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1 Banco BPI 2005

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3 Relatório

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5 Índice RELATÓRIO Principais indicadores 4 Apresentação do relatório 6 Órgãos sociais 11 Marcos históricos 12 Criação de valor para os Accionistas 14 Estrutura Accionista 15 A identidade do BPI 16 Governo do Grupo BPI 17 Responsabilidade social 20 Estrutura financeira e negócio 23 A Marca BPI 24 Canais de distribuição 26 Recursos humanos 28 Tecnologia 32 Principais acontecimentos em Enquadramento da actividade 40 Banca Comercial 50 Banca-Seguros 69 Gestão de Activos 70 Banca de Investimento 76 Participações financeiras 80 Private Equity 81 Análise financeira 84 Gestão dos riscos 134 Acção Banco BPI 149 Rating 152 Referências finais 153 Proposta de aplicação dos resultados 154 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS Demonstrações financeiras consolidadas 155 Notas às demonstrações financeiras consolidadas 163 Certificação legal das contas e relatório de auditoria 248 Relatório e parecer do Conselho Fiscal 251 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO GRUPO BPI Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 255 Apêndices 326 ANEXOS Conceitos, siglas, abreviaturas e expressões estrangeiras 340 Glossário 342 Formulário 345 Notas metodológicas 347 Índice geral 348 Índice temático 352 Índice de figuras, quadros, gráficos e caixas 353 Informações gerais 355

6 Principais indicadores 2001 (Montantes consolidados em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma) IAS / IFRS % 04/05 Activo total líquido % Activos financeiros de terceiros sob gestão % Volume de negócios % Crédito a Clientes (bruto) e garantias % Recursos totais de Clientes F % Volume de negócios 2 por Colaborador 3 (milhares de euros) % Produto bancário F por Colaborador 3 (milhares de euros) % Custos de estrutura F / produto bancário 4, F 66.3% 66.7% 65.3% 62.6% 61.3% 57.7% - Lucro líquido % Cash flow E após impostos % Rendibilidade do activo total médio (ROA) F 0.6% 0.6% 0.6% 0.8% 0.6% 0.9% - Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) 5, F 14.8% 13.5% 13.9% 15.2% 17.1% 23.5% - Crédito vencido há mais de 90 dias (balanço) / crédito a Clientes 0.9% 1.3% 1.2% 1.1% 1.0% 1.3% - Imparidades de crédito (balanço) / crédito a Clientes % - Custo do risco % 0.31% 0.25% 0.33% % - Financiamento das responsabilidades com pensões F reconhecidas no balanço 100.0% 100.1% 101.4% 100.3% 81.1% 100.2% - Situação líquida % Rácio de requisitos de fundos próprios 7, G 9.2% 10.2% 9.9% 9.8% % - Tier I 7 5.9% 7.3% 6.7% 6.5% - 7.3% - Valores por acção F ajustados (euros) 8 Cash flow após impostos F % Lucro líquido % Dividendo % Valor contabilístico % N.º médio ponderado de acções F (em milhões) (0.3%) Cotação de fecho ajustada 8 (euros) % Rendibilidade total do Accionista F (30.4%) 3.0% 38.5% 5.1% % - Capitalização bolsista em final do ano % Dividend yield F, G 2.7% 2.6% 4.2% 3.5% - 4.1% - Balcões de retalho 9 (número) (0.9%) Centros de Empresas e Institucionais 10 (número) % Colaboradores do Grupo BPI 11 (número) % 1) Fundos de investimento, PPR e PPA, seguros de capitalização, activos de Clientes de Private Banking e de Clientes institucionais Quadro 1 sob gestão discricionária e aconselhamento e activos dos fundos de pensões sob gestão (incluindo os fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo). 2) Crédito, garantias e recursos totais de Clientes. 3) Tomando em consideração o número de Colaboradores das empresas que consolidam por integração global. 4) O produto bancário exclui recuperações de crédito e juros vencidos anteriormente abatidos ao activo. 5) No cálculo do ROE em 2004, os capitais próprios foram ajustados mediante adição do goodwill E, G derivado da consolidação, em Junho de 2004, da participação detida na SIC, que fora nessa data integralmente abatido a reservas. 6) Provisões (PCSB) e imparidades (IAS / IFRS) de crédito no exercício, deduzidas de recuperações de crédito vencido abatido ao activo (conta de resultados) / crédito a Clientes 7) Calculado de acordo com as regras do Banco de Portugal sobre requisitos mínimos de fundos próprios (Aviso n.º 7 / 96). 8) Ajustados por aumentos de capital, redenominação e renominalização do capital. 9) Inclui balcões tradicionais (495 em 2004 e 521 em 2005), lojas habitação, balcões in-store E, G, centros de investimento e lojas automáticas em Portugal, balcões em Angola (32 em 2004 e 43 em 2005) e em Paris (10 em 2004 e 11 em 2005). 10) Rede vocacionada para servir empresas de grande e média dimensão (41 centros de empresas), centro de project finance G (1), centros de institucionais (6) e sucursal de Madrid. 11) Colaboradores do Grupo na actividade doméstica (6 734 em 2005) e internacional (736 em 2005). Inclui trabalho a termo e temporário e exclui bolseiros e estagiários PCSB Banco BPI Relatório e Contas 2005

7 CRESCIMENTO, RENDIBILIDADE, SOLIDEZ E VALORIZAÇÃO Activo total líquido e desintermediação Bi Bi Crédito e recursos Activo total 1 Desintermediação 2 1) Corrigido de duplicações de registo. 2) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço Recursos totais de Clientes 1 Crédito a Clientes 1) Corrigidos de duplicações de registo. Lucro líquido por acção 0.33 % Custos de estrutura1 em % do produto bancário Custo de risco1 % 1) Provisões (PCSB) e imparidades (IAS/IFRS) de crédito no exercício, deduzidas de recuperações de crédito vencido abatido ao activo (conta de resultados) / crédito a Clientes % ) Excluindo custos com reformas antecipadas. Rácio de requisitos de fundos próprios De acordo com as normas do Banco de Portugal Tier II Acções preferenciais Core Capital Tier I Capitalização bolsista Bi A+ Estável Fitch Ratings 31 Out. 96 1, 2 Ratings do BPI Notações actuais de longo prazo A2 Positivo Moody s 1 Nov. 96 1, A- Positivo Standard & Poor s 27 Abr ) Data de atribuição. 2) Notação atribuída a todos os bancos que compunham o Grupo BPI nessa data. 3) Notação atribuída ao BFB. Figura 1 Relatório Principais indicadores 5

8 Apresentação do relatório O 25.º ANO O BPI completou, em 2005, o seu vigésimo quinto exercício, tomando como referência a criação da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos, em A história destes anos é uma história de inconformismo, renovação e mudança: em 1981, a SPI foi a primeira instituição financeira privada fundada a seguir à revolução de 1974; em 1985, transformou-se e deu origem ao BPI, primeiro banco criado após a reabertura do sector à iniciativa privada; em 1986, o BPI tornava-se o primeiro banco cotado em Bolsa depois do renascimento do mercado de capitais; em 1991, alargava a sua actividade à banca comercial, através da aquisição do Banco Fonsecas & Burnay e em 1996 duplicava a sua dimensão, com a compra do Grupo BFE; em 1998, através de um processo de fusão pioneiro, criava um banco único com uma marca única, depois de complexos processos de reestruturação, indispensáveis para recuperar instituições muito afectadas pelas consequências da nacionalização do sistema financeiro em O BPI construiu a matriz da sua identidade a partir da banca de investimento, actividade que está na origem do Grupo e na qual se concentrou em exclusivo nos seus primeiros dez anos de existência ( ). Fica, desse período, um rico património profissional de criatividade, inovação e liderança, que reflecte o importante contributo da instituição para a modernização do sistema financeiro e dos mercados de capitais em Portugal, sobretudo no período que se seguiu à adesão às Comunidades Europeias, através da constante introdução de novos produtos e soluções e de uma participação muito ampla em operações de significativa dimensão e complexidade, entre as quais se destaca o extenso programa de privatizações então iniciado. Em 1991, o BPI foi ele próprio actor no processo de privatizações, com a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay, que iria iniciar a transformação do Banco num grupo financeiro universal, multiespecializado e, a partir de 2000, progressivamente internacional. Como foi então explicado, esta aquisição, realizada num momento em que o banco de investimento liderava inequivocamente os seus mercados próprios, teve como principais objectivos diversificar as fontes de receita, aumentar rapidamente a escala do negócio, conseguir uma capacidade de distribuição própria e ganhar independência de financiamento. Cinco anos mais tarde, em 1996, este projecto seria completado com a aquisição do Grupo BFE, que integrava duas instituições de natureza muito diversa, o Banco de Fomento e Exterior e o Banco Borges & Irmão. Dois anos depois, em 1998, fechava-se o processo de transformação iniciado em 1991, num movimento também então pioneiro, que conduziu à fusão integral dos bancos comerciais do Grupo e ao nascimento de um banco único, com uma marca única e uma rede comum, que passava a dispor de mais de 500 balcões, solução que se revelou correctamente adequada aos objectivos de crescimento do BPI e que os principais bancos portugueses viriam mais tarde a adoptar. 6 Banco BPI Relatório e Contas 2005

9 Reputação e valor O êxito deste percurso fica a dever-se ao esforço e profissionalismo das equipas que têm servido o Banco, à preferência e exigência dos Clientes e à solidez, estabilidade e qualidade de uma estrutura accionista internacional, cujo núcleo básico se mantém desde 1995, combinando prestigiadas empresas portuguesas com entidades financeiras de dimensão mundial, como os Grupos Itaú, La Caixa e Allianz. Os resultados podem medir-se objectivamente, através da criação de valor para os Accionistas, Clientes e Colaboradores. A rendibilidade média anual das acções do Banco, até ao final do exercício de 2005, aproxima-se de 16%, desde a criação da SPI em 1981, e atinge cerca de 22%, contra um crescimento do mercado de 6.9%, se tomarmos como referência o final do ano de Por outras palavras, a capitalização bolsista do BPI duplicou nos últimos quatro anos. Este processo de criação de valor assenta em fundamentos seguros, como se pode constatar através dos rácios de capital que voltaram a subir no último exercício e da avaliação das três mais reputadas agências de rating internacionais (Standard & Poors, Moody s e Fitch), que têm mantido o BPI com as mais elevadas notações entre as instituições financeiras privadas portuguesas. Relevante é também a afirmação da Marca que, em cinco anos, conseguiu implantar-se consistentemente entre as três primeiras da banca nacional e foi recentemente classificada pela Interbrand como uma das mais valorizadas no plano ibérico. A maior recompensa é, porém, a que se traduz nos níveis de satisfação dos Clientes, os mais altos entre os grandes bancos portugueses, de acordo com as avaliações próprias do BPI, confirmadas por sucessivas edições de diversos estudos independentes, que validam o investimento realizado ao longo dos últimos anos na qualidade de serviço, através da formação dos recursos humanos, da renovação tecnológica e da melhoria dos sistemas de processamento. Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva O BPI foi a primeira empresa portuguesa a abrir o capital aos seus Colaboradores, em E afirmou-se pela sua capacidade de formar pessoas e valorizar os seus quadros, cuja qualidade é hoje uma referência respeitada pelo mercado, nas mais diversas especializações. A sociedade reconhecerá também no Banco um interveniente activo e interessado, que assumiu a sua responsabilidade pública antes de o conceito se tornar consensual, com intervenções relevantes nos domínios da Cultura, da Educação, da Saúde e da Solidariedade Social, mas promovendo também, através da sua conduta institucional, os valores cívicos essenciais. O Banco cumpriu, nestes primeiros 25 anos, o primeiro dos seus compromissos a criação de riqueza e construiu, para o futuro, uma sólida reputação de profissionalismo, seriedade e rigor. Relatório Apresentação do relatório 7

10 Solidez e internacionalização O exercício de 2005 traduziu-se num considerável reforço da solidez financeira do Banco e confirmou a sua estratégia de internacionalização, num quadro geral marcado pela aceleração do ritmo de crescimento nas principais áreas de negócio e pela confirmação de um bom desempenho no que respeita aos principais indicadores de eficiência e rendibilidade. Em síntese muito breve, merecem evidência os seguintes resultados: o activo líquido cresceu 17%; o lucro líquido subiu mais de 30% 1, para 251 M. ; o produto bancário aumentou 10.9%; o rácio de eficiência melhorou de 61.3% para 57.7%; o rácio de capital passou de 9.8% em 2004 para 11.5%. a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) situou-se em 23.5%. Estes resultados globais são sustentados por importantes evoluções qualitativas, que contribuem para a sua credibilidade e sustentabilidade. No âmbito da carteira de crédito, que aumentou 10.4%, há a registar uma significativa diversificação do crescimento, com subidas de 12% nas áreas de empresas e empresários e de 6% no crédito à habitação. Globalmente, o custo do risco na carteira de crédito doméstica teve um comportamento positivo, reflectido nas imparidades do exercício, que desceram de 0.41% para 0.33%, tomando como referência o ano de Por sua vez, os recursos totais de Clientes evidenciaram uma subida de 13.4%, com uma considerável contribuição dos seguros de capitalização geridos pela BPI Vida, que progrediram cerca de 90%. O Banco atingiu, aliás, em 2005, uma quota de 19% na produção de fundos de investimento mobiliário e seguros de capitalização, o que corresponde, praticamente, ao segundo lugar ex aequo no ranking do mercado. Um dos pontos de maior relevo no balanço do exercício é o resultado da actividade internacional, que cresceu 149%, na base IAS, e representou cerca de 29% do lucro líquido do Banco. Este crescimento é explicado pelo desempenho do Banco de Fomento Angola (BFA), cujo contributo para o resultado consolidado subiu 162%, atingindo 69.7 M.. O BFA conquistou em 2005 a liderança do mercado angolano, com quotas superiores a 25% no crédito e nos depósitos, uma rede de 43 balcões implantada em todo o País, 230 mil Clientes e 736 Colaboradores, dos quais apenas sete são quadros portugueses, o que confirma o BPI como um Grupo crescentemente internacionalizado, quer na sua estrutura orgânica, quer na origem dos seus resultados e fontes de crescimento. 1) Aumento de 58% relativamente ao lucro líquido de 2004, em base comparável (pro forma IAS). 8 Banco BPI Relatório e Contas 2005

11 Num plano distinto, sublinha-se, no exercício de 2005, a importante contribuição institucional para a revisão do modelo social do sector bancário, com relevo para a definição de novas condições de financiamento dos regimes de pensões. Dois outros pontos justificam menção especial, pelo seu impacto na evolução do Banco no próximo futuro: a política de participações financeiras e a gestão do Fundo de Pensões. No primeiro caso, assinala-se a crescente concentração do capital na actividade bancária, com a alienação, em 2004 e 2005, de um conjunto de participações em entidades não financeiras. No segundo caso, é relevante registar que, no final de 2005, o património dos fundos de pensões assegurava o financiamento integral da insuficiência de cobertura das responsabilidades, resultante da adopção das normas contabilísticas IAS e da maior exigência dos pressupostos actuariais, alterados no final do ano de Esta alteração representou um acréscimo de 277 M. nas responsabilidades com pensões, dos quais 64 milhões serão amortizados em resultados do exercício ao longo do período de tempo, em média, esperado até à idade de reforma dos Colaboradores abrangidos, com início em Este facto, conjugado com a tendência para a redução das margens de intermediação em Angola e em Portugal, em consequência das condições de concorrência e do enquadramento macroeconómico de cada um dos mercados, contribuirá para pressionar a evolução dos resultados do Grupo a curto prazo. Em contrapartida, a melhoria das expectativas económicas nos principais países europeus, as oportunidades de crescimento em Angola e a progressiva recuperação da confiança em Portugal, fruto das novas perspectivas de estabilidade política, autorizam o BPI a encarar o próximo futuro com renovado entusiasmo, tirando partido da saudável situação financeira, económica e comercial com que concluiu o seu 25.º exercício. Comissão Executiva do Conselho de Administração Pedro Barreto Manuel Ferreira da Silva António Domingues (Vice-Presidente) Fernando Ulrich (Presidente) José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong António Farinha Morais Relatório Apresentação do relatório 9

12 Apostila A 13 de Março de 2006, depois deste Relatório ter sido aprovado pelo Conselho de Administração na sua reunião de 9 de Março de 2006, o BCP publicou o anúncio preliminar de uma Oferta Pública de Aquisição sobre a totalidade do capital do Banco BPI. A 15 de Março, o Conselho de Administração do Banco BPI aprovou por unanimidade o seguinte comunicado, em resposta ao anúncio preliminar: O Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. (BPI ou Banco) tomou conhecimento do anúncio preliminar, publicado pelo Banco Comercial Português, S.A. (BCP), relativo ao lançamento de uma Oferta Pública Geral de Aquisição (OPA) sobre as acções do BPI. O Conselho de Administração do BPI sublinha a natureza hostil desta OPA, de que o BCP não deu conhecimento prévio nem ao Banco, nem aos accionistas representados no seu Conselho de Administração (que, no seu conjunto, são titulares de cerca de 49% do capital social do Banco). Neste quadro, o Conselho de Administração do BPI está a analisar as vias de actuação que nos termos da lei podem ser adoptadas com vista a que o Banco e a sua gestão prossigam a estratégia sustentada de criação de valor para os accionistas que até hoje tem vindo a ser seguida. O Conselho de Administração do BPI pronunciar-se-á, nos termos legais, sobre a oportunidade e as condições da presente OPA uma vez que lhe sejam comunicados pelo oferente os seus termos integrais. Conselho de Administração do Banco BPI Março de 2006 No dia 31 de Março de 2006, o BCP anunciou que tinha realizado o pedido de registo definitivo da Oferta. No dia 5 de Abril, data em que este Relatório foi dado a conhecer aos Accionistas, não tinha sido ainda apresentada a resposta do Conselho de Administração do BPI. 10 Banco BPI Relatório e Contas 2005

13 Órgãos sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente João Vieira de Castro Vice-Presidente António Lobo Xavier 1 Secretários Galucho Indústrias Metalomecânicas, S.A. Carlos Rosa Justino Produtos Sarcol, S.A. Maria Alexandra Magalhães Conselho de Administração Presidente Vice-Presidentes Vogais Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Isidro Fainé Casas José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Pedro Bissaia Barreto RAS International, N.V. Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Edgar Alves Ferreira 2 Marcelino Armenter Vidal Herbert Walter Comissão Executiva do Conselho de Administração Presidente Vice-Presidente Vogais Fernando Ulrich António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais Pedro Barreto Comité de Auditoria e de Controlo Interno Presidente Vice-Presidente Vogais Artur Santos Silva Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Rezende de Almeida Klaus Dührkop Marcelino Armenter Vidal Conselho Fiscal Presidente Vogais Vogal suplente Jorge de Figueiredo Dias José Ferreira Amorim Deloitte & Associados, SROC, S.A. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro Augusta Francisco Comissão de Remunerações Presidente IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, S.A. Carlos da Câmara Pestana Vogais Violas, SGPS, S.A. 3 Manuel de Oliveira Violas Arsopi Holding, SGPS, S.A. Armando Leite de Pinho Nota: A Mesa da Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a Comissão de Remunerações Figura 2 foram eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas em 20 de Abril de A Comissão Executiva do Conselho de Administração e o Vice-Presidente e Vogais do Comité de Auditoria e de Controlo Interno foram designados pelo Conselho de Administração em 21 de Abril de ) António Lobo Xavier apresentou a sua renúncia ao cargo de Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral por carta expedida em 15 de Março de ) Cooptado pelo Conselho de Administração em 20 de Outubro de 2005, para preencher a vaga deixada em aberto pela renúncia de Manuel de Oliveira Violas. 3) Em 30 de Janeiro de 2006, a Sociedade Violas Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., declarou deixar de ser membro da Comissão de Remunerações por ter perdido a qualidade de Accionista do Banco BPI, S.A. Relatório Órgãos sociais 11

14 Marcos históricos LIDERANÇA, INOVAÇÃO E CRESCIMENTO 1981 A Sociedade Portuguesa de Investimentos nasceu em 1981 com um projecto claro para a década que então começava: financiar projectos de investimento do sector privado, contribuir para o relançamento do mercado de capitais e para a modernização das estruturas empresariais portuguesas. Contava com uma estrutura accionista diversificada, que incluía uma forte componente nacional constituída por 100 das mais dinâmicas empresas portuguesas e um conjunto de cinco das mais importantes instituições financeiras internacionais Em 1985, a SPI transformava-se em Banco de Investimento e adquiria a possibilidade de captar depósitos à ordem e a prazo, conceder crédito a curto prazo, intervir nos mercados interbancários e praticar operações cambiais. Um ano depois, em 1986, a trajectória do Banco foi marcada pela abertura do capital e pela admissão das acções à cotação nas Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto Em 1991, uma década depois da sua criação, o BPI conquistara já uma clara liderança nas principais áreas da Banca de Investimento, desempenhava um papel preponderante, que viria a reforçar ao longo da década de 90, no programa de privatizações em Portugal, e assumia a vontade de consolidar a sua posição como um dos principais grupos financeiros portugueses. Foi neste sentido que empreendeu a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), a qual lhe assegurou a entrada na Banca Comercial e lhe proporcionou um ganho de dimensão, preparando-o para o processo de concentração no sistema financeiro Português. O Grupo pretendia, assim, ser capaz de assegurar a oferta do espectro completo de serviços financeiros a empresas e particulares. Foi então estabelecida uma parceria com o Grupo Itaú, que foi iniciada com a participação no BFB e que, em 1994, foi convertida numa participação no próprio BPI, do qual passou a ser um dos Accionistas de referência Em 1995, a Instituição viu a respectiva composição reorganizada: o BPI foi transformado numa holding bancária sob a forma de SGPS, que passou a ser a única sociedade do Grupo cotada na Bolsa de Valores, controlando o Banco Fonsecas & Burnay e o Banco Português de Investimento, criado por trespasse dos activos e passivos afectos à actividade característica deste tipo de instituição e, até então, detidos pelo BPI. Esta reorganização conduziu à especialização das unidades do Grupo e foi acompanhada de um importante reforço da sua estrutura accionista, com a entrada de dois novos parceiros estratégicos de grande dimensão, que vieram juntar-se ao Grupo Itaú: La Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (La Caixa), e o grupo segurador alemão Allianz / 1998 Um ano depois, em 1996, dava-se início, com a aquisição do Banco de Fomento e do Banco Borges, ao processo de integração dos três bancos do Grupo BPI, que culminaria, dois anos depois, na criação do Banco BPI. Este passaria a deter a maior rede de balcões de marca única em Portugal. Com efeito, em 1998, a fusão do Banco Fonsecas & Burnay, do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão Activo total líquido e desintermediação Criação da SPI, Sociedade Portuguesa de Investimentos 5 M. Transformação da SPI em Banco Português de Investimento 66 M. Aquisição do Banco Fonsecas & Burnay 5 Bi Banco BPI Relatório e Contas 2005

15 deu origem ao Banco BPI, tendo também sido absorvido, no final desse ano, o Banco Universo, um banco in-store. Depois da fusão, a estrutura simplificou-se significativamente, pois o BPI SGPS passou a integrar apenas duas instituições bancárias: o Banco Português de Investimento, designado por BPI Investimentos, e um novo Banco Comercial, o Banco BPI No triénio , o BPI confirmou o potencial de crescimento, modernização e reforço estrutural que fundamentou a operação de fusão executada em 1998: conquistou quota de mercado em todas as áreas relevantes da Banca Comercial, alargou e actualizou a estrutura de distribuição, transformando-se rapidamente num banco multicanal, renovou profundamente a sua base tecnológica e construiu uma das marcas com maior vitalidade do sistema financeiro Em 2002, o BPI concluiu um importante programa de reorganização que dotou o Grupo de uma configuração jurídica simplificada, mais conforme com o seu modelo de negócios e facilitadora da obtenção de economias de custos e ganhos de eficiência no funcionamento do Grupo. O programa envolveu, no essencial, a centralização no Banco BPI do negócio de Banca Comercial e a concentração no Banco de Investimento do respectivo negócio natural. O BPI SGPS incorporou o Banco BPI e, simultaneamente, o seu objecto social passou a ser a Banca Comercial, adoptando a designação Banco BPI e assumindo o papel de entidade de topo do Grupo. Foi criado o Banco de Fomento, em Angola, por transformação da sucursal de Luanda do Banco BPI em banco de direito angolano. O BPI intensificou, em simultâneo, o programa de racionalização, rejuvenescimento e qualificação dos seus recursos humanos, de aperfeiçoamento da sua tecnologia, aprofundamento dos canais de distribuição e desenvolvimento da Marca, que se encontra permanentemente em vigor, e que se destina a reforçar decisivamente as competências essenciais à afirmação dos objectivos que constituem o projecto do Banco para o futuro: eficiência, qualidade e serviço. Em 2004, a partir da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril, Artur Santos Silva, fundador e líder do BPI desde a primeira hora, cessa funções executivas, mantendo a Presidência do Conselho de Administração. Em 2005, o BPI completa o seu vigésimo quinto exercício (tomando como referência a criação da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos, em 1981). O êxito desse percurso pode medir-se objectivamente através da criação de valor para os Accionistas, Clientes e Colaboradores; a rendibilidade média anual das acções do BPI até ao final do exercício de 2005 aproxima-se dos 16%. Criação da holding BPI SGPS Aquisição do Banco Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 8.2 Bi. 17 Bi. Criação do Banco BPI (fusão dos bancos comerciais BFB, BFE e BBI) 20 Bi. Criação do Banco de Fomento Angola 34 Bi. Programa de reorganização, racionalização, rejuvenescimento e qualificação Figura 3 Relatório Marcos históricos 13

16 Criação de valor para os Accionistas Rendibilidade do investimento (ROI) A prestação de um bom serviço aos Clientes e a criação de valor para os Accionistas são os primeiros objectivos da gestão do BPI. Durante o ano de 2005, a rendibilidade do investimento em acções do BPI foi de 33.7%, enquanto o mercado se valorizou 17.2%. O BPI tem criado valor de forma consistente ao longo do tempo. O investidor que subscreveu acções aquando da Oferta Pública Inicial dirigida ao público em geral, em Setembro de 1986, obteve, até ao final de 2005, uma taxa média anual de retorno do investimento (ROI) de 14.3%, enquanto se tivesse optado por um investimento alternativo em acções portuguesas medido através do índice PSI Geral teria obtido um retorno médio anual de 11.1%. Rendibilidade anual do Accionista do BPI Até 31 de Dezembro de 2005 Últimos 3 anos Dezembro de 2002 Em Aquisição do BFE Agosto de 1996 Aquisição do BFB Agosto de 1991 Desde a Oferta Pública Inicial Setembro de 1986 BPI Mercado 1 0% 10% 20% 30% 40% 1) Rendibilidade do mercado calculada com base no Índice PSI-Geral (total return) Gráfico 1 No quadro seguinte, apresentam-se, por linha, as diversas taxas médias anuais de rendibilidade obtidas por um Accionista que, tendo investido em acções BPI, no início de um ano, desinvestisse no final do mesmo ano, ou no final de cada um dos anos seguintes: Criação de valor para os Accionistas do BPI 1 ( ) Taxas médias anuais do retorno, em percentagem Saída 3 Entrada BPI Mercado BPI Mercado BPI (7.2) (4.9) Mercado (3.5) (0.3) BPI 2.5 (7.4) (16.3) (11.4) (2.1) (0.9) 3.7 Mercado (5.8) (9.7) (4.9) (1.4) BPI (16.0) (23.8) (15.1) (3.1) (1.4) 3.9 Mercado (8.2) (13.8) (16.1) (8.8) (4.0) (0.7) 2001 BPI (30.4) (14.7) Mercado (19.0) (19.8) (9.0) (2.9) BPI Mercado (20.7) (3.5) BPI Mercado BPI Mercado BPI 33.7 Mercado ) Pressupôs-se que, durante o período de investimento, o accionista reinvestiu os seus dividendos no dia imediato àquele em que os recebeu, adquirindo novas acções BPI e que participou em todos os aumentos de capital e emissões de dívida convertível reservados a accionistas G, subscrevendo a quantidade máxima de títulos a que tinha direito. 2) Entrada (em início de ano). 3) Saída (em final de ano). Quadro 2 14 Banco BPI Relatório e Contas 2005

17 Estrutura accionista A 31 de Dezembro de 2005 o capital do Banco BPI era detido por accionistas, dos quais eram particulares e estavam na posse de 10% do capital, enquanto 474 pertenciam às classes dos investidores institucionais e das empresas e detinham 90% do capital. Posições accionistas superiores a 2% do capital do Banco BPI Em 31 de Dezembro de 2005 Accionista N.º de acções detidas % do capital detida % dos direitos de voto detidos de acordo com o CVM 5 Estrutura accionista1 Particulares 9.8% Fundos de pensões 4.0% Fundos de investimento 1.4% Grupo Itaú 6, % 16.3% Grupo La Caixa 6, % 16.2% Grupo Allianz % 9.0% Banco Santander Central Hispano % 5.9% The Chase Manhattan Bank % 4.4% Participação qualificada do Banco BPI % 3.3% Goldman Sachs and Co % 3.3% Grupo BCP % 3.2% Arsopi % 2.9% HVF SGPS, S.A % 2.9% State Street % 2.3% Amorim Holding II, SGPS, S.A % 2.0% Norges Bank Investment Management % 2.0% Nota: posições accionistas registadas a 31 de Dezembro de 2005 na Central de Valores Mobiliários, com base na informação recebida da Central. Quadro 3 Institucionais estrangeiros 32.8% 2 Particulares estrangeiros 0.2% Estrangeiros 4 Outros institucionais 51.8% 3 Nacionais Gráfico 2 1) A distribuição de capital do Banco BPI apresentada baseia-se na informação recebida da Central de Valores Mobiliários, na qual figura o registo de euros, ou seja, 99.99% do capital social do Banco BPI, que é de euros. 2) Inclui participações directas de accionistas institucionais de referência do BPI, participações de empresas e acções em nome de bancos de custódia. 3) Inclui participações dos grupos Itaú e La Caixa. 4) A distribuição entre tipos de accionistas é, relativamente aos estrangeiros, apenas indicativa. O BPI não dispõe de informação que lhe permita identificar os titulares das acções em nome de bancos de custódia estrangeiros. 5) Tomando em consideração que em 31 de Dezembro de 2005 o Grupo BPI tinha registadas na Central de Valores Mobiliários acções próprias correspondentes a 1.53% do capital social do Banco BPI. 6) De acordo com disposição estatutária, os direitos de voto, para efeitos do seu exercício, estão limitados a 12.5%. 7) Através da IPI Itaúsa Portugal Investimentos SGPS, Lda., detida a 100%. 8) Através da Catalunya de Valores, SGPS, Unipessoal, Lda., detida a 100% através da Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal. 9) Através de subsidiárias dominadas pela Reunione Adriática di Sicurtá S.p.A. (detida a 55.5% pela Allianz AG): através da RAS International, N.V. (8.64%), detida a 100% e através da Companhia de Seguros Allianz Portugal (0.17%), detida a 65% e pelo Fundo de Pensões Allianz Portugal. 10) Através de sociedades dominadas pelo Banco Santander Totta (5.34%), por fundos de investimento (0.27%) e por outras entidades dominadas pelo Banco Santander Central Hispano (0.20%). 11) Banco de custódia. 12) Através do fundo de pensões dos Colaboradores do Banco BPI (1.41%), de fundos de investimento geridos pela BPI Fundos (0.13%), através das carteiras de Clientes sob gestão discricionária pelo Banco Português de Investimento (0.08%) e detidas pelos órgãos de administração e fiscalização do Banco BPI e de sociedades por ele dominadas (1.66%). 13) Através do BCP e de sociedades por ele dominadas (0.54%), pelo Fundo de Pensões do Grupo BCP (2.18%) e por fundos de investimento (0.42%). 14) Acções detidas por sociedades do Grupo Arsopi e por seus Accionistas. 15) Por comunicação dirigida ao Banco BPI, esta informou ter adquirido acções do Banco BPI, correspondentes a cerca de 2.85% do seu capital, através de uma operação de cisão-fusão fiscalmente neutra, cuja escritura pública teve lugar em 27 de Dezembro de A participação em questão era anteriormente detida pela Violas SGPS, S.A., entidade também envolvida nesta operação de cisão-fusão. 16) Até 31 de Outubro 2005 designava-se Financim Financiamentos Mobiliários, SGPS, S.A. Desde a data de encerramento do exercício e a data de aprovação do relatório informou o Banco BPI de ter alienado acções do Banco BPI no dia 11 Janeiro de Em resultado dessa transacção passou a deter acções que correspondiam a 1.93% do capital do Banco BPI e, tendo em atenção o número de acções próprias detidas pelo Grupo BPI, representavam 1.96% dos direitos de voto. 17) O Norges Bank Investment Management comunicou ao Banco BPI que na sequência de aquisições efectuadas até 15 de Novembro de 2005 passou a deter acções do Banco BPI, representativas de 1.98% do capital. Tendo em atenção o volume de acções próprias detidas por empresas do Grupo BPI, a participação em causa representa 2.01% dos direitos de voto do Banco BPI. O Norges Bank Investment Management informou ainda que se encontra sob a alçada do Banco Central da Noruega (Norges Bank) e que gere fundos por conta desta entidade e do Governo da Noruega. Relatório Criação de valor para os Accionistas e Estrutura accionista 15

18 A identidade do BPI Uma Empresa é como um indivíduo: tem identidade e personalidade, distingue-se pelo seu carácter, pelos seus princípios, pela sua forma de agir, pelos seus objectivos. A identidade do Banco BPI é marcada pela cultura financeira e empresarial do Banco Português de Investimento. Os traços essenciais dessa cultura são a independência da gestão, a flexibilidade organizativa, o trabalho de equipa, a distinção do mérito, a capacidade de antecipação, a rigorosa administração de riscos e a segura criação de valor. A adequada rendibilidade do Banco, através das melhores práticas de gestão e de serviço, constituem um objectivo essencial da nossa actividade. A protecção dos interesses dos Clientes, com dedicação, lealdade e sigilo, é um dos primeiros princípios da ética empresarial e das normas de conduta dos Colaboradores do Banco. A Personalidade de uma Instituição afirma-se através de atributos próprios, que ganham consistência e credibilidade na relação que todos os dias se estabelece com os Clientes e com a Comunidade. O BPI valoriza especialmente dois desses atributos: a Experiência e a Harmonia. A Experiência é o reflexo da formação das nossas equipas e do importante património profissional acumulado ao longo da história de cada uma das Instituições que deram origem ao Banco. Traduz-se na dimensão da sua presença comercial, na solidez dos seus indicadores financeiros, na segurança do seu crescimento e numa comprovada capacidade de realização e liderança. À Experiência queremos associar a Harmonia, que exprime a permanente ambição de servir os Clientes e a Comunidade com os mais elevados padrões de ética e qualidade. É um propósito projectado para o futuro, sempre em aberto, determinado pela constante vontade de aperfeiçoamento que nos permitirá fazer melhor. É o nosso objectivo mais exigente e, em última análise, o que justifica todos os outros. 16 Banco BPI Relatório e Contas 2005

19 Governo do Grupo BPI Princípios orientadores O BPI adoptou, desde a sua origem, um conjunto de princípios orientadores da sua política de governo que incluem a criação de valor como objectivo primeiro da Administração e dos Colaboradores, a transparência, a independência da gestão executiva, e a equidade no relacionamento com Accionistas, Clientes e Colaboradores. É por referência a esses princípios que se forma a prática de governo do BPI que levou ao acolhimento, na maioria dos casos por antecipação, dos regulamentos e recomendações sobre o governo das sociedades emitidos pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Relatório anual de governo No relatório sobre o Governo do Grupo BPI, apresentado em anexo ao Relatório do Conselho de Administração importa destacar: a descrição pormenorizada da composição, competências e actividade desenvolvida pelos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI; o reporte sobre a protecção dos interesses dos Accionistas, incluindo as medidas levadas a cabo pelo BPI tendentes a estimular a respectiva participação na vida societária, em especial, nas Assembleias Gerais; a caracterização da política de remuneração do BPI e a informação sobre os montantes auferidos pelos membros do Conselho de Administração, incluindo uma descrição exaustiva do programa de atribuição de acções e de opções de compra G sobre acções (programa RVA); a descrição das políticas e práticas adoptadas pelo BPI expressas em regulamentos e Códigos de Conduta vinculativos para os órgãos de gestão e Colaboradores com o objectivo de salvaguardar a ocorrência de situações de conflito de interesses ou violação do sigilo profissional, assegurar a diligência e lealdade na actividade de intermediação de valores mobiliários, promover o combate ao terrorismo e ao branqueamento de capitais e prevenir a ocorrência de situações de inside trading E, G. Aperfeiçoamento das práticas e do reporte do governance E O Conselho de Administração do Banco BPI tem tido uma preocupação permanente em aperfeiçoar o modelo de governo e fiscalização implementado no Grupo, assim como apresentar um relatório de corporate governance cada vez mais completo, respondendo positivamente às últimas iniciativas 1 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), bem como com às reflexões publicadas por diversos organismos nacionais e europeus, nomeadamente o Instituto Português de Corporate Governance 2, a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Fruto dessa preocupação, e tendo subjacente a recentemente anunciada revisão do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberou, na sua reunião de 9 de Março de 2006, apresentar à Assembleia Geral de Accionistas a realizar em 20 de Abril de 2006, uma proposta de alteração dos estatutos da sociedade, visando: a adopção de um novo modelo de administração e fiscalização (usualmente designado por modelo anglo-saxónico) em que se prevê a existência, como órgãos sociais: de um Conselho de Administração, sendo estabelecido que o mesmo deverá delegar a gestão corrente da sociedade numa Comissão Executiva; de uma Comissão de Auditoria, que será exclusivamente composta por membros não executivos do Conselho de Administração e cuja maioria terá de ser independente, a quem competirá, entre outros aspectos, a fiscalização da actividade da sociedade bem como a fiscalização da actividade e independência do Revisor Oficial de Contas; de um Revisor Oficial de Contas, a designar pela Assembleia Geral sob proposta da Comissão de Auditoria, e a quem competirá o exame e a certificação das contas; de um Secretário da sociedade. 1) Consubstanciadas, principalmente, na aprovação do Regulamento da CMVM n.º 10 / 2005 e na revisão das suas Recomendações sobre o Governo das Sociedades Cotadas (Novembro de 2005). 2) Consubstanciado, sobretudo, na publicação em Fevereiro de 2006 do Livro Branco sobre Corporate Governance em Portugal. Relatório A identidade do BPI e Governo do Grupo BPI 17

20 A previsão de dois novos órgãos consultivos do Conselho de Administração: a Comissão de Nomeações, Avaliação e Remunerações e a Comissão de Governo da Sociedade; A alteração do limite de contagem de votos quando emitidos por um só accionista, por si, em representação de outrem e/ou por pessoas que com ele se encontrem em alguma das relações previstas no número 1 do artigo 20 do Código dos Valores Mobiliários: o limite passa de 12.5% para 17.5% dos votos correspondentes ao capital social; A redução do número de acções exigidas para a detenção de um voto e, consequentemente, para a participação nas assembleias gerais: de acções para 500 acções; A inclusão de uma regra impondo ao Conselho de Administração a submissão a deliberação da Assembleia Geral de uma proposta de política de dividendos a longo prazo; A produção de efeitos de algumas das modificações estatutárias ficará dependente, para além da sua deliberação pela Assembleia Geral e da sua aprovação pelo Banco de Portugal, da publicação e entrada em vigor da revisão do Código das Sociedades Comerciais destinada a modificar as modalidades alternativas da estrutura de administração e fiscalização das sociedades anónimas e da consagração em tal revisão do modelo de administração e fiscalização adoptado pelas alterações estatutárias acima referidas. Na mesma reunião, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberou ainda apresentar aos Accionistas uma proposta de elevação do número de membros do Conselho de Administração, de 19 para 21 membros, sendo intenção do Conselho de Administração propor nessa mesma Assembleia Geral que as vagas assim criadas sejam preenchidas por dois administradores independentes. A inclusão de uma regra que determina que, quando da nomeação da Comissão de Remunerações pela Assembleia Geral, esta última defina, para cada mandato, os limites das remunerações fixas de todos os membros do Conselho de Administração e a percentagem dos lucros que podem ser afectos a remuneração variável dos membros da Comissão Executiva. 18 Banco BPI Relatório e Contas 2005

21 RECONHECIMENTO OBTIDO EM 2005 Criação de valor O BPI foi considerado como a melhor empresa do sector financeiro na Euronext Lisboa na edição de 2005 dos Stock Awards. Este evento é organizado pelo Jornal de Negócios e pela Deloitte, e tem por objectivo distinguir as melhores empresas cotadas na bolsa portuguesa, tendo por base a performance E operacional da empresa, a sua rendibilidade e o retorno proporcionado aos seus Accionistas no ano precedente e nos últimos três. Corporate governance Na edição de 2005 dos Investor Relations Awards, o Banco BPI obteve uma menção honrosa na categoria Melhor informação sobre Corporate Governance. O BPI havia ganho este prémio em todas as edições anteriores (2002, 2003 e 2004). Menção honrosa Melhor informação sobre Corporate Governance da Euronext Lisboa Melhor empresa financeira cotada na Euronext Lisboa Relações com Investidores O BPI foi distinguido na edição de 2005 dos Investor Relations Awards com uma menção honrosa na categoria Melhor Relatório e Contas Sector Financeiro. O Banco havia ganho este prémio nos quatro anos anteriores e já obteve este prémio por nove vezes nas dezoito edições já realizadas. Os Investor Relations Awards são um evento, promovido pela Deloitte, Semanário Económico e Diário Económico que visa premiar a excelência na comunicação da informação financeira entre as sociedades cotadas na Euronext Lisboa. A utilização da Internet na comunicação institucional do Banco foi igualmente alvo de reconhecimento. A saber: Menção honrosa Melhor Relatório e Contas do sector financeiro da Euronext Lisboa Melhor website de Relações com Investidores da Península Ibérica na 8.ª edição dos IR Global Rankings, o web site E de Relações com Investidores do BPI e a versão para a Internet do seu Relatório e Contas, foram considerados, pela 3.ª e pela 2.ª vez consecutivas, respectivamente, os melhores da Península Ibérica. O júri dos prémios foi composto pela JP Morgan, Linklaters e MZ Consult, tendo a KPMG auditado o processo de avaliação dos resultados; no survey Investor Relations Internet Sites: Practices of European listed companies, elaborado pela CompanynewsGroup, o Banco BPI foi considerado a sociedade cotada portuguesa 1 que apresentava as melhores práticas em termos de comunicação financeira e institucional via Internet. O Banco BPI, para além de se ter classificado na primeira posição em Portugal, foi 5.º entre os principais Bancos Europeus e 39.º entre os 261 web sites analisados e pertencentes às maiores empresas Europeias. Melhor Relatório e Contas on-line da Europa Melhor website de Relações com Investidores em Portugal (PSI-20) IR Internet Sites: practices of european listed companies Figura 4 1) De entre as que integram o índice PSI-20. Relatório Governo do Grupo BPI 19

22 Responsabilidade social O BPI interpreta a sua responsabilidade social como o conjunto de deveres e obrigações da Instituição em relação à Comunidade em que está integrada e aos grupos específicos de interesses que dependem da sua actividade: os Clientes, os Accionistas, os Colaboradores e os Investidores, representados no mercado de capitais, onde o título é sujeito a escrutínio permanente. Nesta perspectiva, o exercício da responsabilidade social exprime-se em múltiplas dimensões, de natureza muito diferente, que envolvem desde logo o cumprimento da Lei e do normativo aplicável, a observância de normas de conduta próprias, o sistema de governo e a sua execução, as políticas de valorização dos Recursos Humanos, de promoção da Qualidade e de relacionamento com os Investidores e o apoio a iniciativas da Sociedade, em domínios como a Saúde, a Educação, a Solidariedade e a Cultura. De acordo com a prática habitual, o Relatório e Contas do BPI trata cada uma destas matérias em entradas próprias, devidamente assinaladas no texto, apresentando-se apenas, neste capítulo, uma síntese da actuação do Banco em cada um dos grandes temas em que se exprime o exercício da responsabilidade social do BPI. Governo O BPI segue, desde a sua origem, um conjunto de práticas e princípios orientadores, cuja aplicação assegura uma gestão diligente, eficaz e equilibrada dos interesses de todos os seus Accionistas e demais stakeholders. A criação de valor como objectivo primeiro da gestão, a adopção das melhores práticas do mercado em termos de comunicação e prestação de informação, a independência da gestão executiva relativamente a qualquer Accionista ou a grupos de interesses específicos, e o compromisso para com rigorosas normas de natureza ética e deontológica, constituem alguns dos vectores estruturantes da política de governo do BPI, que se encontra descrita, com maior pormenor, no relatório anual de governo que o BPI publica desde 2000, quando tal prática não era, ainda, obrigatória para as empresas cotadas em Portugal. O Banco tem acolhido, aliás, na maioria dos casos por antecipação, as recomendações sobre o governo das sociedades emitidos pela CMVM, acompanhando ainda atentamente as reflexões, que nesta matéria, são produzidas pela Comissão Europeia, pela OCDE e outros organismos nacionais e internacionais. Relações com Investidores O BPI atribui grande importância à manutenção de uma relação franca e transparente com accionistas, investidores, analistas financeiros, autoridades e restantes intervenientes do mercado de capitais. Consequentemente, e muito antes de tal ser já uma prática comum entre as empresas cotadas em bolsa, o BPI criou, em 1993, uma estrutura exclusivamente dedicada a esse propósito a Direcção de Relações com Investidores, que reporta directamente à Comissão Executiva do Conselho de Administração e ao Presidente do Conselho de Administração. A disseminação de forma verdadeira, oportuna, frequente, clara e equitativa, da informação relevante para a avaliação das suas acções cotadas em bolsa constitui uma preocupação central do BPI. No Relatório sobre o Governo do Grupo BPI é prestada informação pormenorizada sobre a actividade de relações com investidores levada a cabo em Normas de conduta A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e dos Colaboradores das sociedades do Grupo BPI, é enquadrada por rigorosas normas de natureza ética e deontológica, expressas em Códigos de Conduta, que os seus destinatários se comprometem, por escrito, a respeitar. O primeiro Código de Conduta do BPI foi aprovado em 1994, tendo as respectivas normas, desde então, sido objectivo de sucessivos aperfeiçoamentos e sistematizadas em documentos autónomos, em função da especificidade de algumas actividades. Os normativos em apreço pretendem acautelar o sigilo profissional, a equidade e salvaguarda de situações de conflitos de 20 Banco BPI Relatório e Contas 2005

23 interesse, a não utilização de informação privilegiada em benefício próprio em particular a ocorrência de situações de inside trading e a prevenção e o combate ao branqueamento de capitais. Os diversos Códigos de Conduta actualmente em vigor no Grupo BPI são objecto da divulgação pública, através do web site No relatório anual sobre o governo do Grupo BPI é prestada informação completa sobre este tema. Qualidade A afirmação da qualidade do serviço como atributo da marca BPI tem constituído, ao longo dos últimos anos, uma prioridade estratégica para o BPI. Em resultado das múltiplas acções desenvolvidas, o BPI tem vindo a consolidar a sua posição de referência no mercado bancário nacional. A comprová-lo estão os resultados de todos os estudos de opinião publicados, dos quais se destaca o primeiro lugar obtido em 2004 no ECSI European Costumer Satisfaction Index. O BPI contacta trimestralmente Clientes no âmbito do seu Inquérito de Qualidade de Serviço (IQS). Os resultados deste estudo, que teve início em 2002, comprovam a sustentada melhoria da satisfação dos Clientes do BPI tendo o respectivo indicador atingido o seu valor máximo no ano Em complemento deste importante instrumento de avaliação e acompanhamento da Qualidade de Serviço, o BPI iniciou, em 2005, a utilização de estudos de Cliente Mistério, lançou um projecto contínuo de avaliação qualitativa dos balcões, e deu inicio a um processo de revisão e melhoria dos métodos internos de avaliação dos Níveis de Serviço. Formação A política de formação do BPI no ano 2005 teve como principal objectivo o aumento da eficiência e da qualidade do serviço. Ao longo do ano, cerca de 75% dos Colaboradores afectos à actividade em Portugal participaram em acções de formação, tendo cada Colaborador participado, em média, em 28.9 horas de formação. O investimento em formação em percentagem da massa salarial aumentou de 1.1%, em 2004, para 1.5%, em O ano 2005 representou também a afirmação e consolidação do modelo de e-learning E, adoptado pela primeira vez em As acções de e-learning envolveram cerca de Colaboradores (73.34% do efectivo do Grupo) e ocuparam cada Colaborador, em média, 9.5 horas. Em Angola, e durante o ano de 2005, cerca de 20% dos Colaboradores do BFA (145 pessoas) participaram em acções de formação nas áreas comportamentais e técnica. Esta formação será reforçada ao longo de 2006 e abrangerá a generalidade dos Colaboradores do BFA. Mecenato e solidariedade No âmbito da sua política de responsabilidade social, o BPI continuou a apoiar em 2005, designadamente através da política de mecenato, um conjunto diversificado de iniciativas sociais relevantes nas áreas da Solidariedade, Educação, Investigação e Cultura, das quais se apresenta, seguidamente, uma breve relação. Em Angola, o BFA Banco de Fomento Angola, detido a 100% pelo BPI, anunciou a criação de um Fundo para apoio a actividades locais neste conjunto de domínios, ao qual decidiu afectar anualmente 5% do resultado de cada exercício. Também durante o ano de 2005, foi implementado um novo processo de gestão de reclamações capaz de garantir mais e melhor informação sobre as reclamações dos Clientes e, em consequência, aumentar a capacidade de resposta do banco. Relatório Responsabilidade social 21

24 Solidariedade social Foi prosseguida a política de apoio regular a instituições de intervenção social sobretudo relacionadas com a protecção infantil e a toxicodependência, como a Acreditar, o Cadin, a Novo Futuro, a Sol e o Chapitô. Continuou a ser apoiada, neste âmbito, a iniciativa Amigos no Palco e, noutro plano, o Banco Alimentar contra a Fome, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Fundação Pro Dignitate e a Associação Portuguesa dos Direitos dos Menores e da Família. Educação e investigação No âmbito da Educação, as iniciativas de maior relevo concentraram-se no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra e na Faculdade de Engenharia do Porto, instituições com as quais o BPI tem significativos protocolos de longo prazo. Merecem também referência as iniciativas regulares desenvolvidas com a Universidade de Aveiro, a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, a Faculdade de Direito de Coimbra e a Universidade Católica Portuguesa, nomeadamente no âmbito das pós-graduações, realização de colóquios especializados e criação de prémios universitários. Em parceria com o Itaú, o BPI instituiu um prémio internacional para a melhor publicação científica da Universidade Técnica de Lisboa. No domínio do apoio à Investigação e à Inovação, destacam-se três colaborações principiais: a execução e desenvolvimento do protocolo com o Ipatimup (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto), a instalação de um auditório para formação no Centro de Transplantações do Hospital Curry Cabral e a intervenção no seio da Cotec, associação empresarial para a Inovação. Cultura No plano da política de mecenato cultural, destacam-se as seguintes iniciativas principais: iniciativas: a Grande Exposição Anual, dedicada em 2005 a Álvaro Siza Vieira, e a Festa de Serralves, em parceria com a Unicer; o envolvimento activo na criação e desenvolvimento da Fundação da Casa da Música no Porto, a cujo Conselho de Fundadores passou a presidir o Presidente do Conselho de Administração do BPI; o patrocínio, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, do ciclo de concertos Grandes Orquestras Mundiais; a realização de uma edição antológica sobre o pintor Jorge Martins, no âmbito da Feira de Arte de Lisboa, também patrocinada pelo Banco; a continuidade do apoio aos Museus da Presidência da República e do Caramulo, nos quais o Banco mantém o estatuto de mecenas; a aquisição, para a Biblioteca Nacional, de cartas do espólio do escritor Ruben A. Reconhecimento Em Outubro de 2005, o BPI foi distinguido pela Associação Industrial Portuguesa pela valiosa contribuição para a tomada de consciência da responsabilidade social das empresas portuguesas e pela acção exemplar que nesse domínio vem desenvolvendo. A distinção foi atribuída no âmbito do «1.º Fórum Português de Responsabilidade Social das Organizações» onde, entre outras iniciativas, foi feita a apresentação pública do livro «Responsabilidade Social das Empresas 25 Casos de Referência». o prolongamento, para os próximos quatro anos do estatuto de Mecenas do Museu de Serralves, o mais visitado do País, envolvendo uma verba global de três milhões de euros e o patrocínio de duas novas 22 Banco BPI Relatório e Contas 2005

25 Estrutura financeira e negócio O Grupo BPI liderado pelo Banco BPI é um grupo financeiro, multiespecializado, centrado na actividade bancária, dotado de uma oferta completa de serviços e produtos financeiros para os Clientes empresariais, institucionais e particulares. Actividade doméstica O banco comercial Banco BPI serve, em Portugal, mais de 1.3 milhões de Clientes Particulares, Empresas e Institucionais, através de uma rede de distribuição multicanal composta por 534 balcões de retalho, 16 centros de investimento, balcões especializados em crédito à habitação (18), rede de promotores externos (2 728), estruturas dedicadas aos segmentos das Empresas (42 centros) e dos Clientes Institucionais (6 centros), banca telefónica (BPI Directo) e serviço de homebanking E (BPI Net). O Banco Português de Investimento, matriz original do Grupo BPI, desenvolve a actividade de Banca de Investimento Acções, Corporate Finance e Private Banking no âmbito geográfico da Península Ibérica. Na Gestão de Activos, o BPI detém posições muito relevantes na gestão de fundos de investimento, fundos de pensões e seguros de vida-capitalização, que distribui através do Banco BPI e do Banco Português de Investimento. Actividade internacional Em Angola, o BPI é líder na actividade de banca comercial com uma quota de mercado superior a 25%, através do Banco de Fomento, que detém a 100%. OBFA servia 230 mil Clientes, no final de Principais entidades do Grupo BPI Banco BPI 1.4% 3.0% 85.6% 10.0% Capital alocado Capital alocado Capital alocado Capital alocado Banca de Investimento Participações financeiras e Private Equity Banca Comercial doméstica Gestão de Activos Seguros Banca Comercial no estrangeiro Banco Português de Investimento 100% Acções Corporate Finance Private Banking BPI Suisse (100%) Inter-risco Private Equity Participações Financeiras 100% Banca de Particulares, Empresários e Negócios Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance BPI Gestão de Activos BPI Pensões 100% Gestão de Fundos de Investimento 100% Allianz Portugal 35% 1,2 Seguros não-vida e vida risco Cosec 50% 1,3 Banco de Fomento Angola 100% Banca de Particulares Banca de Empresas BCI Fomento Moçambique 30% 1,4 Gestão de Fundos de Seguros de crédito Pensões e de caução BPI Vida 100% Seguros de vida de capitalização Portugal Espanha Portugal Portugal Comunidades portuguesas de emigrantes 5 Sucursal de Madrid Portugal Portugal Angola Moçambique Nota: As percentagens indicadas referem-se à participação (directa e indirecta) do Banco BPI em cada uma das sociedades. Figura 5 1) Sociedades consolidadas pelo método de equivalência patrimonial G. 2) Em parceria com a Allianz, detentora de 65% do capital. 3) Em parceria com a Euler Hermes, entidade do Grupo Allianz. 4) Em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, que detém 40% do capital, e um grupo de investidores moçambicanos com 30%. 5) O BPI dispõe de sucursais, escritórios de representação e acordos de distribuição nas cidades estrangeiras onde vivem comunidades de emigrantes portugueses de dimensão expressiva. Relatório Estrutura financeira e negócio 23

26 A Marca BPI A Marca BPI confirmou em 2005 a posição de terceira marca bancária nacional, considerando o conjunto da informação publicada por fontes independentes sobre indicadores de notoriedade e principais atributos qualitativos. De acordo com o Estudo Base sobre o Sistema Financeiro (BASEF), o BPI mantém todas as posições conquistadas no ano anterior: é o quarto Banco em notoriedade top of mind (+5%) e o terceiro no que respeita à confiança (+12%), eficiência (+2%), inovação (+8%), atendimento (-3%), informação (+3%) e melhor banco (-3.5%). Noutro atributo relevante solidez o Banco mantém a quarta posição, com uma subida de 7% em relação a 2004 e de 25% em relação a Sublinha-se, finalmente, que o BPI continua a apresentar os melhores indicadores de satisfação entre os cinco maiores bancos do sistema financeiro português, posição que reflecte o investimento feito na qualidade de serviço, através da melhoria das plataformas operativas, da organização dos pontos de venda e da formação dos recursos humanos, aspectos tratados em capítulos próprios deste Relatório, sob os títulos Qualidade e Formação. Confiança A evolução brevemente descrita, resultante do BASEF, é confirmada por outras fontes independentes. Um estudo de notoriedade espontânea, realizado pela Memorandum para a publicação Just Leader, indica o BPI como o terceiro Banco em top of mind, com o melhor nível de eficiência publicitária, atingindo o primeiro lugar na associação a produtos de investimento e à banca on-line e o segundo na associação a tecnologia. Um outro estudo, realizado anualmente pelas Selecções do Reader s Digest a nível europeu ( Marca de Confiança ), classificou o BPI, pelo segundo ano consecutivo, como a terceira marca bancária portuguesa de maior confiança, alcançando a segunda posição nos quatro atributos considerados: qualidade, relação custo / benefício, percepção das necessidades do Cliente e imagem forte. A Interbrand, empresa norte-americana líder mundial na avaliação de marcas, atribuiu por sua vez à Marca BPI um valor de 415 M., o que corresponde ao terceiro lugar entre as marcas bancárias portuguesas. Figura 6 Campanhas de poupança, crédito e investimento do BPI. 24 Banco BPI Relatório e Contas 2005

27 Eficiência O investimento publicitário do BPI aumentou em 2005 cerca de 46%, acima da evolução registada para o conjunto do sector financeiro (+39%), considerando todos os seus segmentos. No que respeita ao indicador de eficiência do investimento, medido através do rácio volume investido / recordação espontânea, o BPI recuperou o primeiro lugar que detinha em 2002, depois de ter ocupado a segunda posição nos dois últimos exercícios. O BPI foi, em 2005, o quarto investidor do sector, o segundo banco em recordação espontânea e o primeiro em recordação comprovada em Televisão, o que significa uma subida de um lugar no ranking E de cada um destes indicadores em relação a No domínio da política de comunicação, assinala-se a contratação de José Mourinho, como uma das imagens permanentes do Banco, em conjunto com Fernanda Serrano, associada ao BPI há cinco anos. A campanha de José Mourinho realizada em 2005, dedicada à promoção de produtos de investimento e poupança, conseguiu o melhor valor de recordação espontânea jamais alcançado pelo BPI e o segundo melhor registado por toda a banca nos últimos cinco anos, ao nível da recordação comprovada em Televisão. Em relação a este último indicador, o BPI obteve o primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, com as campanhas Soluções de Investimento (José Mourinho), Crédito Habitação e Soluções de Investimento (Fernanda Serrano). Relatório A Marca BPI 25

28 Canais de distribuição ACTIVIDADE DOMÉSTICA Banca de Particulares, Empresários e Negócios Clientes (x 1 000) Particulares Empresários e Negócios (Turnover até 2.5 M. ) Viana 13 Braga 34 PORTUGAL Galiza Vila Real Bragança 8 7 Rede física de distribuição Balcões tradicionais In-store Espaços habitação Espaços internet Centros de investimento Lojas habitação Lojas automáticas 32 0 Banco automático (ATM) Canais de acesso remoto (x 1 000) BPI Net (utilizadores regulares) BPI Directo (utilizadores regulares) BPI Imobiliário (imóveis anunciados) Recursos de Clientes (M. ) Crédito concedido (M. ) Porto 96 Viseu 19 Guarda Aveiro Coimbra 19 Castelo Branco 9 Leiria 21 Santarém Portalegre 17 5 Lisboa 148 Madrid Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Évora 6 Clientes Empresas Project Finance Institucional Sucursal de Madrid Rede física de distribuição Centros de Empresas Centro de Project Finance 1 1 Centros institucionais 4 6 Sucursal de Madrid 1 1 Canais de acesso remoto (x 1 000) BPI Net Empresas (utilizadores regulares) Recursos de Clientes (M. ) Crédito concedido (M. ) Setúbal 43 Beja 7 Faro 19 Açores 7 Madeira 10 1) Autarquias, regiões autónomas, sistema de segurança social, universidades, associações de utilidade pública, Sector Empresarial do Estado e outras entidades com fins não lucrativos. 2) Inclui o destacamento da Galiza. 26 Banco BPI Relatório e Contas 2005

29 Banco BPI Newark Canadá Banco Português de Investimento S. ta Maria Açores (SFE 4 ) Reino Hamburgo Unido Bélgica Paris (11 balcões) Luxemburgo Madrid BPI Suisse Genebra Funchal Madeira (SFE 4 ) Banco BPI (Cayman) Ilhas Cayman (SFE 4 ) Macau (SFE 4 ) Caracas Banco de Fomento (Angola 43 balcões) Brasil BCI Fomento 3 (Moçambique) Joanesburgo Austrália ACTIVIDADE EM ANGOLA Clientes (x 1 000) ANGOLA Rede física de distribuição N.º de balcões Banco automático (ATM) Cabinda Soyo Uíge Canais de acesso remoto (x 1 000) BFA Net (aderentes) Recursos de Clientes (M. ) Crédito concedido (M. ) ) Participação de 30%. A 31 de Dezembro de 2005 detinha 35 balcões. 4) SFE Sucursal Financeira Exterior. Banca Comercial Bancos Sucursais Escritórios de representação Acordos de distribuição Banca de Investimento Bancos Sucursais Luanda (19 balcões) Catete Malange Gabela Sumbe Waku-Cungo Lobito Catumbela Benguela Huambo Kuito Caconda Namibe Tômbua Matala Lubango Ondjiva Santa Clara Menonge Saurimo Luena Figura 7 Relatório Canais de distribuição 27

30 Recursos humanos Em 31 de Dezembro de 2005, o Grupo BPI tinha um quadro de Colaboradores, dos quais 90% estavam afectos à actividade doméstica (88% em Portugal e 2% em sucursais e escritórios de representação). Os restantes 10% compunham o quadro de pessoal do Banco de Fomento Angola. Colaboradores do Grupo BPI Distribuição por área geográfica e de negócio em 2005 Banco BPI 84.6% Banco Português de Investimento 1.8% Outras subsidiárias 1.5% Colaboradores em Portugal Banco de Fomento Angola 9.9% Sucursais e escritórios de representação 2.2% Colaboradores no exterior Gráfico 3 Colaboradores do Grupo BPI Valores em fim de período % Valores médios do período % Actividade doméstica Banco BPI % % Banco Português de Investimento % % Outras empresas subsidiárias (39.4%) (36.3%) Subtotal actividade em Portugal % (0.3%) Sucursais e escritórios de representação % % Subtotal actividade doméstica % (0.3%) Actividade internacional Banco de Fomento Angola % % Subtotal actividade internacional % % Total % % Dos quais: Actividade em Portugal Contratos a termo % % Trabalho temporário (46.9%) (13.6%) Sucursais e escritórios de representação Contratos a termo % (8.7%) Trabalho temporário ) Inclui contratos a termo e trabalho temporário de pessoas sem qualquer vínculo de trabalho com o BPI. O número de Colaboradores com vínculo de trabalho estável Quadro 4 na actividade em Portugal evoluiu de 5 974, em 2004, para 5 947, no final de 2005, ou seja, uma diminuição de 0.1%. 2) Os custos com trabalho temporário são registados contabilisticamente na rubrica GASTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS. 28 Banco BPI Relatório e Contas 2005

31 BANCO BPI A gestão dos recursos humanos do BPI em Portugal concentrou-se, em 2005, no aumento da produtividade e da competitividade, mantendo sob controlo atento a evolução dos custos. O acompanhamento dos processos de selecção e recrutamento de 561 novos Colaboradores foi feito com especial cuidado, tendo sido dada prioridade ao recrutamento de jovens licenciados. A maioria dos processos de recrutamento foram desenvolvidos e implementados em parceria com consultores externos. Obedeceram sempre a critérios muito exigentes no que respeita, designadamente, às competências comportamentais e técnicas dos candidatos. Os resultados desta política permitiram elevar para 41% o peso dos Colaboradores com formação académica de nível superior e reduzir a média etária para 39.3 anos. Prosseguiu-se, igualmente, o investimento na área das novas tecnologias de informação, tendo sido aumentada a disponibilidade, descentralizada e interactiva, da informação na intranet E. humanos afectos a actividades de apoio e, consequentemente, o reforço da capacidade comercial. Colaboradores do Banco BPI 1 Evolução por áreas de actuação Colaboradores do Banco BPI Evolução por áreas de actuação Rede de balcões de retalho % Centros de empresas (2%) Canais não tradicionais (7%) Unidades de produto % Marketing (1%) Actividade comercial % Serviços centrais (4%) Total % 1) Actividade em Portugal. Inclui trabalho temporário (81 pessoas Quadro 6 em 2004, e 43 em 2005) e contratos a termo (290 pessoas em 2004 e 572 em 2005). 2) Balcões, centros de investimento e respectivas estruturas de apoio (Direcção de Crédito a Particulares e Pequenos Negócios, Direcção de Projectos da Rede de Particulares, Unidade de Novos Balcões, Gabinete de Apoio Comercial). 3) Centros de empresas e Direcção de Riscos de Crédito. 4) Banca telefónica, Internet, Banca Automática e Banca de Protocolos. 5) Cartões, crédito pessoal, financiamento imobiliário (que inclui 18 lojas habitação) e financiamento automóvel. % Distribuição por áreas funcionais Colaboradores do Banco BPI Principais indicadores 1) Com base no número de Colaboradores na rede tradicional e in-store (3 059, em 2004, e 3 239, em 2005) Do total de Colaboradores a exercer funções no Banco BPI, no final de 2005, 78% desenvolviam actividade comercial e 22% estavam integrados nos serviços centrais de apoio. Os ganhos de eficiência, obtidos no funcionamento dos serviços centrais, têm vindo a permitir uma redução continuada dos recursos 2005 Colaboradores (número) Em % total do Grupo 85% 85% Com formação universitária 40.2% 40.8% Com formação universitária (na rede de particulares) 32.8% 34.7% Média de idades Experiência (antiguidade média no BPI) Homens 50.8% 51.6% Mulheres 49.2% 48.4% Colaboradores por balcão Quadro 5 N.º Actividade comercial Serviços centrais Gráfico 4 Em 31 Dezembro de % 55% 7% 4% 2% 10% Serviços Actividade centrais (22%) comercial (78%) Rede de balcões de retalho Centros de empresas Canais não tradicionais Unidades de produto Marketing Serviços centrais Gráfico 5 Relatório Recursos humanos 29

32 BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO A actividade do Banco Português de Investimento mantém-se concentrada nos negócios de Acções, Corporate Finance e Private Banking, alicerçando-se num quadro de recursos humanos jovem, experiente e dotado de elevada qualificação e aptidões técnicas. Cerca de 74% dos Colaboradores têm formação universitária e, destes, 36% têm cursos de pós-graduação. Banco Português de Investimento Quadro de efectivos N.º 453 Colaboradores com formação universitária % Colaboradores do Banco Português de Investimento Principais indicadores Colaboradores Colaboradores com formação universitária 77.8% 73.5% Média de idades Experiência (antiguidade média no BPI) Homens 57.8% 60.3% Mulheres 42.2% 39.7% Quadro BANCO DE FOMENTO ANGOLA No final de 2005, o BFA dispunha de um quadro de 736 Colaboradores. Quase todos são angolanos, uma vez que apenas sete, embora prestem serviço no BFA, pertencem ao quadro do BPI em Portugal. Os recursos humanos do BFA caracterizam-se pela sua juventude, sendo a média de idades de 29 anos; pelo equilíbrio da percentagem de homens (47%) e de mulheres (53%); e pela elevada percentagem de Colaboradores com formação universitária (45%). Acompanhando a expansão da rede comercial e uma excepcional rotação de pessoal, o BFA procedeu à selecção e ao recrutamento, durante o ano, de 238 novos Colaboradores. Colaboradores do Banco de Fomento Angola Principais indicadores Colaboradores Colaboradores com formação universitária 45% 50% Média de idades Homens 47.4% 47.4% Mulheres 52.6% 52.6% Quadro 8 1) Na sequência do processo de cisão e fusão de uma parte da actividade do Banco Português de Investimento no Banco BPI, ocorrida no final de 2002 ocorreu, em 2003, a transferência de um conjunto de 54 Colaboradores para o Banco BPI, para além do movimento de 250 pessoas, já transferidas durante o ano de Banco de Fomento Angola Quadro de efectivos N.º Gráfico Colaboradores com formação universitária % 35 Gráfico Gráfico 8 Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

33 FORMAÇÃO Actividade em Portugal A política de formação do BPI, na actividade em Portugal, manteve-se concentrada no aumento da eficiência e da qualidade do serviço. Procurou-se atingir este objectivo, quer através da formação profissional disponibilizada, quer pelo apoio do Banco ao desenvolvimento pessoal dos Colaboradores em licenciaturas e pós-graduações. Formação Actividade em Portugal Formação global Colaboradores com formação 48.5% 73.3% Acções internas 46.9% 71.1% Acções externas 1.6% 2.2% Horas de formação por Colaborador (média) Duração média da formação (horas) Taxa de pessoal afecto à formação 0.12% 0.12% Taxa de formação 1.1% 1.2% Formação em sala Colaboradores com formação 48.5% 63.5% Acções internas 46.9% 61.3% Horas de formação por Colaborador (média) Duração média da formação (horas) Média de participantes por acção Taxa de formação 1.0% 1.1% Investimento em formação por participante ( ) Acções de e-learning Participação de Colaboradores 3.5% 73.3% Horas de formação por Colaborador (média) Investimento em formação por participante ( ) Apoio ao desenvolvimento pessoal Licenciaturas Pós-graduações Quadro 9 Ao longo de 2005, perto de 75% dos Colaboradores afectos à actividade em Portugal participaram em acções de formação internas e externas. A taxa de formação (investimento em formação em percentagem da massa salarial) aumentou de 1.1%, em 2004, para 1.5%, em Formação em sala No contexto de formação em sala registaram-se participações (acréscimo de 70% relativamente a 2004) e horas de formação (mais 26% do que no ano anterior). Realizaram-se 28 programas de acolhimento e integração de novos Colaboradores, predominantemente contratados para a rede comercial, e deu-se continuidade ao projecto formativo de desenvolvimento e consolidação de competências. Acções de e-learning Em 2005, recorreu-se ao modelo de e-learning, adoptado pela primeira vez em 2004, por vezes em associação com a formação presencial (formato blended), para levar a cabo um conjunto importante de acções de formação. Esta nova metodologia permite estabelecer programas de formação mais abrangentes, cómodos e eficientes, na medida em que não exige que os formandos se afastem dos seus postos de trabalho. Torna-se possível um acompanhamento e uma gestão mais eficazes, num curto espaço de tempo. As acções de e-learning envolveram cerca de Colaboradores (73.3% do efectivo do Grupo) e ocuparam cada Colaborador durante 9.5 horas, em média. Actividade em Angola Ao longo de 2005, cerca de 20% dos Colaboradores (145 pessoas) participaram em acções de formação interna e externa, com a duração total de horas. A incidência destas acções foram as áreas comportamentais e técnica. Já em 2006, deu-se início a um importante programa estratégico de formação comportamental e técnica, que envolverá sistematicamente a generalidade dos Colaboradores do BFA. O objectivo deste programa é criar uma base sólida para a estratégia de crescimento sustentado do BFA. Relatório Recursos humanos 31

34 Tecnologia SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM PORTUGAL Os sistemas de informação do BPI, nas diversas vertentes que compõem a sua arquitectura plataformas técnicas, aplicações operacionais, middleware E de distribuição, camadas de apresentação e ambientes de apoio à decisão, monitorização e controlo continuaram, ao longo de 2005, a beneficiar de diversas acções de consolidação e de renovação, o que se reflectiu positivamente nos índices de disponibilidade e desempenho. Eficiência, disponibilidade e desempenho dos sistemas na actividade em Portugal Principais indicadores Capacidade de processamento nos sistemas centrais (em milhões de instruções por segundo MIPS) Capacidade de produção por milhão de transacções (em MIPS) Capacidade de armazenamento nos sistemas centrais e de middle range (em terabytes) Computadores pessoais por Colaborador Colaboradores com acesso à intranet e a 100% 100% Páginas da intranet diariamente visitadas (x 1 000) Colaboradores com acesso à Internet 23% 23% Disponibilidade dos sites transaccionais 99.8% 99.8% Páginas da Internet diariamente visitadas (todos os sites do BPI) (x 1 000) Abertura dos sistemas nos balcões, antes das 8 h 30 m % 99.6% Ligação dos cartões às contas em real time E, G, das 7 h às 4 h 100% 100% Transacções nos balcões em menos de três segundos % 99.6% Transacções diárias na plataforma multicanal (x 1 000) Respostas a solicitações através do help desk E tecnológico em menos de duas horas 86% 87% 1) Aumento, no início do segundo semestre, de 610 para 829 MIPS no sistema de produção. 2) Incluindo os PC sem utilizador específico e os PC dedicados a tarefas de apoio, gestão, monitorização, e a testes e formação. 3) Valor relativo a dias úteis. 4) Acréscimo significativo dos níveis de controlo, validação e funcionalidade na nova plataforma de balcões. Quadro 10 Visão aplicativa principais componentes Canais de distribuição Apoio ao negócio Operacional Informação de gestão e risco Internet BPI Net BPI Net Bolsa BPI Net Empresas BPI Net Mobile BPI Net SMS BPI Online Sites de cartões Extranet Intranet Telefone BPI Directo Físicos Balcões Star.Net GAS Gestão de Acessos e Segurança MCF Plataforma multicanal GPC Gestores de Processos de Crédito BPI GO Gestor de Oportunidades PAC Plano de Acção Comercial CAD Critérios Automáticos de Decisão de pagamentos STQ Tratamento de Processos (Workflow) Contas Fundos Títulos Contabilidade APC Aplicação de Pessoas e Contas Correspondência Gerais Produtos Créditos Cartões Estrangeiro TP / Gestor de transacções Repositório de fluxos Garantias e Colaterais Pagamentos Seguros... Segurança e Auditoria MIS Sistema de Informação de Gestão Data Marts Marketing Planeamento Risco Gestão de Riscos Operacional Financeiro Crédito Reporte Regulamentar Fiscal Legal Estatístico Data warehouse Figura 8 32 Banco BPI Relatório e Contas 2005

35 ACTIVIDADE EM 2005 Evolução tecnológica Em 2005, fechou-se um extenso ciclo de evolução tecnológica e estrutural dos sistemas de informação do BPI. Um conjunto de projectos e actividades marcaram o fim deste ciclo. Entre todos, destacam-se os que a seguir se indicam. Total operacionalização do outsourcing E de sistemas centrais e telecomunicações: foram estabilizados os processos de instrumentalização operacional, e foram consolidados os modelos de acompanhamento, controlo e gestão destes acordos. Actualização do sistema central (mainframe), de modo a dar resposta ao incremento de transacções tratadas e à implementação de novas funcionalidades. Paralelamente, foram optimizados os processos e as aplicações. Consolidação dos centros de processamento de dados (CPD) do Porto migração para novas instalações, no âmbito do acordo estabelecido com a IBM, das plataformas centrais que suportam ambientes de produção e de contingência de produção, e de algumas das plataformas previstas no plano de contingência. Renovação da infra-estrutura de telecomunicações, de voz e dados, e aumento da capacidade da mesma. Implementação do GAS Sistema de Gestão de Acessos e Segurança, em simultâneo com a Star.net. Este sistema, que permite uma gestão integrada dos acessos e das autorizações, assenta numa estrutura de apreciável parametrização e elevado grau de abstracção, capaz de sustentar a progressiva generalização a outras aplicações, existentes ou a desenvolver no futuro. Entrada em funcionamento integral da Aplicação de Pessoas e Contas (APC), cujo objectivo é assegurar o tratamento e armazenamento universal relativo às entidades e respectivo relacionamento com o BPI. Este sistema armazena e trata a informação recolhida e mantida sobre pessoas e empresas. Adaptação das aplicações de processamento de cartões, com vista à adopção do novo modelo global de cartões da SIBS. O BPI poderá assim assegurar o processamento e as funcionalidades que os novos modelos de cartão com chip permitirão. Entrada em produção do novo sistema de valorização, gestão e contabilização dos fundos de investimento do Banco BPI, após um longo e abrangente processo de evolução tecnológica e funcional. Upgrade E da infra-estrutura e do parque micro-informático da rede comercial. Entrada em funcionamento da nova plataforma transaccional de balcão (Star.net). Esta aplicação tecnologicamente inovadora constitui um salto qualitativo do ponto de vista funcional, pois agiliza a operativa propriamente dita, para além de aumentar o controlo operacional, optimizar os circuitos, e os dispositivos de segurança. Relatório Tecnologia 33

