Formação dos Estados

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1 CD 2016 Aula 1

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3 Formação dos Estados Teoria do Impulso Associativo Natural: As sociedades se formariam de maneira natural, pois esse impulso de associação seria intrínseco ao ser humano. Teoria Contratualista: As sociedades se formariam devido à necessidade e à conveniência da formação de grupos, como uma forma de favorecimento mútuo encontrada pelos indivíduos. Em outras palavras, o Estado seria concebido a partir da escolha racional dos indivíduos em prol de um pacto, estabelecido como forma de superar os conflitos gerados pelo instinto anti-social do homem ou pacificar seus problemas de convivência.

4 FORMAÇÃO DOS ESTADOS INDIVÍDUO ISOLADO AGRUPAMENTO SOCIAL BÁSICO SOCIEDADE PRIMITIVA Domínio da Teoria do Impulso Associativo Natural SOCIEDADE COMPLEXA NAÇÃO ESTADO Nação política e juridicamente organizada Domínio das Teorias Contratualistas

5 Nação x Estado Nações: em seu conceito primário, representam o conjunto de indivíduos que têm vínculos sociais e identitários, não necessariamente associados a um território específico. Por isso, pode-se mencionar a Nação Islâmica, que não se refere a um Estado específico. Estado: encerra a ideia de uma organização política e jurídica que prevalece sobre um determinado espaço geográfico, habitado por uma sociedade em que os indivíduos se submetem à vontade coletiva - originando, assim, um poder supremo que denominamos soberania.

6 Formas de Surgimento Modo Originário: o Estado surge diretamente do meio nacional, sem decorrer de nenhum outro Estado previamente constituído. Modo Secundário: o Estado também surge do meio nacional, mas por intermédio de vários Estados ou partes que almejem constituir uma unidade, como ocorre, por exemplo, na constituição das federações. (Pode se dar por meio de fusões ou desmembramento de Estados!). Modo Derivado: o Estado forma-se a partir do seu exterior, mediante processos de descolonização, reconhecimento dos direitos de soberania (ex.: Austrália) ou ação de entidade supranacional (ex.: Israel).

7 Questão de Prova (Esaf) (Esaf/2008) Indique a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir: Há três modos pelos quais historicamente se formam os Estados: Os modos em que a formação é inteiramente nova, o Estado nasce diretamente da população e do país; os modos, quando a formação se produz por influências externas e os modos, quando vários Estados se unem para formar um novo Estado ou quando um se fraciona para formar um outro.

8 Questão de Prova (Esaf) a) originários derivados secundários b) derivados contratuais originários c) contratuais derivados naturais d) naturais originários derivados e) secundários naturais originários A

9 Elementos do Estado Povo Território Soberania

10 Formação dos Estados O Estado Moderno se inicia com o Absolutismo monárquico, que consegue obter a concentração de poder nas mãos do soberano e, com isso, permite o estabelecimento de unidades nacionais. Há concentração dos poderes militares, econômicos e burocráticos - em outras palavras, trata-se da monopolização do poder, que é um dos elementos fundamentais do Estado moderno.

11 Formação dos Estados Fatores que possibilitaram a monopolização crescente do poder: Criação de um exército permanente, formado por membros remunerados dispostos em uma estrutura hierárquica com comando centralizado; Estabelecimento de uma burocracia composta por quadros profissionais permanentes; Implantação de um sistema tributário para assegurar o fluxo de receitas para o soberano; Estabelecimento de uma ordem jurídica válida por todo o território.

12 Funções do Estado Doutrina da divisão de poderes - ou, como muitos preferem, da divisão das funções a cargo do Poder Estatal: PODER LEGISLATIVO: Estabelecimento de normas gerais que irão reger o funcionamento da sociedade, definindo parâmetros de atuação para governo e sociedade, em termos abstratos, não direcionados a casos específicos e concretos; PODER EXECUTIVO: Execução das normas estatuídas pelo Legislativo, como expressão da vontade soberana do Estado; PODER JUDICIÁRIO: Deslindar os conflitos que podem surgir na sociedade, assegurando a melhor aplicação das normas gerais e abstratas aos casos concretos.

