Conjunto de aplicação das ciências às leis civis e criminais em um sistema de justiça.
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- Maria de Lourdes Angelim Felgueiras
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1 CURSO PREPARATÓRIO PARA POLÍCIA FEDERAL TOXICOLOGIA Prof. : Verônica Pinto Rodrigues Farmacêutica Industrial UFRJ Mestre em Ciências Farmacêuticas - UFRJ Ex-Perita Legista Toxicologista PCERJ Pesquisadora em Propriedade Industrial - INPI
2 CIÊNCIAS FORENSES Conjunto de aplicação das ciências às leis civis e criminais em um sistema de justiça. Criminalística: reconhecimento, identificação e validação das provas físicas para instrução de processos criminais.
3 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Exame de corpo de delito Tipo de prova obrigatório aos crimes que deixam vestígios, pois seu laudo constitui prova da materialidade do delito. Sua falta pode acarretar nulidade. Código de Processo Penal - L Livro I Do Processo em Geral Título VII Da Prova Capítulo II Do Exame do Corpo de Delito e das Perícias em Geral
4 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Art Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Art Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. Art Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 1º - No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
5 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 2º - Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no Art. 129, 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime. Art Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
6 Questão Prova Perito Polícia Civil 1-( ) No âmbito forense, muitas vezes a verdadeira versão de um crime só pode ser descoberta pela prova pericial, quando se pode contar com um bom laudo de levantamento do local de crime, um bom exame da arma, uma necropsia bem realizada, etc. Até mesmo em confronto com prova testemunhal, pela credibilidade, pela exatidão de suas conclusões, pela sua natureza técnica, a prova pericial tem sido aceita como caminho mais seguro para a descoberta da verdade.
7 CONCEITOS Toxicologia: ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias químicas com sistemas biológicos.
8 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA Podemos distinguir várias áreas de atuação, de acordo com a natureza do agente químico, ou a maneira como este atinge determinado sistema biológico. * Toxicologia Ambiental É a área da Toxicologia em que se estudam os efeitos nocivos causados pela interação de agentes químicos contaminantes do ambiente água, solo, ar com os organismos humanos. * Toxicologia Ocupacional Dedica-se ao estudo dos efeitos nocivos produzidos pela interação dos agentes químicos contaminantes do ambiente de trabalho com o indivíduo exposto.
9 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA * Toxicologia de Alimentos Estuda as condições em que os alimentos podem ser ingeridos sem causar danos ao organismo. * Toxicologia de Medicamentos e Cosméticos É a área da Toxicologia responsável pelo estudo dos efeitos nocivos produzidos pela interação de medicamentos ou cosméticos com os organismos, decorrentes do uso inadequado desses produtos ou da suscetibilidade individual. * Toxicologia Social Estuda os efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de drogas ou fármacos, causando prejuízos ao próprio indivíduo e à sociedade.
10 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA * Toxicologia Clínica É a área da Toxicologia responsável pelo estudo das doenças causadas por agentes tóxicos e desenvolvimento de técnicas para tratamento de doentes intoxicados. * Ecotoxicologia É uma área especializada da toxicologia ambiental que estuda o impacto de agentes tóxicos à populações integradas num ecossistema. * Toxicologia Forense Tem como objetivo a detecção e identificação de agentes químicos, com a finalidade de auxiliar a polícia e a justiça na elucidação de casos suspeitos de dependência, suicídio, acidente, homicídio, etc.
11 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: Campos de Trabalho: Toxicologia Analítica Trata da detecção do agente químico: Toxicologia forense Monitorizarão terapêutica Monitorização biológica e farmacodependência Controle antidopagem Toxicologia Experimental Elucidação dos mecanismos de ação dos tóxicos agentes
12 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Todas as substâncias são venenos, não há uma que não seja. A dose correta é que diferencia um veneno de um remédio. Paracelsus ( )
13 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Agente Tóxico É qualquer substância química que, interagindo com o organismo, é capaz de produzir um efeito tóxico, seja este uma alteração funcional ou morte. A maioria das substâncias químicas, consideradas como agentes tóxicos, são substâncias exógenas conhecidas como xenobióticos.
