GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011 INFECÇÕES S SITUAÇÃO CLÍNICA ERISIPELA OU CELULITE MENINGITE PÉ DIABÉTICO SEM INFECÇÃO PRÉVIA CLAVULIN* CEFTRIAXONA (> 50 ANOS ASSOCIAR AMPICILINA) CLAVULIN* (PRIMOINFECÇÃO) OXACILINA (SEPSE OU SEPSE GRAVE) AMPICILINA + CLORANFENICOL CLINDAMICINA + PÉ DIABÉTICO COM HISTÓRIA DE INFECÇÕES PRÉVIAS INFECÇÕES DAS VIAS BILIARES SEM CÁLCULO NO COLÉDOCO INFECÇÕES DE FOCO INTRA- ABDOMINAL CLINDAMICINA + AMPICILINA-SULBACTAN +AMICACINA AMPICILINA++METRONIDAZOL (SEPSE OU SEPSE GRAVE) (SEPSE OU SEPSE GRAVE) TAZOCIM ** OU ( SEPSE GRAVE) SEPSE GRAVE FOCO INTRA- ABDOMINAL SEPSE FOCO URINÁRIO (PRIMOINFECÇÃO) AMPICILINA + GENTAMICINA (PACIENTE JOVEM OU COM BOA FUNÇÃO RENAL) OU TAZOCIN (SEPSE GRAVE) * AMOXICILINA+CLAVULANATO, ** PIPERACILINA+TAZOBACTAM CCIH - HUPE 1

2 INFECÇÃO URINÁRIA SEM USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS EPIDEMIOLOGIA GENTAMICINA + AMPICILINA AMPICILINA+ INFECÇÃO URINÁRIA SITUAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE RISCO PARA E.COLI TIPO ESBL: (1) INFECÇÃO URINÁRIA RECORRENTE E USO DE ANTIMICROBIANOS NOS ÚLTIMOS 3 MESES; (2) USO PRÉVIO DE FLUOROQUINOLONAS; (3) INTERNAÇÃO PRÉVIA HOSPITALAR; (4) HISTÓRIA DE CATETERISMO VESICAL; (5) CATETER NASOGÁSTRICO OU GASTROSTOMIA; (6) ASILO OU HOME-CARE EPIDEMIOLOGIA ** PIPERACILINA+TAZOBACTAM (> 90% DAS AMOSTRAS S HUPE SENSÍVEIS) INFECÇÃO PULMONAR SEM USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS EPIDEMIOLOGIA (SEM DOENÇA ESTRUTURAL PULMONAR) CLAVULIN*+CLARITROMICINA CEFUROXIMA+CLARITROMICINA DPOC AMPICILINA + CEFEPIMA BRONQUIECTASIAS * AMOXICILINA+CLAVULANATO CCIH - HUPE 2

3 INFECÇÃO PULMONAR USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS (PENICILINAS, CLAVULIM*,CEFALOSPORINAS,) EPIDEMIOLOGIA USO PRÉVIO DE BETA-LACTÂMICOS (PENICILINAS,CEFALOSPORINAS, CLAVULIM) (SEM BRONQUIECTASIAS) AMPICILINA + CEFEPIMA+CLARITROMICINA (COM COMORBIDADES 1 OU DOENÇA ESTRUTURAL PULMONAR) AMPICILINA+ CEFEPIMA+CLARITROMICINA * CLAVULIM 1. D.MELL, INS RENAL CRÔNICA, HEPATOPATIAS, HIV INFECÇÃO PULMONAR USO PRÉVIO DE FLUOROQUINOLONAS USO PRÉVIO DE FLUOROQUINOLONAS (SEM BRONQUIECTASIAS) CEFEPIMA+CLARITROMICINA +CLARITROMICINA (COM COMORBIDADES 1 OU DOENÇA ESTRUTURAL PULMONAR) TAZOCIN+CLARITROMICINA + CLARITROMICINA ** PIPERACILINA+TAZOBACTAM * D.MELL, INS RENAL AGUDA OU CRÔNICA, HEPATOPATIAS, HIV INFECÇÃO PULMONAR EM PACIENTES COM USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS NOS ÚLTIMOS 3 MESES OU INTERNAÇÃO HOSPITALAR NOS ÚLTIMOS 6 MESES OU HISTÓRIA DE HOME-CARE OU ASILO CLARITROMICINA CLARITROMICINA ** 2 PIPERACILINA+TAZOBACTAM ACOSELHÁVEL : ESQUEMA DE INFUSÃO CONTÍNUA EM BOMBA INFUSORA ( TAZOCIM 4.5G CORRER EM BI 4 HORAS IV 8/8H ). CCIH - HUPE 3