13 Funções do Estado Montesquieu estabeleceu a doutrina da separação dos poderes, a partir dos seguintes fundamentos: Cada função básica do Estado deverá ser exercida por um titular diferente, evitando-se a concentração em uma só pessoa ou órgão; Cada um dos três poderes deverá atuar de forma independente, mas vinculada aos outros, de forma a estabelecerem mecanismos mútuos de controle. Dessa forma, foi estabelecido o sistema de "FREIOS E CONTRAPESOS" (em inglês, "checks and balances"), em que cada poder oferece limites à atuação do outro.

14 Sociedade Moderna Conjunto de indivíduos e grupos com características, aptidões, interesses, formações, capacidades e recursos próprios e diferenciados, em permanente e complexa interação, com comportamentos direcionados à satisfação de suas necessidades específicas. DIFERENCIAÇÃO CONFLITO

15 Sociedade Moderna CONFLITO COERÇÃO POLÍTICA Procedimentos que visam permitir a convivência entre diferentes (Hannah Arendt)

16 Polity, Politics, Policy A dimensão institucional polity : se refere à ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico, e à estrutura institucional do sistema político-administrativo A dimensão processual politics : tem-se em vista o processo político, freqüentemente de caráter conflituoso, no que diz respeito à imposição de objetivos, aos conteúdos e às decisões de distribuição A dimensão material policy : refere-se aos conteúdos concretos, isto é, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas (Klaus Frey)

17 Políticas Públicas As políticas públicas (policies) são outputs, resultantes da atividades política (politics) Uma política pública geralmente envolve mais do que uma decisão e requer diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas. Embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública. (Graças Rua)

18 POLÍTICAS PÚBLICAS: OUTPUTS DO SISTEMA POLÍTICO Processamento pelo sistema político inputs Apoios e Demandas inputs WITHIN PUTS Incentivos / Estímulos Externos Incentivos / Estímulos Internos OUTPUTS DECISÕES POLÍTICAS POLÍTICAS PÚBLICAS

19 PIB per capita Evolução entre 1979 e 2011 Estabilização da Economia

20 CARGA TRIBUTÁRIA Evolução entre 2000 e 2011

21 O Papel do Governo Países PIB per capita CT Países PIB per capita CT 1. Noruega % 18. Coreia % 2. Irlanda % 19. Portugal % 3. Suica % 20. Chile % 4. Dinamarca % 21. Mexico % 5. Suecia % 22. Russia % 6. Finlandia % 23. Uruguai % 7. Estados Unidos % 24. Brasil % 8. Reino Unido % 25. Argentina % 9. Canada % 26. Africa do Sul % 10. Australia % 27. Colombia % 11. Franca % 28. Equador % 12. Alemanha % 29. China % 13. Italia % 30. Egito % 14. Japao % 31. Bolivia % 15. Espanha % 32. Nigéria % 16. Nova Zelandia % 33. India % 17. Israel % Relatório das Contas de Governo (TCU)

22 O Papel do Governo Relatório das Contas de Governo 2010 (TCU)

23 ORÇAMENTO DE 2011 Despesas Empenhadas

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26 Questão de Prova O gasto público social é o instrumento central dos governos para a promoção da equidade na distribuição das oportunidades de acesso ao produto social e para a melhoria da distribuição da renda numa sociedade. Entre as assertivas abaixo, que versam sobre o gasto público social, assinale a única incorreta. a) Os efeitos redistributivos do gasto público social são determinados pela magnitude e pela forma de financiamento deste. b) No Brasil, o gasto social direto representa o maior item do dispêndio não financeiro do governo federal. c) O Brasil é um país de renda per capta relativamente baixa, mas tem alcançado uma arrecadação tributária equivalente à de países ricos.

