Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC) 18 de fevereiro de 2014
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- Vera Wagner de Sousa
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1 Situação da economia e perspectivas Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC)
2 Dificuldades devem permanecer em 2014 Quadro geral Indústria encerra 2013 com fraca atividade Déficit recorde de manufaturados no ano passado Desempenho da economia em 2014 será similar ao observado em 2013 Pontos de atenção Alto custo com matéria prima preocupa empresários da indústria Acima do centro da meta por quatro anos seguidos, inflação seguirá demandando cuidado em 2014 Baixa intenção de investimento na indústria em 2014 Implicações Ciclo de alta dos juros tende a continuar nos primeiros meses de 2014 Política monetária americana provoca a desvalorização das moedas dos emergentes Previsões CNI 2014 PIB: 2,1% PIB industrial: 2,0% Inflação: 6,0% Câmbio (dez): R$2,45/US$ DLSP: 33,9% do PIB Selic: 11,00% a.a. Saldo comercial: US$ 9,0 bi Sumário executivo Superávit primário baixo limitará os estímulos do governo à economia 18/2/2014
3 Sinais de fraca atividade no quarto trimestre de 2013 O indicador antecedente de atividade do Banco Central (IBC-Br) caiu 1,35% em dezembro de 2013 frente ao mês anterior. Com isso, foi registrada uma reatração de 0,17% no quarto trimestre, em comparação com o terceiro. O resultado efetivo do PIB em 2013 será divulgado pelo IBGE no dia 27 de fevereiro. 150 IBC-Br Atividade econômica Número índice - base 2002 = 100 dessazonalizado Fonte: Banco Central do Brasil 138 jan/11 jun/11 nov/11 abr/12 set/12 fev/13 jul/13 dez/13
4 Produção industrial mostra forte retração em dezembro Em dezembro, a produção industrial caiu 3,5% frente ao mês anterior. No acumulado de 2013, contudo, a produção industrial cresceu 1,2% na comparação com 2012, quando a produção do setor havia se retraído 2,5%. O ano foi marcado por oscilações e pela tímida retomada do crescimento Produção industrial PIM-PF/IBGE Alta volatilidade Atividade econômica Número índice - Base 2002 = 100 dessazonalizado Fonte: IBGE Produção industrial mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13
5 Faturamento da indústria cresce 3,8% em 2013 O faturamento real da indústria subiu 3,8% em 2013 frente a No mês de dezembro, no entanto, o faturamento caiu 1,1% na comparação com novembro, já considerando as sazonalidades de cada mês. Comparativamente ao mesmo mês de 2012, a queda do faturamento foi menos intensa em dezembro, -0,8%. Faturamento real 9,8 Atividade econômica 6,8 0,5 6,4 3,8 1,1 3,8 Variação (%): média de 2013 contra a média de 2012 Fonte: CNI -0,5-0,5-4,
6 Alto custo da matéria prima preocupa a indústria Pela primeira vez desde o início da série histórica, em 2007, o Alto custo da matéria prima é apontado pelas empresas industriais de grande porte como o principal problema, com 49% das respostas, entre 13 opções. Na avaliação das empresas em geral (pequenas, médias e grandes), o Alto custo da matéria prima aparece como o segundo principal problema, com 38% das assinalações. 5 Alto custo da matéria prima grande porte 25% 3 40% 7 34% % 1 49% Percentual de repostas (%) e posição entre os principais problemas Fonte: CNI Percentual de respostas Atividade econômica 15% I-07 III-07 I-08 III-08 I-09 III-09 I-10 III-10 I-11 III-11 I-12 III-12 I-13 III-13 Posição entre os principais problemas enfrentados pela indústria no trimestre
7 Empresário começa o ano menos confiante O ICEI/CNI registrou 52,4 pontos em fevereiro de 2014, uma queda de 5,7 pontos na comparação com fevereiro do ano passado. Esse é o menor valor desde julho de 2009 desconsiderando agosto de 2013, mês em que a confiança foi influenciada pelas manifestações populares. Baixa confiança dificulta investimento e sinaliza menor ritmo da atividade industrial Índice de Confiança do Empresário Industrial ICEI/CNI set/10 63,3 out/11 54,6 mar/12 58,6 jul/12 53,3 fev/13 58,1 jul/13 49,9 nov/13 54,5 fev/14 52,4 O ICEI varia no intervalo 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Fonte: CNI Atividade econômica 40 set/10 jan/11 mai/11 set/11 jan/12 mai/12 set/12 jan/13 mai/13 set/13 jan/14