4 INFECÇÕES ESTAFILOCÓCCICAS COM RISCO PARA CA-MRSA SITUAÇÃO CLÍNICA PELE E ANEXOS (SEM SEPSE) AMBULATORIAL PACIENTES INTERNADOS OU NAS INFECÇÕES GRAVES: SEPSE, INFECÇÃO RELACIONADA À CATETER PNEUMONIA OSTEOMIELITE ARTRITE SÉPTICA ANTIMICROBIANO SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM + RIFAMPICINA CCIH - HUPE 4

5 INFECÇÕES NOSOCOMIAIS INFECÇÃO PULMONAR PAV < 5 DIAS DE INTERNAÇÃO CLAVULIM 3 OU CEFUROXIMA 3 CEFEPIMA 3 PAV > 5 DIAS DE INTERNAÇÃO PAV > 10 DIAS DE INTERNAÇÃO CEFEPIMA 3 CEFEPIMA 3 3 * 3 HOSPITALAR FORA DE PRÓTESE VENTILATÓRIA COM TEMPO DE INTERNAÇÃO > 10DIAS 3 * 3 * 3 CASO PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA POR MRSA NO SETOR > 20% ASSOCIAR. A NOSSA PREVALÊNCIA DE MRSA NO HUPE É < 20%. HOSPITALAR < 14 DIAS > 14 DIAS PACIENTES COM FATORES DE RISCO PARA ESBL INFECÇÃO URINÁRIA PRIMEIRA ESCOLHA AMICACINA + AMPICILINA 2 AMICACINA OU 2 AMPICILINA+ AMPICILINA+AMICACINA ** 2 PIPERACILINA+TAZOBACTAM ACOSELHAMOS: ESQUEMA DE INFUSÃO CONTÍNUA EM BOMBA INFUSORA ( TAZOCIM 4.5G CORRER EM BI 4 HORAS IV 8/8H ). CCIH - HUPE 5

6 POSOLOGIA DOS ANTIMICROBIANOS MAIS UTILIZADOS RECOMENDADA PELA CCIH (DOSES PARA FUNÇÃO RENAL PRESERVADA) ANTIMICROBIANO POSOLOGIA AMICACINA 15MG/KG IV 1X/DIA AMOXICILINA-CLAVULANATO 1G IV 8/8H AMPICILINA 2G IV 4/4H (MENINGOENCEFALITES, ENDOCARDITES, ABSCESSOS, SEPSE) 2G IV 6/6H (ITU, DIP) AMPICILINA-SULBACTAN 3G IV 6/6H CEFEPIMA 2G IV 12/12H OU 2G IV 8/8H (SEPSE) CEFTRIAXONA 2G IV 12/12H (MENINGOENCEFALITES) CEFUROXIMA 750MG IV 8/8H 400MG IV 8/8H (INFECÇÕES PULMONARES E INTRABDOMINAIS E SEPSE) 400MG IV 12/12H (INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO) CLARITROMICINA 500MG IV 12/12H CLINDAMICINA 600MG IV 6/6H CLORANFENICOL 1G IV 6/6H IMIPENEM 500MG IV 6/6H ( PREFERÊNCIA PARA O ACINETOBACTER) OXACILINA 2G IV 4/4H METRONIDAZOL 1G IV 8/8H (INFECÇÕES POR ENTEROBACTÉRIAS) 2G IV 8/8H (PSEUDOMONAS, PARA OS GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES) 500MG IV 6/6H OU 1,5G IV DOSE ÚNICA EM 1H PIPERACILINA- TAZOBACTAN SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM ( > 20% E.COLI DO AMB. HUPE RESISTENTE A SULFA) 4,5G IV 6/6H OU 4,5G IV EM BI EM 4H DE 8/8H (PNEUMONIAS) PARA INF PELE POR CA-MRSA : 1600/240MG VO 12/12H (PELE): 3-4 COMP VO OU 3-4 AMP IV 12/12 INF. CA-MRSA 1G IV 12/12H OU EM CASOS DE PNEUMONIA E OSTEOMIELITE: 20MG/KG IV DOSE DE ATAQUE EM 1H 15MG/KG IV 8/8H (DOSE MÁXIMA 3G/DIA) CCIH - HUPE 6

Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Guia de Antibioticoterapia 2014

Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Guia de Antibioticoterapia 2014 Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Guia de Antibioticoterapia 2014 Situação Clínica Situações Especiais Erisipela ou Celulite Clavulim Oxacilina sepse ou sepse

Leia mais

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2010

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2010 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2010 INFECÇÕES S SITUAÇÃO CLÍNICA

Leia mais

INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus

INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus Atualmente no HUCFF quase 100% das amostras de MRSA isoladas em infecções hospitalares apresentam o fenótipo de CA-MRSA (S. aureus resistente a oxacilina adquirido na

Leia mais

3. Administre antibióticos de amplo espectro, de preferência bactericidas, em dose máxima e sem correção de dose para insuficiência renal ou

3. Administre antibióticos de amplo espectro, de preferência bactericidas, em dose máxima e sem correção de dose para insuficiência renal ou ATENÇÃO O ILAS disponibiliza esse guia apenas como sugestão de formato a ser utilizado. As medicações aqui sugeridas podem não ser adequadas ao perfil de resistência de sua instituição. GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA

Leia mais

PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE

PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE Sumário Introdução...6 Informações Importantes...6 Infecções Comunitárias...8 Infecções Relacionadas

Leia mais

Antimicrobianos: onde estamos e para onde vamos?