27 Questão de Prova d) Embora quase metade da carga tributária brasileira seja composta de contribuições diretamente vinculadas a gastos na área social, persiste no Brasil uma das mais extremas situações de desigualdade de renda do mundo. e) A maior parcela dos recursos alocados na área social é absorvida pela previdência social o regime geral da previdência social e o regime jurídico único para os funcionários federais. A

28 Governo x APU Segundo Hely Lopes Meirelles: A Administração é o instrumental de que dispõe o Estado para por em prática as opções políticas do Governo. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Em sentido objetivo ou material, a administração pública pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.

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30 Burocracia na imprensa

31 Burocracia na imprensa

32 Burocracia na imprensa

33 Burocracia na imprensa

34 Burocracia na imprensa

35 Burocracia no Google

36 Afinal, quem é essa BUROCRACIA?

37 Administração Pública A administração pública no sentido mais amplo é todo o sistema de governo, todo o conjunto de idéias, atitudes, normas, processos, instituições e outras formas de conduta humana, que determinam: a) como se distribui e se exerce a autoridade política; b) como se atendem aos interesses públicos. Este é o âmbito da ciência política, esboçada gradualmente desde a antigüidade, em longa evolução que tem acumulado um acervo de interpretações bastante rico (AMATO MUÑOZ)

38 Administração Pública Com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, adotou-se o seguinte conceito para a administração pública: É todo o aparelho do Estado pré-orientado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas

39 Administração Pública Modelos Teóricos PATRIMONIALISTA BUROCRÁTICO GERENCIAL

40 Exercício - Cespe A administração pública evoluiu por meio de três modelos básicos: assistencialista, burocrático e gerencial. E

41 Administração Pública Patrimonialista O Patrimonialismo significa a incapacidade ou a relutância do poder absolutista em distinguir entre o patrimônio público e os seus bens privados. A administração patrimonialista é caracterizada pela dificuldade de definição do que venha ser o patrimônio público e o privado, o que pode permitir a proliferação de nepotismo e de corrupção. (BRESSER PEREIRA)

42 Administração Pública Patrimonialista Historicamente, este tipo de administração corresponde ao Estado absolutista, que prevaleceu até o século XVIII (justificado por filósofos como Jean Bodin e Thomas Hobbes). Hobbes: No início, os homens viviam em estado natural, sem lei que os submetesse. O Estado, para ele, nada mais era que o resultado de um contrato pelo qual os homens cediam todos os direitos ao rei, que fosse forte o bastante para protegê-los.

43 Administração Pública Patrimonialista O aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis. A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.

44 Administração Pública Patrimonialista No século XVIII, a burguesia estava cada vez mais rica e ansiava pelo poder político, que não conseguira alcançar na ajuda aos reis contra os senhores feudais. Ao fim do período, levantou-se contra a monarquia absolutista e as classes privilegiadas, nobreza e alto clero. Foi a Revolução Industrial que permitiu à burguesia desenvolver o máximo de suas potencialidades e possibilitar o surgimento dos Estados democráticos.

45 Administração Pública Patrimonialista Fim do absolutismo associado à ideia de Estado, que até então era fundamentada no rei como soberano. Surge a ideia de nação, onde os déspotas esclarecidos perceberam que existia o povo que fazia parte de seu patrimônio e de sua riqueza.

46 Administração Pública Patrimonialista: Declínio (1) Causas que levaram à formação da administração pública burocrática: Processo de racionalização capitalista (Weber) As organizações complexas, privadas e públicas, devem profissionalizar sua gestão, padronizar os métodos administrativos e buscar maior eficácia em suas ações, em termos de estrutura hierárquica e qualificação dos funcionários.

47 Administração Pública Patrimonialista: Declínio (2) Expansão do papel do Estado No início: exército regular e tributação eficiente. Expansão: Direitos de propriedade, proteção legal. Atividades regulatórias e investimento em infraestrutura. Nos países em desenvolvimento, o Estado como vetor do desenvolvimento dependeu da constituição de uma burocracia meritocrática.