14 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS TOXICIDADE É a capacidade, inerente a um agente químico, de produzir danos aos organismos vivos, em condições padronizadas de uso. Uma substância muito tóxica causará dano a um organismo se for administrada em quantidades muito pequenas, enquanto que uma substância de baixa toxicidade somente produzirá efeito quando a quantidade administrada for muito grande.
15 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Os agentes químicos podem ser classificados, segundo HODGES & HAGGARD, em 6 classes de toxicidade, de acordo com os valores de DL 50 (Tabela I). Esta classificação é utilizada para consultas rápidas, qualitativas, com finalidade de obter informações relativas à toxicidade intrínseca das substâncias. Categoria de Toxicidade DL 50 Rata (via Oral) Extremamente tóxico Altamente tóxico Moderadamente tóxico Ligeiramente tóxico Praticamente não tóxico Relativamente atóxico < 1mg/kg 1-50 mg/kg mg/kg 0,5-5 g/kg 5-15 g/kg > 15 g/kg Tabela I : Classificação Quanto ao Grau de Toxicidade
16 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS CLASSIFICAÇÃO DOS PRAGUICIDAS
17 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Classificação dos Agentes Tóxicos * Quanto à natureza * Quanto ao órgão ou sistema onde atuam * Quanto às características físicas Gases Vapores Partículas ou aerodispersóides Líquidos Sólidos
18 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Fatores que Influem na Toxicidade Fatores ligados ao agente químico Propriedades fisico-quimicas Impurezas e contaminates Fatores envolvidos na formulação Fatores relacionados com o organismo Espécie / fatores imunológicos / sexo Fatores relacionados com a exposição Via de introdução Dose e concentração Fatores relacionados com o ambiente Temperatura-Pressão-Radiação
19 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Risco Tóxico É a probabilidade de um efeito nocivo ocorrer, devido a exposição à um agente químico. Perigo Capacidade da substância causar um efeito tóxico. X
20 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Avaliação de Risco No Observed Adverse Effect Level (NOAEL) Low Observed Adverse Effect Level (LOAEL).
21 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Ingestão Diária Aceitável IDA (Acceptable daily intake-adi) A IDA de um produto químico é a estimativa da quantidade de uma substância em um alimento e/ou bebida-água, expressa sobre uma base de peso corpóreo, que pode ser ingerida diariamente durante toda a vida sem causar risco apreciável IDA = NOAEL / FS
22 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Ingestão Diária Aceitável IDA IDA = NOAEL / FS FS : Variabilidade Humana Extrapolação dos animais para humanos Utilização de estudos subcrônicos Utilização de LOAEL Fatores adicionais
23 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Classificação de Efeitos Tóxicos Imediatos ou agudos Aparecem imediatamente após uma exposição aguda (24 hs). Efeitos crônicos Resultantes de uma exposição crônica Somatória ou acúmulo-velocidade de eliminação/absorção Somatória de efeitos-aumento de irreversíveis/reversíveis Efeitos retardados Período de latência ocorrendo mesmo após o termino da exposição
24 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Classificação de Efeitos Tóxicos Reações Idiossincráticas ou Idiossincrasias Químicas Respostas quantitativas anormais a certos agentes tóxicos provocados por alterações genéticas. Reações Alérgicas ou Alergia Química Reações que ocorrem após uma prévia sensibilidade do organismo.