Antimicrobianos: onde estamos e para onde vamos? Antimicrobianos: onde estamos e para onde vamos? Dra. Vanessa Schultz Médica Infectologista Especialização em Gestão de Risco Hospitalar Coordenadora do SCIH do Hospital Mãe de Deus Canoas Não possuo;

Leia mais

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COORDENADORIA DE CONTROLE E INFECÇÃO HOSPITALAR Uso de Antimicrobianos Vancomicina

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COORDENADORIA DE CONTROLE E INFECÇÃO HOSPITALAR Uso de Antimicrobianos Vancomicina HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COORDENADORIA DE CONTROLE E INFECÇÃO HOSPITALAR Uso de Antimicrobianos Vancomicina Preâmbulo: Vancomicina é um glicopeptídeo que tem uma ação bactericida por inibir

Leia mais

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 Antibioticoterapia NA UTI Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 O uso racional de Antimicrobianos 1) Qual antibiótico devo escolher? 2) Antibióticos dão reações alérgicas? 3) Vírus fica bom com antibiótico?????????

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS APLICADAS À FARMÁCIA Perfil de Sensibilidade de Staphylococcus aureus e conduta terapêutica em UTI adulto de Hospital Universitário

Leia mais

Bactérias Multirresistentes: Como eu controlo?

Bactérias Multirresistentes: Como eu controlo? 10 a Jornada de Controle de Infecção Hospitalar CCIH Hospital de Câncer de Barretos da Maternidade Sinhá Junqueira Ribeirão Preto, 29 e 30 de julho de 2005 Bactérias Multirresistentes: Como eu controlo?

Leia mais

ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN

ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN MAGNÓLIA CARVALHO ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ARTRITE CELULITE DIARRÉIA IMPETIGO ITU MENINGITE OTITE ONFALITE OSTEOMIELITE OFTALMIA PNEUMONIA

Leia mais

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA: SUA IMPORTÂNCIA PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA: SUA IMPORTÂNCIA PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO ANÁLISE MICROBIOLÓGICA: SUA IMPORTÂNCIA PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO MSC INES STRANIERI LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JULIO MULLER - HUJM UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT

Leia mais

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética.

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética. REVISÃO INTEGRADA DOS ANTIBACTERIANOS Casos clínicos Caso 1 infecções da pele Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna

Leia mais

Guia de uso de antimicrobianos nas Unidades de Atenção Integrada

Guia de uso de antimicrobianos nas Unidades de Atenção Integrada SMS-GUAUAI-005 GUIA DE USO DE ANTIMICROBIANOS NAS UNIDADES DE ATENÄÑO INTEGRADA Guia de uso de antimicrobianos nas Unidades de Atenção Integrada Histórico das Revisões Revisão Data Descrição Dezembro/09

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Osteomielite Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 15/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização: 1.

Leia mais

DROGA DIALISÁVEL OBSERVAÇÕES 1. ANTIBIÓTICOS AMICACINA AMOXICILINA AMPICILINA AMPICILINA+ SULBACTAM AZTREONAM

DROGA DIALISÁVEL OBSERVAÇÕES 1. ANTIBIÓTICOS AMICACINA AMOXICILINA AMPICILINA AMPICILINA+ SULBACTAM AZTREONAM ROGA IALISÁVEL OBSERVAÇÕES 1. ANTIBIÓTICOS Administrar a dose pós-diálise ou administrar 2 / 3 da dose normal como dose suplementar pós-diálise; acompanhar os níveis. AMICACINA P: dosar assim como o Cl

Leia mais

TEMAS. Sepse grave e Choque Séptico Microrganismos produtores de KPC A problemática da Resistência Microbiana nas UTIs

TEMAS. Sepse grave e Choque Séptico Microrganismos produtores de KPC A problemática da Resistência Microbiana nas UTIs 5ª OFICINA DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS Francisco Kennedy S. F. de Azevedo Médico Infectologista Esta aula foi apresentada na Oficina de Capacitação para a utilização do Sistema Formsus na notificação

Leia mais

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Versão eletrônica atualizada em fev/2012 O agente etiológico e seu habitat A doença estreptocócica neonatal é causada por uma bactéria,

Leia mais

Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT

Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT Informações do Sistema de Notificação Estadual de Infecções Hospitalares de Mato Grosso Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT Indicadores de IH Sistema

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do Trato Urinário. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do Trato Urinário. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Infecção do Trato Urinário Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea Data de Realização: 23/03/2009 Data de Revisão: Data da Última