48 Administração Pública Patrimonialista: Declínio (3) Ampliação da liberal-democracia e surgimento de políticas públicas para garantir direitos sociais O liberalismo tornou-se liberal democracia com a ampliação do sufrágio, levando a políticas sociais, que demandavam uma burocracia profissional. A democracia e ampliação dos direitos tornou mais igualitário o acesso aos cargos públicos. A criação da burocracia esteve no centro dos conflitos da montagem da liberal democracia até a sua transformação em democracia.

49 Administração Pública Patrimonialista: Declínio (4) Em muitos casos, houve a criação de outra lealdade patrimonial, a clientelista, cujo objetivo era retribuir com cargos públicos aos apoios recebidos. Isso ocorreu nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Brasil.

50 Administração Pública Burocrática Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos. São sempre necessários controles rígidos dos processos (ex.: admissão de pessoal, compras).

51 Administração Pública Burocrática O controle transforma-se na própria razão de ser do funcionário. O Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da administração pública burocrática é a efetividade no controle dos abusos. Seus defeitos: a ineficiência, a auto-referência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos.

52 Administração Pública Burocrática Estes defeitos não foram determinantes na época do surgimento da administração pública burocrática porque os serviços do Estado eram muito reduzidos. O Estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade.

53 Administração Pública Burocrática: Características Caráter legal (normas) Caráter racional Comunicação formal Impessoalidade Valorização da hierarquia Autoridade formal Separação entre Política e Administração

54 Administração Pública Burocrática: Características Padronização de procedimentos Meritocracia Valorização da qualificação técnica Especialização Profissionalização dos indivíduos Previsibilidade dos comportamentos

55 Administração Pública Burocrática: Vantagens Redução de custos e erros Comunicação eficiente Decisões rápidas Minimização de atritos Estabilidade e confiabilidade Benefícios para os trabalhadores Eficiência da organização no alcance de seus objetivos

56 Administração Pública Burocrática: Disfunções Internalização das regras Excesso de formalismo e de conformidade às normas Resistência a mudança Despersonalização dos relacionamentos Valorização excessiva da autoridade Despreocupação com os resultados Perda da capacidade de inovação

57 Administração Pública Burocrática O modelo de administração pública burocrática é comumente citado como modelo burocrático weberiano, pois foi Max Weber o primeiro a descrever uma estrutura burocrática em sua forma típica ideal. Weber considerava a burocracia imprescindível para a racionalização das atividades estatais, o que a classe política não conseguiria fazer sozinha; mas temia que a burocracia tivesse poder demasiado e sempre propôs um controle político.

58 Administração Pública Burocrática Não há um único modelo de administração burocrática. Fatores que podem influenciar a constituição do modelo burocrático: Cultura política: o sentido da meritocracia Modelo de construção capitalista Relações entre Estado e Sociedade

59 Administração Pública Burocrática: Declínio (1) Problemas Endógenos: A separação entre Política e Administração O fortalecimento do formalismo Uma evolução em prol do insulamento Os problemas de desempenho

60 Administração Pública Burocrática: Declínio (2) Desafios mundiais a partir de 1970: Crise do Estado: crise fiscal e enfraquecimento do poder estatal frente à globalização Transformações tecnológicas e produtivas, que exigem um Estado mais ágil e eficiente Mudanças sociais e culturais aumentaram as demandas por direitos e novas políticas estatais Democratização e ampliação da esfera pública, aumentando o número de atores sociais relevantes

61 Exercício - Cespe No que concerne ao pensamento de Max Weber, julgue o item seguinte. O patrimonialismo normal inibe a economia racional não apenas por sua política financeira, mas também por peculiaridades de sua administração, entre as quais se pode citar a ausência típica de um quadro de funcionários com qualificação profissional formal. C

62 Exercício - Esaf Ao longo de sua história, a administração pública assume formatos diferentes, sendo os mais característicos o patrimonialista, o burocrático e o gerencial. Assinale a opção que indica corretamente a descrição das características da administração pública feita no texto a seguir. O governo caracteriza-se pela interpermeabilidade dos patrimônios público e privado, o nepotismo e o clientelismo. A partir dos processos de democratização, institui-se uma administração que usa, como instrumentos, os princípios de um serviço público profissional e de um sistema administrativo impessoal, formal e racional.

