Competitividade Empresarial. Reforma Tributária ria e. Flávio Castelo Branco Reforma Tributária: ria: Reflexos sobre Empresas e Regiões

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Arthur Barreto Borja
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1 Reforma Tributária ria e Competitividade Empresarial Flávio Castelo Branco Reforma Tributária: ria: Reflexos sobre Empresas e Regiões Workshop FEA/USP São Paulo, 27 de abril de 2009

2 Carga Tributária ria e Competitividade Empresarial

3 Carga tributária atual é excessiva Sondagem da CNI mostra que carga elevada é o maior problema para as empresas industriais 68 Elevada carga tributária Competição acirrada de mercado Taxas de juros elevadas Alto custo da matéria prima Grandes Médias Pequenas e Médias 48 Taxa de câmbio % Fonte: Sondagem Industrial CNI

4 Brasil está fora do padrão mundial A carga de tributos no Brasil é mais alta que em outros países emergentes e próxima dos países desenvolvidos Carga tributária países selecionados % do PIB Carga tributária países selecionados % do PIB Brasil 33,7% Coréia do Sul 25,6% Argentina 21,8% México 19,8% Chile 18,9% China 16,9% Fonte: OCDE

5 Sistema Tributário é de má qualidade O aumento da carga tributária ria tem se dado através de tributos de má m qualidade e de baixa eficiência econômica: cumulativos ou em cascata Estes tributos desestimulam, a produção, os investimentos, as exportações, o emprego e induzem à informalidade Peso excessivo dos tributos indiretos (45% sobre bens e serviços): oneram custo da mão-de-obra obra (20% recaem sobre folha salarial) e reduzem o poder de compra das famílias

6 Sistema atual é fonte de distorções Não permite tratamento isonômico entre produtos nacionais e estrangeiros Distorce a alocação dos recursos e prejudica a eficiência produtiva Onera bens de capital e desestimula o investimento Tributa a intermediação financeira e eleva os spreads, encarecendo o custo do capital Prejudica a harmonização com sistemas tributários no plano internacional

7 Sistema provoca evasão e reduz a crescimento das empresas Estimula a evasão e a sonegação fiscal e provoca competição desleal entre empresas Carga elevada e complexidade do sistema é uma das razões para o aumento da informalidade, com impacto negativo para a produtividade e crescimento das empresas Complexidade complica a vida das empresas e impõe altos custos com a burocracia associada às obrigações tributárias

8 Sistema atual reduz a competitividade Entre os principais problemas do Sistema Tributário Brasileiro estão... Entre os principais problemas do Sistema Tributário Grande número de tributos 76 Tributos cumulativos ou em cascata 57 Tributação sobre a folha de pagamento 44 Complexidade (excesso de burocracia) 41 Carga tributária desigual entre os setores 34 Prazos de recolhimento dos tributos % Fonte: Sondagem Especial, CNI, agosto de 2003.

9 Sistema atual tem viés anti-crescimento e reduz a competitividade... e os piores tributos são aqueles marcados pela alta complexidade e pela cumulatividade ICMS Contribuições previdenciárias Cofins CPMF IPI PIS IRPJ 19 Grandes 14 Pѭquenas e Médias CSLL % Fonte: Sondagem Especial, CNI, agosto de 2003.

10 Reforma Tributária: ria: Que reforma?

11 Tentativas de reforma causaram frustrações Tentativas de reforma causaram frustrações Problemas em sua concepção original: foco na questão fiscal e não na competitividade e no crescimento Solução pelo fatiamento da reforma transferiu definições para futuro (com criação de nova PEC sem avanços) Ponto nevrálgico: mudanças as no ICMS (tributo de maior impacto) não foram definidas e as decisões adiadas

12 ICMS: o grande problema ICMS: o grande problema Grande complexidade e multiplicidade de legislações estaduais (dificuldades às s empresas que operam em diversos estados) Grande burocracia com a exigência de comprovação dos créditos (efetivo pagamento para o reconhecimento do crédito) Cumulatividade: : inclui o IPI na base de cálculo c da parcela do ICMS devido ao estado de destino da mercadoria e cálculo c por dentro disfarça verdadeira alíquota

13 A questão dos créditos acumulados A questão dos créditos acumulados O acúmulo de crédito de exportações é um problema já j existente hoje, que pode ser agravado na proposta sem uma solução na reforma Sugestões: Desonerar cadeia produtiva das exportações Câmara de compensação nacional Fundo Federal para restituição direta às s empresas

