57) (35) Juros (13) (7) (7) Lucros (5) (34) (16) Viagens (0) (5) (3) Transportes (2) (5) (3) Demais (2) (6) (7) 0 0 0 Transferências 2 4 3 Fonte: MDIC e CSHG Conta Corrente (8) (28) (12) Conta Corrente %PIB -1.5% -1.8% -0.8% Pág. 37

A Verdadeira Herança Maldita Março/2009 Pág. 38

A verdadeira herança maldita Forte aumento dos gastos públicos (32% PIB), puxado pelas despesas correntes; Administração pública aparelhada (cargos de confiança 77 mil em 2008); Perda de competitividade com a Carga tributária de 36% PIB; Política Externa: manteve a filiação genética, focada no 3º Mundo; IPEA tomado por economistas guiados pela ideologia da velha esquerda; Educação: preocupação equivocada, priorizou o ensino superior; Educação Pode Piorar: fim do provão e aumento das cotas raciais; Dicotomia: lei funciona para o empresário que sonega mas não funciona para o Congresso e Executivo (impunidade e coleguismo); Abril/2009 Pág. 39

Explosão dos gastos públicos Gov. Central: Folha de Pessoal atingirá 5,2% PIB ou R$153 bi em 2009; Governo concedeu reajustes escalonados até 2011, o que fará a Folha atingir R$200 bi; 5.5% Gastos com Pessoal - Gov. Federal 180 Evolução da despesa média com servidores públicos e do salário médio da economia (em R$ de 2008 deflator IPCA) 5.1% 4.7% 4.3% 3.9% 3.5% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 160 140 120 100 80 60 2002 2008 Taxa de Crescimento Judiciário 10,013 14,196 41.8% Banco Central 10,155 14,304 40.9% Empresas Públicas 6,020 7,532 25.1% Ministério Público 14,375 17,937 24.8% Civis 4,152 5,112 23.1% Legislativo 10,262 12,595 22.7% Soc. Economia Mista 6,027 6,968 15.6% Salário Médio Economia 1,257 1,226-2.4% Militares 3,595 3,174-11.7% R$ Bilhões % PIB Fonte: TN e CSHG Fonte: TN, IBGE e CSHG Pág. 40

Estados também elevaram gastos com Folha Salarial Farra dos Reajustes do Funcionalismo também foi seguida pelos Estados, que agora terão que se ajustar 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% Aumento Real do Gasto com Funcionalismo nos Estados - 2008/2006 Fonte: TN e CSHG Pág. 41 Roraima Amapá Distrito Federal Alagoas Goias Piauí Paraíba Pernambuco Minas Gerais Pará Acre Espírito Santo Maranhão Ceará Bahia Total São Paulo Sergipe Rio Grande do Norte Rondônia Paraná Santa Catarina Amazonas Rio Grande do Sul Tocantins Mato Grosso do Sul Rio de Janeiro

O que é de Rico? O que é de Pobre? Como pensa o consumidor brasileiro? Pág. 42

O que é de Rico? O que é de Pobre? 0% 20% 40% 60% 80% 100% Precisar do governo para ter serviço de saúde Comprar no supermercado só o que está em promoção Ter condições de comprar as coisas em prestação Ter telefone celular Manter o corpo limpo e bem cuidado Comprar produto de beleza/maquiagem Ter computador Ter conta no banco Ter TV à cabo Fazer compras pela internet Ter plano de saúde particular Ter carro novo Estudar em escola particular Ter seguro do carro Usar jóias Viajar de avião Viajar para o exterior Fonte: O que é de Rico e o que é de Pobre? - Instituto Análise Só de pobre Classe Média Só de rico Não sabe Pág. 43

Cenário Aumento de Renda O que as pessoas consumiriam em primeiro lugar Caso a renda aumente, os itens que terão aumento de Consumo Supermercado, Lazer (Viagens), Convênio Odontológico, Plano de Saúde, Faculdade/Universidade. Fonte: O que é de Rico e o que é de Pobre? - Instituto Análise Supermercado Lazer como viagens, shopping, cinema, restaurante Convênio odontológico / dentistas / clínicas dentárias Plano de saúde Faculdade / universidade Prestação da casa própria Seguro de vida Roupas e acessórios Remédios Prestação do automóvel Ensino médio Prestação / fatura do cartão de loja Prestação / fatura do cartão de crédito Telefone celular Seguro automóvel TV por assinatura Empréstimo junto à financeiras Internet Telefonia fixa Cerveja Cosméticos Empréstimo junto ao banco Combustível Cigarro Transporte coletivo 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 4 4 4 3 3 3 5 5 4 6 8 9 8 8 11 Pág. 44