25 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Classificação de Efeitos Tóxicos Efeitos Reversíveis e Irreversíveis Relação dependente da capacidade de regeneração do tecido Efeitos Locais e Sistêmicos Podem ocorrer simultaneamente
26 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Interação de Agentes Químicos Efeito Aditivo ou Adição: A(2) + B(3) = AB(5) Produzido quando o efeito final dos dois agentes é igual à soma dos efeitos individuais, que aparecem quando eles são administrados separadamente. Ex : Organofosforados. Efeito Sinérgico ou Sinergismo: A(2) + B(3) = AB(20) Ocorre quando o efeito dos agentes químicos combinados é maior do que a soma dos efeitos individuais. Ex: tetracloreto + etanol. Potenciação: A(0) + B(2) = AB(10) Ocorre quando um agente químico, que não tem ação sobre um determinado órgão, aumenta a ação de outro agente sobre este órgão. Ex : tetracloreto + isopropanol.
27 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Interação de Agentes Químicos Efeito Antagônico ou Antagonismo: A(4) + B(6) = AB(8) - Antagonismo químico Ocorre quando o antagonista reage quimicamente com o agonista, inativando-o. Ex : quelantes - Antagonismo funcional Ocorre quando dois agentes produzem efeitos contrários em um mesmo sistema biológico atuando em receptores diferentes. Ex : barbitúricos e epinefrina.
28 CONCEITOS DE TOXICIDEZ Interação de Agentes Químicos - Antagonismo não-competitivo Atua na cinética do outro no organismo. Ex: barbitúricos e bicarbonato - Antagonismo competitivo Ocorre quando os dois fármacos atuam sobre o mesmo receptor biológico, um antagonizando o efeito do outro. Ex : naloxone e morfina
29 Tenente Farmacêutico CB Em um experimento in vitro de íleo isolado de cobaia, a acetilcolina administrada na solução nutridora provocou contração, concentração dependente, com EC50 de 10 microm e tensão isométrica máxima de 5g. Sabendo-se que o tratamento prévio da preparação com um antagonista colinérgico deslocou de forma paralela a curva log concentração/resposta, apresentando EC50 de 100 microm e efeito máximo em concentrações elevadas do agonista, pode-se afirmar que o antagonista é do tipo: A) competitivo reversível. B) competitivo irreversível. C) não-competitivo. D) alostérico. E) fisiológico.
30 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS / TOXICIDEZ UECE- Perito Farmacêutico 15-18) A administração de duas ou mais substâncias leva a interações químicas. Analise as afirmativas relacionadas ao assunto e marque a opção verdadeira: ( ) A interação entre duas substâncias com mecanismos de ação iguais, resulta em uma soma de efeitos produzidos por cada uma delas, levando a um efeito aditivo.* ( ) O tetracloreto de carbono e etanol são hepatotóxicos, mas, juntos, um bloqueia a ação do outro, produzindo uma anulação do efeito hepatotóxico. ( ) Sinergismo acontece quando uma determinada substância não tem efeito tóxico num certo órgão ou sistema, mas quando administrada junto a outra substância química com toxicidade específica em determinado órgão, torna a última muito menos tóxica; ( ) Potenciação acontece quando o efeito combinado das duas substâncias é igual ou superior soma matemática dos efeitos que cada uma delas produz quando administradas separadamente.
31 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Questões do Último Concurso Perito PCERJ ) Os xenobióticos produzem seus efeitos alterando as condições fisiológicas e bioquímicas normais da célula. Com relação à ação dos tóxicos no organismo marque: ( ) Xenobióticos que interagem covalentemente com macromoléculas (proteínas e ácidos nucléicos) podem desencadear processos tóxicos como carcinogenicidade e mutagenicidade; ( ) Nem todos os tóxicos agem de maneira seletiva; ( ) Todos os tóxicos agem de maneira seletiva; ( ) De um modo geral, a intensidade do efeito tóxico depende da concentração do agente tóxico no sítio de ação; ( ) Os mecanismos de ação variam de acordo com as propriedades físico-químicas de cada substância.
32 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA Compreende a análise de dados toxicológicos de uma substância química com o objetivo de classificá-la em categorias toxicológicas, e ao mesmo tempo, fornecer informações a respeito da forma correta e segura de uso, bem como medidas de prevenção e tratamento.