14 O que a indústria quer: O que a indústria quer: Uma Reforma Tributária ria que não venha a se constituir em instrumento de ampliação da carga tributária ria Uma Reforma Tributária ria que enfrente os problemas que tornam o sistema tributário rio atual um obstáculo ao crescimento e à geração de empregos: simplificação, transparência e qualidade Um sistema tributário rio que não onere a produção, o investimento e as exportações

15 Uma boa reforma deve ter foco na competitividade: Melhorar a distribuição da carga tributária ria entre os diversos segmentos produtivos Ser simplificadora e que dê maior transparência à estrutura de tributos Eliminar a incidência cumulativa ou em cascata Garantir a desoneração tributária ria das exportações e do investimento

16 Uma boa reforma deve: Uma boa reforma deve: Promover a isonomia tributária ria entre os produtos nacionais e os importados Promover a homogeneização da legislação sobre a tributação da circulação de mercadorias e serviços nos diferentes estados (federalização da legislação do ICMS)

17 Compromissos fundamentais Compromissos fundamentais A Reforma Tributária ria deve preservar os direitos e as garantias do contribuinte A carga tributária ria não deve ser aumentada (quer pela criação de novos tributos, quer quando da fixação das alíquotas dos tributos alterados em sua essência e/ou competência) O aumento de recursos tributários rios deve advir do crescimento da economia

18 Reforma Tributária: ria: como avançar? ar?

19 Reforma: a oportunidade de retomada Reforma: a oportunidade de retomada Fatores que contribuem para a sua realização Crescimento econômico: : permite acomodar eventuais impactos do novo sistema tributário rio Percepção das disfunções do sistema tributário rio atual Amadurecimento da discussão: : longo tempo de debates possibilitou razoável grau de convergência Reconhecimento que questão federativa e uma nova política nacional de desenvolvimento regional fazem parte das condições para a realização da reforma Crise econômica e reforma: : não há h razão para postergar, pois a implantação apenas ocorrerá após s a superação da crise

20 Reforma: preocupações do setor empresarial Assegurar a completa desoneração dos investimentos e das exportações Simplificar e desburocratizar o sistema tributário rio Garantir a utilização plena dos créditos tributários rios Evitar a elevação da carga tributária ria na fixação das alíquotas e com eventuais ganhos de eficiência na arrecadação com as novas sistemáticas ticas Eliminar tributos distorcivos (ex.: CPMF) e cumulatividade (ex.: ISS x ICMS) Eliminar as disfunções na tributação sobre bens e serviços

21 A visão do setor empresarial sobre a proposta A visão do setor empresarial sobre a proposta Equaciona a maior parte dos problemas do sistema tributário rio apontados pelo setor produtivo O IVA-estadual deveria obedecer o princípio pio do destino; embora o recolhimento total do IVA-estadual na origem eleve o custo financeiro das empresas É preciso equacionar a situação de estados exportadores e de menor mercado local (alíquota interestadual residual ou equalização de receita via transferências federais) O ISS deveria ser integrado à base do IVA-estadual,, acabando com a cumulatividade entre os dois tributos Criação do FNDR representa ampliação de recursos destinados ao desenvolvimento regional

22 Guerra fiscal e reforma Guerra fiscal e reforma Ausência de Política Nacional de Desenvolvimento Regional e distorções do sistema tributário rio atual -- com ICMS na origem e alíquota interestadual -- permitem a guerra fiscal predatória ria Há entendimento quanto a exaustão dos mecanismos da guerra fiscal como indutores do desenvolvimento regional É preciso migrar de uma posição de conflito para uma situação de jogo cooperativo

23 A Reforma Tributária ria e a transição

24 A questão da transição na reforma A questão da transição na reforma Possivelmente o IVA-federal e o IVA-estadual terão vigência em momentos diferenciados (ICMS seria mantido por um prazo, sendo a partir de então substituído pelo IVA-estadual) Preocupação do setor empresarial: Durante a fase de transição é preciso equacionar o problema do acúmulo de créditos tributários rios de ICMS Há necessidade de compatibilização com outros regimes tributários, rios, como o Simples Nacional (Lei Geral) É indispensável criar regras de transição que assegurem os contratos existentes e recepcionem os programas estaduais atuais de atração de investimentos

25 Substituição tributária e reforma Substituição tributária e reforma Ampliação do instrumento no âmbito do ICMS preocupa: reduz efetividade do sistema baseado no valor adicionado Mecanismo causa antecipação no recolhimento do tributo, elevação de carga e distorções alocativas, É necessário criar critérios rios claros e homogêneos no plano federal para evitar problemas no comércio interestadual (papel para o Confaz)

26 Confederação Nacional da Indústria

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