Leia mais

Normatização para Tratamento Empírico de Infecções Comunitárias

Normatização para Tratamento Empírico de Infecções Comunitárias Normatização para Tratamento Empírico de Infecções Comunitárias Página 1 E L A B O R A Ç Ã O Bráulio Matias Carvalho Consultor Técnico CCIH ISGH Thaís Lobo Herzer Infectologista do SCIH HGWA COLABORAÇÃO

Leia mais

Parâmetros para profilaxia cirúrgica

Parâmetros para profilaxia cirúrgica Parâmetros para profilaxia cirúrgica O objetivo da profilaxia antimicrobiana em cirurgia é prevenir a infecção de sítio cirúrgico, atingindo níveis do antibiótico no sangue e nos tecidos que exceda, em

Leia mais

Resistência aos Antimicrobianos em Infecção do Trato Urinário Comunitária. Rubens Dias Instituto Biomédico, UNIRIO

Resistência aos Antimicrobianos em Infecção do Trato Urinário Comunitária. Rubens Dias Instituto Biomédico, UNIRIO Resistência aos Antimicrobianos em Infecção do Trato Urinário Comunitária Rubens Dias Instituto Biomédico, UNIRIO FREQUÊNCIA ELEVADA DE ITU IMPORTÂNCIA Infecção bacteriana mais frequente na comunidade

Leia mais

MANUAL DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA

MANUAL DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA MANUAL DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA manual.indd 1 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar SCIH Índice Parâmetros para Antibióticoprofilaxia Cirúrgica... Cirurgia Cardíaca... Cirurgia de Cabeça

Leia mais

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 1 Público Alvo: Médicos do Corpo Clínico e Enfermagem. Objetivo: Esta rotina aplica-se a padronizar e orientar a equipe de enfermagem no atendimento a ITU Referência: 1. Anual para Prevenção das Infecções

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Introdução A meningite bacteriana aguda é um processo

Leia mais

Dra. Thaís Guimarães

Dra. Thaís Guimarães Dra. Thaís Guimarães ANTIMICROBIANOS Produtos capazes de destruir microorganismos ou de suprimir sua multiplicação ou crescimento. Antibióticos = produzidos por microorganismos Quimioterápicos = sintetizados

Leia mais

MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL. Professora Marília da Glória Martins

MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL. Professora Marília da Glória Martins MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL Professora Marília da Glória Martins Definição Denomina-se infecção puerperal qualquer processo infecioso bacteriano do trato genital, que ocorra nos primeiros dez dias de puerpério,

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE UROCULTURAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE UROCULTURAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 27 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE UROCULTURAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL

Leia mais

INFECCAO URINARIA. DR Fernando Vaz

INFECCAO URINARIA. DR Fernando Vaz INFECCAO URINARIA DR Fernando Vaz Complicada x não complicada Infecção urinária não complicada Leve Trato urinário normal Infecção urinária complicada Mais grave Trato urinário comprometido Infecção Urinária

Leia mais

SEPSE. Tem 2 desse 3 critérios? Taquipnéia (FR 22) Pressão Sistólica 100 mmhg. Confusão Mental SIM. Coleta do pacote de SEPSIS

SEPSE. Tem 2 desse 3 critérios? Taquipnéia (FR 22) Pressão Sistólica 100 mmhg. Confusão Mental SIM. Coleta do pacote de SEPSIS SEPSE Não protocolado NÃO Tem 2 desse 3 critérios? Taquipnéia (FR 22) Pressão Sistólica 100 mmhg Confusão Mental SIM Pacote SEPSE (SOFA) o Lactato e Gasometria arterial o Hemograma o Creatinina o Bilirrubina

Leia mais

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira INFÂ Dulce Emilia Moreira INFÂ O ANTIBIÓTICO TICO É REALMENTE INDICADO DIANTE DOS ACHADOS CLÍNICOS? INFÂ INFECÇÕES BACTERIANAS ÓBVIAS X INFECÇÕES BACTERIANAS PROVÁVEIS VEIS INFÂ Fatores que devem ser considerados

Leia mais

Doença falciforme: Infecções

Doença falciforme: Infecções Doença falciforme: Infecções Célia Maria Silva Médica Hematologista da Fundação Hemominas celia.cmaria@gmail.com Eventos infecciosos Importância Incidência Faixa etária mais acometida (6m - 5a) Internações

Leia mais

ANTIBIÓTICOS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS COMUNS E APRESENTAÇÕES COMERCIAIS NO BRASIL. Revisão em 2012 Prof Solange Maria Dieterich

ANTIBIÓTICOS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS COMUNS E APRESENTAÇÕES COMERCIAIS NO BRASIL. Revisão em 2012 Prof Solange Maria Dieterich ANTIBIÓTICOS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS COMUNS E APRESENTAÇÕES COMERCIAIS NO BRASIL Revisão em 2012 Prof Solange Maria Dieterich Referências: DEF 2010/11; WANNMACHER; FERREIRA, 2010 (a); FUCHS, WANNMACHER,