36 MODERNIZAÇÃO DAS APLICAÇÕES DA BANCA DE PARTICULARES, EMPRESÁRIOS E NEGÓCIOS Aplicação de Pessoas e Contas Em Fevereiro de 2005, entrou em produção a Aplicação de Pessoas e Contas (APC), que, por centralizar a informação sobre Clientes, permite melhorar a gestão integrada do relacionamento do Cliente com o Banco e flexibilizar e optimizar as operações. Esta importante evolução na gestão do relacionamento com os Clientes e no tratamento da respectiva informação, é a resposta do Banco às exigências de evolução impostas pelo negócio e de carácter regulamentar. STAR.NET No primeiro semestre de 2005, foi instalada em toda a rede de balcões, centros de empresa e lojas habitação uma nova aplicação de apoio operacional à actividade comercial a Star.net. Em simultâneo, foi integralmente renovado o parque informático PC e servidores. A instalação da nova aplicação na rede comercial foi precedida de acções de e-learning em que participaram cerca de Colaboradores. De entre estes, 730 participaram também em sessões de formação presencial. O alargamento desta aplicação a toda a rede comercial trouxe importantes benefícios à gestão dos riscos operacional e de crédito. De facto, a aplicação utiliza um método de gestão de acessos e incorpora um processo de autorizações que, conjuntamente, permitem configurar as transacções de acordo com o risco de cada uma, e adoptar os procedimentos de controlo que, em cada momento, se considerem mais adequados. Contribuiu ainda, de forma decisiva, para a simplificação dos processos e das transacções. Optimização de processos Durante o ano de 2005, a estruturação dos processos internos do Banco foi uma das grandes prioridades. O desenvolvimento interno de uma aplicação STQ Sistema de Tratamento de Questões destinada à gestão dos circuitos business process management permitiu, graças a uma elevada flexibilidade, modular processos de negócio end to end. Garantiu-se assim uma visão integrada dos processos e dos Clientes / Colaboradores e o conhecimento e análise da qualidade do serviço prestado. Os benefícios desta estruturação de processos foram assinaláveis: eficiência, contenção de custos, qualidade do serviço, melhor gestão dos riscos operacionais e desenvolvimento dos recursos humanos. A mesma acção resultou ainda na caracterização, sistematização e organização dos processos de um número alargado de áreas do Banco (Cartões, Automóvel, Financiamento Imobiliário, Operações, Títulos, Middle Office Empresas e Recursos Humanos). Foram efectuadas 100 mil operações neste sistema, em Foram abrangidos por esta acção 15 direcções, 50 equipas e 500 Colaboradores. Consolidação e aperfeiçoamento As necessidades do negócio e os imperativos regulamentares conduziram, em 2005, a várias acções de consolidação e melhoria da prestação dos sistemas de informação do BPI. O aumento da eficiência dos serviços e processos fez também parte dos objectivos e prioridades. Indicam-se, de seguida, alguns projectos mais importantes. BPI Net Bolsa alargaram-se as funcionalidades disponíveis para os Clientes aderentes ao BPI Net que transaccionem em bolsas nacionais e internacionais. O aumento das opções disponíveis fez-se de forma integrada com os demais serviços de homebanking, o que tornou este serviço numa referência de variedade e integração funcionais, de desempenho e fiabilidade. O BPI Net Bolsa implicou fundamentalmente um processo de integração de sistemas de suporte aos vários canais, do Banco BPI, BPI Net e BPI Directo por um lado e BPI Online, que presta o serviço de Bolsa para Clientes do Banco de Investimento por outro lado. A adequação das plataformas de produção e contingência, e das aplicações operacionais envolvidas, assegurou assinaláveis sinergias, envolvendo também a 34 Banco BPI Relatório e Contas 2005

37 ligação a sistemas já comuns a todo o Grupo: o routing de ordens, os sistemas de custódia de títulos e de gestão dos serviços de bolsa em back-office E, G. Banco da Reforma lançamento, na plataforma dos balcões e no site de homebanking, dos simuladores de apoio ao projecto Banco da Reforma. Passaram a estar também disponíveis, algumas funcionalidades destinadas a melhorar a operacionalidade e a visão integrada das aplicações financeiras subjacentes. Outsourcing das telecomunicações O Banco BPI e a Portugal Telecom celebraram um acordo de outsourcing que abrange a gestão, exploração e operacionalização das infra-estruturas e da rede alargada de telecomunicações do Grupo. Neste acordo de cinco anos, incluem-se as infra-estruturas de telecomunicações dos balcões, dos edifícios centrais e das instalações do Banco BPI no estrangeiro. Crédito e seguros apoio ao lançamento de novos produtos e opções comerciais, e optimização dos processos de recuperação do incumprimento. Titularização operacionalização das duas operações lançadas pelo BPI. IAS adaptação das aplicações às novas exigências de contabilização. Directiva da Poupança apoio à reformulação da oferta. Além da renovação tecnológica, o acordo prevê a gestão integral pela Portugal Telecom, das infra-estruturas de telecomunicações (voz e dados) do Banco BPI, sendo de destacar: a definição da qualidade do serviço quanto à disponibilidade, ao desempenho e à execução de pedidos; mecanismo de aferição das condições contratadas (benchmarking); Back-office aumentou-se a eficiência e racionalização dos processos de automatização do aprovisionamento, dos fornecimentos e dos serviços de terceiros, bem como dos recursos humanos. a salvaguarda dos interesses do Banco, prevista nas cláusulas de rescisão. Basileia II as acções desencadeadas permitirão ao BPI aperfeiçoar e monitorizar, de forma mais eficaz, os processos de decisão de crédito e de acompanhamento do ciclo de vida das operações. Relatório Tecnologia 35

38 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DO BANCO DE FOMENTO ANGOLA Evolução dos sistemas de informação Concluiu-se em 2005 a implementação da solução de alta disponibilidade e de disaster recovery E para o sistema central do Banco de Fomento Angola (BFA). Foi ainda realizada a actualização tecnológica para as últimas versões de hardware E, do sistema operativo e dos programas licenciados. A capacidade de processamento foi significativamente aumentada, o que permitiu ao BFA dar resposta ao grande aumento das transacções verificado. A rede que suporta os sistemas de informação do BFA beneficiou da instalação de uma solução de monitorização para todos os recursos, a cuja parametrização e exploração se deu, igualmente, início. Eficiência, disponibilidade e desempenho dos sistemas do BFA Principais indicadores Capacidade de processamento nos sistemas centrais (CPW 1 ) Capacidade de armazenamento (em terabytes) Computadores pessoais por Colaborador Colaboradores com acesso a 2 70% 42% Colaboradores com acesso à intranet 90% 95% Processos disponíveis através da intranet 5% 5% Colaboradores com acesso à Internet 2% 5% Páginas diariamente visualizadas na Internet (x 1 000) Disponibilidade dos sites transaccionais 99.8% 98.5% Transacções diárias na plataforma multicanal (x 1 000) Cartões de débito activos (x 1 000) Balcões abertos antes das 8 h 99% 99.3% Transacções nos balcões de Luanda em menos de dois segundos 98% 98% Transacções nos balcões das províncias em menos de oito segundos 98% 98% Resolução de problemas através do help desk tecnológico em menos de duas horas 90% 90% 1) Commercial processing workload (capacidade de processamento Quadro 11 de transacções comerciais); benchmark da IBM para sistemas IBM AS / ) A racionalização do recurso a sistemas de comunicação resultou na diminuição do número de Colaboradores com acesso a . Telecomunicações As comunicações entre o BFA e a rede de balcões foram em 2005 significativamente melhoradas, graças à adopção de soluções frame relay para instalações na cidade de Luanda. Alguns balcões das províncias beneficiaram também da instalação da estação terrestre da operadora de satélite de Angola. Adicionalmente teve início a instalação de dispositivos de back-up E de telecomunicações, tanto nos balcões de Luanda como em alguns balcões das províncias, o que envolveu o recurso a operadores alternativos. Evolução das soluções aplicativas e de apoio a produtos As parametrizações da aplicação central, os desenvolvimentos de novas funcionalidades e os procedimentos adoptados permitiram: a disponibilização de cartões de débito multicaixa não personalizados, o que garante a entrega imediata e a activação em poucas horas, após solicitação dos Clientes; uma redução significativa dos créditos vencidos com a conversão de kuanzas em dólares nas contas. Foi lançado o cartão Visa Gold do BFA. Trata-se do primeiro cartão de crédito do mercado angolano. Optimizaram-se as soluções de apoio às operações de estrangeiro: os módulos de ordens de pagamento emitidas e recebidas, bem como os de remessas de cheques. O módulo de créditos documentários de exportação entrou em fase de desenvolvimento. Foram consolidadas as funcionalidades de publicação de conteúdos na intranet do BFA, que assume uma grande importância na divulgação interna de informação comercial e de procedimentos. 36 Banco BPI Relatório e Contas 2005

39 Resposta a imperativos regulamentares Ao longo de 2005, o BFA participou em vários projectos interbancários, e adaptou os seus sistemas em resposta aos imperativos regulamentares do Banco Nacional de Angola e do Banco de Portugal. Projecto SPTR um sistema seguro de comunicação com o Banco Central de Angola, BNA, para tratamento de operações de grande valor, cujo suporte de comunicações é o sistema Swift. Projecto SIOBE (Sistema de Informação de Operações Bancárias com o Exterior) um sistema de comunicação das operações de estrangeiro ao Banco Nacional de Angola, que se encontra na fase final de desenvolvimento e testes. Projecto EBI (Estatística Bancárias Internacionais em base consolidada) um sistema de transmissão de informação ao Banco de Portugal, que se encontra na fase final de desenvolvimento e testes. Relatório Tecnologia 37

40 Principais acontecimentos em 2005 Janeiro, 1 Janeiro, 5 Janeiro, 27 Fevereiro, 9 Fevereiro Março, 11 Abril, 6 Abril, 6 Abril, 20 Abril, 21 Abril, 21 Abril, 26 Maio, 9 Maio, 19 Junho, Junho, 21 Julho, 21 Adopção das normas internacionais de contabilidade IAS / IFRS a partir de 1 de Janeiro de 2005 para as contas consolidadas do Banco BPI. Alienação de participação na Auto-Estradas do Oeste pelo preço de 19.1 M.. Divulgação dos resultados consolidados do exercício de Lucro líquido ascende a M. eoroe a 15.2%. Comunicação on-line de Relações com Investidores do BPI considerada a melhor da Península Ibérica pelo júri dos IR Global Rankings, repetindo a distinção do ano anterior. BPI sobressai em rating E de Corporate Governance da Institutional Shareholders Services (ISS) líder mundial neste tipo de serviços ao obter uma classificação de 87.6 relativamente ao índice MSCI EAFE e de 89.8 no segmento de bancos. Estas classificações significam que a prática de corporate governance do BPI foi considerada pela ISS como sendo melhor do que a prática de 87.6% das empresas constituintes MSCI EAFE e melhor do que a de 89.8% dos 140 bancos presentes naquele índice. Alienação da participação de 41.4% no capital da SIC por M.. Banco BPI lança operação de titularização de créditos G de PME's no valor de 500 M.. Esta operação constituiu a primeira titularização de créditos a PME com cessão efectiva da carteira lançada no mercado por uma instituição portuguesa. A procura pelas obrigações da Classe A tranche que representou 89% do valor da operação excedeu em 3 vezes a oferta, tendo-se obtido nesta classe o spread E, G mais baixo de sempre numa titularização Portuguesa e o mais baixo de sempre de uma titularização de créditos a PME na Europa. Accionistas do Banco de Fomento Angola, reunidos em Assembleia Geral, elegem novos Órgãos Sociais para o triénio 2005 / Conselho de Administração eleito designa Comissão Executiva composta por um presidente e dois vogais. Accionistas do Banco BPI aprovam, na Assembleia Geral Anual, todas as propostas em discussão, incluindo o relatório e contas e a distribuição de um dividendo de 10 cêntimos de euro relativo ao exercício de 2004, com mais de 99% de votos a favor. Divulgação dos resultados consolidados relativos ao primeiro trimestre de 2005: lucro líquido atinge os 69.6 M., o que traduz um crescimento de 35.3% face ao mesmo período no ano anterior. BFA apoia Ministério da Saúde de Angola no combate e prevenção da doença de Marburg, através da oferta de 2 viaturas de intervenção, acção que se inscreve na decisão da nova Comissão Executiva do BFA de canalizar 5% dos lucros anuais do Banco para o apoio a projectos de responsabilidade social nos domínios da saúde, educação e solidariedade social. Banco BPI, na sequência de uma aquisição potestativa de acções, passa a deter a 100% a Inter-Risco. Banco BPI paga dividendo de 10 cêntimos por acção, a que corresponde um payout G de 39.4% e um dividend yield de 3.4%. Realiza-se a 4.ª Conferência Anual do BPI para Analistas e Investidores promovida pela Comissão Executiva do BPI. Estiveram presentes 21 analistas financeiros e 15 investidores institucionais, tendo o evento sido transmitido, em directo, pelo web site de Relações com Investidores. Banco Português de Investimento realiza, em Madrid, a segunda conferência ibérica de small and mid caps E com a presença de 50 investidores institucionais e 20 empresas ibéricas. Artur Santos Silva, fundador do BPI em 1981, e actual Presidente do Conselho de Administração do Banco, é distinguido, na edição de 2005 dos Investor Relations Awards com o prémio Lifetime Achievement em Mercados Financeiros, pelo inestimável contributo que ao longo da sua vida tem dado, ao desenvolvimento da banca e do mercado de capitais em Portugal. Divulgação dos resultados consolidados relativos ao primeiro semestre de 2005: lucro líquido atinge os M., o que representa um crescimento de 22% em termos homólogos. 38 Banco BPI Relatório e Contas 2005

41 Julho, 27 Setembro Setembro, 23 Outubro, 11 Banco BPI aliena participação de 1.65% na Portugal Telecom pelo preço de M.. Banco BPI lança o BPI Netbolsa um serviço prestado através da Internet, dirigido a Clientes que procuram investir na bolsa através de uma plataforma eficaz mas de baixo custo. Fitch Ratings reitera notação de rating de longo prazo A+ para o Banco BPI. BPI é distinguido pela Associação Industrial Portuguesa pela valiosa contribuição para a tomada de consciência da responsabilidade social das empresas portuguesas e pela acção exemplar que nesse domínio vem desenvolvendo. Outubro, 12 Conselho de Administração do Banco Fomento Angola é alargado de 7 para 9 membros, tendo os novos membros dois quadros Directivos Angolanos, a prestar serviço no BFA há 12 e 8 anos integrado a Comissão Executiva, que desse modo, passou de 3 para 5 membros. Outubro, 13 BPI propõe um novo modelo social do sector bancário aplicável aos Colaboradores que sejam contratados a partir do dia 1 de Janeiro de Propostas são enviadas pelo Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI, à Comissão de Trabalhadores do Banco, às Direcções dos Sindicatos dos Bancários, ao Governo e a outros bancos portugueses com assento na Associação Portuguesa de Bancos. Outubro, 20 Divulgação dos resultados consolidados relativos aos primeiros nove meses de 2005: lucro líquido atinge os 69.6 M., o que traduz um crescimento de 35.3% face ao mesmo período no ano anterior. Novembro, 24 Moody's reitera notação de rating de longo prazo A2 e Outlook E positivo para o Banco BPI. Novembro, 24 Banco BPI lança a sua primeira operação de titularização de crédito à habitação no montante de M., tendo a procura, por parte de Investidores nacionais e internacionais, superado largamente a oferta em todas as classes. Novembro, 29 Banco BPI realiza contribuição extraordinária, em dinheiro, para o Fundo de Pensões, no valor de 262 M. Dezembro, 06 Banco BPI é considerado a melhor empresa financeira cotada na edição de 2005 dos Stock Awards ficando na 5.ª posição em termos gerais. Os Stock Awards são um evento organizado pelo Jornal de Negócios que tem por objectivo distinguir as empresas cotadas que apresentaram a melhor performance operacional e os melhores indicadores de rendibilidade e de criação de valor para o Accionista, numa óptica de 1 e 3 anos. Os resultados foram auditados pela Deloitte. Dezembro, 26 Banco BPI altera pressupostos actuariais de base do cálculo das responsabilidades por pagamento de benefícios pós-emprego. Em consequência do aumento das responsabilidades que resultam do novo quadro de pressupostos, o Banco realiza no dia seguinte uma contribuição, em dinheiro, para o Fundo de Pensões no valor de M.. Dezembro, 31 O Grupo BPI regista um lucro líquido consolidado do exercício de 251 M., o que traduz um crescimento anual de 30.2% relativamente ao lucro reportado em 2004 e um crescimento de 57.5% em base comparável em IAS. A rendibilidade dos capitais próprios foi de 23.5%. Relatório Principais acontecimentos em

42 Enquadramento da actividade ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE EM PORTUGAL Enquadramento macroeconómico Do ponto de vista conjuntural, o ano de 2005, caracterizou-se por uma situação que pareceu não diferir muito da dos anos que o antecederam, em especial no que respeita ao dinamismo da economia americana e às dificuldades de arranque das principais economias da zona do Euro. O que fundamentalmente marcou 2005 foram alterações estruturais cuja importância passou a ser determinante para a evolução da economia mundial. A primeira foi o aumento do peso das grandes economias emergentes da Ásia, que as tornou num factor decisivo para a realocação da produção e do comércio mundial. Todas as decisões micro ou macroeconómicas passaram a ter de contar com este facto, sob pena de se verem condenadas ao fracasso. Na verdade, já não se trata apenas da deslocação de indústrias com necessidades intensivas de mão-de-obra, mas também do desenvolvimento rápido de colossos industriais, financeiros e de serviços, e, paralelamente, de novos e enormes mercados nos quais será essencial penetrar para que se verifique o crescimento das economias ocidentais. A segunda grande alteração observada em 2005, que está, em parte, ligada à primeira, consistiu no aumento do preço do petróleo bruto. Este facto impediu que se continuasse a rodear a necessidade de mudanças de fundo no sector da energia, a nível mundial. Deixou de haver dúvidas quanto ao facto de o ritmo de crescimento da procura de crude exceder claramente o da descoberta de novas reservas, o que teve a consequência directa da manutenção de altos preços dos derivados do petróleo. Teve também resultados indirectos: a prioridade ao investimento no reforço da eficiência energética (nos transportes, na construção e na indústria) e no desenvolvimento de energias alternativas. dos primeiros; na preocupação com a segurança e com o acesso estável a matérias-primas essenciais dos segundos, mais industrializados. Também aqui estão, por isso, a revelar-se novas e interessantes oportunidades de investimento e de mercado, estas últimas especialmente ligadas aos serviços de saúde e de educação e à correspondente produção de medicamentos e de materiais sanitários e didácticos. A cooperação entre os governos ocidentais e as respectivas empresas para a exploração destas oportunidades será também determinante para o crescimento das exportações dos países desenvolvidos, como resultou claro da importância atribuída à questão, em 2005, especialmente na cimeira do G8, em Gleneagles. As diferentes evoluções conjunturais nos países desenvolvidos estão já a reflectir estes factores, bem como os desenvolvimentos tecnológicos e geoestratégicos que lhes estão subjacentes. O grau de dependência do petróleo, a estrutura das exportações e as quotas de mercado nas economias em rápido crescimento de cada país, bem como a capacidade de adaptação às novas condições da concorrência internacional revelada tornaram-se nos factores essenciais de influência no desempenho económico, a curto, médio e longo prazos. Crescimento do PIB Taxas de variação homóloga % Finalmente, o terceiro factor que alterou as perspectivas tradicionais sobre a economia mundial foi a mudança de atitude relativamente à erradicação da pobreza nas regiões menos desenvolvidas do mundo, em particular na Ásia e em África. Tanto nos países com os mais baixos níveis de vida, em particular nos africanos, como nas economias mais desenvolvidas, começaram a notar-se mudanças importantes: na governação e na estabilização Portugal Espanha Zona do euro Fonte: Eurostat Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

43 A abundância de financiamento, que permitiu a manutenção de taxas de juro de longo prazo muito baixas, sustentou, a curto prazo, um crescimento elevado nalguns países, em especial nos EUA, mas também, por exemplo, no Reino Unido e em Espanha. Tal crescimento assentou, em larga medida, na valorização dos activos imobiliários e no endividamento das famílias que ela permitiu acomodar. Noutros países, como o Japão ou a Alemanha, este fenómeno não ocorreu e, neles, a retoma resultou do dinamismo dos respectivos mercados de exportação e dos ganhos alcançados em competitividade. Estes, no entanto, ainda não se alargaram, em grau suficiente à procura interna alemã. Ainda noutros casos especialmente em Itália a estagnação do rendimento disponível dos consumidores aliou-se aos desequilíbrios orçamentais e à incapacidade de ajustamento às novas condições de concorrência internacional para mergulhar as economias no marasmo. Em matéria de inflação, a descida, a nível internacional, dos preços dos produtos manufacturados e o excesso de oferta na generalidade dos mercados de trabalho garantiram que o expressivo aumento dos preços da energia não se transmitisse à inflação subjacente. Ainda assim, o Banco Central Europeu optou pelo gradual ajustamento em alta das taxas de juro, que se espera, no entanto, não asfixie a retoma da procura interna nas principais economias da zona do Euro. A contribuição desta é indispensável para conter os actuais desequilíbrios internacionais, que supõem o abrandamento do consumo privado norte-americano. A médio e longo prazos, o processo de globalização acentuar-se-á e, desejavelmente, estender-se-á às regiões mais pobres do planeta, conduzindo à respectiva integração no comércio internacional. Competirá aos países desenvolvidos continuar a tirar partido desta evolução, diversificando os investimentos e apostando no progresso tecnológico, nomeadamente no domínio das fontes de energia. Esta é uma área cujo desenvolvimento foi sustido demasiado tempo pelo baixo preço do petróleo. Em Portugal, um período excepcional de estabilidade política começa a dar frutos, tanto em matéria da adopção de medidas estruturais, como da restauração da confiança dos investidores. As primeiras permitem contrabalançar os efeitos restritivos do exigente programa de consolidação orçamental e, associadas ao resultado positivo das negociações do novo Quadro Comunitário de Apoio, estão a fazer surgir um conjunto significativo de investimentos, em sectores estratégicos para a recuperação da competitividade e do emprego. Graças a isso e às expectativas favoráveis a nível europeu, a economia portuguesa está a entrar, após o choque negativo das medidas de reequilíbrio orçamental e do aumento dos preços da energia, numa nova fase de expansão, assente no investimento. Indicador de sentimento económico % Portugal Espanha Zona do euro Fonte: Eurostat Gráfico 11 As oportunidades concentram-se nas áreas relativas à internacionalização da economia, que exige a melhoria continuada das infra-estruturas, em especial nos sectores da energia e dos transportes e comunicações, bem como o investimento sistemático em tecnologia e inovação. A par disso, as grandes apostas são o turismo de qualidade e a crescente contratualização de serviços públicos, que é a consequência inevitável das reformas na administração pública. Especialmente interessante em matéria de internacionalização de empresas portuguesas é o caso de Angola: neste país, os vários novos factores de atracção das economias africanas aliam-se à Relatório Enquadramento da actividade 41

44 conjuntura favorável aos países produtores de petróleo. O aumento do investimento e das exportações assentes nestas bases está a tornar-se no motor da economia portuguesa. Só assim o consumo privado poderá voltar a aumentar de forma sustentada, sem pôr em risco a situação financeira das famílias que, num cenário de crescimento europeu, se tornaria vulnerável à inevitável subida das taxas de juro. Neste contexto, é de esperar que os bancos portugueses, que têm sabido adaptar-se à evolução conjuntural da economia, continuem a fazê-lo, privilegiando, no que respeita às empresas, o financiamento de investimentos nas novas áreas de expansão. O crédito a sociedades não financeiras registou, ao longo de 2005, um crescimento significativo (5.3%), depois da quase estagnação observada no início do ano. Quanto aos particulares, a aposta futura terá de concentrar-se cada vez mais nos produtos ligados à diversificação do risco financeiro e ao financiamento de pensões, de cuidados de saúde e da educação. Não deverá descurar-se, contudo, o sector da habitação, não apenas na aquisição de novos fogos, mas sobretudo na conservação e requalificação (energética, por exemplo). O crédito a particulares manteve, ao longo de todo o ano de 2005, um crescimento próximo dos 10%, tendo o crédito à habitação registado um crescimento de 11.1%, em Dezembro. O rácio de créditos em incumprimento baixou, em 2005, de 2.3% para 2%, no caso dos particulares, e de 2% para 1.8%, no caso das sociedades não financeiras. Previsões detalhadas para Portugal e para a zona do Euro Taxas de crescimento em % Portugal Zona do Euro BP 1 CE 2 CE 2 Portugal Zona do Euro BP 1 CE 2 CE 2 Consumo privado Consumo público (0.2) 2.0 Investimento fixo (3.1) (2.4) 1.7 (1.1) Exportações de bens e serviços Importações de bens e serviços PIB Inflação Balança corrente 4 (8.2) (9.5) 0.0 (8.5) (9.7) (0.1) 1) Projecções do Banco de Portugal, Boletim Económico, Inverno Quadro 12 2) Comissão Europeia, Previsões do Outono, Novembro ) Índice Harmonizado de Preços no Consumidor. 4) Previsão do Banco de Portugal, em percentagem do PIB. Inclui a balança de capital, cuja componente mais significativa são as transferências comunitárias, antes integradas na balança de transacções correntes. 5) Comércio de mercadorias, dentre e fora da UE. 42 Banco BPI Relatório e Contas 2005

45 Mercado cambial No início de 2005, a moeda europeia apresentou-se forte, superando a fasquia de 1.35 face ao Dólar americano. Todavia, ao longo do primeiro semestre, e contrariamente às expectativas de relativa estabilidade, foi-se depreciando, devido ao agravamento do diferencial das taxas de juro de curto prazo desfavorável e à persistente entrada de capitais nos EUA. Esta decorreu de intervenções cambiais de bancos asiáticos, de fluxos inerentes à acumulação de petrodólares e esteve associada ao repatriamento de lucros protagonizado por multinacionais norte-americanas, no âmbito do benefício fiscal, em vigor até Março de A tentativa de recuperação, registada no terceiro trimestre do ano, revelou-se temporária: o Euro voltou a deslizar relativamente ao Dólar, nos últimos meses do ano, e atingiu o seu mínimo em Novembro. A economia nipónica surpreendeu positivamente em 2005, apresentando uma sólida recuperação económica, o que explicou a depreciação do Euro relativamente ao Iene nos primeiros meses do ano. No segundo semestre, porém, o aumento das taxas de juro de curto prazo americanas, que impeliu a queda do Iene face ao Dólar, arrastou a cotação do JPY / EUR na mesma direcção. Cotações do Euro em 2005 USD JPY Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. USD / EUR JPY / EUR Fonte: BCE, Reuters. Gráfico 12 Em 2006, alguns dos principais factores favoráveis ao Dólar esbater-se-ão. O diferencial de taxas de juro de curto prazo reduzir-se-á e as entradas de capitais tenderão a decrescer. Por outro lado, argumentos estruturais, como o elevado défice externo e a possibilidade de abrandamento da economia americana, no segundo semestre, ganharão preponderância, favorecendo a recuperação da moeda europeia relativamente ao Dólar. Contudo, o potencial de valorização não deverá exceder o limiar de 1.30, porque a retoma europeia é ainda débil e muito sensível à evolução cambial. Relatório Enquadramento da actividade 43

46 Mercado monetário Os mercados monetários evoluíram, em 2005, de forma consentânea com as expectativas iniciais. O crescimento da economia norte-americana e os receios inflacionistas justificaram, efectivamente, que a Reserva Federal continuasse o esforço de normalização da taxa directora, trazendo-a de 2.25% para 4.25%, através de progressivas subidas de 25 pontos-base. As taxas do mercado foram, concomitantemente, antecipando e incorporando as decisões da autoridade monetária: a Libor do USD nos seis meses subiu de 2.78%, em Janeiro, para 4.70%, em Dezembro. Na Europa, nos primeiros meses do ano, a debilidade da economia europeia, em conjunto com a ausência de efeitos secundários do aumento do preço do petróleo na inflação justificaram a imobilidade do Banco Central Europeu (BCE). Tal como previsto, todavia, o excesso de liquidez na economia, a aceleração da expansão do crédito e a subida dos preços em alguns mercados imobiliários impeliram o BCE a inaugurar o ciclo de subida das taxas de juro em Dezembro, altura em que a conjuntura económica europeia configurava indícios inequívocos de melhoria. A taxa de refinanciamento subiu de 2% para 2.25%, após mais de dois anos de estabilidade. Entretanto, as taxas do mercado monetário vinham descontando esta possibilidade desde Outubro. A Euribor G a seis meses, que em Janeiro se situava nos 2.20%, atingiu, em Dezembro, os 2.64%. Taxas de juro a seis meses em % 1 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Euribor Libor USD Fontes: BPI, Reuters. Dez. Gráfico 13 O ciclo de subida das taxas de juro nos EUA aproxima-se, em 2006, do fim. A taxa dos fed funds E não deverá superar os 5%. Na Europa, o BCE prosseguirá a orientação política encetada no final de 2005, agindo gradualmente. A inexistência de tensões inflacionistas e a significativa dependência da componente externa que a retoma europeia demonstra, numa altura em se prevê a recuperação da moeda europeia, tendem a impedir subidas muito significativas das taxas de juro de curto prazo, no espaço europeu. Na verdade, presentemente, o principal propósito do BCE é a reposição da margem de manobra da política monetária na área do Euro e não a adopção de uma política assumidamente restritiva. 44 Banco BPI Relatório e Contas 2005

47 Mercado de obrigações A tendência de declínio das taxas de juro de longo prazo foi, em 2005, interrompida definitivamente. Não obstante, a consolidação de políticas monetárias menos acomodatícias não se materializou numa forte correcção das yields E, tendo as curvas de rendimentos tendido para a quase horizontalidade, como se verificou nos EUA, no início de Efectivamente, a característica essencial das taxas de juro de longo prazo nos EUA e na Europa foi, em 2005, a relativa estabilidade, tendo as de dez anos oscilado, ao longo do ano, entre os 3.85% e os 4.65%, e entre os 3.05% e os 3.75%, respectivamente. Muito embora a subida das taxas de juro de curto prazo e a reafirmação da solidez da recuperação económica global favoreçam taxas de juro de longo prazo superiores, persistem, em 2006, factores estruturais que justificam a permanência das mesmas na proximidade dos níveis actuais, sobretudo no que respeita às de maior maturidade. Entre estes factores, destaca-se a proliferação dos fundos de pensões, que geram procura sustentada por estes instrumentos de dívida, no esforço de adequação das maturidades entre responsabilidades e aplicações, mormente considerando a aproximação da entrada da geração dos baby boomers E na idade da reforma. Apesar de as yields nos dez anos, americanas e europeias, se terem pautado pela estabilidade, verificou-se uma ampliação do diferencial das taxas neste prazo, entre os EUA e a Europa, de 50 pontos-base, em Janeiro, para 100 pontos-base, em Dezembro. A política mais agressiva do FED terá sido a principal responsável. A interrupção do movimento ascendente das taxas de curto prazo nos EUA, em contraponto com ligeiros aumentos na Europa, deverá suscitar, em 2006, uma redução do referido spread. O excesso de liquidez, a melhoria da qualidade creditícia das empresas, a redução da aversão ao risco e as limitadas rendibilidades das alternativas de investimento assentes numa lógica de risco-rendibilidade favoreceram a persistência em mínimos históricos dos prémios de risco nos mercados internacionais de dívida diversa. Nos últimos meses de 2005, antecipando a tendência de 2006, os spreads registaram ligeiras subidas, sobretudo para os créditos de pior qualidade, decorrentes das expectativas de redução das margens operacionais das empresas, em resposta ao agravamento dos custos energéticos e financeiros. Contudo, na medida em que a economia global permanecerá robusta, na medida em que o movimento de subida das taxas de juro se aproxima do fim e as margens se encontram em máximos históricos, não se perspectiva nenhuma deterioração assinalável da capacidade de pagamento das empresas, nem de correcção do respectivo prémio de risco. Taxas de juro a dez anos em 2005 % Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Portugal (EUR) Alemanha (EUR) EUA (USD) Fontes: BPI, Reuters. Prémios de risco de crédito a empresas Emissões em euros ( ) pontos base AAA AA A BBB Fontes: Morgan Stanley, Bloomberg. Dez. Gráfico 14 Gráfico 15 Relatório Enquadramento da actividade 45

48 Mercado de acções Os primeiros meses de 2005 ficaram marcados por uma certa instabilidade e por algumas preocupações com os principais mercados mundiais. A subida dos preços do petróleo, as expectativas de um menor crescimento das principais economias e os receios de uma inversão do comportamento das yields pressionaram os mercados no início do ano. Até finais de Abril, os mercados accionistas registaram retornos entre -2% e 2%, na Europa, enquanto nos EUA acumulavam perdas de 5%. O mês de Maio ditou uma inversão deste sentimento negativo, que caracterizou os mercados accionistas no início do ano. A recuperação dos mercados coincidiu com a divulgação dos primeiros resultados por parte das empresas. Tais resultados vieram confirmar que as medidas de reestruturação e contenção de custos, entretanto tomadas, dotaram as empresas de boas condições para enfrentarem eventuais períodos de menor crescimento económico. Além disto, as perspectivas mais positivas para a economia europeia, a queda das yields na zona do Euro ea intensificação da actividade de fusões e aquisições atraíram fundos para os mercados accionistas e suportaram uma subida sustentável nos mercados, até ao final do ano. Os mercados accionistas terminaram o ano de 2005 com comportamentos bastante distintos. Por um lado, os índices americanos terminaram o ano com valorizações entre os 0% e os 3% (Dow Jones e S&P). Por outro lado, os mercados europeus tiveram um ano muito positivo, tendo os principais índices europeus (DAX, CAC 40 e FTSE 100) registado ganhos entre os 17% e os 27%. O ano de 2005 foi muito intenso no que a movimentos de fusão e aquisição diz respeito. As empresas continuaram a privilegiar a implementação de políticas atractivas de remuneração dos respectivos accionistas. Verificou-se, também, uma grande preocupação na procura de oportunidades de crescimento, através da expansão para outras áreas geográficas ou da diversificação dos respectivos negócios (via crescimento orgânico ou aquisições). O mercado de ofertas iniciais de venda (IPO) continuou muito dinâmico nos EUA e na Europa. Contudo, na Península Ibérica, registou-se apenas um IPO: a colocação da Corporación Dermoestética no mercado espanhol, em Julho de Evolução dos índices PSI-20 e IBEX 35 Base PSI-20 IBEX 35 Fonte: Bloomberg Gráfico 16 Na Península Ibérica, os principais índices registaram uma evolução alinhada com a dos congéneres europeus. Os mesmos valorizaram 18% (IBEX 35) e 13% (PSI-20). É justo destacar que o mercado português foi bastante pressionado até ao final de Agosto, na sequência das medidas restritivas anunciadas pelo governo e pelos sinais pouco animadores da evolução da economia. 46 Banco BPI Relatório e Contas 2005

49 ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE EM ANGOLA Economia angolana A economia angolana terá crescido, em 2005, cerca de 15.5%. Destaca-se o contributo da exploração petrolífera para este resultado, na medida em que esta se expandiu em 20%. De facto, entre 2004 e 2005, a produção diária de petróleo aumentou de cerca de 800 mil barris por dia para 1.25 milhões de barris por dia. Angola ascendeu, assim, à posição de segundo maior produtor de petróleo da região, a seguir à Nigéria. Nos próximos anos, prevê-se que a capacidade produtiva continue a aumentar e que estabilize em 2.25 milhões de barris por dia, em Mais: têm surgido notícias de novas descobertas de jazidas economicamente viáveis que colocam Angola entre os países com maiores potencialidades de incremento da produção a médio prazo. Estas perspectivas positivas são extensivas à indústria diamantífera. A maior mina mundial de diamantes situa-se em Angola e os últimos estudos geológicos efectuados revelaram haver um futuro promissor para este país nesta área. Relembre-se que o país é o quarto maior produtor mundial de diamantes. Uma vez que o conjunto destas duas indústrias representa mais de 50% do PIB, são sobretudo as potencialidades de evolução das mesmas que subjazem às projecções de crescimento do PIB acima de 20%, para 2006 e Não obstante, os sectores não-petrolíferos deverão continuar a expandir-se saudavelmente ao ritmo de 10% ao ano. Entre estes, destaca-se a expansão do sector da construção, impelido pelo esforço de reconstrução do país, bem como o da agricultura, cujo objectivo é minorar as insuficiências alimentares, e o do comércio. Projecções económicas para Angola 1 Taxa de inflação em Angola % Gráfico 17 Crescimento real do PIB em Angola % 16 Gráfico 18 Fontes: Banco Nacional de Angola (BNA) e Fundo Monetário Internacional (FMI) E 2006 P Crescimento real do PIB (tvh, %) Sector petrolífero Sector não petrolífero Inflação (tvh, %) Produção petrolífera (milhões de barris) Câmbio médio (AKZ / USD) Fonte: Ministério das Finanças. Quadro 13 1) Estas projecções correspondem ao cenário macroeconómico subjacente ao orçamento de Estado para ) Valor observado. E Estimado; P Previsional As autoridades têm sido bem-sucedidas no controlo da inflação. Desde 2004, puseram em prática um programa de estabilização económica assente numa política cambial restritiva e na adopção de uma política orçamental mais rigorosa e transparente. Em resultado, a inflação tem vindo a desacelerar progressivamente, ficando pela primeira vez, em 2005, aquém da fasquia dos 20%. Em Dezembro de 2005, a inflação atingiu 18% e, em 2006, deverá situar-se nos 10%. Relatório Enquadramento da actividade 47

50 A expansão da produção petrolífera conjugada com a subida do preço do petróleo a nível internacional proporcionou uma posição confortável nas contas públicas. O executivo apresentou, em 2005, um superavit público de 0.5% do PIB. Prevê-se, para 2006, um défice de 6.6% ou de 8.5% do PIB, depois de considerada a regularização de pagamentos atrasados. Este agravamento justifica-se inteiramente pelo considerável esforço de reconstrução que terá lugar em Este deverá ser financiado mediante recurso à emissão de dívida interna e a linhas de crédito obtidas junto de não-residentes, designadamente da China, do Brasil, de Portugal, de Israel, da Alemanha, entre outros. O principal objectivo das autoridades é o de dotar o país de infra-estruturas físicas básicas para a promoção da normalização da actividade económica. Segundo as autoridades, a reconstrução de infra-estruturas destruídas durante a guerra está avaliada em 35 mil milhões de dólares e prolongar-se-á por vários anos. A balança corrente registou, em 2005, um superavit de 18% do PIB, à custa do impressionante desempenho das exportações. Este superavit materializou-se numa importante acumulação de reservas, que aumentaram de milhões de dólares, em 2004, para milhões de dólares, em Embora as importações tenham também crescido, continuaram a expandir-se a um ritmo mais lento que as exportações. A China cimentou a sua posição de principal destino das exportações angolanas, revelando-se, igualmente, um dos principais financiadores dos projectos de investimento público. Sistema financeiro angolano O sistema financeiro angolano continua a viver um período de grande animação, que se manifesta no aumento do número de bancos a operar no país, no alargamento das redes de balcões, na expansão da população bancarizada, na intensificação da banca virtual e da banca automática, fundamentais num país cujo défice de infra-estruturas comunicacionais é conhecido, e na diversificação da oferta de produtos (por exemplo: crescimento do uso de cartões de débito e introdução dos cartões de crédito). Todavia, apesar da crescente profissionalização da actividade bancária, o nível de bancarização é diminuto, já que os depósitos representam cerca de 10% do PIB, enquanto o crédito ascende a apenas 7% do PIB. Os activos totais do sistema rondavam, no final de 2005, cerca de 20% do PIB, embora se tenha assistido a crescimentos impressionantes de depósitos e de crédito, de 50% e 60%, respectivamente. Angola é, ainda, uma das economias mais dolarizadas do mundo, correspondendo os meios de pagamento (M3) expressos em dólares a mais de 50% do total. Efectivamente, o peso dos depósitos e do crédito em moeda estrangeira é significativo, respectivamente 66% e 41% dos valores totais destes agregados. Nos últimos tempos, todavia, dada a estabilidade cambial e a confiança acrescida dos agentes económicos na política monetária, tem aumentado, lentamente, a preferência pela moeda local. Acresce que a recente apreciação do Kuanza relativamente ao Dólar tende também a reduzir naturalmente estes valores. 48 Banco BPI Relatório e Contas 2005

51 A actividade creditícia é, ainda, naturalmente limitada. Sublinha-se a concessão de crédito ao Estado através da detenção de títulos de dívida pública, cuja oferta se tem vindo a alargar e a diversificar. O Estado, além de ter alongado a maturidade dos instrumentos de dívida até sete anos, promoveu também a emissão de dívida em moeda estrangeira destinada a residentes. Os títulos emitidos pelo BNA (Títulos do Banco Central: TBC), subordinados à política monetária, cujo objectivo se resume ao controlo da expansão da massa monetária, constituem outro importante instrumento de aplicação de liquidez. O sucesso das autoridades no combate à inflação, mediante uma política de câmbio forte e a absorção dos fundos excedentários no mercado monetário, reflectiu-se no agressivo deslize das taxas de juro, tendo as taxas de colocação dos TBC (91 dias) caído de 56.7% para 7.51%, entre Janeiro e Dezembro de Também a massa monetária tem vindo a registar um crescimento saudavelmente mais lento. O incremento do valor e do volume das exportações, que se reflecte na acumulação de reservas cambiais, possibilitou a continuação de uma política forte para o Kuanza, em 2005, e deverá assegurar a manutenção da mesma em Em 2005, o Kuanza valorizou-se em 6% relativamente ao Dólar norte-americano, essencialmente entre Outubro e Dezembro, o que é comparável com uma depreciação na ordem dos 8%, no ano anterior. Apesar de as autoridades preverem, no orçamento do Estado, uma depreciação de, aproximadamente, 4.5% em 2006, é possível que a cotação AKZ / USD se mantenha na vizinhança dos 80. Ao acentuar a força da moeda local, as autoridades pretenderão evidenciar as vantagens da detenção de kuanzas, acelerando a normalização da economia. Mais: o controlo da inflação reforça a credibilidade da política monetária, fomentando a aceitação da moeda local pela população. Taxas de juro de colocação de títulos do Banco Nacional de Angola em 2005 % Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. 28 dias 91 dias Fonte: Banco Nacional de Angola (BNA). Fonte: Banco Nacional de Angola (BNA). Dez. Gráfico 19 Evolução do Kuanza em relação ao Dólar (AKZ/USD) em 2005 AKZ Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Gráfico 20 Relatório Enquadramento da actividade 49

52 Banca Comercial BANCA DE PARTICULARES, EMPRESÁRIOS E NEGÓCIOS ACTIVIDADE DOMÉSTICA SÍNTESE DA ACTIVIDADE A Banca de Particulares, Empresários e Negócios era responsável, no final de 2005, por uma carteira de recursos no valor de M. e por uma carteira de crédito e garantias no valor de M.. A taxa de crescimento anual dos recursos foi, em 2005, de 8.5%, e a do crédito foi de 7%. Destaca-se a evolução positiva do segmento das empresas e dos empresários em nome individual, um segmento prioritário para a Banca de Particulares, Empresários e Negócios. As taxas de crescimento dos recursos daquele segmento foi, no ano de 2005, de 10.6% e a do crédito foi de 12%. A Banca de Particulares, Empresários e Negócios registou, no ano de 2005, a abertura de 115 mil novas contas, atingindo um total de 1.3 milhões de Clientes. Durante o ano de 2005, o BPI prosseguiu com a expansão selectiva da rede física de distribuição tendo-se registado a abertura de 26 balcões tradicionais e de um novo centro de investimento. No final do ano, a Banca de Particulares, Empresários e Negócios era constituída por um total de 534 balcões tradicionais, dos quais 13 balcões in-store, e por 16 centros de investimento destinados a Clientes de elevado património. O crescimento da actividade desenvolvida através dos novos canais foi significativo, devendo salientar-se que as taxas de penetração destes serviços nos vários segmentos de Clientes continuaram a aumentar. O mesmo aconteceu com o contributo destas actividades para o aumento das vendas de produtos e serviços e para a eficiência do BPI. Banca de Particulares, Empresários e Negócios Principais indicadores 1) Não inclui títulos. 2) Crédito vencido há mais de 90 dias Valores em M. Recursos totais de Clientes % Recursos com registo no balanço % Recursos com registo fora do balanço % Carteira de crédito e garantias % Rácio de crédito vencido 2 1.2% 1.3% - Abertura de contas (em milhares) (8.6%) Em Novembro, foi lançado o novo kit de abertura de conta para Clientes particulares, empresários em nome individual e profissionais liberais, com o objectivo de simplificar o processo de abertura de conta e assegurar o cumprimento do disposto no Aviso n.º 11 / 2005 do Banco de Portugal. O número de impressos e assinaturas solicitados ao Cliente foi reduzido, estando a informação, que antes ocupava oito impressos, sintetizada agora em três. Estes foram reunidos num caderno destinado à abertura de conta e à adesão a todos os produtos da oferta básica. Banca de Particulares, Empresários e Negócios Crédito e garantias Recursos de Clientes Bi Bi % Quadro Em Setembro de 2005, foi lançado um novo serviço especializado de bolsa o BPI Net Bolsa. Este novo serviço permitiu ao BPI aumentar significativamente a competitividade e os volumes de transacção através da Internet Outro crédito e garantias Crédito hipotecário Recursos captados com registo fora do balanço Recursos captados com registo no balanço Gráfico 21 Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

53 QUALIDADE DE SERVIÇO BANCA DE PARTICULARES, EMPRESÁRIOS E NEGÓCIOS A afirmação da qualidade do serviço como atributo da marca BPI tem constituído, ao longo dos últimos anos, uma prioridade estratégica do Banco. Por esta razão, o BPI tem desenvolvido um trabalho contínuo em torno de um referencial para a qualidade, assente em quatro eixos fundamentais: acompanhar o posicionamento do BPI no sector da banca, promover a melhoria contínua do atendimento, melhorar o desempenho nos processos internos com influência no serviço, e aumentar o envolvimento e a motivação das equipas de venda e dos Colaboradores. Em 2005, o Banco BPI intensificou a utilização do seu Índice de Qualidade do Serviço (IQS) como instrumento de análise e de identificação de linhas de intervenção nos processos organizacionais e de atendimento. Integrou novos métodos de avaliação da qualidade, entre os quais se destacam o do Cliente-Mistério e o da análise qualitativa dos balcões; desenvolveu novos métodos de acompanhamento da qualidade do serviço; passou a disponibilizar informação mais completa sobre a qualidade a toda a organização; e reviu todo o processo de gestão de reclamações e de resposta às mesmas. Conclusões globais do IQS Banco Os resultados do IQS Banco de 2005 apontam para a manutenção de um elevado nível de qualidade apercebida. O IQS Banco global atingiu 803 pontos em Conclusões globais do IQS Balcão do 4.º trimestre de 2005 Depois de dois anos de aumento contínuo da satisfação dos Clientes com a qualidade do serviço nos balcões BPI, e uma vez que tinha já sido atingido um grau de satisfação elevado, o BPI aumentou o nível de exigência relativamente ao serviço. Ou seja, definiu para 2005 o objectivo de reduzir a variação existente entre os resultados dos vários balcões. No quarto trimestre de 2005, o IQS Balcão manteve-se nos 883 pontos (valor igual ao atingido no período homólogo), mostrando que o grau de satisfação dos Clientes do BPI, que se relacionam com os balcões, estabilizou em valores elevados. Qualidade de serviço nos balcões IQS balcão no 4.º trimestre de 2005 Aumento do indicador vs. 4.º trimestre de 2002 IQS Índice de Qualidade do Serviço O IQS é hoje um importante instrumento do Banco BPI para acompanhamento da percepção que os Clientes têm da qualidade do serviço prestado pelo Banco, pela sua rede comercial e pelos outros canais de contacto ao Cliente. O IQS inclui as três componentes que a seguir se indicam. IQS Concorrência Consiste num inquérito bienal destinado a avaliar o posicionamento do Banco face à concorrência, quanto à qualidade. IQS Banco No sentido de avaliar a qualidade do serviço do Banco enquanto organização, o BPI promove um estudo anual, com base num inquérito a cerca de dos seus Clientes Gráfico 23 IQS (satisfação global) Capacidade e eficácia dos Colaboradores Atendimento pessoal Tempo de espera Atendimento telefónico 3.4% 3.4% 1.9% 6.3% 1.6% Gráfico 24 IQS Balcão O acompanhamento da percepção que os Clientes têm da qualidade do serviço prestado através da rede comercial e por cada balcão é assegurado trimestralmente através de inquéritos a Clientes. Relatório Banca Comercial 51

54 Cliente-Mistério Em 2005, para além dos métodos já referidos, o Banco BPI iniciou a utilização regular do estudo com base na experiência do Cliente-mistério. Este estudo, que complementa os instrumentos de que o BPI já dispõe, permite ao Banco aumentar o conhecimento sobre a qualidade do atendimento e das vendas, bem como lhe permite dispor de um referencial comparável com os dos seus principais concorrentes. Análise qualitativa do serviço dos balcões A importância atribuída à capacidade de interpretar correctamente os resultados apurados pelos vários instrumentos de avaliação de que o BPI dispõe conduziu, em 2005, ao lançamento de um plano de análise qualitativa contínua do serviço dos balcões. Este processo de análise qualitativa incide sobre uma selecção de balcões cujos desempenhos têm qualidades diferentes, de acordo os instrumentos de avaliação usados. O Banco BPI consegue assim identificar, de forma continuada, as melhores práticas, encontrar linhas de evolução da qualidade do serviço e detectar oportunidades de aproximação da qualidade do serviço às expectativas dos Clientes. Qualidade do serviço Em 2005, o Banco BPI deu início a um processo de revisão e de melhoria dos métodos internos de medição do desempenho, através do controlo da qualidade do serviço. Os métodos desenvolvidos, que serão aplicados durante o ano de 2006 a todos os processos com influência comprovada na satisfação dos Clientes, permitem, de forma mais eficaz e sistemática, monitorar o cumprimento de prazos de referência e detectar desvios a corrigir, de forma a assegurar a qualidade do serviço definida. Gestão e resposta a reclamações Durante o ano de 2005, foi implementado um novo processo de gestão de reclamações, e a responsabilidade pelo acompanhamento de todo o processo de resposta a Clientes foi centralizada numa equipa única. Com este novo processo, o BPI passou a dispor de mais e melhor informação sobre todas as reclamações dos Clientes e, em consequência deste facto, aumentou a capacidade para actuar de forma correctiva em situações geradoras de insatisfação. Adicionalmente, e dada a maior eficácia e o maior controlo do processo, foi possível reduzir, em mais de 25%, o tempo médio de resposta a Clientes. 52 Banco BPI Relatório e Contas 2005

55 RECURSOS DE CLIENTES A carteira de recursos de Clientes captados em 2005 pela Banca de Particulares, Empresários e Negócios aumentou 8.5%. Os comportamentos dos recursos no balanço e fora do balanço revelaram-se muito positivos, já que cresceram 9% e 7%, respectivamente. No âmbito dos recursos com registo no balanço, merece destaque o expressivo crescimento anual da carteira de seguros (capitalização e PPR): 87.4%. Fundos de investimento A carteira de fundos de investimento (excluindo PPR e PPA) aumentou 7.3%, tendo-se registado uma alteração na composição dos recursos captados deste tipo de produtos: verifica-se a preferência por fundos de diversificação, de obrigações de taxa fixa e de valorização. Planos de poupança reforma A carteira de planos de poupança reforma dos Clientes da Banca de Particulares, Empresários e Negócios registou, no ano de 2005, um crescimento de 20.9%, tendo atingido os M. 1. Para este crescimento contribuiu o aumento em 79.6% do volume de subscrições dos Clientes do Grupo BPI. Este crescimento permitiu ao Grupo BPI uma subida de 5.4 pontos percentuais na quota de mercado, em 2005, quanto a subscrições. Foram portanto atingidos os 16.1% de quota, o que corresponde à quarta maior do mercado. No final de 2005, mais de 155 mil Clientes eram titulares de PPR/E; ou seja, mais 18 mil Clientes que no início do ano. Manteve-se o esforço comercial com vista à colocação de planos de entregas periódicas, o que conduziu a que cerca de 32% dos Clientes com PPR tivessem, no final de 2005, um plano associado a este produto. Em 2004, a percentagem era de apenas 26%. Banca de Particulares, Empresários e Negócios 1 Recursos de Clientes Valores em M % Com registo no balanço Depósitos à ordem % Depósitos a prazo (10.0%) Obrigações e produtos estruturados 2, G (16.3%) Acções preferenciais s/s Seguros (de capitalização, e PPR) % Subtotal % Com registo fora do balanço Fundos de investimento (excluindo PPR e PPA) % PPR e PPA % Subtotal % Recursos totais de Clientes % 1) Não inclui carteiras de títulos. Quadro 15 2) Obrigações de capital seguro e risco limitado, indexadas a mercados accionistas. 3) Planos de Poupança Reforma e Planos de Poupança Acções, sob a forma de fundos de investimento. Banca de Particulares, Empresários e Negócios Recursos de Clientes em 2005 Obrigações e produtos 0.5% estruturados 7.2% Depósitos a prazo 30.1% Depósitos à ordem 18.0% Recursos com registo no balanço 74.8% Acções preferenciais PPR e PPA 8.2% Seguros (Capitalização e PPR) 19.0% Fundos de investimento 17.0% Recursos com registo fora de balanço 25.2% Gráfico 25 1) Total dos planos de poupança reforma sob a forma de seguros de capitalização (com registo no balanço) e sob a forma de fundos de investimento (com registo fora do balanço). Relatório Banca Comercial 53

56 Na sequência das alterações ao regime de segurança social dos últimos anos, que acentuaram a quebra de rendimento da população em idade de reforma, o Banco BPI desenvolveu, durante o segundo semestre de 2005, um conjunto de iniciativas com o objectivo de reforçar o posicionamento do Banco BPI como especialista no aconselhamento de soluções de planeamento da reforma. Sendo a oferta do BPI já bastante completa, no que se refere às soluções para o planeamento da reforma, estas iniciativas concentraram-se na formação da rede e na promoção da imagem do BPI como especialista em reforma. De modo a reforçar o posicionamento de especialista no planeamento da reforma, foi criado um espaço reforma, no balcão da Rua do Comércio em Lisboa, em regime de projecto-piloto. O objectivo deste espaço é prestar um aconselhamento personalizado e apresentar as diversas soluções do BPI para preparação do período da reforma. Seguros de capitalização A carteira de seguros de capitalização (carteira de seguros, excluindo os PPR sob a forma de seguro) registou um aumento de 79.2%. Em 31 de Dezembro de 2005, a carteira ascendia a M. e o número de Clientes detentores deste produto era de quase 114 mil, mais que no final de Planos Poupança Reforma / Educação (PPR/E) Evolução da carteira Planos de entregas periódicas Bi Carteira (Bi. ) N.º Clientes Gráfico 26 Clientes (Milhares) % de Clientes Clientes sem planos de entregas periódicas Clientes com planos de entregas periódicas Gráfico Este desempenho favorável resultou do aumento do volume de subscrições dos Clientes do Grupo BPI em 116.3%, que tornou a quota do BPI na maior do mercado: 29.7%. Esta foi a maior subida da quota de subscrições, no ano de pontos percentuais e o resultado de uma clara aposta do BPI neste segmento de produtos. Importa referir que, no ano de 2005, as subscrições no mercado subiram 67.4% relativamente ao ano anterior. 54 Banco BPI Relatório e Contas 2005

57 CRÉDITO A CLIENTES A carteira de crédito e garantias a particulares, empresários e negócios aumentou, em 2005, 7%, tendo atingido os M., em Dezembro de O crescimento global da carteira um pouco menos de 800 M. deve-se, em grande parte, aos aumentos de 500 M. da carteira de crédito hipotecário (+6%), de 160 M., no crédito comercial (+12%), e de 60 M., no leasing E (+16%). Banca de Particulares, Empresários e Negócios Crédito a Clientes ) Crédito com garantia sobre imóveis. Corresponde principalmente Quadro 16 a crédito à habitação e a crédito para obras. 2) Inclui os montantes do crédito outstanding E de não-clientes. 3) Montantes do financiamento automóvel e leasing originados pela Banca de Particulares, Empresários e Negócios. 4) Inclui descobertos, créditos em conta corrente, desconto de letras e outros créditos que integram a oferta de produtos de crédito orientada principalmente para empresários em nome individual e pequenos negócios. Banca de Particulares, Empresários e Negócios Crédito a Clientes em 2005 Crédito hipotecário 74% Leasing mobiliário e imobiliário 4% 2005 Valores em M. Crédito hipotecário % Crédito pessoal % Cartões de crédito % Financiamento automóvel % Crédito comercial % Garantias e avales % Leasing mobiliário e imobiliário % Total % Crédito pessoal, cartões de crédito e financiamento automóvel 8% Crédito comercial, garantias e avales 14% % Gráfico 28 Crédito à habitação A carteira de crédito hipotecário cresceu 6%, atingindo os M., montante que, em 31 de Dezembro de 2005, representava 44% da carteira consolidada de crédito do Grupo BPI. Crédito à habitação Principais indicadores Carteira de crédito Saldo da carteira (M. ) ,0% Quota de mercado saldo da carteira 1 9.9% 9.5% -0.4 p.p. Montante médio por contrato (M. ) % Rácio do crédito vencido há mais de 90 dias 0.92% 1.21% 0.29 p.p. Contratação de crédito Crédito contratado no ano (M. ) (8.4%) Quota de mercado contratação 10.2% 7.7% -2.5 p.p. Rácio financiamento / garantia 57% 57% -0.7 p.p. Montante médio por contrato (M. ) % Período médio do empréstimo (anos) % 1) O valor do mercado inclui o crédito securitizado. A quota de 2005 Quadro 17 refere-se a Outubro. No final de 2005, pertencia ao BPI uma quota de mercado de 10%, quanto ao saldo da carteira de crédito hipotecário, um crescimento significativo relativamente à quota de 6.1% que detinha no final de Tal como no ano anterior, o ano de 2005 continuou a reflectir os efeitos da implementação de critérios mais exigentes de aprovação do crédito: o BPI contratou M., o que representa menos 8.4% do que em 2004, mas manteve bons indicadores de risco, nomeadamente um valor médio da relação entre o financiamento e a garantia de 57%. O prazo médio dos novos empréstimos e o montante médio contratado por Cliente manteve, em 2005 a tendência de crescimento verificada nos anos anteriores, situando-se em 30.3 anos e 69 mil euros, respectivamente. % Os canais de venda especializados lojas habitação, balcões com espaço habitação e mediadores imobiliários concretizaram 42.4% do total da contratação de crédito habitação, em Relatório Banca Comercial 55

58 O BPI Imobiliário mantém o estatuto de web site de referência em Portugal e continua a dispor da maior base de dados on-line de imóveis e de empreendimentos em comercialização no País. Em 2005, à semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, o BPI Imobiliário foi o site com o maior número de parceiros aderentes: 2 mil. Para pesquisa no site, foram anunciados 369 mil imóveis. Quanto à procura de imóveis, registaram-se 20 mil pedidos de visita e 483 mil mensagens de , dirigidas a cerca de 19 mil subscritores do serviço de alerta. Contratação do crédito à habitação pelos canais especializados em 2005 Lojas habitação 7% Mediadores imobiliários 16% BPI Imobiliário Imóveis disponíveis no web site x Web site BPI Imobiliário Principais indicadores Parceiros activos (n.º) % Anúncios de imóveis (n.º) % Subscritores do serviço de alerta (n.º) % Mensagens de 1 (n.º) % Pedidos de visitas a imóveis (n.º) (19%) % Balcões sem espaço habitação 57% Balcões com espaço habitação 20% Gráfico Gráfico 30 1) Mensagens dirigidas a subscritores do serviço de alerta. Quadro 18 OFERTA DE CRÉDITO À HABITAÇÃO Mantendo o objectivo de continuar a crescer com boa qualidade de crédito, durante o ano de 2005, o Banco lançou cinco novidades relacionadas com o crédito à habitação BPI. Prestações mistas Modalidade dirigida principalmente aos Clientes jovens, que procuram prestações iniciais muito reduzidas. Nesta modalidade inovadora, as prestações vão aumentando 0.2% 1 ao mês, durante os primeiros dez anos, permanecendo depois constantes 1. Deste modo, a prestação adapta-se ao aumento dos rendimentos, nos primeiros anos, e não aumenta significativamente no momento da transição entre o período de prestações crescentes e o de prestações constantes. Esta transição é portanto suave, ao contrário do que acontece com os créditos em que, havendo carência de capital, se verificam grandes aumentos da prestação, no final do período de carência. Valor residual Modalidade dirigida aos Clientes que procuram prestações mais reduzidas ao longo do empréstimo e, em especial, aos Clientes menos jovens que não podem optar por prazos alargados. Nesta modalidade, com taxa variável, pode optar-se por um valor residual (parcela a amortizar em conjunto com a última prestação), até 30% do empréstimo. Estrangeiros não residentes Modalidade disponível apenas para os Clientes estrangeiros, residentes no Reino Unido, na Irlanda, na Alemanha, em Espanha e em França. Nesta modalidade, os Clientes poderão adquirir a sua casa de férias em Portugal, beneficiando de taxas vantajosas, prazo alargado até 30 anos e relação máxima de 80% entre financiamento e garantia. Benefício especial para jovens, ao abrigo da linha de crédito do KfW No âmbito de um acordo entre o BPI e o banco alemão KfW, foi criada uma linha especial de crédito à habitação para jovens, que lhes permite poupar cerca de 200 euros nos custos iniciais. Seguro de crédito hipotecário Este seguro, associado ao crédito à habitação, permite o acesso a relações de valor elevado, até 100%, entre o financiamento e a garantia, e faz-se aquando da aquisição de habitação própria permanente (no caso de residentes em Portugal) e aquando da aquisição de habitação própria secundária (no caso de estrangeiros não residentes). Este seguro protege o Banco, em caso de venda ou aquisição judicial do imóvel. 1) Se a taxa de juro de mercado não se alterar. 56 Banco BPI Relatório e Contas 2005

59 Crédito pessoal A carteira de crédito pessoal cresceu 4.7% relativamente a 2004, atingindo os M., no final de Crédito pessoal Principais indicadores Carteira de crédito (M. ) Crédito ao consumo % Crédito para aquisição de títulos (5.7%) Total da carteira de crédito % Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias 2.54% 3.07% 0.5 p.p. Contratação de crédito (M. ) Crédito ao consumo % Crédito para aquisição de títulos (27.0%) Total de crédito contratado % Prazo médio ponderado por montante (em anos) % Cartões de crédito O número de cartões de crédito do BPI colocados junto de Clientes aumentou 3.1%, atingindo, no final de 2005, os 498 mil, o que corresponde a uma quota de mercado de 10.4% (dados de Setembro de 2005). A facturação acumulada ascendeu a M., correspondendo a um crescimento de 5.3%, relativamente a Cartões de crédito Principais indicadores ) O valor de mercado inclui cartões Visa, American Express e Mastercard. O valor de 2005 reporta a Setembro. 2) Outstanding de crédito % Quadro 19 N.º de cartões no final do ano (x 1 000) % Quota de mercado % 10.4% -1.6 p.p. Facturação (M. ) % Crédito (M. ) % Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias 4.55% 2.34% -2 p.p. % Quadro 20 Cartões de débito O número de cartões de débito do BPI colocados junto de Clientes aumentou 2.6%, atingindo os 857 mil cartões, no final do ano, o que corresponde a uma quota de mercado de 8.3% (dados de Setembro de 2005). A facturação dos cartões de débito ascendeu, no ano, a M., ou seja, aumentou 10.5%, relativamente a Cartões de débito Principais indicadores ) O valor de mercado inclui cartões Visa, Maestro e Multibanco. O valor de 2005 reporta a Setembro N.º de cartões no final do ano (x 1 000) % Quota de mercado 1 8.1% 8.3% 0.2 p.p. Facturação (M. ) % Crédito automóvel A Banca de Particulares, Empresários e Negócios era responsável, no final de 2005, por 54% da carteira de financiamento automóvel do Grupo. O crédito automóvel concedido a particulares, empresários e negócios atingiu os M., no final de 2005, ou seja, registou um acréscimo de 3.7% relativamente a Dezembro de A contratação de crédito, em 2005, ascendeu a M., o que representa um crescimento de 4.3% relativamente a Crédito automóvel Principais indicadores Importa ainda referir que, ao longo do ano, se fizeram as já habituais campanhas com veículos de uma só marca Honda, Volvo, Suzuki e Iveco, que continuaram a registar um sucesso assinalável. O arranque da segunda fase do Gestor de Processos de Crédito Automóvel permitiu simplificar os procedimentos e dotar os balcões de grande autonomia no tratamento das propostas de financiamento automóvel. % Quadro 21 Valores em M. Carteira de crédito Aluguer de longa duração (9.2%) Crédito % Leasing % Total da carteira de crédito % Contratação de crédito no ano % Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias 0.68% 0.84% 0.2 p.p % Quadro 22 Relatório Banca Comercial 57

60 Crédito comercial e leasing A carteira de crédito comercial e de leasing mobiliário e imobiliário registou, em 2005, crescimentos superiores aos registados no anos anteriores: 12.2% e 15.9%, respectivamente. Crédito comercial e leasing Principais indicadores Valores em M. Crédito comercial % Crédito por assinatura % Leasing mobiliário % Leasing imobiliário % Total da carteira de crédito % Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias Crédito comercial 1.80% 1.47% -0.3 p.p. Leasing 1.94% 1.68% p.p. 1) Inclui descobertos, créditos em conta corrente, desconto de letras Quadro 23 e outros créditos que integram a oferta de produtos de crédito orientada principalmente para empresários em nome individual e pequenos negócios. % Rede de promotores externos No final de 2005, o volume de negócio com Clientes angariados pela rede de promotores externos ascendia a 380 M., tendo registado um crescimento, no ano, de 244 M., valor correspondente a uma taxa de crescimento anual de 179%. A rede de promotores externos é um importante factor de crescimento do negócio da Banca de Particulares, Empresários e Negócios do BPI, tendo sido responsável por 10.8% da variação do seu negócio, 6.5% nos recursos e 18% no crédito. Em 2005, foram captados, por esta força de vendas, Clientes, sendo de o total de Clientes angariados, ao longo do período de vigência do projecto. No final do ano, existiam promotores externos, dos quais foram seleccionados em O Banco continua a reforçar a celebração de protocolos com instituições e outras empresas, o que tem contribuído para o aumento deste negócio e para a captação de novos Clientes. CRUZ VERMELHA PORTUGUESA Em 2005, a oferta de cartões de saúde da Cruz Vermelha Portuguesa um produto na área da saúde em que o BPI associa a sua imagem à da Cruz Vermelha Portuguesa foi significativamente melhorada com: a introdução de novos benefícios associados sem aumento de preço, o cartão CVP passou a proporcionar assistência médica ao domicílio gratuita, sem limites horários, e passou a estar disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano; a eliminação de barreiras geográficas o serviço de assistência médica ao domicílio gratuito passou a estar disponível em todo o Portugal Continental; o lançamento de um novo produto da saúde, o cartão +Sénior, dirigido a um segmento desfavorecido este produto proporciona o acesso a cuidados de saúde, em condições vantajosas, ao segmento etário das pessoas com mais de 60 anos, normalmente mais carenciado, e que encontra mais dificuldade no acesso a planos privados de cuidados de saúde. 58 Banco BPI Relatório e Contas 2005

61 CENTROS DE INVESTIMENTO Os centros de investimento constituem a rede do Banco BPI especificamente vocacionada para servir o segmento alto os Clientes com património extenso ou potencial de acumulação financeira, que se considerou prioritário para a estratégia de crescimento do Banco. O conceito de centro de investimento foi lançado no primeiro semestre de 2002 em três unidades. No final de 2005, a rede contava com 16 centros de investimento, localizados em Lisboa (três), Porto (quatro), Faro, Évora, Setúbal, Funchal, Leiria, Coimbra, Aveiro, Braga e Viseu. Actividade em 2005 Os recursos (excluindo títulos) dos Clientes dos centros de investimento registaram, em 2005, um crescimento de 13.9%, totalizando, no final do ano, M.. Destaca-se o comportamento positivo dos seguros de capitalização, cujo incremento foi de 108.1% no ano. Centros de investimento Principais indicadores 2004 Valores em M % Recursos de Clientes % Recursos excluindo títulos % Títulos % Carteira de crédito % Nota: os valores de 2004 estão corrigidos das carteiras dos Clientes que, ao longo do ano de 2005, migraram dos balcões tradicionais para os centros de investimento. Quadro 24 O serviço Através dos centros de investimento, o BPI proporciona um serviço personalizado de assessoria financeira, especialmente dedicado a apoiar a tomada de decisões de investimento ou financiamento. O quadro de Colaboradores que o presta é dotado de elevadas qualificações profissionais e experiência. Os espaços de atendimento Os espaços de atendimento acolhedores e concebidos para proporcionar privacidade e valorizar o relacionamento constituem um factor distintivo essencial do conceito de centro de investimento do Banco BPI. SERVIÇOS DE HOMEBANKING Durante o ano de 2005, destacou-se a continuação da transferência de actividade transaccional dos balcões para os novos canais, o que se justifica pelo crescimento do número de utilizadores e da utilização. Igualmente se fez notar o lançamento de novas funcionalidades, nomeadamente funcionalidades de venda / aconselhamento. Os valores registados no final do ano eram os que a seguir se indicam. 591 mil aderentes (+1% relativamente a 2004). 496 mil utilizadores activos (+4% relativamente a 2004). 72% do total de consultas de saldos do banco (vs. 70% em Dezembro de 2004). 81% do total de transacções do Banco (vs. 70% em Dezembro de 2004). BPI Net 335 mil utilizadores activos (+12% relativamente a 2004) milhões de acessos registados em 2005 (+4% face a 2004) milhões de consultas efectuadas (+9% face a 2004). 6.7 milhões de transacções efectuadas (+12% face a 2004). BPI Net e BPI Directo Aderentes 1 Milhares Transacções e consultas Milhões Transacções Consultas Gráfico 31 Gráfico 32 1) Consideram-se aderentes os Clientes cuja password E inicial alteraram na primeira utilização. Contrato e password únicos, simultaneamente válidos para o BPI Net e para o BPI Directo. Relatório Banca Comercial 59

62 BPI Directo 305 mil utilizadores activos (-3% relativamente a 2004). 1.4 milhões de chamadas atendidas (+8% relativamente a 2004). 73% das chamadas recebidas foram atendidas em menos de 20 segundos (nível de serviço definido 80%). 66% dos problemas levantados através do BPI Directo foram resolvidos pelo modo de atendimento automático. Mobile Banking e SMS Banking 3.8 mil utilizadores activos no SMS Banking (+169% face a 2004). 8 mil utilizadores activos no Mobile Banking (+68% face a 2004). BPI Net Bolsa 4.3% quota de mercado no ano de 2005 (5.1% em 2004). 6.1% quota de mercado mensal em Dezembro de 2005 (4.1% em Dezembro de 2004) utilizadores em Dezembro de Atendimento Durante o ano de 2005, foi conseguido um aumento da eficiência global do call center E, tendo-se atingido, no ano, um nível de qualidade do serviço ligeiramente abaixo do nível de qualidade considerado ideal (80% das chamadas foram atendidas em 20 segundos). Adicionalmente, foram lançadas duas novas linhas de atendimento Automóvel Clube de Portugal e Cruz Vermelha Portuguesa. Os principais indicadores são: 73% de nível médio de qualidade do serviço; mil chamadas no call center (+1% do que em 2004); 456 mil chamadas recebidas na linha de centralização (+26% do que em 2004); 63 mil mensagens de recebidas (-9% do que em 2004); 303 mil chamadas de Colaboradores (+35% do que em 2004). Comunicação com Clientes sites / / SMS Durante o ano de 2005, procedeu-se à intensificação da comunicação com os Clientes através dos novos canais, sendo importante destacar o lançamento de novos sites e de novas funcionalidades. Deu-se assim prioridade àquelas que têm impacte na geração de receitas / proveitos (por exemplo: site BPI Pensões captação de novos Clientes Empresas e Pensionistas e BPI Imobiliário um web site por mediadora) e à utilização do e do SMS como meios de promoção e de informação one-to-one. Eis os principais indicadores: 419 milhões de páginas vistas (+37% do que em 2004); 27 milhões de acessos (+14% do que em 2004); 2.6 milhões de mensagens de enviadas (crescimento de 42% relativamente a 2004); 78 campanhas por (mais 23 campanhas do que em 2004); 208 mil SMS (crescimento de 93% relativamente a 2004); 9 campanhas por SMS (menos quatro campanhas do que em 2004). Telemarketing Quanto à actividade de telemarketing E de 2005, importa referir a concentração em campanhas com maior potencial, a desenvolvimento de acções event driven, bem como o alargamento do âmbito da actividade de recuperação de crédito (telecobrança). Esta passou a incluir o crédito à habitação, o crédito pessoal, o crédito automóvel e o factoring E, G. Vejam-se os seguintes indicadores: 1.74 M. de receita líquida da actividade de venda por telemarketing (+42% do que 2004); 448 mil chamadas de venda; 249 mil contactos com decisores; 140 mil inquéritos; 58 mil contactos na actividade de recuperação de crédito (+21% do que em 2004). 60 Banco BPI Relatório e Contas 2005

63 BANCA DE EMPRESAS, BANCA INSTITUCIONAL E PROJECT FINANCE ACTIVIDADE DOMÉSTICA No final de 2005, a Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance eram responsáveis por uma carteira de crédito e garantias de M., o que representa um crescimento de 12%, relativamente a Em 2005, a Banca de Empresas deu continuidade aos princípios orientadores da sua actividade: diversificação do risco e da selectividade na concessão de crédito; fidelização dos Clientes e aumento da rendibilidade global através do aprofundamento da relação comercial, no âmbito de uma abordagem cada vez mais integrada. Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Principais indicadores Valores em M Crédito e garantias 1 Grandes Empresas % Empresas (PME) (2.3%) Project Finance % Banca Institucional % Sector Empresarial do Estado % Crédito e garantias % Recursos % 1) Inclui crédito a Clientes, crédito por assinatura, crédito a instituições Quadro 25 de crédito e crédito titulado. Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Crédito e garantias Recursos de Clientes % Deste modo, e apesar da conjuntura económica pouco favorável, marcada por um crescimento reduzido da economia, por uma evolução do investimento e das exportações abaixo das expectativas e ainda por um acentuado acréscimo da concorrência bancária, o BPI apresentou um comportamento bastante positivo, tendo a carteira de crédito e as garantias deste segmento registado um aumento de M.. Bi Bi Os diferentes segmentos da Banca de Empresas apresentaram evoluções expressivas, com destaque para o Project Finance, cujo crescimento foi de 28%, e para a Banca Institucional e Sector Empresarial do Estado, cujo crescimento foi de 21%. Os recursos totais atingiram o montante de M., registando um acréscimo de 4.3%, em relação a Dezembro de Garantias Crédito Gráfico Gráfico 34 Relatório Banca Comercial 61