63 Exercício - Esaf a) Patrimonialista e gerencial b) Patrimonialista e burocrático c) Burocrático e gerencial d) Patrimonialista, burocrático e gerencial e) Burocrático B

64 Administração Pública Gerencial Surge na segunda metade do século XX, como resposta à expansão das funções econômicas e sociais do Estado e ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial. A eficiência da administração pública, com a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, em benefício do cidadão, torna-se essencial.

65 Administração Pública Gerencial A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos. Começa a se desenvolver uma cultura gerencial nas organizações.

66 Administração Pública Gerencial A administração pública gerencial constitui um avanço e um certo rompimento com a burocrática. A administração pública gerencial conserva da anterior, embora flexibilizando, alguns princípios fundamentais (meritocracia, carreiras, avaliação de desempenho, treinamentos sistemáticos). A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos e concentra-se nos objetivos e resultados.

67 Administração Pública Gerencial Estratégias: 1. Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade. 2. Garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros à sua disposição para atingir os objetivos contratados. 3. Controle a posteriori dos resultados.

68 Administração Pública Gerencial Propõe-se a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a possibilidade de concorrência entre as unidades. Quanto às estruturas organizacionais, buscam-se a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos. A administração pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e das organizações da sociedade civil.

69 Adm. Pública x Adm. Privada A administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas, mas não pode ser confundida com ela. A receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente; a receita do Estado provém de impostos. O mercado controla a administração das empresas; a sociedade controla a administração pública. A administração de empresas está voltada para o lucro privado; a administração pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público.

70 Administração Pública Gerencial A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons se as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas, e não apenas porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros.

71 Administração Pública Gerencial O paradigma gerencial contemporâneo é fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão. Demanda formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade.

72 Administração Pública Gerencial Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. Mantém a avaliação sistemática, a recompensa pelo desempenho, a capacitação permanente, características da boa administração burocrática. Adiciona os princípios da orientação para o cidadãocliente, do controle por resultados e da competição administrada.

73 Exercício - Cespe Para a administração pública gerencial, ao contrário do que ocorre na administração pública burocrática, a flexibilização de procedimentos e a alteração da forma de controle implicam redução da importância e, em alguns casos, o próprio abandono de princípios tradicionais, tais como a admissão segundo critérios de mérito, a existência de organização em carreira e sistemas estruturados de remuneração. E

74 Exercício - Cespe No plano administrativo, a administração pública burocrática surgiu no século XVIII, com o início do Iluminismo europeu. E

75 Exercício - Cespe A administração pública gerencial, apesar de representar uma evolução em relação ao modelo burocrático, foi apenas uma transição de métodos e técnicas gerenciais, sem representar, de fato, uma nova visão do Estado e da administração pública. E

76 Exercício - Cespe A crise do Estado teve início nos anos 70 do século passado, mas só nos anos 80 se tornou evidente, paralelamente ao descontrole fiscal, à redução do crescimento econômico, ao aumento do desemprego e aos elevados índices de inflação. C

77 Exercício - Cespe A crise do Estado define-se como crise fiscal, esgotamento da estratégia estatizante de intervenção e predomínio da administração burocrática. C

78 Exercício - Cespe A reforma do Estado deve ser entendida no contexto da redefinição do seu papel: ele deixa de ser responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer o papel de regulador e promotor desse desenvolvimento. C

79 Exercício - Cespe Na administração pública gerencial, a estratégia voltase para a definição dos objetivos que o administrador público deve atingir em sua unidade, para a garantia da autonomia na gestão de recursos humanos, materiais e financeiros e para o controle e a cobrança a posteriori de resultados. C

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81 Surgimento do Modelo Gerencial Desde o final da década de 70, a reforma do Estado se tornou palavra de ordem em quase todo o mundo. O antigo consenso social a respeito do papel do Estado perdia forças rapidamente, sem nenhuma perspectiva de retomar o vigor. A introdução do modelo gerencial no setor público faz parte deste contexto.