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO MATERNIDADEESCOLAASSISCHATEAUBRIAND Diretrizesassistenciais INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Gilberto Gomes Ribeiro Francisco Edson de Lucena Feitosa IMPORTÂNCIA A infecção do trato

Leia mais

Cefazolina + 2g 4/4h 1g 8/8h 48h a 5 dias Clindamicina + 600mg 6/6h 600mg 6/6h. (conforme. (conforme

Cefazolina + 2g 4/4h 1g 8/8h 48h a 5 dias Clindamicina + 600mg 6/6h 600mg 6/6h. (conforme. (conforme Fratura fechada; Osteossínteses eletivas; HOSPITAL SÃO PAULO - Hospital Universitário da UNIFESP CIRURGIA ORTOPÉDICA / CASA DA MÃO Cefazolina 2g 4/4h Clindamicina 600mg 6/6h Cefuroxima 1,5g 4/4h 750mg

Leia mais

INFECÇÕES HOSPITALARES EM PACIENTES INFECTADOS COM HIV 9 a Jornada de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto Infecção pelo HIV Alterações de imunidade relacionadas ao HIV: Depleção de células c CD4 (< 250,

Leia mais

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS Emergência CT de Medicina I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CREMEC/Conselho Regional de Medicina do Ceará Câmara Técnica de Medicina Intensiva

Leia mais

Professor: Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Monitor: Fernando Pessuti. Niterói, 25 de novembro de 2015

Professor: Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Monitor: Fernando Pessuti. Niterói, 25 de novembro de 2015 Professor: Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Monitor: Fernando Pessuti Niterói, 25 de novembro de 2015 Nitrofurantoína Nitrofurano Sintético Pró-droga: Sofre reação de redução para formar composto ativo Bactérias

Leia mais

BASTONETES GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES DA GLICOSE. Microbiologia 2011.1 Prof. Thiago Marconi Cardoso

BASTONETES GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES DA GLICOSE. Microbiologia 2011.1 Prof. Thiago Marconi Cardoso BASTONETES GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES DA GLICOSE Microbiologia 2011.1 Prof. Thiago Marconi Cardoso VIAS DE DEGRADAÇÃO DA GLICOSE 1. Via Embdem Meyerhof Parnas (EMP) Glicose usada na ausência de O

Leia mais

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves PROFILAXIA CIRÚRGICA Valquíria Alves INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO (ILC) Placeholder for your own subheadline A infecção do local cirúrgico (ILC) é uma complicação comum da cirurgia, com taxas de incidência

Leia mais

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA DEFINIÇÕES Febre neutropénica: T. auricular > 38ºC mantida durante 1 h, em doente com contagem absoluta de neutrófilos (CAN) < 500/mm 3, ou < 1000/mm

Leia mais

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa Uso de antibióticos no tratamento das feridas Dra Tâmea Pôssa Ferida infectada Ruptura da integridade da pele, quebra da barreira de proteção Início do processo inflamatório: Dor Hiperemia Edema Aumento

Leia mais

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES. Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES. Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois MENINGITE Infecção que se instala principalmente quando uma bactéria

Leia mais

Mecanismos de Aquisição de Resistência Bacteriana Antimicrobianos.

Mecanismos de Aquisição de Resistência Bacteriana Antimicrobianos. Mecanismos de Aquisição de Resistência Bacteriana a Disciplinae IOSHIE IBARA TANAKA Antimicrobianos. Serviçode Microbiologia -2005 Como as bactérias vêm ao mundo? Por divisão binária da célula-mãe; Tempo

Leia mais

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES 1 GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES Elaboração: Peron Ribeiro Soares (Infectologista Presidente da CCIH/HU-UFPI) Revisão: Carlos Gilvan N de Carvalho (Infectologista Membro da

Leia mais

Vigilância Epidemiológica

Vigilância Epidemiológica O que é Vigilância Epidemiológica Infecções Adquiridas em Serviços de Saúde Coleta e análise sistemáticas de dados de interesse sanitário. Vigilância Epidemiológica Vigilância de situações potenciais ou

Leia mais

Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina

Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina Caso Clínico Masc, 30 anos, apresentando febre após QT para LMA (3 o ciclo). Nos 2 ciclos anteriores apresentou

Leia mais

Relatório do I Seminário Nacional da Rede de Monitoramento e Controle da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde

Relatório do I Seminário Nacional da Rede de Monitoramento e Controle da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde Relatório do I Seminário Nacional da Rede de Monitoramento e Controle da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde I - RESUMO EXECUTIVO Responsáveis: - Adélia Aparecida Marçal dos Santos Gerência de

