PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves
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- Suzana Garrido Vilarinho
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1 PROFILAXIA CIRÚRGICA Valquíria Alves
2 INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO (ILC) Placeholder for your own subheadline A infecção do local cirúrgico (ILC) é uma complicação comum da cirurgia, com taxas de incidência entre 2 e 20%, e está associada a alta morbilidade, mortalidade e custos..
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4 DEFINIÇÃO DE ILC Infecção relacionada com o procedimento cirúrgico: ocorre no local da incisão cirúrgica ou próximo dele (incisional ou órgão/espaço) nos primeiros trinta dias do pós-operatório ou até um ano no caso de colocação de prótese European Center for Disease Control and Prevention ECDC
5 INFECÇÕES DO LOCAL CIRÚRGICO 25% 75% 33% 42% INCISIONAL SUPERFICIAL INCISIONAL PROFUNDA ORGÃO/ESPAÇO Fonte prevalência de infecção adquirida no hospital e do uso de antimicrobianos nos Hospitais Portugueses Inquérito 2012, DGS
6 RISCO DE INFECÇÃO Factores relacionados com o doente Factores relacionados com a cirurgia Idade avançada Obesidade Diabetes outros Duração Limpeza do procedimento cirúrgico
7 PREVENÇÃO DA ILC cuidados pósoperatórios técnica cirúrgica asséptica profilaxia antibiótica preparação adequada préoperatória reduz o risco 80% Seite 7
8 Homem- hibrido de primata + microrganismos Estômago UFC/ml Lactobacillus, Streptococcus, Staphylococcus, Enterobactereaceae, Helicobacter Duodeno e jejuno UFC/ml Lactobacillus, Streptococcus, Staphylococcus, Enterobactereaceae, Anaeróbios e fungos leveduriformes Colon UFC/ml Bacteroides, Clostridium, outros Anaeróbios, Staphylococcus, Enterobactereaceae, Fungos leveduriformes Seite 8
9 QUE MICRORGANISMOS? População microbiana do doente: Estas bactérias endógenas podem estar presentes em pequeno número Ferida cirúrgica condições muito favoráveis à sua proliferação: - Hemorragia - Isquemia - Modificação do potencial de oxirredução
10 OBJECTIVO DA PROFILAXIA Impedir a proliferação microbiana Manter níveis tecidulares Durante todo o acto cirúrgico Diminuir o risco e incidência de ILC
11 Profilaxia cirúrgica Placeholder for your own subheadline Em que cirurgias? Que antimicrobiano? Que dose? Timing? Duração?
12 PROFILAXIA CIRÚRGICA As situações em que é adequada (nível de evidência A): nos casos em que há um grande risco de infecção cirurgia limpa-contaminada em que o prognóstico é reservado no caso de ILC cirurgia cardíaca, neurocirurgia, implantação de próteses e doentes imunodeprimidos
13 PROFILAXIA CIRÚRGICA As situações em que NÃO é adequada (nível de evidência A): cirurgia contaminada e suja implementar terapêutica antimicrobiana
14 PROFILAXIA CIRÚRGICA RISCOS A utilização desnecessária não reduz a incidência de ILC e aumenta a probabilidade de aquisição de microrganismos resistentes. Pode, também, aumentar o risco de aquisição de colite por Clostridium difficile. Os riscos são tanto maiores quanto mais prolongada é a profilaxia e quanto maior é o número de antimicrobianos utilizados
15 Profilaxia cirúrgica Placeholder for your own subheadline Em que cirurgias? Que antimicrobiano? Que dose? Timing? Duração?