64 GRANDES EMPRESAS E EMPRESAS Os segmentos de grandes empresas e empresas apresentam uma carteira de crédito e garantias no valor de M., tendo-se registado um crescimento de 8% relativamente a Dezembro de Quanto ao segmento de grandes empresas, a liquidez nos mercados financeiros internacionais e a redução das necessidades de financiamento por parte de muitas empresas levou a um acréscimo de concorrência. Apesar desta circunstância, o BPI alcançou resultados bastante positivos, graças ao posicionamento junto dos principais grupos empresariais ibéricos, e à presença em Espanha, através da sucursal de Madrid. De facto, o aprofundamento das relações com estes grupos empresariais conduziu a um crescimento de 11% do total de responsabilidades no segmento de grandes empresas, tendo a componente do crédito crescido, igualmente, em cerca de 11%. No segmento das restantes empresas, a carteira de crédito e garantias registou um crescimento de cerca de 4%, sendo de referir o incremento da actividade junto das PME. Por último, continuou-se a apostar numa estratégia agressiva de angariação de novos Clientes empresariais, que, em 2005, resultou em mais 770 destes Clientes. Sistemas de incentivos públicos O BPI mantém a linha instituída por protocolo com o Instituto do Turismo de Portugal, e o protocolo estabelecido no âmbito do SIME. À semelhança dos anos anteriores, o BPI voltou a assumir, em 2005, posição de grande destaque (segundo Banco, quer em número de candidaturas homologadas, quer em montante de investimento total no âmbito das candidaturas homologadas). Garantia mútua Através da actividade comercial, o Banco BPI tem contribuído para a dinamização da garantia mútua, assumindo uma posição de liderança na carteira global do sistema: 51.5% do valor contratado em O Banco manteve igualmente a liderança regional, em operações realizadas pelas três sociedades de garantia mútua Lisgarante, Norgarante e Garval. PROJECT FINANCE A carteira de crédito e garantias do segmento de Project Finance ascendia, no final de 2005, a M., o que representa um crescimento de 28.2% relativamente a Dezembro de Na mesma data, o montante total de operações em carteira, incluindo montantes ainda não desembolsados, era de M.. Salienta-se igualmente a evolução positiva dos proveitos de segunda margem, com destaque para as comissões de consultoria e outros serviços, que aumentaram 31%. O BPI manteve, ao longo de 2005, a posição de liderança em Portugal na estruturação, montagem e tomada firme G de projectos de investimento, em regime de project finance, com destaque para as áreas de infra-estruturas e serviços públicos, nomeadamente transportes, energia e ambiente. Merece especial destaque o envolvimento do Banco na organização e montagem dos mais importantes projectos de energias renováveis, nomeadamente os parques eólicos da Generg, SIIF, Enersis e Enernova, entre outros. Este envolvimento permitiu ao Banco assumir a posição de quarto lugar da Europa e de quinto lugar do mundo, nos rankings do primeiro semestre de 2005 da Global Renewable Power Project Finance. 62 Banco BPI Relatório e Contas 2005

65 Entre as operações em que o BPI esteve envolvido em 2005 destacam-se as que se seguem. Estruturação, montagem e financiamento de operações em regime de project finance Generg Estruturação, montagem e financiamento de um portfolio de parques eólicos com uma capacidade de 441 megawatts, no montante total de 452 M.. Tratou-se da maior operação do sector das energias renováveis realizada na Europa, em SIIF Portugal Estruturação, montagem e financiamento de um portfolio de parques eólicos com uma capacidade de 200 megawatts, no montante total de 242 M.. Tratolixo Estruturação, montagem e financiamento do projecto de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos da Associação de Municípios de Sintra, Cascais, Oeiras e Mafra, no montante total de 171 M.. Mafratlântico Estruturação, montagem e financiamento da segunda fase da Via Municipal Principal do Concelho de Mafra, no montante de 114 M.. Enersis Estruturação, montagem e financiamento do parque eólico de Bornes, com uma capacidade de 58 megawatts, no montante total de 80 M.. Companhia Logística de Combustíveis da Madeira Estruturação, montagem e financiamento do novo parque logístico de combustíveis da Ilha da Madeira, no montante de 65 M.. Águas do Marco de Canaveses Participação no financiamento da concessionária, no montante total de 30 M.. Enernova Estruturação, montagem e financiamento do parque eólico da Alagoa, com uma capacidade de 13.5 megawatts, no montante total de 16 M.. Área das parcerias público-privadas e da administração pública Ministério da Saúde Apoio à estrutura da missão Parcerias.Saúde, na preparação, no lançamento e no acompanhamento dos concursos nos hospitais de Loures, Cascais, Braga, Vila Franca de Xira, S. Brás de Alportel e do novo call center do Serviço Nacional de Saúde. Ministério da Administração Interna Consultoria financeira no âmbito do projecto do Sistema Integrado das Redes de Segurança e Emergência de Portugal. Governo Regional dos Açores Consultoria financeira no âmbito do primeiro concurso para a concessão rodoviária da Ilha de São Miguel em regime de portagens virtuais. Administração do Porto de Aveiro Apoio na elaboração e apresentação do Plano Estratégico do Porto de Aveiro. Organização e montagem de reestruturações financeiras e soluções de financiamento no sector empresarial do Estado Estradas de Portugal Consultoria financeira no âmbito da concepção de um novo modelo de gestão e exploração do sector rodoviário. REFER Consultoria financeira no âmbito da emissão de obrigações, no valor de 500 M.. Transgás Acompanhamento da concessão e actualização do respectivo modelo económico-financeiro. Águas de Portugal Apoio na estruturação do financiamento dos sistemas multimunicipais, incluindo as negociações com o Banco Europeu de Investimento. Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro Consultoria no âmbito da análise económico-financeira de diferentes modalidades de gestão e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Estaleiros Navais de Viana do Castelo Consultoria no âmbito da reestruturação económico-financeira da empresa. Mercado Abastecedor da Região de Lisboa Apoio na concepção, preparação e apresentação de um plano de reestruturação financeira da empresa. Área internacional TP Ferro Participação no financiamento da ligação ferroviária de alta velocidade entre Perpignan e Figueras, no montante total de 410 M.. Autopista Madrid Toledo Participação no financiamento da concessão rodoviária entre Madrid e Toledo, no montante total de 380 M.. ENA Participação no refinanciamento da Empresa Nacional de Autopistas, detentora de um conjunto de concessões rodoviárias em Espanha, no montante total de M.. Relatório Banca Comercial 63

66 SEGMENTAÇÃO DE CLIENTES E REDE COMERCIAL As áreas da Banca de Empresas, Banca Institucional e Sector Empresarial do Estado gerem, de forma integrada, o relacionamento do Banco com a base de Clientes empresariais e institucionais do BPI, bem como a respectiva oferta de produtos e serviços. Os Clientes da Banca de Empresas estão segmentados de acordo com o volume de negócios grandes empresas e empresas, bem como de acordo com a respectiva especificidade Project Finance, Banca Institucional e Sector Empresarial do Estado. No sentido de assegurar uma maior proximidade relativamente ao Cliente, uma maior capacidade de resposta e uma maior adequação às características e necessidades de cada Cliente, procedeu-se, em 2005, a uma reorganização da rede comercial dedicada ao segmento de empresas. Mantiveram-se as duas áreas de apoio a grandes empresas (Norte-Porto e Sul-Lisboa), tendo passado a existir três direcções regionais (Norte, Centro, Sul e Ilhas) para servir o restante mercado de empresas. Estas coordenam os 37 centros de empresas espalhados pelo país. A Banca Institucional dispõe de uma rede comercial específica que assegura a qualidade do serviço, a proximidade e agilidade no serviço prestado aos Clientes, sendo constituída por cinco centros institucionais: Porto, Coimbra, Lisboa, Funchal e Ponta Delgada. A área de Project Finance centra a actividade nas operações de project finance e parcerias público-privadas, proporcionando consultoria e organização, montagem e participação. BPI NET EMPRESAS O BPI Net Empresas serviço de Corporate Internet Banking destinado a Clientes empresariais e a Clientes institucionais, e principal meio de relacionamento electrónico dos Clientes da Banca de Empresas continuou, em 2005, em desenvolvimento, tendo sido lançadas novas funcionalidades, ajustadas às necessidades das empresas. Deste modo, assistiu-se a uma transferência progressiva da utilização do Banco Electrónico BPI solução de ligação ponto a ponto entre o Banco e o Cliente, para o BPI Net Empresas e ao aumento significativo dos volumes transaccionados através dos serviços de homebanking para empresas (BPI Net Empresas e Banca Electrónica), que se justifica com a utilização mais intensiva pelos Clientes e com o aumento do número de utilizadores. Vejam-se os seguintes indicadores: o volume transaccionado foi 20.3 mil milhões (+32% do que 2004); o número de aderentes ascendeu a 68 mil (+6% do que em 2004). GABINETE PARA ANGOLA O Gabinete para Angola destina-se a apoiar as empresas portuguesas que pretendam desenvolver negócios naquele país. Em 2005, verificou-se uma intensificação da actividade do Gabinete, tendo sido estabelecidos contactos com mais de 300 entidades, (aumento de 28.7% relativamente a 2004). Graças a este Gabinete, foram detectadas e encaminhadas para o BFA um número importante de operações envolvendo a concessão de crédito, a prestação de garantias ou a prestação de serviços. Manteve-se o acompanhamento de 14 grandes áreas de intervenção de projectos sectoriais que, pela sua importância, poderão revelar-se fonte de negócio quer para o BFA, quer para o BPI. 64 Banco BPI Relatório e Contas 2005

67 BANCA INSTITUCIONAL E SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO Em 2005, a carteira sob responsabilidade da Direcção de Banca Institucional e do Sector Empresarial do Estado aumentou 21.3% atingindo o valor de M.. Não obstante o contexto de restrições ao endividamento das autarquias locais e empresas municipais, o Banco continuou a responder a todas as consultas públicas realizadas por Clientes institucionais para financiamento de projectos de investimento municipais, tendo introduzido, nalguns casos, estruturas inovadoras. Assim, o segmento de Banca Institucional regista um crescimento da carteira de crédito e garantias de 18.5%. O sector empresarial do Estado apresentou, em 2005, um aumento de 29.3% da carteira de crédito e garantias. Este crescimento foi acompanhado de um reforço significativo do trabalho de assessoria e ainda de estruturação de financiamentos a curto e longo prazo, directa ou indirectamente associados à obtenção de empréstimos do Banco Europeu de Investimento. A Direcção de Banca Institucional e do Sector Empresarial do Estado prosseguiu o apoio à assessoria no âmbito do processo de rating internacional de Clientes institucionais, designadamente, o da Região Autónoma dos Açores, cuja notação da Moody s Investor Services foi aumentada para Aa3, e o da Câmara Municipal do Porto, cujo rating inicial, atribuído pela agência Fitch Ratings, foi AA. Relatório Banca Comercial 65

68 BANCA COMERCIAL EM ANGOLA BANCO DE FOMENTO ANGOLA No final de 2005, os capitais próprios do Banco de Fomento Angola (BFA) ascendiam a 136 M. e os seus activos a M., respectivamente 12% e 4.3% dos indicadores correspondentes do Grupo. No ano de 2005, o contributo do BFA para o lucro consolidado do Banco BPI atingiu os 69.7 M., registando um crescimento de 162.3%. Os depósitos captados junto de Clientes registaram, em 2005 quando medidos em Euros, um crescimento de 70%, atingindo os M.. Em 31 de Dezembro de 2005, o BFA detinha uma quota de mercado de 25% quanto a depósitos, a que corresponde a primeira posição no mercado. A carteira de crédito, medida em euros, registou um aumento de 105%, atingindo os M.. O crédito em dólares americanos foi a componente mais importante para o referido crescimento, pese embora a maior confiança dos agentes económicos na moeda nacional angolana (o crédito em moeda local registou em 2005 um crescimento de 168%). No final de 2005, a quota de mercado do BFA era de 29% no que respeita ao crédito, a que corresponde a primeira posição no mercado. Crédito a Clientes M. Depósitos de Clientes M. Banco de Fomento Angola Principais indicadores ) 2004 pro forma em IAS/IFRS. 2) Excluindo juros a receber, correcções ao valor dos activos cobertos e comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Valores em M. Activo líquido total % Crédito líquido a Clientes % Crédito vencido há mais de 90 dias 0.7% 1.2% - Imparidades acumuladas no balanço / crédito a clientes 5.3% 5.4% Depósitos de Clientes % Situação líquida % Produto bancário % Margem financeira % Comissões e outros proveitos operacionais % Lucros em operações financeiras % Custos de estrutura % Custos de estrutura / produto bancário 31.9% 24.4% - Custos com pessoal / produto bancário 14.0% 11.3% - Contributo do BFA para o lucro líquido do Grupo BPI % N.º de Colaboradores % Balcões tradicionais % N.º de Clientes % Clientes aderentes ao BFA NET % dos quais, particulares % empresas % Caixas multibanco (n.º) % Cartões multicaixa emitidos (válidos) % % Quadro Gráfico 35 Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

69 A carteira de títulos do BFA ascendia, em 31 de Dezembro de 2005, a M., ou seja, cerca de 27% do activo. O perfil da carteira é essencialmente de curto prazo, já que os títulos até seis meses representavam cerca de 80% da carteira. Em 2005 o BFA teve um papel relevante em importantes operações de financiamento à economia angolana de que se destaca a participação como co-líder e membro do sindicato de tomada firme para a emissão de 200 milhões de dólares americanos (M.US$) de Obrigações do Tesouro destinadas a apoiar a renovação da frota da companhia aérea TAAG (a maior operação de sindicação financeira em Angola, na qual o BFA tomou 54 M.US$) e a tomada de uma posição de 50 M.US$ no empréstimo internacional de 3 biliões de dólares americanos para financiar investimentos da Sonangol, e estruturado como pré financiamento de exportações de petróleo. A capacidade de distribuição do BFA, alicerçada na segunda maior rede física do mercado, tem vindo a ser complementada com o desenvolvimento das respectivas infra-estruturas tecnológicas e com a modernização dos sistemas de informação de que são exemplo a instalação de um sistema de disaster recovery e de redundância nas infra-estruturas de comunicações dos principais balcões; no que respeita a canais virtuais de distribuição, salienta-se em 2005 o lançamento, inovador em Angola, do BFA Net Empresas (71 aderentes em Dezembro de 2005). Os canais virtuais constituem um importante factor de aumento de eficiência da actividade bancária do BFA tendo, em 2005, a taxa de penetração destes serviços nos vários segmentos de clientela crescido significativamente. No final de 2005, o BFA NET registava contratos (9 775 em 2004), dos quais empresas e particulares. O valor de operações de estrangeiro ascendeu a M.US$, o que corresponde a um crescimento de 43% relativamente a 2004 (4 508 M.US$). Balcões N.º 43 Clientes x O BFA continuou, durante o ano de 2005, a alargar a sua rede de distribuição a todo o território angolano abrindo 11 novos balcões dos quais seis em Luanda e cinco noutras províncias: Menongue (Cuando Cubango); Alfândega do Lobito (Benguela); Luena (Moxico); Tombua (Namibe), Caconda (Huila) e Catete (Bengo) No final de 2005, o BFA dispunha de uma rede de 43 balcões todos em on-line com o sistema informático central (24 dos quais situados nas províncias e 19 na capital) que lhe assegurava uma cobertura nacional e uma quota de 19.6% da rede total de agências do sistema bancário angolano Gráfico Gráfico 38 O número de Clientes aumentou de 176 mil, em Dezembro de 2004, para 230 mil, em Dezembro de Relatório Banca Comercial 67

70 Durante 2005, o BFA continuou a consolidar a sua posição como principal operador de cartões Multicaixa, obtendo uma quota de produção na ordem dos 57.4% (em relação aos cartões emitidos e activos) e disponibilizando um parque de 42 ATM activas num total de 146 para o sistema bancário. De realçar ainda a iniciativa pioneira de lançamento em Angola de cartões Visa Gold. Activo total líquido M Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

71 Banca-Seguros O BPI dispõe, na área dos seguros, de uma parceria estratégica com o líder mundial do sector, o grupo alemão Allianz. Esta associação encontra-se firmada numa participação do BPI no capital da Allianz Portugal de 35% e num acordo de distribuição de seguros através da rede comercial do Banco. O desempenho positivo que tem vindo a verificar-se reflecte-se nos indicadores da actividade e dos proveitos, bem como no número de seguros vendidos, em 2005: o valor das comissões aumentou em 21%, para 19.6 M. ; Os Clientes do BPI dispõem, assim, de uma extensa oferta de seguros, que compreende tanto o ramo vida-risco seguros de morte e invalidez como os ramos reais seguros automóvel, multirriscos-habitação, de incêndio, de obras e montagens, de responsabilidade civil, de roubo, de acidentes pessoais, de desemprego e doença. Em Novembro, ocorreu o lançamento do primeiro seguro de venda autónoma seguro de vida VitAll, concebido pela Companhia de Seguros Allianz em exclusivo para os Clientes do BPI. os prémios de seguros de vida e de não-vida atingiram, respectivamente, os 37.9 M. e 30 M. ; a evolução do número de seguros tem sido, de igual modo, positiva, pois ultrapassou-se, no final de 2005, os 370 mil seguros activos no ramo vida-risco e os 280 mil seguros activos, no ramo não-vida. Comissões Intermediação de seguros M A comercialização do VitAll revelou-se um sucesso, tendo sido colocadas, até ao final do ano, apólices, no valor global de 318 M Gráfico 40 Relatório Banca-Seguros 69

72 Gestão de Activos SÍNTESE DA ACTIVIDADE O volume de activos financeiros de terceiros sob gestão do Grupo BPI aumentou 33%, em 2005, atingindo os M.. O volume de activos sob gestão aumentou cerca de M., sobretudo devido ao forte aumento verificado na rubrica de seguros de capitalização, que reflectiu o sucesso do principal produto, o BPI Novo Aforro Familiar. O peso relativo dos seguros de capitalização aumentou de 21%, no final de 2004, para 29%, no final de Os fundos de investimento representam 34% do total de activos sob gestão. Activos de terceiros sob gestão Bi Composição dos activos sob gestão Em 31 de Dezembro de 2005 Seguros de vida 29% Clientes institucionais 2% Private Banking 12% Activos sob gestão Valores em M % Fundos de investimento % Fundos de pensões % Seguros de capitalização % Private Banking % Clientes institucionais % Activos sob gestão % Gráfico 41 Fundos de pensões 23% Fundos de investimento 34% Gráfico 42 1) Ajustados através da eliminação de duplicações. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

73 FUNDOS DE INVESTIMENTO A carteira de fundos de investimento mobiliário do BPI aumentou 7.4%, em 2005, atingindo os M., no final do ano. Fundos de investimento sob gestão Valores em M. Obrigações e tesouraria (6.2%) Valorização (acções) % Eficiência fiscal (PPR/E e PPA) % Diversificação % Total % % Quadro 28 Composição dos fundos de investimento sob gestão Em 31 de Dezembro de 2005 Valorização (acções) 16% Eficiência fiscal (PPR/E e PPA) 10% Distribuição dos fundos de investimento sob gestão Em 31 de Dezembro de 2005 Banca de Particulares 88.6% Dado o aumento de recursos no valor de 324 M., a quota de mercado da BPI Gestão de Activos, quanto ao valor das carteiras de fundos de investimento sob gestão em Portugal, aumentou para 16.2%. Foi assim mantido o quarto lugar no ranking das sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário portuguesas. Diversificação 31% Obrigações e tesouraria 43% Gráfico 43 Outros 5.6% Private Banking 5.8% Gráfico 44 Importa referir que, no que respeita aos fundos de valor acrescentado (que não incluem os fundos de tesouraria, os fundos de taxa variável e os PPR/E), a BPI Gestão de Activos ocupa a terceira posição do mercado, com uma quota de 15.9%. No final de 2005, a carteira de fundos de investimento mobiliário do BPI compunha-se de 25 fundos, cujos activos totais ascendiam a M.. Fundos de investimento sob gestão Bi Deste valor, M. correspondem a cinco fundos: dois PPR/E (1 394 M. ); o BPI Liquidez, um fundo de tesouraria (1 200 M. ); o BPI Global, um fundo de diversificação (717 M. ); e o BPI Taxa Variável (452 M. ). Trata-se, portanto, de 80% da oferta de fundos de investimento mobiliário domiciliados em Portugal do BPI. É importante sublinhar ainda que, do universo de 241 fundos de investimento registados em Portugal, os cinco fundos referidos situam-se entre os 19 maiores fundos nacionais, sendo o BPI Liquidez o segundo maior do mercado Gráfico 45 Relatório Gestão de Activos 71

74 Num mercado que continua a caracterizar-se pela oferta em grande percentagem de fundos de investimento mobiliário de baixo risco, destaca-se uma vez mais a BPI Gestão de Activos por ser a única sociedade gestora de fundos de investimento em Portugal que gere um fundo de grande dimensão, pertencente à categoria de fundos flexíveis (o BPI Global). O volume deste fundo, que é o 14.º maior do mercado, ultrapassa os 717 M.. O total de participantes neste fundo excede os 37 mil. Ao longo de 2005, destacaram-se, mais uma vez, os excelentes resultados na angariação de Clientes para os planos de poupança reforma-educação, em especial os que prevêem entregas periódicas. A BPI Gestão de Activos lançou, em 2005, dois novos PPR/E (BPI Reforma Acções PPR/E e BPI Reforma Bonds PPR/E), destinados a um segmento de risco médio / alto, que contribuíram para o objectivo de completar e diversificar a oferta de PPR/E. O resultado crescente da captação de poupança para a reforma decorreu também de um plano de acção compreendendo a formação da rede comercial na área da Segurança Social e dos sistemas nacionais de protecção na reforma; de campanhas de divulgação da necessidade de poupança a título individual; e da aposta em novas ferramentas de venda, como os simuladores de pensão e de PPR/E. Registam-se actualmente 155 mil Clientes com PPR/E (+13% do que em 2004), 32% dos quais fez um plano de entregas periódicas (+6% do que em 2004). Importa igualmente destacar o aumento da procura de PPR/E por Clientes de faixas etárias mais baixas: 27% dos Clientes com PPR/E têm agora menos de 45 anos. Em 2004, apenas cerca de 25% dos Clientes pertenciam à mesma faixa etária. Certificação GIPS A BPI Gestão de Activos é uma firma certificada de acordo com os GIPS (Global Investment Performance Standards). Os GIPS decorrem das regras instituídas pelo CFA Institute, cujo objectivo é o cálculo, a apresentação e a publicação padronizada, fiável e transparente dos resultados das carteiras de investimento. A certificação da BPI Gestão de Activos foi efectuada pela Mercer Investment Consulting. Rendibilidades Os fundos do BPI alcançaram, uma vez mais, bons resultados, o que comprova a experiência e a capacidade da BPI Gestão de Activos: o BPI Europa Crescimento, fundo de acções europeias, teve uma rendibilidade de 23.17%, tendo sido o melhor fundo da classe a que pertence, em 2005; o BPI Brasil, fundo misto predominantemente constituído por acções, cuja rendibilidade foi em 2005 de 33.58%, foi o melhor fundo da classe a que pertence, em 2005; o BPI Universal, fundo de fundos predominantemente constituídos por acções, cuja rendibilidade se fixou nos 20.92%, em 2005, foi, mais uma vez, um dos melhores fundos da classe a que pertence e o melhor a três anos; os PPR/E do BPI tiveram, em 2005, rendibilidades de 6.75%, no caso do Fundo BPI Reforma Investimento, que investe 25% em acções; e de 1.12%, no caso do Fundo BPI Reforma Segura, cujo perfil de investimento é mais conservador; o BPI Reestruturações, cuja rendibilidade chegou aos 19.86%, voltou a destacar-se pelo excelente desempenho. Fontes: APFIPP e BPI Gestão de Activos. Reconhecimento A Standard & Poor s distinguiu em 2005 a BPI Gestão de Activos com dois prémios: os de melhores fundos para o «BPI Europa valor 1 Ano» e «BPI Europa valor 3 anos», na categoria «Sociedades Gestoras Portuguesas Classe de Acções Europa». 72 Banco BPI Relatório e Contas 2005

75 FUNDOS DE PENSÕES A BPI Pensões geria, em 31 de Dezembro de 2005, 33 fundos de pensões (mais quatro do que no final do ano anterior), cujo volume total de activos financeiros ascendia a M.. Relativamente ao final de 2004, este valor representa um acréscimo de 42%. No final de 2005, a BPI Pensões geria 86 planos de pensões de empresas e 888 contas de participantes individuais, tendo registado um volume total de contribuições e transferências da ordem dos 880 M. e um valor total de pagamentos de pensões e benefícios de 162 M.. No final de 2005, a BPI Pensões ocupava o segundo lugar no ranking das entidades gestoras de fundos de pensões, quanto a volume de activos sob gestão. A quota de mercado que lhe cabia estima-se em 20.9% (não considerando os montantes afectos a PPR e PPA e os montantes afectos às sociedades gestoras do fundo de pensões do Banco de Portugal e Previsão, cujo único objectivo é a gestão de fundos de pensões dos respectivos accionistas). Captação de novos Clientes Em 2005, a BPI Pensões assumiu nove mandatos de gestão de planos de pensões, conquistados em concursos lançados pelas seguintes empresas ou grupos económicos: Budelpack; Celtejo; Electricidade dos Açores; Fundação Calouste Gulbenkian; NetJets; Petrogal; Portucel, S.A.; Repsol Portuguesa; Roche Diagnósticos. A BPI Pensões participou igualmente em 2005, no concurso para gestão dos planos de pensões da Novartis e da Johnson s Wax, tendo sido a sociedade gestora seleccionada por ambas as empresas. A gestão dos respectivos planos de pensões terá início nos primeiros meses de Fundos de pensões sob gestão Bi N.º Património sob gestão N.º de planos Gráfico 46 Rendibilidade dos fundos de pensões O ano de 2005 foi, à semelhança do anterior, um ano marcado pela boa rendibilidade dos fundos de pensões sob gestão, segundo estudos publicados por dois consultores conceituados, a Mercer Investment Consulting e a sucursal em Portugal da Watson Wyatt International Ltd. Segundo os resultados divulgados pela Mercer Investment Consulting, a mediana da rendibilidade da BPI Pensões, em 2005, situou-se em 8.0%, o que coincide com a rendibilidade obtida pelo mercado. De acordo com a sucursal em Portugal da Watson Wyatt International Ltd., os indicadores de rendibilidade situaram-se nos 9.6% para a média ponderada da BPI Pensões, e nos 8.9% para a mediana do mercado das sociedades gestoras de fundos de pensões. Relatório Gestão de Activos 73

76 Numa análise de longo prazo, a BPI Pensões continua a apresentar resultados muito positivos. Os resultados obtidos, expressos pela mediana da rendibilidade dos fundos de pensões geridos pela BPI Pensões, em comparação com as do mercado, foram os seguintes, de acordo com os estudos efectuados pelas duas consultoras: Rendibilidade de longo prazo dos fundos de pensões % Últimos 3 anos Últimos 5 anos Últimos 16 anos Fonte: Mercer Investment Consulting. Média ponderada BPI Pensões Mediana do mercado (universo gestoras) Criação de novos fundos de pensões abertos Em 2005, a BPI Pensões criou dois novos fundos de pensões abertos, designados por BPI Acções e BPI Garantia, cobrindo assim todas as possibilidades de nível de risco de investimento associado às carteiras. Ou seja, a BPI Pensões passou a oferecer aos seus actuais e futuros Clientes a possibilidade de investirem numa carteira agressiva (mais arriscada) ou numa carteira sem risco. Esta necessidade decorria do facto de os fundos abertos existentes, o BPI Valorização e o BPI Segurança, apenas proporcionarem níveis intermédios de risco (médio e baixo). % Últimos 3 anos Últimos 5 anos Últimos 12 anos Fonte: Watson Wyatt International Ltd. Sucursal em Portugal. Gráfico 47 Fundo aberto BPI Valorização galardoado internacionalmente A revista IPE (Investment & Pensions Europe), que premeia anualmente os melhores fundos de pensões europeus e os gestores destes fundos, distinguiu o Fundo BPI Valorização de entre os fundos de pensões nacionais candidatos, atribuindo-lhe o country award. Segundo a IPE, este fundo demarcou-se dos restantes pela adopção de um modelo táctico de alocação de activos, baseado numa análise quantitativa dinâmica, assente, essencialmente, na diversificação da carteira e na adopção de várias estratégias quantitativas para as diferentes classes de activos. Realização de conferência Durante o ano findo, prosseguiram as iniciativas de estreitamento de relações com Clientes, destacando-se a conferência realizada em Março, no Centro Cultural de Belém. Nela intervieram três prestigiados técnicos estrangeiros, especialistas na área financeira e no sistema de pensões alemão. Certificação GIPS A BPI Pensões é uma firma certificada de acordo com os Standards E do GIPS (Global Investment Performance Standards). As normas GIPS decorrem das regras instituídas pelo CFA Institute, que têm por objectivo o cálculo, a apresentação e a publicação da performance das carteiras de investimento de uma forma padronizada, fiável e transparente. A certificação da BPI Pensões foi efectuada pela Mercer Investment Consulting. A política de investimentos dos novos fundos caracteriza-se essencialmente pelo objectivo de investimento de 50% em acções (perto do limite máximo legal, de 55%), no caso do Fundo BPI Acções; e pela garantia do capital investido no final de cada ano, no caso do Fundo BPI Garantia. 74 Banco BPI Relatório e Contas 2005

77 SEGUROS DE CAPITALIZAÇÃO A volume de vendas da BPI Vida, em 2005, foi de M., o que representou uma quota de mercado para os produtos de vida não-risco de 26% (mais 10% do que em 2004). Estes valores significam que a BPI Vida foi a companhia de seguros cujo volume de vendas foi maior neste mercado, em O crescimento deveu-se à venda de produtos de poupança com capital garantido e ao alargamento da oferta aos segmentos alto ou médio alto. Nos planos de poupança reforma, embora a oferta do BPI passe essencialmente por fundos de investimento mobiliário, atingiram-se resultados muito positivos com a comercialização de PPR sob a forma de seguros de capitalização. A produção da BPI Vida, em 2005, aumentou 137%, relativamente ao ano de 2004, em que a produção tinha sido de 834 M.. Produção de seguros de vida de capitalização Valores em M. BPI Novo Aforro Familiar % BPI Aforro Não Residente BPI Aforro PPR/E BPI Multi-suportes (seguros em unidades de conta) % Outros (53%) Total % Este aumento do volume de vendas explica-se, em parte, pelo sucesso do Novo Aforro Familiar, produto dirigido a Clientes mais avessos ao risco, cujo capital é garantido e cujo histórico de rendibilidade é bastante consistente. Deveu-se igualmente à estratégia adoptada pelo BPI de completar a família de produtos de poupança do tipo Aforro com outros seguros dirigidos a diferentes nichos de mercado. Foi o caso do Aforro Não-Residente, concebido para Clientes que não residam em Portugal; do Aforro Jovem, orientado para as crianças (com vencimento aos 18 anos); e do Aforro PPR/E, pensado para Clientes que queiram planear a reforma com garantia do capital. % Quadro 29 Para os segmentos de Clientes mais sofisticados, gama alta ou média alta, foram lançados novos produtos em unidades de conta, destinados especificamente à comercialização nos centros de investimentos e no Private Banking. Estes produtos permitem ao Cliente opções diversificadas consoante o perfil do risco. Proporcionam-lhe igualmente a possibilidade de reequilibrar periodicamente a carteira, acompanhando a evolução do investimento feito, com conhecimento das rendibilidade / volatilidade G obtidas e dos activos que compõem as aplicações. São produtos cuja rendibilidade, em 2005, foi muito interessante: o produto de perfil conservador atingiu uma rendibilidade de 5.11%; o de perfil equilibrado, 8.52%; e o de perfil agressivo, 14.31%. A estrutura da oferta e a actividade desenvolvida pelas redes do BPI (rede comercial, centros de investimento e Private Banking) contribuíram para que a colocação destes produtos marcasse o melhor ano da história da BPI Vida: o de O volume de activos geridos pela BPI Vida aumentou 86%, em 2005, atingindo os M.. Seguros de vida de capitalização Produção anual M Activos sob gestão Bi Gráfico 48 Gráfico 49 Relatório Gestão de Activos 75

78 Banca de Investimento SÍNTESE DA ACTIVIDADE O contributo da actividade da Banca de Investimento corporate finance, corretagem, trading E de acções e private banking para o lucro líquido ascendeu, em 2005, a 9.8 M.. O ROE ascendeu a 60%, pelo que a actividade continua a apresentar uma rendibilidade elevada, face ao seu reduzido consumo de capital. No âmbito do negócio de acções, merece referência a circunstância de 2005 ter sido o primeiro ano completo em que o BPI foi membro da Bolsa de Madrid e o acentuado aumento de comissões (que praticamente duplicaram) na intermediação de acções espanholas. O BPI esteve igualmente muito activo em operações de colocação de blocos de acções (block placement) e organizou, pela primeira vez, uma operação de colocação de um bloco de uma empresa espanhola. O BPI organizou, pelo segundo ano consecutivo, uma conferência dedicada a pequenas e médias capitalizações ibéricas, à qual acorreram 20 empresas e mais de 50 investidores. Realizaram-se também 18 roadshows E que envolveram a realização de mais de 500 reuniões com investidores. Após o lançamento do serviço BPI Net Bolsa, o Grupo BPI era já, no final de 2005, o terceiro a participar na corretagem on-line. Banca de Investimento Principais indicadores ) Indicadores para o ano de 2004 de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário Valores em M. Contributo para o lucro consolidado (13%) Capital médio alocado % Em percentagem do capital próprio médio consolidado do Grupo 1.1% 1.4% - ROE 77.3% 60.4% - Activos sob gestão discricionária e aconselhamento (Private Banking) % Quotas de mercado Corretagem de acções na Euronext Lisboa 9.6% 10.2% - Corretagem on-line 8.7% 9.8% - % Quadro 30 No negócio de Corporate Finance o BPI angariou 31 mandatos de prestação de serviços, dos quais 9 para transacções, 6 para operações de mercado e 16 de consultoria. O volume de negócios de private banking ultrapassava, no final do ano, os M., dos quais mais de M. correspondiam a activos sob gestão. Merecem destaque as rendibilidades dos fundos geridos discricionariamente no âmbito do Private Banking, designadamente os seguros de capitalização e os mandatos de gestão discricionária. 76 Banco BPI Relatório e Contas 2005

79 ACÇÕES Mercado secundário de acções Em 2005, o BPI obteve, no mercado secundário de acções, comissões no valor de 6.2 M., o que corresponde a uma variação homóloga positiva de 44%. Um tal resultado deveu-se ao bom desempenho das comissões obtidas de Clientes institucionais, cujo crescimento foi de 58%. Este decorreu, em grande parte, do acentuado aumento de comissões na intermediação de acções espanholas que, em 2005, aumentaram cerca de 97% relativamente a O ano de 2005 foi o primeiro ano completo em que o BPI foi membro da Bolsa de Madrid. O Banco fortaleceu o seu posicionamento como broker E ibérico, alargando a actividade no mercado espanhol. Em 2005, mais de 1/3 das comissões obtidas com Clientes institucionais decorreram da transacção de acções espanholas e mais de metade dos ganhos de trading de acções foram realizados em activos espanhóis. A BPI Online, corretora do Banco de Investimento que opera via Internet, continuou a aumentar a quota de mercado, tendo esta passado de 8.7%, em 2004, para 9.8%, em 2005, o que confirmou a tendência já observada no ano anterior. O aumento da quota foi acompanhado de uma variação positiva de 28% no volume de transacções. Com investimentos relativamente reduzidos, o BPI Online, consolidou, portanto, a sua posição no quarto lugar do ranking. Importa realçar que, após o lançamento do Serviço BPI Netbolsa, em Setembro de 2005, a quota de mercado do banco de retalho Banco BPI neste negócio tem vindo a aumentar pelo que, o Grupo BPI é já o terceiro maior grupo financeiro a participar na corretagem on-line, em Portugal. Research e vendas Em 2005, o âmbito do research E foi alargado a 93 empresas (65 em Espanha e 28 em Portugal), tendo sido elaboradas de 534 notas de research (excluído notas diárias). O research do BPI continuou, igualmente, a obter boas classificações em rankings que avaliam a qualidade das estimativas feitas e das recomendações. É importante realçar o estudo realizado pela AQ, que, baseando-se em critérios estritamente quantitativos, distinguiu, em 2005, o research do BPI pela precisão das recomendações, considerando-o o melhor na análise sobre empresas portuguesas (PSI-20) e o terceiro melhor a actuar no mercado espanhol, no segmento de mid caps. O BPI organizou, pelo segundo ano consecutivo, desta vez em Madrid, uma conferência dedicada a pequenas e médias capitalizações ibéricas, à qual acorreram 20 empresas e mais de 50 investidores. Em 2005, realizaram-se também 18 roadshows com empresas e vários roadshows com analistas. No total, realizaram-se mais de 500 reuniões com investidores. Trading A actividade de trading de acções contribuiu com 7.9 M. para os resultados do BPI em 2005, enquanto o contributo de 2004 foi de 6.5 M.. A gestão adequada de uma carteira de acções ibéricas juntamente com o controlo do risco de mercado justificam este bom desempenho. Em 2005, o BPI obteve também resultados consideráveis na venda de opções sobre acções portuguesas. Mercado primário de acções Na inexistência de operações de mercado primário em Portugal, o BPI esteve bastante activo em operações de colocação de blocos de acções (block placement). O Banco participou na colocação de um bloco referente a 1.7% do capital da Portugal Telecom e organizou a compra de 19% do capital da CIN. Em 2005, organizou, pela primeira vez, uma operação de colocação de um bloco de uma empresa espanhola: 1.7% do capital da Vidrala. Relatório Banca de Investimento 77

80 CORPORATE FINANCE Durante o exercício de 2005, a Direcção de Corporate Finance angariou 31 mandatos de prestação de serviços: 9 mandatos para transacções; 6 mandatos para operações de mercado; e 16 mandatos de consultoria. Por outro lado, em termos de execução, a Direcção de Corporate Finance prestou mais de 50 assessorias em 2005, tendo alcançado fortes posições competitivas na generalidade dos segmentos de negócio em que actua. Com efeito, em 2005, a Direcção de Corporate Finance liderou a principal oferta pública de distribuição de acções realizada em Portugal, organizou a admissão à negociação da Altri e esteve envolvida em 7 das 16 operações de M&A identificadas como mais relevantes, que representaram mais de 70% do valor total das transacções. Das assessorias que são públicas e que se traduziram, no caso de transacções, em comissões de sucesso, referem-se as que se seguem. ASSESSORIAS DE CORPORATE FINANCE ACE assessoria no processo de reestruturação accionista da Edinfor / ACE. Allianz Portugal assessoria na organização e montagem da oferta pública de distribuição de acções reservada a trabalhadores. Altri assessoria na organização do processo de aquisição da Caima e na análise de decisões de investimento. Auto-Sueco assessoria na análise de decisões de investimento. ATPS assessoria na organização e montagem da oferta pública de aquisição da Ibersol. Cerealis assessoria na análise do projecto de investimento e na avaliação do grupo. Cofina assessoria no processo de cisão do grupo e na análise de decisões de investimento. Ibersol assessoria na análise de decisões de investimento. Jerónimo Martins assessoria no processo de integração da Bestfoods Portugal na FimaVG. NAER assessoria na análise do projecto de investimento do novo aeroporto de Lisboa. Portucel assessoria à Portucel, SGPS, no processo de privatização do capital da Portucel Tejo; avaliação da Lazer e Floresta, no âmbito do processo de privatização da mesma. SN Serviços assessoria no processo de alienação da Ambisider. Sonae Indústria assessoria na análise de decisões de investimento. Sonae Turismo assessoria na organização da operação de aumento de capital da Torralta. TAP assessoria no processo de actualização da avaliação do capital da empresa. TBZ assessoria na análise de decisões de investimento. Tertir assessoria na reorganização empresarial do grupo. Unicer assessoria na angariação de apoios financeiros para um projecto de investimento; avaliação de uma das subsidiárias do grupo; e assistência na análise de decisões de investimento. VAA assessoria em processo de alienação de um dos negócios; assistência na reestruturação financeira do grupo. Viacer assessoria na aquisição de uma empresa de transportes. 78 Banco BPI Relatório e Contas 2005

81 PRIVATE BANKING O volume de negócio do BPI Private Banking atingiu, em 31 de Dezembro de 2005, um total de M., o que representa um crescimento de 22% relativamente ao final do ano anterior. Os activos sob gestão e aconselhamento, principal componente do volume de negócio, ascenderam a M., ou seja, aumentaram 28% relativamente ao final de Salienta-se, por um lado, que o crescimento mais significativo foi alcançado pelos volumes afectos a soluções geridas discricionariamente pelo BPI Private Banking, os quais atingiram, no final de 2005, um volume total de 684 M.. A variação relativamente ao final do ano anterior foi de 54%. Por outro lado, os de activos sob aconselhamento atingiram os M., que correspondem a um crescimento de 16% no ano e o crédito concedido atingiu os 134 M., que correspondem a um crescimento de 13% no ano. No âmbito da actividade comercial desenvolvida em 2005, destacaram-se o apreciável aumento do ritmo de captação de novos Clientes e o aumento dos volumes associados aos principais produtos e serviços em oferta permanente. Para esta evolução contribuíram essencialmente três factores: os resultados atractivos das soluções de investimento propostas; o incremento das capacidades de concepção de soluções à medida; e o reconhecimento pelo mercado das capacidades de aconselhamento financeiro personalizado das equipas de assessores financeiros do BPI Private Banking. No que diz respeito aos resultados das soluções de investimento, devem destacar-se as excelentes rendibilidades proporcionadas, de forma consistente, pelos Seguros BPI Capitalização Private Banking e pelos mandatos de gestão discricionária. Trata-se de soluções a cargo da área de gestão de investimentos do BPI Private Banking, as quais passaram a representar, no final de Dezembro de 2005, mais de 40% do total de activos sem participações estáveis do BPI Private Banking. Seguros de Capitalização BPI Private Banking Rendibilidades brutas Valores em M. Últimos 3 anos BPI Capitalização PB Ultra conservador 4.87% 1.98% 3.15% BPI Capitalização PB Conservador 6.17% 5.11% 4.96% BPI Capitalização PB Equilibrado 7.16% 8.52% 6.67% BPI Capitalização PB Agressivo 9.86% 14.31% 8.66% Quadro 32 BPI SUISSE O ano de 2005 fica marcado pelo pleno sucesso do esforço para atingir os objectivos estabelecidos aquando do início da actividade desta unidade de negócio, em Julho de Relativamente ao ano de 2004, os activos de Clientes sob gestão e aconselhamento da BPI (Suisse), S.A., aumentaram, em 2005, 122%. Esta evolução reflecte a excelente receptividade do mercado ao conceito de serviço proposto. Private Banking Principais indicadores Gestão discricionária e aconselhamento % Gestão discricionária % Aconselhamento % Participações estáveis sob custódia % Crédito concedido % Volume de negócio % % Quadro 31 Relatório Banca de Investimento 79

82 Participações financeiras No final do exercício de 2005, os investimentos do Grupo ascendiam a cerca de 373 M. e correspondiam essencialmente aos investimentos no BCP, Impresa eviacer. Durante 2005, o Grupo BPI concretizou a alienação de duas participações, nos termos acordados ainda em 2004: alienação da participação de 20% na Auto-Estradas do Oeste; Participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2005 Participada % detida Valor de balanço (M. ) BCP 4.0% 306 Impresa 8.2% 34 Viacer 26.0% 24 Cofina 6.0% 9 Vista Alegre Atlantis 19.7% 0 Total 373 Quadro 33 alienação ao grupo Impresa da participação de 41.4% na SIC. Adicionalmente, durante o exercício foram integralmente alienadas as participações detidas na PT (1.8%) e na Altri (6.6%). Procedeu-se ainda a ligeiros ajustamentos nas posições detidas na Impresa e na Cofina. O valor total das alienações referidas ascendeu aproximadamente a 323 M., tendo as mais-valias correspondentes a estas transacções o valor aproximado de 15 M.. 80 Banco BPI Relatório e Contas 2005

83 Private Equity No final de 2005, a área de Private Equity G do Grupo BPI, através da Inter-Risco, geria um conjunto de activos que ascendiam a cerca de 45 M., incluindo carteira própria e fundos de terceiros. O Fundo Caravela Fundo de Capital de Risco promovido pelo Grupo BPI, dotado de um capital de 30 M., tem sido o veículo privilegiado de investimento da área de Private Equity. Ao longo do exercício de 2005, procedeu-se a uma reformulação da equipa afecta à área de Private Equity, que resultou no redimensionamento e na adequação da mesma ao volume de activos geridos. O processo passou também pelo reforço da capacidade de intervenção e angariação de oportunidades de investimento junto de PME nacionais, o objectivo de investimento no âmbito do Fundo Caravela. Assim, durante o exercício de 2005, foram analisadas 55 oportunidades de investimento, que correspondiam a intenções de investimento no valor de aproximadamente 200 M.. Privilegiaram-se a análise e o aprofundamento das transacções que encerrassem um bom potencial de compatibilização com os critérios de investimento do Fundo Caravela. Mantiveram-se os critérios rigorosos de análise e selecção dos projectos, pelo que a taxa de rejeição de projectos se manteve nos níveis habituais nesta actividade. Durante o exercício de 2005, foram realizadas duas operações de investimento, num total de 1.3 M.. Reforçou-se o investimento na ChipIdea, empresa que já integrava a carteira de participações do Fundo Caravela. Em resultado de um ambicioso plano de investimentos e da rápida expansão internacional, a ChipIdea necessitou de levantar fundos adicionais no mercado. A entrada de novos accionistas estrangeiros acompanhou este reforço de capital. Foi concretizada uma nova operação de investimento na TNL Sociedade de Equipamentos Ecológicos e Sistemas Ambientais. Através desta operação, pretendeu-se dotar a empresa dos recursos necessários para um rápido desenvolvimento do produto e de soluções comerciais especialmente pensadas para a entrada no mercado europeu, sobretudo, no ibérico. Os rendimentos de capital associados à carteira de investimentos atingiram, no exercício, o montante global de cerca de 600 M.. Por outro lado, na sequência de uma procura activa de oportunidades de rotação da carteira, procedeu-se ao desinvestimento integral em três empresas participadas. O montante total dos desinvestimentos, que abrangeram seis empresas participadas, ascendeu a 7.8 M.. O valor das mais-valias decorrentes atingiu os 4.1 M.. Mercado O desempenho do sector de capital de risco em Portugal registou uma ligeira melhoria, no decurso do primeiro semestre de 2005, apesar da escassez de oportunidades de investimento atractivas, das reduzidas perspectivas de desinvestimento, por via das poucas fusões e aquisições empresariais, e de uma actividade globalmente pouco expressiva relativamente ao contexto europeu. É importante salientar, no entanto, o aumento da actividade de fund-raising (+45%), devido, em grande parte, ao surgimento de duas novas tipologias de investidores nacionais seguradoras e fundos de fundos. Os indicadores disponíveis relativamente à actividade de private equity, em Portugal, no primeiro semestre de 2005, apontam para um crescimento de 30% no valor dos fundos sob gestão (para cerca de 982 M. ), tal como para o crescimento de 8% no volume de investimento. Este ascendeu a 56 M., indicando uma tendência para o excesso de liquidez no mercado de private equity nacional. Entre os investimentos efectuados no decurso deste período, regista-se que os investimentos em expansão mantiveram a primazia (42%) e que as operações de buyout se mantiveram em valores residuais (3%). Já o volume de desinvestimentos sofreu uma redução significativa relativamente ao período homólogo de 2004: 27 M. (40 M., no primeiro semestre de 2004). Merece destaque o peso dos desinvestimentos através de venda à equipa directiva (31%) e através de trade sale (21%). Relatório Participações financeiras e Private Equity 81

84 Estratégia de investimento A actividade de private equity do BPI, no exercício de 2005, consistiu essencialmente no acompanhamento da carteira de participações existente, e na gestão dos fundos de capital de risco em que o Grupo detém participações, à semelhança do modelo adoptado na generalidade dos mercados europeus. A política de investimentos do Fundo Caravela, vocacionado para PME nacionais, privilegia os projectos liderados por equipas de gestão profissionais, dotadas de uma visão estratégica do negócio, desenvolvidos em empresas com elevado potencial de crescimento, e dotadas de adequados sistemas de informação de gestão. Investimentos A actual carteira de investimentos é a que se segue. Investimentos de Private Equity Em 31 de Dezembro de 2005 % Empresa detida Actividade Ibersol 6.0% Retalho alimentar (Pizza Hut, Goody s, KFC, O Kilo, Pasta Café, Frangão ). Douro Azul 11.26% Cruzeiros no Douro e actividade hoteleira. Arco Bodegas Unidas 2.14% Produção e comercialização de vinhos. Fernando & Irmãos 10.4% Holding que controla a Aveleda produção e comercialização de vinhos. Caravela Gest 20.0% Retalho alimentar (Häagen Dazs). Tecmic 24.5% Microelectrónica. ChipIdea 6.4% Prestação de serviços à indústria de semicondutores / design E de chips. TNL 16.7% Desenvolvimento e comercialização de contentorização de resíduos sólidos urbanos. Sociedade Vinhos Borges 12.5% Produção e comercialização de vinhos. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

85 TRANSIÇÃO PARA AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE (IAS / IFRS) As demonstrações financeiras consolidadas do Banco BPI, relativas a 31 de Dezembro de 2005 foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS / IFRS) adoptadas pela União Europeia. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade, as demonstrações financeiras relativas a 31 de Dezembro de 2004 são apresentadas de acordo com as IAS / IFRS (pro forma conforme às IAS / IFRS). As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004, originalmente registadas e reportadas de acordo com as regras do Banco de Portugal (PCSB Plano de Contas para o Sistema Bancário), então em vigor, são igualmente apresentadas para que sirvam de referência. Principais limitações à comparabilidade da informação O regulamento que impõe a adopção das IAS / IFRS a partir de 1 de Janeiro de 2005 determina, igualmente, a apresentação de informação comparável para o exercício de 2004, excepto no que respeite às normas 32 (divulgação e apresentação de instrumentos financeiros), 39 (reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros) e 4 (IFRS contratos de seguro). A comparabilidade das demonstrações financeiras relativas a 31 de Dezembro de 2005 e das demonstrações financeiras pro forma relativas a 31 de Dezembro de 2004 apresenta, portanto, as limitações principais que a seguir se indicam. De acordo com as IAS, as comissões relativas a operações de crédito são periodizadas ao longo da vida da operação; ao passo que, de acordo com as regras do PCSB, aquelas comissões eram registadas no momento da contratação das referidas operações. Em conformidade com as IAS, ao contrário do previsto no PCSB, tanto as mais-valias como as menos-valias potenciais da carteira de títulos disponíveis para venda passam a registar-se no balanço por contrapartida de capitais próprios, na reserva de justo valor e as perdas por imparidades são reconhecidas em resultados. Todos os derivados de cobertura e os activos e passivos financeiros conexos são relevados ao justo valor; As IAS introduzem o conceito de imparidade no crédito, determinável por métodos de discounted cash flow e estimativas de valor recuperável. As normas do PCSB exigiam a constituição de provisões específicas para crédito vencido (de acordo com a antiguidade da situação de incumprimento) e de uma provisão genérica para crédito produtivo. Em IAS, as acções próprias e as mais e menos-valias realizadas com a sua venda são reconhecidas directamente em capitais próprios. Em 2005, em IAS, não são reconhecidas provisões para desvios de sinistralidade nos capitais próprios e nos resultados das empresas associadas de seguros de risco. Relatório Private Equity 83

86 Análise financeira Principais indicadores consolidados (Montantes consolidados em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma) 1) Fundos de investimento, PPR e PPA, seguros de capitalização, activos de Clientes de Private Banking e de Clientes institucionais sob gestão discricionária Quadro 35 e aconselhamento e activos dos fundos de pensões sob gestão (incluindo os fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo). 2) Crédito, garantias e recursos totais de Clientes. 3) Número de Colaboradores das empresas que consolidam por integração global. 4) Custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros (custos de funcionamento) e amortizações. 5) Calculado de acordo com a Instrução 16 / 2004 do Banco de Portugal. 6) Número médio ponderado de acções, considerado no cálculo do resultado básico por acção. Corresponde ao número de acções emitidas a que se subtrai acarteira média de acções próprias. No final de 2004 e 2005, o número de acções emitidas era de 760 milhões. 7) Provisões para crédito no exercício (específicas e genéricas de acordo com o Aviso 3 / 1995 do Banco de Portugal) em percentagem da carteira de crédito a Clientes. 8) Em 31 de Dezembro de 2004, o financiamento das responsabilidades com pensões reconhecidas no balanço (valor das responsabilidades com pensões tendo em consideração os decrementos de invalidez G no montante de 83 M. ) ascendia a 100.3%. 9) Calculado de acordo com as regras do Banco de Portugal sobre requisitos mínimos de fundos próprios (Aviso n.º 7 / 96) PCSB 2004 pro forma IAS Activo total líquido % Activos financeiros de terceiros sob gestão % Volume de negócios % Crédito a Clientes (bruto) e garantias % Recursos totais de Clientes F % Volume de negócios 2 por Colaborador (milhares de euros) % Produto bancário F por Colaborador (milhares de euros) % Custos de estrutura 4, F / produto bancário F 62.6% 61.3% 57.7% - Custos de funcionamento F / produto bancário 57.0% 56.1% 53.3% - Custos com pessoal / produto bancário e resultados de equivalência patrimonial % 34.6% 33.2% - Custos de funcionamento e amortizações / produto bancário e resultados de equivalência patrimonial % 59.8% 56.4% - Lucro líquido % Valores por acção F ajustados (euros) Lucro líquido % Dividendo % Valor contabilístico % N.º médio ponderado de acções F (em milhões) (0.3%) Produto bancário e resultados de equivalência patrimonial / ATM 5 3.4% 3.3% 3.3% - Resultados antes de impostos e interesses minoritários / ATM 5 1.0% 0.8% 1.1% - Rendibilidade do activo total médio (ROA) F 0.8% 0.6% 0.9% - Resultados antes de impostos e interesses minoritários / capital próprio médio (incluindo interesses minoritários) % 15.2% 23.2% - Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) F 15.2% 17.1% 23.5% - Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito a Clientes 1.1% 1.0% 1.3% - Imparidades de crédito (balanço) / crédito a Clientes - 1.6% 1.6% Imparidades de crédito no exercício, deduzidas de recuperações de crédito vencido abatido ao activo (conta de resultados) / crédito a Clientes 0.33% % % Património dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo % Financiamento das responsabilidades com pensões F 95.3% % 100.2% - Situação líquida % Fundos próprios Activos ponderados pelo risco Rácio de requisitos de fundos próprios 5, 9 9.8% % - Tier I 5, 9 6.5% - 7.3% IAS % 84 Banco BPI Relatório e Contas 2005

87 SÍNTESE Consolidado RESULTADOS CONSOLIDADOS O lucro líquido consolidado do BPI, no exercício de 2005, ascendeu a M., o que corresponde a um crescimento de 57.5%, em relação ao resultado pro forma conforme às IAS / IFRS de M., obtido em O lucro em 2005 foi superior em 30.1% ao lucro de M., apurado no ano de 2004, em conformidade com o Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB). O lucro líquido por acção aumentou de 21 cêntimos de euro, em 2004, para 33 cêntimos de euro, em 2005; ou seja, foi 57.9% superior ao pro forma conforme às IAS / IFRS do ano anterior. A rendibilidade dos capitais próprios médios (ROE) subiu de 15.2, em 2004, para 23.5%, em contribuiu com 26.6 M. e 69.7 M. em 2004 e 2005, respectivamente). O peso relativo do lucro desta actividade passou de 18.1%, em 2004, para 28.5%, em O ROE na actividade internacional foi de 66.8%. Lucro líquido consolidado M A actividade doméstica, à qual esteve alocado 90% do capital médio do Grupo, aumentou, em 2005, o contributo para o resultado consolidado em 37.4% para M., relativamente ao do ano anterior, de acordo com as IAS / IFRS. O ROE na actividade doméstica situou-se em 18.7%. Por sua vez, o lucro da actividade internacional, que agrega o negócio da Banca Comercial desenvolvido em Angola e Moçambique, registou um crescimento expressivo: de 28.8 M., em 2004, para 71.5 M., em 2005 (o Banco de Fomento Angola IAS PCSB Gráfico 50 ROE por áreas de negócio Em 2005 Valores em M. Grupo BPI (consolidado) Banca Comercial Actividade doméstica 1 Banca de Investimento Participações de capital e outros Total Actividade internacional de banca comercial 2 Activo médio ponderado pelo risco Capital próprio (médio) Ajustamento por reafectação do capital 95.2 (56.3) (39.0) Capital alocado (ajustado) Lucro líquido (8.2) Ajustamento ao lucro por reafectação do capital 1.4 (0.8) (0.6) Lucro líquido (ajustado) (8.8) ROE % 60.4% neg. 18.7% 66.8% 23.5% Segmentação geográfica da actividade do Grupo BPI Quadro 36 1) A actividade doméstica corresponde à actividade de banca comercial desenvolvida em Portugal, incluindo a prestação, no estrangeiro, de serviços bancários a não-residentes, designadamente às comunidades de emigrantes portugueses, e os serviços prestados, na sucursal de Madrid, à actividade de banca de investimento, e à actividade de private equity e outras participações. 2) Entende-se por actividade internacional a actividade desenvolvida pelo Banco de Fomento Angola, bem como a apropriação de resultados da participação de 30% detida no BCI Fomento, em Moçambique, e de 92.7% na corretora BPI Dealer em Moçambique. O contributo para o resultado da actividade internacional, em 2005, do Banco de Fomento Angola ascendeu a 69.7 M., o do BCI Fomento foi de 1.8 M., e o da BPI Dealer Moçambique foi de M.. Cálculo do ROE por áreas de negócio 3) O capital próprio afecto à actividade internacional é o capital contabilístico. Quanto à actividade doméstica, para determinação do capital ajustado afecto a cada uma das áreas pressupôs-se uma utilização de capital idêntica à utilização média no conjunto da actividade. Deste modo, o valor do capital afecto a cada área é calculado multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre situação líquida e activo ponderado para o conjunto das referidas áreas. Sempre que a situação líquida de uma área de negócio seja superior (ou inferior) ao capital afecto pelo procedimento acima descrito, pressupõe-se uma redistribuição do capital, sendo o contributo da área ajustado pelos custos (proveitos) que resultam do aumento (diminuição) dos recursos alheios, em virtude da reafectação do capital. A rendibilidade de cada área resulta do quociente entre o contributo ajustado e o capital alocado à área. Relatório Análise financeira 85

88 Consolidado A par do crescimento do resultado consolidado, a qualidade dos activos e a solidez financeira registaram um considerável reforço, num ano em que foi necessário acomodar os impactos negativos no capital resultantes da transição para as IAS / IFRS. O custo do risco de crédito, medido pelas imparidades do exercício, deduzidas das recuperações de crédito vencido anteriormente abatido ao activo, representou, em 2005, 0.24% da carteira de crédito consolidada média. O rácio do crédito vencido consolidado, com mais de 90 dias, era de 1.3% no final de Foi alcançado o financiamento integral do acréscimo das responsabilidades com pensões que resultou da transição para as IAS / IFRS e da alteração dos pressupostos actuariais, no final de A operação envolveu a realização de contribuições para o fundo de pensões de 627 M.. No final do ano a cobertura total das responsabilidades pelo património dos fundos de pensões era de 100.2%. Em 31 de Dezembro de 2005, o rácio de requisitos de fundos próprios consolidado, de acordo com as regras do Banco de Portugal, era de 11.5% e o rácio do Tier I era de 7.3%. Naquela data, a parcela do impacto negativo nos fundos próprios da transição para as IAS / IFRS que faltava reconhecer representava 0.8% dos activos ponderados pelo risco, em 31 de Dezembro de Este impacto será reconhecido gradualmente até 2011, inclusive, de acordo com o calendário definido pelo Banco de Portugal. Contributos de cada área de negócio para o lucro líquido consolidado em 2005 Afectação do capital médio a cada área de negócio em 2005 M Banca Comercial 86% (8.2) Actividade doméstica de Banca Comercial Banca de Investimento Participações de capital e outras Actividade internacional de Banca Comercial Lucro líquido consolidado Actividade Internacional 10% Actividade internacional Banca de Investimento 1% Participações de capital e outros 3% Actividade doméstica Gráfico 51 Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

89 Consolidado Conta de resultados consolidada 1) Em 2004, estavam incluídas na rubrica COMISSÕES E OUTROS PROVEITOS (LÍQUIDOS) PCSB 2004 pro forma IAS Margem financeira estrita % Margem bruta de unit links % Rendimento de instrumentos de capital (2.0%) Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Margem financeira % Resultado técnico de contratos de seguros (10.3%) Comissões e outros proveitos (líquidos) % Rendimentos e encargos operacionais (3.6) (1.3) (6.1) (363.7%) Ganhos e perdas em operações financeiras % Produto bancário % Custos com pessoal % Custos com reformas antecipadas (99.2%) Outros gastos administrativos % Amortizações de imobilizado (5.8%) Custos de estrutura (9.6%) Resultado operacional % Recuperação de créditos vencidos % Provisões e imparidades para crédito (14.3%) Outras imparidades e provisões (12.9) (13.2) % Resultados extraordinários (líquidos) (40.2) Resultado antes de impostos % Impostos sobre lucros % Resultados de empresas reconhecidas por equivalência patrimonial (5.9%) Interesses minoritários % Lucro líquido % Cash flow após impostos % 2005 IAS Valores em M. % Quadro 37 Relatório Análise financeira 87

90 Consolidado BALANÇO CONSOLIDADO O activo total líquido ascendia, em 31 de Dezembro de 2005, a M., o que corresponde a um aumento de 17%, relativamente ao final de Para esse crescimento contribuiu a expansão da carteira de crédito em M. (+10%) e o aumento da carteira de títulos detidos para negociação em M. (+104%) em resultado do aumento da carteira de activos afectos à cobertura dos seguros de capitalização. Os recursos de Clientes com registo no balanço aumentaram 15.7% para M.. Os recursos fora de balanço registaram um crescimento de 7.4%. programa de euro medium term notes (EMTN) de M. para M.. Os spreads pagos pela dívida sénior continuaram a cair, no seguimento da tendência de 2003 e 2004, o que permitiu o refinanciamento da dívida de médio e longo prazo a custos decrescentes. Activo consolidado líquido e desintermediação Bi De referir, por outro lado, que os recursos de médio e longo prazo captados no mercado registaram um crescimento de 35.4%, para M.. A maturidade média dos recursos de médio e longo prazo aumentou de 3.4 para 3.8 anos e, simultaneamente, ocorreu uma redução da exposição ao endividamento no mercado monetário cuja proporção, no total dos recursos, diminuiu de 2.6%, em 2004, para 2%, em Dezembro de Durante 2005, o financiamento de médio e longo prazo captado pelo BPI foi de M., dos quais cerca de M. através de operações de titularização de activos e M. via operações de private placement no mercado internacional. Com o objectivo de flexibilizar a capacidade de emitir, o Banco aumentou o seu Desintermediação 1 (PCSB / IAS) Activo total 2 (PCSB / IAS) 1) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço. 2) Corrigido de duplicações de registo. Gráfico 53 Composição do balanço em 2005 Activos monetários e crédito a instituições de crédito Activos financeiros e derivados de cobertura Activo 6.2% 20.2% Passivo e capitais próprios 9.6% 16.8% Débitos para com instituições de crédito e passivos financeiros de negociação Dívida titulada Crédito a Clientes Participações, imobilizado e outros 69.5% 4.1% % 6.6% 10.7% 2005 Débitos para com Clientes e provisão técnica de seguros 1 Passivos financeiros associados a activos transferidos Capitais próprios, dívida subordinada e outros passivos 1) Relativa aos seguros de capitalização com participação discricionária nos resultados Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

91 Consolidado Balanço consolidado 2004 PCSB 2004 pro forma IAS Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais % Disponibilidades em outras instituições de crédito % Aplicações em instituições de crédito (16.9%) Crédito a Clientes % Activos financeiros detidos para negociação % Activos financeiros disponíveis para venda % Derivados de cobertura % Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação (44.3%) Outros activos tangíveis (1.5%) Activos intangíveis (2.4%) Activos por impostos (1.2%) Acções próprias Outros activos % Total do activo % Passivo e capitais próprios Recursos de bancos centrais (42.8%) Passivos financeiros detidos para negociação % Recursos de outras instituições de crédito (19.8%) Recursos de Clientes e outros empréstimos % Responsabilidades representadas por títulos % Provisões técnicas % Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Provisões (9.9%) Passivos por impostos % Títulos de participação (0.4%) Passivos subordinados (3.7%) Outros passivos (37.0%) Capital % Prémios de emissão e reservas % Outros instrumentos de capital % Acções próprias - - (42.9) - Resultado do exercício % Interesses minoritários % Total do passivo e capitais próprios % Por memória: Crédito por assinatura % Recursos captados de Clientes com registo fora do balanço % 1) O montante dos fundos de investimento incluídos nestes recursos está corrigido pelas unidades de participação nas carteiras dos bancos do Grupo IAS Valores em M. % Quadro 38 Relatório Análise financeira 89

92 ACTIVIDADE DOMÉSTICA Principais indicadores da actividade doméstica (Montantes em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma) 2004 pro forma IAS Activo total líquido % Activos financeiros de terceiros sob gestão % Volume de negócios % Crédito a Clientes (bruto) e garantias % Recursos totais de Clientes F % Volume de negócios 2 por Colaborador (milhares de euros) % Produto bancário F por Colaborador (n.º médio) (milhares de euros) % Custos de estrutura 4, F / produto bancário 64.3% 63.0% - Custos de funcionamento F / produto bancário 59.1% 58.5% - Lucro líquido % Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) F 15.4% 18.7% - Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito a Clientes 1.1% 1.3% - Imparidades de crédito (balanço) / crédito a Clientes 1.6% 5 1.5% - Imparidades de crédito no exercício, deduzidas de recuperações de crédito vencido abatido ao activo (conta de resultados) / crédito a Clientes 0.30% % - Situação líquida % 1) Fundos de investimento, PPR e PPA, seguros de capitalização, activos sob gestão discricionária e aconselhamento de Clientes de Private Banking e de Clientes institucionais, e activos dos fundos de pensões sob gestão (incluindo os fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo). 2) Crédito, garantias e recursos totais de Clientes. 3) Número de Colaboradores das empresas que consolidam por integração global. 4) Custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros (custos de funcionamento) e amortizações. 5) Provisões para crédito no balanço / crédito a Clientes. 6) Provisões para crédito no exercício (específicas e genéricas de acordo com o Aviso 3 / 1995 do Banco de Portugal) em percentagem da carteira de crédito a Clientes IAS % Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

93 Actividade doméstica CONTA DE RESULTADOS A actividade doméstica gerou um lucro líquido de M., o que corresponde a um crescimento de 37.4% (ou seja, M. ) relativamente a O produto bancário cresceu 4.9%, para M., em 2005, e a evolução das suas componentes principais foi a seguinte: aumento da margem financeira de 4.9% (+22.1 M. ), com um crescimento de 1.7% da margem financeira estrita; aumento das comissões, incluindo as comissões associadas ao custo amortizado, de 5.4% (+13.4 M. ); e aumento dos lucros em operações financeiras de 101% (+24.2 M. ). Manteve-se, em 2005, a trajectória de melhoria dos indicadores de eficiência. O indicador dos custos de estrutura em percentagem do produto bancário melhorou de 64.3%, em 2004, para 63%, em Esta evolução reflecte o facto de a progressão dos proveitos ser superior ao aumento dos custos. Os custos de estrutura aumentaram 3.3% (+15.4 M. ) relativamente a 2004, excluindo os custos não recorrentes com reformas antecipadas de 77.4 M., em 2004, e 0.6 M., em O resultado antes de impostos aumentou em 69.7 M., ou seja, +47.5%, relativamente a A taxa média de imposto sobre os lucros 1 situou-se em 22.4% (em 2004 fora de 21.0%). Os contributos das empresas da área dos seguros Allianz e Cosec, reconhecidas por equivalência patrimonial (equity method) G, ascenderam a 14.4 M., o que corresponde a um aumento de 68.2% (+5.8 M. ) relativamente a Lucro líquido da actividade doméstica M A conta de resultados beneficiou, em 2005, de uma redução do custo do risco do crédito. As imparidades de crédito no exercício (líquidas de reposições), que reflectem a perda de crédito estimada, deduzidas das recuperações de crédito vencido anteriormente abatido ao activo, ascenderam a 36.6 M., o que representa 0.19% da carteira média de crédito. Em 2004, as provisões para crédito, de acordo com os critérios do Banco de Portugal (provisões específicas e genéricas de acordo com os Avisos do Banco de Portugal 3 / 1995 e 8 / 2003), deduzidas das recuperações de crédito vencido, haviam ascendido a 54.5 M. (0.30% da carteira média de crédito). O custo do risco caiu, portanto, 32.8% entre 2004 e IAS PCSB Gráfico 55 A evolução do resultado foi, entretanto, penalizada pela evolução das outras imparidades e provisões. Enquanto em 2004 beneficiara de reposições de 15.5 M., em 2005, regista dotações de 33.3 M., das quais 30.9 M. se destinaram a participações financeiras. 1) Medida pela relação entre impostos sobre os lucros e o resultado antes de impostos. Relatório Análise financeira 91

94 Actividade doméstica Conta de resultados da actividade doméstica 1) Em 2004, estavam incluídas na rubrica COMISSÕES E OUTROS PROVEITOS (LÍQUIDOS) PCSB 2004 pro forma IAS Margem financeira estrita % Margem bruta de unit links % Rendimento de instrumentos de capital (2.0%) Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Margem financeira % Resultado técnico de contratos de seguros (10.3%) Comissões e outros proveitos (líquidos) (0.2%) Rendimentos e encargos operacionais (2.5) (0.2) (5.4) - Ganhos e perdas em operações financeiras % Produto bancário % Custos com pessoal % Custos com reformas antecipadas (99.2%) Outros gastos administrativos % Amortizações de imobilizado (8.4%) Custos de estrutura (11.1%) Resultado operacional % Recuperação de créditos vencidos % Provisões e imparidades para crédito (22.3%) Outras imparidades e provisões (16.3) (15.5) % Resultados extraordinários (líquidos) (40.1) Resultado antes de impostos % Impostos sobre lucros % Resultados de empresas reconhecidas por equivalência patrimonial (5.7%) Interesses minoritários % Lucro líquido % Cash flow após impostos % 2005 IAS Valores em M. % Quadro 40 Lucro líquido da actividade doméstica em 2005 M. Resultados de subsidiárias reavaliadas por equivalência patrimonial [22.3] Produto bancário [775.6] Interesses minoritários [10.9] Impostos sobre lucros [48.4] Outras imparidades e provisões [33.3] Imparidades de crédito líquidas de recuperações de crédito vencido abatido ao activo [36.6] Custos de estrutura [489.3] Proveitos Lucro líquido Custos e impostos Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

95 Actividade doméstica ANÁLISE DOS PROVEITOS Margem financeira A margem financeira na actividade doméstica aumentou 4.9% relativamente a 2004, ou seja, 22.1 M.. A margem financeira inclui, em 2005, as comissões associadas ao custo amortizado que, em 2004, se registaram sob a rubrica COMISSÕES E OUTROS PROVEITOS LÍQUIDOS. O crescimento da margem financeira, em 2005, excluindo as comissões associadas ao custo amortizado, foi de 1.8%, ou seja, 8.2 M.. Os dividendos recebidos ascenderam a 17.7 M., em Os contributos mais significativos provieram das participações detidas no BCP, de 7.5 M. (7.6 M., em 2004); na SIBS, de 1.3 M. (4.3 M., em 2004); e na Portugal Telecom, de 7.3 M. (4.6 M., em 2004). A participação na Portugal Telecom foi entretanto alienada, em Julho de Os resultados obtidos nos seguros de capitalização sem participação discricionária nos resultados (margem bruta de unit links) ascenderam a 3.2 M.. Margem financeira 2004 Valores em M % compensou o efeito da redução em 0.07 pontos percentuais da taxa de juro média da carteira. Manteve-se, portanto, em 2005, a pressão de estreitamento de spreads no crédito, em especial no crédito a Clientes de menor risco. O spread, relativamente aos respectivos indexantes de mercado, no segmento de empresários e negócios, diminuiu para 2.92% 1, em 2005, isto é, menos 0.24 pontos percentuais. No crédito a empresas, em project finance e da banca institucional, o spread médio diminuiu em 0.07 pontos percentuais. Todavia, o segmento do crédito a empresas regista apenas uma ligeira redução do spread médio, de 0.01 pontos percentuais, situando-se em 1.45% 1, em Margem financeira em 2005 Margem financeira estrita 92.7% Margem financeira estrita M Margem financeira estrita % Margem bruta de unit links % Rendimento de instrumentos de capital dividendos (2.0%) Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Margem financeira % 1) Em 2004, estavam incluídas na rubrica COMISSÕES E OUTROS PROVEITOS (LÍQUIDOS). Quadro 41 Margem financeira estrita A margem financeira estrita aumentou em 7.3 M. relativamente a 2004 (+1.7%). Margem bruta de unit links 0.7% Comissões associadas ao custo amortizado 2.9% Dividendos 3.7% Gráfico IAS PCSB Gráfico 58 Os proveitos dos activos remunerados aumentaram em 55.1 M. (+7.1%) relativamente a 2004, em resultado principalmente da expansão da carteira de crédito. Os proveitos com juros gerados pela carteira de crédito aumentaram em 45.5 M. (+6.5%). O crescimento do crédito de 8.4%, relativamente a saldo médio da carteira, gerou um efeito volume positivo de 58.9 M., que A redução do spread médio da carteira de crédito hipotecário foi de 0.06 pontos percentuais, para 1.14% 1, em Refira-se que, em 2005, o novo crédito hipotecário foi contratado com um spread médio de 0.85% 1, inferior em 0.12 pontos percentuais ao contratado em A carteira de crédito à habitação está, em cerca de 99%, directamente indexada às taxas de mercado, com um repricing gap G de cerca de seis 1) Spread médio do crédito relativamente aos respectivos indexantes. Relatório Análise financeira 93