8 Indústria deverá investir menos em 2014 Pesquisa Investimentos na Indústria/CNI mostra que 78,1% das empresas industrias pretendem investir em Esse é o menor percentual desde o início da série histórica, em 2010 Dentre os riscos para a não realização dos investimentos previstos, a opção Incerteza econômica é a que mais preocupa os empresários Intenção de investimento Investimentos na Indústria/CNI 83,3 91,1 84,6 83,0 Percentual de repostas positivas (%) Fonte: CNI Atividade econômica 78,
9 Taxa de desemprego cai significativamente em dezembro Taxa de desemprego recua para 4,3% em dezembro de 2013, o menor valor desde o início da série histórica, em março de Emprego formal continua crescendo em ritmo acima do informal. Rendimento médio real do trabalhador metropolitano subiu 1,85% em 2013 frente a ,0 6,5 Taxa de desemprego PME/IBGE Atividade econômica 6,0 5,5 Em percentual (%) Fonte: IBGE 5,0 4,5 4,0 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 4,7 4,6 4,
10 IPCA sustenta-se acima do centro da meta O IPCA continua a sustentar patamar acima do centro da meta de inflação (4,5%). Em 2013, o índice encerrou-se em 5,91%, configurando o quarto ano consecutivo acima do centro da meta, e mais próximo da banda superior (6,5%) do que do centro (4,5%). Para este ano, não há previsão de reversão nesse cenário: a CNI estima IPCA de 6,0% em % IPCA Inflação e juros 7% 6% 5% 5,90% 5,91% 6,50% 5,84% 5,91% 6,00% Ao ano (%) *Previsão CNI 4% 3% 4,31% Fonte: IBGE 2% 1% 0% * IPCA Banda inferior Meta Banda superior
11 Preços administrados seguram IPCA abaixo do teto da meta Os preços administrados continuam apresentando acumulado em 12 meses abaixo dos 2,0%. Esse desempenho sustenta o IPCA abaixo do teto da meta, de 6,5%. A desaceleração mais contundente dos preços dos alimentos em janeiro reduziu o patamar do IPCA, de 5,91% em dezembro para 5,59% em janeiro. Contudo, a alta nos preços administrados no início de 2014 deve trazer o IPCA novamente para o patamar de 6,0% no meio do ano. 16% IPCA por grupos Inflação e juros 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% jan/09 jun/09 nov/09 abr/10 set/10 fev/11 jul/11 dez/11 mai/12 out/12 mar/13 ago/13 jan/14 Acumulado em 12 meses (%) Fonte: IBGE Elaboração: CNI Administrados Industriais Alimentação Serviços IPCA
12 Copom estende o ciclo de alta na Selic O Copom continuou a política monetária mais contracionista, elevando a Selic novamente em janeiro. Assim, a Selic atingiu o patamar de 10,50% a.a., retomando o nível de fevereiro de Desde o início da nova alta de juros, em abril de 2013, a Selic já foi elevada em 3,25 p.p. A Ata do Copom dá a entender que o ciclo de alta deva continuar na próxima reunião, marcada para 25 e 26 de fevereiro. A CNI estima que o Copom elevará a Selic para 11,00% a.a Taxa de juros Selic a.a. 12,50 10,50 7,25 9,00 10,50 Nominal. Ao ano (%) Inflação e juros 6 4 Fonte: Banco Central do Brasil 2 0 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14
13 Contas Públicas continuam se deteriorando O superávit primário do Setor Público acumulado em 12 meses caiu de 3,3% do PIB, em jan/12, para 1,9% do PIB, em dez/13. Receitas extraordinárias de R$ 21,8 bilhões (parcelamento de débitos) registradas em nov/13 ajudaram no cumprimento da meta de superávit primário do Governo Federal. Queda do superávit primário provocou a elevação do déficit nominal do setor público de 2,4% do PIB, em jan/12, para 3,3% do PIB, em dez/13. Superávit primário e Déficit Nominal do Setor Público Consolidado Setor público Em relação ao PIB nos últimos 12 meses (%) Fonte: Banco Central do Brasil 1 Superávit Primário Déficit Nominal 0 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13