82 Surgimento do Modelo Gerencial Fator 1: Crise econômica mundial, iniciada em 1973, na primeira crise do petróleo, e reforçada em 1979, na segunda crise do petróleo. A economia mundial enfrentou um grande período recessivo nos anos 80 e não retomou os níveis de crescimento das décadas de 50 e 60. Na escassez, o Estado foi o principal prejudicado, entrando em grave crise fiscal.

83 Surgimento do Modelo Gerencial Fator 2: Crise Fiscal: os governos não tinha mais como financiar seus déficits crescentes. Sobretudo nos Estados Unidos e na Inglaterra, iniciava-se uma revolta dos taxpayers (contribuintes) contra a cobrança de mais tributos, sem relação direta com a melhoria dos serviços públicos. Os governos estavam sobrecarregados de atividades acumuladas no pós-guerra. Vários grupos não queriam perder o que consideravam conquistas.

84 Surgimento do Modelo Gerencial Fator 3: Tratava-se do que a linguagem da época chamava de situação de ingovernabilidade : Os governos estavam inaptos para resolver seus problemas.

85 Surgimento do Modelo Gerencial Fator 4: A globalização e todas as transformações tecnológicas que transformaram a lógica do setor produtivo afetaram de maneira decisiva o Estado e sua capacidade de formular políticas econômicas de forma autônoma.

86 Gerencialismo Os conceitos do managerialism invadiram o setor público dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, a partir da eleição dos governos conservadores. No início, consistia na utilização dos instrumentos do modelo gerencial segundo um modelo conhecido como gerencialismo puro (Abrucio), direcionado à redução de custos e ao aumento da eficiência e produtividade da organização.

87 Gerencialismo Inglaterra: Rolling Back the State Privatização de empresas nacionalizadas no pósguerra Desregulamentação Devolução de atividades governamentais à iniciativa privada ou à comunidade Tentativas de reduzir os gastos públicos

88 Gerencialismo Recentemente, o modelo gerencial não tem sido utilizado apenas como um mecanismo para reduzir o papel do Estado. O managerialism uniu-se a conceitos como busca contínua da qualidade, descentralização e avaliação dos serviços públicos pelos consumidores/cidadãos. Há mais de um modelo gerencial: surgiram diversas respostas à crise do modelo burocrático weberiano.

89 Gerencialismo Modelo Gerencial Puro Economia / Eficiência Taxpayers (contribuintes) Consumerism Efetividade / Qualidade Clientes / Consumidores Public Service Orientation Accountability / Eqüidade Cidadãos

90 Gerencialismo Há um relevante intercâmbio entre as teorias, principalmente entre consumerism e public service orientation. Há uma evolução ao longo do tempo, do gerencialismo puro ao public service orientation. Embora haja diferenças entre as teorias, elas não são mutuamente excludentes. Há uma incorporação dos aspectos positivos de cada teoria.

91 Modelo Gerencial Puro O modelo gerencial puro foi o primeiro a ser implantado no caso inglês e, com algumas modificações, na experiência americana durante o governo de Reagan. O managerialism foi utilizado no setor público para diminuir os gastos em uma era de escassez e para aumentar a eficiência governamental. Tinha como eixo central o conceito de produtividade: o ponto central do modelo gerencial puro é a busca da eficiência.

92 Modelo Gerencial Puro Definição clara das responsabilidades de cada funcionário dentro das agências governamentais Definição precisa dos objetivos organizacionais, analisados em sua substância e não como processos administrativos Aumento da consciência a respeito do valor dos recursos (value money) públicos, incorporando o valor da eficiência na lógica de funcionamento da burocracia.