96 Actividade doméstica meses, em média. O outro crédito a particulares é maioritariamente de taxa fixa. Em 2005, a taxa média de juro deste crédito foi de 8.42%, a que correspondeu um spread médio de 5.31% 1. Os custos de financiamento, líquidos dos resultados em derivados de cobertura, aumentaram em 52.9 M. 2, relativamente a De forma a financiar o crescimento do crédito, promoveu-se a captação de recursos de médio e longo prazo junto de investidores institucionais, o que permitiu igualmente um aumento da maturidade média do passivo. Obtiveram-se igualmente fundos adicionais com a redução da carteira de obrigações e com o recurso, pela primeira vez, à securitização de créditos G. Foram realizadas duas operações de securitização: uma de 500 M. de créditos a PME, em Abril, com um spread médio (tranches A e B) de 10 pontos base; e outra de M. de crédito à habitação, em Novembro, com um spread médio de 15 pontos base (tranches A, B, C e D). O custo com juros de depósitos diminuiu 7.7 M., o que reflecte a redução do saldo médio. A taxa média de remuneração dos depósitos aumentou em 0.04 pontos percentuais, enquanto a taxa média de mercado, tomando em consideração a Euribor a três meses, aumentou em 0.08 pontos percentuais. Importa referir que a comparabilidade das rubricas de débitos titulados e derivados de cobertura é afectada pela aplicação das IAS 32 e IAS 39 apenas a partir de 1 Janeiro de 2005: os derivados embutidos nas obrigações emitidas passaram a ser registados separadamente das obrigações, sendo a respectiva remuneração compensada pelos resultados registados na rubrica DERIVADOS DE COBERTURA. O aumento, em 2005, dos custos com débitos titulados foi parcialmente compensado pelos resultados obtidos na cobertura com instrumentos derivados. Mencione-se ainda o impacto negativo na margem da realização, em 2005, de 627 M. de contribuições para o fundo de pensões, de modo a financiar integralmente o acréscimo de responsabilidades com pensões que resultaram da transição para IAS / IFRS e da alteração adicional dos pressupostos actuariais, no final de As contribuições ocorreram em Março (64 M. ), em Novembro (262 M. ) e em Dezembro (301 M. ). Evolução da margem dos activos e passivos remunerados 2004 PCSB 2004 pro forma IAS Activos remunerados Aplicações em instituições de crédito % Crédito a Clientes % Títulos de dívida % Proveitos dos activos remunerados % Passivos remunerados Recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito, e passivos financeiros de negociação, excluindo derivados % Recursos de Clientes (7.7) (4.3%) Débitos titulados % Passivos subordinados e outros instrumentos representativos do capital (0.4) (1.8%) Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização Custo dos passivos remunerados % Subtotal (45.5) (12.6%) Outros proveitos e custos (13.4) (3.3) % Derivados de negociação 5.9 (2.3) (8.2) (138.2%) 53.8 Derivados de cobertura % Margem financeira estrita % Nota: Os juros dos activos e passivos remunerados e os proveitos e custos com juros de derivados de cobertura da BPI Vida estão incluídos na margem bruta de seguros. 1) Spread médio do crédito relativamente aos respectivos indexantes. 2) Um aumento dos custos com juros dos passivos remunerados de M., deduzido do aumento em 47.8 M. dos ganhos em derivados de cobertura. 3) Inclui crédito securitizado. 4) Títulos de dívida na carteira de activos de negociação e na carteira de activos disponíveis para venda. 5) Inclui rendimento de obrigações indexadas a índices, cobertas por instrumentos derivados. Os resultados dos derivados embutidos e dos derivados de cobertura são registados separadamente na rubrica DERIVADOS DE COBERTURA IAS M. Valores em M. % Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

97 Actividade doméstica O quadro seguinte apresenta, para o saldo médio dos activos e passivos remunerados, as correspondentes taxas médias de juro, e o spread destas face à taxa média de mercado. Utilizou-se, como taxa de mercado, a Euribor a três meses. Em 2004, os saldos médios e taxas médias de juro foram calculados de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, enquanto, para 2005, foram calculados de acordo com as IAS / IFRS. A comparabilidade da informação é especialmente afectada nas rubricas TÍTULOS DE DÍVIDA e DÉBITOS TITULADOS. Taxas médias dos activos remunerados e dos passivos remunerados Saldo médio PCSB 2004 Juro Valores em M. Activos remunerados Crédito a Clientes % 1.8% % 1.7% Empresas, project finance e Clientes institucionais % 1.4% % 1.3% Crédito hipotecário % 1.2% % 1.1% Outro crédito a particulares % 6.8% % 6.2% Crédito a empresários e negócios % 3.2% % 2.9% Outro % 2.7% % 2.2% Outros activos remunerados % 1.0% % 1.6% Derivados Activos remunerados % 4.2% % 4.3% Passivos remunerados Recursos de Clientes % 0.7% % 0.7% Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização % (0.2%) Outros passivos remunerados % (0.3%) % (1.3%) Derivados Passivos remunerados % (2.0%) % (2.4%) Por memória: Euribor a três meses 2.11% 2.18% Nota: Os saldos médios dos activos e passivos remunerados da BPI Vida e correspondentes juros foram excluídos do quadro, uma vez que, os proveitos Quadro 43 e custos com juros da BPI Vida são registados sob as rubricas MARGEM BRUTA DE UNIT LINKS e RESULTADO TÉCNICO DE CONTRATOS DE SEGURO, pelo que não afectam a margem financeira estrita. 1) Relativamente à média anual da Euribor a três meses: activos remunerados = yield médio - Euribor a três meses; passivos remunerados = Euribor a três meses - yield médio. 2) Inclui crédito securitizado. 3) Títulos de dívida na carteira de activos de negociação e na carteira de activos disponíveis para venda e aplicações em instituições de crédito. 4) Inclui recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito, passivos financeiros de negociação (excluindo derivados), dívida titulada, dívida titulada subordinada e títulos de participação. Taxa média Spread médio 1 Saldo médio IAS / IFRS 2005 Juro Taxa média Spread médio 1 Resultado técnico dos contratos de seguro O contributo para o produto bancário dos seguros de capitalização com participação discricionária nos resultados ascendeu a 11.9 M., em Inclui os ganhos e perdas na gestão dos recursos captados afectos aos produtos de capitalização, sendo deduzidos das responsabilidades para com Clientes (provisões matemáticas e participação nos resultados). Relativamente a 2004, tal contributo corresponde a uma redução de 10.3% (-1.4 M. ), apesar do forte crescimento (+91.7%) da carteira destes produtos. Explica esta evolução principalmente o facto de o BPI ter decidido cobrar, em 2005, comissões de gestão inferiores às do ano anterior. Relatório Análise financeira 95

98 Actividade doméstica Comissões As comissões e outros proveitos equiparados líquidos (acrescidos das comissões associadas ao custo amortizado, para assegurar a comparabilidade entre 2004 e 2005), na actividade doméstica, cresceram 5.4%. Comissões 1 em 2005 Fundos de investimento, seguros de capitalização e fundos de pensões 18.1% Proveitos com cartões 19.4% Crédito e garantias 28.5% Banca Comercial 10.1% Banca de Investimento 1) Inclui comissões associadas ao custo amortizado. Depósitos à ordem e serviços associados 10.6% Intermediação de seguros 7.5% Outras 5.8% Gráfico 59 As comissões da Banca Comercial registaram um crescimento de 4.0% (+9.0 M. ). Salienta-se, relativamente a 2004, o aumento das comissões associadas a crédito e a garantias (+8.0%), das comissões por fundos de investimento, seguros de capitalização e fundos de pensões (+5.9%). Este aumento reflecte principalmente o efeito volume da elevada colocação de seguros de capitalização, e o acréscimo dos resultados da intermediação de seguros (+22.8%), que beneficiou do aumento dos resultados apropriados das carteiras das apólices 1 do ramo vida-risco, em resultado de uma redução da sinistralidade. Comissões e outros proveitos (líquidos) 2004 Valores em M % Comissões da Banca Comercial 1 Comissões associadas a crédito e garantias % Proveitos com cartões (1.3%) Fundos de investimento, seguros de capitalização e fundos de pensões % Depósitos à ordem e serviços associados (1.5%) Intermediação de seguros % Comissões relativas à colocação de produtos não financeiros (89.4%) Serviços bancários % Operações sobre títulos (9.6%) Outras (25.4%) Comissões da Banca Comercial % Comissões da Banca de Investimento 2 Fundos de investimento, seguros de capitalização e fundos de pensões % Serviços bancários % dos quais, gestão de activos e aconselhamento % consultoria e avaliação (2.6%) Operações sobre títulos % dos quais, corretagem % Outras 0.5 (0.6) - Comissões da Banca de Investimento % Total % Nota: para efeitos de análise incluem-se, em 2004 e 2005, Quadro 44 as comissões associadas ao custo amortizado. 1) Inclui as comissões do Banco BPI, BPI Rent, 89% da BPI Gestão de Activos, comissões de colocação pagas pela BPI Vida ao Banco BPI, BPI Pensões, Sofinac, BPI Banco, BPI Cayman, BPI Capital Finance, BPI Inc., BPI Madeira, BPI Locação, Eurolocação, Douro, SGPS; e Simofer, antes da reafectação por áreas de negócio. 2) Inclui comissões do BPI Investimentos, 11% da BPI Gestão de Activos, comissões de colocação pagas pela BPI Vida ao BPI Investimentos, BPI GIF, BPI Suisse, Inter Risco e Solo, SGPS; antes da reafectação por áreas de negócio. As comissões da Banca de Investimento, por seu lado, registaram, em 2005, um aumento de 20.3% (+4.4 M. ). As comissões associadas à gestão de activos cresceram 31.0% (+4.1 M. ): as comissões associadas a fundos de investimento e seguros de capitalização aumentaram 16.2% e as comissões de gestão de activos e aconselhamento cresceram 69.3%. É importante referir igualmente o aumento de 28% (+1.2 M. ) das comissões de corretagem. Para esta evolução contribuiu o facto de o BPI ter passado a membro da Bolsa de Madrid, o que gerou um aumento da actividade de intermediação, especialmente no segmento dos Clientes institucionais. 1) As comissões de intermediação de seguros incluem ganhos correspondentes à participação nos resultados das carteiras de seguros. Em 2005, as comissões de colocação de seguros aumentaram 10.1% para 9.9 M. e os resultados apropriados das carteiras aumentaram 39.2% para 9.6 M.. 96 Banco BPI Relatório e Contas 2005

99 Actividade doméstica Lucros em operações financeiras Os lucros com operações financeiras aumentaram 101% (+24.2 M. ) para 48.1 M., em A importância relativa destes no produto bancário da actividade doméstica aumentou de 3.2%, em 2004, para 6.2%, em O maior contributo proveio, em 2005, de mais-valias no valor de 20.1 M. em acções da carteira de activos disponíveis para venda que ascenderam, em 2004, a 0.6 M.. Incluíram, em 2005, uma mais-valia de 17.0 M., obtida com a alienação da participação detida na Auto- Estradas do Oeste. Na conta de resultados, como imparidades para títulos e participações, registaram-se, em 2005, menos-valias potenciais de 30.9 M.. Adicionalmente, foi registado directamente em CAPITAL PRÓPRIO 1, na RESERVA DE JUSTO VALOR, e portanto sem impacto na conta de resultados, um aumento de 34.0 M. nas mais-valias potenciais existentes na carteira de acções disponíveis para venda. Em 2004, os lucros com operações financeiras incluíam ganhos significativos em obrigações, no valor de 17.6 M., que corresponderam maioritariamente a mais-valias realizadas na venda de obrigações de empresas estrangeiras. Em 2005, os correspondentes ganhos em obrigações foram de 5.3 M.. actuariais, tendo a taxa de desconto sido reduzida de 5.25% para 4.50% e a taxa de rendimento esperado do fundo diminuído de 6% para 5.25%. Lucros em operações financeiras Valores em M. M. Resultados em operações ao justo valor Negociação de acções Taxa de juro Produtos estruturados (0.3) Operações cambiais Resultados em operações ao justo valor Resultados em activos disponíveis para venda Acções Obrigações (12.4) Outros 0.1 (0.1) (0.2) Resultados em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões Custo dos juros (97.1) (101.6) (4.5) Rendimento esperado do fundo Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões (9.2) (5.8) 3.4 Total Quadro 45 A actividade de negociação de acções gerou um contributo de 7.2 M., o que corresponde a um aumento de 0.5 M. relativamente a Em LUCROS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS registam-se também o custo com juros das responsabilidades com pensões dos Colaboradores, considerando para o efeito a taxa de desconto, e o rendimento esperado dos fundos de pensões. Em 2005, o impacto conjunto foi negativo em 5.8 M., o que reflecte a existência, ao longo do ano, de uma insuficiência da cobertura das responsabilidades, que se foi progressivamente reduzindo, e de um diferencial entre a taxa de desconto e a taxa de rendimento esperada. Refira-se que, no final de 2005, o património dos fundos de pensões cobria a 100% as responsabilidades, e que foram alterados os pressupostos 1) Para efeitos de cálculo dos fundos próprios, a reserva de justo valor positiva é considerada no Tier II em 45% do seu valor, líquido de impostos diferidos, enquanto a reserva de justo valor negativa, líquida de impostos diferidos, é considerada a 100% no Tier I. Relatório Análise financeira 97

100 Actividade doméstica ANÁLISE DOS CUSTOS Custos de estrutura Os custos de estrutura custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros, e amortizações aumentaram em 3.3% relativamente a Esta evolução foi inferior à progressão dos proveitos, o que permitiu a manutenção da trajectória de melhoria da eficiência: o indicador custos de estrutura em percentagem do produto bancário melhorou de 64.3%, em 2004, para 63.0%, em Custos de estrutura ) Custos de estrutura, excluindo custos com reformas antecipadas, em percentagem do produto bancário Valores em M. Custos com pessoal (excluindo custos com reformas antecipadas) % Fornecimentos e serviços de terceiros % Custos de funcionamento % Amortizações (8.4%) Subtotal % Custos com reformas antecipadas Total (11.1%) Rácio de eficiência % 63.0% - Custos de estrutura M % Quadro 46 Custos de estrutura 1 em % do produto bancário % Custos com pessoal Os custos com pessoal, excluindo custos com reformas antecipadas, aumentaram 5.5%, em 2005 (+15.1 M. ), relativamente a Esta evolução resulta: do aumento das remunerações fixas e dos encargos sociais em 2.9% (+6.3 M. ), o que reflecte principalmente o efeito conjunto da actualização da tabela salarial em 2.5%, decorrente da revisão do ACTV (Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector Bancário) e das cláusulas com expressão pecuniária, uma vez que o crescimento do número médio de Colaboradores foi de 0.1%; do aumento das remunerações variáveis relativas a 2005 (+5.8 M. ) para 36.3 M. ; da atribuição de uma prestação extraordinária, incluída em OUTROS CUSTOS COM PESSOAL, no montante global de 1.2 M., a todos os Colaboradores cuja remuneração variável, determinada no âmbito do processo regular de avaliação do desempenho relativo a 2005, fosse nula ou de mais reduzido valor. Na rubrica CUSTOS COM PESSOAL são registados adicionalmente custos com reformas antecipadas 1, os quais têm uma natureza não recorrente. Em 2004, estes custos ascenderam a 77.4 M., enquanto, em 2005, foram de 0.6 M.. Em 2004, levaram-se a cabo 428 reformas antecipadas, concluindo um programa de aumento da eficiência e redução dos custos, que se intensificou no período de 2001 a Nestes quatro anos, procedeu-se a reformas antecipadas, o que correspondeu a uma redução de cerca de 20% no quadro de pessoal em Portugal. O rácio de eficiência melhorou de 69.8%, em 2001, para 65.9%, em 2004 (64.3% no pro forma conforme às IAS / IFRS, em 2004). IAS 1 PCSB 1 Custos com reformas antecipadas IAS PCSB 1) Excluindo custos com reformas antecipadas. Em 2005, reformaram-se antecipadamente duas pessoas. Gráfico 60 Gráfico 61 1) Com a adopção das IAS / IFRS, os custos com reformas antecipadas passaram a ser integralmente reconhecidos no ano em que ocorrem, enquanto, de acordo com o PCSB, este custo era reconhecido ao longo de um período máximo de dez anos. 98 Banco BPI Relatório e Contas 2005

101 Actividade doméstica Custos com pessoal Valores em M. Remunerações Remunerações fixas e encargos sociais % Remunerações variáveis % Outros % Remunerações % Custos com pensões % Subtotal % Custos com reformas antecipadas Acréscimo de responsabilidades com pensões (99.1%) Incentivos à reforma antecipada (100.0%) Custos com reformas antecipadas (99.2%) Total (17.6%) Quadro 47 No final de 2005, o quadro de Colaboradores na actividade doméstica 1 ascendia a 6 691, o que corresponde a um aumento de 281 pessoas (+4.4%), em relação ao final de Este aumento do quadro de pessoal está, em parte, associado à expansão da rede de distribuição do retalho, que contava, no final de 2005, com mais 26 balcões e mais um centro de investimento. Custos com pessoal em 2005 Remunerações fixas e encargos sociais 76.4% Remunerações variáveis 12.6% % Custos com pensões 7.8% Outros 3.2% Fornecimentos e serviços de terceiros Os custos com os fornecimentos e serviços de terceiros aumentaram 2.2% (+3.5 M. ), relativamente a Para este crescimento contribuiu sobretudo o aumento em 4.1 M. (+11.0%) da componente de custos com instalações, associada principalmente ao aumento da rede física de distribuição, e o aumento dos custos com informática em 6.8% (1.2 M. ), na sequência do processo de renovação tecnológica em curso. Fornecimentos e serviços de terceiros Valores em M % Publicidade, comunicação, relações públicas e estudos Campanhas de publicidade (5.0%) Outros custos de publicidade (22.8%) Estudos e consultas (20.7%) Subtotal: publicidade, comunicações, relações públicas e estudos (15.7%) Custos associados ao negócio Cartões e banca automática % Tesouraria, compensação e cheques % Crédito à habitação, crédito ao consumo e financiamento automóvel (19.6%) Outros (8.3%) Subtotal: custos associados ao negócio (1.5%) Custos de instalações, comunicações, informática e outros Instalações % Comunicações % Informática % Outros % Subtotal: custos de instalações, comunicações, informática e outros % Custos associados a recursos humanos % Outros custos (0.9%) Total % Quadro 48 Gráfico 62 1) Nas empresas consolidadas por integração global. Relatório Análise financeira 99

102 Actividade doméstica Refira-se ainda que, em consequência do progressivo outsourcing de actividades, as que anteriormente originavam o registo de custos com pessoal e com amortizações passam agora a ser registadas sob serviços de terceiros. Por outro lado, o agregado de custos com publicidade, comunicação, relações públicas e estudos diminuiu 15.7% (-4.6 M. ), para 24.7 M.. Em 2004, incluía custos associados à realização do Campeonato da Europa de Futebol, de que o BPI foi um dos patrocinadores nacionais. Fornecimentos e serviços de terceiros em 2005 Custos associados ao negócio 16.6% Custos com instalações, comunicações, informática e outros 63.7% Custos com publicidade, comunicações, relações públicas e estudos 14.9% Outros 4.7% Gráfico 63 Amortizações As amortizações na actividade doméstica decresceram 8.4% para 34.7 M., em 2005 (menos 3.2 M. que em 2004), para o que tem contribuído a saída de activos imobilizados afectos a actividades que passaram a ser desenvolvidas em regime de outsourcing. Esta transferência ocasiona o reconhecimento em fornecimentos e serviços de terceiros de custos anteriormente reconhecidos nesta rubrica. Amortizações de imobilizado incorpóreo e corpóreo Valores em M. Amortizações no ano Imobilizado líquido % 31 Dez Dez Imobilizado incorpóreo (28.1%) Imobilizado corpóreo Imóveis % Equipamento informático (14.1%) Outro imobilizado corpóreo (4.5%) Imobilizado corpóreo em curso Imobilizado corpóreo (5.8%) Total (8.4%) Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

103 Actividade doméstica ANÁLISE DAS IMPARIDADES E PROVISÕES Imparidades de crédito O custo do risco de crédito evoluiu favoravelmente em As imparidades de crédito, que correspondem à perda de crédito estimada tomando em consideração o valor total da exposição, o montante recuperável e o período de tempo até à recuperação, ascenderam, em 2005, a 54.2 M., representando 0.28% do saldo médio da carteira de crédito. Se ao valor das imparidades reconhecidas no ano se deduzirem as recuperações, ocorridas em 2005, do crédito e dos juros vencidos anteriormente abatidos ao activo, cujo valor foi de 17.6 M., obtém-se um custo do risco (líquido) de 36.6 M., que representa 0.19% da carteira de crédito. empresas, institucionais e project finance. Em percentagem da carteira de crédito a empresas, o custo do risco diminuiu de 0.52% (provisões específicas de acordo com o PCSB), em 2004, para 0.20% (imparidades de acordo com as IAS / IFRS), em Por outro lado, no crédito hipotecário registou-se um aumento moderado do indicador de 0.14%, em 2004, para 0.17%, em Imparidades de crédito em 2005 Repartição por segmentos Outro crédito 29.8% Empresas, institucionais e project finance 28.2% Em % da carteira de crédito Empresas, institucionais e project finance 0.20% Em 2004, as provisões determinadas com base nos critérios do Banco de Portugal, então em vigor para as contas consolidadas (provisões específicas e genéricas de acordo com o Aviso 3 / 1995), ascenderam a 69.8 M., representando 0.39% da carteira de crédito, e 0.30%, quando deduzidas das recuperações do crédito e dos juros vencidos. Relativamente a 2004, a redução mais significativa do custo do risco de crédito verificou-se no segmento das Empresários e negócios 15.2% Crédito hipotecário 26.8% Crédito hipotecário Empresários e negócios Outro crédito Total 0.17% 0.45% 0.28% 1.16% Gráfico 64 Gráfico 65 Provisões e imparidades de crédito 1) Saldo médio da carteira de crédito produtivo. 2) Provisões e imparidades para crédito, deduzidas de recuperações de crédito vencido Em % da carteira de crédito Valores em M. Em % da carteira de crédito 1 Provisões e imparidades de crédito Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance % % Banca de Particulares, Empresários e Negócios Crédito hipotecário % % Crédito a particulares outros fins % % Crédito a empresários e negócios % % Banca de particulares, empresários e negócios % % Outro (0.7) (0.14%) % Provisões genéricas para crédito e provisões para risco-país Provisões e imparidades de crédito % % (-) Recuperação de créditos vencidos Custo do risco de crédito % % Quadro 50 Relatório Análise financeira 101

104 Actividade doméstica Outras imparidades e provisões Em 2005, foram reconhecidos 33.3 M. de imparidades e provisões para títulos e outros fins. Este montante foi determinado, principalmente, por imparidades de 30.9 M.. em participações, dos quais 24.3 M.. são relativos a imparidades na participação detida na Portugal Telecom, entretanto alienada, e 5.7 M.. são relativos à participação na Impresa. De acordo com as IAS / IFRS, para uma participação em relação à qual já tenha havido registo de imparidade, uma redução do valor de mercado, na parte que ultrapasse o valor de aquisição líquido de imparidades acumuladas, deve ser igualmente registado como imparidade e não como reserva de justo valor negativa. Relativamente a estas participações na Portugal Telecom e na Impresa o BPI reconhecera como imparidade as menos-valias latentes, na data da transição para as IAS. Em 2004, efectuaram-se reposições (líquidas de dotações) de 15.5 M.. O Este montante incluía reposições de 55 M. de imparidades em CRÉDITOS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, em resultado da liquidação da dívida do Banco Nacional de Angola, e imparidades de 39.1 M. reconhecidas em acções disponíveis para venda, das quais 28.9 M. relativas à participação detida na SIC. RESULTADOS DE SUBSIDIÁRIAS RECONHECIDAS POR EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL As subsidiárias reconhecidas por equivalência patrimonial da actividade doméstica contribuíram, em 2005, com 22.3 M. para o resultado consolidado. Em base comparável ou seja, excluindo das contas de 2004 resultados apropriados de 8.4 M. relativos à participação na SIC, a qual foi alienada em 2005, o contributo das empresas reconhecidas com equivalência patrimonial aumentou 46.1% (+7.0 M. ). Para este crescimento contribuíram especialmente o aumento em 68.2% (+5.8 M. ) dos resultados apropriados das empresas da área dos seguros. Resultados das subsidiárias reconhecidas por equivalência patrimonial Valores em M % Subsidiárias da área dos seguros Allianz Portugal % Cosec % Subsidiárias da área dos seguros % Viacer % SIC (100.0%) Outras Total (5.7%) 1) Participação alienada em Quadro 51 Contributo para o resultado de 2005 das subsidiárias reconhecidas por equivalência patrimonial Cosec 8.1% Viacer 28.4% Outros 6.8% Allianz Portugal 56.7% Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

105 Actividade doméstica INTERESSES MINORITÁRIOS Os interesses minoritários nos resultados ascenderam a 10.9 M., em 2005 (8.9 M., em 2004), e correspondem essencialmente, ao dividendo das acções preferenciais G emitidas pela BPI Capital Finance. As acções preferenciais são denominadas em euros e dão direito a um dividendo preferencial não cumulativo indexado à Euribor a três meses. No primeiro semestre de 2005, realizou-se uma emissão de acções preferenciais no valor de 300 M., dos quais 79.0 M. estão colocados junto de Clientes e M. junto de empresas do Grupo BPI. Para efeitos do cálculo dos fundos próprios, esta emissão, no que diz respeito à parte colocada junto de Clientes, está incluída nos fundos próprios complementares. No final de 2005, o valor de balanço das acções preferenciais ascendia a M.. Relatório Análise financeira 103

106 Actividade doméstica ANÁLISE DO BALANÇO O activo total líquido na actividade doméstica ascendia, em 31 de Dezembro de 2005, a M.. A carteira de crédito a Clientes cresceu 9.4%, em 2005, e ascendia, no final do ano, a M., o que representava 70% do activo total. Os recursos de Clientes, no balanço, captados através de depósitos, obrigações e acções preferenciais atingiram os M., o que representa um crescimento de 2.0% relativamente a Estes recursos representavam, no final de 2005, 64% da carteira de crédito. Por sua vez, os recursos de médio e longo prazo captados no mercado registaram um crescimento de 35.4%, para M.. A maturidade média dos recursos de médio e longo prazo aumentou de 3.4 para 3.8 anos e, simultaneamente, ocorreu uma redução da exposição ao endividamento no mercado monetário cuja proporção, no total dos recursos, diminuiu de 2.6%, em 2004, para 2%, em Dezembro de Durante 2005, o financiamento de médio e longo prazo captado pelo BPI foi de M. 1, dos quais cerca de M. através de operações de titularização de activos e M. via operações de private placement no mercado internacional. Com o objectivo de flexibilizar a capacidade de emitir, o Banco aumentou o seu programa de euro medium term notes (EMTN) de M. para M.. Os spreads pagos pela dívida sénior continuaram a cair, no seguimento da tendência de 2003 e 2004, o que permitiu o refinanciamento da dívida de médio e longo prazo a custos decrescentes. Composição do balanço em 2005 Activos monetários e crédito a instituições de crédito Activos financeiros e derivados de cobertura Crédito a Clientes Participações, imobilizado e outros Activo 5.9% 19.7% 70.4% Passivo e capitais próprios 11.0% 17.4% 54.3% 6.9% 4.0% 10.4% Débitos para com instituições de crédito e passivos financeiros de negociação Dívida titulada Débitos para com Clientes e provisão técnica de seguros 1 Passivos financeiros associados a activos transferidos Capitais próprios, dívida subordinada e outros passivos 1) Relativa aos seguros de capitalização com participação discricionária nos resultados. Gráfico 67 1) Com expressão integral no balanço da actividade doméstica. 104 Banco BPI Relatório e Contas 2005

107 Actividade doméstica Balanço da actividade doméstica 2004 PCSB 2004 pro forma IAS Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais % Disponibilidades noutras instituições de crédito % Aplicações em instituições de crédito (16.1%) Créditos a Clientes % Activos financeiros detidos para negociação % Activos financeiros disponíveis para venda (1.3%) Derivados de cobertura % Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação (46.9%) Outros activos tangíveis (4.1%) Activos intangíveis (3.5%) Activos por impostos (1.2%) Acções próprias Outros activos % Total do activo % Passivo e capitais próprios Recursos de bancos centrais (42.8%) Passivos financeiros detidos para negociação % Recursos de outras instituições de crédito (17.3%) Recursos de Clientes e outros empréstimos % Responsabilidades representadas por títulos % Provisões técnicas % Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura % Provisões % Passivos por impostos % Títulos de participação (0.4%) Passivos subordinados (3.7%) Outros passivos (31.6%) Capital, prémios de emissão e reservas e outros instrumentos de capital % Acções próprias - - (42.9) - Resultado do exercício % Interesses minoritários % Total do passivo e capitais próprios % Por memória: Crédito por assinatura % Recursos captados de Clientes com registo fora do balanço % 1) O montante dos fundos de investimento incluídos nestes recursos está corrigido pelas unidades de participação nas carteiras dos bancos do Grupo IAS Valores em M. % Quadro 52 Relatório Análise financeira 105

108 Actividade doméstica OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS REALIZADAS EM 2005 O BPI realizou, em 2005, duas operações de titularização de créditos no valor global de M.. Estas operações marcaram a estreia do BPI, enquanto originador, neste mercado. Permitiram uma diversificação da base de investidores institucionais, um aumento da maturidade do financiamento de médio e longo prazo e proporcionaram ainda uma libertação de fundos próprios de cerca de 100 M.. Estes créditos não foram desreconhecidos no balanço, pelo que continuam a ser registados na rubrica CRÉDITO A CLIENTES. Passaram a registar-se no passivo, na rubrica PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS os fundos obtidos com estas operações. Titularização de créditos a pequenas e médias empresas A primeira operação de titularização de créditos a pequenas e médias empresas Douro SME Series 1 teve lugar em Abril e revestiu-se de características inovadoras no mercado português: com um montante de 500 M., tratou-se da primeira operação realizada em Portugal com cessão efectiva de créditos a PME e contou com a participação do Fundo de Garantia para a Titularização de Créditos (FGTC). O Fundo Europeu de Investimentos (FEI) garantiu a tranche mezzanine, no valor de 26 M. e, pela primeira vez, o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) participaram como investidores directos numa operação de titularização, através da aquisição de posições na tranche A. Operação de titularização Douro SME Series 1 Descritivo Montante (M. ) Data de emissão Vida média estimada (anos) Rating Garantia Spread Class A Notes de Abril de AAA 1 Sem garantia 0.10% Class B Notes de Abril de AAA 1 Fundo Europeu de Investimento 0.08% Class C Notes de Abril de Fundo de Garantia de Titularização de Créditos 2 n.d. Class D Notes 5 06 de Abril de Sem garantia n.d. 1) Ratings atribuídos pela S&P, Moody's e Fitch. Quadro 53 2) A entidade gestora do FGTC é a PME Investimentos, que integra o universo do IAPMEI. Titularização de crédito à habitação Em Novembro, o BPI lançou uma operação de titularização de crédito à habitação, no valor de M.. A qualidade da carteira de crédito subjacente permitiu obter um tranching bastante favorável, tendo em conta as emissões comparáveis no mercado português. Lançada num contexto de mercado em que a oferta deste tipo de emissões era elevada, obteve, ainda assim, spreads historicamente baixos na colocação das tranches de rating inferior a AAA. Operação de titularização Douro Mortgages n.º 1 Descritivo Montante (M. ) Data de emissão Vida média estimada (anos) Rating (Moody's / S&P / Fitch) Spread 1 Class A Notes de Novembro de Aaa / AAA / AAA 0.14% Class B Notes de Novembro de Aa2 / AA / AA 0.17% Class C Notes de Novembro de A1 / A- / A+ 0.27% Class D Notes de Novembro de Baa1 / BBB / A- 0.47% Class E Notes 9 24 de Novembro de N.A. 1) Até à data da opção call (Setembro de 2014); após esta data, o spread duplica, se a opção não for exercida. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

109 Actividade doméstica CRÉDITO E RECURSOS Crédito a Clientes A carteira de crédito na actividade doméstica cresceu 9.4%, o que representa um aumento do ritmo de crescimento, em comparação com o registado no ano anterior, de 6.6% (de acordo com o PCSB). A carteira de crédito da Banca de Empresas, Banca Institucional e de Project Finance aumentou 11.9%, em 2005, num contexto de crescente confiança na retoma económica. Em 2004, havia crescido 3.2%. O crédito a empresas, que representa 69% da carteira da Banca de Empresas, Banca Institucional e de Project Finance registou um crescimento de 7%. Para esta evolução contribuiu especialmente a intensificação do relacionamento comercial com os principais grupos empresariais ibéricos e a presença em Espanha, através da sucursal de Madrid. As áreas de Project Finance e da Banca Institucional / Sector Empresarial do Estado (que representam 14% e 18% da carteira da Banca de Empresas) mantiveram taxas de crescimento elevadas, de 40% e de 29%, respectivamente. O crédito a empresários e negócios, que constituiu um segmento prioritário de actuação em 2005, cresceu 12.2%, ao passo que em 2004 tinha crescido 8.4%. O Banco mantém uma abordagem selectiva ao segmento, orientada para os Clientes de menor risco, capitalizando a proximidade e experiência da rede de distribuição no relacionamento com o Cliente. O crédito hipotecário registou uma desaceleração deliberada. Cresceu 6.0% em 2005, progressão que foi inferior à taxa média de crescimento do mercado de 11.1% 1. O menor crescimento da carteira do BPI reflecte a opção por uma abordagem prudente do mercado, expressa na manutenção dos critérios de exigência elevada para aprovação do crédito, implementados no final de Carteira de crédito a Clientes Valores em M % Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance % Banca de particulares, empresários e negócios Crédito hipotecário % Crédito a particulares outros fins % Crédito a empresários e negócios % Banca de particulares, empresários e negócios % Outros % Crédito vencido total % Imparidades de crédito % Carteira de crédito líquida % Crédito por assinatura % 1) Não inclui juros a receber, correcções ao valor dos activos Quadro 55 objecto de cobertura e comissões associadas ao custo amortizado (líquidas). Crédito a Clientes em 2005 Por segmentos 39.2% Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Outro crédito 3.0% Crédito hipotecário 43.7% Outro crédito a particulares 4.6% Crédito a empresários e negócios 9.5% Banca de Particulares, Empresários e Negócios Gráfico 68 1) Empréstimos a particulares para habitação (inclui emigrantes). Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura. Relatório Análise financeira 107

110 Actividade doméstica Recursos captados Os recursos totais de Clientes na actividade doméstica cresceram 11.7%. Os recursos com registo no balanço aumentaram 13.6% ( M. ), o que reflecte principalmente o crescimento de 90% dos seguros de capitalização 1 ( M. ). Os depósitos de Clientes cresceram 3.1% (+356 M. ) para M., no final de Adicionalmente, foram captados 79.0 M. através da colocação junto de Clientes de uma emissão de acções preferenciais realizada pela BPI Capital Finance, em Os produtos estruturados registaram uma diminuição de 11.3%, o que reflecte o vencimento de um número significativo de emissões. Ainda assim, as emissões realizadas em 2005 totalizaram 550 M., o que corresponde a um aumento de 29% relativamente ao montante emitido no anterior. Os recursos com registo fora do balanço fundos de investimento, PPR e PPA cresceram 7.4% (+330 M. ) relativamente a Esta evolução resultou principalmente do aumento dos fundos de valor acrescentado (que não incluem os fundos de tesouraria, os fundos de taxa variável e os PPR/E): os fundos de valorização cresceram 87% (+216 M. ) e os fundos de diversificação cresceram 27% (+161 M. ). Os PPR e PPA aumentaram 5.8% (+80.2 M. ) relativamente a Nesta área, o BPI tem vindo a reforçar as competências no aconselhamento de soluções de planeamento da reforma. As iniciativas têm abrangido o alargamento da oferta de produtos, a formação, a criação de novos serviços, as acções de comunicação e disponibilização da informação. Recursos totais de Clientes Valores em M. Recursos com registo no balanço Depósitos à ordem % Depósitos a prazo (4.3%) Depósitos % Produtos estruturados capital seguro / risco limitado e de taxa de juro (11.3%) Acções preferenciais colocadas em Clientes Seguros de capitalização (BPI Vida) % Recursos com registo no balanço % Recursos com registo fora do balanço Fundos de investimentos % Planos de poupança acções (PPA) e reforma (PPR) % Recursos com registo fora de balanço % Eliminação de duplicações de registo 2 (684.3) (860.3) Total % 1) Os produtos de poupança da BPI Vida sem participação discricionária Quadro 56 de resultados são registados no balanço sob a rubrica DÉBITOS PARA COM CLIENTES (885.3 M., em 31 Dezembro 2005) e aqueles que tenham participação discricionária nos resultados são registados na rubrica PROVISÕES TÉCNICAS ( M., em 31 Dezembro 2005). 2) Aplicações dos fundos de investimento do Grupo BPI em depósitos e produtos estruturados do Grupo. 3) Corrigidos de duplicações de registo. Recursos totais de Clientes em Depósitos 52.3% 22.8% Recursos com registo fora de balanço 1) Corrigidos de duplicações de registo. % Seguros de capitalização 18.0% Produtos estruturados, obrigações de taxa fixa e acções preferenciais colocadas em Clientes 6.9% Recursos com registo no balanço Gráfico 69 1) Os seguros de capitalização, com a adopção das IAS / IFRS, passaram a ser registados no balanço, em resultado da consolidação por integração global da BPI Vida. Esta subsidiária, de acordo com o PCSB, era reconhecida por equivalência patrimonial. 108 Banco BPI Relatório e Contas 2005

111 Actividade doméstica CARTEIRA DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2005, o total das carteiras de activos detidos para negociação e disponíveis para venda e os investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação ascendia a M., o que correspondia a 18.9% do activo total da actividade doméstica. Activos financeiros e investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação Valores em M % Activos financeiros detidos para negociação Obrigações de emissores públicos % Obrigações de empresas e outras entidades % Acções % Unidades de participação % Instrumentos derivados com justo valor positivo % Activos financeiros detidos para negociação % Activos financeiros disponíveis para venda Obrigações de emissores públicos % Obrigações de empresas e outras entidades (18.4%) Acções (22.4%) Unidades de participação % Outros % Activos financeiros disponíveis para venda (1.3%) Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação (46.9%) Total % Quadro 57 A carteira de activos detidos para negociação ascendia a M., no final de Deste total, 85% ( M. ) correspondia à carteira de aplicações da BPI Vida afectas à cobertura dos seguros de capitalização. O aumento da carteira de activos de negociação reflecte principalmente o crescimento da carteira de activos da BPI Vida em M., em resultado da acentuada expansão dos seguros de capitalização. A restante carteira de negociação aumentou M., para M., no final de As carteiras de acções disponíveis para venda e de investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação foram reduzidos em M. (-29.7%), em resultado da alienação das participações non-core E que a seguir se indicam. Foi alienada, em Janeiro, a participação detida na Auto-Estradas do Oeste pelo preço de 19.1 M.. Para além da transmissão desta participação, o BPI transmitiu também o crédito de suprimentos que detinha, pelo valor de 10.3 M.. Nestas transacções obteve uma mais-valia de 17.0 M.. que foi registada na conta de resultados. Foi alienada, em Março, a participação de 41.4% detida na SIC por um valor total de M.. A operação não teve impacto nos resultados consolidados de 2005, uma vez que a participação já se encontrava registada nas demonstrações financeiras consolidadas de 31 de Dezembro de 2004 pelo valor de alienação acordado. Foi alienada, em Julho, a participação de 1.65% detida na Portugal Telecom por M.. Nos resultados de 2005, foram registadas uma menos-valia de 3.9 M. e imparidades de 24.3 M.. Em 31 de Dezembro 2005, da carteira de acções e participações disponíveis para venda, 5.2% enquadra-se no âmbito da actividade de private equity (21.9 M., incluindo suprimentos), correspondendo os restantes 94.8% a participações não estratégicas. Carteira de activos financeiros e participações em 2005 Associados à cobertura de seguros de capitalização 59.8% Outros 10.8% Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Investimentos em associadas e filiais excluídas da negociação 2.2% Obrigações e outros 19.5% Acções 7.6% Gráfico 70 Relatório Análise financeira 109

112 Actividade doméstica No final de 2005, a carteira de acções disponíveis para venda registava mais-valias potenciais (líquidas de menos-valias) de 82.7 M., que se encontravam relevadas na reserva de justo valor. Reserva de justo valor Principais indicadores em 31 de Dezembro de 2005 % do capital Responsabilidades com pensões A adopção das IAS / IFRS ocasionou um acréscimo das responsabilidades com pensões dos Colaboradores, à data de 31 de Dezembro de 2004, de M.. O referido aumento resultou do reconhecimento de benefícios de assistência médica, do reconhecimento de subsídio por morte na reforma, da alteração da tábua de mortalidade feminina e da alteração dos pressupostos actuariais, ou seja, das taxas de desconto e de crescimento de salários e pensões. Em acréscimo, foram integralmente reconhecidas no balanço 83.0 M. de responsabilidades que antes se reconheciam nas demonstrações financeiras e estavam a ser financiados, de acordo com um plano de prestações uniformes, por um período máximo de 20 anos. Este montante resultou da entrada em vigor, no final de 2001, de um novo quadro regulamentar relativo à cobertura das responsabilidades com pensões (Aviso do Banco de Portugal, n.º 12 / 2001). De acordo com este novo quadro, já deixara de ser possível utilizar os decrementos de invalidez no cálculo do valor actual das responsabilidades. Os impactos com a adopção das IAS / IFRS atrás referidos ocasionaram um aumento em M. das necessidades de financiamento. Em consequência, o nível de cobertura das responsabilidades com pensões reconhecidas no balanço diminuiu de 100.3%, de acordo com o PCSB, para 81.1%, em conformidade com as IAS / IFRS, sendo a data de referência o dia 31 de Dezembro de Cotação de fecho em 31 Dez. 05 Valor de mercado Valores em M. Mais (menos)-valias latentes (Reserva de justo valor) BCP 4.0% Impresa 8.2% Cofina 6.0% Ibersol 6.0% Outras Total Quadro 58 Em termos de registo contabilístico, o BPI reconheceu M. por contrapartida de resultados transitados directamente em capitais próprios e enquadrou 43.2 M. no corredor, sem impacto na conta de resultados ou no capital próprio. No final de 2005, o Banco BPI alterou os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com pensões com referência a 31 de Dezembro de 2005, o que ocasionou um acréscimo adicional das responsabilidades de 277 M.. A taxa de desconto foi reduzida de 5.25% para 4.50%, a taxa de crescimento esperado para as pensões aumentou de 1.75% para 2.00% e a taxa de rendimento esperado do fundo diminuiu de 6.00% para 5.25%. No reconhecimento contabilístico do acréscimo de 277 M. de responsabilidades, 212 M. foram acomodados no corredor 1, não ocasionando, desta forma, qualquer impacto na conta de resultados. Os restantes 64 M. serão reconhecidos como custo na conta de resultados, de forma gradual, ao longo de um período correspondente ao tempo médio até à reforma dos Colaboradores abrangidos pelo plano de pensões, com início em ) No enquadramento regulamentar das IAS / IFRS, o corredor previsto, para além de ser utilizado para acomodar desvios actuariais ou de rendimento dos fundos, pode ser igualmente utilizado para acomodar as alterações dos pressupostos actuariais-financeiros sem ocasionar impacto nos resultados. Os valores que se situem fora do corredor poderão ser amortizados pelo prazo esperado até à idade média da reforma esperada. 110 Banco BPI Relatório e Contas 2005

113 Actividade doméstica Durante o ano de 2005, o Banco BPI efectuou um total de 627 M. de contribuições para o Fundo de Pensões: uma contribuição foi efectuada em Março (64 M. ), uma em Novembro (262 M. ) e outra em Dezembro (301 M. ). Foi assim possível atingir a cobertura integral das necessidades de financiamento que resultaram da transição para as IAS / IFRS e da alteração dos pressupostos actuariais efectuada no final de Foi desta forma abandonado o financiamento gradual das responsabilidades, previsto no calendário definido pelo Banco de Portugal 1 para acomodar os impactos da transição para as IAS / IFRS. Importa referir que, para efeitos de cálculo dos rácios de capital, o impacto negativo nos fundos próprios da transição para as IAS / IFRS associado às responsabilidades com pensões dos Colaboradores foi de M.. Este impacto será reconhecido nos fundos próprios num período de cinco a sete anos, de acordo com o período transitório definido pelo Banco de Portugal. Financiamento das responsabilidades com pensões 2004 PCSB 2004 pro forma IAS Valores em M IAS Responsabilidades totais com pensões Das quais, responsabilidades reconhecidas no balanço Fundos de pensões Financiamento das responsabilidades com pensões 95.3% % 100.2% Corredor Montante usado do corredor (acumulado) Margem não utilizada do corredor Montante fora do corredor ) Em 31 de Dezembro de 2004, o financiamento das responsabilidades Quadro 59 com pensões reconhecidas no balanço (valor das responsabilidades com pensões, tendo em consideração os decrementos de invalidez no montante de 83 M., em 31 de Dezembro de 2004) ascendia a 100.3%. Em 31 de Dezembro de 2005, as responsabilidades com as pensões dos Colaboradores ascendiam a M. e encontravam-se cobertas pelo património dos fundos de pensões em 100.2%. No final de 2005, o corredor previsto para acomodar desvios negativos do rendimento do fundo ou alterações dos pressupostos actuariais estava a ser integralmente utilizado e, fora do corredor, existiam 64.1 M., que serão reconhecidos como custo na conta de resultados, ao longo de um período de tempo médio até à data esperada de reforma dos Colaboradores abrangidos pelo plano de pensões. 1) O Banco de Portugal definiu um período transitório para financiamento do acréscimo de responsabilidades com pensões que ocorreu na transição para as IAS / IFRS. Para alcançar os limites mínimos de financiamento das responsabilidades com pensões 100% das responsabilidades com pensões em pagamento e 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo, o Banco de Portugal definiu um período de sete anos para financiamento do acréscimo de responsabilidades relacionado com benefícios de assistência médica e alteração da tábua de mortalidade (160.8 M. no BPI) e de cinco anos para os restantes casos (171.4 M. ). Este período é idêntico ao estabelecido para acomodar o impacto, nos fundos próprios, da transição para as IAS / IFRS. Relatório Análise financeira 111

114 Actividade doméstica RESPONSABILIDADES COM PENSÕES ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE De acordo com o Regulamento n.º 1606 / 2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, o Grupo BPI passará a adoptar as Normas Internacionais de Contabilidade. No que respeita à contabilização das responsabilidades com benefícios pós-emprego passará a ser adoptada a IAS 19 e a IFRS 1, na data de transição. Apresentam-se, de seguida, as principais diferenças entre a IAS 19 e o anterior Aviso 12 / 2001 do Banco de Portugal: a IAS 19 é mais abrangente que o Aviso 12 / 2001, uma vez que obriga ao reconhecimento das responsabilidades de todos os benefícios pós-emprego, o que, no caso do Grupo BPI, se concretiza no reconhecimento adicional das responsabilidades com cuidados médicos na reforma, e com o subsídio por morte; quanto a pressupostos actuariais-financeiros, a IAS 19, ao contrário do Aviso 12 / 2001, que estabelecia diferenciais máximos entre a taxa de rendimento e a taxa de crescimento dos salários e das pensões, estabelece apenas uma referência para a taxa de desconto as taxas de mercado das obrigações de baixo risco, sendo que o prazo destas tem que ser semelhante ao da liquidação das responsabilidades e define os princípios orientadores para os restantes pressupostos; os custos relativos a reformas antecipadas deverão reconhecer-se no ano em que estas ocorrem, deixando de existir a possibilidade de diferir este custo por um período máximo de dez anos; mantém-se a figura do corredor, podendo também ser enquadráveis neste corredor, além dos desvios actuariais, os impactos das alterações dos pressupostos actuariaisfinanceiros. Os valores fora do corredor poderão ser amortizados pelo prazo médio esperado até que os benefícios sejam recebidos (de acordo com o Aviso 12 / 2001, o período de amortização era, no máximo, de dez anos). FUNDOS DE PENSÕES DO GRUPO BPI De acordo com as regras do Banco de Portugal, os bancos deverão assegurar o financiamento das responsabilidades com reformas, exclusivamente através de fundos de pensões. As restantes sociedades financeiras deverão assegurar a cobertura integral das responsabilidades por fundo de pensões ou por contrato de seguro de efeito equivalente e, na parte não financiada, através de provisões no balanço. Os fundos de pensões do Grupo garantem integralmente as pensões de reforma por velhice e invalidez e as pensões de sobrevivência dos Colaboradores e ex-colaboradores dos bancos (Banco BPI e Banco Português de Investimento), bem como das subsidiárias que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (BPI Fundos e Inter-Risco). No final de 2005, o património dos fundos ascendia a M. (montante superior ao valor da situação líquida do Grupo, que ascendia, naquela data, a M. ). Na mesma data, os fundos abrangiam um universo de Colaboradores no activo, pensionistas e ex-trabalhadores. Recapitalização dos fundos de pensões Quando, em 1991, o Grupo entrou na Banca Comercial, através da aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), este apresentava uma insuficiência do fundo de pensões de 128 M. (dos quais 89 M. relativos às responsabilidades com pensões em pagamento e 39 M. relativos às responsabilidades com pensões por serviços passados de Colaboradores no activo). Logo no momento da aquisição, a insuficiência do património de fundos para fazer face às responsabilidades com pensões em pagamento foi coberta por provisões no balanço. Em resultado do esforço financeiro realizado, no final de 1995, os fundos de pensões cobriam já integralmente as responsabilidades com pensões em pagamento, e a cobertura a 100% das responsabilidades com Colaboradores no activo foi conseguida, no final de Banco BPI Relatório e Contas 2005

115 Actividade doméstica Reformas antecipadas Na sequência da aquisição dos bancos comerciais (BFB, em 1991, e BFE e BBI, em 1996) foram realizados intensos programas de modernização e melhoria da eficiência e competitividade das estruturas adquiridas. A racionalização e rejuvenescimento do quadro de pessoal foi uma das prioridades estabelecidas. Assim se levaram a cabo, nomeadamente, os processos de reforma antecipada, que implicaram um elevado esforço financeiro para cobertura do acréscimo de responsabilidades com pensões. Desde 1995 até 2005, concretizaram-se reformas antecipadas, o que determinou um aumento das responsabilidades com pensões, no valor de 555 M.. Rendibilidade Em 2005, os fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI obtiveram uma rendibilidade média anual bruta de 11.0%. Desde 31 de Dezembro de 1991, os fundos de pensões do Grupo obtiveram uma rendibilidade média anual de 11.2%, enquanto a actualização da tabela salarial do ACTV do Sector Bancário foi, em média, de 4.0%. A mediana da rendibilidade do mercado de fundos de pensões situou-se em 8.2%, de acordo com dados divulgados pela Mercer Investment Consulting. No âmbito do programa estratégico de aumento da eficiência e de redução de custos, estabelecido para o triénio de 2002 a 2004, concretizaram-se reformas antecipadas. Património dos fundos e responsabilidades com pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Rendibilidade em comparação com o mercado M % Fundos de pensões Responsabilidades com serviços passados reconhecidas no balanço Gráfico 71 Rendibilidade dos fundos de pensões dos Gráfico 72 Colaboradores do Grupo BPI Mediana da rendibilidade do mercado de fundos de pensões Relatório Análise financeira 113

116 ACTIVIDADE INTERNACIONAL Principais indicadores da actividade internacional 1) Crédito, garantias e recursos totais de Clientes. 2) Número de Colaboradores das empresas que consolidam por integração global. 3) Custos de funcionamento em percentagem do produto bancário. (Montantes em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma) % Activo total líquido % Volume de negócios % Crédito sobre Clientes (bruto) e garantias % Recursos totais de Clientes F % Volume de negócios 2 por Colaborador (milhares de euros) % Produto bancário F por Colaborador (n.º médio) (milhares de euros) % Custos de estrutura F / produto bancário F 31.9% 24.4% - Cost-to-income 3, F, G 26.6% 20.5% - Lucro líquido % Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) F 35.6% 66.8% - Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito a Clientes 0.7% 1.2% - Imparidades de crédito (balanço) / crédito a Clientes 5.3% 5.4% - Imparidades de crédito no exercício, deduzidas de recuperações de crédito vencido abatido ao activo (conta de resultados) / crédito a Clientes 3.21% 3.46% - Situação líquida % Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

117 Actividade internacional CONSOLIDAÇÃO DA ACTIVIDADE DO BANCO DE FOMENTO ANGOLA As demonstrações financeiras do Banco de Fomento Angola são reconhecidas nas demonstrações financeiras consolidadas por integração global. A inclusão das mesmas é precedida da conversão dos resultados e saldos para euros, de acordo com os princípios da IAS 29 Relato financeiro em economias hiperinflacionárias e com base nas taxas de câmbio de referência divulgadas a título indicativo pelo Banco Nacional de Angola. denominados em dólares. A crescente estabilidade cambial e redução da taxa de inflação têm contribuído para um aumento da confiança dos agentes económicos na moeda local, o que se tem reflectido no aumento progressivo do peso relativo dos depósitos e do crédito em moeda local. Em Dezembro de 2005, cerca de 62% dos activos e do passivo e situação líquida estavam expressos em moedas estrangeiras fortes, enquanto o restante era expresso em kuanzas (AKZ). Na conversão dos resultados para euros, aplica-se aos proveitos e custos gerados em cada um dos meses, a taxa de câmbio no final de cada mês. As perdas ou ganhos resultantes da conversão são reconhecidos como resultado do exercício. Para os saldos de activos, passivos e situação líquida utiliza-se a taxa de câmbio de final de ano. O aumento ou redução do valor da situação líquida inicial, resultante da reavaliação da mesma ao câmbio em final do ano, é uma componente dos resultados do exercício e foi registada na rubrica RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS. A moeda local é o Kuanza, mas a elevada utilização do Dólar americano na economia angolana explica que a maior parte do negócio com Clientes do Banco de Fomento Angola seja expresso em dólares americanos. Uma parte substancial dos proveitos e custos estão expressos em moeda americana ou indexados a esta, como é o caso dos custos com pessoal. No final de 2005, cerca de 70% dos depósitos e 83% da carteira de crédito estavam Taxas de câmbio face ao Euro % No final do ano AKZ / EUR (17.83%) USD / EUR (12.9%) Média do ano AKZ / EUR % USD / EUR (0.23%) Quadro 61 De acordo com a regulamentação do Banco Central de Angola, o Banco de Fomento dispõe de uma reserva especial de manutenção de fundos próprios, destinada a compensar a redução de valor da situação líquida, expressa em kuanzas, que resulte da desvalorização da moeda local. Relatório Análise financeira 115

118 Actividade internacional CONTA DE RESULTADOS O contributo, expresso em euros, das filiais em Angola e Moçambique actividade internacional para o resultado líquido consolidado aumentou 148.7% (+42.8 M. ) para 71.5 M., em Este crescimento reflecte o aumento do contributo do Banco de Fomento Angola, de 26.6 M., em 2004, para 69.7 M., em A participação de 30% detida no BCI Fomento em Moçambique, que é reavaliada por equivalência patrimonial, contribuiu com 1.8 M. 1. As rubricas de CUSTOS e PROVEITOS apresentadas como decorrentes da actividade internacional dizem respeito virtualmente em exclusivo ao Banco de Fomento Angola, dado que o contributo do BCI Fomento Moçambique é reconhecido nas demonstrações financeiras do Grupo BPI por equivalência patrimonial e a expressão da BFE Dealer Moçambique, também consolidada por integração global, é diminuta. A evolução do lucro beneficiou ainda da diminuição da taxa média de imposto na actividade internacional, que desceu de 38.4%, em 2004, para 14.1%, em Os principais factores explicativos desta redução são: a isenção de tributação, em 2005, dos juros recebidos de títulos emitidos pelo Banco Central e de dívida pública (Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro), e a decisão do BFA de não distribuir dividendos relativamente ao lucro gerado no exercício de Em 2004, a provisão para impostos incluía, além do imposto sobre o lucro apurado no exercício, a carga fiscal sobre os dividendos distribuídos relativamente ao lucro de Lucro líquido da actividade internacional M. 72 O produto bancário cresceu 66.1% (+49.0 M. ), reflectindo, por um lado, a expansão da actividade em Angola, expressa nos crescimentos de 97% do crédito a Clientes, de 70% dos depósitos e de 31% do número de Clientes, e por outro lado, o aumento das aplicações em títulos emitidos pelo Banco Central e bilhetes do tesouro, que determinou o aumento em 23.5 M. dos juros recebidos da carteira de títulos A manutenção do acelerado ritmo de expansão da estrutura operacional explica o crescimento em 26.9% (+6.4 M. ) dos custos. Abriram-se 11 novos balcões, o que corresponde a um aumento de 34.4% da rede de distribuição, e o número de Colaboradores aumentou 24.7%. O rácio custos / proveitos, em virtude da superior expansão da base dos proveitos, mantém-se baixo. Em 2005, situou-se em 24.4% (31.9%, em 2004) IAS PCSB Gráfico 73 O resultado antes de impostos cresceu 89.5% (+38.0 M. ), para 80.5 M., em ) O contributo de 1.8 M. da participação no BCI Fomento corresponde ao resultado apropriado de 2.4 M. reconhecido por equivalência patrimonial, deduzido de 0.6 M. de impostos diferidos sobre aquele resultado. 116 Banco BPI Relatório e Contas 2005

119 Actividade internacional Conta de resultados da actividade internacional 2004 PCSB 2004 pro forma IAS Margem financeira estrita % Margem bruta de unit links Rendimento de instrumentos de capital ) O contributo da actividade internacional inclui o resultado do Banco de Fomento Angola (26.6 M., em 2004, e 69.7 M., em 2005) e do BCI Fomento, reconhecido por equivalência patrimonial, (2.2 M., em 2004, e 1.8 M., em 2005), líquido de impostos (2.6 M., em 2004, e 2.4 M., em 2005, antes de impostos) IAS Valores em M. Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Margem financeira % Resultado técnico de contratos de seguros Comissões e outros proveitos (líquidos) % Rendimentos e encargos operacionais (1.0) (1.1) (0.7) 33.2% Ganhos e perdas em operações financeiras % Produto bancário % Custos com pessoal % Custos com reformas antecipadas Outros gastos administrativos % Amortizações de imobilizado % Custos de estrutura % Resultado operacional % Recuperação de créditos vencidos Provisões e imparidades para crédito % Outras imparidades e provisões (3.9%) Resultados extraordinários (líquidos) (0.1) Resultado antes de impostos % Impostos sobre lucros (30.3%) Resultados de empresas reconhecidas por equivalência patrimonial (7.3%) Interesses minoritários (0.0) - Lucro líquido % Cash flow após impostos % % Quadro 62 Lucro líquido da actividade internacional em 2005 M. Resultados de subsidiárias reavaliadas por equivalência patrimonial [2.4] Produto bancário [123.2] 54.1 Impostos sobre lucros [11.4] Outras imparidades e provisões [2.3] Imparidades de crédito [10.5] Custos de estrutura [30.0] Proveitos Lucro líquido Custos e impostos Gráfico 74 Relatório Análise financeira 117

120 Actividade internacional ANÁLISE DOS PROVEITOS Margem financeira A margem financeira na actividade internacional quando medida em euros registou um crescimento de 80.6%, ou seja, um acréscimo em valor absoluto de 31.7 M.. Este crescimento reflecte principalmente o crescimento de 70.3% do crédito, quanto ao saldo médio da carteira, e o aumento em 89.3% da carteira média de títulos de dívida pública (Bilhetes do Tesouro) e do Banco Nacional de Angola. Evolução de volumes e de spreads O saldo médio dos activos remunerados (expresso em euros) cresceu 39.1%. O aumento dos proveitos com juros foi de 78.6%, ou seja, 40.8 M. na totalidade. O crescimento do crédito a Clientes, de 70.3% em saldo médio da carteira, gerou um volume de 13.2 M.. Este efeito correspondeu a 32.2% do acréscimo dos proveitos com juros. O saldo médio da carteira de títulos praticamente duplicou, o que resultou do aumento das aplicações de curto prazo Títulos do Banco Central e Bilhetes do Tesouro, expressos em kuanzas e com maturidades até seis meses. O crescimento do saldo médio, a par da manutenção do câmbio Kuanza / Euro, gerou um efeito positivo de 27.0 M. na margem. A taxa média de remuneração em euros da carteira de títulos, de 28% em 2005, que foi significativamente superior à da carteira de crédito, explica que o efeito do aumento da carteira de títulos representasse cerca de 66% do aumento do total de proveitos com juros. A captação de depósitos permitiu o financiamento em 94.4% da expansão das carteiras de crédito e títulos. A taxa média de remuneração da carteira de títulos situou-se nos 27.6%, em Cerca de 82% da carteira média, em 2005, era composta por títulos de curto prazo expressos em kuanzas, nomeadamente títulos emitidos pelo Banco Central e bilhetes do tesouro. Estes instrumentos de política monetária, num cenário de estabilidade cambial, constituem uma alternativa atractiva de aplicação de fundos. Refira-se que, acompanhando a progressiva descida da taxa de inflação, a taxa média de colocação dos títulos emitidos pelo Banco Central registou uma queda acentuada desde o início do ano: a taxa de colocação dos TBC (a 91 dias) passou de cerca de 57%, em Janeiro, para 7.5%, em Dezembro. Do lado dos recursos, a taxa média de remuneração dos depósitos situou-se em 0.7%, em 2005, o que resultou do elevado peso relativo (66%) dos depósitos à ordem, não remunerados. Para a relativa estabilidade registada no preço dos recursos tem contribuído a elevada liquidez dos balanços dos bancos e uma oferta de produtos de poupança ainda pouco diversificada. Produto bancário M A taxa de juro média da carteira de crédito diminuiu de 10.3%, em 2004, para 9.4% em Esta evolução reflecte, por um lado, a redução de cerca de 2% da taxa de juro média de remuneração da componente expressa em moeda estrangeira, essencialmente dólares americanos, que representava 83%, no final de 2005, e, por outro lado, o aumento progressivo do peso relativo da componente expressa em kuanzas IAS PCSB Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

121 Actividade internacional Balanço médio e análise dos factores determinantes da variação da margem financeira do BFA Saldo médio 2004 Taxa média Juros (proveitos / custos) Saldo médio Taxa média Juros (proveitos / custos) Efeito volume 1) Linha de reconciliação da soma dos efeitos volume, preço e residual das componentes dos activos e passivos remunerados relativamente ao valor dos mesmos efeitos calculados para a totalidade dos activos e passivos remunerados, em virtude de estes últimos serem igualmente influenciados pela alteração da estrutura das aplicações e recursos, cujo efeito não é apreendido pela soma dos efeitos das respectivas componentes. 2) Registados no balanço na rubrica DÉBITOS PARA COM CLIENTES Efeito preço Efeito residual Valores em M. Variação da margem financeira Activos remunerados Aplicações em instituições de crédito % % Crédito a Clientes % % (1.5) (1.1) 10.5 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo % % (1.9) (1.7) 23.5 Correcção pelo efeito de estrutura (20.2) Activos remunerados % % Passivos remunerados Depósitos de Clientes % % Venda de títulos com acordo de recompra % % (1.0) (1.0) 7.2 Outros Correcção pelo efeito de estrutura (5.2) Passivos remunerados % % Spread médio entre activos e passivos remunerados 5.5% 7.2% Margem financeira Total Quadro 63 Comissões As comissões e outros proveitos equiparados ascenderam a 25.9 M., o que corresponde a um aumento de 46.0% relativamente a Esta evolução está principalmente associada ao forte aumento das operações de estrangeiro processamento de ordens de pagamento recebidas e emitidas e emissão de cheques sobre o estrangeiro. Ganhos e perdas em operações financeiras Os lucros decorrentes de operações financeiras ascenderam a 27.0 M., ou seja, foram superiores em 8.8 M. (+48.1%) relativamente a A maioria destes ganhos resultou de operações cambiais com Clientes, desenvolvidas no âmbito do negócio de banca comercial em Angola. A reavaliação da situação líquida do BFA, numa óptica de consolidação, originou ganhos de 3.3 M., em 2004, e 8.6 M., em Relatório Análise financeira 119

122 Actividade internacional ANÁLISE DOS CUSTOS Os custos de estrutura aumentaram 26.9%, para 30.0 M.. A continuação da expansão da estrutura operacional em Angola e o crescimento da actividade determinaram a evolução dos custos. A rede de balcões foi alargada para 43 balcões, o que representa um acréscimo de 34.4%. Este alargamento foi acompanhado pelo desenvolvimento das estruturas tecnológicas e pela modernização dos sistemas de informação. O número de caixas ATM activas aumentou de 23, no final de 2004, para 42, no final de 2005, o que representava 28.8% do sistema bancário. Lançou-se igualmente um serviço de Internet banking dirigido a empresas o BFA Net Empresas. Custos de estrutura M IAS PCSB Gráfico 76 Custos de estrutura em % do produto bancário Os custos com pessoal aumentaram em 34.2%, para 13.9 M., em Esta evolução resultou da conjugação do aumento do quadro médio de pessoal em 25.1%, na sequência do alargamento da rede de balcões, com o aumento do custo médio por Colaborador em cerca de 7%. De referir que a evolução do custo médio per capita beneficia da admissão de novos Colaboradores que apresentam um custo unitário mais baixo relativamente ao do quadro de pessoal preexistente. % IAS PCSB Gráfico 77 Em resultado da elevada importância do Dólar americano na economia angolana, uma parte substancial dos custos e dos proveitos estão ligados àquela moeda. Os custos com pessoal no Banco de Fomento Angola estão indexados ao Dólar, pelo que, sendo o Euro a moeda de consolidação, a evolução da taxa de câmbio USD / EUR tem influência na evolução dos custos quando expressos em euros. Em 2005, no que respeita à taxa de câmbio média no ano, o Euro desvalorizou-se 0.2% relativamente ao Dólar, pelo que a evolução da taxa de câmbio teve um impacto reduzido na rubrica CUSTOS COM PESSOAL. Os custos com fornecimentos e serviços de terceiros aumentaram 21.8%, para 11.4 M., em 2005, e as amortizações aumentaram 19.6% para 4.7 M.. ANÁLISE DAS IMPARIDADES E PROVISÕES Na actividade internacional, as provisões e imparidades efectuadas no exercício ascenderam a 12.7 M., em 2005, o que corresponde a um aumento de 4.7 M.. As imparidades de crédito ascenderam a 10.5 M., em 2005, o que correspondeu a 3.46% do saldo médio da carteira de crédito. Reflectem principalmente a expansão da carteira de crédito, uma vez que o Banco de Fomento Angola constitui imparidades colectivas correspondentes a aproximadamente 4% do crédito e das garantias concedidos 1 no ano. As imparidades colectivas para crédito foram de 7.9 M., em 2005 (5.3 M., em 2004), enquanto as imparidades específicas para crédito vencido ascenderam a 2.5 M., o que significa 0.84% da carteira média de crédito produtivo (0.4 M. em 2004). Noutra perspectiva, a perda de crédito, dada pelo acréscimo de crédito vencido há mais de 90 dias, ajustado por write-offs E, G, foi de 4.0 M., o que correspondeu a 1.31% do saldo médio da carteira de crédito. 1) O Banco de Fomento Angola reconhece imparidades específicas para cobertura do risco de cobrança de empréstimos concedidos que se encontrem vencidos e imparidades colectivas que estejam indexadas à expansão da carteira de crédito e das garantias (4%). 120 Banco BPI Relatório e Contas 2005

123 Actividade internacional No final de 2005, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias situava-se em 1.2% (era de 0.7%, no final de 2004). Este indicador beneficia da reduzida antiguidade da carteira, em resultado da grande expansão registada ao longo dos últimos anos. RESULTADOS DE SUBSIDIÁRIAS RECONHECIDAS POR EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Os resultados reconhecidos por equivalência patrimonial ascenderam, em 2005, a 2.4 M. e corresponderam à apropriação de resultados da participação de 30% no BCI Fomento (2.6 M., em 2004). Relatório Análise financeira 121

124 Actividade internacional ANÁLISE DO BALANÇO O activo total líquido ascendia, em 31 de Dezembro de 2005, a M., o que corresponde a 4.3% do activo líquido consolidado do Grupo. O balanço da actividade internacional apresenta uma elevada liquidez. O crédito representava, no final de 2005, 31.9% do activo líquido da actividade internacional, enquanto as aplicações com maior liquidez aplicações em instituições de crédito e a carteira de activos financeiros detidos para negociação representavam 46.4% do activo líquido. Os depósitos e outros recursos de Clientes constituem a principal componente do passivo, e asseguravam o financiamento de 84.0% do activo. O crescimento do crédito a um ritmo superior ao dos depósitos tem determinado um aumento progressivo do rácio de transformação de depósitos em crédito. Todavia, este mantém-se ainda em níveis significativamente baixos. No final de 2005, o referido rácio situava-se em 41.5%. Os capitais próprios na actividade internacional ascendiam a M., no final de 2005, valor que correspondia a 11.4% do activo total. À actividade em Angola estava alocado 92% do capital, ou seja, M., e os restantes 12.0 M. estavam alocados à actividade em Moçambique, através da participação de 30% no BCI Fomento, reconhecida por equivalência patrimonial. Composição do balanço em 2005 Activo Passivo e capitais próprios 4.6% Outros passivos Activos monetários e crédito a instituições de crédito 37.4% Activos financeiros e derivados de cobertura Crédito a Clientes 26.8% 84.0% Débitos para com Clientes Participações, imobilizado e outros 32.1% 3.6% 11.4% Capitais próprios Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

125 Actividade internacional Balanço da actividade internacional 2004 PCSB 2004 pro forma IAS Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais % Disponibilidades em outras instituições de crédito % Aplicações em instituições de crédito % Créditos a Clientes % Activos financeiros detidos para negociação % Activos financeiros disponíveis para venda % Derivados de cobertura Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação % Outros activos tangíveis % Activos intangíveis % Activos por impostos (9.7%) Acções próprias Outros activos (27.6%) Total do activo % Passivo e capitais próprios Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos % Responsabilidades representadas por títulos Provisões técnicas Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Provisões % Passivos por impostos % Títulos de participação Passivos subordinados Outros passivos % Capital, prémios de emissão e reservas e outros instrumentos de capital % Acções próprias Resultado do exercício % Interesses minoritários % Total do passivo e capitais próprios % Por memória: Crédito por assinatura % 2005 IAS Valores em M. % Quadro 64 Relatório Análise financeira 123

126 Actividade internacional CRÉDITO E RECURSOS Crédito a Clientes O crédito a Clientes 1 cresceu 97.1%, para M., no final de O crescimento global da carteira reflecte principalmente o aumento em 96.2% do crédito expresso em moeda estrangeira, que constitui a componente com maior expressão na carteira (83% do total do crédito, no final de 2005). A carteira de crédito apresentava uma estrutura relativamente equilibrada e diversificada: 41% era crédito a particulares e 59% era crédito concedido a empresas. Na carteira de crédito a empresas, os sectores com maior importância relativa eram o sector do comércio (24% do crédito a empresas), o sector da construção (16% do crédito a empresas) e o sector dos transportes e das comunicações (12% do crédito a empresas). O sector das indústrias extractivas representava apenas cerca de 3% da carteira de crédito a empresas, enquanto, na economia, a indústria de exploração petrolífera e diamantífera representa mais de 50% do PIB. Recursos captados Os depósitos de Clientes cresceram 70% para M., no final de A componente em moeda estrangeira representava 70% do total de depósitos captados e os restantes 30% estavam expressos em moeda local. Os títulos vendidos a Clientes com acordo de recompra G ascendiam a 65.6 M., em 2005 (36.1 M., em 2004). 1) Excluindo juros a receber, correcções ao valor dos activos cobertos e comissões associadas ao custo amortizado (líquidas). 124 Banco BPI Relatório e Contas 2005

127 Actividade internacional CARTEIRA DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de activos detidos para negociação ascendia a M., no final de É constituída por títulos de curto prazo, com maturidade até seis meses, emitidos pelo Banco Central para controlo da massa monetária (TBC Títulos do Banco Central) e emitidos pelo Estado (BT Bilhetes do Tesouro). Estes títulos são expressos em kuanzas. Refira-se que as taxas de colocação destes títulos se situavam próximas dos 7.5%, no final de 2005 (para os TBC a 91 dias), o que corresponde a uma redução acentuada relativamente à taxa de colocação de 56.7%, registada no início do ano (para os TBC a 91 dias). A carteira de activos disponíveis para venda ascendia a 71.4 M.. É constituída por obrigações do tesouro, expressas em kuanzas, indexadas ao Dólar americano e com maturidades até sete anos. A remuneração média desta carteira, em 2005, foi de 8.0%. O rendimento dos bilhetes do tesouro e das obrigações do tesouro está isento de tributação. Relatório Análise financeira 125

128 Actividade internacional GESTÃO DO CAPITAL TRANSIÇÃO PARA AS IAS / IFRS IMPACTO NOS CAPITAIS PRÓPRIOS E NOS FUNDOS PRÓPRIOS A aplicação das IAS / IFRS teve um impacto negativo nos capitais próprios, à data de 1 de Janeiro de 2005, de M.. Os saldos das principais diferenças relativamente ao Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB) foram relevados em resultados transitados. O impacto nos fundos próprios é negativo em M.. Este valor está a ser reconhecido gradualmente nos fundos próprios, para efeitos de cálculo do rácio de requisitos de fundos próprios, ao longo de um período de três a sete anos, de acordo com o definido pelo Banco de Portugal para acomodar os impactos nos fundos próprios da transição para as IAS / IFRS. Impacto da transição para as IAS / IFRS Valores em M. Período de reconhecimento do impacto nos fundos próprios Impacto no capital próprio em 31 Dez. 04 Fundos próprios de base (Tier I) Impacto nos fundos próprios Fundos próprios complementares (Tier II) Total Alterações resultantes da introdução das IAS / IFRS Responsabilidades com pensões (514.0) (332.1) - (332.1) - Reconhecimento de responsabilidades com cuidados médicos (SAMS) e alteração da tábua de mortalidade (160.8) (160.8) - (160.8) 7 anos Aumento das responsabilidades por subsídio de morte e alteração das taxas de desconto (130.4) (130.4) - (130.4) 5 anos Responsabilidades com pensões dos Administradores (1.1) (1.1) - (1.1) 5 anos Decrementos de invalidez (83.0) (83.0) - (83.0) 5 anos Corredor e outros anos Acréscimo de responsabilidades com pensões (por reformas antecipadas e outros) ainda não reconhecidas como custos 1 (181.9) Imparidade na carteira de activos disponíveis para venda (42.5) (42.5) - (42.5) 3 anos Prémio de antiguidade (18.6) (18.6) - (18.6) 3 anos Periodização de comissões (18.7) (18.7) - (18.7) 3 anos Activos tangíveis disponíveis para venda (2.0) (2.0) - (2.0) 3 anos Impostos diferidos anos Reserva de justo valor (líquida de impostos) 36.2 (0.3) anos Remuneração variável em acções RVA anos Empresas associadas anos Contabilidade de cobertura anos Goodwill da SIC e da InterRisco Activos intangíveis (13.7) Acções preferenciais e dividendos antecipados na BPI Vida (24.6) Acções próprias 2 (23.2) Imparidade do crédito Outros (0.0) Anulação das deduções de menos-valias latentes em participações, de acordo com o Aviso 4 / anos Total (256.2) (179.5) 35.7 (143.8) 1) De acordo com as anteriores regras do Plano de Contas para o Sistema Bancário, em 31 de Dezembro de 2004, estavam a ser reconhecidas Quadro 65 na conta de resultados, e consequentemente na situação líquida, ao longo de um período máximo de dez anos, 182 M. correspondentes ao acréscimo de responsabilidades com pensões (por reformas antecipadas realizadas e outros). Para efeitos de cálculo dos fundos próprios regulamentares, este montante era abatido aos fundos próprios de base. Com a transição para as IAS / IFRS, este montante foi integralmente reconhecido em resultados transitados, mas não teve impacto nos fundos próprios. 2) A rubrica REMUNERAÇÃO VARIÁVEL EM ACÇÕES RVA inclui mais-valias no exercício e cobertura de opções do programa RVA. 126 Banco BPI Relatório e Contas 2005