Leia mais

mulher Prof. Ricardo Muniz Ribeiro Professor Livre-Docente da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP

mulher Prof. Ricardo Muniz Ribeiro Professor Livre-Docente da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP Infecção urinária ria na mulher Prof. Ricardo Muniz Ribeiro Professor Livre-Docente da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP Epidemiologia Queixa freqüente ente em atendimentos de ginecologia

Leia mais

Tratamento das infecções por gram -

Tratamento das infecções por gram - V Congresso Norte Nordeste De Infectologia DEFAFIO NA TERAPIA ANTIMICROBIANA ATUAL Tratamento das infecções por gram - Cristiano Melo Gamba Médico Infectologista Hospital do Servidor Público Estadual SP

Leia mais

PEDIATRIA CLÍNICA 1. OBJETIVOS

PEDIATRIA CLÍNICA 1. OBJETIVOS PEDIATRIA CLÍNICA PROGRAMA PARA O 6º. ANO DE MEDICINA 2015 Estágio obrigatório em tempo integral, que visa à formação em Pediatria Geral, em estagio prático, sob supervisão docente, com ênfase ao raciocínio

Leia mais

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO)

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) DADOS DO PACIENTE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) Iniciais: Registro: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Data de nascimento: / /

Leia mais

Estimativa do número de casos no Brasil. A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação. Os casos de doença meningocócica

Estimativa do número de casos no Brasil. A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação. Os casos de doença meningocócica Antibioticoterapia das meningites bacterianas ❶ Importância do tema Estimativa do número de casos no Brasil A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação Os casos de doença meningocócica Alterações

Leia mais

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar Médico Assistente da Disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais HC-FMRP-USP Médico da CCIH do Hospital Estadual de Ribeirão (HER) e HSP

Leia mais

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria 2012 Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria UNIPAC-Araguari Santa Casa de Araguari 2012 2 INTRODUÇÃO Pneumonia é uma inflamação ou infecção dos pulmões que afeta as unidades de troca

Leia mais

Antibióticos. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

Antibióticos. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente Antibióticos Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente Introdução São produtos que eliminam os microorganismos vivos que causam danos aos pacientes. Os agentes antimicrobianos podem ser de origem

Leia mais

Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC)

Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC) Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC) Definição Infecção aguda do parênquima pulmonar, associada a um novo infiltrado ao Raio X de tórax. Quadro clínico habitual Febre, tosse com secreção,

Leia mais

Princípios de Antibioticoterapia. Valdes R Bollela

Princípios de Antibioticoterapia. Valdes R Bollela Princípios de Antibioticoterapia Valdes R Bollela Introdução Antibióticos: Substâncias produzidas por organismos vivos (fungos, bactérias, etc.) que inibem o crescimento ou destroem outros m.o. Em sentido

Leia mais

Terapia antimicrobiana nas infecções do pé diabético

Terapia antimicrobiana nas infecções do pé diabético J Vasc Br 2003, Vol. 2, Nº1 61 SIMPÓSIO PÉ DIABÉTICO Terapia antimicrobiana nas infecções do pé diabético Antimicrobial therapy in diabetic foot infections Hélio S. Sader 1, Anaí Durazzo 2 O paciente diabético

Leia mais

CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM EMERGÊNCIAS CLÍNICAS CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM EMERGÊNCIAS CLÍNICAS www.emergenciasclinicas.com.br HISTÓRICO DO EVENTO Em virtude da carência no ensino de urgências e emergências em algumas Faculdades de Medicina de

Leia mais

sexualmente transmissíveis, traqueobronquites,

sexualmente transmissíveis, traqueobronquites, Uso de antimicrobianos em clínica médica The use of anti-microbials in general practice BEATRIZ GRAEFF SANTOS SELIG- MAN Médica Internista, Especialista em Nefrologia e Mestre em Clínica Médica pela UFRGS.

Leia mais

BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES E O USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS COMO OFERECER SEGURANÇA AO PACIENTE

BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES E O USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS COMO OFERECER SEGURANÇA AO PACIENTE BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES E O USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS COMO OFERECER SEGURANÇA AO PACIENTE DIZE-ME QUE ANTIBIÓTICO USAS E TE DIREI QUE BACTÉRIA TERÁS Penicilina ANTIBIÓTICO EM EXCESSO Cefalosporinas

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesse. Médico assessor e sócio do Grupo Fleury

Declaração de Conflitos de Interesse. Médico assessor e sócio do Grupo Fleury Declaração de Conflitos de Interesse Médico assessor e sócio do Grupo Fleury ASESORIA MÉDICA INDO ALÉM NAS DOENÇAS INFECIOSAS C F H G Assessor Médico Fleury Medicina Diagnóstica POR QUE FAZER ASSESSORIA