93 Problemas Os critérios de medição da eficiência podem se tornar tão rígidos e ineficazes quanto as regras e procedimentos do modelo burocrático weberiano. O enfoque apenas da eficiência governamental possui outro problema: a avaliação da efetividade dos serviços públicos não recebe a devida importância. Deve-se ter a noção de que o governo deve prestar bom serviços: necessidade de qualidade. Subestimação do conteúdo político da administração pública.

94 Problemas Foi proposto como uma tecnologia neutra destinada a modificar o funcionamento e a cultura do setor público. Propunham reformas ao setor público como se fosse uma organização homogênea, mas a administração pública se constitui num sistema organizacional em que há diferentes tarefas e valores pertencentes a um contexto complexo de relações com a esfera política. O modelo gerencial puro tem como base a separação entre a política e a administração.

95 Problemas Os gerencialistas puros não consideraram que a especificidade do setor público dificulta a mensuração da eficiência e a avaliação do desempenho tal como na iniciativa privada. Estão em jogo valores como eqüidade e justiça, que não podem ser avaliados por intermédio dos conceitos do managerialism puro. Esta despolitização e a ênfase no conceito de eficiência governamental fizeram com que Pollitt classificasse o managerialism como neotaylorismo.

96 Consumerismo O novo paradigma resultaria da síntese entre os antigos valores do serviço público (modelo weberiano) e a orientação para uma melhor performance do setor público como um todo. Perspectiva voltada à satisfação do público, intitulada paradigma do consumidor (consumer paradigm)

97 Consumerismo O programa do governo inglês mais importante no sentido de priorizar o consumidor foi o Citizen s Charter. Baseou-se no princípio de que os serviços públicos devem estar mais direcionados às necessidades definidas pelo público diretamente afetado. Consistiu na implantação de programas de avaliação de desempenho organizacional de acordo com dados recolhidos juntos aos consumidores.

98 Consumerismo Estratégias para tornar o poder público mais ágil: Descentralização, com opções caso determinado equipamento social não esteja funcionando a contento. Incentivo à competição entre as organizações do setor público. Adoção de um novo modelo contratual para o serviços públicos.

99 Críticas A cidadania está relacionada com o valor de accountability, que requer uma participação ativa na escolha dos dirigentes, no momento da elaboração das políticas e na avaliação dos serviços públicos. O conceito de consumidor também não responde ao problema da eqüidade, valor fundamental na administração pública.

100 Public Service Orientation A reflexão realizada pelos teóricos do PSO leva aos temas do republicanismo e da democracia, utilizando-se de conceitos como accountability, transparência, participação política eqüidade e justiça. O PSO foi criado a partir de uma questão do modelo gerencial: a descentralização, a partir da qual foram formulados os conceitos do PSO.

101 Public Service Orientation É a partir do conceito de esfera pública (public domain) que é estruturado o conjunto de idéias do PSO. A esfera pública como ambiente de transparência e de aprendizado social deve estar presente na organização interna da administração pública, sobretudo no momento de elaboração das políticas públicas.

102 Public Service Orientation O planejamento estratégico não pode estar confinado à burocracia. Os objetivos políticos devem ser discutidos e revelados em debate público. Quanto à competição entre agências públicas, para o PSO o que é mais ressaltado é a possibilidade de cooperação entre agências por um melhor resultado global na oferta de serviços públicos.

103 Public Service Orientation As discussões sobre eficiência, qualidade, avaliação de desempenho, flexibilidade, planejamento estratégico não são negadas: há a tentativa de aperfeiçoá-las. O modelo do PSO foi pensado dentro dos parâmetros do poder local, onde os cidadãos tenderiam a controlar mais a qualidade dos serviços públicos. Tem-se um concepção muito otimista com relação à possibilidade dos cidadãos resolverem na esfera local todos os problemas do setor público.