129 Actividade internacional Impacto nos capitais próprios A transição para as IAS / IFRS, incluindo a aplicação das IAS 32, IAS 39 e IFRS 4, gerou um impacto negativo nos capitais próprios, à data de 1 de Janeiro de 2005, de M.. O impacto relacionado com as responsabilidades com pensões foi negativo em M. : M., relativos às pensões de Colaboradores e 1.1 M., relativos às pensões dos Administradores. Um impacto negativo de M. correspondeu ao aumento das responsabilidades, em resultado do reconhecimento de benefícios de assistência médica, do reconhecimento de subsídio por morte na reforma, da alteração da tábua de mortalidade feminina e da alteração das taxas de desconto, de crescimento de salários e pensões. Porém, a utilização em 43.2 M. do corredor, para acomodar parte do acréscimo das responsabilidades, permitiu que o impacto conjunto nos capitais próprios fosse negativo em M.. Adicionalmente, foram integralmente reconhecidas no balanço, por contrapartida de capital próprio, as responsabilidades com pensões que faltava reconhecer como custo e que a seguir se indicam. O acréscimo de responsabilidades com pensões pela não utilização de decrementos de invalidez, no montante de 83.0 M.. Estas responsabilidades resultaram da entrada em vigor, no final de 2001, de um novo quadro regulamentar (Aviso do Banco de Portugal, n.º 12 / 2001). Estavam a ser reconhecidas nas demonstrações financeiras e financiadas por um período máximo de 20 anos. O acréscimo de responsabilidades com pensões por reformas antecipadas, no montante de M.. Este montante estava a ser reconhecido como custo na conta de resultados por um período máximo de dez anos. Ainda com impacto negativo nos capitais próprios, refira-se o reconhecimento de 42.5 M. de imparidades, na carteira de activos disponíveis para venda. Os principais impactos positivos nos capitais próprios resultaram: do reconhecimento de impostos diferidos, no montante de M., dos quais M. são relativos aos ajustamentos associados a responsabilidades com pensões; do reconhecimento na reserva de justo valor de 36.2 M. de mais-valias potenciais (líquidas de impostos) da carteira de activos disponíveis para venda; da readição aos capitais próprios do goodwill de M. relativo à consolidação da SIC. De acordo com o PCSB, este valor tinha sido integralmente abatido ao capital próprio, no momento da consolidação da referida participação, tal como previsto no PCSB, pela primeira vez, em Junho de Impacto nos fundos próprios A transição para as IAS / IFRS, incluindo a aplicação das IAS 32, IAS 39 e IFRS 4, gerou um impacto negativo de M. nos fundos próprios. O impacto associado a responsabilidades com pensões foi negativo em M.. Do impacto nos capitais próprios de M., M.. já eram, pelas anteriores regras do Banco de Portugal, abatidos aos fundos próprios de base para efeitos de cálculo dos fundos próprios regulamentares. Correspondiam ao acréscimo de responsabilidades com pensões (por reformas antecipadas realizadas e outros), ainda não reconhecidas como custo. O reconhecimento de mais-valias potenciais, líquidas de impostos diferidos, da carteira de activos disponíveis para venda (registada na reserva de justo valor), para efeitos de determinação dos fundos próprios, apenas foram consideradas em 45% do seu valor 1. Deste modo, o impacto positivo nos fundos próprios foi de 20.4 M.. Este valor é incluído nos fundos próprios complementares (Tier II). Outros impactos no capital próprio sem repercussão nos fundos próprios foram os que a seguir se indicam. A readição aos capitais próprios do goodwill relativo à consolidação da SIC. Para efeitos de determinação dos fundos próprios, este valor apenas foi adicionado aos fundos próprios com a venda da referida participação, que se concretizou no primeiro trimestre de Um impacto negativo nos capitais próprios de 36.9 M.. Corresponde ao valor das acções próprias que, de acordo com as IAS / IFRS, passaram a ser deduzidas aos capitais próprios, em vez da inscrição no lado do activo, estipulado no PCSB; e à reclassificação como custo de valores registados, de acordo com o PCSB, como activos intangíveis. Pelas anteriores regras do Banco de Portugal, estes valores já eram abatidos aos fundos próprios de base. 1) Na determinação dos fundos próprios, de acordo com as regras do Banco de Portugal, as mais-valias potenciais da carteira de activos disponíveis para venda, líquidas de impostos diferidos, que estão registadas sob RESERVA DE JUSTO VALOR, são consideradas nos fundos próprios complementares em 45% do seu valor. As menos-valias potenciais, líquidas de impostos diferidos, são integralmente deduzidas aos fundos próprios de base. Relatório Análise financeira 127

130 Actividade internacional A dedução aos capitais próprios (à componente de interesses minoritários) de 24.6 M. de acções preferenciais (e dividendos) emitidas pela BPI Capital Finance e detidas pela BPI Vida. Este ajustamento, a título de anulação de saldos intragrupo, resulta da alteração do método de consolidação da BPI Vida, que deixou de ser a reavaliação por equivalência patrimonial, prevista no PCSB, e passou a ser a consolidação integral, de acordo com as IAS / IFRS. Todavia, exclusivamente para efeitos de cálculo de fundos próprios e de requisitos de fundos próprios, esta participação continua a ser reavaliada por equivalência patrimonial, pelo que este ajustamento não se reflecte nos fundos próprios. Por outro lado, registou-se uma adição de 15.1 M. aos fundos próprios, sem impacto nos capitais próprios. Correspondiam a menos-valias latentes em participações que, de acordo com o anterior regime de cobertura de menos-valias em participações, definido pelo Banco de Portugal (Aviso 4 / 2002) 1, eram abatidos aos fundos próprios complementares. De acordo com as IAS / IFRS, as menos-valias latentes em activos disponíveis para venda estão integralmente reflectidas nos capitais próprios e nos fundos próprios de base, através da reserva de justo valor ou pelo reconhecimento de imparidades. Período de reconhecimento dos impactos nos fundos próprios Para efeitos de determinação dos fundos próprios, o Banco de Portugal definiu um período de transição para o reconhecimento dos impactos contabilísticos decorrentes da adopção das normas internacionais de contabilidade. Os impactos relacionados com pensões de reforma serão reconhecidos, no caso dos benefícios de assistência médica dos SAMS e da alteração da tábua de mortalidade, em sete anos. Os restantes, relacionados com pensões, sê-lo-ão ao longo de cinco anos, enquanto os outros impactos nos fundos próprios serão reconhecidos ao longo de três anos. A aplicação dos períodos definidos para reconhecimento dos diversos impactos significará que o reconhecimento dos impactos positivos se fará mais cedo (em três anos), uma vez que cerca de 80% dos impactos negativos estão associados às responsabilidades com pensões, para os quais o período de reconhecimento é mais longo (de cinco e sete anos). Em termos agregados, resulta no reconhecimento nos três primeiros anos de um impacto positivo anual de 5.5 M., enquanto, nos anos seguintes, o impacto será negativo em 57.2 M., em 2008 e 2009, e em 23.0 M., em 2010 e Reconhecimento do impacto da transição para as IAS / IFRS nos fundos próprios Valores em M Total Impacto no Tier I Responsabilidades com pensões (57.2) (57.2) (57.2) (57.2) (57.2) (23.0) (23.0) (332.1) Reconhecimento de responsabilidades com cuidados médicos (SAMS) e alteração da tábua de mortalidade (23.0) (23.0) (23.0) (23.0) (23.0) (23.0) (23.0) (160.8) Outros (34.3) (34.3) (34.3) (34.3) (34.3) (171.4) Imparidade na carteira de activos disponíveis para venda (14.2) (14.2) (14.2) (42.5) Impostos diferidos Outros (4.2) (4.2) (4.2) (12.6) Impacto no Tier I (6.4) (6.4) (6.4) (57.2) (57.2) (23.0) (23.0) (179.5) Impacto no Tier II Reserva de justo valor (líquida de impostos) Outros Impacto no Tier II Total (57.2) (57.2) (23.0) (23.0) (143.8) Quadro 66 1) De acordo com o Aviso 4 / 2002 do Banco de Portugal, do montante de menos-valias latentes que excedia 15% do valor de aquisição, um mínimo de 40% era coberto por provisões, e portanto estava reflectido nos capitais próprios, enquanto o remanescente era subtraído aos fundos próprios, para efeitos de cálculo do rácio de requisitos de fundos próprios. 128 Banco BPI Relatório e Contas 2005

131 Actividade internacional Situação líquida No final de 2005, os capitais próprios totalizavam M.. Os capitais próprios atribuíveis aos accionistas ascendiam a M.. e os interesses minoritários, que correspondem, na sua quase totalidade, às acções preferenciais emitidas pela BPI Capital Finance, eram de M.. O capital próprio no final de 2005 situava-se num valor próximo do registado no final de Dezembro de 2004 (de acordo com o PCSB). Este resulta da conjugação dos seguintes factores principais: com impacto negativo, por um lado, a transição para as IAS / IFRS que originou uma redução de M. nos capitais próprios e, por outro lado, a distribuição de 75.0 M. a título de pagamento de dividendos relativamente ao exercício de 2004; com impacto positivo, o resultado líquido do ano (250.8 M., atribuíveis aos accionistas e 10.9 M., aos interesses minoritários) e o aumento do valor das acções preferenciais, em 71.3 M., que reflecte principalmente uma emissão realizada no ano. Evolução do capital próprio e interesses minoritários Valores em M. Situação líquida Interesses minoritários Total Capital próprio e interesses minoritários em 31 Dez [PCSB] Ajustamentos na transição para as IAS / IFRS (231.6) (24.6) (256.2) Capital próprio e interesses minoritários em 1 Jan [em IAS / IFRS] Pagamento do dividendo relativo ao ano de 2004 (75.0) Resultado consolidado em 2005, atribuível aos accionistas e a interesses minoritários Aumento da carteira de acções próprias (líquida de mais-valias em acções próprias) (17.0) - (17.0) Reserva de reavaliação (líquida de impostos diferidos) Acções preferenciais (emissão, líquida de acções readquiridas) Pagamento de dividendos de acções preferenciais - (10.4) (10.4) Outros 3.9 (0.5) 3.4 Capital próprio e interesses minoritários em 31 Dez Quadro 67 Evolução da capital próprio e interesses minoritários (consolidado) em 2005 M (256.2) (5.2) (75.0) 31 Dez [PCSB] Transição para as IAS / IFRS 1 Jan [em IAS / IFRS] Pagamento do dividendo de 2004 Resultado consolidado em Emissão de Outros 31 Dez preferênciais 2 acções 1) Lucro líquido consolidado atribuível aos accionistas (250.8 M. ) e a interesses minoritários (10.9 M. ). 2) Líquida de acções readquiridas. Gráfico 79 Relatório Análise financeira 129

132 Actividade internacional Fundos próprios No final de 2005, o total de fundos próprios ascendia a M., o que corresponde a um reforço da base de capital de M. (+19.7%), relativamente a Dezembro de Os fundos próprios de base aumentaram M. (+13.5%) para M., em Dezembro de A periodização do reconhecimento do impacto da transição para as IAS / IFRS originou, em 2005, uma redução de 6.4 M. nos fundos próprios de base e um aumento de 11.9 M. dos fundos próprios complementares, dos quais resultou um impacto global positivo de 5.5 M., no total de fundos próprios. A evolução positiva dos fundos próprios de base esteve principalmente suportada na capacidade de geração de resultados. Os resultados retidos no ano ascenderam a M., o que correspondeu a 0.9% dos activos ponderados pelo risco. Este valor superou o crescimento de 107 M. dos requisitos de fundos próprios, excluindo o impacto das operações de securitização realizadas no ano. De natureza não recorrente, destaca-se por um lado, com impacto positivo nos fundos próprios de base, a alienação da participação na SIC, que determinou um aumento de M. nos fundos próprios de base (equivalente a 0.7% dos activos ponderados pelo risco). Correspondeu à readição do goodwill registado na sua consolidação e que estava a ser abatido integralmente aos fundos próprios. Por outro lado, o impacto negativo mais relevante resultou da alteração dos pressupostos actuariais realizada no final de O resultado foi o abate aos fundos próprios de base de 67 M. (0.4% dos activos ponderados) correspondente ao acréscimo de responsabilidades com pensões não acomodado no corredor 1. Refira-se que, para cálculo dos fundos próprios consolidados, considera-se o montante de provisões para crédito (específicas e genéricas), calculado de acordo com o regime de aprovisionamento definido pelo Banco de Portugal (Avisos 3 / 1995 e 8 / 2003) 2. Ao invés, nas demonstrações financeiras consolidadas utiliza-se o conceito de imparidades, em conformidade com as IAS / IFRS, que toma em consideração o valor da exposição, o montante recuperável e o período de tempo até à recuperação. Na prática, os fundos próprios de base são deduzidos (acrescidos) pela insuficiência (excesso) de imparidades de crédito, quando comparadas com o montante de provisões calculado de acordo com os Avisos 3 / 1995 e 8 / 2003, e os fundos próprios complementares são acrescidos do valor das provisões genéricas. O valor das provisões genéricas incluídas no Tier II não pode ultrapassar o menor entre 1.25% dos activos ponderados pelo risco e o diferencial entre 50% dos fundos próprios de base e o valor que resulta do somatório da dívida subordinada e dos títulos de participação. No final de 2005, a perda de crédito estimada, registada nas contas consolidadas como imparidades de crédito, era inferior ao nível de provisões requerido pelo Banco de Portugal, do que resultou uma dedução de 42.9 M. aos fundos próprios de base. Naquela data, os fundos próprios complementares foram acrescidos de M. de provisões genéricas, existindo 56.4 M. de provisões para riscos gerais de crédito não elegíveis como fundos próprios complementares (Tier II). Em 31 de Dezembro de 2005, faltava reconhecer nos fundos próprios um valor negativo de M., relativo aos impactos da transição para as IAS / IFRS. Este valor era composto por um impacto negativo nos fundos próprios de base, de M., correspondente a 1.0% dos activos ponderados pelo risco, e por um impacto positivo no Tier II (fundos próprios complementares líquidos de deduções), de 23.8 M., correspondente a 0.1% dos activos ponderados pelo risco. O reconhecimento destes impactos respeitará os períodos transitórios definidos pelo Banco de Portugal. 1) Para efeitos de determinação dos fundos próprios, os desvios de rendimento do fundo relativamente aos pressupostos actuariais e o acréscimo de responsabilidades com pensões, em resultado da alteração dos pressupostos, que não sejam acomodados no corredor previsto, são integral e imediatamente abatidos aos fundos próprios de base. Quanto ao registo contabilístico, estes valores serão reconhecidos gradualmente como custos na conta de resultados ao longo de um período até à idade média esperada de reforma. 2) Define níveis mínimos de cobertura específica do crédito vencido e de cobrança duvidosa que tomam em consideração a antiguidade das situações de incumprimento, o tipo de crédito e a natureza das garantias. Requer adicionalmente a constituição de provisões para riscos gerais de crédito, definidas em função da dimensão global da carteira de crédito e das garantias, não estando afectas a um risco específico identificado. O regime de aprovisionamento do Banco de Portugal continua a aplicar-se nas demonstrações financeiras individuais, enquanto, nas demonstrações financeiras consolidadas, se utiliza o conceito de imparidades, em conformidade com as IAS / IFRS. 130 Banco BPI Relatório e Contas 2005

133 Actividade internacional Fundos próprios De acordo com as normas do Banco de Portugal 1) Resultado após distribuição de dividendos proposta. 2) São consideradas como elemento positivo dos fundos próprios as provisões para riscos gerais de crédito calculadas de acordo com as anteriores regras de aprovisionamento, até ao limite de 1.25% dos activos ponderados pelo risco Valores em M Fundos próprios de base Capital realizado, prémios de emissão, reservas (excluindo reserva de justo valor) e resultados retidos Contribuições para o fundo de pensões ainda não relevadas como custo (181.9) (66.8) Acções preferenciais Outros interesses minoritários Diferenças negativas de primeira consolidação Imobilizações incorpóreas (29.8) (5.9) Acções próprias (23.2) (42.9) Insuficiência de provisões - (42.9) Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir Fundos próprios de base Fundos próprios complementares Reservas de reavaliação Dívida subordinada perpétua G Acções preferenciais Reservas de reavaliação ao justo valor (líquidas de impostos diferidos) Dívida subordinada e títulos de participação Provisões para riscos gerais de crédito Fundos próprios complementares não elegíveis - (56.4) Ajustamentos de transição para as IAS / IFRS a diferir (reservas de reavaliação ao justo valor) - (13.8) Fundos próprios complementares Deduções Dedução de interesses em participações (30.0) (31.4) Menos-valias não provisionadas em participações financeiras (15.1) - Outras deduções (13.4) (12.9) Ajustamentos de transição para as IAS / IFRS a diferir - (10.0) Deduções (58.5) (54.3) Total de fundos próprios Quadro 68 Relatório Análise financeira 131

134 Actividade internacional Requisitos de fundos próprios Os requisitos totais de fundos próprios aumentaram 28.0 M. (+2.0%) relativamente a A evolução beneficiou da realização de duas operações de securitização, uma de crédito a PME, no montante de 500 M. e a outra de crédito hipotecário, no montante de 1500 M.., que, em final de 2005, representavam uma redução global de 79 M. dos requisitos de fundos próprios (equivalente a uma redução de 988 M., nos activos ponderados pelo risco). Relativamente ao valor dos fundos próprios, no final de 2005, a referida redução dos requisitos representa um impacto positivo no rácio de capital de 0.7 pontos percentuais, e no rácio Tier I de 0.4 pontos percentuais. O crescimento da carteira de crédito, excluindo o impacto das operações de titularização atrás mencionadas, originou um crescimento de 6.8% ( M. ) dos activos ponderados, que corresponde a um aumento em 76.2 M. dos requisitos de fundos próprios. Por sua vez, a carteira de títulos e participações, quanto ao valor ponderado pelo risco, diminuiu 21.7% ( M. ), o que reflecte principalmente a alienação de participações non-core efectuada em Correspondeu a uma redução de 16.6 M. dos requisitos de fundos próprios. Refira-se que, exclusivamente para efeito de determinação dos rácios de capital, as participações na BPI Vida e na BPI Pensões são reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial, tal como anteriormente se estipulava no Plano de Contas para o Sistema Bancário, apesar de, nas contas consolidadas, em conformidade com as IAS / IFRS, estas participações serem consolidadas por integração global. Desde modo, a evolução dos activos destas participações, nomeadamente a carteira de activos detidos para negociação da BPI Vida, que está associada à cobertura dos seguros de capitalização, não foi reflectida nos activos ponderados pelo risco. O capital exigido para cobertura dos riscos associados à carteira de negociação e a posições em moeda estrangeira representa apenas 1.7% do total de requisitos de fundos próprios. Requisitos de fundos próprios De acordo com as normas do Banco de Portugal 1) Montante não reconhecido nos fundos próprios. Activo líquido (valor de balanço) 2004 Coeficiente médio de ponderação Activo ponderado pelo risco Activo líquido (valor de balanço) 2005 Coeficiente médio de ponderação Valores em M. Activo ponderado pelo risco Activos monetários % % 67.4 Créditos sobre instituições de crédito % % Crédito sobre Clientes % % Carteiras de obrigações, acções e participações % % Imobilizações corpóreas % % Activos diversos % % Activo % % Extrapatrimoniais (-) Provisões para riscos gerais de crédito 1 (177.5) (56.4) Activos ponderados pelo risco de crédito Riscos de crédito (activos ponderados x 8%) Operações de titularização Riscos de mercado Total de requisitos de fundos próprios Requisitos totais x Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2005

135 Actividade internacional Rácio de requisitos de fundos próprios Em 31 de Dezembro de 2005, o rácio de requisitos de fundos próprios, de acordo com as regras do Banco de Portugal, era de 11.5% e o rácio do Tier I era de 7.3%. O core capital (fundos próprios de base, deduzidos das acções preferenciais) correspondia a 5.9% dos activos ponderados pelo risco. Importa referir que o impacto negativo da transição para as IAS / IFRS, que faltava reconhecer nos fundos próprios, representava 0.8% dos activos ponderados pelo risco, em 31 de Dezembro de Este impacto será reconhecido até 2011, inclusive. Rácio de requisitos de fundos próprios consolidados De acordo com as normas do Banco de Portugal % Rácio de requisitos de fundos próprios De acordo com as normas do Banco de Portugal ) Requisitos totais x ) Calculado de acordo com a Instrução 16 / 2004 do Banco de Portugal. Valores em M Fundos próprios de base dos quais, core capital dos quais, acções preferenciais Fundos próprios complementares, deduções e fundos próprios suplementares Total dos fundos próprios Requisitos totais Activos ponderados pelo risco Rácio de requisitos de fundos próprios 2 9.8% 11.5% Tier I 2 6.5% 7.3% Core Tier I (excluindo acções preferenciais) 5.1% 5.9% Acções preferenciais em percentagem do Tier I 21.5% 18.8% Quadro Tier II Acções preferenciais Core capital 5.9 Tier I Gráfico 80 Relatório Análise financeira 133

136 Gestão dos riscos A gestão de riscos no Grupo BPI assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes riscos (risco de contraparte, risco-país G, riscos de mercado, riscos de liquidez, riscos operacionais e legais); e na execução de estratégias de maximização dos resultados relativamente aos riscos, dentro dos limites preestabelecidos e devidamente supervisionados. A gestão é complementada pela análise, a posteriori, de indicadores de desempenho. ORGANIZAÇÃO Direcção de Análise e Controlo de Riscos A Direcção de Análise e Controlo de Riscos é uma unidade de estrutura centralizada e independente no que diz respeito à análise e ao controlo dos riscos, à luz das melhores práticas de organização, neste domínio, e em conformidade com as exigências do novo Acordo de Basileia. Esta Direcção é composta por uma unidade centrada, sobretudo, na produção de ratings e scorings G ; uma unidade de análise dos riscos globais de todo o balanço; e, ainda, uma unidade responsável pela implementação e gestão de um datamart de risco. Direcção de Análise e Controlo de Riscos Ratings e scorings Produção de ratings e scorings Cálculo de probabilidades de incumprimento (PD) e perdas dado o incumprimento (LGD) Central de riscos do BdP Análise de operações / carteiras a titularizar Provisões por imparidade Riscos globais Riscos de mercado (taxa de juro, câmbios, acções, outros) Riscos de crédito / contraparte (incluindo derivados) Risco-país Risco de liquidez Riscos operacionais Outras tarefas DataMart de Risco Figura 9 No domínio concreto dos riscos de crédito da contraparte, esta estrutura central permite que o Banco beneficie de evidentes economias de escala na feitura de modelos de rating ou scoring, sem que se elimine a desejável proximidade entre as diversas áreas de análise do risco das operações (crédito à habitação, crédito pessoal, cartões, crédito automóvel, títulos, crédito a empresas, empresários e negócios etc), a cargo da Direcção de Riscos de Crédito, e as respectivas áreas comerciais. Esta estrutura favorece também uma leitura transversal de todos os riscos, tendo em conta a semelhança ou complementaridade das metodologias de análise e as correlações entre diferentes riscos. 134 Banco BPI Relatório e Contas 2005

137 Principais indicadores 2004 PCSB 2004 pro forma 2005 IAS / IFRS Actividade Actividade Consolidado Consolidado Consolidado doméstica internacional Crédito vencido há mais de 90 dias, em percentagem do crédito a Clientes 1.1% 1.0% 1.3% 1.2% 1.3% Imparidades de crédito acumuladas no balanço, em percentagem do crédito a Clientes - 1.6% 1.5% 5.4% 1.6% Crédito em incumprimento (crédito vencido há mais de 90 dias e de cobrança duvidosa 1 ), em percentagem do crédito total 2 1.1% 1.1% % Crédito vencido há mais de 90 dias e crédito de cobrança duvidosa, líquido de provisões específicas em percentagem do crédito líquido total 2 0.4% 0.4% % Acréscimo de crédito vencido há mais de 90 dias, ajustado por write-offs, em percentagem da carteira de crédito produtivo 0.30% 0.31% 0.62% 1.31% 0.63% Acréscimo de crédito vencido há mais de 90 dias, ajustado por write-offs e deduzido de recuperações de crédito e juros vencidos previamente, abatido ao activo, em percentagem da carteira de crédito produtivo 0.22% 0.22% 0.53% 1.31% 0.54% Imparidades (/ provisões conforme PCSB) de crédito, em percentagem da carteira de crédito produtivo 0.42% 0.41% 0.28% 3.46% 0.33% Imparidades (/ provisões conforme PCSB) de crédito, deduzido de recuperações de crédito e juros vencidos previamente abatido ao activo, em percentagem da carteira de crédito produtivo 0.33% 0.33% 0.19% 3.46% 0.24% Exposição a risco-país, líquida de provisões (M. ) Em percentagem do activo líquido % Risco de mercado (VaR) Máximo (M. ) Média mensal (M. ) Crédito, em percentagem dos recursos totais de Clientes 97.3% 98.5% 98.2% 43.6% 95.8% Crédito, em percentagem dos recursos estáveis % % 1) Crédito de cobrança duvidosa, tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Quadro 71 2) Calculado de acordo com a Instrução 16 / 2004 do Banco de Portugal. 3) Recursos estáveis segundo definição da Instrução 1 / 2000 do Banco de Portugal: depósitos de Clientes, títulos de participação, provisões para crédito (específicas e genéricas), empréstimos (titulados ou não) com prazo residual para o vencimento superior a um ano, interesses minoritários e situação líquida, deduzida de resultados a distribuir a título de dividendos. Relatório Gestão dos riscos 135

138 RISCO DE CRÉDITO Processo de gestão O risco de crédito, associado à possibilidade de incumprimento efectivo da contraparte (ou à variação do valor económico de um dado instrumento ou de uma dada carteira, perante a degradação da qualidade do risco da contraparte), constitui o risco mais relevante de toda a actividade do Grupo BPI. A avaliação da exposição a este risco efectua-se mediante adopção de diferentes metodologias complementares (expert system E, ratings, scorings, valor de substituição e add-ons para derivados, e outras). Não obstante o uso de alguns scorings e ratings, o BPI adoptará, nos próximos anos, em termos regulamentares, o método standard de medição dos riscos de crédito previsto no Acordo de Basileia II. relativa ao recurso a crédito dentro dos limites) ou da própria dimensão dos capitais próprios do BPI. No plano comercial, a avaliação das operações ou dos Clientes considerados globalmente deverá ter em conta os pretendidos níveis de rendibilidade dos capitais próprios utilizados. Em cada uma das diferentes direcções envolvidas, estão definidos os níveis hierárquicos competentes para a aprovação de créditos, consoante as características do risco ou as características comerciais da operação. O objectivo desta descentralização das decisões é garantir a celeridade e eficácia do processo. Após avaliação da exposição, a aprovação específica das operações de crédito faz-se de acordo com os princípios e procedimentos estabelecidos nos regulamentos de crédito. A aprovação ou rejeição das operações assenta em: filtros de rejeição, baseados na existência de incidentes e incumprimentos; A posteriori, o Banco mantém sob vigilância constante a evolução da exposição às diferentes contrapartes (recorrendo inclusivamente ao uso de sistema de alertas); a caracterização da carteira (diversificação por área geográfica, sector, segmento, contraparte e maturidade); bem como os resultados e índices de rendibilidade alcançados, relativamente aos graus de risco assumidos. ratings, scorings, ou expert system equivalente, destinados a avaliar explícita ou implicitamente a probabilidade de incumprimento das contrapartes (ou garantes); o prejuízo esperado das operações (considerando eventuais garantias reais, margens, esquemas periódicos de pagamento / amortização, cláusulas de prioridade legal ISDA international swaps E and derivatives association e garantias CSA credit support annex em derivados); o prejuízo inesperado (capital em risco / regulamentar), em complemento, quando se justifique; avaliação da capacidade de serviço de dívida e inscrição em limites previamente estabelecidos. São respeitados os limites por contraparte / grupo (incluindo o limite a grandes exposições ), mercado, maturidade, produto ou moeda, que tenham sido estabelecidos em função da capacidade de endividamento do Cliente, do relacionamento com o Banco (incluindo a experiência Os créditos problemáticos, os índices de cobertura por provisões, os write-offs e as recuperações são também mensalmente analisados. O alerta sobre créditos vencidos é dirigido aos gestores do Banco através da rede interna, estando disponível on-line. Procede-se, ainda, a uma estimativa das provisões por imparidade, o que envolve quer um cálculo estatístico, no caso dos créditos regulares com incidentes ou em incumprimento, quer uma avaliação por expert system da mesma imparidade, no caso dos créditos de maior significado. As imparidades e provisões são avaliadas mensalmente pela Comissão Executiva do Conselho de Administração (Comissão Executiva para os Riscos de Crédito), são analisadas semestralmente pelos Auditores externos e apreciadas regularmente pelo Comité de Auditoria e de Controlo Interno. Funcionam como agentes de controlo de todo este processo de gestão, para além do Conselho de Administração, do Comité de Controlo Interno e da Comissão Executiva de Riscos de Crédito, a Direcção de Análise e Controlo de Riscos, os Auditores internos e externos e o Banco de Portugal. 136 Banco BPI Relatório e Contas 2005

139 Avaliação da exposição ao risco de crédito Empresas, Clientes institucionais e financiamento especializado O BPI utiliza um sistema interno de rating de empresas, com cinco classes, para avaliação do risco do crédito, das garantias e dos títulos de empresas de média e grande dimensão. A classificação assenta em rácios económico-financeiros, bem como na análise dos indicadores da experiência, do conceito comercial e dos incidentes, do risco de mercado e do sector em que a empresa opera. Carteira de crédito a empresas e institucionais em 2005 Repartição da exposição por classes de risco (rating interno) B 35.5% A 27.8% C 16.2% AAA, AA 20.5% Gráfico 81 A Direcção de Riscos de Crédito ou, em última instância, a Comissão Executiva dos Riscos de Crédito complementam esta informação sobre a probabilidade de incumprimento com uma análise qualitativa da estratégia e da gestão da empresa (o que resulta em eventual overrule E do rating apurado) e com uma análise da informação sobre a perda esperada ou potencial, em caso de incumprimento (incluindo, especialmente, a análise da colateral). De acordo com esta metodologia de avaliação dos riscos e de aprovação das operações de crédito, o risco médio da carteira é de 48.0 (classe A), tendo sido de 49.1 no ano anterior. Carteira de crédito a empresas e institucionais Repartição da exposição por classes de risco (rating interno) Classes de risco AAA (<10) 17% 14% 12.7% AA (10-30) 5.6% 5.1% 7.8% A (30-50) 20.5% 26.1% 27.8% B (50-70) 42.7% 38.6% 35.5% C (70-100) 14.1% 16.2% 16.2% Total 100% 100% 100% Pontuação média Quadro 72 Estes sistemas de avaliação do risco da contraparte são complementados por outros, em especial o da identificação da concentração de exposição numa contraparte ou grupo ( grandes exposições ) e pelo cálculo do capital em risco, segundo avaliação consagrada na regulamentação sobre rácio de solvabilidade ou nela inspirada. A carteira é ainda avaliada globalmente pelo grau de diversificação geográfica, sectorial (ver quadro em anexo) e por maturidades. Particulares, empresários e negócios No domínio dos particulares, existem diferentes scorings e filtros de selecção de Clientes. Em operações de crédito com garantias específicas (habitação, automóvel), o prejuízo esperado é muito reduzido, dada justamente a relação entre o financiamento e a garantia. O BPI exige para a relação entre financiamento e garantia do crédito à habitação um limite máximo de 100% (com seguro de protecção pessoal ou de protecção do valor de recuperação, para rácio superior a 90%). No restante crédito a particulares, a selecção de Clientes assenta, sobretudo, na avaliação das probabilidades de incumprimento por scoring ou expert system e o crédito é atribuído dentro de limites preestabelecidos. De forma a reduzir a probabilidade de incumprimento, exige-se um seguro de protecção ao crédito (com cobertura do risco de desemprego e de hospitalização) para o crédito pessoal do BPI. Os índices globais de aceitação ou rejeição de Clientes associam-se aos níveis de rendibilidade mínima desejável, tendo em conta os riscos. A análise da exposição ao risco de contraparte no segmento dos pequenos negócios é efectuada por um scoring não-empírico e por expert system. Considera-se igualmente, mediante análise de diferentes indicadores, uma opinião subjectiva sobre a probabilidade de incumprimento da contraparte ou da entidade que presta garantia, para além da análise de eventual colateral. Relatório Gestão dos riscos 137

140 Carteira de títulos No que respeita à avaliação dos riscos da carteira de títulos, o BPI recorre, sobretudo, à informação constante em ratings externos. A carteira é composta, predominantemente, por títulos de emissores de reduzido risco de crédito. Saliente-se, contudo, o peso do papel comercial sem garantia de instituições financeiras (520 M. ), em Carteira de investimento em obrigações e títulos de rendimento fixo 1 Repartição da exposição por classes de risco (rating externo) Valores em M. Rating 2004 % 2005 % Aaa % % Aa % % A % % Baa % % Outros / sem rating (NR) % % Papel comercial garantido por instituições (NR) % % Papel comercial não garantido (NR) % Total % % 1) Inclui acções preferenciais. Quadro 73 Carteira de investimento em obrigações em 2005 Repartição da exposição por classes de risco (rating externo) Papel comercial (sem rating) 41.4% Baa 4.6% A 1.7% Aaa, Aa 42.5% Outros sem rating 9.8% Gráfico 82 Operações de derivados Dadas as particularidades de valorização das operações em derivados, o risco de crédito nelas envolvido é analisado de forma especial. A base desta análise é o conceito de valor de substituição, estimado diariamente pela Direcção de Análise e Controlo de Riscos. Para mitigar o risco de crédito nos derivados, além da elaboração de contratos com cláusulas que permitem a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento (mesmo no caso de falência), o Grupo tem assinado acordos de limitação do risco de crédito com as suas contrapartes mais importantes nestes mercados. Estes acordos, que implicam o recebimento (e pagamento) de valores colaterais para cobertura do risco entre as contrapartes, permitiram, no final de 2005, uma redução do valor de substituição da carteira de derivados de 302 M. (valor bruto) para 93.2 M. (valor líquido). Risco corrente de crédito Valor de substituição de derivados por tipo de contraparte Valores em M. Grupo BPI % Fundos de investimento / pensões % Empresas % Particulares % Bancos % Total % Notas: O valor de substituição total é a soma dos valores de Quadro 74 substituição das contrapartes quando positivos. Não inclui opções inseridas em obrigações emitidas ou compradas. O valor de substituição incorpora o efeito de redução do risco que resulta da compensação entre saldos credores e devedores relativos à mesma contraparte, e da existência de acordos com as contrapartes que servem de garantia ao cumprimento das responsabilidades. Esta avaliação da exposição ao risco da contraparte é completada pela tradicional abordagem regulamentar e antecipa, de certo modo, as melhores práticas do novo acordo de Basileia. % % 138 Banco BPI Relatório e Contas 2005

141 Níveis de incumprimento, provisionamento e recuperação No final de 2005, o crédito a Clientes vencido há mais de 90 dias ascendia a M., o que correspondia a 1.3% da carteira de crédito bruta. O agravamento global de 20 p.b., relativamente ao final de 2004, corresponde a uma única situação de incumprimento. Custo do risco 1 Em % da carteira média de crédito produtivo % Na actividade doméstica, o crédito vencido há mais de 90 dias ascendia a M., a que correspondia um rácio de crédito vencido de 1.3%. Na actividade internacional, o crédito vencido há mais de 90 dias era de 5.4 M., a que correspondia um rácio de crédito vencido de 1.2%. Com a adopção das IAS / IFRS, passaram a ser reconhecidas imparidades de crédito. Estas correspondem à perda estimada de crédito, que tem em consideração o valor total da exposição, o montante recuperável e o período de tempo até à recuperação. Em 31 de Dezembro de 2005, o montante das imparidades (acumuladas), reconhecidas no balanço, ascendia a M., o que correspondia a 1.6% da carteira de crédito bruta ) Provisões (PCSB até 2004, inclusivé) e imparidades Gráfico 83 de crédito (IAS em 2005) no exercício, deduzidas de recuperações de crédito e juros vencidos. 2) Em 2003, realizaram-se reposições de provisões genéricas de 27.2 M., que correspondiam ao excedente de provisões resultante da aplicação das novas regras de provisionamento do Banco de Portugal. Este valor correspondeu a 0.16% da carteira média de crédito O rácio de crédito em incumprimento, de acordo com o critério estabelecido pela carta circular n.º 99 / 2003 do Banco de Portugal, era de 1.3%. Além do crédito vencido há mais de 90 dias, o referido rácio inclui o crédito de cobrança duvidosa, tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Em 31 de Dezembro de 2005, o crédito de cobrança duvidosa ascendia a 5.4 M.. Relatório Gestão dos riscos 139

142 Crédito a Clientes vencido, provisões e imparidades 2001 Valores em M. Carteira de crédito a Clientes no final do ano (bruta) Crédito vencido Crédito vencido há mais de 90 dias Crédito vencido há mais de 30 dias Crédito de cobrança duvidosa Imparidades de crédito Provisões totais para crédito Rácio de crédito vencido e de cobrança duvidosa Crédito vencido há mais de 90 dias, em percentagem do crédito total 0.9% 1.3% 1.2% 1.1% 1.0% 1.3% Crédito vencido há mais de 90 dias e de cobrança duvidosa 1, em percentagem do crédito total % 1.1% 1.1% 1.3% Crédito vencido há mais de 30 dias em percentagem do crédito total 1.1% 1.5% 1.3% 1.2% 1.1% 1.4% Imparidade do crédito (acumulada no balanço) Imparidade do crédito, em percentagem do crédito total % 1.6% Imparidade do crédito, em percentagem do crédito vencido há mais de 90 dias % 120.5% Cobertura por provisões (de acordo com Aviso 3 / 1995 do Banco de Portugal) do crédito vencido há mais de 90 dias 210.0% 153.0% 148.4% 160.6% - - do crédito vencido há mais de 90 dias e de cobrança duvidosa % 154.0% - - do crédito vencido há mais de 30 dias 160.4% 130.3% 131.5% 147.2% - - Nota Write-offs Recuperações de crédito e juros vencidos abatidos ao activo ) Crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Quadro 75 2) Calculado de acordo com a Instrução 16 / 2004 do Banco de Portugal PCSB IAS / IFRS O acréscimo de crédito a Clientes vencido há mais de 90 dias e ajustado pelos write-offs efectuados foi de M., o que correspondeu a 0.63% da carteira de crédito produtivo. Deste montante, 43.3 M. resultaram de uma única situação de incumprimento, que representou 0.22% da carteira de crédito produtivo. Em 31 de Dezembro de 2005, as imparidades de crédito relativas a esta situação estavam reconhecidas nas contas consolidadas pelo mesmo valor do crédito vencido. Por outro lado, ao longo de 2005, recuperaram-se 17.6 M. de crédito e juros vencidos. O aumento do crédito vencido (com mais de 90 dias) no ano, ajustado pelos write-offs efectuados e deduzido das recuperações, ascendeu a M., o que correspondeu a 0.54% da carteira de crédito produtivo. Na actividade doméstica, o acréscimo de crédito vencido ajustado pelos write-offs e pelas recuperações de crédito representou 0.53% da carteira de crédito, indicador penalizado pela situação de incumprimento atrás mencionada. Na actividade internacional (Angola), o mesmo indicador foi de 1.31%. O custo do risco de crédito no ano, medido pelas imparidades de crédito reconhecidas no exercício e deduzidas das recuperações de crédito vencido abatido ao activo, ascendeu a 47.1 M., o que corresponde a 0.24% da carteira de crédito produtiva. Na actividade doméstica, o custo do risco representou 0.19% da carteira de crédito e, na actividade internacional, situou-se em 3.46%, o que reflecte principalmente o reconhecimento de imparidades colectivas de aproximadamente 4% do crédito e garantias concedidas. 140 Banco BPI Relatório e Contas 2005

143 Perda de crédito e custos do risco Actividade doméstica Actividade internacional Valores em M. Grupo BPI (consolidado) Carteira de crédito produtivo (saldo médio) Variação do crédito vencido Aumento do crédito vencido (há mais de 90 dias), ajustado por write-offs em percentagem da carteira de crédito produtivo (saldo médio) 0.31% 0.62% 0.16% 1.31% 0.31% 0.63% - Recuperações de crédito e juros vencidos abatidos ao activo = Aumento do crédito vencido (há mais de 90 dias), ajustado por write-offs e deduzido das recuperações de crédito vencido em percentagem da carteira de crédito produtivo (saldo médio) 0.22% 0.53% 0.16% 1.31% 0.22% 0.54% Custo do risco Imparidades do crédito no exercício (na conta de resultados) em percentagem da carteira de crédito produtivo (saldo médio) 0.39% 0.28% 3.21% 3.46% 0.41% 0.33% - Recuperações de crédito e juros vencidos abatidos ao activo = Custo do risco em percentagem da carteira de crédito produtivo (saldo médio) 0.30% 0.19% 3.21% 3.46% 0.33% 0.24% 1) Provisões totais para crédito, de acordo com o Aviso 3 / 1995 do Banco de Portugal. Quadro 76 No final de 2005, as imparidades acumuladas no balanço, relativas à actividade doméstica, entendida como a perda de crédito estimada e já reconhecida nas demonstrações financeiras, representavam 1.5% da carteira de crédito bruta (1.6%, em 2004). Importa referir que a perda esperada no crédito hipotecário é mais baixa 0.6% da carteira de crédito, dada a existência de garantia real e de um histórico de muito reduzida perda efectiva. Em 31 de Dezembro de 2005, a percentagem correspondente à relação entre financiamento e valor da garantia era de 57%. Na actividade internacional, as imparidades acumuladas representavam 5.4% da carteira de crédito bruta (5.3%, em 2004). O quadro seguinte apresenta os rácios de crédito vencido há mais de 90 dias e as imparidades no balanço, por segmento de mercado, bem como o contributo de cada segmento para a carteira de crédito bruta. Relatório Gestão dos riscos 141

144 Crédito vencido e imparidades acumuladas no balanço, por segmentos de mercado Carteira de crédito (bruta) em % da carteira de crédito consolidada 2004 Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias Carteira de crédito (bruta) em % da carteira de crédito consolidada 2005 Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias Imparidades acumuladas no balanço em % da carteira de crédito (bruta) Actividade doméstica Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance 38% 0.7% 38% 1.2% 2.1% Banca de Particulares, Empresários e Negócios Crédito hipotecário 44% 0.9% 43% 1.2% 0.6% Crédito a particulares outros fins 5% 2.4% 5% 2.3% 4.0% Crédito a empresários e negócios 9% 1.8% 9% 1.5% 1.8% Banca de Particulares, Empresários e Negócios 58% 1.2% 57% 1.3% 1.1% Outros 3% 3.3% 3% 2.5% 1.8% Actividade doméstica 99% 1.1% 98% 1.3% 1.5% Actividade internacional 1% 0.7% 2% 1.2% 5.4% Total 100% 1.0% 100% 1.3% 1.6% Quadro 77 Vale a pena referir que, por ocasião da operação de titularização de 500 M. de crédito a PME, lançada em 2005, foi feito um estudo histórico da frequência de incumprimentos da carteira. Este comprovou uma evolução favorável, no tempo, dessas mesmas frequências. Relativamente ao crédito à habitação, é importante referir que a operação de titularização de M., lançada em 2005, foi acompanhada de um estudo sobre o histórico da frequência de incumprimento da carteira, por ano de originação. Esse estudo evidencia a evolução favorável da referida frequência. Incumprimento de crédito à habitação, com mais de 180 dias Por ano de contratação % de incumprimento N.º de meses desde a contratação Média Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

145 RISCO-PAÍS O risco-país, cujos efeitos são muito semelhantes aos do risco de contraparte, está associado a alterações ou perturbações específicas de natureza política, económica ou financeira, nos locais onde operem as contrapartes (ou, mais raramente, num terceiro país onde o negócio tenha lugar), que impeçam o integral cumprimento do contrato, independentemente da vontade ou capacidade das contrapartes. Dada a semelhança entre os métodos de análise do risco-país e do risco de contraparte de um estado (risco soberano), a designação risco-país é ainda utilizada para indicar o risco de contraparte decorrente de empréstimos a entidades estatais. A avaliação do risco de cada país é efectuada com apoio em ratings externos, estudos externos (IIF e outros) e estudos elaborados internamente pela Direcção Internacional. A Comissão Executiva do Conselho de Administração aprova a lista dos países em relação aos quais é autorizada a exposição ao risco-país. Consideram-se países elegíveis os que tenham mercados emergentes G de grande dimensão, aderentes à economia de mercado, abertos ao comércio internacional e com importância estratégica no quadro político internacional. Adicionalmente, as operações definidas como elegíveis são os financiamentos a curto prazo de comércio externo, os empréstimos de certos bancos multilaterais, as operações de médio prazo com cobertura de risco político ou que, pela sua estruturação, não estejam sujeitas a risco de transferência. Em 2005, esta actividade concentrou-se, tal como no ano anterior, no Brasil e na Turquia. Exposição a risco-país Em 31 de Dezembro de 2005 País Rating Exposição bruta Garantias 1) Líquida de garantias dos residentes, nomeadamente da Agência Nacional de Crédito à exportação, dos exportadores, ou de depósitos. 2) Não estão sujeitas a provisões para risco-país as operações de financiamento externo a curto prazo, as operações com bancos multilaterais de desenvolvimento ou com seguro de risco político. Valores em M. Exposição líquida de garantias 1 Marrocos BB Brasil BB Cabo Verde B Cazaquistão BBB Turquia BB África do Sul BBB Angola N.R Moçambique B Venezuela B Antilhas Holandesas N.D Ilhas Caimão AA Luxemburgo AAA Outros países N.D Total Quadro 78 O mapa de risco-país inclui ainda a exposição através das participações internacionais (Banco de Fomento Angola e participação de 30% no Banco Comercial e de Investimentos em Moçambique). Para além da exposição indicada, o Banco conta ainda com a exposição ao risco-país por via directa, através da actividade de trading que desenvolve. Relatório Gestão dos riscos 143

146 RISCOS DE MERCADO O risco de mercado ou de preço (taxas de juro, taxas de câmbio, preço de acções, preço de mercadorias, e outros) define-se como a possibilidade de incorrer em perdas, devido a variações inesperadas do preço dos instrumentos ou das operações. A avaliação das posições de tesouraria (curto prazo) e das posições estruturais do risco relativo à taxa de juro ou câmbio (longo prazo) assenta em mapas de gaps (gaps cambiais, gaps de repricing, gaps de duração). O Banco surge estruturalmente exposto ao risco de queda das taxas de juro, com um capital em risco de 36 M., associado ao clássico stress test E de queda de taxas de juro em 200 b.p. Risco de taxa de câmbio Posição estrutural em 31 de Dezembro de 2005 Vista Prazo Posição 1: soma algébrica de posições em cada moeda. Posição 2: soma em módulo. Posição 3: maior valor absoluto entre a soma de todas as posições longas vs. a soma de todas as posições curtas. Valores em M. Global AKZ USD (16.5) 4.3 (12.2) GBP (75.8) Outras (163.6) 17.6 Posição Posição Posição Risco de mercado (VaR) M. Quadro 80 Risco de taxa de juro Gaps de repricing 1 em 31 de Dezembro de ano 1 a 2 anos 2 a 5 anos 5 a 7 7 a 15 anos anos Valores em M. > 15 anos Gap Acumulado ) Os depósitos à ordem não remunerados foram escalonados do seguinte modo: 50 M. no over-night; o restante foi considerado insensível à taxa de juro. Quadro 79 A gestão de posições até um ano, do ponto de vista do risco de mercado, encontra-se delegada na Direcção Financeira, dentro dos limites definidos pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado. As posições estruturais de longo prazo são geridas de acordo com as directrizes estabelecidas pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado. No domínio cambial, são consideradas, na posição estrutural, as participações financeiras, incluindo a posição cambial em kuanzas relativa à situação líquida do BFA. As posições nas restantes moedas não têm expressão significativa VaR máximo VaR médio mensal 4.4 Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2005

147 No caso da avaliação da exposição em operações de trading, é executada diariamente pela Direcção de Análise e Controlo de Riscos uma rotina de cálculo do VaR value-at-risk E, G segundo hipóteses estandardizadas, constantes, em regra, do conjunto de recomendações do BIS. A exposição devida a opções é controlada a partir de modelos específicos. A informação proveniente do Sistema de Avaliação e Controlo de Risco está disponível on-line, para os utilizadores autorizados. Risco de mercado em livros de trading 1 1. Trim 2. Trim 3. Trim Valores em m. 4. Trim 2005 VaR (média mensal) Risco de taxa de juro Risco cambial Risco de acções Mercadorias Spread VaR (máximo) ) Perda máxima potencial, com um nível de confiança de 99%, Quadro 81 resultante de uma evolução desfavorável dos preços, dos índices e das taxas de juro, num horizonte temporal de duas semanas, considerando o efeito de correlação dos retornos, no cálculo do risco global. Assume-se que a distribuição dos retornos é normal. As posições de trading são geridas autonomamente pelos traders e são mantidas dentro dos limites de exposição por mercado ou produto, fixados e revistos periodicamente. Há diferentes limites de exposição, incluindo limites globais de VaR fixados pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado, distribuídos depois autonomamente pelos diversos livros, pelas direcções envolvidas na actividade de trading. São adicionalmente definidos limites de stop-loss G. Quanto à posição estrutural resultante da carteira de participações, o risco de mercado não é facilmente medido por metodologias tradicionais como o VaR, dado o horizonte temporal do investimento, a importância das posições ou a falta de cotação no mercado de acções. Relatório Gestão dos riscos 145

148 RISCO DE LIQUIDEZ O risco de liquidez é acompanhado nas suas duas vertentes: i) a transaccionabilidade dos diferentes activos; ii) a globalidade. O risco de liquidez define-se, portanto, a partir da (in)capacidade de acompanhar o crescimento do activo e de satisfazer as necessidades de tesouraria, sem incorrer em prejuízos anormais. Em relação aos diversos activos, os diferentes gestores mantêm sob constante vigilância a possibilidade de transacção dos vários instrumentos, segundo variados indicadores (quotas de mercado do BPI, número de dias para desfazer posições, dimensão e volatilidade de spreads, etc.), devidamente enquadrados por limites para actuação em cada mercado. A avaliação da exposição global é efectuada pela Direcção de Análise e Controlo de Riscos através de mapas da evolução esperada da liquidez (o que permite a atempada identificação de gaps e a cobertura dinâmica dos mesmos) e, ainda, através de mapas de stress test (acompanhados pelo Banco de Portugal). Risco de liquidez Gaps 1 em 31 de Dezembro de 2005 Valores em M. Até 1 ano 1 a 2 anos 2 a 5 anos > 5 anos Gap E (2 910) (912) (3 094) (1 527) Gap acumulado (2 910) (3 822) (6 916) (8 444) 1) O gap inclui todas as moedas. Não inclui actividade das SFE. Quadro 82 O crescimento para os próximos 12 meses de crédito e os recursos de Clientes foram tidos em consideração no balanço. As acções e operações de trading foram consideradas sem prazo. O valor do gap a um ano (e para além deste prazo) considera-se confortável, se for confrontado com as tomadas de curto prazo no interbancário, no final do ano (877 M. ); se se atender à possibilidade de o BPI recorrer a activos elegíveis junto do Sistema de Bancos Centrais Europeus (603 M. no final do ano); e se se atender ainda ao facto de o BPI ter oleada a sua máquina de titularização. O gap é ainda confortável tendo em conta os indicadores de diversificação de funding por contrapartes, maturidades e praças financeiras. No mercado monetário interbancário, o BPI mantinha, já perto do final de ano, cerca de 44 contrapartes activas, de um total de 91 potenciais, com quem mantinha ou tinha mantido relações num passado recente (últimos 12 meses). Os cinco maiores credores representavam, no final do ano, 28% do total, embora se tenha registado variação nesta composição, ao longo do ano. Na análise por países, destaca-se o peso da Alemanha (16.5%), de Portugal (15.9%), da Espanha (14.6%) e da Itália (11.8%). A estratégia de gestão deste risco é da competência da Comissão Executiva de Riscos de Mercado e da Direcção Financeira do Grupo. A lenta evolução dos depósitos de Clientes, em contraste com a expansão mais rápida do crédito de médio e longo prazos (em especial o crédito à habitação), contribuíram para a manutenção de uma estratégia de reforço do funding E de longo prazo (que atingiu os M. no final de 2005). O grau de transformação de recursos estáveis em crédito situa-se em cerca de 79.7%. Risco de liquidez Indicadores diversos 1) Recursos estáveis segundo definição de instrução 1 / 2000 do BdP. Dezembro de 2005 Grau de transformação de depósitos em crédito 146.9% Grau de transformação de recursos totais de Clientes em crédito 95.8% Grau de transformação de recursos estáveis 1 em crédito 79.7% Quadro 83 As melhores práticas de Basileia sugerem a necessidade de um plano de emergência para o risco de liquidez. Embora empiricamente tal necessidade possa parecer inconcebível, nada obsta a que o Grupo BPI tenha planos para as situações mais improváveis e irreais, uma vez que a prudência a tanto aconselha. Estão, por isso, previstas algumas medidas de último recurso. 146 Banco BPI Relatório e Contas 2005

149 RISCOS OPERACIONAIS Os riscos operacionais definem-se considerando prejuízos inesperados, decorrentes de falhas humanas, falhas nos procedimentos internos de controlo e nos sistemas de informação, ou de factores externos. A definição exclui erros estratégicos ou riscos de reputação. Em 2005, segundo o método básico de análise de riscos operacionais, o valor / capital em risco operacional situava-se, no BPI, em M.. Procurando seguir as melhores práticas que constam já do projecto regulamentar designado por Basileia II, o BPI mantém um sistema de recolha de informação sobre riscos operacionais junto das várias direcções, que permite a identificação da frequência e da severidade das perdas classificadas em sete categorias ou factores de risco (danos em activos físicos, falhas em sistemas informáticos, falha na gestão e execução de processos, fraude externa, fraude interna, violação dos deveres profissionais e violação das normas laborais). A identificação desta informação pelas várias Direcções faz-se mediante formação adequada dos designados pivôs de risco operacional. A identificação desta informação permitirá, em anos futuros, o ensaio pela Direcção de Análise e Controlo de Riscos de sistemas mais avançados de medição da exposição a este risco, a par do recurso ao método básico. Há também um plano de continuidade do negócio assente em programas de contingência para os sistemas informáticos centrais mais relevantes. Em caso de necessidade, motivada por avaria dos equipamentos ou por um incidente de maiores proporções, é possível recuperar estes sistemas, no próprio local ou em local alternativo, após um período de tempo diferente conforme o tipo de risco. É possível assegurar, mesmo em condições-limite, o funcionamento mínimo próprio de uma situação de excepção. Aplica-se a mesma metodologia, no caso de haver falha dos principais equipamentos de telecomunicações. O serviço de voz e dados é assegurado, nos principais edifícios do Grupo BPI, através do recurso a equipamentos alternativos, de acordo com processos formais de recuperação em caso de desastre. O Grupo BPI identificou ainda procedimentos alternativos para cada uma das situações mais críticas. Está disponível uma base de dados com a identificação de todos estes procedimentos, o que permite adoptá-los em qualquer altura. Os esquemas de disaster recovery são testados e sujeitos a revisão periódica. Finalmente, o Grupo BPI revê anualmente o leque de coberturas das suas apólices de seguro, ajustando-as à realidade do seu funcionamento e do seu enquadramento no mercado, procurando externalizar, de forma apropriada, parte do risco operacional. Esta informação alimentará também a estratégia de gestão do risco operacional. Neste domínio, assume papel de relevo a Direcção de Organização, sob supervisão da Comissão Executiva, e, naturalmente, todas as direcções onde tenham sido identificados factores importantes de risco operacional. Neste domínio, a gestão assenta primariamente na formação / qualidade dos recursos humanos e na organização adequada dos mesmos, contemplando a segregação de funções, a definição de responsabilidades e de procedimentos, e a supervisão. Esta supervisão é assegurada também pelas acções de auditoria interna e externa e pela gestão central de alertas. Relatório Gestão dos riscos 147

150 RISCOS LEGAIS Os riscos legais definem-se considerando prejuízos inesperados decorrentes de deficiências na análise do enquadramento jurídico aplicável, num dado momento, aos contratos ou às posições a estabelecer, ou à alteração do mesmo enquadramento jurídico. É dado especial relevo, no domínio dos riscos legais, à análise do enquadramento jurídico e à identificação de eventuais desajustamentos regulamentares; à análise das perspectivas de alteração do enquadramento jurídico e das respectivas consequências; à clarificação da natureza das relações contratuais e do entendimento que delas fazem as contrapartes; à análise dos produtos, respectivo enquadramento jurídico e centralização das comunicações às entidades de supervisão e de instrução dos processos junto das mesmas entidades; e à identificação / proposta de medidas capazes de reduzir os riscos de litigância. 148 Banco BPI Relatório e Contas 2005

151 Acção Banco BPI Evolução em bolsa e rendibilidade do Accionista As acções do Banco BPI registaram em 2005 uma valorização de 29.5%. A rendibilidade do Accionista que para além da apreciação do título em bolsa considera ainda o rendimento proveniente da distribuição de dividendos ascendeu a 33.7%. Evolução da acção Banco BPI em 2005 Cotação; 4.1 Máximo: 3.93 (23 Dez. 05) Capitalização bolsista: M Média: 3.34 Rendibilidade do Accionista: 33.7% Fecho: 3.86 Posição na Euronext Lisbon: 8.ª maior capitalização Peso de 5.1% 2.9 Jan. Mínimo: 2.98 Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Valor negociado; x10 6 acções Liquidez em 2005: 1.1 milhões de acções transaccionadas / sessão (+42% vs. 2004) 3.7 M. / sessão (+55% vs. 2004) 0 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Gráfico 86 Nos últimos 3 anos, as acções do Banco BPI superaram de uma forma muito expressiva o desempenho obtido pelo mercado. Na verdade, no triénio , a acção Banco BPI registou uma valorização acumulada de 77.1%, enquanto que a bolsa portuguesa registou uma subida de 48.0% e o sector bancário 2 na Europa valorizou 62%. Evolução da acção Banco BPI e de índices de referência nos últimos três anos % % +15.8% +21.6% % +12.6% +9.9% % +13.4% +21.2% Valorização média anual nos últimos 3 anos: Acção Banco BPI: 21.0% Bolsa portuguesa 1 : +14.0% Sector bancário 2 na Europa: +17.5% T03 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 4T05 Banco BPI PSI-20 DJ Europe STOXX Banks Gráfico 87 1) Considerando a evolução do índice PSI-20. 2) Tendo por base a evolução do índice Dow Jones Europe STOXX Bank. Relatório Acção Banco BPI 149

152 Acção Banco BPI Principais indicadores Valores em M Cotações de fecho ( ) Valores por acção F ( ) 1 Cash flow após impostos F Lucro líquido Dividendo Valor contabilístico N.º Médio Ponderado de Acções F (em milhões) Indicadores de valorização pelo mercado Preço como múltiplo do: Cash flow após impostos F (PCF) Lucro líquido (P/E) Valor contabilístico (PBV) Earnings yield E, F 6.2% 9.0% 10.0% 8.8% 11.2% Liquidez Volume anual transaccionado (M. ) Dividendos Lucro líquido (M. ) Resultados distribuídos (M. ) Payout ratio 43.6% 43.4% 41.7% 39.4% 36.4% Dividendo por acção ( ) Dividend yield F 2.7% 3.9% 4.2% 3.5% 4.1% 1) Ajustados por aumentos de capital. 2) Resultado distribuído a dividir pelo número médio ponderado de acções. Quadro 84 Valorização pelo mercado O PER (price earnings ratio 1 ) E evoluiu, ao longo de 2005, num intervalo compreendido entre um mínimo de 9.0 e um máximo de 11.9, fixando-se em 11.7 no final de Dividendos O dividendo proposto à Assembleia Geral de Accionistas relativamente ao exercício de 2005 é de 0.12 euros por acção. O dividendo proposto é 20% superior ao distribuído no ano anterior e corresponde a um payout ratio de 36.4%. ACÇÃO BANCO BPI O capital social do Banco BPI é composto por 760 milhões de acções ordinárias nominativas e escriturais G, com o valor nominal de um euro cada. Todas as acções têm direito ao dividendo integral relativo ao ano de 2005 e seguintes. As acções encontramse admitidas, na sua totalidade, à negociação no mercado da Euronext. Peso em índices 2 PSI-20: 7.564%; #6 Euronext 100: 0.166% Dow Jones Europe STOXX Bank: 0.135% Códigos e tickers ISIN e Euronext code: Reuters: Bloomberg: PTBPI0AM004 BPI.LS BPIN PL 1) Cotação como múltiplo do resultado líquido obtido em ) Em 31 de Dezembro de Banco BPI Relatório e Contas 2005

153 Acções próprias Em 2005, o Banco BPI transaccionou, em bolsa e fora de bolsa, acções próprias que corresponderam a 2.18% do capital social. Destas transacções, acções próprias, ou seja, 98% do total transaccionado, destinaram-se à execução do programa de remuneração variável em acções (RVA) dos Colaboradores e Administradores (série 2001, série 2002, série 2003 e série 2004), através da atribuição de acções e opções de compra de acções. Por seu lado, o Banco Português de Investimento, S.A., entidade detida a 100% pelo Banco BPI transaccionou em bolsa acções Banco BPI que correspondem a 0.22% do capital social deste. Transacções de acções próprias em 2005 Quantidade (número) Compra Valor ( ) Preço médio unitário ( ) Quantidade (número) Venda Valor ( ) Preço médio unitário ( ) Total transaccionado Quantidade (número) Em % do Capital Social Banco BPI Em bolsa % Fora de bolsa % % Banco Português de Investimento Em bolsa % Fora de bolsa % % Total Em bolsa % Fora de bolsa % % Quadro 85 Em 31 de Dezembro de 2005, o Banco BPI detinha acções próprias, ou seja, 1.5% do capital. Estas acções destinavam-se à cobertura das opções atribuídas a Colaboradores no âmbito do programa de remuneração variável em acções e opções RVA em vigor no Grupo desde Por seu lado, o Banco Português de Investimento detinha, em 31 de Dezembro de 2005, acções do Banco BPI, ou seja, 0.01% do capital, todas destinadas à cobertura de posições nos futuros G do PSI-20. Outras informações Conforme descrito em capítulo próprio relativo à estrutura accionista do banco, o fundo de pensões dos trabalhadores do Banco BPI detinha, em 31 de Dezembro de 2005, acções do Banco BPI, correspondentes a 1.4% do capital do Banco. As restantes subsidiárias sobre as quais o Banco BPI detém o controlo efectivo de gestão, não adquiriram nem alienaram qualquer acção representativa do seu capital social e, em final de Dezembro de 2005, não detinham em carteira acções próprias. Relatório Acções Banco BPI 151

154 Rating A estratégia, posição competitiva, solidez financeira e capacidade de geração de resultados do Grupo BPI continuaram a merecer, de entidades independentes e reputadas a Fitch Ratings, a Moody s e a Standard & Poor s uma avaliação que se consubstancia em elevadas notações de rating. Numa conjuntura adversa, de forte desaceleração económica e aumento dos riscos de crédito na economia portuguesa durante os últimos anos, o Grupo BPI manteve as notações de rating G. Em Novembro de 2003, a Moody's aumentou o outlook de longo prazo do Banco BPI de estável para positivo, sublinhando a manutenção da rendibilidade e da qualidade dos activos. Notações de rating do Banco BPI Fitch Ratings Moody's Standard & Poor's Longo prazo A+ A2 A- Curto prazo F1 P-1 A-2 Outlook Estável Positivo Positivo Atribuição de rating: Data inicial 31 Out Nov Abr. 99 Último relatório 23 Set Nov. 05 Mar. 06 1) Notação atribuída a todos os bancos que compunham o Grupo BPI Quadro 86 nessa data. 2) Notação atribuída ao BFB. Moody s: A2 Títulos com rating A possuem muitos atributos favoráveis e devem ser considerados investimentos de nível médio / superior. (2 significa um posicionamento central na classe A). Fitch Ratings: A+ Crédito de elevada qualidade. Os ratings denotam uma baixa expectativa de risco de crédito. (+significa um posicionamento superior na classe A). Standard & Poor s: A Uma entidade com rating A possui uma forte capacidade para cumprir as suas obrigações financeiras. ( significa um posicionamento na parte inferior da classe A). Fitch Ratings Banco BPI Moeda estrangeira Rating de crédito (LP / CP) A+ / F1 Outlook Estável Individual B Suporte 2 Dívida senior não subordinada (LP) A+ Dívida senior não subordinada (CP) F1 Dívida subordinada (Longo prazo) A Moody's Banco BPI Depósitos bancários (LP / CP) A2 / P-1 Outlook Positivo Solidez financeira C+ Rating do emissor A2 Dívida senior não subordinada (moeda local) A2 Outra dívida de curto prazo (moeda local) P-1 Dívida subordinada MTN (moeda local) A3 Standard & Poor's Banco BPI Contraparte de crédito (LP / CP) A- / A-2 Outlook Positivo Certificados de depósito (LP / CP) A- / A-2 Dívida senior não subordinada A- Dívida de curto prazo (moeda local) A-2 Dívida subordinada (moeda local) BBB+ Dívida junior subordinada (moeda local) BBB Acções preferenciais BBB Acções preferenciais (Longo prazo) A Acções preferenciais Baa1 Risco soberano República Portuguesa Longo prazo (moeda estrangeira) AA Longo prazo (moeda local) AA Outlook Negativo Risco soberano República Portuguesa Longo prazo (moeda estrangeira) Aa2 Longo prazo (moeda local) Aa2 Outlook Estável Risco soberano República Portuguesa Longo prazo / Curto prazo AA-/ A-1 + Outlook Estável Figura Banco BPI Relatório e Contas 2005

155 Referências finais Continuando a actuar numa conjuntura adversa, o Grupo BPI conseguiu alcançar resultados e registar indicadores que se julgam bastante positivos. Para tanto foram decisivos o empenhado contributo dos Colaboradores, a compreensão e apoio dos Clientes, a cooperação das Autoridades Monetárias e Financeiras, bem como a confiança dos Accionistas. A todos se expressa, pois, vivo reconhecimento. Um agradecimento especial é devido aos Senhores Dr. Rui Machete e Dr. Manuel Violas que no exercício findo, renunciaram às funções de Presidente da Assembleia Geral e de Vogal do Conselho de Administração, respectivamente. A elevada competência, dedicação e empenhamento evidenciados no exercício de sucessivos mandatos torna-os credores do nosso respeito e do maior reconhecimento. Porto, 9 de Março de 2006 O Conselho de Administração Relatório Rating e Referências finais 153

156 Proposta de aplicação dos resultados No exercício de 2005, o Banco BPI, S.A., obteve um lucro consolidado de euros eum lucro individual de euros. O Conselho de Administração propõe que, relativamente ao exercício de 2005, seja distribuído um dividendo de 0.12 euros (12 cêntimos de euro) a cada uma das acções representativas do capital social em 31 de Dezembro de O dividendo por acção proposto representa um aumento de 20% face ao dividendo distribuído relativamente ao exercício de 2004 e implica uma distribuição de resultados correspondente a 36.4% do lucro consolidado do exercício. Nas contas individuais, o Banco BPI deverá, nos termos do n.º 1 do artigo 97 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), destinar 10% dos lucros líquidos à formação da reserva legal. Assim, no exercício da competência que lhe confere o artigo 16, n.º 2, b) dos Estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do lucro individual do exercício: Para reserva legal (artigo 97, n.º 1 do RGICSF) Para dividendos Para reserva livre Total euros euros euros euros Porto, 9 de Março de 2006 O Conselho de Administração 154 Banco BPI Relatório e Contas 2005

157 Demonstrações financeiras consolidadas

158 BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (PRO FORMA) Notas Valor antes de imparidade e amortizações (Montantes expressos em milhares de euros) 31 Dez Dez. 04 Pro forma Imparidade e Valor Valor amortizações líquido liquído ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 5.3 / Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Derivados de cobertura Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e entidades sob controlo conjunto Activos por impostos Acções próprias Outros activos Total do activo PASSIVO Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação 5.14 / Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos Títulos de participação Passivos subordinados Outros passivos 5.24 / Total do passivo CAPITAIS PRÓPRIOS Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados 5.30 (97 088) ( ) (Acções próprias) 5.28 (42 925) Resultado consolidado do Grupo BPI Capitais Próprios atribuíveis aos accionistas do BPI Interesses minoritários Total dos capitais próprios Total do passivo e dos capitais próprios RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Garantias prestadas e outros passivos eventuais Dos quais: [Garantias e avales] [ ] [ ] [Outros] [ ] [87 480] Compromissos As notas anexas fazem parte integrante destes balanços. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração 156 Banco BPI Relatório e Contas 2005

159 DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (PRO FORMA) (Montantes expressos em milhares de euros) Notas 31 Dez Dez. 04 Pro forma Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares ( ) ( ) Margem financeira estrita Margem bruta de unit links Rendimentos de instrumentos de capital Comissões líquidas associadas ao custo amortizado Margem financeira Resultado técnico de contratos de seguro Comissões recebidas Comissões pagas (19 230) (23 554) Outros proveitos líquidos Comissões líquidas Ganhos e perdas em operações ao justo valor Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões 5.25 (5 804) (9 186) Resultados em operações financeiras Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais (14 176) (15 532) Outros impostos (3 054) (3 563) Rendimentos e encargos operacionais 5.40 (6 107) (1 317) Produto bancário Custos com pessoal 5.41 ( ) ( ) Gastos gerais administrativos ( ) ( ) Depreciações e amortizações 5.8/5.9 (39 446) (41 858) Custos de estrutura ( ) ( ) Recuperação de créditos, juros e despesas Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias 5.19 (64 717) (75 534) Imparidade e outras provisões líquidas 5.19 (35 571) Resultado antes de impostos Impostos sobre lucros 5.42 (59 813) (47 149) Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Resultado consolidado global Resultado atribuível a interesses minoritários 5.31 (10 861) (8 907) Resultado consolidado do Grupo BPI Resultado por acção (euros) Básico Diluído As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Demonstrações financeiras consolidadas 157

160 DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (PRO FORMA) Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Saldos em 31 de Dezembro de 2003 (PCSB) Alteração de politicas contabilísticas para IAS / IFRS (nota 3) Responsabilidades com pensões de reforma Impostos diferidos Outros ajustamentos Saldos em 1 de Janeiro de 2004 (pro forma IAS / IFRS) Dividendos distribuídos em 2004 Incorporação em reservas do resultado líquido de 2003 Pagamento de dividendos de acções preferenciais Remuneração variável em acções (RVA) 582 Compra (venda) de acções preferenciais Diferenças de conversão cambial Reavaliação de activos de empresas filiais e associadas Aumento da participação na InterRisco Resultado gerado no exercício de 2004 Outros (2) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 (pro forma IAS / IFRS) Primeira aplicação da IAS 32 e 39 (nota 3) Imparidade em títulos Reavaliação de activos disponíveis para venda Acções próprias Outros 2 Saldos em 1 de Janeiro de 2005 (IAS / IFRS) Dividendos distribuídos em 2005 Incorporação em reservas do resultado líquido de 2004 Pagamento de dividendos de acções preferenciais Remuneração variável em acções (RVA) Mais-valias em acções próprias Compra (venda) de acções próprias Emissão de acções preferenciais Compra (venda) de acções preferenciais Diferenças de conversão cambial Reavaliação de activos disponíveis para venda Reavaliação de activos de empresas associadas Resultado gerado no exercício de 2005 Outros Saldos em 31 de Dezembro de O Técnico Oficial de Contas 158 Banco BPI Relatório e Contas 2005

161 Outras reservas e resultados transitados Acções próprias Resultado do exercício (Montantes expressos em milhares de euros) Interesses minoritários Capitais próprios ( ) ( ) (35 851) (22 884) (43 399) ( ) (67 738) (67 738) (96 105) (8 285) (8 285) 582 (1 717) (1 717) (1 017) (2 971) (2 971) ( ) (33 447) (33 447) (25 916) (25 653) (812) (810) ( ) (25 916) (74 986) (74 986) (84 312) (10 390) (10 390) (18 547) (16 418) ( ) ( ) (1 011) (437) (1 448) (127) (19) (146) (97 088) (42 925) As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Conselho de Administração Demonstrações financeiras consolidadas 159

162 DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (PRO FORMA) 31 Dez Dez. 04 Pro forma Actividades operacionais Juros, comissões e outros proveitos recebidos Juros, comissões e outros custos pagos ( ) ( ) Recuperações de crédito e juros vencidos Pagamentos a empregados e fornecedores ( ) ( ) Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos Diminuições (aumentos) em: Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda ( ) Aplicações em instituições de crédito Créditos a clientes ( ) ( ) Outros activos Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais ( ) Aumentos (diminuições) em: Recursos de bancos centrais e outras instituições de crédito ( ) ( ) Recursos de clientes Passivos financeiros de negociação Outros passivos e contas de regularização ( ) ( ) Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais ( ) Contribuições para fundos de pensões ( ) (69 083) Pagamento de impostos sobre lucros (40 239) (32 451) ( ) ( ) Actividades de investimento Aquisição / constituição de empresas filiais e associadas BPI Fiduciaire (64) InterRisco (2 585) Vendas de empresas filiais e associadas SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A Promática Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A. 678 Aquisições de imobilizado incorpóreo e corpóreo (41 122) (89 338) Vendas de imobilizado corpóreo Dividendos recebidos e outros proveitos (63 353) As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração 160 Banco BPI Relatório e Contas 2005

163 31 Dez Dez. 04 Pro forma Actividades de financiamento Passivos por activos não desreconhecidos Emissões de dívida titulada e subordinada Amortizações de dívida títulada ( ) ( ) Aquisições e vendas de dívida titulada e subordinada própria ( ) ( ) Emissão de acções preferenciais Aquisições e vendas de acções preferenciais ( ) Juros de dívida titulada e subordinada ( ) ( ) Distribuição de dividendos de acções preferenciais (10 390) (9 303) Distribuição de dividendos (74 986) (67 738) Aquisições e vendas de acções próprias (20 391) (Montantes expressos em milhares de euros) Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes ( ) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas Alberto Pitôrra O Conselho de Administração Presidente Vice-Presidentes Vogais Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Rezende de Almeida António Farinha Morais António Domingues Armando Leite de Pinho Edgar Alves Ferreira Herbert Walter Isidro Fainé Casas José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel Ferreira da Silva Marcelino Armenter Vidal Maria Celeste Hagatong Pedro Bissaia Barreto Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Demonstrações financeiras consolidadas 161

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165 Notas às demonstrações financeiras consolidadas

166 Notas às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Montantes expressos em milhares de euros m. euros excepto quando expressamente indicada outra unidade) 1. GRUPO FINANCEIRO O Banco BPI é a entidade principal de um Grupo Financeiro, centrado na actividade bancária, multiespecializado, que oferece um extenso conjunto de serviços e produtos financeiros para empresas, investidores institucionais e particulares. O Banco BPI está cotado em Bolsa desde O Grupo BPI iniciou a sua actividade em 1981 através da constituição da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos, S.A.R.L. Por escritura pública de Dezembro de 1984, esta sociedade foi transformada no BPI Banco Português de Investimento, S.A. que se constituiu no primeiro banco de investimento privado criado em Portugal após a reabertura do exercício da actividade bancária à iniciativa privada ocorrida em Em 30 de Novembro de 1995, o BPI Banco Português de Investimento, S.A. (BPI Investimentos), deu origem ao BPI SGPS, S.A., que exercia, em exclusivo, as funções de holding do Grupo BPI; nesta data, foi constituído o BPI Investimentos para exercer a actividade de banca de investimento do Grupo BPI. Em 20 de Dezembro de 2002, o BPI SGPS, S.A., incorporou por fusão a totalidade do património e operações do Banco BPI e alterou a sua denominação para Banco BPI, S.A. Em 31 de Dezembro de 2005, a actividade bancária do Grupo é desenvolvida, principalmente, através do Banco BPI na área da banca comercial e do BPI Investimentos na área da banca de investimento. O Grupo BPI detém também a totalidade do capital social do Banco de Fomento, S.A.R.L., que exerce a actividade de banca comercial em Angola. Em 2004, o Grupo BPI detinha 41.4% do capital social da SIC, directa e indirectamente através da Solo Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. Durante o primeiro semestre de 2005, o Grupo BPI alienou a participação directa na SIC, juntamente com a participação de 100% na Solo. Durante o exercício de 2005, o Banco BPI alienou a participação que detinha na Promática Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A., correspondente a 100% do capital social daquela empresa. Em 2004, o Grupo BPI adquiriu 16.3% do capital social da Inter Risco, aumentando a sua participação de 83.7% para 100% do capital social daquela empresa. 164 Banco BPI Relatório e Contas 2005