33 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Efeito X Resposta Efeito é utilizado para denominar uma alteração biológica Resposta é utilizado para indicar a proporção de uma população que manifesta um efeito definido A Resposta é a taxa de incidência de um Efeito
34 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Relação dose/resposta para uma substância hipotética em uma população homogênea (efeito medido: letalidade).
35 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Relação dose-resposta de três substâncias diferentes Eficácia: A B C A > B = C Potência A = B > C
36 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Relação dose-resposta de três substâncias diferentes A B C Maiores inclinações: indicam com freqüência uma absorção rápida Um rápido começo dos efeitos tóxicos.
37 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Relação dose-resposta de três substâncias diferentes Doses tóxicas mínima e máxima A B C As inclinações das retas das relações dose/resposta podem predizer o perigo das substâncias tóxicas, uma vez que essas inclinações representam a distância existente entre a dose tóxica mínima e a dose tóxica máxima. Inclinação da reta: representa a segurança no manuseio de uma substância
38 Tenente Farmacêutico CB Sabendo-se que dois fármacos A e B são agonistas de um mesmo subtipo de receptor, sendo que B produz 100% do efeito máximo em dose maior do que a do fármaco A (DE50 de B é maior que A) e que o efeito máximo de A é menor queodeb,pode-seafirmarque: A)ofármacoAémaiseficazqueofármacoB. B)ofármacoAémaispotentequeofármacoB. C)ofármacoBapresentamaiorafinidadepeloreceptorqueofármacoA. D)ofármacoBéumagonistaparcial. E)ofármacoBémaispotenteemenoseficazqueofármacoA.
39 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Indice Terapêutico (IT) Razão entre a dose requerida para produzir um efeito tóxico e a dose necessária para provocar a resposta terapêutica desejada. IT = DL50/DE50 DL 50 é a dose letal para 50% da população analisada DE 50 é a dose efetiva para 50% da mesma população.
40 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Margem de segurança(ms) MS = DL1/DE99 DL 1 é a dose letal para 1% da população estudada DE 99 é a dose efetiva para 99% da mesma população.
41 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS DL 50 de algumas substâncias
42 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS UECE- Perito Farmaceutico 11-14) Os xenobióticos produzem seus efeitos alterando as condições fisiológicas e bioquímicas normais da célula. Com relação à ação dos tóxicos no organismo marque: ( ) Um dos parâmetros utilizados para expressar o grau de toxicidade crônica das substâncias químicas é a DL 50 ( ) A natureza dos efeitos tóxicos produzidos por um certo agente químico independe da freqüência e duração da exposição.; ( ) Com base nos valores de DL 50, as substâncias que necessitam de altas doses para produzir o efeito tóxico são classificados como altamente tóxicos; ( ) A DL 50 possibilita saber se um toxicante é absorvido com a mesma eficiência por diferentes vias de administração;
43 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS POLÍCIA CIVIL- Perito Criminal 19-22) Tendo em vista os indicadores de toxicidade, considere as seguintes afirmativas: ( ) DL50, dose que mata 50% dos animais de experimentação, é obtida a partir de ensaios de toxicidade oral ou dérmica aguda; * ( ) CL50, concentração de substância que pode ser ingerida em até 50% da dieta, é decorrente de ensaios de toxicidade aguda; ( ) IDA, concentração de substância que pode ser ingerida diariamente, por toda a vida, sem que se observem efeitos nocivos, é obtida a partir do NOEL dividido por fatores de incerteza;* ( ) NOEL, concentração máxima de resíduo, é decorrente de ensaios toxicológicos.
44 FASES DA INTOXICAÇÃO Os complexos eventos envolvidos no processo de intoxicação podem ser desdobrados, para fins didáticos, em 4 fases, chamadas de fases da intoxicação: A. Fase de exposição: nesta fase, as superfícies externa ou interna do organismo entram em contato com o agente tóxico. B. Fase toxicocinética: Estão aqui incluídos a absorção, distribuição, armazenamento em diferentes tecidos, biotransformação e excreção dos agentes químicos. C. Fase toxicodinâmica: compreende a interação entre as moléculas do toxicante com os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático. D. Fase clínica: é a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas.