16 O agente antimicrobiano para profilaxia antibiótica cirúrgica deve ser : Seguro, barato Seleccionado tendo em conta a população microbiana endógena das diversas regiões abordadas cirurgicamente Isolamento de contacto
17 Profilaxia cirúrgica PCR em tempo real Que antimicrobianos? cefazolina (2g EV) Cefalosporina de primeira geração, barata, pouco tóxica, activa contra Staphylococcus aureus meticilina sensível, alguns Staphylococcus coagulase negativa e alguns bacilos Gram negativo. Primeira escolha para cirurgias limpas e em muitas limpas-contaminadas
18 Profilaxia cirúrgica PCR em tempo real Que antimicrobianos? cefoxitina (2g EV) Cefalosporina de segunda geração com menor actividade nos Gram positivo, mas com melhor espectro em relação a anaeróbios (Bacteroides grupo fragillis) e bacilos Gram negativo. Adequada para procedimentos que envolvam tubo digestivo baixo
19 Profilaxia cirúrgica Que antimicrobianos? Vancomicina se Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SAMR) como causa provável de ILC
20 Profilaxia cirúrgica Que antimicrobianos? Doentes colonizados por microrganismos MDR ou XDR no, ou perto do, local cirúrgico deve estabelecer-se uma PA personalizada (Nível de evidência B).
21 Profilaxia cirúrgica PCR em tempo real Que antimicrobianos? Se história de alergia à penicilina (Nível de evidência A): se baixo risco de anafilaxia (exantema após penicilina) - cefalosporinas
22 Profilaxia cirúrgica PCR em tempo real Que antimicrobianos? Se história de alergia à penicilina (Nível de evidência A): se alto risco de anafilaxia (angioedema, dificuldade respiratória e urticária), pode usar-se: - vancomicina ou a clindamicina para bactérias Gram positivo - aminoglicosídeo, ciprofloxacina, levofloxacina, aztreonam se bacilos Gram negativo - metronidazol ou a clindamicina se anaeróbios
23 Profilaxia cirúrgica Placeholder for your own subheadline Em que cirurgias? Que antimicrobiano? Que dose? Timing? Duração?
24 Profilaxia antibiótica cirúrgica A- Dose inicial para PA é o dobro da dose usual No obeso (índice de massa corporal >35Kg/m 2 ), a dose de betalactâmicos é ainda duplicada (dose habitual de profilaxia x 2) (Nível de evidência A) Doentes pediátricos com peso superior a 40 kg devem receber doses baseadas no peso, excepto quando a Isolamento de contacto Que dose? dose assim calculada exceda a dose padrão recomendada (Nível de evidência B).
25 Profilaxia cirúrgica Placeholder for your own subheadline Em que cirurgias? Que antimicrobiano? Que dose? Timing? Duração?
26 Profilaxia antibiótica cirúrgica Timing? assegurar concentrações séricas e tecidulares durante toda a cirurgia Incisão cirúrgica A- Muito cedo Isolamento de contacto 60 minutos Muito tarde
27 Profilaxia antibiótica cirúrgica Timing? assegurar concentrações séricas e tecidulares durante a cirurgia Incisão cirúrgica A- Muito cedo Isolamento de contacto 120 minutos se vancomicina ou quinolonas Muito tarde
28 Profilaxia cirúrgica Placeholder for your own subheadline Em que cirurgias? Que antimicrobiano? Que dose? Timing? Duração?
29 PROFILAXIA CIRÚRGICA Nos procedimentos com duração não superior a 2 horas, deve usar-se uma dose única (Nível de evidência A)
30 PROFILAXIA CIRÚRGICA PCR em tempo real Quando repetir a dose inicial - Cirurgias mais prolongadas - Procedimentos com perda de sangue intraoperatório superior a 1500 ml
31 PROFILAXIA CIRÚRGICA Repetir cada duas vezes a semivida do antibiótico, em doentes com função renal normal, nomeadamente conforme a tabela abaixo (Nível de evidência A): Cefoxitina Cefazolina Cefuroxima Clindamicina Metronidazol Amoxicilina + ácido clavulânico De 2 em 2 horas De 4 em 4 horas De 4 em 4 horas De 6 em 6 horas De 8 em 8 horas De 2 em 2 horas
32 PROFILAXIA CIRÚRGICA PCR em tempo real Em doentes de alto risco, poderá manter-se a profilaxia nas primeiras 24 horas (e nunca para além deste limite): na cirurgia cardiotorácica na cirurgia vascular na cirurgia ortopédica Excepcionalmente
33 PROFILAXIA ANTIBIÓTICA EM CIRURGIA + de 24 Horas 64% Dose única 19% 24 Horas 17% Fonte Prevalência de Infecção Adquirida no Hospital e do uso de antimicrobianos nos Hospitais Portugueses 2012 DGS
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