167 Em 31 de Dezembro de 2005, as sociedades que integravam o Grupo BPI eram: Sede Capitais próprios Lucro Participação Participação Método de (prejuízo) do exercício directa efectiva consolidação / registo Bancos Banco BPI, S.A. Portugal Banco Português de Investimento, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Moçambique % 30.0% Eq. patrimonial Banco de Fomento, S.A.R.L. 1 Angola % 100.0% Integr. global Banco BPI Cayman, Ltd. Ilhas Cayman % Integr. global Crédito especializado BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda. Portugal % 100.0% Integr. global Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global BPI Locação de Equipamentos, Lda. Portugal % 100.0% Integr. global Gestão de activos e corretagem BPI Dealer Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. 2 Moçambique % 92.7% Integr. global BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. Luxemburgo % 100.0% Integr. global BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Sofinac Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global BPI (Suisse), S.A. Suíça (98 0) (128) 99.90% Integr. global Capital de risco / desenvolvimento F. Turismo Capital de Risco, S.A. Portugal % 25.0% Eq. patrimonial Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. Portugal % 100% Integr. global Seguros BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A. Portugal % 50.0% Eq. patrimonial Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Portugal % 35.0% Eq. patrimonial Outras BPI Capital Finance Ltd. 3 Ilhas Cayman % 100.0% Integr. global BPI, Inc. 4 E.U.A (7) 100.0% 100.0% Integr. global BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Douro Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Portugal % 32.8% Eq. patrimonial Simofer Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. Portugal (5 072) (57) 100.0% 100.0% Integr. global Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Portugal % 26.0% Eq. patrimonial Nota: Os valores reportam-se a 31 de Dezembro de 2005 (saldos contabilísticos, antes de ajustamentos de consolidação) excepto se outra data for explicitada. 1) O Banco BPI detém acções, sendo o capital social constituído por acções detidas, na totalidade, pelo Grupo BPI. 2) Valores relativos a 2005 resultantes da conversão de meticais ao câmbio de 31 de Dezembro de ) O capital social está representado por acções ordinárias com o valor nominal de 1 dólar americano cada e por de acções preferenciais, sem direito de voto, com o valor nominal de 1 euro cada. Considerando as acções preferenciais, a participação efectiva do Grupo BPI nesta empresa é de 0.001%. 4) Valores relativos a 2005 resultantes da conversão de dólares americanos ao câmbio de 30 de Setembro de Activo Demonstrações financeiras consolidadas Notas 165

168 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Banco BPI e das suas filiais e associadas e foram processadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ou International Accounting Standards / International Financial Reporting Standards (IAS / IFRS) adoptadas pela União Europeia, conforme estabelecido pelo Regulamento (CE) n.º 1606 / 2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional através do Aviso do Banco de Portugal n.º 1 / 2005, de 21 de Fevereiro. Até 31 de Dezembro de 2004, as demonstrações financeiras do Grupo BPI foram preparadas e apresentadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB) estabelecido pelo Banco de Portugal através da Instrução 4 / 96, de 17 de Junho. Em 2005, o Grupo BPI apresentou pela primeira vez as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração definidos pelas Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia. O impacto da introdução das Normas Internacionais de Relato Financeiro nas demonstrações financeiras do Grupo BPI é apresentado na nota 3. COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2004 foram convertidas para IAS / IFRS demonstrações financeiras pro forma, conforme definido pela IFRS 1 Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro, excepto no que respeita às normas IAS 32, IAS 39 e IFRS 4. principais decorrentes da aplicação do IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 apenas em 1 de Janeiro de 2005: a) Em 2005, os títulos incluídos na carteira de disponíveis para venda são registados ao justo valor, as respectivas mais e menos-valias potenciais são reconhecidas nos capitais próprios, na rubrica RESERVA DE REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR, easperdas por imparidade são reconhecidas em resultados. A carteira de títulos disponíveis para venda inclui essencialmente títulos que, em 2004, de acordo com o PCSB estavam classificados em Carteira de Investimento ou em Participações Financeiras: as menos-valias potenciais de títulos na Carteira de Investimento eram provisionadas através de resultados enquanto que as mais-valias potenciais não eram reconhecidas; as mais-valias potenciais em Participações Financeiras não eram reconhecidas e as menos-valias potenciais eram provisionadas de acordo com os Avisos do Banco de Portugal n.º 3 / 95 e n.º 4 / 2002, de 30 de Junho e 25 de Junho, respectivamente. Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002, quando o montante da menos-valia potencial numa participação determinada com base na média das cotações diárias dos últimos seis meses, no caso dos títulos cotados, ou, determinada pelo produto da parte correspondente à situação líquida da sociedade participada pelo factor 1.5, no caso dos títulos não cotados excedia 15% do valor de inscrição no balanço, era constituída de uma provisão correspondente a, pelo menos, 40% daquele excesso. As normas IAS 32 Instrumentos Financeiros: divulgação e apresentação, IAS 39 Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração e IFRS 4 Contratos de Seguro, foram aplicadas pela primeira vez nas demonstrações financeiras de 1 de Janeiro de No pro forma das demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2004, os activos e passivos financeiros foram distribuídos de modo a permitir a comparabilidade entre as diversas rubricas do balanço mas os critérios de mensuração e reconhecimento dos activos e passivos financeiros seguem o Plano de Contas do Sistema Bancário definido pelo Banco de Portugal e a contabilização dos contratos de seguro foi efectuada de acordo com as normas do Instituto de Seguros de Portugal em vigor nestas datas. Assim, a comparabilidade com as demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2004 apresenta as seguintes limitações b) Em 2005, todos os derivados financeiros são registados ao justo valor e as respectivas mais e menos-valias potenciais são reconhecidas em resultados. São também reconhecidas em resultados, as variações de justo valor de activos e passivos financeiros 1 incluídos em operações de cobertura de justo valor e que cumpram os requisitos do IAS 39 para a aplicação das regras da contabilidade de cobertura. De acordo com o PCSB, os derivados financeiros classificados como de cobertura eram reconhecidos ao custo amortizado através da periodificação de juros e prémios. As menos-valias potenciais não eram reconhecidas e as mais-valias potenciais só seriam reconhecidas até ao limite do valor das provisões constituídas para um activo coberto. Não existiam requisitos definidos para a demonstração da eficácia da cobertura. 1) Activos e passivos financeiros nos termos do IAS 39 e do IFRS Banco BPI Relatório e Contas 2005

169 c) Em 2005, as comissões e outros custos / proveitos associados a activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado são reconhecidos em resultados ao longo da vida da operação. No âmbito do PCSB, as comissões e os outros custos ou proveitos eram reconhecidos quando recebidos ou pagos. d) Em 2005, a imparidade na carteira de crédito é avaliada numa base individual para créditos de montante significativo e individual ou colectivamente para as operações que não sejam de montante significativo. A imparidade da carteira de crédito é determinada com base numa estimativa dos fluxos de caixa futuros, actualizados à taxa de juro efectiva das operações. No âmbito do PCSB, a carteira de crédito estava sujeita à constituição de provisões específicas para crédito vencido e para crédito de cobrança duvidosa e de provisões para riscos gerais de crédito, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95. e) Em 2005, as acções próprias e as mais e menos-valias realizadas na venda de acções próprias, líquidas de impostos, são reconhecidas directamente nos capitais próprios. Mais e menos-valias potenciais em acções próprias não são reconhecidas Consolidação de empresas filiais e registo de empresas associadas (IAS 27, IAS 28 e IFRS 3) O Banco BPI detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas filiais e associadas. São consideradas empresas filiais aquelas em que o Banco detém o controlo ou o poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da empresa. Empresas associadas são aquelas em que o Banco BPI exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20%. As demonstrações financeiras das empresas filiais são consolidadas pelo método de integração global. As transacções e os saldos significativos entre as empresas cujas demonstrações financeiras são objecto de consolidação são eliminados no processo de consolidação e o valor do capital, das reservas e dos resultados correspondente à participação de terceiros nestas empresas é apresentado na rubrica INTERESSES MINORITÁRIOS. Quando necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas filiais de modo a assegurar a sua consistência com as políticas contabilísticas adoptadas pelo Grupo BPI. No âmbito do PCSB, as acções próprias estavam registadas no activo e as mais-valias potenciais e realizadas em acções próprias afectas à cobertura do RVA (líquidas de impostos) eram incluídas na rubrica OUTROS PASSIVOS VALORES A REGULARIZAR. f) Em 2005, não são reconhecidas provisões para desvios de sinistralidade nos capitais próprios e nos resultados de empresas associadas relativas a seguros de risco. No âmbito do PCSB, o valor dos resultados de equivalência patrimonial e o valor da participação em empresas de seguros inclui provisões para desvios de sinistralidade. O impacto da introdução do IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 nas demonstrações financeiras do Grupo BPI em 1 de Janeiro de 2005 é apresentado na nota 3. As diferenças de consolidação negativas goodwill correspondentes à diferença entre o custo de aquisição (incluindo despesas) e o justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis das empresas filiais na data da primeira consolidação, são registadas como activo e sujeitas a testes de imparidade. No momento da venda de uma empresa filial, o saldo líquido do goodwill é incluído na determinação da mais ou menos-valia gerada na venda. As empresas associadas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. Segundo este método, o valor do investimento inicialmente reconhecido pelo custo é ajustado pela alteração pós-aquisição do valor dos activos líquidos da empresa associada, na proporção detida pelo Grupo. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras consolidadas do Grupo BPI, excepto no que respeita às normas IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 em 2004, conforme descrito no ponto anterior. O goodwill das empresas associadas é incluído no valor de balanço da participação. O valor de balanço das empresas associadas (incluindo goodwill) é sujeito a teste de imparidade nos termos do IAS 36 e IAS 39. Conforme previsto na IFRS 1 e de acordo com as políticas contabilísticas em vigor no Grupo BPI até à data de transição Demonstrações financeiras consolidadas Notas 167

170 para as IAS / IFRS, o valor do goodwill gerado em investimentos efectuados até 1 de Janeiro de 2004 foi integralmente deduzido aos capitais próprios. os activos e passivos não monetários são reavaliados de acordo com o índice geral de preços, determinado com base na evolução da cotação do Kuanza Angolano face ao Euro. As diferenças de consolidação positivas badwill correspondentes à diferença entre o custo de aquisição (incluindo despesas) e o justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis das empresas filiais e associadas na data da primeira consolidação ou do registo pelo método da equivalência patrimonial são imediatamente reconhecidas em resultados Activos e passivos financeiros (IAS 32 e IAS 39) Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do Grupo BPI na data de negociação ou contratação, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a data relevante. As demonstrações financeiras das empresas filiais ou associadas inactivas ou em liquidação são excluídas da consolidação e de reavaliação por equivalência patrimonial. Estas participações são classificadas em activos disponíveis para venda. O lucro consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos do Banco BPI e das empresas filiais e associadas, estes na proporção da participação efectiva e do período de detenção respectivos após se efectuarem os ajustamentos de consolidação, designadamente a eliminação de proveitos e custos gerados em transacções realizadas entre as empresas incluídas no perímetro de consolidação. Empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (IAS 21 e IAS 29) As demonstrações financeiras de empresas filiais e associadas expressas em moeda estrangeira é precedida da sua conversão para euros com base no câmbio de divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal: a conversão para euros dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira é efectuada com base no câmbio à data do balanço; os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são convertidos para euros ao câmbio do mês em que são reconhecidos; as diferenças cambiais associadas à conversão para euros são reconhecidas directamente nos capitais próprios. As demonstrações financeiras do Banco de Fomento Angola são previamente re-expressas para euros de acordo com os princípios do IAS 29 Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias: o ganho ou perda na posição monetária líquida é incluído nos resultados do exercício, na rubrica GANHOS E PERDAS EM OPERAÇÕES CAMBIAIS; No momento inicial, os activos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis, excepto para os activos e passivos ao justo valor através de resultados em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos em resultados. Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de uma operação o justo valor é geralmente o valor da transacção. O justo valor é determinado com base em: preços de um mercado activo, ou métodos e técnicas de avaliação (quando não há um mercado activo), que tenham subjacente: cálculos matemáticos baseados em teorias financeiras reconhecidas; ou, preços calculados com base em activos ou passivos semelhantes transaccionados em mercados activos ou com base em estimativas estatísticas ou outros métodos quantitativos. Um mercado é considerado activo, e portanto líquido, se transacciona de uma forma regular. Em geral, existem preços de mercado para títulos e derivados (futuros e opções) negociados em bolsa Activos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados e passivos financeiros de negociação Estas rubricas incluem: títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, incluindo posições 168 Banco BPI Relatório e Contas 2005

171 longas (títulos comprados) ou curtas (títulos vendidos a descoberto), e derivados adquiridos pelo Grupo BPI para venda ou recompra num prazo muito próximo; títulos afectos às carteiras de seguros de capitalização; Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso das acções) são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos e em que o Banco tenha optado, na data de escrituração, por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. A avaliação destes activos e passivos é efectuada diariamente com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante dos juros corridos e não cobrados. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são reconhecidos em resultados Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica inclui: títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação nem como carteira de crédito; títulos de rendimento variável disponíveis para venda; e suprimentos e prestações suplementares de capital em activos financeiros disponíveis para venda. Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldade financeira do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidades relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados. As variações cambiais de activos não monetários (instrumentos de capital próprio) classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de justo valor. As variações cambiais dos restantes títulos são registadas em resultados. Os activos disponíveis para venda designados como activos cobertos são valorizados conforme descrito na nota Contabilidade de cobertura derivados e instrumentos cobertos. Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo valor não pode ser fiavelmente mensurado ou estimado, que permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos directamente nos capitais próprios na rubrica RESERVAS DE REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de activos monetários, até que o activo seja vendido, momento em que o ganho ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é registado em resultados. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da taxa efectiva Créditos e outros valores a receber O crédito e valores a receber abrange os créditos concedidos pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito, operações de locação financeira, operações de factoring, participações em empréstimos sindicados e créditos titulados (papel comercial e obrigações emitidas por Empresas) que não sejam transaccionados num mercado activo e para os quais não haja intenção de venda. Os empréstimos e créditos titulados transaccionados num mercado activo são classificados como activos financeiros disponíveis para venda. No momento inicial os créditos e valores a receber são registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento inicial corresponde ao valor de transacção e inclui comissões, taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de crédito. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 169

172 Posteriormente, os empréstimos e contas a receber são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. As comissões recebidas por compromissos de crédito são reconhecidas de forma diferida e linear durante a vida do compromisso. O Banco classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Nos créditos em contencioso são consideradas vencidas todas as prestações de capital (vincendas e vencidas). As operações de crédito hipotecário passam a situação de contencioso no momento da entrega de requerimento executivo em tribunal, normalmente 150 dias após a data do 1.º incumprimento. registo de um passivo na rubrica CREDORES POR OPERAÇÕES DE FACTORING. As entregas de fundos efectuadas aos aderentes originam o débito correspondente na rubrica CREDORES POR OPERAÇÕES DE FACTORING. As tomadas, ao abrigo dos contratos de factoring, de facturas com recurso sem adiantamento de fundos por conta dos contratos respectivos são registadas na rubrica extrapatrimonial CONTRATOS COM RECURSO FACTURAS NÃO FINANCIADAS pelo valor das facturas tomadas. A regularização do saldo desta rubrica ocorrerá à medida que tais facturas forem liquidadas. Os compromissos resultantes das linhas de crédito negociadas com os aderentes e ainda não utilizadas são registados como elemento extrapatrimonial. Crédito titularizado não desreconhecido O Banco não desreconhece do activo os créditos vendidos na operação de titularização, dado que: O Grupo BPI procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) das operações que considera irrecuperáveis e cujas provisões (de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Aviso n.º 1 / 2005 do Banco de Portugal) e imparidades estejam constituídas pelo valor total do crédito no mês anterior ao do abate. Os créditos designados como activos cobertos são valorizados conforme descrito na nota Contabilidade de cobertura derivados e instrumentos cobertos. Locação financeira (IAS 17) As operações de locação em que o Banco transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem para o Cliente ou para um terceiro são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor do desembolso líquido efectuado na data de aquisição dos bens locados. As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital. O reconhecimento dos proveitos reflecte uma taxa de juro efectiva sobre o capital em dívida. mantém o controlo sobre as operações; continua a receber parte substancial da sua remuneração; mantém parte substancial do risco sobre os créditos transferidos. Os créditos vendidos e não desreconhecidos são registados em conta própria ACTIVOS TITULARIZADOS NÃO DESRECONHECIDOS e sujeitos a critérios contabilísticos idênticos às restantes operações de crédito. Os juros e comissões associados à carteira de crédito titularizada são periodificados de acordo com o prazo da operação de crédito. Os fundos recebidos pela operação de titularização são registados, na data de liquidação, na rubrica PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS. Os juros e comissões associados a este passivo são periodificados com base na remuneração cedida pelo Banco e de acordo com o período correspondente à vida média esperada da operação de titularização à data do seu lançamento. Factoring Os activos decorrentes de operações de factoring contratadas com recurso são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor dos adiantamentos de fundos por conta dos contratos respectivos. Os activos decorrentes de operações de factoring contratadas sem recurso são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor dos créditos tomados e tendo por contrapartida o Reportes Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor de juros. Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros. 170 Banco BPI Relatório e Contas 2005

173 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações. Estas operações estão sujeitas a testes de imparidade. Carteira comercial: cobrança desconto, crédito com plano, crédito sem plano e descobertos. Banca Institucional e Sector Empresarial do Estado. Outros. Imparidade Mensalmente, os créditos e valores a receber e garantias são sujeitos a testes de imparidade. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados do exercício. No caso de, em períodos futuros, se verificar uma redução da perda estimada, a imparidade inicialmente registada é igualmente revertida por contrapartida de resultados. De acordo com o IAS 39, um activo financeiro encontra-se em situação de imparidade quando existe evidência de que tenham ocorrido um ou mais eventos de perda (loss event) após o reconhecimento inicial do activo, e esses eventos tenham impacto na estimativa do valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro considerado. O IAS 39 define alguns eventos que podem ser indicadores de evidência objectiva de imparidade (incumprimento de contrato, tais como atraso no pagamento de capital ou juros; probabilidade do mutuário entrar em falência; etc), mas, em algumas circunstâncias, a determinação do valor das perdas por imparidade implica a utilização do julgamento profissional. A existência de evidência objectiva de situações de imparidade é avaliada com referência à data de apresentação das demonstrações financeiras. A avaliação da imparidade é efectuada em base individual para créditos de montante significativo e em base individual ou colectiva para as operações que não sejam de montante significativo. As perdas por imparidade associadas ao segmento da Banca de Empresas e da Banca institucional e Sector Empresarial do Estado são apuradas através de uma análise individual sempre que os créditos evidenciam indícios de imparidade ou se encontram em situação de default E. As operações de crédito incluídas nestes segmentos que não evidenciam indícios de imparidade, bem como as operações incluídas nos restantes segmentos, são sujeitas a análises colectivas para a determinação do valor da imparidade associada. Análise individual Para os activos relativamente aos quais existe evidência objectiva de imparidade numa base individual, o cálculo da imparidade é efectuado operação a operação, tendo como referência a informação que consta dos modelos de análise de risco de crédito do Banco os quais consideram, entre outros, os seguintes factores: exposição global do Cliente e natureza das responsabilidades contraídas junto do Banco: operações financeiras ou não financeiras (nomeadamente, responsabilidades de natureza comercial ou garantias de boa execução); notação de risco do Cliente determinada através de um sistema de cálculo implementado no Grupo BPI. Esta notação de risco incorpora, entre outras, as seguintes características: situação económico-financeira do Cliente; risco do sector de actividade em que opera; Para efeitos de determinação de imparidade, a carteira de crédito do Banco BPI encontra-se segmentada da seguinte forma: Banca de Empresas. Particulares e Pequenos Negócios. Crédito especializado: crédito à habitação, leasing de equipamento, leasing imobiliário, financiamento automóvel, crédito ao consumo e cartões de crédito. qualidade de gestão do Cliente, medida pela experiência no relacionamento com o Grupo BPI e pela existência de incidentes; qualidade da informação contabilística apresentada; natureza e montante das garantias associadas às responsabilidades contraídas junto do Banco; crédito em situação de incumprimento superior a 30 dias. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 171

174 Nestas situações, o montante das perdas identificadas são calculadas com base na estimativa do valor que se espera recuperar do crédito, após custos de recuperação, actualizado à taxa de juro efectiva durante um período correspondente à diferença entre a data de cálculo da imparidade e a data prevista para a recuperação. De salientar que, o valor expectável de recuperação do crédito reflecte os fluxos de caixa que poderão resultar da execução das garantias ou colaterais associados ao crédito concedido, deduzido dos custos inerentes ao respectivo processo de recuperação. Os activos avaliados individualmente e para os quais não existam indícios objectivos de imparidade são incluídos num grupo de activos com características de risco de crédito semelhantes, e a existência de imparidade é avaliada colectivamente. A determinação da imparidade para estes grupos de activos é efectuada nos termos descritos no ponto seguinte Análise colectiva. Os activos avaliados individualmente e para os quais é reconhecida uma perda por imparidade são excluídos das análise colectivas. Análise colectiva Os cash flows futuros de grupos de crédito sujeitos a análise colectiva de imparidade são estimados com base na experiência histórica de perdas para activos com características de risco de crédito semelhante. A análise colectiva envolve a estimativa dos seguintes factores de risco: possibilidade de uma operação ou Cliente em situação regular vir a demonstrar indícios de imparidade manifestados através de atrasos ocorridos durante o período de emergência (período de tempo que medeia entre a ocorrência do evento da perda e a identificação desse mesmo evento por parte do Banco); Conforme previsto no IAS 39, estas situações correspondem a perdas incorridas mas ainda não observadas (incurred but not reported), ou seja, casos em que, para parte da carteira de crédito, o evento de perda já ocorreu mas o Banco ainda não o identificou. perda económica das operações no caso de entrarem em situação de default. Para a determinação da percentagem de perda estimada para as operações ou Clientes em situação de default são considerados os pagamentos efectuados pelos Clientes após o default, deduzidos de custos directos do processo de recuperação. Os fluxos considerados são descontados à taxa de juro das operações e comparados com a exposição existente no momento do default. Os inputs para cálculo da imparidade colectiva são determinados com base em modelos estatísticos para grupos de crédito e revistos regularmente para aproximar os valores estimados aos valores reais. Para as exposições com evidência objectiva de imparidade, o montante da perda resulta da comparação entre o valor de balanço e o valor actual dos cash flows futuros estimados. Para efeitos de actualização dos cash flows futuros é considerada a taxa de juros das operações na data de cada análise Depósitos e outros recursos Após o reconhecimento inicial, os depósitos e recursos financeiros de Clientes e instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva. Incluem-se nesta categoria os seguros de capitalização do ramo Vida sem participação discricionária de resultados. Os depósitos designados como passivos cobertos são valorizados conforme descrito na nota CONTABILIDADE DE COBERTURA DERIVADOS E INSTRUMENTOS COBERTOS Dívida titulada emitida pelo Banco As emissões de obrigações do Banco estão registadas nas rubricas PASSIVOS SUBORDINADOS e RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS. Na data de emissão as obrigações emitidas são relevadas pelo justo valor (valor de emissão), incluindo despesas e comissões de transacção, sendo posteriormente valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva. Os derivados embutidos em obrigações são registados separadamente e reavaliados ao justo valor através de resultados. possibilidade de uma operação ou Cliente que já registou atrasos entrar em default (situação de contencioso) durante o prazo residual da operação; As obrigações designadas como passivos cobertos são valorizados conforme descrito na nota CONTABILIDADE DE COBERTURA DERIVADOS E INSTRUMENTOS COBERTOS. 172 Banco BPI Relatório e Contas 2005

175 As obrigações emitidas pelo Banco podem ser ou não cotadas em Bolsa. Transacções em mercado secundário O Banco garante a liquidez das obrigações emitidas. As compras e vendas de obrigações próprias são incluídas proporcionalmente nas respectivas rubricas da dívida emitida (CAPITAL, JUROS, COMISSÕES E DERIVADOS) e as diferenças entre o montante liquidado e o abate ou aumento do passivo são reconhecidas de imediato em resultados Contabilidade de cobertura derivados e instrumentos cobertos O Grupo BPI realiza operações derivadas no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados (negociação), satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural (cobertura). Todos os instrumentos derivados são registados ao justo valor e as variações de justo valor reconhecidas em resultados. As transacções de derivados financeiros, sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, sobre taxas de juro, sobre acções ou índices de acções, sobre a inflação ou sobre uma combinação destes subjacentes são efectuadas em mercados de balcão (OTC Over-The-Counter) e em mercados organizados (especialmente bolsas de valores). A maioria dos derivados fora de bolsa, swaps G, fras G, caps, floors e opções normalizadas são transaccionados em mercados activos, sendo a respectiva avaliação calculada com base em métodos geralmente aceites (actualização de fluxos de caixa, modelo Black-Scholes, etc) epreços de mercado para activos similiares. O valor obtido é ajustado em função da liquidez e do risco de crédito. Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor teórico (valor nocional G ), excepto os futuros cujo registo em contas extrapatrimoniais é efectuado pelo valor de mercado actualizado diariamente. Contabilidade de cobertura O Grupo BPI realiza operações de derivados de cobertura de riscos de taxa de juro e taxa de câmbio (operações de cobertura de justo valor), quer para cobertura de activos e passivos financeiros individualmente identificados (carteira de obrigações, emissão de obrigações próprias e empréstimos), quer para conjuntos de operações (depósitos a prazo e crédito a taxa fixa). instrumento (ou parte do instrumento, ou parte do risco) que está a ser coberto, a estratégia e tipo de risco coberto, o derivado de cobertura e os métodos utilizados para demonstrar a eficácia da cobertura. Mensalmente o Banco testa a eficácia das coberturas, comparando a variação do justo valor do instrumento coberto com a variação do justo valor do derivado de cobertura, devendo a relação entre ambos situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Os ganhos e perdas resultantes da reavaliação de derivados de cobertura são registados em resultados. Os ganhos e perdas na variação do justo valor de activos ou passivos financeiros cobertos, correspondentes ao risco coberto, são também reconhecidos em resultados, por contrapartida do valor de balanço dos activos ou passivos cobertos, no caso de operações ao custo amortizado (crédito, depósitos e dívida emitida) ou por contrapartida de reserva de reavaliação de justo valor, no caso de activos disponíveis para venda (carteira de obrigações). Um activo ou passivo coberto pode ter apenas uma parte ou uma componente do justo valor coberta (risco de taxa de juro, risco de câmbio ou risco de crédito), desde que a eficácia da cobertura possa ser avaliada, separadamente. Caso a relação de cobertura deixe de existir, por a variação relativa no justo valor dos derivados e dos instrumentos cobertos se encontrar fora daquele intervalo, os derivados são reclassificados para negociação e o valor da reavaliação dos instrumentos cobertos é reconhecido em resultados durante o prazo remanescente da operação. Os testes à eficácia das coberturas são devidamente documentados em cada final de mês, assegurando-se a existência de comprovativos durante a vida das operações cobertas Activos e passivos financeiros em moeda estrangeira Os activos financeiros em moeda estrangeira são registadas segundo o sistema multi-currency, isto é, nas respectivas moedas de denominação. A conversão para euros dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira é efectuada com base no câmbio oficial de divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são convertidos para euros ao câmbio do dia em que são reconhecidos. O Grupo BPI dispõe de documentação formal da relação de cobertura identificando, aquando da transacção inicial, o Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito que as operações têm sobre a posição cambial: Demonstrações financeiras consolidadas Notas 173

176 Posição à vista A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos nessa moeda, acrescido dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada com base nos câmbios oficiais de divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional) por contrapartida de contas de custos ou proveitos. Posição a prazo A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro das respectivas moedas para o prazo residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores em euros às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em euros às taxas contratadas representam o custo ou o proveito da reavaliação da posição cambial a prazo, sendo registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de contas de custos ou proveitos Activos tangíveis (IAS 16) Os activos tangíveis utilizados pelo Banco para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido de amortizações acumuladas e perdas por imparidades. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, correspondente ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso: Anos de vida útil Imóveis 20 a 50 Obras em edifícios próprios 10 a 50 Imobilizações não passíveis de recuperação efectuadas em edifícios arrendados 3 a 10 Equipamento 3 a 12 Outras imobilizações corpóreas 3 a 10 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade do Banco, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos pelo Grupo BPI até 1 de Janeiro de 2004 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS / IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultou dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Activos tangíveis adquiridos em locação financeira Os activos tangíveis adquiridos através de operações de locação, em que o banco detém todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem, são amortizados de acordo com o procedimento descrito no ponto anterior. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os passivos são reduzidos pelo montante correspondente à amortização do capital de cada uma das rendas e os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos (imóveis, equipamentos e outros bens) recebidos em dação em cumprimento de operações de crédito são registados na rubrica OUTROS ACTIVOS, dado que nem sempre se encontram em condições de venda imediata e o prazo de detenção destes activos pode ser superior a um ano. Estes activos são registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do imóvel, à data da dação em cumprimento do crédito. Estes imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar a perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. São também registados na rubrica OUTROS ACTIVOS, os activos tangíveis do Banco retirados de uso (imóveis e equipamento descontinuados) e que se encontram em processo de venda. Estes activos são transferidos de activos tangíveis pelo valor contabilístico nos termos do IAS 16 (custo de aquisição líquido de amortizações e imparidades acumuladas) na data em que ficam disponíveis para venda e são objecto de avaliações periódicas que dão lugar a perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. As mais-valias potenciais em outros activos não são reconhecidas no balanço. 174 Banco BPI Relatório e Contas 2005

177 2.5. Activos intangíveis (IAS 38) O Banco regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos implementados e a implementar, bem como o custo de software E adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se repercuta para além do exercício em que são realizados. Os activos intangíveis são amortizados pelo método das quotas anuais constantes e por duodécimos, ao longo do período de vida útil estimado do bem o qual, em geral, corresponde a um período de três anos. Até à presente data, o Banco não reconheceu quaisquer activos intangíveis gerados internamente Pensões de reforma e de sobrevivência (IAS 19) A generalidade dos Colaboradores do Grupo BPI não está abrangida pelo Sistema de Segurança Social. As instituições do Grupo BPI que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário Português assumem o compromisso de atribuir aos seus Colaboradores ou às suas famílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de reforma antecipada ou de sobrevivência (plano de benefícios definidos). Estas prestações consistem numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do Colaborador, aplicada aos seus salários. São enquadráveis no corredor, os ganhos ou perdas actuariais acumulados que não excedam 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior. Os valores que excedam o corredor são amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos Colaboradores abrangidos pelo plano. Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados decorrente da passagem de Colaboradores à situação de reforma antecipada são integralmente reconhecidos como custo nos resultados do exercício. Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados decorrentes de alterações das condições dos Planos de Pensões são integralmente reconhecidos como custo no caso de benefícios adquiridos, ou amortizados durante o período até os benefícios se tornarem adquiridos. O saldo dos acréscimos de responsabilidades ainda não relevados como custo está registado na rubrica OUTROS ACTIVOS. A cobertura das responsabilidades com serviços passados (benefícios pós-emprego) é assegurada por fundos de pensões. O valor dos fundos de pensões corresponde ao justo valor dos seus activos à data do balanço. O Grupo BPI determina anualmente o valor das responsabilidades com serviços passados através de cálculos actuariais pelo método de Project Unit Credit para as responsabilidades com serviços passados por velhice e método de Prémios Únicos Sucessivos para o cálculo dos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente compatíveis. O valor das responsabilidades inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma, os benefícios com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e com subsídio de morte na reforma. O Grupo BPI reconhece o valor acumulado líquido (após 1 de Janeiro de 2004) dos ganhos e perdas actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados, na rubrica OUTROS ACTIVOS ou OUTROS PASSIVOS DESVIOS ACTUARIAIS. O regime de financiamento pelo fundo de pensões está definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005 que determina: a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; o estabelecimento de um período transitório para o financiamento do acréscimo de responsabilidades resultante da aplicação dos IAS 19 em 31 de Dezembro de Este acréscimo de responsabilidades pode ser financiado através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente a responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego e a alterações de pressupostos actuariais relativos à tábua de mortalidade para as quais o plano de financiamento poderá ir até 31 de Dezembro de Nas demonstrações financeiras do Grupo BPI, o valor das responsabilidades com serviços passados por pensões de reforma líquido do valor do fundo de pensões está registado na rubrica OUTROS PASSIVOS. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 175

178 Os resultados consolidados do Grupo BPI incluem os seguintes custos relativos a pensões de reforma e sobrevivência: Os resultados consolidados do Grupo BPI incluem os seguintes custos relativos a responsabilidades por prémios de antiguidade: custo do serviço corrente (custo do ano); custo do serviço corrente (custo do ano); custo dos juros da totalidade das responsabilidades; custo dos juros; rendimento esperado dos fundos de pensões; custos com acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas; amortização de desvios actuariais ou de alterações de pressupostos fora do corredor; custos (ou amortização) resultantes da alteração das condições do Plano de Pensões. ganhos e perdas resultantes de desvios actuariais, de alterações de pressupostos ou da alteração das condições dos benefícios Acções próprias (IAS 32) As acções próprias são registadas em contas de capital pelo valor de aquisição não sendo sujeitas a reavaliação. As mais e menos-valias realizadas na venda de acções próprias, bem como os respectivos impostos, são registadas directamente em capitais próprios não afectando o resultado do exercício. Na data da transição, o Grupo BPI adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos (opção designada por reset). Deste modo, os ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos nas contas do Grupo BPI em 31 de Dezembro de 2003 foram integralmente anulados por contrapartida de resultados transitados na data da transição (1 de Janeiro de 2004) Prémios de antiguidade (IAS 19) As instituições do Grupo BPI que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário Português assumem o compromisso de atribuir aos Colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respectivamente, a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição). O Grupo BPI determina anualmente o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método de Project Unit Credit. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente compatíveis. As responsabilidades por prémios de antiguidade são registadas na rubrica OUTROS PASSIVOS Remuneração variável em acções RVA (IFRS 2) O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do Grupo BPI cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a euros é paga em acções representativas do capital social do Banco BPI (acções BPI) e em opções de compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Administrador ou do Colaborador. As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes. A partir de 2002, a transmissão de propriedade das acções atribuídas no âmbito do RVA é integralmente efectuada na data de atribuição. As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição. A disponibilização das acções (nos 3 anos subsequentes à atribuição) e das opções (até 2005, no ano seguinte ao da atribuição, a partir de 2005 inclusive, nos 90 dias seguintes ao da atribuição) está condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo BPI. Os custos com o programa de remunerações variáveis em acções são periodificados em custos com pessoal, em contrapartida da rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL, conforme definido na IFRS 2 para programas de share-based payment. O custo das acções e dos prémios das opções G na data de atribuição são periodificados de forma linear desde o início do ano do programa (1 de Janeiro) até à respectiva data de disponibilização ao Colaborador. 176 Banco BPI Relatório e Contas 2005

179 Para as remunerações variáveis em acções, o Banco adquire uma carteira de acções BPI e transmite a propriedade das acções para os Colaboradores na data de atribuição do RVA. No entanto, para efeitos contabilísticos, as acções permanecem na carteira de acções próprias do Banco BPI até à data de disponibilização. Nesta data, as acções são desreconhecidas em contrapartida dos montantes acumulados na rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL. Para as remunerações variáveis em opções, o Grupo BPI constituiu uma carteira de acções BPI de modo a assegurar a cobertura das responsabilidades decorrentes da emissão de opções de compra de acções BPI de acordo com uma estratégia de cobertura de delta (determinada por um modelo de avaliação de opções do BPI desenvolvido internamente e baseado na metodologia Black-Scholes). Esta estratégia corresponde a constituir uma carteira com delta acções por cada opção emitida, sendo que o montante delta corresponde à relação entre a variação do preço de uma opção e a variação do preço da acção subjacente. As acções próprias detidas para cobrir o risco de variação do valor das opções vendidas são registadas na rubrica ACÇÕES PRÓPRIAS PARA COBERTURA DO RVA onde permanecem enquanto estiverem afectas àquela finalidade. Provisões matemáticas determinadas segundo métodos actuariais prospectivos, de acordo com as bases técnicas de cada um dos produtos. Inclui também uma provisão para compromissos de taxa, a qual é registada quando a taxa de rentabilidade efectiva dos activos que se encontram a representar as provisões matemáticas de um determinado produto é inferior à taxa técnica de juro utilizada no cálculo das provisões matemáticas. Provisão para participação dos resultados a atribuir no final de cada ano aos contratos em vigor. O seu cálculo é efectuado de acordo com as bases técnicas de cada contrato, devidamente aprovadas pelo Instituto de Seguros de Portugal, com base nas taxas de rentabilidade dos investimentos afectos à cobertura das respectivas provisões matemáticas. Provisão para sinistros para fazer face às indemnizações a pagar relativas a sinistros já ocorridos mas não regularizados. Na medida em que o Grupo BPI não comercializa seguros de risco, não é constituída provisão para sinistros ocorridos e não declarados (IBNR). Na data de exercício das opções, as acções próprias são desreconhecidas em simultâneo com a transmissão de propriedade para os Colaboradores. Nesta data é reconhecida uma mais ou menos-valia correspondente à diferença entre o preço de exercício G e o custo médio de aquisição da carteira de acções próprias afecta à cobertura de cada um dos programas, deduzida dos custos com prémios de opções acumulados na rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL Provisões para outros riscos e encargos (IAS 37) Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais e outras perdas decorrentes da actividade do Grupo BPI Impostos sobre os lucros (IAS 12) Todas as empresas do Grupo são tributadas individualmente. As mais e menos-valias realizadas em acções próprias na cobertura e exercício de opções do RVA, bem como os respectivos impostos, são registadas directamente em capitais próprios não afectando o resultado do exercício. O Banco BPI bem como as empresas filiais e associadas cuja sede se encontra localizada em Portugal estão sujeitos ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e no Estatuto dos Benefícios Fiscais Provisões técnicas (IFRS 4) O Grupo BPI comercializa seguros de capitalização do ramo Vida, através da sua filial BPI Vida. Os seguros de capitalização sem participação discricionária de resultados são registados nos termos do IAS 39 e incluídos na rubrica RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS. Os seguros de capitalização com participação discricionária de resultados são contabilizados nos termos do IFRS 4 e incluídos na rubrica PROVISÕES TÉCNICAS. As provisões técnicas constituídas para os contratos do ramo Vida representam, no seu conjunto, as responsabilidades para com os segurados e incluem: As Sucursais Financeiras Exteriores do Banco BPI nas Regiões Autónoma da Madeira e de Santa Maria beneficiam, ao abrigo do artigo 31.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de Para efeitos da aplicação desta isenção, de acordo com o disposto na Portaria n.º 555 / 2002, de 4 de Junho, considera-se que pelo menos 80% do lucro tributável da actividade global do Banco é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona Franca da Madeira e Santa Maria. Este regime é aplicável desde 1 de Janeiro de Demonstrações financeiras consolidadas Notas 177

180 Os impostos correntes são calculados com base nas taxas de imposto legalmente em vigor, nos países onde o Banco tem presença, para o período a que se reportam os resultados. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos activos. Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os impostos correntes e os impostos diferidos são relevados em resultados excepto os que se relacionam com valores registados directamente em capitais próprios (nomeadamente, ganhos e perdas em acções próprias e em títulos disponíveis para venda). O Grupo BPI não reconhece impostos diferidos activos ou passivos para as diferenças temporárias tributáveis associadas a investimentos em empresas filiais e associadas, por não ser provável que a diferença se reverta no futuro previsível, excepto nos seguintes casos: são reconhecidos os impostos diferidos activos associados à participação na SIC; de 2005, as demonstrações financeiras individuais do Banco BPI passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Aviso n.º 1 / 2005 do Banco de Portugal. Desta forma, o cálculo dos impostos correntes e diferidos relativos a alguns dos impactos da transição para as novas regras contabilísticas foram baseadas em pressupostos, os quais podem ou não vir a ser confirmados pelas autoridades fiscais no futuro Acções preferenciais (IAS 32 e IAS 39) As acções preferenciais são classificadas como instrumento de capital próprio quando: não existe uma obrigação contratual por parte do Grupo BPI em reembolsar (em numerário ou outro activo financeiro) as acções preferenciais adquiridas pelo detentor; a remissão ou reembolso antecipado das acções preferenciais apenas pode ocorrer por opção do Grupo BPI; as distribuições de dividendos efectuadas pelo Grupo BPI aos detentores das acções preferenciais são discricionárias. O Grupo BPI classificou como instrumento de capital próprio as emissões de acções preferenciais da BPI Capital Finance Ltd. O pagamento de dividendos e o reembolso destas acções são garantidos pelo Banco BPI. As acções preferenciais classificadas como instrumentos de capital próprio e detidas por terceiros são apresentadas nas demonstrações financeiras consolidadas na rubrica INTERESSES MINORITÁRIOS. são reconhecidos os impostos diferidos passivos associados à estimativa dos dividendos a pagar pelo Banco de Fomento Angola às empresas do Grupo BPI; são reconhecidos os impostos diferidos passivos associados aos lucros não distribuídos do Banco Comercial e de Investimentos. Os lucros distribuídos ao Banco BPI por empresas filiais e associadas localizadas em Portugal não são tributados na esfera deste em resultado da aplicação do regime previsto no artigo 46.º do CIRC que prevê a eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos. O Banco de Portugal alterou as regras contabilísticas relativas à preparação das demonstrações financeiras individuais, que são as contas relevantes para efeitos fiscais. A partir de 1 de Janeiro Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas Na elaboração das demonstrações financeiras do Grupo BPI são utilizadas estimativas e valores futuros esperados, nomeadamente nas seguintes áreas: Pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência são estimadas com base em tábuas actuariais e pressupostos de crescimento das pensões e dos salários. Estes pressupostos são baseados nas expectativas do Grupo BPI para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades. Imparidade do crédito O valor da imparidade do crédito é determinado com base em fluxos de caixa esperados e estimativas do valor a recuperar. Estas estimativas são efectuadas com base em pressupostos 178 Banco BPI Relatório e Contas 2005

181 determinados a partir da informação histórica disponível e da avaliação da situação dos Clientes. Eventuais diferenças entre os pressupostos utilizados e o comportamento futuro dos créditos, ou alterações nos pressupostos adoptados pelo Grupo BPI, têm impacto nas estimativas efectuadas. Justo valor de derivados e activos financeiros não cotados O justo valor dos derivados e activos financeiros não cotados foi estimado com base em métodos de avaliação e teorias financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos utilizados. Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos activos pressupõe a existência de resultados e matéria colectável futura. Os impostos diferidos activos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal actualmente em vigor para as empresas do Grupo BPI ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na interpretação da legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 179

182 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE 3.1. Impacto nos capitais próprios e nos resultados de 31 de Dezembro de 2004 da transição para as IAS / IFRS A aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade nas demonstrações financeiras consolidadas teve um impacto global negativo nos capitais próprios do Grupo BPI em 1 de Janeiro de 2005 no valor de milhares de euros em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB (incluindo interesses minoritários): as alterações com efeito a partir de 1 de Janeiro de 2004 traduziram-se num decréscimo dos capitais próprios de 31 de Dezembro de 2004 no valor de m. euros; adicionalmente, a introdução da IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 em 1 de Janeiro de 2005 teve um impacto negativo de m. euros. Ajustamentos de transição Capitais próprios em 1 Jan. 04 Lucro em 2004 Capitais próprios em 31 Dez. 04 Valores de acordo com o PCSB Alterações resultantes da introdução das IAS / IFRS IAS 19 Responsabilidades com pensões Colaboradores ( ) (40 397) ( ) IAS 19 Responsabilidades com pensões Administradores (1 983) 856 (1 127) IAS 19 Prémio de antiguidade (18 170) (446) (18 616) IFRS 2 Remuneração variável em acções RVA IAS 38 Activos intangíveis (14 260) 556 (13 704) IAS 16 Activos tangíveis disponíveis para venda (1 639) (349) (1 988) IAS 12 Impostos diferidos IFRS 3 Goodwill da SIC e Badwill InterRisco IAS 21 Diferenças cambiais de empresas associadas (1 202) IFRS 1 Empresas associadas (227) 478 IAS 22 Acções preferenciais na carteira da BPI Vida (14 636) (16 305) IAS 1 Dividendos antecipados de acções preferenciais (8 248) (8 286) Outros (17) (2) (40) ( ) (33 420) ( ) Valores de acordo com as IAS / IFRS Alterações resultantes da introdução da IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 em 1 Jan. 05 IAS 32 Acções próprias (25 653) IAS 39 Periodificação de comissões (13 661) IAS 39 Contabilidade de cobertura derivados e instrumentos cobertos IAS 39 Reserva justo valor IAS 39 Imparidade na carteira de disponíveis para venda (33 447) IAS 39 Imparidade do crédito IAS 32 / 39 / IFRS 4 Empresas associadas Outros 2 (21 182) Capitais próprios em 1 Jan. 05 incluindo IAS 32, IAS 39 e IFRS ) Capitais próprios incluindo minoritários. Em PCSB os interesses minoritários eram registados numa rubrica autónoma, enquanto que em IAS os interesses minoritários são incluídos nos capitais próprios. Responsabilidades com pensões Colaboradores (IAS 19) O impacto global das alterações no reconhecimento das responsabilidades com pensões nos capitais próprios do Grupo BPI apresenta a seguinte decomposição: Responsabilidades com pensões Capitais próprios em 1 Jan. 04 Lucro em 2004 Capitais próprios em 31 Dez. 04 Acréscimo responsabilidades ( ) ( ) Decrementos de invalidez (85 529) (83 014) Corredor / desvios actuariais (25 637) ( ) ( ) Reformas antecipadas ( ) ( ) Alteração das condições do plano de pensões (3 561) (4 637) Impacto total das pensões de reforma ( ) (40 397) ( ) 180 Banco BPI Relatório e Contas 2005

183 A aplicação dos princípios do IAS 19 implicou um aumento das responsabilidades com pensões de reforma dos Colaboradores do Grupo BPI em 31 de Dezembro de 2004 no valor de m. euros, das quais m. euros decorrem da introdução das responsabilidades com cuidados médicos (SAMS), m. euros da alteração da taxa de desconto e das taxas de crescimento dos salários e das pensões, m. euros da alteração da tábua de mortalidade feminina e m. euros da consideração do subsídio por morte na reforma. Pressupostos actuariais PCSB IAS / IFRS Taxa de desconto 31 Dez % 5.50% 31 Dez % 5.25% Taxa cresc. salários 4.00% 2.75% Taxa cresc. pensões 3.00% 1.75% Rend. esperado Fundo 7.00% 6.00% Tábua mortalidade TV73 / 77 TV73 / 77 Mas. TV88 / 90 Fem. Acréscimo de responsabilidades 31 Dez. 04 SAMS Taxa de desconto, crescimento salários e pensões Tábua mortalidade Subsídio de morte Total O reconhecimento dos decrementos de invalidez por financiar ea variação no valor do corredor (IAS versus PCSB) geraram um impacto negativo de m. euros e positivo de m. euros, respectivamente, em resultados transitados. De acordo com o PCSB, e mediante autorização do Banco de Portugal, os decrementos de invalidez estavam a ser amortizados e financiados através de um plano de prestações uniformes anuais, durante um período de 20 anos iniciado em O acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas ( m. euros) e os desvios actuariais resultantes alterações de pressupostos (4 637 m. euros), que estavam a ser amortizados em 10 anos de acordo com as regras do Banco de Portugal, foram igualmente reconhecidos contra capitais próprios na transição. Responsabilidades com pensões Administradores (IAS 19) O cálculo das responsabilidades com pensões dos Administradores do Grupo BPI de acordo com a IAS 19 gerou um acréscimo de responsabilidades de m. euros face à provisão existente a 31 de Dezembro de Este acréscimo resultou da alteração dos pressupostos actuariais conforme referido no ponto anterior e foi integralmente reconhecido por contrapartida de resultados transitados. Prémio de antiguidade (IAS 19) O valor actual dos prémios de antiguidade a pagar no futuro por serviços passados em 31 de Dezembro de 2004 foi calculado em m. euros para o Grupo BPI e integralmente reconhecido por contrapartida de resultados transitados. De acordo com o PCSB, os prémios de antiguidade eram reconhecidos como custo no momento do respectivo pagamento. Remuneração variável em acções RVA (IFRS 2) De acordo com o PCSB, as remunerações variáveis em acções e opções (RVA) eram integralmente periodificadas em custos com pessoal no ano a que diziam respeito. As acções já atribuídas e ainda não disponibilizadas estavam registadas nas carteiras de títulos dos Colaboradores. Os prémios de opções não exercidas bem como as mais e menos-valias realizadas na cobertura e no exercício de opções eram registadas em contas de regularização do passivo até ao final do programa. De acordo com as IAS, as remunerações variáveis em acções e opções (RVA) são periodificadas em custos com pessoal desde o início do ano a que dizem respeito até à data da disponibilização das acções ou das opções, em contrapartida de CAPITAIS PRÓPRIOS OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL. As acções já atribuídas ao Colaboradores mas ainda não disponibilizadas são registadas na carteira de acções próprias do Banco. A aplicação do IFRS 2 implicou um aumento de m. euros nos capitais próprios do Grupo BPI em 31 de Dezembro de 2004, um aumento de m. euros na carteira de acções próprias e uma redução de m. euros em outros passivos. Remuneração variável em acções RVA Impacto do RVA em 1 Jan Dez. 04 Acções próprias Outros passivos provisão para RVA do exercício (5 474) (6 003) Outros passivos prémios de opções não exercídas (4 924) (4 277) Instrumentos de capital Resultados transitados Resultado líquido de Impacto total nos capitais próprios Activos intangíveis (IAS 38) O impacto dos IAS no Grupo BPI ao nível dos activos intangíveis apresenta a seguinte composição: Activos intangíveis Capitais próprios em 1 Jan. 04 Lucro em 2004 Capitais próprios em 31 Dez. 04 Campanhas de publicidade (11 217) (1 191) (12 408) Outros activos intangíveis (3 043) (1 296) Total (14 260) 556 (13 704) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 181

184 A definição de activo intangível de acordo com a IAS 38 é mais exigente do que a do PCSB, obrigando a que um maior número de despesas seja registado integralmente como custo no ano de ocorrência (despesas com publicidade, pesquisa e investigação, formação, despesas de arranque, custos de reorganização, etc.). O saldo das campanhas de publicidade por amortizar em 31 de Dezembro de 2004 ascendia a m. euros, tendo sido integralmente abatido contra resultados transitados. De acordo com o PCSB, as campanhas publicitárias eram amortizadas ao longo de 3 anos. Impostos diferidos Capitais próprios em 1 Jan. 04 Lucro em 2004 Capitais próprios em 31 Dez. 04 Responsabilidades com pensões SIC Outras provisões tributadas (9 427) Reavaliação imobilizado corpóreo (5 548) 208 (5 340) Prémio antiguidade Outros impostos diferidos (1 416) (90) Total de impostos diferidos activos e passivos De ajustamentos de transição Não reconhecidos em PCSB (192) Foram também abatidos m. euros relativos a outros custos por amortizar que deixam de ser enquadráveis como intangíveis no âmbito dos IAS. Activos tangíveis disponíveis para venda (IAS 16) O Grupo BPI transferiu imóveis e equipamentos inactivos no valor de m. euros de activos corpóreos para outros activos. De acordo com o valor estimado de venda destes activos, foram reconhecidas perdas por imparidade no valor de m. euros com referência a 31 de Dezembro de Impostos diferidos (IAS 12) De acordo com o PCSB, não eram reconhecidos impostos diferidos activos. Os impostos diferidos passivos eram apenas reconhecidos no caso de ganhos em curso de operações cujo reconhecimento fiscal apenas tem lugar no exercício de liquidação dessas operações e no caso das diferenças temporárias entre o resultado contabilístico e o resultado apurado para efeitos fiscais nos contratos de locação. Na transição para IAS, foram reconhecidos impostos diferidos associados aos ajustamentos de transição e impostos diferidos activos e passivos não reconhecidos de acordo com as regras do PCSB. No que respeita aos ajustamentos de transição, o principal impacto decorre das responsabilidades com pensões. Destaca-se também o efeito fiscal das provisões constituídas para a participação na SIC e de outras provisões com relevância fiscal diferida. No cálculo dos impostos diferidos admitiu-se uma taxa média de imposto de 27.34% para o Banco BPI e de 27.5% para as restantes participadas do Grupo sujeitas à constituição de impostos diferidos. Goodwill da SIC e badwill InterRisco (IFRS 3) De acordo com o IFRS 3, o goodwill gerado em concentrações empresariais é sujeito a testes de imparidade, não sendo permitido o seu abate, imediato ou faseado, aos capitais próprios. Por outro lado, o badwill é reconhecido em resultados no momento da sua geração. Em Junho de 2004, o Grupo BPI passou a valorizar a sua participação na SIC pelo método de equivalência patrimonial, abatendo o respectivo goodwill de m. euros contra reservas (em PCSB). Na transição para os IAS, o valor do goodwill da SIC foi incluído no valor de balanço da participação com o correspondente impacto positivo em capitais próprios. Em 2004, o Grupo BPI adquiriu 16.3% da InterRisco, tendo gerado uma diferença de consolidação positiva (badwill) de 387 m. euros. De acordo com o PCSB, o badwill era incluído no passivo em rubrica própria. De acordo com os IAS, o badwill gerado na aquisição da InterRisco foi reconhecido em resultados do exercício. Diferenças cambiais em empresas associadas (IAS 21) Com a introdução dos IAS, as diferenças resultantes da conversão cambial das demonstrações financeiras do BCI Fomento (Moçambique), BPI Dealer Moçambique, BPI Suisse e BPI Inc. passaram a ser reconhecidas directamente em reservas, enquanto que em PCSB estas diferenças eram reconhecidas nos resultados. 182 Banco BPI Relatório e Contas 2005

185 Impacto IAS em empresas associadas (IFRS 1) Em 31 de Dezembro de 2004, os ajustamentos relacionados com a transição para os IAS da Cosec (excluindo IAS 32, IAS 39 e IFRS 4) ascendem a 478 m. euros e respeitam essencialmente a responsabilidades com pensões e ao reconhecimento de impostos diferidos. Acções preferenciais na carteira da BPI Vida (IAS 22) A alteração do método de consolidação da BPI Vida, de equivalência patrimonial em PCSB para integração global em IAS, implicou a anulação das acções preferenciais emitidas pela BPI Capital Finance, na carteira de títulos da BPI Vida. Dividendos antecipados de acções preferenciais (IAS 1) Em PCSB, os dividendos pagos antecipadamente a acções preferenciais eram registados em contas de regularização do activo. Em IAS, os dividendos antecipados são deduzidos aos capitais próprios, uma vez que os interesses minoritários, de acordo com o IAS 32, passaram a ser considerados parte integrante dos capitais próprios do Grupo. Na transição para IAS, o saldo dos dividendos pagos antecipadamente a acções preferenciais foi deduzido em interesses minoritários (8 286 m. euros em 31 de Dezembro de 2004). Instrumentos financeiros e contratos de seguro (IAS 32, IAS 39 e IFRS 4) A introdução do IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 em 1 de Janeiro de 2005 teve um impacto negativo de m. euros nos capitais próprios do Grupo BPI. Excluindo a reclassificação de acções próprias do Banco BPI ( m. euros), as restantes alterações tiveram um impacto positivo de m. euros. Introdução de IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 Valores brutos Impostos Valores líquidos Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2004 de acordo com as IAS / IFRS Alterações resultantes da introdução da IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 em 1 de Janeiro de 2005 Acções próprias (25 653) (25 653) Periodificação comissões (18 717) (13 661) Contabilidade de cobertura derivados e instrumentos cobertos (2 350) Reserva justo valor (9 076) Imparidade na carteira de disponíveis para venda (42 483) (33 447) Imparidade do crédito Empresas associadas Outras Total (23 848) (21 182) Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2005 incluindo IAS 32, IAS 39 e IFRS (i) Acções próprias (IAS 32) De acordo com os IAS as acções próprias e as mais e menos-valias realizadas na venda de acções próprias, líquidas de impostos, são reconhecidas directamente nos capitais próprios. Em PCSB, as acções próprias estavam registadas no activo e as mais-valias realizadas em acções próprias no âmbito do RVA (líquidas de impostos) eram incluídas na rubrica OUTROS PASSIVOS VALORES A REGULARIZAR. Em 31 de Dezembro de 2004 (PCSB), o Banco BPI detinha m. euros de acções próprias. A contabilização do RVA de acordo com os IAS em 2004 aumentou o valor das acções próprias registadas no activo para m. euros, uma vez que a transferência de propriedade das acções ocorre apenas na data de disponibilização. Em 1 de Janeiro de 2005, com a introdução do IAS 32, as acções próprias passaram a ser abatidas aos capitais próprios (pelo custo de aquisição), e as mais-valias no exercício e cobertura de opções do RVA foram reconhecidas em capitais próprios. O impacto líquido das acções próprias nos capitais próprios do Grupo ascendeu a m. euros. Acções próprias Acções próprias registadas no activo (27 426) Anulação de mais-valias potenciais na carteira de acções próprias RVA Mais-valias realizadas no exercício e cobertura opções RVA 263 Impacto total nos capitais próprios de 1 de Janeiro de 2005 (25 653) (ii) Periodificação de comissões Em IAS, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros ao custo amortizado são periodificados ao longo da vida das operações. As comissões totalmente contabilizadas como proveito até 31 de Dezembro de 2004 mas que, de acordo com as IAS, deveriam ser reconhecidas ao longo da vida das operações, foram abatidas a resultados transitados ( m. euros antes de impostos) em 1 de Janeiro de Demonstrações financeiras consolidadas Notas 183

186 (iii) Contabilidade de cobertura derivados e instrumentos cobertos As normas internacionais de contabilidade impõem que todos os derivados, sejam estes de cobertura ou embutidos em outros instrumentos, sejam relevados ao justo valor. A relação de cobertura tem de ser formalmente documentada, sendo a sua eficácia testada em cada período. Quando existe uma relação de cobertura de justo valor, a variação no justo valor do instrumento coberto é igualmente reconhecida em resultados (na proporção coberta). Em 1 de Janeiro de 2005, a reavaliação dos derivados e instrumentos cobertos no âmbito da contabilidade de cobertura originou um impacto positivo nos capitais próprios de m. euros antes de impostos (4 195 m. euros após impostos). Contabilidade de cobertura Derivado Instrumento coberto (iv) Reserva de justo valor De acordo com IAS 39, os activos disponíveis para venda são reavaliados ao justo valor e as respectivas mais e menos-valias potenciais (líquidas de impostos) são reconhecidas numa rubrica dos capitais próprios designada RESERVA DE REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR. Em 1 de Janeiro de 2005, a reserva de justo valor positiva do Grupo BPI 1 ascendia a m. euros e a reserva de justo valor negativa era de 545 m. euros. O valor líquido da reserva antes de impostos diferidos era de m. euros. Total Obrigações do Tesouro (38 648) (71) Crédito (3 780) (158) Depósitos (7 261) Outros (11 337) (17 056) Reserva de justo valor RJV positiva RJV negativa Obrigações Emissores publicos nacionais Emissores publicos estrangeiros Outros emissores nacionais 31 Outros emissores estrangeiros (6) Acções Nacionais Auto-estradas do Oeste Banco Comercial Português Fernando & Irmão SGPS Cofina SGPS Conduril Construtora Duriense, S.A Companhia Aurifícia Whatevernet 957 Ibersol SGPS 747 Outras acções nacionais (210) Estrangeiras Arco Bodegas Unidas 726 Outras acções estrangeiras 753 (81) Unidades de Participação 119 (248) Total (545) A reserva de justo valor líquida de impostos diferidos era de m. euros. (v) Imparidade na carteira de disponíveis para venda Em situações de imparidade, a menos-valia potencial acumulada num activo disponível para venda deverá ser reconhecida em resultados e retirada da reserva de reavaliação de justo valor. Na transição para os IAS, o Grupo BPI reconheceu imparidade nas suas participações na Portugal Telecom ( m. euros), na Impresa (6 047 m. euros) e na Vista Alegre (6 044 m. euros). Valor líquido de balanço 1 Justo valor ( ) Imparidade Portugal Telecom (31 185) Impresa (6 047) Vista Alegre (6 044) (43 277) Outros títulos 794 Total (42 483) 1) Líquido de provisões constituídas até 31 de Dezembro de Adicionalmente, o Grupo BPI reverteu 794 m. euros de provisões constituídas nos termos do Aviso n.º 4 / 2002 do Banco de Portugal para participações financeiras que não se encontravam em situação de imparidade. (vi) Imparidade do crédito Em IAS, as perdas por imparidade são calculadas com base na estimativa do valor que se espera recuperar do crédito, após custos de recuperação, actualizado à taxa de juro efectiva durante um período correspondente à diferença entre a data de cálculo da imparidade e a data prevista para a recuperação. Em PCSB, a imparidade do crédito resultava da constituição de provisões para crédito vencido, cobrança duvidosa e risco país e de provisões para riscos gerais de crédito nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95 (com as alterações introduzidas pelos Avisos do Banco de Portugal n.º 2 / 99 e 8 / 03). Em 1 de Janeiro de 2005, a imparidade da carteira de crédito e garantias do Grupo BPI era inferior ao total das provisões específicas e genéricas para crédito em m. euros. Esta diferença foi adicionada aos capitais próprios do Grupo BPI em 1 de Janeiro de (vii) Empresas associadas A anulação da provisão para desvios de sinistralidade da Cosec (IFRS 4) e a aplicação do IAS 39 à carteira de títulos desta empresa aumentou o valor de balanço da participação e os capitais próprios do Grupo BPI em m. euros. 1) Não considerando mais-valias em activos disponíveis para venda incluídos nas reservas da BPI Vida no valor de m. euros antes de impostos ( m. euros após impostos). 184 Banco BPI Relatório e Contas 2005

187 3.2. Principais diferenças entre as demonstrações financeiras PCSB e IAS Em 31 de Dezembro de 2004, o balanço consolidado do Grupo BPI de acordo com o Plano de Contas do Sistema Bancário e de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade tem a seguinte composição: Balanços consolidados em 31 Dezembro de Dez. 04 PCSB 31 Dez. 04 Pro forma ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a Clientes Derivados de cobertura Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e entidades de controlo conjunto Activos por impostos Acções próprias Outros activos Total do activo PASSIVO Recursos de bancos centrais Passivos financeiros de negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Derivados de cobertura Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos Títulos de participação Passivos subordinados Outros passivos Total do passivo CAPITAIS PRÓPRIOS Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados ( ) Resultado consolidado do Grupo BPI Interesses minoritários Total dos capitais próprios Total do passivo e dos capitais próprios Em 31 de Dezembro de 2004, a demonstração dos resultados consolidados do Grupo BPI de acordo com o Plano de Contas do Sistema Bancário e de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade tem a seguinte composição: Demonstrações dos resultados consolidados em 31 Dezembro de Dez. 04 PCSB 31 Dez. 04 Pro forma Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares ( ) ( ) Margem financeira estrita Margem bruta de unit links Rendimentos de instrumentos de capital Margem financeira Resultado técnico de contratos de seguro Comissões recebidas Comissões pagas (23 063) (23 554) Outros proveitos líquidos Comissões líquidas Ganhos e perdas em operações ao justo valor Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões (9 186) Resultados em operações financeiras Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais (15 532) Outros impostos (3 544) (3 563) Rendimentos e encargos operacionais (3 544) (1 317) Produto bancário Custos com pessoal ( ) ( ) Gastos gerais administrativos ( ) ( ) Depreciações e amortizações (44 643) (41 858) Custos de estrutura ( ) ( ) Recuperação de créditos, juros e despesas Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias (75 534) (75 534) Imparidade e outras provisões líquidas Resultados extraordinários líquidos (40 229) Resultado antes de impostos Impostos sobre lucros (45 168) (47 149) Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Resultado consolidado global Resultado atribuível a interesses minoritários (9 172) (8 907) Resultado consolidado do Grupo BPI Demonstrações financeiras consolidadas Notas 185

188 4. RELATO POR SEGMENTOS 4.1. Segmentos geográficos Os segmentos geográficos constituem a base de segmentação principal das demonstrações financeiras consolidadas, coincidente com o primeiro nível de desagregação da gestão e da informação do Grupo. O reporte de segmentos geográficos do Grupo BPI é baseado na localização das diferentes unidades de negócio e reparte-se por dois segmentos principais: Actividade doméstica A actividade doméstica corresponde à actividade de banca comercial desenvolvida por entidades do Grupo sedeadas em Portugal, Resto da Europa (Espanha, França e Suiça), e Resto do Mundo (Cayman, Macau e América do Norte) relacionada com a prestação de serviços bancários a Clientes nacionais, incluindo elementos das comunidades de emigrantes e filiais de empresas portuguesas. Actividade internacional A actividade internacional corresponde à actividade desenvolvida em Angola pelo Banco de Fomento, S.A.R.L. e em Moçambique pelo Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. e pela BPI Dealer Sociedade Financeira de Corretagem, S.A.R.L. Em 31 de Dezembro de 2005, a segmentação do balanço do Grupo BPI e dos investimentos efectuados em activos tangíveis e intangíveis durante o exercício é a seguinte: Portugal Resto da Europa Actividade doméstica Resto do Mundo Operações entre segmentos ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito ( ) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados ( ) Activos financeiros disponíveis para venda ( ) Aplicações em instituições de crédito ( ) Crédito a Clientes ( ) Derivados de cobertura (5 698) Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e entidades de controlo conjunto Activos por impostos Outros activos ( ) Total do activo ( ) PASSIVO Recursos de bancos centrais (320) Passivos financeiros detidos para negociação (14 755) Recursos de outras instituições de crédito ( ) Recursos de Clientes e outros empréstimos ( ) Responsabilidades representadas por títulos (94 436) Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura (10 241) Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos Títulos de participação (1 259) Passivos subordinados ( ) Outros passivos ( ) Total do passivo ( ) CAPITAIS PRÓPRIOS Capitais Próprios atribuíveis aos accionistas do BPI Interesses minoritários Total dos capitais próprios Total do passivo e dos capitais próprios ( ) Investimentos efectuados em: Imóveis Equipamento e outros activos tangíveis Activos intangíveis Total 186 Banco BPI Relatório e Contas 2005

189 Actividade internacional Angola Moçambique Total Operações entre segmentos Banco BPI consolidado (9 471) ( ) ( ) ( ) (23 874) ( ) ( ) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 187

190 Em 31 de Dezembro de 2005, a segmentação dos resultados do Grupo BPI por mercados geográficos é a seguinte: Portugal Resto da Europa Actividade doméstica Resto do Mundo Operações entre segmentos Juros e rendimentos similares ( ) Juros e encargos similares ( ) (20 417) ( ) ( ) Margem financeira estrita Margem bruta de unit links Rendimentos de instrumentos de capital Comissões líq. associadas ao custo amortizado (1) (241) Margem financeira Resultado técnico de contratos de seguro Comissões recebidas (1 160) Comissões pagas (16 921) (1 558) (34) 933 (17 580) Outros proveitos líquidos Comissões líquidas (227) Ganhos e perdas em operações ao justo valor Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões (5 804) (5 804) Resultados em operações financeiras Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais (13 129) (106) (5) (13 240) Outros impostos (2 275) (240) (148) (2 663) Rendimentos e encargos operacionais (5 669) (5 361) Produto bancário (45) Custos com pessoal ( ) (8 721) (219) ( ) Gastos gerais administrativos ( ) (4 512) (343) 45 ( ) Depreciações e amortizações (33 709) (1 004) (20) (34 733) Custos de estrutura ( ) (14 237) (582) 45 ( ) Recuperação de créditos, juros e despesas Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias (53 922) (316) (54 238) Imparidade e outras provisões líquidas (31 206) (195) (1 920) (33 321) Resultado antes de impostos Impostos sobre lucros (46 437) (2 013) (48 450) Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Resultado consolidado global Resultado atribuível a interesses minoritários (10 861) (10 861) Resultado consolidado do Grupo BPI Cash flow após impostos Custos de estrutura em % do produto bancário 67% 75% 1% 63% Total 188 Banco BPI Relatório e Contas 2005

191 Actividade internacional Angola Moçambique Total Operações entre segmentos Banco BPI consolidado (9 699) (21 674) (1) (21 675) ( ) (1 650) (1 650) (19 230) (5 804) (935) (1) (936) (14 176) (389) (2) (391) (3 054) (743) (3) (746) (6 107) (13 924) (13 924) ( ) (11 373) (11 373) ( ) (4 713) (4 713) (39 446) (30 010) (30 010) ( ) (10 479) (10 479) (64 717) (2 250) (2 250) (35 571) (10 798) (565) (11 363) (59 813) (10 861) % 24% 58% Demonstrações financeiras consolidadas Notas 189

192 Em 31 de Dezembro de 2004, a segmentação do balanço do Grupo BPI e dos investimentos efectuados em activos tangíveis e intangíveis durante o exercício é a seguinte: Actividade doméstica Actividade internacional Operações entre segmentos Banco BPI consolidado ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito (5 753) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito ( ) Crédito a Clientes Derivados de cobertura Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e entidades de controlo conjunto Activos por impostos Acções próprias Outros activos Total do activo ( ) PASSIVO Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito ( ) Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Derivados de cobertura Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos Títulos de participação Passivos subordinados Outros passivos Total do passivo ( ) CAPITAIS PRÓPRIOS Capitais próprios atribuíveis aos accionistas do BPI Interesses minoritários Total dos capitais próprios Total do passivo e dos capitais próprios ( ) Investimentos efectuados em: Imóveis Equipamento e outros activos tangíveis Activos intangíveis Banco BPI Relatório e Contas 2005

193 Em 31 de Dezembro de 2004, a segmentação dos resultados do Grupo BPI por mercados geográficos é a seguinte: Actividade doméstica Actividade internacional Operações entre segmentos Banco BPI consolidado Juros e rendimentos similares (2 544) Juros e encargos similares ( ) (12 594) ( ) Margem financeira estrita Margem bruta de unit links Rendimentos de instrumentos de capital Margem financeira Resultado técnico de contratos de seguro Comissões recebidas Comissões pagas (21 909) (1 645) (23 554) Outros proveitos líquidos Comissões líquidas Ganhos e perdas em operações ao justo valor Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões (9 186) (9 186) Resultados em operações financeiras Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais (14 630) (902) (15 532) Outros impostos (2 543) (1 020) (3 563) Rendimentos e encargos operacionais (200) (1 117) (1 317) Produto bancário Custos com pessoal ( ) (10 376) ( ) Gastos gerais administrativos ( ) (9 335) ( ) Depreciações e amortizações (37 917) (3 941) (41 858) Custos de estrutura ( ) (23 652) ( ) Recuperação de créditos, juros e despesas Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias (69 812) (5 722) (75 534) Imparidade e outras provisões líquidas (2 342) Resultado antes de impostos Impostos sobre lucros (30 846) (16 303) (47 149) Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Resultado consolidado global Resultado atribuível a interesses minoritários (8 905) (2) (8 907) Resultado consolidado do Grupo BPI Cash flow após impostos Custos de estrutura em % do produto bancário 75% 32% 71% Demonstrações financeiras consolidadas Notas 191

194 4.2. Segmentos por linhas de negócio O reporte de segmentos por linhas de negócio do Grupo BPI reparte-se por três segmentos principais: Banca comercial O Grupo BPI é predominantemente focalizado no negócio da banca comercial. A banca comercial inclui: Banca de retalho A banca de retalho assegura a acção comercial junto dos Clientes particulares, empresas e empresários em nome individual com facturação até 2.5 milhões de euros através de uma rede distribuição multicanal constituída por balcões de retalho, centros de investimento, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), balcões especializados e rede de promotores externos. Participações de capital e outros Este segmento inclui essencialmente a actividade de Private Equity que é conduzida maioritariamente pela Inter-Risco, sociedade detida pelo Grupo a 100%. Esta sociedade promove a realização de investimentos em empresas não cotadas com os seguintes objectivos: desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, financiamento de investimentos em fundo de maneio, realização de aquisições e reforço de autonomia financeira. Neste segmento está também incluída a actividade residual do Banco, cujos segmentos representam individualmente menos de 10% do total dos proveitos, do resultado líquido e dos activos do Grupo. Banca de empresas A banca de empresas assegura a acção comercial junto de empresas privadas, publicas e municipais, de organismos do sector público (incluindo Administração Central e Local) e ainda junto de Fundações e Associações. Está também englobada na banca de empresas a actividade de Project Finance e Parcerias Público-Privadas, na vertente de promoção comercial, estruturação e montagem de operações financeiras e ainda de consultoria relacionada com este tipo de actividade. Banca de investimento A actividade de Banca de Investimento engloba as seguintes áreas de negócio: Corretagem Inclui as actividades de corretagem (compra e venda de valores mobiliários) realizadas por conta de Clientes; Private banking A área de Private Banking mantém a seu cargo a responsabilidade de implementação de estratégias e propostas de investimento apresentadas aos Clientes e assegura a gestão da totalidade ou de parte do seu património financeiro, através da atribuição ao Banco de um mandato de gestão. Adicionalmente, a área de Private Banking assegura a prestação de serviços de planeamento patrimonial, informação fiscal e consultoria empresarial. Corporate finance Inclui as actividades referentes à prestação de serviços relacionados com assessoria na análise de projectos e decisões de investimento e com operações de mercado de privatizações e de estruturação de processos de fusões e aquisições. 192 Banco BPI Relatório e Contas 2005

195 Em 31 de Dezembro de 2005, a segmentação do balanço do Grupo BPI e dos investimentos efectuados em activos tangíveis e intangíveis durante o exercício é a seguinte: Banca comercial Banca de investimento Actividade doméstica Participações de capital e outros Operações entre segmentos ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito ( ) (9 471) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados ( ) Activos financeiros disponíveis para venda ( ) Aplicações em instituições de crédito ( ) ( ) Crédito a Clientes ( ) Derivados de cobertura (876) Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e entidades de controlo conjunto Activos por impostos Outros activos (55 731) Total do activo ( ) ( ) PASSIVO Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação (14 299) Recursos de outras instituições de crédito ( ) ( ) Recursos de Clientes e outros empréstimos ( ) Responsabilidades representadas por títulos (94 436) Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura (5 419) Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos Títulos de participação (1 259) Passivos subordinados ( ) Outros passivos ( ) (23 874) Total do passivo ( ) ( ) CAPITAIS PRÓPRIOS Capitais próprios atribuíveis aos accionistas do BPI Interesses minoritários Total dos capitais próprios Total do passivo e dos capitais próprios ( ) ( ) Investimentos efectuados em: Imóveis Equipamento e outros activos tangíveis Activos intangíveis Total Actividade internacional Operações entre segmentos Banco BPI consolidado Demonstrações financeiras consolidadas Notas 193