104 EUA: Reinventando o Governo A obra de David Osborne e Ted Gaebler, Reinventando o governo (1994), é um marco na discussão da administração pública americana. Nosso problema fundamental é o fato de termos o tipo inadequado de governo. Não necessitamos de mais ou menos governo: precisamos de melhor governo. Para sermos mais precisos, precisamos de uma melhor atividade governamental. (OSBORNE & GAEBLER)

105 Reinventando o Governo Governo catalisador, a partir da redefinição do papel do governo, de provedor direto para promotor; Governo competitivo, que destaca as vantagens da competição; Governo da comunidade, que transfere responsabilidades da burocracia para o cidadão; Governo orientado por missões e resultados, que muda o enfoque em regras e procedimentos para missões e resultados; Governo voltado para clientes, que destaca o papel preponderante do governo de servir aos cidadãos com qualidade e enfatizando o controle social.

106 Reinventando o Governo 10 Princípios 1. Competição entre os prestadores de serviço; 2. Poder aos cidadãos, transferindo o controle das atividades à comunidade; 3. Medir a atuação das agências governamentais através dos resultados; 4. Orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos; 5. Redefinir os usuários como clientes

107 Reinventando o Governo 10 Princípios 6. Atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento; 7. Priorizar o investimento na produção de recursos, e não em seu gasto; 8. Descentralização da autoridade; 9. Preferir os mecanismos de mercado às soluções burocráticas; 10. Catalisar a ação do setores público, privado e voluntário.

108 Questão de Prova - Cespe A respeito do paradigma do cliente na gestão pública, assinale a opção correta: A) A administração pública com foco no cliente visa à construção de uma gestão eficiente, mesmo que os valores democráticos tenham de ser abandonados. B) As organizações governamentais recebem claros sinais do mercado e conseguem avaliar facilmente a necessidade dos seus clientes. C) A administração pública voltada para o cliente menospreza a qualidade dos serviços, uma vez que o seu objetivo é atender a demanda do cidadão no menor prazo possível.

109 Questão de Prova - Cespe D) A gestão com foco no cliente pode ser facilmente adaptada da administração privada para o setor público, desde que a aplicação de alguns princípios básicos que regem as organizações públicas, tais como igualdade e transparência, seja amenizada. E) Uma das principais características de uma administração pública com alto desempenho é a reestruturação de seus serviços e processos de trabalho, para satisfazer as necessidades do seus clientes. E

110 NGP: Princípios (1) 1. Orientação da ação do Estado para o cidadãousuário ou cidadão-cliente; 2. Ênfase no controle dos resultados através dos contratos de gestão (ao invés de controle dos procedimentos); 3. Fortalecimento e aumento da autonomia da burocracia estatal, organizada em carreiras ou corpos de Estado; 4. Separação entre as secretarias formuladoras de políticas públicas, de caráter centralizado, e as unidades descentralizadas, executoras;

111 NGP: Princípios (2) 5. Distinção de unidades descentralizadas: as agências executivas, que realizam atividades exclusivas de Estado, e os serviços sociais e científicos; 6. Transferência para o setor público não-estatal dos serviços sociais e científicos competitivos; 7. Adoção cumulativa de controle social, contrato de gestão e formação de quase-mercados em que ocorre a competição administrada; 8. Terceirização das atividades de apoio, que passam a ser licitadas competitivamente no mercado.

112 Exercício - Cespe A administração pública gerencial está voltada para o atendimento às demandas dos usuários dos serviços e a obtenção de resultados. Baseia-se fortemente na descentralização e na delegação de competência e define indicadores de desempenho, o que está associado à adoção de contratos de gestão. C

113 Exercício - Cespe O Citizen s Chart, programa desenvolvido na Inglaterra durante as décadas de 1970 e 1980, tinha como estratégia central seu direcionamento às necessidades do público demandante, e pode ser apontado como o principal exemplo britânico da orientação para o serviço público. E

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