45 FASES DE EXPOSIÇÃO Principais Vias de Acesso de Agentes Químicos Cutânea / Mucosa Oral (digestiva) Respiratória Vias Parenterais: intramuscular, intravenosa, etc... Importância das vias para investigação toxicológica
46 FASES DE EXPOSIÇÃO Vias de exposição - Exemplo Lindano Via Dérmica - DL50 = 900 mg/kg Via Oral - DL50 = 90 mg/kg (Fonte: LARINI, 1999)
47 TOXICOCINÉTICA Toxicocinética Ramo da Toxicologia que estuda a relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a concentração dele no plasma, relacionando os processos de absorção, distribuição e eliminação deste agente, em função do tempo.
48 TOXICOCINÉTICA 1 - Absorção Absorção É a passagem de substâncias do local de contato para a corrente sangüínea. A passagem dos xenobióticos pelas membranas biológicas podem ocorrer por diferentes mecanismos, dependendo de suas propriedades físico-químicas.
49 TOXICOCINÉTICA Transporte Através de Membranas Moléculas transportadas Molécula carreadora Difusão simples Difusão facilitada Transporte passivo
50 TOXICOCINÉTICA Transporte Através de Membranas Difusão passiva através de membranas Taxa de Penetração = (P/E) x S x C P = permeabilidade E = espessura S = superfície C = gradiente de concentração
51 TOXICOCINÉTICA Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos 1 - Fatores relativos à membrana: Espessura Superfície de contato (área) Permeabilidade
52 TOXICOCINÉTICA Transporte Através de Membranas
53 TOXICOCINÉTICA Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos Superfície de contato Fração não absorvida da dose Intestino, ph = 6 Estômago, ph = 3 Minutos
54 Transporte Através de Membranas
55 TOXICOCINÉTICA Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos 2 - Fatores relativos ao agente químico: Gradiente de concentração Grau de dissolução Grau de ionização Lipossolubilidade relativa das formas ionizadas e não-ionizadas, Forma e tamanho molecular Ligação à proteínas teciduais Volatilidade e Viscosidade
56 TOXICOCINÉTICA Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos ph Porção não-ionizada (%) ácido benzóico (pka = 4) anilina (pka = 5) 2 99,0 0,1 3 90,0 1,0 5 10,0 50,0 7 0,1 99,0 Efeito do ph e o grau de ionização do ácido benzóico e anilina.
57 TOXICOCINÉTICA Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos 3 - Outros Fatores: Quantidade e qualidade de alimento do estômago Posição Via de administração Motilidade intestinal Integridade cutânea Temperatura dentre outras.
58 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS Perito Polícia Federal - Perito Criminal (1993) 52-55) A absorção de uma droga pode ser afetada por diferentes fatores. Podemos afirmar que: ( ) Drogas que são inativas pelo baixo ph do estômago não podem ser administradas por via oral; ( ) A solubilidade de uma droga não é fator limitante para a sua absorção, uma vez que suspensões também podem ser absorvidas; ( ) Substâncias lipossolúveis têm acesso rápido ao sistema vascular e podem atingir o sistema nervoso central; ( ) Drogas ácidos, como por exemplo a aspirina, são absorvidas principalmente no duodeno.
59 CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS POLÍCIA CIVIL - Perito Oficial Toxicologista 57) Com relação à toxicocinética, numere a coluna da direita de acordo com a coluna da esquerda. 1. Absorção. 2. Toxicocinética. 3. Transporte passivo. 4. Difusão facilitada ( ) Mecanismo dependente do gradiente de concentração; ( ) Processo no qual a substância é transportada por carregador; ( )Permite a avaliação dos movimentos dos agentes tóxicos no organismo; ( ) Permite a avaliação do movimento de substâncias do local de contato com a circulação sangüínea.
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