Cenário Aumento de Renda O que as pessoas consumiriam mais em último lugar Telefone celular 6 TV por assinatura 6 Roupas e acessórios 5 Lazer como viagens, shopping, cinema, restaurante 5 Cigarro 5 Cerveja 5 Empréstimo junto ao banco 5 Apesar de bem distribuído as pessoas passariam a consumir em último lugar Telefone Cosméticos Prestação / fatura do cartão de loja Prestação / fatura do cartão de crédito Internet Empréstimo junto à financeiras 4 5 5 5 5 Celular e com a TV por assinatura. Telefonia fixa Seguro de vida Prestação do automóvel 4 4 4 Seguro automóvel 3 Remédios 3 Convênio odontológico / dentistas / clínicas dentárias 3 Plano de saúde 3 Combustível 3 Prestação da casa própria 3 Supermercado 3 Transporte coletivo 3 Faculdade / universidade 3 Ensino médio 3 Fonte: O que é de Rico e o que é de Pobre? - Instituto Análise Pág. 45

It is taxation, stupid! Redução de impostos é uma demanda latente e é uma demanda popular; Redução de imposto é mais efetiva que redução de juros para gerar empregos; Mas poderá criar um overhang para o futuro. Qual o maior obstáculo para criação de empregos? Impostos cobrados pelo governo 44 Juros cobrados pelos bancos As empresas não investem O governo gasta muito Inflação 8 10 14 17 Juros X Imposto: 7 em cada 10 brasileiros acreditam que para gerar mais emprego é preciso reduzir imposto Produtos Piratas 4 Demanda está menor Não sabe 2 2 Fonte: Instituto Análise, Diagnóstico Brasil, março/2009 0 10 20 30 40 50 Pág. 46

CENÁRIO INTERNACIONAL What does not kill me, makes me stronger (Nietzsche) Pág. 47

O problema da alavancagem 1. Governo Trajetória é ruim mas nível ainda relativamente baixo Dívida Federal Americana % PIB 100 90 80 70 60 50 40 30 Cenário base do CBO + Plano de Estímulo do Obama Cenário base do CBO + OSP e extensão de cortes de impostos % PIB 100 90 80 70 60 50 40 30 20 1947 1957 1967 1977 1987 1997 2007 2017 20 Fonte: US treasury dept Pág. 48

O problema da alavancagem 2. Corporate America Dívida sob controle e menor interferência do Governo 35 30 25 20 15 10 5 Alavancagem Corporativa nos EUA ao custo de reposição 0.50 0.45 0.40 0.35 0.30 0.25 Taxa Corporativa Efetiva nos EUA Imposto pago / Lucro antes de Imposto 0 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96 00 04 08 Fonte: Lehman and JPMorgan 0.20 59 63 67 71 75 79 83 87 91 95 99 03 07 Fonte: Lehman and JPMorgan Pág. 49

O problema da alavancagem 3. Setor Financeiro Alavancagem alta e um ciclo de crédito pela frente; Índice Fitch de Perdas com Cartões de Crédito 20 18 Perdas % 16 14 12 10 8 6 4 2 0 13,6 7,4 jan/91 jan/93 jan/95 jan/97 jan/99 jan/01 jan/03 jan/05 jan/07 jan/09 Fonte: Deutsche Prime Prime Avg Subprime Avg Subprime Pág. 50

O problema da alavancagem 4. Consumidor nem tudo é ruim Balanço do Consumidor 2004 2006 2008 Ativos 62.910 75.731 65.719 Depósitos 5.743 6.779 7.685 Instrumentos de Crédito 3.102 3.626 3.876 Ações Listadas 7.496 9.199 5.502 Fundos Mútuos 3.417 4.410 3.254 Fundos de Pensão 10.633 12.631 10.280 Negócio Próprio 6.369 8.294 7.538 Outros 2.379 2.681 2.941 Bens de Consumo Duráveis 3.565 3.877 4.131 Imóveis 20.205 24.252 20.512 Passivos Crédito ao Consumidor 2.219 2.418 2.596 Hipotecas 7.839 9.843 10.454 Outros 977 1.169 1.192 Fonte: fed flow of funds Pág. 51

O que vemos pela frente 4. Consumidor alguns choques positivos Energia, Juros e Alimentos = economia de USD500-700bi/ano Gasto Simplificado nos EUA com Petróleo Poupança Projetada para uma Taxa Hipotecária Efetiva de 5% 2004 Juros Hip. Estoque de Dívida Hip., 20,7 MM bbls/dia X 365 Dias/Ano X Preço Médio ($41) = $310Bn Pagos Taxa Hip. Efetiva $B n 2005 20,8 MM bbls/dia X 365 Dias/Ano X Preço Médio ($57) = $433Bn 2002 $420,4 7,02% $5.991,7 2006 2003 $436,8 6,45% $6.769,8 20,7 MM bbls/dia X 365 Dias/Ano X Preço Médio ($66) = $499Bn 2004 $469,0 6,13% $7.649,4 2007 2005 $536,2 6,20% $8.654,6 21,3 MM bbls/dia X 365 Dias/Ano X Preço Médio ($72) = $560Bn 2006 $621,7 6,38% $9.748,8 2008 2007 $676,8 6,39% $10.599,6 20,8 MM bbls/dia X 365 Dias/Ano X Preço Médio ($99) = $752Bn 2008 $689,2 6,22% $11.075,6 2009 Premissas* 2009 $553,8 5,00% $11.075,6 20,8 MM bbls/dia X 365 Dias/Ano X Preço Médio ($43) = $326Bn Premissas* * Premiss as de 2009 ass umem consumo nos mes mos níveis que 2008 e utiliza preço médio do petróleo em 2009 YTD. www.strategasrp.com * Premissas de 2009 = Taxa de 5% & Estoque de Dív. Hip. nos mesmos níveis que 2008. Utilizando as premissas acima, economia esperada de $426Bn em 2009. Utilizando as premissas acima, economia esperada de $135Bn em 2009. Fonte: strategas research Pág. 52