14 Ajuste Cambial explica queda da Dívida Líquida do Setor Público A Dívida Líquida do Setor Público passou de 36,4% do PIB, em dez/11, para 33,8% do PIB, em dez/13. A queda de 2,6 ponto percentual do PIB na Dívida Líquida foi resultado do ajuste cambial nas dívidas interna e externa, que fez com que Dívida Líquida se reduzisse em 3,4 p.p. do PIB. Os demais fatores, sendo o principal deles o déficit nominal, pressionaram pelo aumento da Dívida Líquida em 0,8 p.p. do PIB. Evolução da Dívida Líquida do Setor Público Setor público ,2 33,8 Em percentual do PIB (%) Fonte: Banco Central do Brasil Dívida Líquida Dívida Líquida (excluído ajuste cambial) 31 dez/11 fev/12 abr/12 jun/12 ago/12 out/12 dez/12 fev/13 abr/13 jun/13 ago/13 out/13 dez/13
15 Déficit de manufaturados atingiu novo recorde em 2013 O déficit de manufaturados brasileiro atingiu US$ 105,3 bilhões em 2013 Exportações de manufaturados em 2013 ficaram praticamente estáveis na comparação com 2012: crescimento de 2,4% (em valor). Já as importações de manufaturados cresceram 5,8% na mesma base de comparação. Saldo comercial de produtos manufaturados Contas externas anos seguidos de déficit Em bilhões de US$ FOB Fonte: MDIC
16 Câmbio permanece com tendência de desvalorização Taxa média anual em 2014 será a maior desde Taxa de câmbio média mensal mostra desvalorização desde outubro de Taxa de câmbio média anual R$/US$ Contas externas 2,92 3,08 2,93 1,83 2,35 2,43 2,18 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,50 Em R$/US$ Fonte: Banco Central do Brasil * Previsão CNI *
17 Emergentes apertam a política monetária Para evitar maior depreciação de suas moedas, alguns países emergentes recorreram ao aumento da taxa de juros. Esse movimento também veio como resposta ao tapering (redução gradual da compra de títulos públicos para dar liquidez à economia) conduzido pelo autoridade monetária norteamericana, o FED. O Brasil segue com uma das taxas nominais mais elevadas do mundo. Taxa de juros nominal a.a. 8,50 10,50 10,00 Em percentual (%) *Até 14 de fevereiro Panorama internacional 6,25 7,00 4,50 5,00 5,50 Fonte: Bloomberg jul/13 fev/14 Brasil Índia Turquia África do Sul
18 Previsões 2014 CNI (18/02/2014) Focus (14/02/2014) Banco Central (Relatório de inflação dezembro / 2013)* PIB (%) 2,1 1,79 2,3** PIB industrial (%) 2,0 1,89 1,5** Perspectivas IPCA (%) 6,00 5,93 5,70 Selic (% a.a. fim do período) Taxa de câmbio R$/US$ (fim do período) Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) Saldo comercial (US$ bilhões) Saldo em conta corrente (US$ bilhões) 11,00 11,25 10,00*** 2,45 2,48 2,35 33,9 34,8 n/d 9,0 7,9 10,0-72,2-74,6-78,0 Relatório mais recente. Próximo relatório deverá ser divulgado até o fim do mês de março **Acumulado dos últimos quatro trimestres até setembro de 2014 ***Previsão efetuada antes do aumento na Selic em 0,5 p.p. em janeiro de 2014
19 Presidente da CNI: Robson Braga de Andrade Diretor de Políticas e Estratégia: José Augusto Coelho Fernandes Diretor de Desenvolvimento Industrial: Carlos Eduardo Abijaodi Diretora de Relações Institucionais: Mônica Messenberg Guimarães Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC) Gerente-Executivo: Flávio Pinheiro de Castelo Branco Equipe: Danilo César Cascaldi Garcia Fábio Bandeira Guerra Isabel Mendes de Faria Marcelo Souza Azevedo Mário Sérgio Carraro Teles Estagiárias: Ana Paula Sant Ana Giulia Cavalcanti
Concessões de Crédito - Recursos Livres Variação acumulada em 12 meses. fev/15. nov/14. mai/14. mai/15. ago/14 TOTAL PF PJ
ASSESSORIA ECONÔMICA Dados divulgados entre os dias 24 de julho e 28 de julho Crédito O estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) registrou variação
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