196 Em 31 de Dezembro de 2005, a segmentação dos resultados do Grupo BPI por linhas de negócio é a seguinte: Banca comercial Banca de investimento Actividade doméstica Participações de capital e outros Operações entre segmentos Margem financeira estrita (10 193) Margem bruta de unit links Rendimentos de instrumentos de capital Comissões líq. associadas ao custo amortizado (1) Margem financeira Resultado técnico de contratos de seguro Comissões recebidas (11 692) Comissões pagas (24 636) (3 959) (677) (17 580) (1 650) (19 230) Outros proveitos líquidos Comissões líquidas (662) Ganhos e perdas em operações ao justo valor Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões (5 479) (322) (3) (5 804) (5 804) Resultados em operações financeiras Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais (12 579) (636) (25) (13 240) (936) (14 176) Outros impostos (2 276) (376) (11) (2 663) (391) (3 054) Rendimentos e encargos operacionais (4 800) (574) 13 (5 361) (746) (6 107) Produto bancário Custos com pessoal ( ) (15 217) (874) ( ) (13 924) ( ) Gastos gerais administrativos ( ) (8 881) (469) ( ) (11 373) ( ) Depreciações e amortizações (32 444) (2 083) (206) (34 733) (4 713) (39 446) Custos de estrutura ( ) (26 181) (1 549) ( ) (30 010) ( ) Recuperação de créditos, juros e despesas Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias (53 017) (1 221) (54 238) (10 479) (64 717) Imparidade e outras provisões líquidas (3 584) (31 081) (33 321) (2 250) (35 571) Resultado antes de impostos (25 574) Impostos sobre lucros (51 092) (4 391) (48 450) (11 363) (59 813) Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Resultado consolidado global (8 947) Resultado atribuível a interesses minoritários (10 861) (10 861) (10 861) Resultado consolidado do Grupo BPI (8 947) Cash flow após impostos Custos de estrutura em % do produto bancário 63% 64% 22% 63% 24% 58% Total Actividade internacional Banco BPI consolidado 194 Banco BPI Relatório e Contas 2005

197 Em 31 de Dezembro de 2004, a segmentação do balanço do Grupo BPI e dos investimentos efectuados em activos tangíveis e intangíveis durante o exercício é a seguinte: Banca comercial Banca de investimento Actividade doméstica Participações de capital e outros Operações entre segmentos ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito ( ) (5 753) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados ( ) Activos financeiros disponíveis para venda ( ) Aplicações em instituições de crédito ( ) ( ) Crédito a Clientes ( ) Derivados de cobertura (12 825) Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e entidades de controlo conjunto Activos por impostos Acções próprias Outros activos ( ) Total do activo ( ) ( ) PASSIVO Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação (267) Recursos de outras instituições de crédito ( ) ( ) Recursos de Clientes e outros empréstimos ( ) Responsabilidades representadas por títulos ( ) Derivados de cobertura (28 065) Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos Títulos de participação (1 529) Passivos subordinados ( ) Outros passivos ( ) Total do passivo ( ) ( ) CAPITAIS PRÓPRIOS Capitais próprios atribuíveis aos accionistas do BPI Interesses minoritários Total dos capitais próprios Total do passivo e dos capitais próprios ( ) ( ) Investimentos efectuados em: Imóveis Equipamento e outros activos tangíveis Activos intangíveis Total Actividade internacional Operações entre segmentos Banco BPI consolidado Demonstrações financeiras consolidadas Notas 195

198 Em 31 de Dezembro de 2004, a segmentação dos resultados do Grupo BPI por linhas de negócio é a seguinte: Banca comercial Banca de investimento Actividade doméstica Participações de capital e outros Operações entre segmentos Margem financeira estrita (13 976) Margem bruta de unit links Rendimentos de instrumentos de capital Margem financeira (1 163) Resultado técnico de contratos de seguro Comissões recebidas (7 983) Comissões pagas (26 084) (3 801) (7) (21 909) (1 645) (23 554) Outros proveitos líquidos (18) Comissões líquidas Ganhos e perdas em operações ao justo valor (1) Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões (8 822) (363) (1) (9 186) (9 186) Resultados em operações financeiras Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais (14 122) (481) (27) (14 630) (902) (15 532) Outros impostos (2 048) (490) (5) (2 543) (1 020) (3 563) Rendimentos e encargos operacionais (1 096) (601) (200) (1 117) (1 317) Produto bancário Custos com pessoal ( ) (15 730) (610) ( ) (10 376) ( ) Gastos gerais administrativos ( ) (8 697) (107) ( ) (9 335) ( ) Depreciações e amortizações (35 386) (2 512) (19) (37 917) (3 941) (41 858) Custos de estrutura ( ) (26 939) (736) ( ) (23 652) ( ) Recuperação de créditos, juros e despesas Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias (70 221) 409 (69 812) (5 722) (75 534) Imparidade e outras provisões líquidas (987) (36 777) (2 342) Resultado antes de impostos (33 606) Impostos sobre lucros (29 496) (3 080) (30 846) (16 303) (47 149) Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Resultado consolidado global (16 751) Resultado atribuível a interesses minoritários (9 319) (8 905) (2) (8 907) Resultado consolidado do Grupo BPI (16 338) Cash flow após impostos Custos de estrutura em % do produto bancário 75% 66% 52% 75% 32% 71% Total Actividade internacional Banco BPI consolidado 196 Banco BPI Relatório e Contas 2005

199 5. NOTAS 5.1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 05 A rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC Disponibilidades em outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 04 Pro forma Caixa Depósitos à ordem no Banco de Portugal Depósitos à ordem em bancos centrais estrangeiros Juros a receber Dez Dez. 04 Pro forma Disponibilidades sobre instituições de crédito no País Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a receber 4 Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem Cheques a cobrar Juros a receber O saldo da rubrica CHEQUES A COBRAR SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS corresponde a cheques sacados por terceiros sobre outras instituições monetárias residentes, os quais, em geral, não permanecem nesta conta por mais de um dia útil Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Instrumentos de dívida Títulos cotados Obrigações de emissores públicos nacionais Taxa fixa Obrigações de outros emissores públicos nacionais 496 Obrigações de emissores públicos estrangeiros Obrigações de outros emissores nacionais Dívida não subordinada Dívida subordinada Obrigações de organismos financeiros internacionais Obrigações de outros emissores estrangeiros Dívida não subordinada Dívida subordinada Títulos não cotados Obrigações de emissores públicos estrangeiros Obrigações de outros emissores nacionais Dívida subordinada Obrigações de outros emissores estrangeiros Dívida não subordinada Instrumentos de capital Títulos cotados De emissores nacionais Acções De emissores estrangeiros Acções Outros títulos Títulos cotados Unidades de participação ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR POR CONTRAPARTIDA DE RESULTADOS Instrumentos de capital Títulos cotados De emissores estrangeiros Acções INSTRUMENTOS DERIVADOS COM JUSTO VALOR POSITIVO (NOTA 5.4) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 197

200 Esta rubrica inclui os seguintes activos afectos à cobertura de seguros de capitalização emitidos pela BPI Vida: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros títulos Instrumentos derivados com justo valor positivo Derivados A rubrica INSTRUMENTOS DERIVADOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (nota 5.3 e 5.14) tem a seguinte composição: Valor nocional 31 Dez. 05 Valor de balanço Activos Passivos 31 Dez. 04 (Pro forma) Valor de balanço Activos Passivos Cotados em bolsa Contratos de taxa de câmbio Futuros Opções Contratos de taxa de juro Futuros Opções Contratos sobre acções Futuros Opções Contratos sobre mercadorias Futuros Mercado de balcão Contratos de taxa de câmbio Forwards G Swaps Contratos de taxa de juro Swaps FRA Opções Contratos sobre acções Opções Banco BPI Relatório e Contas 2005

201 A rubrica INSTRUMENTOS DERIVADOS DETIDOS PARA COBERTURA tem a seguinte composição: Valor nocional 31 Dez. 05 Valor de balanço Activos Passivos 31 Dez. 04 (Pro forma) Valor de balanço Activos Passivos Mercado de balcão Contratos de taxa de câmbio Swaps Contratos de taxa de juro Swaps Opções Forward E Contratos sobre acções Swaps Opções Contratos sobre outro tipo de subjacente Swaps Outras 1 Opções ) Partes de operações que são autonomizadas para efeitos contabilísticos e comummente designadas derivados embutidos. O Grupo BPI realiza operações derivadas no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados (negociação), satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural (cobertura). O Grupo BPI transacciona derivados financeiros, nomeadamente, sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, sobre taxas de juro, sobre acções ou índices de acções, sobre a inflação ou sobre uma combinação destes subjacentes. Estas transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC Over-The-Counter) e em mercados organizados (especialmente bolsas de valores). A negociação de derivados em mercados organizados rege-se pelas normas e regulamentação própria desses mercados. A negociação de derivados no mercado de balcão (OTC) baseia-se, normalmente, num contrato bilateral standard, que engloba o conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes. No caso de relações interprofissionais, um Master Agreement da ISDA International Swaps and Derivatives Association. No caso de relações com Clientes, um contrato próprio do BPI. O contrato de derivados pode incluir igualmente um acordo de colateralização do risco de crédito que seja gerado pelas transacções por ele regidas. De notar que o contrato de derivados entre duas partes enquadra por norma todas as transacções em derivados OTC realizadas entre essas duas partes, sejam estas utilizadas para cobertura ou não. No âmbito das IAS / IFRS, são igualmente autonomizadas e contabilizadas como derivados partes de operações, comummente designadas por derivados embutidos, de forma a reconhecer em resultados o justo valor destas operações. Todos os derivados (embutidos ou autónomos) são reconhecidos contabilisticamente pelo seu valor de mercado. O valor nocional é o valor de referência para efeitos de cálculo dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela operação e é registado em contas extra patrimoniais. O valor de mercado (fair value) E, G corresponde ao valor que os derivados teriam se fossem transaccionados no mercado na data de referência. A evolução do valor de mercado dos derivados é reconhecida nas contas relevantes do balanço e tem impacto imediato em resultados. Neste tipo de contratos, prevê-se a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento (compensação essa, cuja abrangência está prevista no próprio contrato e é regulada na lei portuguesa e, para contratos com contrapartes estrangeiras ou feitos sob lei estrangeira, nas jurisdições relevantes). Diferentemente das operações tradicionais de mútuo em que o valor de mercado é directamente relacionado com o capital mutuado, nas operações derivadas diversas situações podem ocorrer. Pode ser determinável a partir de preços cotados no mercado (ex. futuros); pode ser calculado a partir do valor actual dos fluxos futuros Demonstrações financeiras consolidadas Notas 199

202 (cash flows), dado o conjunto de taxas de juro relevantes, vigentes no momento do cálculo (mark-to-market: ex. swaps) ou determinado por recurso a modelos que procuram determinar o preço a partir de modelos estatísticos, com base em princípios geralmente aceites no mercado (mark-to-model: ex. opções) Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica tem a seguinte composição: A rubrica CRÉDITO E OUTROS VALORES A RECEBER corresponde a suprimentos e prestações suplementares em activos financeiros disponíveis para venda. O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os exercícios de 2005 e 2004 é apresentado na nota Dez Dez. 04 Pro forma Instrumentos de dívida Títulos cotados Obrigações de emissores públicos nacionais taxa fixa Obrigações de emissores públicos estrangeiros Obrigações de outros emissores nacionais Dívida não subordinada Imparidade (6) Dívida subordinada Obrigações de outros emissores estrangeiros Dívida não subordinada Títulos não cotados Obrigações de emissores públicos estrangeiros Obrigações de outros emissores nacionais Dívida não subordinada Obrigações de outros emissores estrangeiros Dívida não subordinada Imparidade (619) (485) Instrumentos de capital Títulos cotados Acções de emissores nacionais Imparidade (16 635) (18 101) Acções de emissores estrangeiros Títulos não cotados De emissores nacionais Acções Imparidade (24 987) (19 497) Quotas 1 1 Acções de emissores estrangeiros Imparidade (15 248) (15 693) Outros títulos Títulos cotados Unidades de participação Imparidade (326) Títulos não cotados Unidades de participação Imparidade (4 229) (3 565) Créditos e outros valores a receber Imparidade (7 236) (7 470) Banco BPI Relatório e Contas 2005

203 Em 31 de Dezembro de 2005, esta rubrica apresenta o seguinte detalhe: Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valores unitários Nominal Cotação / preço Valor de aquisição Valor de balanço / justo valor 1 Mais- -valia 2 Menos- -valia 2 Imparidade TÍTULOS Instrumentos de dívida Emitidos por residentes De dívida pública portuguesa: Obrigações do Tesouro OT 3.95% Julho 1999 / OT 5% Junho 2002 / OT 5.375% Junho 1998 / De outros residentes Outros Dívida não subordinada Obrigações CMP / EDP 25.ª Em. / 1998 Tx. Vr GDL / JMR-SGPS / 2003 Tx. Vr Medinfar / 2003 Tx. Vr. ( ) Mota Engil Tx. Vr. ( ) Sagres STC S.A. / Douro Sr. 1 Cl. C ( ) Sagres STC S.A. / Douro Sr. 1 Cl. D ( ) Sagres STC S.A. / Douro Sr. 1 Cl. E ( ) Semapa / Dívida subordinada Obrigações Banco Nacional Ultramarino / 1998 OC Emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros: Obrigações Buoni Poliennali CZ ( ) Fed. Republic of Brasil 9.25% ( ) Fed. Republic of Brasil 11.25% ( ) Fed. Republic of Brasil 11.5% ( ) Obrigações do Tesouro (Angola) De outros não residentes Outros Dívida não subordinada Obrigações Dresdner Bank / PTE C. Zero Euro-Vip Morgan Guar. Trust. C.ª N.Y. / TV Morgan Guar. Trust. C.ª N.Y. / C. Zero Instrumentos de capital Emitidos por residentes Acções Alberto Gaspar, S.A Alar Emp. Ibérica de Material Aeronáutico, S.A Ambelis Agência p/ Modernização Económica de Lisboa, S.A ) Valor líquido de imparidade. 2) Valor registado em reservas de reavaliação após ter sido reconhecido em resultados o efeito das operações de cobertura (nota 5.29). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 201

204 Natureza e espécie dos títulos Instrumentos de capital (cont.) Emitidos por residentes (cont.) Acções (cont.) Quantidade Apis Soc. Ind. Parquetes Azarujense Valores unitários Nominal Cotação / preço Valor de aquisição Valor de balanço / justo valor 1 Apor Agência p/ Modernização do Porto Cl. B Mais- -valia 2 Banco Comercial Português Boavista Futebol Clube Buciqueira SGPS Cap. Red. Em Menos- -valia 2 Imparidade Caderno Verde Comunicação (C) Caravela Gest, SGPS, S.A Carmo & Braz Casa Hipólito, S.A Change SGPS, S.A Cimpor Cimentos de Portugal, S.A CIN Corporação Industrial Norte Cofina SGPS Coimbravita Agência Desenvolvimento Regional Companhia Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S.A Companhia Aurifícia, S.A Companhia Aurifícia, S.A. (Valor Nominal 7 EUR) Companhia de Diamantes de Angola Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe, S.A Companhia Portuguesa do Cobre Imobiliária, S.A Companhia Prestamista Portugueza Comundo Consórcio Mundial de Import.e Export., S.A Conduril Construtora Duriense, S.A Corticeira Amorim SGPS Digitmarket Sistemas de Informação, S.A Douro Azul Soc. Marítimo Turística, S.A EIA Ensino, Investigação e Administração, S.A Empresa Cinematográfica S. Pedro Águeda Empresa O Comércio do Porto, S.A Esence Soc. Nac. Corticeira Nom Estamparia Império Emp. Industriais e Imobiliários, S.A Eurodel Ind. Metalúrgicas e Participações Eurofil Ind. de Petróleos, Plástico e Filamentos, S.A Fábricas Vasco da Gama Ind. Transformadoras, S.A Fernando & Irmão, Lda Fit Fomento e Industria do Tomate, S.A Futebol Clube do Porto Gap Gestão Agro-Pecuária, SGPS, S.A Garval Sociedade de Garantia Mútua GEIE Gestão de Espaços de Incub. Empres., S.A Gestinsua Aq. Al. Patrimonio Gregório & Ca Ibersol SGPS, S.A Impresa SGPS Incal Indústria e Comércio de Alimentação, S.A Intersis, S.A J. Soares Correia Armazéns de Ferro, S.A Jotocar João Tomás Cardoso, S.A ) Valor líquido de imparidade. 2) Valor registado em reservas de reavaliação após ter sido reconhecido em resultados o efeito das operações de cobertura (nota 5.29). 202 Banco BPI Relatório e Contas 2005

205 Natureza e espécie dos títulos Instrumentos de capital (cont.) Emitidos por residentes (cont.) Acções (cont.) Quantidade Valores unitários Nominal Cotação / preço Valor de aquisição Valor de balanço / justo valor 1 Lisgarante Soc. de Garantia Mútua Mais- -valia 2 Menos- -valia 2 Imparidade Lisnave Est. Navais Margueira Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A Matur Sociedade de Empreend. Tur. da Madeira, S.A Matur Sociedade de Empreend. Tur. da Madeira, S.A Maxstor Metalurgia Casal, S.A Mimalha, S.A NET Novas Empresas e Tecnologias, S.A Norgarante Soc. de garantia Mútua Nutroton Industrias da Avicultura Oficina da Inovação Pema, S.A Plastrade Comércio Intern. Plásticos N PME Capital Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A Porto de Cavaleiros, SGPS Primus Prom. e Desenvolvimento Regional, S.A Salvador Caetano, Ind. Maq. e Veic. de Transp., S.A Salvor Soc. Investimentos Hoteleiros, S.A Sanjimo Sociedade Imobiliária SDEM Soc. de Desenv. Empr. Madeira, SGPS N Secca Construções Metálicas Ac. Ord. Em Secca Pref. S/ Voto Em Senal Soc. Nacional de Promoção de Empresas, S.A SIBS Sociedade Interbancária de Serviços, S.A Soc. Port. Inovação, Consul. Empres. Fom. Inovação, S.A Sociedade de Construções ERG Sociedade de Construções ERG (Em. 93) IR C Sociedade Industrial Aliança, S.A Sodimul Soc. de Comércio e Turismo Somotel Soc. Portuguesa de Moteis, S.A Sonae SGPS Sopeal Soc. Promoção Educacional Alcacerense, S.A Sorefame Socs. Reunidas Fabricações Metálicas, S.A SPGM Sociedade de Investimento N Spidouro Sociedade Promoção e Investimento Douro e Trás-os-Montes Sport Lisboa e Benfica (Pub. Geral) Star Turismo, S.A SVB, SGPS, S.A Tagusparque Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque, S.A TECMIC Telecine Moro, S.A Teleman, SGPS, S.A Terologos Tecnologias de Manutenção P Textil Lopes da Costa, S.A ) Valor líquido de imparidade. 2) Valor registado em reservas de reavaliação após ter sido reconhecido em resultados o efeito das operações de cobertura (nota 5.29). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 203

206 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valores unitários Nominal Cotação / preço Valor de aquisição Valor de balanço / justo valor 1 Mais- -valia 2 Menos- -valia 2 Imparidade Instrumentos de capital (cont.) Emitidos por residentes (cont.) Acções (cont.) Turopa Operadores Turisticos, S.A TVTEL G.P Unicer União Cervejeira, S.A Unicre Cartão Internacional de Crédito VAA Vista Alegre Atlantis SGPS (Fusão) VAA Vista Alegre Atlantis SGPS (St. Split.) ViaLitoral Conc. Rodoviária da Madeira Xelb Cork Co. e Ind. Cortiça Quotas Propaço Soc. Imob. de Paço D' Arcos Direitos s/ operações de capital Fabricas Triunfo Dir. reduçao Em Oliva Ind. Metalurgicas Direitos de redução Outros Unidades de participação Associação para Escola Gestão do Porto / Citeve Cent. Tec. Ind. Tex. Vest. Portugal Frie PME Capital Frie PME Capital Retex Frie Inter-Risco Fun. Cap. Risco P/ Invest. Qual. FCR F.FIQ F. Turismo Fun. Cap. Risco P/ Inv. Qual API CAPITAL FIEP Fun. Cap. Risco P/ Inv. Qual API CAPITAL II Fundo BPI América Fundo Caravela Fundo Inv. Imobiliário Margueira Cap Grupo BFE Imobiliário Instrumentos de capital Emitidos por não residentes Acções Altitude Software Amsco African Management Services Com Arco Bodegas Unidas Club Financiero Vigo Euronext European Investment Fund Growela Cabo Verde International Factors Group, S.C Nasdaq Europe S.A. / VN Parque Industrial da Matola MZM Swift Society for Worldwide Inf. Dev Tharwa Finance (dirhams) Unirisco Galicia Vera Cruz, S.A Cis Corporation ) Valor líquido de imparidade. 2) Valor registado em reservas de reavaliação após ter sido reconhecido em resultados o efeito das operações de cobertura (nota 5.29). 204 Banco BPI Relatório e Contas 2005

207 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valores unitários Nominal Cotação / preço Valor de aquisição Valor de balanço / justo valor 1 Mais- -valia 2 Menos- -valia 2 Imparidade Instrumentos de capital (cont.) Emitidos por não residentes (cont.) Acções (cont.) CLD Credit Logement Developpment Emis Empresa Interbancária de Serviços IMC Instituto de Mercado de Capitais Sofaris Outros Unidades de participação Fundo BPI Europa (Luxemburgo) Créditos e outros valores a receber Empréstimos e suprimentos GEIE Intersis Maxstor Propaço Imob. Paços d' Arcos SVB Vialitoral Caravela Gest Emis Empresa Interbancária de Serviços Digitmaket Petrocer Plastrade ) Valor líquido de imparidade. 2) Valor registado em reservas de reavaliação após ter sido reconhecido em resultados o efeito das operações de cobertura (nota 5.29). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 205

208 5.6. Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Aplicações em outras instituições de crédito no País Mercado monetário interbancário Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Outras aplicações 24 Juros a receber Aplicações em outras instituições de crédito no estrangeiro Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Outras aplicações Juros a receber Correcções de valor de activos objecto de cobertura 92 Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) (19 516) (14 280) (19 424) (14 280) Imparidade (14) (18) O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os exercícios de 2005 e 2004 é apresentado na nota Créditos a Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Crédito não titulado Interno Desconto Empréstimos Imobiliário Outros Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados factoring Locação financeira mobiliária Locação financeira imobiliária Outros créditos Ao exterior Desconto Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados factoring Outros créditos Juros a receber Crédito titulado Emitidos por residentes Títulos de dívida não subordinada Obrigações Papel comercial Emitidos por não residentes Títulos de dívida não subordinada Obrigações Papel comercial Títulos de dívida subordinada Juros a receber Activos titularizados não desreconhecidos Empréstimos Crédito imobiliário Crédito a PMEs Juros a receber Correcções de valor de activos objecto de cobertura Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) (24 678) (4 652) Crédito e juros vencidos Imparidade em crédito ( ) ( ) Durante o exercício de 2005 o Banco BPI realizou duas operações de titularização no valor global de milhões de euros. A primeira operação ascendeu a 500 milhões de euros e foi composta por cerca de créditos a pequenas e médias empresas. A segunda operação de titularização, no valor de milhões de 206 Banco BPI Relatório e Contas 2005

209 euros, foi efectuada sobre crédito à habitação. Estes créditos não foram desreconhecidos do balanço do Banco BPI e estão registados na rubrica ACTIVOS TITULARIZADOS NÃO DESRECONHECIDOS. Os fundos recebidos pelo Banco BPI no âmbito destas operações estão registados na rubrica PASSIVOS POR ACTIVOS NÃO DESRECONHECIDOS EM OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO (notas e 5.18). O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os exercícios de 2005 e 2004 é apresentado na nota Em 31 de Dezembro de 2005, a estrutura sectorial das carteiras de crédito sobre Clientes e garantias prestadas do Grupo BPI é a seguinte: Crédito sobre Clientes 1 Garantias prestadas 2 Valor % Valor % Residentes: Agricultura, produção animal e caça Silvicultura e exploração florestal Pesca Indústrias extractivas Indústrias transformadoras Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco Indústrias têxtil e vestuário Indústrias do couro e dos produtos do couro Indústrias da madeira e da cortiça Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão Indústrias de coque, produtos petrolíferos e combustível nuclear Indústrias químicas e de fibras sintéticas ou artificiais Indústrias da borracha e de matérias plásticas Indústrias de outros produtos minerais não metálicos Indústrias metalúrgicas de base e produtos metálicos Fabricação de máquinas e de equipamentos Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica Fabricação de material de transporte Outras indústrias transformadoras Produção e distribuição de electricidade, gás e água Construção Comércio por grosso e a retalho Alojamento e restauração Transportes, armazenagem e comunicações Bancos Outras instituições de crédito Outras instituições financeiras e seguradoras Sociedades gestoras de participações sociais Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação Saúde e acção social Actividades recreativas, culturais e desportivas Outras empresas de serviços Particulares Crédito imobiliário Outros Instituições financeiras supranacionais 856 Outros sectores Não residentes: Bancos centrais Instituições de crédito e financeiras Sector público administrativo Empresas não financeiras Particulares ) Exclui crédito, títulos e juros vencidos, juros a receber, correcções de valor de activos objecto de cobertura e comissões associadas ao custo amortizado. 2) Inclui garantias e avales, cartas de crédito standby, créditos documentários abertos e fianças e indemnizações. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 207

210 5.8. Outros activos tangíveis O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma Aquisições Alienações e abates Valor bruto Transferências e outros Diferenças de conversão cambial Saldo em 31 Dez. 05 Imóveis em uso Imóveis de serviço próprio (477) (61) Outros imóveis (529) (3 873) Obras em imóveis arrendados (3 930) 541 (27) (4 936) Equipamento Mobiliário e material (479) Máquinas e ferramentas (276) (246) (4) Equipamento informático (5 362) 945 (55) Instalações interiores (1 134) (7) Material de transporte (4 081) (57) Equipamento de segurança (528) (19) Outro equipamento (1) (11 861) (119) Equipamento em locação financeira (621) Activos tangíveis em curso (8 833) Outros activos tangíveis (262) (883) (8 801) (17 680) (3 962) Activos intangíveis O movimento ocorrido nos outros activos intangíveis durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma Aquisições Abates e alienações Valor bruto Transferências e outros Diferenças de conversão cambial Saldo em 31 Dez. 05 Sistema de tratamento automático de dados (3) Outros activos intangíveis (7 855) (7 858) Activos intangíveis em curso (242) (7 858) (3) Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS inclui m. euros relativos ao valor líquido de direitos de arrendamento de espaços para instalação de balcões Investimentos em associadas e entidades sob controlo conjunto Os investimentos em empresas associadas, reavaliadas pelo método da equivalência patrimonial, correspondem a: Participação efectiva (%) Valor de balanço 31 Dez Dez Dez Dez. 04 Pro forma Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A F. Turismo Capital de Risco, S.A Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda Promática Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A BPI Fiduciaire 64 1) Participação vendida durante o 1.º semestre de Banco BPI Relatório e Contas 2005

211 Amortizações Valor líquido Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma Amortizações do exercício Alienações Transferências e abates e outros Diferenças de conversão cambial Saldo em 31 Dez. 05 Saldo em 31 Dez. 05 Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma (100) 4 (8) (90) (6) (2 699) (1) (29) (2 889) (3) (35) (460) 187 (4) (275) (183) (4) (5 338) 7 (15) (671) (5) (3 749) (250) (528) (19) (1) (11 022) (241) (621) (177) (4 271) (798) (4 271) (14 709) (59) (224) Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma Amortizações do exercício Amortizações Abates e Transferências alienações e outros Diferenças de conversão cambial Saldo em 31 Dez. 05 Saldo em 31 Dez. 05 Valor líquido Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma (1) (7 848) (5) (7 849) (5) (7 849) (5) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 209

212 Durante o exercício de 2005, o Grupo BPI alienou pelo montante de m. euros a sua participação directa e indirecta no capital social da SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A. Esta operação não originou o reconhecimento de mais ou menos-valias nos resultados consolidados do Grupo BPI do primeiro semestre de 2005, uma vez que o valor da transacção foi estabelecido em 2004 e a imparidade neste investimento foi reconhecida em função do valor de venda então acordado Activos por impostos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Activos por impostos correntes IRC a recuperar Outros Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais A análise da rubrica ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS é apresentada na nota Outros activos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Devedores, outras aplicações e outros activos Devedores por operações sobre futuros Contas caução Outras aplicações IVA a recuperar Devedores por bonificações a receber Outros devedores Devedores e outras aplicações vencidos Imparidade (1 582) (1 240) Outros activos Ouro Outras disponibilidades e outros activos Activos tangíveis disponíveis para venda Imparidade (18 423) (12 920) Rendimentos a receber Outros juros e rendimentos similares Outros rendimentos a receber Por compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros Por serviços bancários prestados Outros rendimentos a receber Despesas com encargo diferido Rendas Outras despesas associadas a operações de crédito Outras despesas com encargo diferido Responsabilidades com pensões e outros beneficios (nota 5.25) Desvios actuariais Colaboradores Administradores Alterações das condições do plano de pensões por amortizar Colaboradores Administradores Outras contas de regularização Operacões cambiais a liquidar Operações sobre valores mobiliários a regularizar operações de bolsa Operações activas a regularizar Banco BPI Relatório e Contas 2005

213 O movimento ocorrido nos activos tangíveis detidos para venda durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Saldo em 31 Dez. 04 (Pro forma) Valor bruto Imparidade Valor líquido Aquisições Valor bruto Vendas Imparidade Perdas de imparidade Saldo em 31 Dez. 05 Valor bruto Imparidade Valor líquido Activos recebidos em dação em pagamento Imóveis (7 640) (6 468) 570 (5 921) (12 991) Equipamento (3 232) (1 686) 144 (194) (3 282) Outros 60 (60) 0 60 (60) 0 Outros activos tangíveis 0 0 Imóveis (1 988) (127) (2 090) Outros (12 920) (8 154) 587 (6 090) (18 423) Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica OUTROS RENDIMENTOS A RECEBER inclui m. euros relativos à mensualização de comissões por participação nos resultados de seguros da Allianz. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o saldo da rubrica OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR inclui m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a impostos a regularizar, sendo nas referidas datas m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a impostos em contencioso pagos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 248-A / 02, de 14 Novembro. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2005, esta rubrica inclui o montante de m. euros relacionados com as operações de titularização realizadas pelo Grupo BPI em Abril de 2005 (notas 5.7 e 5.18), tendo origem na diferença temporal entre a liquidação dos créditos (activos titularizados não desreconhecidos) e a liquidação do passivo por activos não desreconhecidos. O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os exercícios de 2005 e 2004 é apresentado na nota Recursos de bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Passivos financeiros detidos para negociação Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 04 Pro forma Recursos do Banco de Portugal Depósitos Juros a pagar Dez Dez. 04 Pro forma Vendas a descoberto Intrumentos de dívida De emissores públicos estrangeiros Instrumentos derivados com justo valor negativo (nota 5.4) Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Recursos de Clientes e outros empréstimos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 04 Pro forma Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário Recursos a muito curto prazo 3 Depósitos Outros recursos Juros a pagar Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Depósitos de organismos financeiros internacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Juros a pagar Custos a diferir (722) Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura (1 455) Dez Dez. 04 Pro forma Depósitos à ordem Depósitos a prazo Depósitos de poupança Depósitos obrigatórios Cheques e ordens a pagar Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos de Clientes Seguros de capitalização Juros a pagar Custos a diferir (1 516) Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura (2 121) Comissões associadas ao custo amortizado (líq.) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 211

214 5.17. Responsabilidades representadas por títulos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Emissões Recompras Saldo Taxa de juro média Emissões Recompras Saldo Certificados de Depósito EUR % Obrigações de caixa de taxa fixa EMTN (357) EUR % USD (357) % GBP % Obrigações de caixa (20 356) (26 546) EUR (20 356) % (24 420) USD (2 126) (20 713) (26 546) Obrigações de caixa de taxa variável EMTN (95 117) ( ) EUR (95 117) % ( ) JPY % CZK % CAD % HKD % Obrigações de caixa (4 936) (2 353) EUR (4 936) % (2 353) ( ) ( ) Obrigações de caixa de rendimento variável EMTN ( ) (20 983) EUR (80 933) (13 660) USD (22 301) (7 323) CAD Obrigações de caixa ( ) ( ) EUR ( ) ( ) USD (3 336) (64 573) ( ) ( ) ( ) ( ) Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura (38 381) Despesas com encargo diferido (63 862) (13 210) Encargos a pagar Receitas com rendimento diferido (45 481) O Grupo BPI emite obrigações como parte do seu plano de financiamento de médio e longo prazo ao abrigo de um programa de euro medium term notes (EMTN) e, também, através de obrigações de caixa. Durante o ano de 2005, o montante máximo possível para emissões ao abrigo do programa EMTN foi elevado de euros para euros. As obrigações de caixa só podem ser emitidas por instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal. São um instrumento correntemente utilizado pelo Grupo BPI para proporcionar soluções de investimentos aos seus Clientes, funcionando como alternativa aos depósitos a prazo. As obrigações emitidas, sejam de caixa ou ao abrigo do Programa EMTN, podem ser denominadas em diferentes moedas. 212 Banco BPI Relatório e Contas 2005

215 O Grupo BPI emite regularmente obrigações com diferentes condições de remuneração: Taxa fixa obrigações emitidas relativamente às quais o Grupo BPI se compromete a pagar um rendimento previamente conhecido, calculado com base numa taxa de juro fixada na emissão e que vigorará até à respectiva maturidade; Taxa variável obrigações emitidas relativamente às quais o Grupo BPI se compromete a pagar um rendimento calculado com base num determinado indexante de taxa de juro divulgado por fontes externas (de mercado); subjacentes (índices ou indexantes) anunciados na data da emissão. Estas obrigações têm embutidos derivados que são registados em contas próprias, conforme determinado pelo IAS 39. Adicionalmente, o Grupo BPI dispõe de opções para cobertura dos riscos de variação dos custos suportados com estas obrigações. As taxas de juro médias, referidas no quadro acima, foram calculadas através da ponderação da taxa de juro de cada emissão pelo respectivo valor nominal. No caso das Obrigações de Rendimento Variável não é possível calcular essa taxa por o rendimento das obrigações só ser conhecido no seu vencimento. Rendimento variável obrigações emitidas cujo rendimento não é conhecido, ou certo, na data de emissão, podendo estar sujeito à variação e comportamento determinados activos O movimento ocorrido na dívida emitida pelo Grupo BPI durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Certificados de depósito Obrigações de caixa de taxa fixa Obrigações de caixa de taxa variável Obrigações de caixa de rendimento variável Saldo em 31 de Dezembro de Emissões efectuadas no exercício Emissões reembolsadas (56) ( ) ( ) ( ) ( ) Recompras (líquidas de revendas) Variação cambial Saldo em 31 de Dezembro de Total Em 31 de Dezembro de 2005, a dívida emitida pelo Grupo BPI apresenta a seguinte composição por maturidade contratual: Maturidade > 2015 Total Certificados de depósito EUR Obrigações de caixa de taxa fixa EUR USD GBP Obrigações de caixa de taxa variável EUR JPY CZK CAD HKD Obrigações de caixa de rendimento variável EUR USD Total Demonstrações financeiras consolidadas Notas 213

216 5.18. Passivos financeiros associados a activos transferidos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 05 Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização (nota 5.7) Crédito não titulado Crédito a PME Crédito à habitação Despesas com encargo diferido (2 169) Encargos a pagar O Banco BPI, S.A., lançou em 6 de Abril de 2005 a sua primeira operação de titularização sob a designação DOURO SME Series 1. A operação foi emitida em quatro tranches cujas principais características se resumem no quadro seguinte: Descritivo Montante Data de emissão Vida média estimada Rating (Moody s, S&P, Fitch) Garantia Class A Notes /06/ anos AAA Sem garantia 0.10% Class B Notes /06/ anos AAA Fundo Europeu de Investimento 0.08% Class C Notes /06/05 Fundo de Garantia de Titularização de Créditos N.A. Class D Notes /06/05 Sem garantia N.A. Total de emissões Fundo de reserva (2 500) Fundos cativos (309) Total Spread O Banco BPI, S.A., lançou em 24 de Novembro de 2005 a sua primeira operação de titularização de crédito à habitação, sob a designação DOURO Mortgages N.º 1. A operação foi emitida em cinco tranches cujas principais características se resumem no quadro seguinte: Descritivo Montante Data de emissão 1) Até à data da opção call (Setembro de 2014); após esta data o spread duplica se a opção não for exercida. Vida média estimada Rating (Moody s,s&p, Fitch) Class A Notes /11/ anos Aaa / AAA / AAA 0.14% Class B Notes /11/ anos Aa2 / AA / AA 0.17% Class C Notes /11/ anos A1 / A- / A+ 0.27% Class D Notes /11/ anos Baa1 / BBB / A- 0.47% Class E Notes /11/ anos N.A. Total de emissões Colateral em excesso 6 Fundo de reserva (9 000) Fundos cativos (1) Total Spread Banco BPI Relatório e Contas 2005

217 5.19. Provisões e imparidades O movimento ocorrido nas imparidades e provisões do Grupo durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma IAS 32 e 39 Aumentos Reposições / Reversões Utilizações Diferenças cambiais e outros Saldo em 31 Dez. 05 Imparidades em aplicações em instituições de crédito (nota 5.6) 18 (4) 14 Imparidades em crédito a Clientes (nota 5.7) (7 686) (31 655) (48 333) Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda (nota 5.5) Instrumentos de dívida 491 (6) Instrumentos de capital (69 433) Outros títulos Créditos e outros valores a receber (79) 76 (79) (258) Imparidade em associadas e entidades de controlo conjunto (48 653) Imparidades em outros activos Activos tangíveis detidos para venda (nota 5.12) (25) (587) Devedores, outras aplicações e outros activos (nota 5.12) (239) (93) Imparidades e provisões para garantias e compromissos assumidos (6 960) Outras provisões (234) (6 227) (2 069) (940) Total (45 189) ( ) As utilizações de imparidades para crédito a Clientes correspondem a write-offs efectuados durante o exercício de Os aumentos de imparidade em activos financeiros disponíveis para venda incluem m. euros e m. euros de imparidades das acções da Portugal Telecom e da Impresa, respectivamente. As utilizações de imparidade em activos financeiros disponíveis para venda incluem m. euros relativos a utilizações registadas na venda de acções da Portugal Telecom. Em 31 de Dezembro de 2004, a imparidade em empresas associadas era relativa à participação na SIC. A utilização de imparidade nesta rubrica resultou da venda daquela participação durante o exercício de 2005 (nota 5.10). Em 31 de Dezembro e 2005, a rubrica OUTRAS PROVISÕES inclui provisões para contingências fiscais e para fazer face a processos judiciais em curso. O movimento ocorrido nas imparidades e provisões do Grupo durante o exercício de 2004 foi o seguinte: Saldo em 31 Dez. 03 PCSB Impacto IAS / IFRS Aumentos Reposições / Reversões Utilizações Transferências Diferenças cambiais e outros Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma Imparidades em aplicações em Instituições de Crédito (nota 5.6) (55 396) (29 321) Imparidades em crédito a Clientes (nota 5.7) (4 838) (23 620) (63 983) 222 (1 054) Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda (nota 5.5) Instrumentos de dívida (2 365) (272) (11) 491 Instrumentos de capital e outros (35 908) (9 093) (68) Imparidade em associadas e entidades de controlo conjunto (60 140) Imparidades em outros activos Activos tangíveis detidos para venda (nota 5.12) (218) Devedores, outras aplicações e outros activos (nota 5.12) (86) (168) Imparidades e provisões para garantias e compromissos assumidos (778) (148) Provisões para pensões de reforma e sobrevivência (17 159) Outras provisões (4 200) (18 882) (2 679) (211) (144) Total (24 558) ( ) ( ) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 215

218 Os impactos IAS / IFRS em 1 de Janeiro de 2004 resultaram de: anulação de provisões no valor m. euros para créditos concedidos à Simofer, que passou a ser consolidada pelo método de integração global; reconhecimento de imparidade em imóveis e equipamentos inactivos no valor de m. euros (nota 3); transferência para a rubrica OUTROS PASSIVOS DE PROVISÕES PARA PENSÕES DE REFORMA E OUTROS ENCARGOS COM PESSOAL no valor de m. euros; m. euros relativos a provisões constituídas para fazer face a impostos a pagar Passivos por impostos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 05 A análise da rubrica PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS é apresentada na nota Dez. 04 Pro forma Passivos por impostos correntes IRC a pagar Outros Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Provisões técnicas Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Renda Vitalício Imediata / Individual 7 7 Renda Vitalício Imediata / Grupo Aforro Familiar Novo Aforro Familiar BPI Reforma Garantida Reforma Aforro Aforro não Residente As provisões matemáticas foram determinadas segundo métodos actuariais prospectivos, tendo o cálculo sido efectuado contrato a contrato, de acordo com as bases técnicas dos produtos: Rendas imediatas Individual Taxa de juro 6% Tábua de mortalidade PF 60 / 64 Grupo Taxa de juro 6% Tábua de mortalidade PF 60 / 64 Capital diferido com contrasseguro com participação nos resultados Grupo Taxa de juro 4% e 0% Tábua de mortalidade PF 60 / 64, TV e GRF 80 As provisões matemáticas incluem também uma provisão para compromissos de taxa, a qual é registada quando a taxa de rentabilidade efectiva dos activos que se encontram a representar as provisões matemáticas de um determinado produto é inferior à taxa técnica de juro utilizada no cálculo das provisões matemáticas. 216 Banco BPI Relatório e Contas 2005

219 5.22. Títulos de participação Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Emissões Recompras Saldo Emissões Recompras Saldo Títulos de participação Títulos de participação BFN 1.ª emissão Títulos de participação BFN 2.ª emissão Encargos a pagar Durante os exercícios de 2004 e 2005 não ocorreram reembolsos de títulos de participação. As emissóes de títulos a que se referem os saldos em 31 de Dezembro de 2005 têm as características seguintes: Valor nominal Valor readquirido Valor liquído Remuneração Taxa de juro em vigor a 31 Dez. 05 (%) Títulos de participação BFE 87 1.ª emissão Indexada à Euribor a 1 ano e aos resultados Fixa:0.25 do Banco BPI Variável: Títulos de participação BFE 87 2.ª emissão Indexada à Euribor a 1 ano e aos resultados Fixa: 0.25 do Banco BPI Variável: Estes títulos não têm data de reembolso definida. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 217

220 5.23. Passivos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Emissões Recompras Saldo Emissões Recompras Saldo Passivos subordinados BFB Obrigações de Caixa Subordinadas 1997 / BPI Obrigações Perpétuas Subordinadas BBPI Obrigações Subordinadas Rendimento Mais BBPI Cayman Obrigações Subordinadas 2001 / BBPI Cayman Obrigações Perpétuas Subordinadas 25/08/ BBPI Cayman Obrigações Subordinadas 2003 / BBPI Cayman Obrigações Perpétuas Subordinadas 23/12/ BBPI Cayman Obrigações Perpétuas Subordinadas Série A BBPI Cayman Obrigações Perpétuas Subordinadas Série B BBPI Obrigações de Caixa Subordinadas BBPI Obrigações de Caixa Perpétuas Subordinadas 1996 em ienes Despesas com encargo diferido (4 301) (1) Encargos a pagar Receitas com rendimento diferido Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura Durante os exercícios de 2004 e 2005 não ocorreram reembolsos de passivos subordinados. As emissões de títulos a que se referem os saldos em 31 de Dezembro de 2005 têm as características seguintes: Valor nominal Valor readquirido Valor liquído Remuneração Taxa de juro em vigor a 31 Dez. 05 (%) Data de reembolso Obrigações de Caixa Subordinadas Indexada à Euribor a 3 meses 2.56 Novembro de 2007 BFB 1997 / 2007 Obrigações de Caixa Subordinadas Indexada à Euribor a 6 meses 3.03 Julho de 2006 BPI Rendimento Mais 2001 Obrigações de Caixa Subordinadas % no 1.º ano, 5.1% no 2.º ano, 5.4 Julho de 2011 BPI 2001 / % no 3.º ano, 5.3% no 4.º ano, 5.4% no 5.º ano, 5.5% no 6.º ano, 5.85 no 7.º ano, 6.2% no 8.º ano, 6.55% no 9.º ano e 7% no 10.º ano Obrigações de Caixa Subordinadas Indexada à Euribor a 3 meses 2.74 Outubro de 2013 BPI 2003 / 2013 Obrigações de Caixa Indexada à Euribor a 6 meses 2.74 Junho de 2006 Subordinadas BPI 96 Obrigações Perpétuas % até Novembro de 2011 e, 4.0 Subordinadas BPI 96 (7 500 milhões JPY) posteriormente, indexada à taxa em ienes de rendimento dos títulos do Governo Japonês a 5 anos 218 Banco BPI Relatório e Contas 2005

221 5.24. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Credores e outros recursos Credores por operações sobre futuros Recusos consignados Recursos conta cativa Recursos conta subscrição Recursos conta caução Outros recursos Sector público administrativo IVA a pagar Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Outros Cobranças por conta de terceiros Dividendos a pagar Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Credores por contratos de factoring Credores por operações sobre valores mobilários Credores por fornecimentos de bens Outros credores Despesas com encargo diferido (55) (209) Responsabilidades com pensões e outros benefícios (nota 5.25) Responsabilidades totais Pensionistas e Colaboradores Administradores Valor patrimonial do fundo de pensões ( ) ( ) Encargos a pagar Serviços bancários prestados por terceiros 82 Credores e outros recursos Gastos com pessoal Gastos gerais administrativos Outros Receitas com rendimento diferido De garantias prestadas e outros passivos eventuais Compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros 42 Associadas a operações de crédito Outras Outras contas de regularização Operações cambiais a liquidar Operações sobre valores mobiliários a regularizar operações de bolsa Operações sobre valores mobiliários a regularizar operações fora de bolsa Operações passivas a regularizar Outras operações a regularizar Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica OPERAÇÕES PASSIVAS A REGULARIZAR inclui operações relativas a transferências electrónicas interbancárias e de ATM / POS a regularizar com a SIBS, nos montantes m. euros e m. euros, respectivamente ( m. euros e m. euros, respectivamente, em 31 de Dezembro de 2004). A rubrica OPERAÇÕES SOBRE VALORES MOBILIÁRIOS A REGULARIZAR OPERAÇÕES FORA DE BOLSA inclui m. euros relativos a transacções de títulos efectuadas pela BPI Vida para a carteira de negociação que representa os produtos financeiros e os seguros geridos por esta empresa Responsabilidades com pensões e outros benefícios As responsabilidades por serviços passados de Pensionistas e de Colaboradores que estão, ou estiveram, ao serviço de empresas 1 do Grupo BPI e cuja cobertura se encontra assegurada por fundos de pensões são calculadas em conformidade com o estabelecido no IAS 19. A BPI Pensões é a entidade a quem compete a responsabilidade de elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência bem como a de gerir os fundos de pensões respectivos. Os métodos de valorização actuarial utilizados são o Projected Unit Credit, para o cálculo do custo normal e das responsabilidades com serviços passados por velhice, e os Prémios Únicos Sucessivos, para o cálculo dos custos relativos aos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades por pensões são: Pressupostos Realizado Pressupostos demográficos: Tábua de mortalidade TV 73 / 77-H TV 73 / 77-H - - TV 88 / 90-M TV 88 / 90-M Tábua de invalidez EKV 80 EKV Taxa de rotação do pessoal 0% 0% - - Decrementos Por Por - - mortalidade mortalidade Pressupostos financeiros: Taxa de desconto 4.50% 5.25% - - Taxa de rendimento dos activos dos fundos de pensões 5.25% 6.00% 11.05% 7.49% Taxa de crescimento dos salários pensionáveis % 2.75% 5.40% 4.89% Taxa de crescimento das pensões % 1.75% 2.50% 2.70% 1) Calculada com base na variação dos salários pensionáveis dos trabalhadores que se encontram simultaneamente no activo no início e no final de ano (inclui alterações de nível remuneratório). 2) Corresponde à taxa de actualização da tabela do ACTV. 1) Empresas consolidadas pelo método de integração global (Banco BPI, BPI Investimentos, BPI Gestão de Activos, InterRisco e BPI Vida). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 219

222 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os Pensionistas e Colaboradores beneficiários de planos de pensões financiados pelos fundos de pensões são em número de: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Pensionistas por reforma Pensionistas por sobrevivência Colaboradores em actividade Ex-trabalhadores (cláusula 137 A e 140 do ACTV) Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades por serviços passados de pensionistas e Colaboradores do Grupo BPI e a respectiva cobertura no fundo de pensões é: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Responsabilidades totais por serviços passados Responsabilidades por pensões em pagamento Das quais: [acréscimo de responsabilidades resultante de reformas antecipadas efectuadas no exercício] [604] [67 727] Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo e de ex-colaboradores Situação patrimonial do fundo de pensões Excesso / (insuficiência) de cobertura ( ) Grau de cobertura das responsabilidades 100% 81% O movimento ocorrido durante os exercícios de 2005 e 2004 no fundo de pensões foi o seguinte: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Situação patrimonial do fundo de pensões no início do exercício Contribuições efectuadas: Pelo Grupo BPI Pelos Colaboradores Rendimento dos fundos de pensões (líquido) Pensões pagas pelos fundos de pensões ( ) (96 626) Situação patrimonial do fundo de pensões no final do exercício Nos exercícios de 2005 e 2004, as contribuições para os fundos de pensões foram realizadas em dinheiro. O movimento ocorrido durante os exercícios de 2005 e 2004 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Responsabilidades no início do exercício Custo do serviço corrente: Do Grupo BPI Dos Colaboradores (contribuições) Custo dos juros (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades Reformas antecipadas efectuadas no período Alteração das condições do plano de pensões Pensões pagas pelo fundo de pensões ( ) (96 626) Outros 52 (6 531) Responsabilidades no fim do exercício Banco BPI Relatório e Contas 2005

223 O justo valor dos activos dos fundos de pensões utilizados por entidades do Grupo BPI ou representativos de títulos emitidos por essas entidades decompõem-se da seguinte forma: 31 Dez. 04 Aquisições Variações no justo valor Alienações 31 Dez. 05 Justo valor dos activos do plano: Instrumentos financeiros emitidos pelo Grupo BPI Acções Obrigações (2 290) Activos utilizados pelo Grupo BPI Imóveis de serviço próprio Propriedades de investimento Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com pensões ainda não reconhecidas como custo são: 31 Dez. 05 O movimento ocorrido nos desvios actuariais durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte: 31 Dez. 04 Pro forma Desvios actuariais Dentro do corredor ( ) (62 504) Fora do corredor (64 135) (5) ( ) (62 509) Alteração das condições do plano de pensões (1 101) (1 337) ( ) (63 846) Ganhos e (perdas) actuariais durante o exercício de 2004: Actualização acima do previsto em 0.95% da tabela ACTV (13 682) Alteração de pressupostos actuariais e financeiros (61 332) Desvios de rendimento dos fundos de pensões Desvios de pensões pagas (143) Outros desvios (11 427) Valor em 31 de Dezembro de (62 509) Actualização acima do previsto da tabela ACTV (14 707) Alteração de pressupostos actuariais e financeiros ( ) Desvios de rendimento dos fundos de pensões Desvios de pensões pagas (53) Outros desvios (16 387) Valor em 31 de Dezembro de 2005 ( ) 1) Perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros e os valores efectivamente realizados e de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as demonstrações financeiras consolidadas registam nas rubricas JUROS, GANHOS E PERDAS FINANCEIRAS COM PENSÕES e em CUSTOS COM O PESSOAL (nota 5.41) os seguintes valores relacionados com a cobertura de responsabilidades por pensões: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões Custo de juros Rendimento esperado do Fundo (95 767) (87 929) Custos com pessoal Custo do serviço corrente Acrescimo de responsabilidades por reformas antecipadas Compensação por reformas antecipadas Alteração das condições do plano de pensões Os Administradores que integram a Comissão Executiva do Banco BPI, S.A. bem como os demais Administradores do BPI Investimentos beneficiam de um plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades por serviços passados deste plano apresentam a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Valor actual das responsabilidades por serviços passados Responsabilidades por pensões em pagamento Responsabilidades por serviços passados de Administradores no activo e de ex-administradores Demonstrações financeiras consolidadas Notas 221

224 O movimento ocorrido durante os exercícios de 2005 e 2004 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados deste plano foi o seguinte: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Responsabilidades no início do exercício Custo do serviço corrente: Do Grupo BPI Custo dos juros (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades Alteração das condições do plano de pensões Pensões pagas (431) (405) Responsabilidades no fim do exercício Em 31 de Dezembro de 2005, as responsabilidades com pensões dos Administradores ainda não reconhecidas como custo são: 31 Dez. 05 Desvios actuariais Administradores Dentro do corredor (2 385) Fora do corredor (1 409) (3 794) Alteração das condições do plano de pensões dos Administradores (136) (3 930) O movimento ocorrido nos desvios actuariais durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Ganhos e (perdas) actuariais até 31 de Dezembro de 2005: Alteração de pressupostos actuariais e financeiros (3 299) Desvios de pensões pagas (72) Outros desvios (423) Valor em 31 de Dezembro de 2005 (3 794) Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as demonstrações financeiras consolidadas registam nas rubricas JUROS, GANHOS E PERDAS FINANCEIROS COM PENSÕES e em CUSTOS COM O PESSOAL (nota 5.41) os seguintes valores relacionados com a cobertura de responsabilidades por pensões de Administradores: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões Custo de juros Custos com pessoal Custo do serviço corrente Alteração das condições do plano de pensões 950 Outros custos Capital Em 31 de Dezembro de 2005, o capital social do Banco BPI está representado por acções de valor nominal de 1 euro e encontra-se integralmente realizado. Em 2005, a Assembleia Geral de 20 de Abril atribuiu ao Conselho de Administração do Banco BPI poderes para, no prazo de dezoito meses: a) adquirir acções do Banco BPI representativas de até 10% do seu capital social, desde que se trate: i) de aquisição realizada em mercado registado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários por um preço que não ultrapasse 110% da média ponderada das médias diárias ponderadas da cotação das acções do Banco BPI nas 10 sessões do mercado de cotações oficiais gerido pela Euronext Lisboa Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. anteriores à data da aquisição eomínimo de 1; ou ii) de aquisição decorrente de operações de reporte ou empréstimo de acções do Banco BPI, desde que tais operações sejam registadas na Euronext Lisboa Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.; ou, ainda iii) de aquisição decorrente de acordo de dação em pagamento destinada a extinguir obrigações emergentes de contratos de financiamento celebrados pelo Banco BPI e desde que às acções seja, para o efeito e por referência à data de celebração daquele acordo, atribuído um valor que não ultrapasse o valor determinado por aplicação do critério definido em (i); b) alienar acções do Banco BPI desde que se trate: i) de alienação aos Colaboradores do Banco BPI e de Sociedades por ele dominadas, bem como aos respectivos Administradores, a título de remuneração variável, acções e opções de compra de acções do Banco BPI, nos termos e condições constantes do regulamento em vigor para o programa de remuneração variável em acções (RVA); ou ii) de alienação a terceiros em que se cumpram os seguintes dois requisitos: alienação em mercado registado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; 222 Banco BPI Relatório e Contas 2005

225 alienação por um preço que não seja inferior a 90% da média ponderada das médias diárias ponderadas da cotação das acções do Banco BPI nas 20 sessões do mercado de cotações oficiais gerido pela Euronext Lisboa Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A., anteriores à data da alienação; ou, ainda A rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL inclui o valor dos custos do RVA já periodificados relativos a acções a disponibilizar e opções ainda não exercidas. O detalhe da informação relacionada com o programa de remuneração variável (RVA) é apresentado na nota iii) de alienação a terceiros decorrente de operações de reporte ou empréstimo de acções do Banco BPI, desde que tais operações sejam registadas na Euronext Lisboa Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A Prémios de emissão Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o saldo dos prémios de emissão ascende a m. euros. Nos termos da Portaria n.º 408 / 99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República I Série B, n.º 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias Outros instrumentos de capital e acções próprias Estas rubricas têm a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Outros instrumentos de capital Custos com acções a disponibilizar a Colaboradores do Grupo RVA RVA RVA RVA RVA Custos com opções não exercidas (prémios) RVA RVA RVA RVA RVA Acções próprias Acções a disponibilizar a Colaboradores do Grupo RVA RVA RVA RVA Acções para cobertura de opções do RVA RVA RVA RVA RVA Outras acções próprias Nas demonstrações financeiras pro forma de 31 de Dezembro de 2004, as acções próprias detidas pelo Grupo BPI são apresentadas numa rubrica própria do activo Reservas de reavaliação Esta rubrica tem a seguinte composição: Outras reservas e resultados transitados Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Reservas de reavaliação Reservas resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda (nota 5.5): Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros (449) Reservas associadas a diferenças cambiais em investimentos em entidades estrangeiras (83) (2) Reservas de reavaliação legais Reservas por impostos diferidos Resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda: Impostos activos 334 Impostos passivos (22 461) (3 312) Resultantes de diferenças cambiais em investimentos em entidades estrangeiras Impostos activos 11 (22 116) (3 312) Dez Dez. 04 Pro forma Reserva legal Reserva de fusão (2 463) (2 463) Outras reservas Reservas de consolidação e resultados transitados ( ) ( ) Mais-valias realizadas em acções próprias (97 088) ( ) De acordo com o disposto no art. 97 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298 / 91, de 31 de Dezembro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 201 / 2002, de 25 de Setembro, o Banco BPI deve destinar uma fracção não inferior a 10% dos lucros Demonstrações financeiras consolidadas Notas 223

226 líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004, os prémios de emissão e as reservas legais das Sociedades filiais e associadas que integram o Banco BPI, indisponíveis em conformidade com a legislação aplicável, ascendem a m. euros e m. euros, respectivamente, as quais, ponderadas pela percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI, ascendem a m. euros e a m. euros, respectivamente. Estas reservas são incluídas na rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO. Em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004, as reservas de consolidação incluem m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a reservas de reavaliação das empresas registadas pelo método da equivalência patrimonial, ponderadas pela percentagem de participação (efectiva) do Banco BPI Interesses minoritários Esta rubrica tem a seguinte composição: Balanço Demonstração de resultados 31 Dez Dez. 04 Pro forma 31 Dez Dez. 04 Pro forma Accionistas mimoritários de Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. 19 (414) BPI Capital Finance, Ltd BPI Dealer Sociedade financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L Em 31 de Dezembro de 2005, os interesses minoritários da BPI Capital Finance incluem m. euros correspondentes a acções preferenciais Série C, acções preferenciais Série D e acções preferenciais Série E, com o valor nominal de euros cada, e emitidas pela BPI Capital Finance, Ltd., em Agosto de 2003, Junho de 2005 e Junho de 2005, respectivamente, das quais m. euros são detidas por entidades do Grupo BPI. O pagamento de dividendos e o reembolso das acções preferenciais são garantidos pelo Banco BPI. As acções preferenciais da Série C dão direito ao pagamento de um dividendo preferencial não cumulativo, se e quando declarado pelos Directores da BPI Capital Finance, Ltd., o qual é determinado pela aplicação de uma taxa anual correspondente à Euribor 3 meses acrescida de uma margem de 1.55 pontos percentuais até 12 de Agosto de 2013, e correspondente à Euribor 3 meses acrescida de 2.55 pontos percentuais a partir de 12 de Agosto de 2013, sobre o valor nominal. Os dividendos são pagos trimestralmente em 12 de Fevereiro, 12 de Maio, 12 de Agosto e 12 de Novembro de cada ano. As acções preferenciais das Séries D e E dão direito ao pagamento de um dividendo preferencial não cumulativo, se e quando declarado pelos Directores da BPI Capital Finance, Ltd., o qual é determinado pela aplicação de uma taxa anual correspondente à Euribor 3 meses sobre o valor nominal. Os dividendos são pagos trimestralmente em 30 de Março, 30 de Junho, 30 de Setembro e 30 de Dezembro de cada ano. A BPI Capital Finance não pagará qualquer dividendo relativo às acções preferenciais na medida em que, durante o ano fiscal ou o trimestre em curso, tal dividendo acrescido de montantes já pagos seja superior aos fundos distribuíveis do Banco BPI. As acções preferenciais da Série C são reembolsáveis, no todo ou em parte, ao valor nominal por opção da BPI Capital Finance, Ltd., mediante aprovação prévia do Banco de Portugal e do Banco BPI, em qualquer data de pagamento do dividendo a partir de Agosto de As acções preferenciais da Série C são também reembolsáveis, total mas não parcialmente, por opção da BPI Capital Finance, Ltd., mediante aprovação prévia do Banco de Portugal e do Banco BPI, caso ocorra um evento desqualificador de capital ou um evento fiscal. As acções preferenciais das Séries D e E são reembolsáveis, total mas não parcialmente, ao valor nominal por opção da BPI Capital Finance, Ltd., mediante aprovação prévia do Banco de Portugal e do Banco BPI, em qualquer data de pagamento do dividendo a partir de 30 de Junho de Em qualquer momento anterior a 30 de Junho de 2010, as acções preferenciais das Séries D e E são reembolsáveis, total mas não parcialmente, ao valor nominal por opção da BPI Capital Finance, Ltd., mediante aprovação prévia do Banco de Portugal e do Banco BPI, caso ocorra um evento desqualificador de capital ou um evento fiscal. Estas acções são subordinadas em relação a qualquer passivo do Banco BPI e pari passu relativamente a quaisquer acções preferenciais que venham a ser emitidas pelo Grupo. 224 Banco BPI Relatório e Contas 2005

227 5.32. Contas extrapatrimoniais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 05 Em 31 de Dezembro de 2005, o saldo da rubrica ACTIVOS DADOS EM GARANTIA inclui: títulos dados em garantia ao Banco de Portugal no âmbito do Sistema de Pagamento de Grandes Transacções no montante de m. euros; títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de m. euros; títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de m. euros; títulos dados em garantia à Euronext no âmbito da actividade de derivados no montante de m. euros. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o saldo da rubrica 31 Dez. 04 Pro forma Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales Cartas de crédito standby Créditos documentários abertos Fianças e indemnizações Activos dados em garantia Compromissos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Opções sobre activos Operações a prazo venda de títulos Linhas de crédito irrevogáveis Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços Por depósito e guarda de valores Por cobrança de valores Por valores administrados pela instituição RESPONSABILIDADES A PRAZO DE CONTRIBUIÇÕES ANUAIS PARA O FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS corresponde ao compromisso irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei, de entregar àquele Fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas não realizadas das contribuições anuais. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADE POTENCIAL PARA COM O SISTEMA DE INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES corresponde à obrigação irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei aplicável, de entregar àquele Sistema, em caso de accionamento deste, os montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas indemnizações que forem devidas aos investidores. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica OPÇÕES SOBRE ACTIVOS refere-se a opções sobre acções emitidas pelo Grupo BPI no âmbito do programa RVA Remuneração Variável em Acções. Em 31 de Dezembro de 2005, o Grupo BPI detinha sob gestão os seguintes activos de terceiros: Fundos de Investimento e PPR Fundos de pensões ) Inclui os fundos de pensões de empresas do Grupo Margem financeira estrita Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Juros e rendimentos similares Juros de disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Juros de crédito a Clientes Juros de crédito vencido Juros de títulos detidos para negociação e disponíveis para venda Juros de activos titularizados não desreconhecidos Juros de derivados Juros de devedores e outras aplicações Outros juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Juros de recursos De bancos centrais De outras instituições de crédito Depósitos de Clientes Outros recursos de Clientes Débitos representados por títulos Juros de vendas a descoberto Juros de derivados Juros de passivos relacionados com activos não desreconhecidosem operações de titularização Juros de passivos subordinados Outros juros e encargos similares Demonstrações financeiras consolidadas Notas 225

228 5.34. Margem bruta de unit links Esta rubrica tem a seguinte composição: Rendimento de instrumentos de capital Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Comissões líquidas associadas ao custo amortizado Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultado técnico de contratos de seguros 31 Dez. 04 Pro forma Rendimentos de instrumentos financeiros Juros de seguros de capitalização (26 629) (8 763) Dez Dez. 04 Pro forma Banco Comercial Português Portugal Telecom SIBS Unicre Outros Dez Dez. 05 Comissões recebidas associadas ao custo amortizado Comissões pagas associadas ao custo amortizado (2 920) Dez. 04 Pro forma Prémios Rendimentos de instrumentos financeiros Custos com sinistros líquidos de resseguros ( ) ( ) Variação de provisões técnicas líquida de resseguros ( ) ( ) Participação nos resultados (42 798) (35 865) Comissões líquidas Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em operações financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Comissões recebidas Por garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Por serviços bancários prestados Por operações realizadas por conta de terceiros Outras Comissões pagas Por garantias recebidas Por operações sobre instrumentos financeiros Por serviços bancários prestados por terceiros Por operações realizadas por terceiros Outras Outros proveitos líquidos Reembolso de despesas Rendimentos de prestação de serviços diversos Encargos equiparados a comissões (5 308) (8 235) Dez Dez. 04 Pro forma Ganhos e perdas em operações ao justo valor Ganhos e perdas em diferenças cambiais Ganhos e perdas em activos financeiros detidos para negociação e derivados Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros títulos (1) Instrumentos derivados Ganhos e perdas em outros activos financeiros avaliados ao justo valor através da conta de resultados 872 Ganhos e perdas em passivos financeiros de negociação (979) (15 134) Outros ganhos e perdas em operações financeiras (74 224) (19 746) Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda Ganhos e perdas na alienação de créditos a Clientes (154) (326) Ganhos e perdas em activos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros títulos 94 Crédito e outros valores a receber Juros, ganhos e perdas em custos com pensões (nota 5.25) Custo dos juros ( ) (97 115) Rendimento esperado do fundo (5 804) (9 186) 226 Banco BPI Relatório e Contas 2005

229 Em 31 de Dezembro de 2005, os ganhos e perdas em instrumentos de capital disponíveis para venda incluem m. euros relativos à mais-valia realizada na venda de acções da Auto-Estradas do Oeste, S.A., concretizada em Janeiro de Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica OUTROS GANHOS E PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS inclui perdas líquidas no montante de m. euros relativos à reavaliação de activos e passivos cobertos por derivados Ganhos e perdas operacionais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Rendimentos e receitas operacionais Ganhos na alienação de investimentos em filiais e associadas Ganhos em activos tangíveis detidos para venda Ganhos em outros activos tangíveis Outras receitas operacionais Encargos e gastos operacionais Quotizações e donativos Contribuições para o fundo de garantia de depósitos Perdas em investimentos em filiais e associadas 38 Perdas em activos tangíveis detidos para venda Perdas em outros activos tangíveis e intangíveis Outros gastos operacionais Outros impostos Impostos indirectos Impostos directos Impostos sobre os lucros Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o custo com impostos sobre lucros reconhecidos em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser resumidos como se segue: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Impostos correntes sobre os lucros Do exercício Correcção de exercícios anteriores (28) Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (1 941) Alteração da taxa de imposto 20 Por prejuízos fiscais reportáveis (1 941) Total do imposto registado em resultados Lucro do exercício antes de impostos Carga fiscal 20.2% 24.9% 1) Considera o lucro antes de impostos adicionado dos interesses minoritários e deduzido dos resultados de filiais excluídas da consolidação. Adicionalmente, no exercício de 2005, o Banco BPI reconheceu directamente em resultados transitados impostos sobre lucros no valor de 598 m. euros, resultantes de mais-valias em acções próprias reconhecidas em capitais próprios. Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica GANHOS NA ALIENAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS inclui m. euros relativos a uma compensação pela venda da posição no Banc Post realizada em Custos com o pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Remuneração dos órgãos de gestão e fiscalização Remuneração de empregados Encargos sociais obrigatórios Outros custos com o pessoal Demonstrações financeiras consolidadas Notas 227

230 A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada nos exercícios de 2005 e 2004, bem como a reconciliação entre o custo / proveito de imposto e o produto do lucro contabilístico pela taxa nominal de imposto, pode ser analisada como se segue: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Taxa de imposto Valor Taxa de imposto Valor Lucro antes de impostos Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto 29.4% % Efeito das taxas de imposto aplicadas em sucursais no estrangeiro 0.7% % Lucros isentos de impostos (SFE's) -0.3% (1 035) -2.7% (5 110) Dividendos não tributáveis -1.6% (4 752) -3.7% (6 993) Mais-valias e imparidades em participaçoes (líquidas) -0.4% (1 157) -0.3% (661) Juros de dívida pública Angolana -4.2% (12 562) Diferenças cambiais do BFA -1.6% (4 802) -0.6% (1 152) Impostos sobre dividendos de empresas filiais e associadas 0.4% % Benefícios fiscais -0.4% (1 055) -0.6% (1 189) Imparidades e provisões para crédito -1.2% (3 613) 2.1% Custos com pensões não aceites 0.3% % (234) Juros registados em interesses minoritários -1.0% (2 987) -1.4% (2 636) Outros proveitos e custos não tributáveis 0.1% % Imposto diferido activo não reconhecido sobre prejuízos fiscais gerados no período -0.3% (800) -0.1% (158) Efeito da alteração de taxa nos impostos diferidos 0.0% 20 Tributação autónoma 0.2% % % % Os impostos correntes e diferidos são calculados com base nas taxas nominais de imposto legalmente em vigor, nos países onde o Banco tem presença: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Lucro antes de impostos Taxa de imposto corrente Lucro antes de impostos Taxa de imposto corrente Empresas com taxa de IRC de 25% e Derrama 10% % % Empresas com taxa de IRC de 25% e Derrama 9% % % Empresas com taxa de imposto de IRC 35% (Angola) % % % % Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos activos. Os lucros distribuídos ao Banco BPI por empresas filiais e associadas localizadas em Portugal não são tributados na esfera deste em resultado da aplicação do regime previsto no artigo 46 do CIRC que prevê a eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos. Em 31 de Dezembro de 2004 foram reconhecidos os impostos diferidos activos associados à alienação da SIC. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004, o valor dos impostos diferidos activos e passivos é o seguinte: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Imposto diferidos Activos Passivos (51 439) (21 494) Registados por contrapartida de: Resultados transitados Reserva justo valor (21 180) Instrumentos financeiros disponíveis para venda (21 191) Diferenças cambiais 11 Resultado líquido (32 255) Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis. 228 Banco BPI Relatório e Contas 2005

231 O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2005 foi o seguinte: Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma IAS 32 e 39 IFRS 4 Por resultados Movimento Por reservas e res. transit. Saldo em 31 Dez. 05 Impostos diferidos activos Responsabilidades com pensões (11 358) Reformas antecipadas (9 607) Campanhas de publicidade (203) Imobilizado incórporeo 354 (259) 95 Operações Taxa garantida Reavaliação de activos / passivos cobertos por derivados Comissoes antecipadas (816) Provisoes e imparidades tributadas (50 452) Prémio de Antiguidade Prejuízos fiscais Imóveis detidos para venda 543 (543) Instrumentos financeiros disponíveis para venda 943 (647) 296 Diferenças cambiais Outros (4) (37 252) (637) Impostos diferidos passivos Reavaliações de imobilizado corpóreo (219) Locação operacional (1 010) Operações Taxa garantida (1) Derivados Reavaliação de activos / passivos cobertos por derivados (12 152) 234 Provisões aceites Dividendos a distribuir por empresas filiais e associadas (2 305) (14) 905 RVA's (1 406) Imparidade de crédito Instrumentos financeiros disponíveis para venda Outros (8) (4 997) (32 255) (9 257) ) Não inclui impostos correntes associados a mais-valias em instrumentos financeiros disponíveis para venda no valor de 936 m. euros. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 229

232 O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2004 foi o seguinte: Saldo em 01 Jan. 04 Pro forma Por resultados Movimento Por reservas e res. transit. Saldo em 31 Dez. 04 Pro forma Impostos diferidos activos Responsabilidades com pensões Reformas antecipadas Campanhas de publicidade Imobilizado incorporeo 832 (478) 354 Provisoes tributadas Prémio de Antiguidade Prejuízos fiscais Imóveis detidos para venda Impostos diferidos passivos Reavaliações de imobilizado corpóreo (208) Operações de locação operacional Derivados Provisões aceites (546) Dividendos a distribuir por empresas filiais e associadas RVA's Instrumentos financeiros disponíveis para venda Outros (1 523) O Grupo BPI não reconhece impostos diferidos activos ou passivos para as diferenças temporárias tributáveis associadas a investimentos em empresas filiais e associadas, por não ser provável que a diferença se reverta no futuro previsível, excepto nos seguintes casos: são reconhecidos os impostos diferidos passivos associados à estimativa dos dividendos a pagar pelo Banco de Fomento Angola às empresas do Grupo BPI; são reconhecidos os impostos diferidos passivos associados aos lucros não distribuídos do Banco Comercial e de Investimentos Resultados de empresas associadas (equivalência patrimonial) Esta rubrica tem a seguinte composição: 1) Participação vendida em Dez Dez. 04 Pro forma Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A F. Turismo Capital de Risco, S.A Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda Promática Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A. 1 (56) Banco BPI Relatório e Contas 2005

233 5.44. Lucro consolidado atribuível aos accionistas do Grupo BPI Nos exercícios de 2005 e 2004, a contribuição do Banco BPI e das empresas suas filiais e associadas para o resultado consolidado é a seguinte: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Montante % Montante % Bancos Banco BPI, S.A Banco Português de Investimento, S.A Banco de Fomento S.A.R.L. (Angola) Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L Banco BPI Cayman, Ltd Crédito especializado BPI Locação de Equipamentos, Lda BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda (1 838) (1.2) Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A (98) (0.1) Gestão de activos e corretagem BPI Dealer Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. (1) BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A BPI Global Investment Fund Management Company, S.A BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A Sofinac Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A BPI (Suisse), S.A. 1 (100) 0.0 (695) (0.4) Capital de risco / desenvolvimento F. Turismo Capital de Risco, S.A Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A (1 424) (0.9) Solo Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. 2 (291) (0.2) Seguros BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A Outros BPI, Inc. 1 (7) 0.0 (7) 0.0 SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A BPI Capital Finance Douro SGPS, S.A (43) 0.0 Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A Promática Sociedade de Informação e Organização de Empresas, S.A (56) 0.0 Simofer Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. (58) Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda ) Lucro ajustado. 2) Participação vendida durante o primeiro semestre de Efectivos Nos exercícios de 2005 e 2004, o número de efectivos 1, em média e no final do exercício, eram os seguintes: Pro forma Média do exercício Final do exercício Média do exercício Final do exercício Administradores Quadros superiores Outros quadros Outros Colaboradores ) Efectivos das empresas do Grupo consolidadas pelo método da integração global. Inclui os efectivos ao serviço das sucursais do Banco BPI no exterior. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 231

234 5.46. Justo valor Em 31 de Dezembro de 2005, o justo valor dos instrumentos financeiros pode ser resumido conforme quadro seguinte: Tipo de instrumento financeiro Valor contabilístico 1) Títulos não cotados para os quais não é possível determinar de forma fiável o justo valor. Activos e passivos valorizados ao justo valor Metodologia de apuramento do justo valor Cotações em mercado activo Técnicas de valorização Total justo valor Diferença Activos valorizados ao custo histórico 1 Valor contabilístico Valor contabilístico total Activos Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a Clientes Derivados de cobertura Passivos Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito (7 330) Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos (29 178) Passivos financeiros associados a activos transferidos (22 031) Derivados de cobertura Provisões técnicas Passivos subordinados (9 387) Títulos de participação (412) (64 310) (4 221) (37 771) Diferenças de valorização de activos financeiros reconhecidas em reservas de reavaliação Total Sempre que possível, o Grupo BPI estimou o justo valor utilizando cotações em mercados activos ou técnicas de valorização baseadas em dados de mercado para instrumentos com características idênticas ou similares aos instrumentos financeiros detidos pelo Grupo. No entanto, em determinadas circunstâncias, incluindo nomeadamente crédito a Clientes, recursos de Clientes e responsabilidades representadas por títulos, não existe actualmente um mercado activo em Portugal com transacções entre contrapartes igualmente conhecedoras e interessadas em efectuar essas transacções. Desta forma, o Grupo desenvolveu valorizações internas para estimar qual poderia ser o justo valor desses instrumentos financeiros. As técnicas de valorização utilizadas envolvem a assumpção de um conjunto de pressupostos que não são necessariamente os mesmos para as diferentes instituições. Nas rubricas em que não é contabilisticamente registado o justo valor, este foi apurado tendo por base as condições de mercado que seriam aplicáveis a operações similares no final de Dezembro de 2005, nomeadamente: nas operações interbancárias foram utilizadas taxas de juro de mercado e de swaps; nas operações com Clientes foram utilizadas as taxas de juro a 31 de Dezembro de 2005 para os mesmos prazos das operações, utilizando-se o valor contabilístico quando este éamelhor aproximação ao justo valor. Adicionalmente, o justo valor apresentado para uma parte dos instrumentos financeiros não corresponderá ao seu valor de realização num cenário de venda ou de liquidação. 232 Banco BPI Relatório e Contas 2005