Substituição de dívida privada por pública Piora do Orçamento é Imagem Invertida do Recuo do Setor Privado % PIB 10 8 6 4 2 0-2 -4-6 -8-10 -12 Balanço do Setor Privado Balanço do Orçamento Federal Nota: Linha pontilhada é previsão do GS % PIB 60 65 70 75 80 85 90 95 00 05 10 Fonte: Dept. of Commerce. Office of Management and Budget. 10 8 6 4 2 0-2 -4-6 -8-10 -12 Pág. 53

Consumidor poupança - O outro lado da poupança capacidade de redução de alavancagem do consumidor é entre USD500-750bi - Somente no 4º tri de 2008 a dívida dos consumidores se reduziu em USD308bi. - Demanda adicional por Treasuries alivia a necessidade de financiamento do Governo (USD300bi ytd) 14 Taxa de Poupança nos EUA (média móvel de 6 meses) Dívida Líquida Agregada Domiciliar (USD Mudança Q/Q) 12 10 8 6 4 2 0-2 58 62 65 68 71 74 77 80 83 86 89 92 95 98 01 04 07 Fonte: Bureau of Economic Analysis, Banc of America Securities - Merrill Lynch 600 500 400 300 200 100 0-100 -200-300 -400 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 4T05 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 Fonte: fed flow of funds Pág. 54

Consumidor Mito vs Fato Visão de que a bolha se concentra em bens de consumo discricionário é equivocada. % do PIB % do PIB 72 Gastos de Consumo pessoal 72 70 Gastos de Consumo pessoal (excl. saúde) 70 68 68 66 66 64 64 62 62 60 60 58 58 56 56 54 54 1947 1957 1967 1977 1987 1997 2007 Fonte: Bureau of Economic Analysis Fonte: Bureau of Economic Analysis Nominal 1959 Real 1959 2007 CAGR Nominal Hospitais (excl. Governo) 4 30 442 10% Médicos 6 39 388 9% Remédios 4 25 299 10% Seguro de Saúde 2 12 153 10% Hospitalização e Cuidados Médicos 1 5 127 11% Asilos 0 2 122 13% Dentistas 2 14 96 8% Produtos Oftalmo. e Ortoped. 1 4 28 8% Outros 1 6 26 7% Total 19 138 1680 10% Pág. 55

1929 Novamente? Diferenças Significativas incluem: Seguro de depósitos Bancários 9,000 bancos faliram na crise de 29 com a grande maioria dos depósitos sendo perdidas; Seguro desemprego Impacto imediato sobre renda e consumo em 1929 eram muito mais pronunciados (Social Security Act somente implementado em 1935); Erros em resposta de política econômica Aumento dos juros em 1931 para defender o dólar; Aumento de impostos em 1932 para equilibrar o orçamento; Aumento do protecionismo (Smoot Hawley Tariff 1930); 1929-33 Pior Evento (ex-29) Data Queda do PIB (real) -33,0% -3% 1958 Desemprego 25,6% 11% 1982 Duração 3,7 anos 1,3 anos 1973 Queda da Produção Industrial -54,0% -14% 1958 Queda de Lucro -75,0% -54% 2001 Pág. 56

1929 Novamente? Resposta de política monetária e fiscal muito diferente Maiores Gastos nos Estados Unidos Evento Custo Nominal ($Bn) Custo Real ($Bn) Período Anos Custo como % do PIB Segunda Guerra Mundial $288 $3.600 1941-45 4 38,7% The New Deal $32 $500 1933-39 6 6,8% Guerra da Coréia $54 $454 1950-53 3 5,3% Invasão do Iraque $551 $597 2003-04 1 4,9% Compra de Louisiana $0 $217 1803 1 3,1% Plano Marshall $13 $115 1948-50 2 2,3% Crise de Savings & Loans $153 $256 1987-89 2 1,5% Guerra do Vietnam $111 $698 1965-73 8 1,3% NASA $417 $851 1958-2008 50 0,2% Sistema de Auto-Estrada Interestadual de Eisenhower $114 $800 1956-91 35 0,2% Corrida Armamentista - Bomba Atômica $1 $29 1938-45 7 0,1% Fonte:The Wall Street Journal (http://online.wsj.com/article/sb123120542333456031.html), Jim Bianco Research (http://www.ritholtz.com/blog/2008/11/big-bailouts-bigger-bucks/) Pág. 57