Leia mais

PREVALÊNCIA MICROBIANA EM DIVERSAS AMOSTRAS CLÍNICAS OBTIDAS DE PACIENTES DO CTI DE UM HOSPITAL MILITAR

PREVALÊNCIA MICROBIANA EM DIVERSAS AMOSTRAS CLÍNICAS OBTIDAS DE PACIENTES DO CTI DE UM HOSPITAL MILITAR PREVALÊNCIA MICROBIANA EM DIVERSAS AMOSTRAS CLÍNICAS OBTIDAS DE PACIENTES DO CTI DE UM HOSPITAL MILITAR Cecília Santana Bala Pereira Discente do Curso de Farmácia da Universidade Severino Sombra, Vassouras/RJ,

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Infecção do sítio cirúrgico Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 29/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização:

Leia mais

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003 PNEUMONIA Este termo refere-se à inflamação do parênquima pulmonar associada com enchimento alveolar por exudato. São infecções das vias respiratórias inferiores gerando um processo inflamatório que compromete

Leia mais

Protocolos e Diretrizes. AntibioticoterApiA e prevenção de infecções HospitAlAres

Protocolos e Diretrizes. AntibioticoterApiA e prevenção de infecções HospitAlAres 1 Protocolos e Diretrizes AntibioticoterApiA e prevenção de infecções HospitAlAres Londrina 2011 Unimed Londrina Cooperativa de Trabalho Médico Rua Souza Naves, 1333. Telefone: 0800 400-6100 www.unimedlondrina.com.br

Leia mais

Infecção Urinária e Gestação

Infecção Urinária e Gestação I ENCONTRO DA REDE MÃE PARANAENSE Infecção Urinária e Gestação Marcos Takimura UFPR/UniPositivo/HT-SESA Modificações Fisiológicas do Aparelho Urinário na Gestação Compressão mecânica do útero gravídico

Leia mais

Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em Adultos

Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em Adultos 1/5 Fluxograma Febre Temperatura axila 38 C Leucocitose Leucócitos 11.000 céls./mm3 Suspeita Clínica: Infiltrado pulmonar novo, iniciado há mais de 48hs após início de ventilação mecânica, na presença

Leia mais

Programa de Educação Médica Continuada. Antibioticoterapia. Penicilinas e Cefalosporinas. Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela

Programa de Educação Médica Continuada. Antibioticoterapia. Penicilinas e Cefalosporinas. Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela Programa de Educação Médica Continuada Antibioticoterapia Penicilinas e Cefalosporinas Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela Proposta para esta manhã Breve revisão de princípios básicos de uso dos ATBs. Foco

Leia mais

Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB. Vasco Lino 2015-06-16

Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB. Vasco Lino 2015-06-16 Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB Vasco Lino 2015-06-16 GCL- PPCIRA Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

Leia mais

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA em ODONTOPEDIATRIA SANDRA ECHEVERRIA

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA em ODONTOPEDIATRIA SANDRA ECHEVERRIA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA em ODONTOPEDIATRIA SANDRA ECHEVERRIA Frequência cardíaca em função da idade Idade (anos) Andrade, 2002 Batimentos/minuto 1 110-130 2 90-115 3 80-105 7-14 80-105 14-21 78-85 Acima

Leia mais

GUIA DE DILUIÇÃO, ESTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS

GUIA DE DILUIÇÃO, ESTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR ROTINA G3 Atualizada em 08/12/2010 GUIA DE DILUIÇÃO, E DE ANTIMICROBIANOS NOME

Leia mais

Profilaxia intraparto para EGB. Importância para o RN. Profª Drª Roseli Calil Hospital da Mulher - CAISM/UNICAMP

Profilaxia intraparto para EGB. Importância para o RN. Profª Drª Roseli Calil Hospital da Mulher - CAISM/UNICAMP Profilaxia intraparto para EGB Importância para o RN Abordagem do RN com Risco de Infecção ovular e colonizado por Streptococcus do grupo B Profª Drª Roseli Calil Hospital da Mulher - CAISM/UNICAMP Infecção

Leia mais

Tratamento da ITU na Infância

Tratamento da ITU na Infância Definições: Infecção Urinária Baixa= Cistite: Infecção limitada a bexiga Tratamento da ITU na Infância Infecção Urinária Alta=Pielonefrite Infecção atinge o parênquima renal Para fins de conduta terapêutica,

Leia mais

INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NOSOCOMIAL. Definição: Patogenia: Fatores de Risco: Diagnóstico: Germes mais freqüentes:

INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NOSOCOMIAL. Definição: Patogenia: Fatores de Risco: Diagnóstico: Germes mais freqüentes: INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NOSOCOMIAL Definição: Pneumonia adquirida após 48 horas de internação. Patogenia: Microaspirações de orofaringe principal mecanismo. Broncoaspiração do conteúdo gástrico ou esofageano.

