MERCÚRIO. José Roberto Teixeira. Outubro/2007. PÓLO SAÚDE, Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional

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1 MERCÚRIO José Roberto Teixeira Outubro/2007 PÓLO SAÚDE, Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional

2 Toxicologia Todas as substâncias são venenos. A dose correta diferencia o veneno de um remédio. Paracelsus "Não há substâncias químicas seguras, mas sim maneiras seguras de utilizá-las. Timbrell, 1989

3 Toxicologia Perigo É o potencial intrínseco que um xenobiótico tem de causar dano. Risco É a probabilidade do xenobiótico produzir danos a um organismo, sob condições específicas de exposição. Toxicidade É a capacidade de um xenobiótico causar danos a um órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar um sistema enzimático.

4 Toxicologia Dose Concentração do agente X tempo de exposição Relação dose - efeito É o resultado da ação tóxica de uma substância sobre um organismo em particular. Efeito determinístico É aquele que cuja gravidade é dose dependente.

5 Toxicologia Exposição (ocupacional) Presença de substância química no ambiente (de trabalho), passível de ser absorvida pelo organismo. Intoxicação Conjunto de sinais e sintomas que revelam o desequilíbrio produzido pela interação do agente tóxico com o organismo.

6 Toxicologia Intoxicação Fases Exposição Presença da substância química no ambiente, possível de ser absorvida pelo organismo. Toxocinética Absorção, distribuição, biotransformação, acumulação e eliminação do agente químico. Toxodinâmica Interação da substância química com o organismo, provocando desde leves desequilibrios até a morte. Clínica aparecimento de sinais e sintomas

7 Toxicologia Ocupacional Limite de Tolerância (LT) É a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. (NR 15) Threshold Limit Value (TLV) É a concentração de agentes químicos dispersos na atmosfera e representam condições sob as quais supõe-se que quase todos os trabalhadores possam estar expostos dia após dia, sem efeitos adversos à saúde. (ACGIH)

8 Toxicologia Ocupacional Indicador Biológico de Exposição (IBE) Compreende todo e qualquer xenobiótico ou seu produto de biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica precoce cuja determinação nos fluídos biológicos, tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade da exposição ao agente químico contaminante ambiental ou ocupacional. (NR 7) IBE tipo EE O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. (NR 7)

9 Mercúrio Formas Iônica (Hg+) Orgânica Elementar ou metálica (Hgº)

10 Mercúrio FORMA IÔNICA Sais e Óxidos de Mercúrio Compostos insolúveis Não absorvíveis Compostos solúveis Absorvíveis Medicamentos (Calomelano diurético) Nefrotóxicos

11 Mercúrio FORMA ORGÂNICA Metil-mercúrio Alta toxicidade SNC perda de audição perda da visão periférica neuropatia periférica (sensitiva e motora) ataxia DOENÇA DE MINAMATA

12 Mercúrio FORMA METÁLICA (Hgº) IMPORTÂNCIA OCUPACIONAL HIDRARGIRISMO NEUROTOXICIDAE NEFROTOXICIDADE

13 Mercúrio metálico Fontes naturais Minério cinábrio (HgS) Fontes/exposição ocupacional - fabricação de lâmpadas fluorescentes, industria de cloro-soda, indústria de termômetros, instrumentos, mineração. Características físico/químicas - liquido à temperatura ambiente e com elevada volatilidade. Limite de Tolerância 0,04 mg/m3 IBE mercúrio urinário (HgU) tipo EE IBMP VR 35 µg /g de creatinina 5 µg /g de creatinina

14 Mercúrio metálico Toxicocinética Absorção : predominantemente respiratória, além de cutânea. Pouco absorvido pela via gastro-intestinal. Distribuição : O mercúrio no sangue é rapidamente oxidado para Hg+, interagindo principalmente com as proteínas, ligando-se aos radicais sulfidrilas (SH). Nessa forma tem dificuldade em transpor barreiras biológicas. Acumulação : Rins e cérebro Eliminação : Principalmente renal Meia vida : 4 a 8 semanas, à exceção do contido no SNC que pode ser superior a um ano.

15 Mercúrio metálico Toxicidade Aguda (Exposição a concentrações ambientais de 1,1 a 44 mg/m³, de 4 a 8 horas) Sistema tegumentar irritação cutânea Sistema respiratório bronquite e edema pulmonar Sistema digestivo gosto metálico na boca, sede, dor abdominal, vômito e diarréia.

16 Mercúrio metálico Toxicidade Aguda Sistema urinário lesão renal, aumento da permeabilidade tubular, síndrome nefrótica, insuficiência renal. Sistema nervoso alucinações, irritabilidade, perda de memória, irritabilidade emocional, confusão mental, coma.

17 Mercúrio metálico Toxicidade crônica gosto metálico na boca, estomatite, perda de dentes parestesias difusas fraqueza difusa em MMII e MMSS proteinúria, glomerulonefrite, síndrome nefrótica Neuropatia periférica Habitualmente reversíveis após seis meses de afastamento da exposição

18 Mercúrio metálico Toxicidade crônica insônia, perda de memória recente, da capacidade de concentração, da atenção, da coordenação motora e alterações de comportamento como irritabilidade, ansiedade e labilidade emocional (eretismo psíquico) tremores de movimento, tipo Parkinsoniano Mercurialentis (descoloração parda do cristalino) Habitualmente irreversíveis

19 Mercúrio metálico Toxicidade crônica X Exposição Sintoma Tremores Eretismo psíquico Proteinúria Fadiga Irritabilidade Concentração Ambiental (mg/m³) CA > 0,08 0,025< CA< 0,08 Mercúrio Urinário (mg/g creatinina) HgU > < HgU < 100 Fonte: Environmental Health Criteria 118 WHO

20 Mercúrio metálico Diagnóstico Investigação clínica anamnese exame físico geral exame neurológico avaliação neuro-psicológica (testes) exames complementares (p.e. urina I, uréia, creatinina) Investigação ocupacional histórico de exposição monitoramento ambiental indicador biológico (após 12 meses)

21 Mercúrio metálico Referências bibliográficas Environmental Health Criteria 118 WHO Ecotoxicologia do mercúrio e seus compostos Nascimento, E.S., Chasin, A.A.M. Série cadernos de Referência Ambiental, volume 1 CRA Bahia Resolução SS-190, de Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo PubMed

22 fim

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