Leia mais

Antimicrobianos III. Prof. Dra. Jaqueline Dario Capobiango. Universidade Estadual de Londrina

Antimicrobianos III. Prof. Dra. Jaqueline Dario Capobiango. Universidade Estadual de Londrina Antimicrobianos III Prof. Dra. Jaqueline Dario Capobiango Universidade Estadual de Londrina Antimicrobianos - Mecanismos de ação: 1) Parede celular penicilinas, cefalosporinas, aztreonam, glicopeptídeos

Leia mais

Antibióticos. Prof. Dr. Ricardo M. Oliveira-Filho Dept. Farmacologia ICB/USP

Antibióticos. Prof. Dr. Ricardo M. Oliveira-Filho Dept. Farmacologia ICB/USP Antibióticos Prof. Dr. Ricardo M. Oliveira-Filho Dept. Farmacologia ICB/USP rmofilho@usp.br Louis Pasteur Paul Ehrlich Alexander Fleming Howard Florey Ernst Chain Histórico 1º -Período dos antissépticos-desinfetantes

Leia mais

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas ANTIBIÓTICOS 1 INTRODUÇÃO: História: Penicillium notatum Antibiose S. aureus Ser Vivo x Ser Vivo Antibiótico Fungo x Bactéria Quimioterápicos Antibiótico Sir Alexander Fleming 1909 Arsenobenzóis 1935 -

Leia mais

Raniê Ralph Pneumo. 06 de Outubro de 2008. Professor Valdério.

Raniê Ralph Pneumo. 06 de Outubro de 2008. Professor Valdério. 06 de Outubro de 2008. Professor Valdério. Pneumonia hospitalar Infecção respiratória é a segunda infecção em freqüência. A mais freqüente é a ITU. A IR é a de maior letalidade. A mortalidade das PN hospitalar

Leia mais

INFECÇÕES EM NEONATOLOGIA

INFECÇÕES EM NEONATOLOGIA INFECÇÕES EM NEONATOLOGIA V Congresso Norte Nordeste de Infectologia Fortaleza-Ceará Dezembro-2014 Gláucia Ferreira INTRODUÇÃO o As Infecções relacionadas à asssistência à saúde em neonatologia afetam

Leia mais

MEDICINA/GERIATRIA UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CCM CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS HUAP HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO

MEDICINA/GERIATRIA UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CCM CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS HUAP HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CCM CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS HUAP HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO MEDICINA/GERIATRIA PARTE I: MÚLTIPLA ESCOLHA 01 A surdez pode ser efeito colateral do uso de:

Leia mais

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré XXXIII Congresso Médico da Paraíba Dr. Marcus Sodré Chamamos sinusite aos processos inflamatórios e/ou infecciosos que acometem as cavidades paranasais. Referências anatômicas Nariz : septo, cornetos médios

Leia mais

HOSPITAL FÊMINA. Administração de Medicamentos

HOSPITAL FÊMINA. Administração de Medicamentos HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO HOSPITAL FÊMINA COMISSÃO DE MEDICAMENTOS COMISSÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SERVIÇO DE FARMÁCIA Administração de Medicamentos Farmª Luciane Lindenmeyer Farmª Raquel

Leia mais

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade Definição O diagnóstico baseia-se na presença de sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: tosse e um mais dos seguintes sintomas expectoração, falta

Leia mais

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS Emergência CT de Medicina I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CREMEC/Conselho Regional de Medicina do Ceará Câmara Técnica de Medicina Intensiva

Leia mais

HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO - HUWC MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND - MEAC

HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO - HUWC MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND - MEAC PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS DO HUWC INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA A CATETERES INTRAVASCULARES 1. INTRODUÇÃO Evelyne Santana Girão Infecções relacionadas a cateteres intravasculares são importante

Leia mais

Pneumonia Adquirida na Comunidade

Pneumonia Adquirida na Comunidade artigo de revisão Pneumonia Adquirida na Comunidade Community-Acquired Pneumonia Filipe Teixeira Piastrelli ¹, Isabella Mendonça Velloso¹, Leonardo Ambrósio Toledo¹, Maarmedi Cunha¹, Nayara Peluzio Rocha¹,

Leia mais

Infecções Respiratórias. Pneumonias TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR

Infecções Respiratórias. Pneumonias TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR c SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA I Curso de Pneumologia na Graduação Infecções Respiratórias. Pneumonias Faculdade de Medicina da Bahia 29 a 31 Maio de 2008 Ricardo de Amorim Corrêa Departamento

Leia mais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS A maior parte dos casos são as chamadas comunitárias ou não nosocomiais Típica Não relacionada à faixa etária. Causada por S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Sintomatologia

Leia mais

Rotinas Gerenciadas. Departamento Materno Infantil. Divisão de Prática Médica/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

Rotinas Gerenciadas. Departamento Materno Infantil. Divisão de Prática Médica/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Rotinas Gerenciadas Departamento Materno Infantil Divisão de Prática Médica/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Prevenção doença estreptocócica neonatal Versão eletrônica atualizada em Outubro 2007

Leia mais