235 Durante o exercício de 2005, as variações no justo valor de instrumentos financeiros, valorizados de acordo com técnicas de valorização baseadas em dados de mercado, reconhecidas em resultados do exercício e em capitais próprios podem ser resumidas como segue: Tipo de instrumento financeiro Variações no justo valor Demonstração de resultados Reserva de reavaliação 1 Activos Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito (343) Crédito a Clientes Derivados de cobertura (6 046) Passivos Passivos financeiros detidos para negociação (979) Recursos de outras instituições de crédito (210) Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos (82 807) Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Títulos de participação 6 Passivos subordinados 66 (73 370) ) Variação face a 1 de Janeiro de 2005 após a primeira aplicação do IAS 32 e 39. Nos instrumentos financeiros registados ao custo amortizado apenas são reconhecidas as variações no justo valor atribuíveis ao risco coberto no âmbito da aplicação de contabilidade de cobertura, nomeadamente ao nível do crédito a Clientes, depósitos de Clientes, responsabilidades representadas por títulos e passivos subordinados. Durante o exercício de 2005, não foram desreconhecidos quaisquer instrumentos financeiros para os quais não fosse possível apurar de forma fiável o justo valor, pelo que o impacto em resultados é nulo. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 233

236 Risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2005, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue: Tipo de instrumento financeiro Valor nominal Valor contabilístico bruto Imparidade Valor contabilístico líquido Patrimoniais Crédito a Clientes ( ) Derivados Derivados de cobertura Derivados de negociação Disponibilidades em outras instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito (14) ( ) Extrapatrimoniais Garantias prestadas (27 856) Linhas de crédito irrevogáveis (137) (27 993) ( ) Em 31 de Dezembro de 2005, o crédito e os juros vencidos apresentam a seguinte decomposição por classe de incumprimento: Classe de incumprimento Total até 1 mês de 1 mês a 3 meses de 3 meses a 1 ano de 1 ano a 5 anos mais de 5 anos Crédito a Clientes: Para os quais foi efectuada análise individual Crédito e juros vencidos Imparidade Para os quais foi efectuada análise colectiva Crédito e juros vencidos Imparidade Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2005 foi reconhecida imparidade colectiva para créditos em situação regular no valor de euros. 234 Banco BPI Relatório e Contas 2005

237 Risco de liquidez Em 31 de Dezembro de 2005, os prazos contratuais residuais relativos aos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte estrutura: à vista até 3 meses de 3 meses a 1 ano Prazos contratuais residuais de 1 ano a 5 anos mais de 5 anos Indeterminado Activos Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a Clientes Derivados de cobertura Passivos Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Provisões técnicas Títulos de participação Passivos subordinados Total Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do Grupo BPI cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a euros é paga em acções representativas do capital social do Banco BPI (acções BPI) e em opções de compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50% sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Administrador ou do Colaborador. As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes. A partir de 2002, a transmissão de propriedade das acções atribuídas no âmbito do RVA é integralmente efectuada na data de atribuição. O preço de atribuição das acções resulta da média ponderada pelas quantidades transaccionadas das cotações das acções BPI nas últimas dez sessões de bolsa anteriores à data de atribuição das referidas acções. O preço de atribuição das acções corresponde igualmente ao preço de exercício das opções. A disponibilização das acções (nos três anos subsequentes à atribuição) está condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo BPI. Os preços de atribuição, bem como o período de disponibilização das acções encontram-se resumidos no quadro seguinte: Programa Data de Preço de Data de disponibilização das tranches seguintes atribuição atribuição 2.ª 3.ª 4.ª RVA /03/ /03/ /03/ /03/2005 RVA /02/ /02/ /02/ /02/2006 RVA /02/ /02/ /02/ /02/2007 RVA /02/ /02/ /02/ /02/2008 Acções Demonstrações financeiras consolidadas Notas 235

238 A atribuição do RVA relativo ao exercício de 2005 será concluída durante o primeiro semestre de As opções de compra de acções dos programas RVA 2001 a RVA 2004 são exercíveis entre o primeiro e o final do quinto ano a contar da data de atribuição; as opções do RVA 2005 são exercíveis entre o 90.º dia e o final do quinto ano a contar da data de atribuição. A disponibilização das opções encontra-se condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo BPI. Os preços de exercício das opções, bem como o respectivo período de exercício G encontram-se resumidos no quadro seguinte: Opções Programa Data de Preço de Período de exercício atribuição exercício De A RVA /03/ /03/ /03/2007 RVA /02/ /02/ /02/2008 RVA /02/ /02/ /02/2009 RVA /02/ /02/ /02/2010 No último programa (RVA 2004) o número de Colaboradores abrangidos foi o seguinte: Administradores 15 Colaboradores O custo do total dos programas RVA encontra-se resumido no quadro seguinte: Custo total Programa Acções Opções Total RVA RVA RVA RVA RVA Banco BPI Relatório e Contas 2005

239 MODELO DE VALORIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE CAPITAL ATRIBUÍDOS AOS COLABORADORES DO GRUPO BPI Acções Para as remunerações variáveis em acções, o Banco adquire uma carteira de acções BPI e transmite a propriedade das acções para os Colaboradores na data de atribuição do RVA. Nos exercícios de 2004 e 2005, o movimento ocorrido no número de acções ainda não disponibilizadas aos Colaboradores do Grupo BPI, bem como o justo valor dos respectivos instrumentos de capital é o seguinte: Número de acções RVA 2001 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Número de acções RVA 2002 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Número de acções RVA 2003 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Número de acções RVA 2004 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Acções atribuídas até Acções disponibilizadas antecipadamente até Acções disponibilizadas até Acções recusadas até Acções não disponíveis em 31 de Dezembro de Acções atribuídas em Acções disponibilizadas antecipadamente em Acções disponibilizadas em Acções recusadas em Acções não disponíveis em 31 de Dezembro de Acções atribuídas em Acções disponibilizadas antecipadamente em Acções disponibilizadas em Acções recusadas em Acções não disponíveis em 31 de Dezembro de Em caso de morte, invalidez ou reforma do Colaborador, as acções indisponíveis são antecipadamente disponibilizadas, passando a estar livremente à sua disposição ou à disposição dos respectivos herdeiros. As acções recusadas incluem as acções atribuídas mas não disponíveis, às quais os Colaboradores perderam o direito por terem deixado de estar ao serviço do Grupo BPI. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 237

240 Opções Nos exercícios de 2004 e 2005, o movimento ocorrido no número de opções sobre acções em circulação detidas pelos Colaboradores do Grupo BPI (opções que podem ser exercidas), bem como o respectivo justo valor é o seguinte: Número de opções RVA 2001 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Número de opções RVA 2002 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Número de opções RVA 2003 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Número de opções RVA 2004 Justo valor Na data Na data de atribuição de referência Opções atribuídas até Opções exercidas até Opções recusadas até Opções em circulação em 31 de Dezembro de Opções exercíveis em 31 de Dezembro de Opções em circulação em 31 de Dezembro de Opções atribuídas em Opções disponibilizadas em Opções caducadas em Opções recusadas em Opções exercidas em Opções em circulação em 31 de Dezembro de Opções exercíveis em 31 de Dezembro de Opções em circulação em 31 de Dezembro de Opções atribuídas em Opções disponibilizadas em Opções caducadas em Opções recusadas em Opções exercidas em Opções em circulação em 31 de Dezembro de Opções exercíveis em 31 de Dezembro de Em caso de morte, invalidez ou reforma dos Colaboradores, as opções atribuídas tornam-se imediatamente exercíveis, devendo esse exercício ocorrer (sob pena de caducidade das opções) no prazo máximo de dois anos a contar da data de ocorrência do evento respectivo. As opções caducadas incluem as opções não exercidas durante este período. Quando o Colaborador deixa de estar ao serviço do Grupo BPI, perde o direito às opções que lhe tinham sido atribuídas e que ainda estavam indisponíveis. No caso das opções já disponíveis mas que ainda não tinham sido exercidas, os Colaboradores dispõem de um prazo máximo de 30 dias para o exercício das opções, a contar da data da cessação da relação de trabalho, findo o qual as opções expiram (opções recusadas). Nos exercícios de 2004 e 2005, o preço médio ponderado das acções na data em que foram exercidas as opções foi o seguinte: Programa Opções exercidas em 2005 Número de Preço médio opções das acções Opções exercidas em 2004 Número de Preço médio opções das acções RVA RVA RVA RVA Banco BPI Relatório e Contas 2005

241 Para a determinação do número de opções a atribuir aos Colaboradores e Administradores, o Grupo BPI apura, à data de atribuição das opções, o valor económico da opção. O prémio das opções sobre acções do Banco BPI foi apurado de acordo com os seguintes modelos: modelo Black-Scholes para os Programas RVA 2001 e RVA 2002; modelo desenvolvido internamente, baseado igualmente na metodologia Black-Scholes para os programas RVA 2003 e RVA Os factores críticos do modelo utilizado para efeitos de gestão do programa RVA são os seguintes: Volatilidade das acções do Banco BPI, a qual é apurada da seguinte forma: 60% da volatilidade histórica das acções do Banco BPI nos últimos 3.33 anos; 10% da volatilidade do índice VIX; 10% da volatilidade do índice VDAX; Os parâmetros utilizados para a determinação, na data de atribuição, do valor económico da opção de cada um dos programas RVA encontram-se resumidos no quadro seguinte: RVA 2001 RVA 2002 RVA 2003 RVA 2004 Cotação BPI Preço de exercício Volatilidade implícita 29.70% 22.30% 21.50% 17.70% Taxa de juro 5% 3.15% 3% 2.72% Dividendos esperados Valor da opção Em 31 de Dezembro de 2005, o número de opções outstanding relativamente a cada um dos programas RVA, bem como o respectivo justo valor pode ser resumido da seguinte forma: RVA 2001 RVA 2002 RVA 2003 RVA 2004 N.º opções outstanding Preço de exercício Valor da opção Em 31 de Dezembro de 2004, o número de opções outstanding relativamente a cada um dos Programas RVA, bem como o respectivo justo valor pode ser resumido da seguinte forma: RVA 2001 RVA 2002 RVA 2003 RVA 2004 N.º opções outstanding Preço de exercício Valor da opção % da volatilidade implícita nas opções cotadas transaccionadas em Espanha sobre acções do Banco Popular; 10% da volatilidade implícita nas opções cotadas transaccionadas em Espanha sobre acções do Bankinter. Vida média esperada da opção, a qual depende, entre outros, dos seguintes factores: nível de responsabilidade dos beneficiários: Administradores e restantes Colaboradores; rácio entre o preço de mercado e o preço de exercício (strike); volatilidade do preço das acções. O modelo permite igualmente determinar o número necessário de acções do Banco BPI para assegurar uma adequada cobertura do risco inerente à emissão de opções no âmbito do RVA. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 239

242 IMPACTO CONTABILÍSTICO DO PROGRAMA RVA Acções Para cobertura das remunerações variáveis em acções, o Banco adquire uma carteira de acções próprias no momento da atribuição do RVA. Estas acções permanecem na carteira do Banco BPI até à data de disponibilização aos Colaboradores. Na data da disponibilização, as acções próprias são desreconhecidas em contrapartida dos custos acumulados na rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a composição dos saldos contabilísticos e do justo valor relativo à componente de acções do Programa RVA ainda não disponibilizadas aos Colaboradores / Administradores nestas datas, é a seguinte: Acções Programa Valor contabilístico 31 Dez. 05 Número de acções Justo valor Valor contabilístico Custo reconhecido na situação líquida RVA com acções a disponibilizar a Colaboradores do Grupo RVA RVA RVA RVA Custo não reconhecido na situação líquida RVA com acções a disponibilizar a Colaboradores do Grupo RVA RVA RVA RVA Dez. 04 Número de acções Total Acções próprias disponibilizadas RVA antecipadamentre a Colaboradores do Grupo RVA RVA Total 140 Acções próprias a disponibilizar RVA a Colaboradores do Grupo RVA RVA RVA Justo valor Total Banco BPI Relatório e Contas 2005

243 Opções Para as remunerações variáveis em opções, o Grupo BPI constituiu uma carteira de acções BPI de modo a assegurar a cobertura das responsabilidades decorrentes da emissão de opções de compra de acções BPI de acordo com uma estratégia de cobertura de delta (determinada por um modelo de avaliação de opções do BPI desenvolvido internamente e baseado na metodologia black-scholes). Esta estratégia corresponde a constituir uma carteira com delta acções por cada opção emitida, sendo que o montante delta corresponde à relação entre a variação do preço de uma opção e a variação do preço da acção subjacente. As acções próprias detidas para cobrir o risco de variação do valor das opções vendidas são registadas na rubrica ACÇÕES PRÓPRIAS PARA COBERTURA DO RVA onde permanecem enquanto estiverem afectas àquela finalidade. Na data de exercício das opções, as acções próprias são desreconhecidas em simultâneo com a transmissão de propriedade para os Colaboradores. Nesta data é reconhecida uma mais ou menos-valia correspondente à diferença entre o preço de exercício e o custo médio de aquisição da carteira de acções próprias afecta à cobertura de cada um dos programas, deduzida dos custos com prémios de opções acumulados na rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a composição dos saldos contabilísticos e do justo valor relativo à componente de opções outstanding do Programa RVA atribuídas aos Colaboradores / Administradores nestas datas, é a seguinte: Opções Programa Valor contabilístico 31 Dez. 05 Justo valor Mais-valia / (menos-valia) potencial Valor contabilístico Custo reconhecido na situação líquida com RVA opções outstanding (prémios) RVA RVA RVA RVA Custo não reconhecido na situação líquida RVA com opções oustanding (prémios) RVA RVA Dez. 04 Justo valor Mais-valia / (menos-valia) potencial Total (4 459) Acções próprias para cobertura RVA de opções do RVA RVA RVA RVA RVA 2005 Total Mais-valias / (menos-valias) potenciais As mais e menos-valias realizadas em acções próprias na cobertura e exercício de opções do RVA, bem como os respectivos impostos, são registadas directamente em capitais próprios não afectando o resultado do exercício. Nas demonstrações financeiras pro forma de 31 de Dezembro de 2004, a reavaliação das acções próprias para cobertura de opções do RVA detidas pelo Grupo BPI ascendiam a mil euros e encontravam-se registadas por contrapartida de uma conta de regularização do passivo. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 241

244 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as valias brutas realizadas na disponibilização de acções e no exercício de opções, bem como na respectiva cobertura, registadas em capitais próprios, podem ser resumidas como se segue: Mais-valias / (menos-valias) Programa Os custos com o programa de remunerações variáveis em acções são periodificados em custos com pessoal, em contrapartida da rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL, conforme definido na IFRS 2 para programas de share-based payment. O custo das acções e dos prémios das opções na data de atribuição são periodificados de forma linear desde o início do ano do programa (1 de Janeiro) até à respectiva data de disponibilização ao Colaborador. Nos exercícios de 2004 e 2005, o custo total reconhecido relativo aos programas de share-based payment, poder ser resumido da seguinte forma: 31 Dez Dez. 04 Programa Acções Opções Total Acções Opções Total RVA (9) RVA (10) RVA RVA RVA Dez Dez Acções Na disponibilização de acções RVA 2002 (184) (184) RVA 2003 (67) (67) RVA 2004 (69) Total (320) (250) Opções No exercício de opções RVA RVA 2002 (1 388) (642) RVA Total Na venda de acções RVA (24) de cobertura RVA (78) RVA (1) RVA Total (103) Total Partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2005, as entidades relacionadas do Grupo BPI são as seguintes: Nome da entidade relacionada Sede Participação efectiva Accionistas do Banco BPI Grupo Itaú Brasil 16.1% Grupo La Caixa Espanha 16.0% Empresas associadas e de controlo conjunto Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Moçambique 30.0% Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Portugal 35.0% Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A. Portugal 50.0% F. Turismo Capital de Risco, S.A. Portugal 25.0% Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Portugal 32.8% Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. Portugal 14.6% Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Portugal 26.0% Membros do Conselho de Administração do Banco BPI Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Rezende de Almeida Antonio Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Herbert Walter Isidro Fainé Casas José Pena do Amaral Klaus Duhrkop Manuel Ferreira da Silva Marcelino Armenter Vidal Maria Celeste Hagatong Pedro Barreto Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Edgar Alves Ferreira Fundos de pensões de Colaboradores do Grupo BPI Fundo de Pensões Banco BPI Portugal 100.0% Fundo de Pensões Aberto BPI Acções Portugal 97.3% Fundo de Pensões Aberto BPI Valorização Portugal 39.3% Fundo de Pensões Aberto BPI Segurança Portugal 55.2% Fundo de Pensões Aberto BPI Garantia Portugal 100.0% 242 Banco BPI Relatório e Contas 2005

245 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o montante global dos activos, passivos, custos e proveitos, e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com entidades relacionadas do Grupo BPI pode ser resumido da seguinte forma: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Activos Passivos Proveitos Custos Extrapatrimoniais Em 31 de Dezembro de 2005, o montante global dos activos, passivos, custos e proveitos, e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com entidades relacionadas do Grupo BPI têm a seguinte composição: Accionistas do Banco BPI Empresas associadas e de controlo conjunto Membros do Conselho de Administração do Banco BPI Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Activos Aplicações financeiras Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda 8 8 Crédito Outros valores a receber Passivos Passivos financeiros de negociação e derivados Depósitos e provisões técnicas Outros recursos financeiros Outros valores a pagar Proveitos Juros e rendimentos similares Comissões recebidas Custos Juros e encargos similares Prejuizos em operações financeiras Extrapatrimoniais Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales Créditos documentários abertos Compromissos perante terceiros Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços De depósitos e guarda de valores Operações cambiais e instrumentos de derivados Compra Venda ( ) (20 000) ( ) Total Demonstrações financeiras consolidadas Notas 243

246 Em 31 de Dezembro de 2004, o montante global dos activos, passivos, custos e proveitos, e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com entidades relacionadas do Grupo BPI têm a seguinte composição: Accionistas do Banco BPI Empresas associadas e de controlo conjunto Membros do Conselho de Administração do Banco BPI Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Activos Aplicações financeiras Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda 8 8 Crédito Outros valores a receber Passivos Passivos financeiros de negociação e derivados Depósitos e provisões técnicas Outros recursos financeiros Outros valores a pagar Proveitos Juros e rendimentos similares Comissões recebidas Custos Juros e encargos similares Extrapatrimoniais Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales Créditos documentários abertos Compromissos perante terceiros Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços De depósitos e guarda de valores Operações cambiais e instrumentos de derivados Compra Venda (10 000) (10 000) (20 000) Total Nos exercícios de 2005 e 2004, as remunerações atribuídas aos membros do conselho de Administração do Grupo BPI apresentam a seguinte composição: 31 Dez Dez. 04 Pro forma Remunerações Remuneração com base em instrumentos de capital Pensões pagas Prémios de antiguidade De acordo com a política definida, o Presidente do Conselho de Administração e os membros da Comissão Executiva do Banco BPI beneficiam do Regime de Concessão de Crédito à Habitação em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2005, o saldo global do crédito hipotecário concedido ao Presidente do Conselho de Administração e aos membros da Comissão Executiva por Bancos do Grupo com vista à aquisição de habitação própria ascendia a m. euros. No âmbito do programa RVA Remuneração Variável em Acções, o Presidente do Conselho de Administração e os membros da Comissão Executiva do Banco BPI beneficiaram do regime de concessão de crédito para aquisição de acções BPI pelo exercício das opções atribuídas no RVA, em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2005, o saldo global destes créditos concedidos ao Presidente do Conselho de Administração e aos membros da Comissão Executiva por Bancos do Grupo ascendia a m. euros. 244 Banco BPI Relatório e Contas 2005

247 Nos termos do artigo 447 do Código das Sociedades Comerciais, em 31 de Dezembro de 2005, a posição accionista dos membros dos órgãos sociais, incluindo os membros do Conselho Fiscal, é a seguinte: Detidas em Alienações Aquisições Aquisições Acções Detidas em Valor em A B C Detidas em Opções Alienações Detidas em Membros do Conselho de Administração Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Herbert Walter Isidro Fainé Casas José Pena do Amaral Klaus Duhrkop Manuel Ferreira da Silva Marcelino Armenter Vidal 3 Maria Celeste Hagatong Pedro Barreto Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Edgar Alves Ferreira 3 Membros do Conselho Fiscal Jorge de Figueiredo Dias José Ferreira Amorim Deloitte & Associados, SROC, S.A. 1) Justo valor das acções. 2) Membro da Comissão Executiva. 3) Saldo inicial corresponde à data de início das funções de Administrador do Banco BPI, S.A. A Acções atribuídas no âmbito do RVA cuja disponibilidade, em 31 de Dezembro de 2005, se encontra condicionada à verificação da condição resolutiva. B Acções que, em 31 de Dezembro de 2005, estão dadas de penhor como garantia de financiamento obtido com a finalidade de adquirir aquelas acções em resultado do exercício de opções atribuídas no âmbito do RVA e de adquirir acções BPI na operação de aumento de capital realizada em C Acções que, em 31 de Dezembro de 2005, estão dadas como garantia de operação de crédito concedido por outras instituições de crédito. ARTUR SANTOS SILVA Em 2 de Maio de 2005, adquiriu, por exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito do RVA 2001, acções. Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. Vendeu em bolsa: em 2 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.14 euros; em 5 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.47 euros; em 8 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.47 euros; em 10 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.47 euros; em 11 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.47 euros; em 16 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.47 euros; e, em 17 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.47 euros. CARLOS DA CÂMARA PESTANA Não efectuou movimentos. Em 31 de Dezembro de 2005, a IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda., de que é membro do Conselho de Gerência, detinha acções. FERNANDO ULRICH Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. Vendeu em bolsa: em 27 de Outubro de 2005, acções ao preço de 3.64 euros; em 28 de Outubro de 2005, 627, e acções aos preços de 3.62 euros, 3.55 euros e 3.53 euros, respectivamente; em 31 de Outubro de 2005, acções ao preço de 3.56 euros; e, em 1 de Novembro de 2005, acções ao preço de 3.65 euros. Em 3 de Maio de 2005, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2004, opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de 0.31 euros e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de 3.10 euros. RUY OCTÁVIO MATOS DE CARVALHO Não efectuou movimentos. ALFREDO REZENDE DE ALMEIDA Não efectuou movimentos. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 245

248 Em 31 de Dezembro de 2005, a ARCOtêxteis, S.A., a ARCOfio Fiação, S.A., de que é Presidente do Conselho de Administração, e a ARCOtinto Tinturaria, S.A., de que é Vice-Presidente do Conselho de Administração, detinham , e acções, respectivamente. ANTÓNIO DOMINGUES Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. ARMANDO LEITE DE PINHO Não detém títulos. Em 3 de Maio de 2005, a sociedade Arsopi Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A., de que é Presidente do Conselho de Administração, vendeu em bolsa acções ao preço de 3.16 euros; e, a sociedade Arsopi Holding, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., comprou em bolsa e acções, aos preços de 3.16 euros e 3.17 euros, respectivamente. Vendeu em bolsa: em 5 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.12 euros; em 6 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.12 euros; em 14 de Junho de 2005, e acções aos preços de 3.11 euros e 3.10 euros, respectivamente. Em 3 de Maio de 2005, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2004, opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de 0.31 euros e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de 3.10 euros. ANTÓNIO FARINHA MORAIS Em 24 de Fevereiro de 2005, adquiriu, por exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito do RVA 2002, acções. Em 3 de Novembro de 2005, adquiriu, por exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito do RVA acções. Em 21 de Março de 2005, adquiriu acções que lhe haviam sido atribuídas, sob condição suspensiva, no âmbito do RVA 2001 pelo preço de 2.58 euros. Em 21 de Março de 2005, adquiriu 720 acções que havia subscrito, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de 1.75 euros. Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. Vendeu em bolsa: em, 28 de Janeiro de 2005, e acções aos preços de 3.18 euros e 3.19 euros, respectivamente; em 4 de Fevereiro de 2005, acções ao preço de 3.18 euros; em 7 de Junho de 2005, acções ao preço de 3.14 euros; em 28 de Julho de 2005, acções ao preço de 3.39 euros; em 23 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.54 euros; em 9 de Setembro de 2005, acções ao preço de 3.54 euros; em 7 de Dezembro de 2005, e acções aos preços de 3.75 euros e 3.76 euros, respectivamente; e, em 12 de Dezembro 2005, acções ao preço de 3.77 euros. Em 3 de Maio de 2005, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2004, opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de 0.31 euros e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de 3.10 euros. Em 31 de Dezembro de 2005, as sociedades Arsopi Holding, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., ROE, SGPS, S.A. e Security, SGPS, S.A., de que é Presidente do Conselho de Administração, detinham , e acções, respectivamente. HERBERT WALTER É Presidente da Comissão Executiva do Dresdner Bank AG e Membro do Conselho de Administração da Allianz AG, que controla indirectamente a RAS Riunione Adriática di Sicurtá, S.p.A., que, por sua vez, controla integralmente a RAS Internacional N.V. A Allianz AG também controla a Companhia de Seguros Allianz Portugal. Não detém títulos. Em 31 de Dezembro de 2005, a sociedade RAS Internacional, N.V. detinha acções e a Companhia de Seguros Allianz Portugal detinha acções. ISIDRO FAINÉ CASAS É Director-Geral da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona la Caixa que controla integralmente a Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal que, por sua vez, controla integralmente a Catalunya de Valores SGPS, Unipessoal, Lda. Não detém títulos. JOSÉ PENA DO AMARAL Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. Vendeu em bolsa: em 31 de Janeiro de 2005, e acções aos preços de 3.17 e 3.16 euros, respectivamente; em 3 de Fevereiro de 2005, acções ao preço de 3.17 euros; em 4 de Fevereiro de 2005, acções ao preço de 3.18 euros; em 16 de Fevereiro de 2005, acções ao preço de 3.14 euros; em 21 de Fevereiro de 2005, acções ao preço de 3.11 euros; e, em 15 de Junho de 2005, acções ao preço de 3.10 euros. 246 Banco BPI Relatório e Contas 2005

249 KLAUS DÜHRKOP É Presidente da Comissão Executiva da Mondial Assistance Group. É Presidente Executivo da Divisão Europa da Allianz AG e Membro do Conselho de Administração da RAS Riunione Adriática di Sicurtá, S.p.A. que controla integralmente a RAS Internacional, N.V. Não detém títulos. MANUEL FERREIRA DA SILVA Em 10 de Junho de 2005, adquiriu, por exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito do RVA 2002, acções. Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. Vendeu em bolsa: em 4 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.12 euros; em 13 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.18 euros. Em 3 de Maio de 2005, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2004, opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de 0.31 euros e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de 3.10 euros. Em 31 de Dezembro de 2005, o cônjuge Maria do Carmo Oliveira detinha acções, das quais lhe foram atribuídas em 3 de Maio de 2005 no âmbito do RVA 2004; e, opções de compra de acções, das quais lhe foram atribuídas em 3 de Maio de 2005 no âmbito do RVA MARCELINO ARMENTER VIDAL É Director Adjunto da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona la Caixa, que controla integralmente a Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal de que é Director-Geral que, por sua vez, controla integralmente a Catalunya de Valores, SGPS, Unipessoal, Lda. Vendeu em bolsa: em 26 de Outubro de 2005, acções ao preço de 3.71 euros; em 4 de Novembro de 2005, acções ao preço de 3.60 euros; e, em 10 de Novembro de 2005, acções ao preço de 3.70 euros. PEDRO BARRETO Em 20 de Abril de 2005, adquiriu, por exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito do RVA 2003, acções. Em 21 de Março de 2005, adquiriu acções que lhe haviam sido atribuídas, sob condição suspensiva, no âmbito do RVA 2001 pelo preço de 2.58 euros. Em 21 de Março de 2005, adquiriu 320 acções que havia subscrito, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de 1.75 euros. Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. Vendeu em bolsa: em 4 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.13 euros; em 6 de Maio de 2005, acções ao preço de 3.13 euros; em 1 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.42 euros; e, em 20 de Agosto de 2005, acções ao preço de 3.46 euros. Em 3 de Maio de 2005, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2004, opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de 0.31 euros e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de 3.10 euros. ROBERTO EGYDIO SETÚBAL É Vice-Presidente do Conselho de Administração, Director-Presidente e membro do Comité Consultivo Internacional do Banco Itaú Holding Financeira, S.A. Não detém títulos. TOMAZ JERVELL Não efectuou movimentos. Não detém títulos. Em 31 de Dezembro de 2005, a sociedade Catalunya de Valores, SGPS, Unipessoal, Lda. detinha acções. Em 31 de Dezembro de 2005, as sociedades Norsócia, SGPS, S.A. e Auto Maquinaria Tea Aloya, SL, de cujos Conselhos de Administração faz parte, detinham e acções, respectivamente. MARIA CELESTE HAGATONG Em 22 de Abril de 2005, adquiriu, por exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito do RVA 2003, acções. Em 21 de Março de 2005, adquiriu acções que lhe haviam sido atribuídas, sob condição suspensiva, no âmbito do RVA 2001 pelo preço de 2.58 euros. Em 21 de Março de 2005, adquiriu 876 acções que havia subscrito, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de 1.75 euros. Em 3 de Maio de 2005, adquiriu, no âmbito do RVA 2004 e sob condição resolutiva, acções ao preço de 3.10 euros. EDGAR ALVES FERREIRA Não detém títulos. Em 31 de Dezembro de 2005, a sociedade HVF S.G.P.S., S.A., de cujo Conselho de Administração faz parte, detinha acções. JORGE DE FIGUEIREDO DIAS Não detém títulos. JOSÉ FERREIRA AMORIM Não efectuou movimentos. DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC, S.A. Não detém títulos. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 247

250 Certificação legal das contas e relatório de auditoria Deloitte & Associados, SROC S.A. Inscrição na OROC n.º 43 Registo na CMVM n.º 231 Edifício Atrium Saldanha Praça Duque de Saldanha, 1-6.º Lisboa Portugal CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS CONSOLIDADAS (Montantes expressos em milhares de euros m. euros) Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 do Banco BPI, S.A. e subsidiárias (Banco), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005 que evidencia um total de m. euros e capitais próprios totais de m. euros, incluindo um resultado líquido de m.euros, as Demonstrações dos resultados consolidados, dos fluxos de caixa consolidados e de alterações no capital próprio consolidado no exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco: (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos que lhe são aplicáveis e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. A expressão Deloitte refere-se a uma ou várias sociedades que operam ao abrigo de um acordo com a Deloitte Touche Tohmatsu, uma Swiss Verein, bem como às suas respectivas representadas e afiliadas. Deloitte Touche Tohmatsu é uma associação mundial de sociedades dedicadas à prestação de serviços profissionais de excelência, concentradas no serviço ao cliente sob uma estratégia global, aplicada localmente em, aproximadamente, 150 países. Como Swiss Verein (associação), nem a Deloitte Touche Tohmatsu nem qualquer das suas sociedades membro assumem qualquer responsabilidade isolada ou solidária pelos actos ou omissões de qualquer das outras sociedades membro. Cada uma das sociedades membro é uma entidade legal e separada que opera sob a marca Deloitte, Deloitte & Touche, Deloitte Touche Tohmatsu ou outros nomes relacionados. Capital Social: ,00 euros - NIPC: Matriculada na CRC de Lisboa sob o n.º Sede: Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, 1-6.º, Lisboa Tel.: +(351) Fax: +(351) Porto: Bom Sucesso Trade Center, Praça do Bom Sucesso, 61-13º, Porto - Tel.: +(351) Fax: +(351) Member of Deloitte Touche Tohmatsu 248 Banco BPI Relatório e Contas 2005

251 Deloitte & Associados, SROC S.A. Inscrição na OROC n.º 43 Registo na CMVM n.º 231 Página 2 de 3 Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, da aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Banco BPI, S.A. e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2005, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Certificação legal das contas e relatório de auditoria 249

252 Deloitte & Associados, SROC S.A. Inscrição na OROC n.º 43 Registo na CMVM n.º 231 Página 3 de 3 Ênfase 6. Conforme divulgado na Nota 2 do Anexo às demonstrações financeiras, em 2005 o Banco adoptou pela primeira vez as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia (IAS/IFRS) na apresentação das suas demonstrações financeiras consolidadas. No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adoptadas (Plano de Contas para o Sistema Bancário PCSB) para as IAS/IFRS, o Banco seguiu os requisitos previstos na Norma Internacional de Relato Financeiro 1 Adopção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS 1), tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de Consequentemente, a informação financeira com referência a 31 de Dezembro de 2004 e ao exercício então findo, anteriormente apresentada de acordo com o PCSB, foi reexpressa para as IAS/IFRS para efeitos de comparabilidade, excepto quanto às IAS 32 Instrumentos Financeiros Divulgação e Apresentação, IAS 39 Instrumentos Financeiros Reconhecimento e Mensuração e IFRS 4 Contratos de Seguro, que foram adoptadas pela primeira vez no exercício económico iniciado em 1 de Janeiro de 2005, tal como permitido pelo IFRS 1. Na nota 3 do Anexo às demonstrações financeiras são apresentadas as divulgações exigidas relativamente ao processo de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia. Porto, 10 de Março de 2006 DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco 250 Banco BPI Relatório e Contas 2005

253 Relatório e parecer do Conselho Fiscal RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL CONTAS CONSOLIDADAS Aos Accionistas do Banco BPI, S.A. Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos consolidados de prestação de contas do Banco BPI, S.A. (Banco) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Ao longo do exercício de 2005 acompanhámos a evolução da actividade e os negócios do Banco e das principais subsidiárias, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração, dos diversos serviços do Banco e dos órgãos sociais e serviços das principais subsidiárias, as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das nossas funções examinámos o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005, as Demonstrações dos resultados consolidados, dos fluxos de caixa consolidados e de alterações no capital próprio consolidado e o respectivo Anexo, bem como o Relatório de Gestão, preparado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, elaborado pelo Revisor Oficial de Contas vogal deste Conselho, o qual mereceu o nosso acordo. Face ao exposto, somos de opinião que, após considerado o descrito no parágrafo 6 da Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas. Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco BPI, S.A. o nosso apreço pela colaboração prestada. Porto, 10 de Março de 2006 Jorge Figueiredo Dias Presidente José Ferreira Amorim Vogal DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco Vogal Relatório e parecer do Conselho Fiscal 251

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255 Relatório sobre o Governo do Grupo BPI

256 Relatório sobre o Governo do Grupo BPI Declaração de cumprimento Introdução Princípios orientadores da política de governo do Grupo BPI Estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI Estrutura de governo e fiscalização do Grupo Assembleia Geral Conselho de Administração Comissão Executiva do Conselho de Administração Comité de Auditoria e de Controlo Interno Conselho Fiscal Comissão de Remunerações Comissão de Governo da Sociedade Administração do Banco Português de Investimento Administração do Banco de Fomento Angola Organograma funcional do Grupo Gestão dos riscos Princípios da gestão de riscos Repartição de competências em matéria de controlo e gestão de riscos Auditores externos Independência Responsabilidade Remuneração Remuneração Política de remuneração Remuneração dos membros dos órgãos sociais do Banco BPI Remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Programa de Remuneração Variável em Acções Planos de pensões dos Administradores dos Bancos Crédito aos membros do Conselho de Administração do Banco BPI Seguros dos Administradores do Banco BPI Indemnizações e cessação antecipada de contratos Outros benefícios / compensações Controlo accionista e transmissibilidade das acções Controlo accionista Acordos parassociais relativos ao exercício de direitos sociais ou relativos à transmissibilidade de acções Exercício do direito de voto e representação de Accionistas Promoção do exercício do direito de voto Atribuição de direito de voto Procedimentos relativos à representação Procedimentos relativos ao voto por correspondência postal Procedimentos relativos ao voto por meios electrónicos Exercício de direitos sociais por entidades do Grupo BPI Ética e deontologia Compromisso para com rigorosas normas de natureza ética e deontológica Equidade e salvaguarda de situações de conflito de interesses Violação do sigilo profissional Actividade de intermediação de valores mobiliários Comunicação de irregularidades Combate ao branqueamento de capitais Prevenção de situações de inside trading Negócios realizados entre o Banco BPI, de um lado, e os membros do seu Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, titulares de participações qualificadas ou sociedades pertencentes ao Grupo, do outro lado Transparência contabilística Responsabilidade social Comunicação com o mercado Princípios de divulgação de informação financeira e outros factos relevantes Direcção de Relações com os Investidores Sítio na Internet Representante para as relações com o mercado Acção Banco BPI Rendibilidade do Accionista Evolução em bolsa e comunicações ao mercado Política de dividendos 325 APÊNDICES Principais fontes normativas sobre o governo das sociedades em Portugal 326 Experiência, qualificação profissional e outros cargos de administração e fiscalização desempenhados em sociedades pelos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal do Banco BPI 328 Correspondência entre o regulamento e as recomendações da CMVM sobre o governo das sociedades e o relatório sobre o governo do BPI 335 Publicações, comunicações e eventos institucionais em Banco BPI Relatório e Contas 2005

257 Declaração de cumprimento O BPI cumpre integralmente as recomendações da CMVM relativas: ao governo das sociedades cotadas; montante total, agregado, de todas as remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração, distinguindo entre membros executivos e não-executivos e entre remunerações fixas e variáveis; ao exercício do voto por correspondência nas sociedades abertas; à divulgação de informação através da Internet. O sistema de remuneração do Conselho de Administração do Banco BPI e a sua divulgação pública respeitam os princípios e objectivos das recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas, nomeadamente a recomendação n.º 8, sem explicitar a remuneração individual de cada um dos seus membros. O actual sistema de remuneração, em vigor desde 2001, encontra-se descrito em capítulo próprio do Relatório e inclui, para os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração, uma componente variável em acções BPI e opções de compra de acções BPI, com regras próprias, definidas pelo Conselho de Administração e tornadas públicas em cada exercício. Esta componente foi criada com o objectivo expresso de reforçar o alinhamento dos principais executivos do Banco com os interesses da Instituição e dos Accionistas. Por sua vez, a informação contida no relatório sobre as condições de remuneração do Conselho de Administração inclui, desde 2001, os seguintes elementos: indicação individualizada da percentagem da remuneração variável que representa, para cada membro da Comissão Executiva do Conselho de Administração, o Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) relativo ao período abrangido pelo Relatório; indicação individualizada da quantidade de acções e opções atribuídas a cada membro da Comissão Executiva do Conselho de Administração, no âmbito do Programa de Remuneração Variável em Acções. Ponderados os interesses do BPI e dos seus Accionistas actuais e potenciais, as necessidades do mercado e os objectivos invocados nas recomendações da CMVM, a Comissão Executiva do Conselho de Administração considerou que a explicitação das remunerações individuais dos seus membros não acrescenta informação relevante para aqueles interesses, necessidades e objectivos, em relação às práticas já seguidas pelo Banco, que acolheu, por antecipação, o essencial da Recomendação n.º 8 da CMVM, segundo a qual a remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada por forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 255

258 1. Introdução O Conselho de Administração do Banco BPI vem submeter à apreciação dos seus Accionistas e do mercado o seu Relatório sobre o Governo do Grupo BPI, relativo ao exercício de , em cumprimento do seu dever de informação e transparência e em conformidade com as normas em vigor. Aperfeiçoamento das práticas e do reporte do governance do BPI O Conselho de Administração do Banco BPI tem tido uma preocupação permanente em aperfeiçoar o modelo de governo e fiscalização implementado no Grupo, assim como apresentar um relatório de corporate governance cada vez mais completo, respondendo positivamente às últimas iniciativas 2 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), bem como com às reflexões publicadas por diversos organismos nacionais e europeus, nomeadamente o Instituto Português de Corporate Governance 3, a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Fruto dessa preocupação, e tendo subjacente a recentemente anunciada revisão do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberou, na sua reunião de 9 de Março de 2006, apresentar à Assembleia Geral de Accionistas a realizar em 20 de Abril de 2006, uma proposta de alteração dos estatutos da sociedade, visando: a adopção de um novo modelo de administração e fiscalização (usualmente designado por modelo anglo-saxónico) em que se prevê a existência, como órgãos sociais: de um Conselho de Administração, sendo estabelecido que o mesmo deverá delegar a gestão corrente da sociedade numa Comissão Executiva; de uma Comissão de Auditoria, que será exclusivamente composta por membros não executivos do Conselho de Administração e cuja maioria terá de ser independente, a quem competirá, entre outros aspectos, a fiscalização da actividade da sociedade bem como a fiscalização da actividade e independência do Revisor Oficial de Contas; de um Revisor Oficial de Contas, a designar pela Assembleia Geral sob proposta da Comissão de Auditoria, e a quem competirá o exame e a certificação das contas; a previsão de dois novos órgãos consultivos do Conselho de Administração: a Comissão de Nomeações, Avaliação e Remunerações e a Comissão de Governo da Sociedade; a alteração do limite de contagem de votos quando emitidos por um só accionista, por si, em representação de outrem e/ou por pessoas que com ele se encontrem em alguma das relações previstas no número 1 do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários: o limite passa de 12.5% para 17.5% dos votos correspondentes ao capital social; a redução do número de acções exigidas para a detenção de um voto e, consequentemente, para a participação nas assembleias gerais: de 1000 acções para 500 acções; a inclusão de uma regra impondo ao Conselho de Administração a submissão a deliberação da Assembleia Geral de uma proposta de política de dividendos a longo prazo; a inclusão de uma regra que determina que a Assembleia Geral, ao eleger a Comissão de Remunerações, deverá definir para cada mandato, os limites das remunerações fixas de todos os membros do Conselho de Administração e a percentagem dos lucros que podem ser afectos a remuneração variável dos membros da Comissão Executiva. A produção de efeitos das modificações estatutárias previstas nas alíneas a) e b) ficará dependente, para além da sua deliberação pela Assembleia Geral, da sua aprovação pelo Banco de Portugal, da publicação e entrada em vigor da revisão do Código das Sociedades Comerciais destinada a modificar as modalidades alternativas da estrutura de administração e fiscalização das sociedades anónimas e da consagração em tal revisão do modelo de administração e fiscalização adoptado pelas alterações estatutárias acima referidas. Na mesma reunião, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberou ainda apresentar aos Accionistas uma proposta de elevação do número de membros do Conselho de Administração, de 19 para 21 membros, sendo intenção do Conselho de Administração propor nessa mesma Assembleia Geral que as vagas assim criadas sejam preenchidas por dois administradores independentes. de um Secretário da sociedade. 1) O relatório de gestão incluí um capítulo dedicado ao governo do Grupo BPI que se considera parte integrante deste documento. 2) Consubstanciadas, principalmente, na aprovação do Regulamento da CMVM n.º 10 / 2005 e na revisão das suas Recomendações sobre o Governo das Sociedades Cotadas (Novembro de 2005). 3) Consubstanciado, sobretudo, na publicação em Fevereiro de 2006 do Livro Branco sobre Corporate Governance em Portugal. 256 Banco BPI Relatório e Contas 2005

259 2. Princípios orientadores da política de governo do Grupo BPI PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA POLÍTICA DE GOVERNO DO GRUPO BPI 1 Criação de valor 5 Lealdade como primeiro objectivo da Administração e dos através da implementação de mecanismos que previnam Colaboradores do BPI. a ocorrência de situações de conflito de interesses. 2 Transparência da gestão 6 Eficiência Informação interna permite aos membros não- -executivos do Conselho de Administração, aos membros do Conselho Fiscal e aos membros do Comité de Auditoria e de Controlo Interno levar a cabo, com facilidade e eficácia, as suas funções de supervisão e fiscalização. Informação externa permite aos Accionistas, às Autoridades, aos Auditores, aos Investidores e à comunidade, em geral, avaliar da qualidade e da conformidade da informação prestada e dos resultados alcançados. 7 8 no funcionamento e interacção de todos os órgãos de administração e fiscalização da Sociedade. Rigor na administração dos diversos riscos subjacentes à actividade do Grupo. Participação na decisão através da adopção de modelos colegiais nos processos de tomada de decisão e no fomento do trabalho de equipa. 3 Independência 9 Desempenho e mérito da gestão executiva relativamente a qualquer como critérios fundamentais da política de Accionista individual ou a interesses específicos. remuneração dos Colaboradores e Administradores. 4 Equidade 10 Harmonia no relacionamento com os Accionistas, com os Clientes no alinhamento entre os interesses dos e com os Colaboradores. Accionistas, Administradores e Colaboradores. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 257

260 3. Estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e de controlo do Grupo BPI 3.1. ESTRUTURA DE GOVERNO E FISCALIZAÇÃO DO GRUPO As grandes linhas estratégicas do Grupo BPI são definidas pelo Conselho de Administração do Banco BPI. Tais orientações, periodicamente validadas em Assembleia Geral de Accionistas, são depois implementadas pela Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, cuja actividade é sistematicamente acompanhada pelo Conselho de Administração. Assembleia Geral de Accionistas Comissão de Remunerações Comité de Auditoria e de Controlo Interno Conselho de Administração do Banco BPI Conselho Fiscal Secretário da Sociedade Comissão Executiva do Banco de Fomento Angola Comissão Executiva do Banco BPI Comissão Executiva do Banco Português de Investimento Com efeito, o Conselho de Administração, decide sobre a existência e composição da Comissão Executiva e dos Conselhos de Administração dos Bancos do Grupo, aprova o plano e orçamento anual; avalia a evolução do Grupo face ao orçamento; delibera sobre a tomada de participações mais significativas em instituições financeiras ou no capital de outras empresas; acompanha a evolução de riscos de crédito e dos riscos de mercado; avalia a gestão dos fundos de pensões e o comportamento da carteira de participações financeiras; e analisa os juízos emitidos por agências de rating, por entidades de supervisão e por analistas financeiros sobre a actividade do Grupo BPI. Nas reuniões plenárias são ainda aprovados os resultados trimestrais do Grupo e a comunicação dos mesmos ao mercado. A Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI é o órgão executivo responsável pela gestão da actividade do Grupo. As suas principais funções são a alocação de capital às principais áreas de actividade do Grupo, de acordo com a orientação do Conselho de Administração, a avaliação da rendibilidade dos principais negócios, a gestão dos riscos financeiros, a decisão sobre os riscos de crédito e o acompanhamento dos mesmos, a decisão de investimento ou de desinvestimento nas participações de capital que não seja da competência do Conselho de Administração, e a gestão da política de recursos humanos. Este órgão é dirigido pelo Presidente do Conselho de Administração, integrando ainda quatro Administradores nãoexecutivos, dos quais um é vice-presidente do Conselho de Administração. O Comité de Auditoria e de Controlo Interno tem por principais funções a escolha dos auditores externos e apromoção da salvaguarda da sua independência, a fixação dos programas anuais para as auditorias interna e externa, o acompanhamento dos procedimentos do sistema de controlo interno das instituições de crédito maioritariamente participadas pelo Grupo BPI (incluindo, desde 2005, o Banco de Fomento Angola), bem como das áreas cuja actividade dê lugar aos riscos de crédito e operacionais mais importantes para o Grupo BPI. Compete ainda ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno acompanhar o cumprimento dos princípios de corporate governance do Grupo BPI. Ao Conselho Fiscal compete acompanhar toda a actividade do Banco BPI, zelando pela observância da lei e dos estatutos. A fim de assegurar um mais estreito acompanhamento de todas as áreas de risco do Grupo BPI, foi criado, em 1999, no âmbito do Conselho de Administração, o Comité de Controlo Interno, que em 2004 passou a designar-se Comité de Auditoria e de Controlo Interno. 258 Banco BPI Relatório e Contas 2005

261 A Comissão de Remunerações fixa a remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI e procede à avaliação dos elementos da Comissão Executiva do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, com vista à determinação das respectivas remunerações variáveis anuais. O Secretário da Sociedade, além de desempenhar as funções previstas na lei, é responsável pelas relações com as autoridades de supervisão e fiscalização, nomeadamente, o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) 1, o Instituto de Seguros de Portugal, a Direcção Geral de Impostos e Inspecção de Finanças. Compete ainda ao Secretário do Banco BPI elaborar as actas do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, promovendo a circulação das mesmas por todos os membros e assegurando o envio dos documentos de apoio às reuniões do Conselho de Administração. Os estatutos do Banco BPI estão disponíveis no web site de Relações com Investidores localizado no endereço Conforme se encontra referido no texto de introdução do presente relatório, serão submetidas a deliberação na Assembleia Geral Anual de Accionistas do Banco BPI, a realizar em 20 de Abril de 2006, um conjunto de propostas relativas a alterações na estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI, com vista ao aperfeiçoamento e modernização do governance do BPI. 1) Em articulação com o Representante para as Relações com o Mercado de Valores Mobiliários. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 259

262 ELEGIBILIDADE PARA OS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO REQUISITOS CONSAGRADOS NA LEI PORTUGUESA Requisitos de idoneidade, experiência profissional e Experiência profissional 2 disponibilidade O RGICSF considera que se presume existir experiência O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades adequada quando a pessoa em causa tenha previamente Financeiras (RGICSF), estabelece um conjunto de requisitos exercido, de forma competente, funções de responsabilidade e incompatibilidades, cujo cumprimento é indispensável para no domínio financeiro. que uma determinada pessoa seja elegível para um cargo de administração ou fiscalização de uma instituição de crédito ou Acumulação de cargos 3 sociedade financeira. O processo de avaliação é da O Banco de Portugal pode opor-se a que os membros do responsabilidade do Banco de Portugal, que para o efeito Conselho de Administração de um banco exerçam funções de poderá trocar informações com o Instituto de Seguros de administração noutras sociedades, se entender que a Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários acumulação é susceptível de prejudicar o exercício das funções entrando em consideração com três aspectos: a idoneidade que o interessado já desempenhe, nomeadamente por da pessoa em causa, a sua experiência profissional e a sua existirem riscos graves de conflito de interesses ou, tratando-se disponibilidade para o exercício do cargo. de pessoas a quem caiba a gestão corrente da instituição, por se verificarem inconvenientes significativos no que respeita à Idoneidade dos membros dos órgãos de administração e sua disponibilidade para o cargo. fiscalização 1 O RGICSF determina que apenas poderão fazer parte dos órgãos de administração e fiscalização de uma instituição de crédito ou sociedade financeira pessoas cuja idoneidade e disponibilidade dêem garantias de gestão sã e prudente, tendo em vista, de modo particular, a segurança dos fundos confiados à instituição. Na apreciação da idoneidade ter-se-á em conta o modo como a pessoa gere habitualmente os negócios ou exerce a profissão, em especial nos aspectos que revelem incapacidade para decidir de forma ponderada e criteriosa, ou a tendência para não cumprir pontualmente as suas obrigações, ou para ter comportamentos incompatíveis com a preservação da confiança do mercado. Entre outras circunstâncias atendíveis, considerar-se-á indiciador de falta de idoneidade o facto de a pessoa ter sido declarada por sentença responsável pela falência ou insolvência de empresa por ela dominada ou de que tenha sido administradora, directora ou gerente ou condenada por crimes como favorecimento de credores, falsificação, furto, extorsão, abuso de confiança, corrupção, emissão de cheques sem provisão, administração danosa, falsas declarações, branqueamento de capitais, abuso de informação, etc. 1) Citações retiradas do artigo 30.º, do capítulo III, do RGICSF. 2) Citações retiradas do artigo 31.º, do capítulo III, do RGICSF. 3) Citações retiradas do artigo 33.º, do capítulo III, do RGICSF. 260 Banco BPI Relatório e Contas 2005

263 3.2. ASSEMBLEIA GERAL A Assembleia Geral (AG) é o órgão social constituído pelos Accionistas com direito a voto isto é, todos os titulares de, pelo menos, mil acções do Banco BPI que aprecia matérias de vital importância para a vida da sociedade, sobre elas delibera e vota. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DA ASSEMBLEIA GERAL Eleição dos membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Comissão de Remunerações e da Mesa da Assembleia Geral; Avaliação do desempenho do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; Apreciação do relatório anual do Conselho de Administração, discussão e votação do balanço e contas consolidadas e individuais, assim como do parecer do Conselho Fiscal; Apreciação da orientação estratégica e das políticas adoptadas; Deliberação sobre a aplicação dos resultados do exercício, os aumentos de capital e a emissão de obrigações convertíveis em acções ou conferentes do direito a subscrever acções; Deliberação sobre alterações aos estatutos; Deliberação sobre a aquisição e alienação de acções próprias. Os Accionistas que não possuam mil acções podem agrupar-se, de forma a perfazer este número, e adquirir assim direito de voto. Por disposição estatutária, não são considerados os votos emitidos por um só Accionista, em nome próprio ou como representante de outro ou de outros, que excedam 12.5% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social. Os Accionistas dispõem de diversas formas de participação na Assembleia: presencial, mediante representação (por outros Accionistas ou por terceiros) e voto por correspondência postal ou electrónica. Regras de funcionamento A Assembleia Geral Anual do Banco BPI deve, nos termos da lei 2, reunir até ao final do mês de Maio. O Presidente da Mesa deverá proceder à convocação extraordinária da Assembleia Geral, sempre que tal lhe seja solicitado pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal, por Accionistas titulares de acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social ou noutros casos previstos na lei. A Assembleia Geral pode deliberar, em primeira convocação, qualquer que seja o número de Accionistas presentes ou representados. Exceptua-se a votação de propostas relativas a alterações nos estatutos do Banco ou a operações de fusão / cisão da Sociedade, entre outras situações especiais previstas na lei 3. Nestes casos, é necessário que estejam presentes ou representados Accionistas que detenham, pelo menos, acções correspondentes a um terço do capital social 4 e que as propostas em apreço sejam aprovadas por dois terços dos votos emitidos. Em segunda convocação, a Assembleia pode deliberar, seja qual for o número de Accionistas presentes ou representados e o capital por eles representado. Nas últimas três Assembleias, realizadas a 10 de Abril de 2003, 20 de Abril de 2004 e 20 de Abril de 2005, estiveram presentes ou representados Accionistas detentores de acções correspondentes a 59.3%, 60.9% e 56.5% dos direitos de voto, respectivamente. O Accionista ou Accionistas que possuam acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social podem requerer que na ordem de trabalhos de uma Assembleia Geral, já convocada ou a convocar, sejam incluídos determinados assuntos, devendo, para esse efeito, dirigir um requerimento por escrito ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, nos cinco dias seguintes à última publicação da convocatória respectiva 5. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente João Vieira de Castro Vice-Presidente António Lobo Xavier 1 Secretários Galucho Indústrias Metalomecânicas, S.A. (representado por Carlos Rosa Justino) Produtos Sarcol, S.A. (representado por M.ª Alexandra Magalhães) Já no decorrer das Assembleias Gerais, qualquer Accionista pode requerer que lhe sejam prestadas as informações necessárias a formar opinião fundamentada sobre os assuntos sujeitos a deliberação. Não obstante a faculdade expressa no parágrafo anterior, as propostas apresentadas à Assembleia de Accionistas têm sido, em geral, da iniciativa do Conselho de Administração. 1) Por carta de 15 de Março de 2006, António Lobo Xavier renunciou ao cargo de Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral. 2) Isto porque o Banco BPI apresenta contas consolidadas. Caso contrário, teria de reunir até final de Março (n.º 1 do artigo 376 do Código das Sociedades Comerciais). 3) Número 2 do artigo 386 do Código das Sociedades Comerciais. 4) Números 2 dos artigos 383 e 386 do Código das Sociedades Comerciais. 5) Números 1 e 2 do artigo 378 do Código das Sociedades Comerciais. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 261

264 Resultados das Assembleias de Accionistas dos últimos 5 anos As propostas apresentadas em Assembleia Geral têm sido, consistentemente, aprovadas pela totalidade ou quase totalidade dos Accionistas presentes ou representados, conforme é possível verificar no quadro seguinte: Propostas (em termos genéricos) apresentadas nas Assembleias de Accionistas realizadas nos últimos cinco anos e percentagem de votos a favor que obtiveram 29 Mar Jun Abr Nov Abr Abr Abr. 05 Relatório e contas 99.99% % % 99.31% 99.91% Aplicação de resultados 99.99% % % 99.99% % Apreciação geral da administração e fiscalização % % % 99.99% % Aquisição e alienação de acções próprias % % 99.99% 99.99% Eleição trienal dos órgãos sociais % % 2 Alteração dos estatutos % 99.99% - Reorganização societária % % Alteração à composição do Conselho de Administração % % 99.99% 4 - Aumento de capital % ) Proposta de voto de confiança e louvor aos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal apresentada por um Accionista. 2) Proposta de um Accionista. 3) Nesta Assembleia foram votadas quatro propostas, todas referentes ao projecto de reorganização societária concluído no final de ) Nesta Assembleia foi ainda aprovado por unanimidade um voto de congratulação pela forma como se processou a transmissão do cargo da Presidência da Comissão Executiva do Banco BPI e um voto de louvor a Artur Santos Silva pelo modo como desempenhou as funções de comando executivo do Banco desde a fundação do Grupo BPI em Assembleias Gerais de Accionistas realizadas em 2005 A Assembleia Geral de Accionistas do Banco BPI reuniu, em 2005, por uma única vez, no dia 20 de Abril. Estiveram presentes ou representados Accionistas detentores de acções correspondentes a 56.5% dos direitos de voto, tendo os Accionistas deliberado e aprovado as propostas que se seguem. Propostas apresentadas na Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2005 Percentagem de votos A favor Abstenções Contra Relatório de gestão e contas individuais e consolidadas do Banco BPI, relativas ao exercício de % 0.09% - Aplicação dos resultados do exercício de 2004, que incluía a distribuição de um dividendo de 10 cêntimos a cada uma das acções representativas do capital social em 31 de Dezembro de % - - Voto de confiança e louvor ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, extensivo a todos e a cada um dos membros dos órgãos sociais, pelo modo como exerceram os respectivos mandatos durante o exercício de % - - Autorização para aquisição e alienação de acções próprias 99.99% 0.01% - Eleição dos órgãos sociais para o mandato de 2005 / No âmbito deste ponto, foi ainda votado um voto de reconhecimento e louvor ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que foi aprovado por unanimidade e aclamação 99.99% % O BPI adopta a política de difundir publicamente, logo após a conclusão da Assembleia Geral, os resultados das deliberações dos Accionistas, através da publicação de um comunicado nos web sites da CMVM ( e de Relações com Investidores do BPI ( e através do envio do mesmo para os órgãos de comunicação social generalistas e especializados. 262 Banco BPI Relatório e Contas 2005

265 Assembleia Geral Anual 20 de Abril de 2006 A próxima Assembleia Geral Anual realizar-se-á no dia 20 de Abril, pelas horas, na Fundação de Serralves, na cidade do Porto. ORDEM DE TRABALHOS DA ASSEMBLEIA GERAL ANUAL O Conselho de Administração irá propor aos Accionistas a deliberação e votação: 1) do Relatório de Gestão e Contas individuais e consolidadas do Banco BPI, relativas ao exercício de 2005; 2) da proposta de aplicação dos resultados do exercício de 2005; 3) da apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade; 4) da ratificação da cooptação feita para preenchimento de uma vaga ocorrida no Conselho de Administração; 5) da elevação do número de membros do Conselho de Administração de 19 para 21 e eleição de dois novos membros para as vagas que por esse meio são criadas; O BPI tem a preocupação permanente de estimular a participação dos Accionistas na vida da Sociedade, designadamente, nas reuniões da Assembleia Geral. Para o efeito, promove activamente o exercício do direito de voto presencial, por representação ou por correspondência postal e electrónica, facultando aos Accionistas muito para além daquilo que lhe seria exigível por lei toda a informação e meios necessários à participação destes nas referidas reuniões. Toda a informação é facultada aos Accionistas, simultaneamente, em língua portuguesa e inglesa. O Auditor Externo, através do sócio responsável pela auditoria às demonstrações financeiras consolidadas do Banco BPI, está presente nas Assembleias Gerais Anuais, encontrando-se disponível para esclarecer os Accionistas, sobre qualquer questão relacionada com as opiniões emitidas relativas às contas individuais ou consolidadas do Banco BPI. 6) do preenchimento de uma vaga ocorrida na Comissão de Remunerações; 7) da proposta de alteração dos actuais artigos 7.º, 10.º, 11.º, 12.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 20.º e 21.º, criação de três novas secções no capítulo III dos estatutos (a secção III Comissão de Auditoria, a secção IV Revisor Oficial de Contas e a Secção V Secretário da Sociedade) a que corresponderão os novos artigos 22.º a 25.º, renumeração dos anteriores artigos 23.º a 29.º, que passam a corresponder aos artigos 26.º a 32.º e alteração dos artigos (na sua nova numeração) 26.º, 28.º, 29.º, 30.º e 32.º dos Estatutos da sociedade; 8) da designação dos membros da Comissão de Auditoria e de quem, de entre eles, desempenhará as funções de presidente desse órgão; 9) da designação do Revisor Oficial de Contas; 10) de uma proposta sobre a aquisição e alienação de acções próprias. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 263

266 Informação preparatória da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2006 e meios de informação disponíveis Canais de Comunicação Presencialmente 1 Disponibilizados pelo BPI Internet ( (ag2006@bancobpi.pt) Linha telefónica informativa sobre a AGA ( ) Correio Postal Por iniciativa do BPI Por solicitação do accionista 2 Outros canais Web site da CMVM ( Media Data de disponibilidade nos canais BPI Elementos obrigatórios por lei ou regulamento 3 Convocatória Propostas do Conselho de Administração: Relatório e contas 5 referente ao exercício de 2005 Aplicação dos resultados relativos ao exercício de 2005 Cooptação feita para preenchimento de uma vaga ocorrida no Conselho de Administração Elevação do número de membros do Conselho de Administração de 19 para 21 e eleição de 2 novos membros para as vagas que por esse meio são criadas Preenchimento de uma vaga ocorrida na Comissão de Remunerações Proposta de alteração aos Estatutos da Sociedade Designação dos membros da Comissão de Auditoria e de quem, de entre eles, desempenhará as funções de presidente desse órgão Designação do Revisor Oficial de Contas Aquisição e alienação de acções próprias Propostas de Accionistas Apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade Elementos adicionais disponibilizados pelo BPI Minutas para o exercício de voto por representação Solicitação de emissão de declaração de registo e mobilização Boletins de voto para o exercício de voto por correspondência postal Minutas para o exercício de voto por correspondência electrónica Esclarecimento de questões Estatutos e regulamentos do Banco BPI Resultados das votações das propostas Março 06 5 Abril 06 5 Abril 06 5 Abril 06 5 Abril 06 5 Abril Março 06 5 Abril 06 5 Abril 06 5 Abril 06 5 Abril Março Março Março Março 06 Permanente Permanente 20 Abril 06 1) Na sede do Banco BPI (Direcção de Relações com Investidores, Rua Tenente Valadim, n.º 284, 3.º andar, Porto) e em Lisboa, na Direcção de Relações Públicas, no Largo Jean Monnet, n.º 1, 1.º andar. 2) Endereço postal: Assembleia Geral de Accionistas Abril de 2006, Departamento de Títulos Área de Fundos e Serviços, Rua Tenente Valadim, 284, Porto. 3) Código das Sociedades Comerciais (artigo 289) e Regulamentos da CMVM (n.º 11 / 2003). 4) Enviados a Accionistas detentores de 5 ou mais direitos de voto. 5) Relatório de gestão, contas individuais e consolidadas, certificação legal das contas e parecer do Conselho Fiscal. 6) Na Direcção de Relações com Investidores. 264 Banco BPI Relatório e Contas 2005

267 3.3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências do Conselho de Administração O Conselho de Administração do Banco BPI é o órgão social ao qual cabe zelar pelos interesses gerais da Sociedade, praticando todos os actos necessários ou convenientes para o desenvolvimento das actividades previstas no objecto social. O Conselho de Administração tem delegado numa Comissão Executiva a gestão corrente da Sociedade, dentro dos limites definidos pelo respectivo regulamento. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Escolher a Comissão Executiva e acompanhar sistematicamente a respectiva actividade. Aprovar o plano estratégico, bem como o plano e orçamento anual do Grupo BPI, acompanhando periodicamente a execução do mesmo. Aprovar exposições de risco superiores a 15% do capital próprio e manter-se informado a respeito das mesmas. Analisar a evolução das principais participações de capital do Grupo BPI. Apreciar, anualmente, o sistema interno de rating, aplicado a todas as empresas com risco de crédito e cujo volume de vendas seja superior a 1.25 M.. Deliberar sobre investimentos e parcerias estratégicas. Acompanhar a evolução das responsabilidades por pensões e dos activos dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo. Preparar os documentos de prestação de contas e a proposta de aplicação de resultados a apresentar à Assembleia Geral. Propor à Assembleia Geral eventuais alterações aos estatutos, aumentos de capital e emissões de obrigações que não sejam da sua competência (isto é, obrigações convertíveis em acções e obrigações conferentes do direito a subscrever acções). Deliberar a emissão de obrigações, quando para tal for competente. Aprovar os códigos de conduta das sociedades que domina totalmente. Representar a Sociedade em juízo ou fora dele, activa e passivamente, instaurar e contestar quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais, confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções e comprometer-se em arbítrios. Adquirir, alienar ou onerar quaisquer bens ou direitos; Constituir mandatários para a prática de determinados actos, ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos. Presidente do Conselho de Administração O Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI é Artur Santos Silva. Artur Santos Silva foi simultaneamente Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva até à Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de Nessa data, cessou funções executivas, em consonância com o artigo 26, número 3 dos Estatutos do Banco, que determina que os administradores que forem membros da Comissão Executiva cessam funções nessa Comissão uma vez aprovadas as contas respeitantes ao exercício em que completam 62 anos. A introdução deste limite de idade nos estatutos do Banco, resultou de uma proposta do próprio Artur Santos Silva levada a Conselho de Administração em Cabe ao Presidente do Conselho de Administração coordenar a actividade do Conselho, dirigindo as respectivas reuniões e velando pela execução das suas deliberações. Ao Presidente compete ainda, em primeira linha, a responsabilidade de representar a instituição junto dos poderes públicos e demais autoridades. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 265

268 Artur Santos Silva (Presidente) Data de nascimento 22 de Maio de 1941 Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Experiência profissional 1985: Stanford Executive Program, Stanford University 1963: Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Presidente do Conselho de Administração da Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd : Vice-Governador do Banco de Portugal : Secretário de Estado do Tesouro : Director do Banco Português do Atlântico : Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, nas cadeiras de Finanças Públicas e Economia Política Composição do Conselho de Administração O Conselho de Administração do Banco BPI é, actualmente, composto por 19 membros, dos quais sete constituem a Comissão Executiva. Composição do Conselho de Administração do Banco BPI Em 31 de Dezembro de 2005 Comissão Executiva Conselho de Administração Administradores não-executivos Não-independentes Independentes Data da primeira designação 1 Termo do mandato actual Comité de Auditoria e de Controlo Interno Comissão de Remunerações 2 Nacionalidade Presidente Artur Santos Silva 06 Out. 81 AGA de 2007 Presidente Portuguesa Vice-Presidentes Carlos da Câmara Pestana 25 Mar. 93 AGA de 2007 Presidente 3 Portuguesa Fernando Ulrich Presidente 22 Mar. 85 AGA de 2007 Portuguesa Rui Octávio Matos de Carvalho 22 Mar. 85 AGA de 2007 Vice-Presidente Portuguesa Vogais Alfredo Rezende de Almeida 06 Out. 81 AGA de 2007 Portuguesa António Domingues Vice-Presidente 27 Mar. 96 AGA de 2007 Portuguesa António Farinha Morais 11 Dez. 02 AGA de 2007 Portuguesa Armando Leite de Pinho 26 Mar. 87 AGA de Portuguesa Edgar Alves Ferreira 5 20 Out. 05 AGA de 2007 Portuguesa Herbert Walter 6 21 Abr. 04 AGA de 2007 Germânica José Pena do Amaral 21 Abr. 99 AGA de 2007 Portuguesa Isidro Fainé Casas 27 Mar. 96 AGA de 2007 Espanhola Klaus Dührkop 21 Abr. 99 AGA de 2007 Germânica Manuel Ferreira da Silva 26 Abr. 01 AGA de 2007 Portuguesa Marcelino Armenter Vidal 7 03 Fev. 05 AGA de 2007 Espanhola Maria Celeste Hagatong 27 Set. 00 AGA de 2007 Portuguesa Pedro Barreto 20 Abr. 04 AGA de 2007 Portuguesa Roberto Egydio Setúbal 24 Mar. 94 AGA de 2007 Brasileira Tomaz Jervell 26 Mar. 87 AGA de 2007 Portuguesa 1) Designação directa ou em representação, efectiva ou como suplente como Membro do Conselho de Administração, Membro do Conselho Geral ou Membro da Direcção, da instituição que encabeçava o Grupo BPI. 2) A Comissão de Remunerações é composta pelos accionistas IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS,S.A., Arsopi Holding, SGPS, S.A. e, até 26 de Janeiro de 2006, pela Violas SGPS, S.A. Na Assembleia Geral de Accionistas a realizar em 20 de Abril de 2006, irá ser proposto que seja eleita a sociedade HVF, SGPS, S.A. como novo vogal da Comissão de Remunerações, preenchendo até ao termo do mandato em curso, a vaga resultante da perda da qualidade de Accionista da sociedade Violas, SGPS, S.A. 3) Em representação da IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, S.A. 4) Em representação da Arsopi Holding, SGPS, S.A. 5) Cooptado pelo Conselho de Administração em 20 de Outubro de ) Em representação da RAS International III, B.V. 7) Em representação da Caixa Holding, S.A, Sociedad Unipersonal. Em 20 de Outubro de 2005, o Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI, Manuel Soares de Oliveira Violas, apresentou ao Secretário da Sociedade, a sua renúncia àquele cargo. Assim, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberou cooptar o Eng. Edgar Alves Ferreira para o exercício do cargo deixado vago pela renúncia anteriormente referida 1. 1) Posteriormente, em 21 de Dezembro de 2005, o Banco de Portugal informou o Banco BPI que havia procedido ao averbamento da renúncia de Manuel Soares de Oliveira Violas e à inscrição no registo de Edgar Alves Ferreira em sua substituição. 266 Banco BPI Relatório e Contas 2005

269 Nomeação Os membros do Conselho de Administração são eleitos em nome individual, por períodos de três anos, em Assembleia Geral de Accionistas, sendo sempre possível a sua reeleição. É prática instituída no BPI que quando um Administrador, por qualquer motivo, fica incapacitado de exercer as suas funções ou as circustâncias atinentes à sua nomeação se tiverem alterado de forma substancial, o administrador deverá resignar ao cargo. Quando tal sucede, o Conselho de Administração tem designado, por cooptação, um outro para o substituir, cooptação essa que deverá ser ratificada na primeira Assembleia subsequente. Qualificação dos membros do Conselho de Administração quanto à independência De acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento da CMVM n.º 11 / , cinco Administradores do Banco BPI qualificam-se como não-independentes pelo facto de exercerem funções de administração em sociedades susceptíveis de serem consideradas como concorrentes do BPI. A saber: os Administradores Carlos da Câmara Pestana e Roberto Egydio Setúbal exercem funções de administração em bancos do Grupo Itaú, sendo este último Director Presidente e Director Geral do Banco Itaú, S.A.; Conforme mencionado no inicio deste relatório, o Conselho de Administração irá apresentar aos Accionistas, na Assembleia Geral a realizar em 20 de Abril de 2006, uma proposta de alteração dos estatutos, que prevê a criação de um novo órgão consultivo do Conselho de Administração: a Comissão de Nomeações, Avaliação e Remunerações. A ser aprovada aquela Comissão será, composta por três a cinco administradores não-executivos, a quem caberá dar parecer sobre o preenchimento de qualquer vaga ocorrida nos Órgãos Sociais, sobre a escolha dos Administradores a designar para a Comissão Executiva, bem como sobre a avaliação e fixação das retribuições destes últimos. Conforme referido no capítulo 3, os membros do Conselho de Administração estão sujeitos a escrutínio e registo no Banco de Portugal. Se o Banco Central entender que o candidato a membro não preenche os requisitos de idoneidade, experiência profissional e disponibilidade, que assegurem uma gestão sã e prudente, tendo em vista, de modo particular, a segurança dos fundos confiados o Banco de Portugal pode recusar o seu registo. Um administrador pode ser demitido por uma resolução em Assembleia Geral de Accionistas tomada por maioria simples. A lei portuguesa não prevê estruturas do tipo classified ou staggered boards ou outras quaisquer regras de eleição que tenham por principal objectivo dificultar o processo de substituição dos membros do Conselho de Administração 1. Não está igualmente previsto o sistema de Cumulative Voting 2 ou algo equiparável. os Administradores Isidro Fainé Casas e Marcelino Armenter Vidal são, respectivamente, Director Geral da Caixa de Ahorros y Pensiones de Barcelona la Caixa e Director Geral da Caixa Holding, S.A.; o Administrador Herbert Walter é Presidente da Comissão Executiva do Dresdner Bank AG e Administrador não-executivo do Banco Popular Español S.A. Informa-se, por outro lado, que o Administrador não-executivo Klaus Dürkop foi indicado pelo Accionista Allianz, detentor, em 31 de Dezembro de 2005, de 8.8% do capital do BPI; o Administrador não-executivo Armando Leite de Pinho e pessoas e entidades com ele relacionadas detêm 2.9% do capital do BPI; o Administrador não-executivo Edgar Alves Ferreira é administrador na sociedade HVF SGPS, S.A., detentora de uma participação de 2.9% no capital do BPI; e o Administrador não-executivo Tomaz Jervell é Presidente do Conselho de Gerência da Auto Sueco, Lda., sociedade que controla 1.6% do capital social do BPI. Regras de funcionamento O Conselho de Administração só pode deliberar estando presente ou estando representada a maioria dos seus membros. As decisões são tomadas por maioria absoluta de votos e o Presidente tem voto de qualidade. Qualquer membro do Conselho de Administração pode fazer-se representar por outro membro do Conselho de Administração, mas nenhum poderá representar, em cada reunião, mais de um membro. 1) A lei apenas prevê (n.º 2, do art.º 391 do CSC) que no contrato de sociedade se possa estipular que a eleição dos administradores deva ser aprovada por votos correspondentes a determinada percentagem do capital ou que a eleição de alguns deles, em número não superior a um terço do total, deva ser também aprovada por maioria dos votos conferidos a certas acções, mas não permite a atribuição a certas categorias de acções o direito de designação de administradores 2) Sistema de eleição que, basicamente, permite desdobrar os direitos de voto, dando a possibilidade a um Accionista de concentrar os seus votos na eleição de um determinado administrador. É, assim, um sistema que facilita a eleição de um administrador representante de accionistas minoritários, porventura não alinhado com os accionistas dominantes. 3) Com as alterações introduzidas pelos Regulamentos da CMVM n.º 11 / 2003 e n.º 10 / Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 267

270 Informação aos membros não-executivos Com o objectivo de manter os Administradores não-executivos permanentemente informados sobre a situação do Grupo é-lhes enviada mensalmente informação sobre a situação económico-financeira consolidada do Grupo, bem como sobre a evolução e situação das principais unidades de negócio e do fundo de pensões do Banco BPI. Esta informação contém texto justificativo das alterações mais salientes e inclui, sempre que possível, a comparação da evolução no mês e a acumulada com o orçamento e com o período homólogo do ano anterior. Por outro lado, os Administradores não-executivos são trimestralmente informados sobre as principais decisões tomadas pela Comissão Executiva através de documento preparado pelo Secretário da Sociedade, que assiste às reuniões da Comissão Executiva e elabora as respectivas actas. Importa ainda referir que é fornecido, no momento da entrada de um novo administrador, uma síntese dos principais procedimentos legais, regulamentares e administrativos que lhe são exigidos, no âmbito das suas novas funções. Regulamentos e códigos de conduta Cabe ainda ao Conselho de Administração regular o seu funcionamento interno, através da elaboração e aprovação de regulamentos. A mais recente revisão dos regulamentos do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ocorreu em 3 de Dezembro de Os Accionistas podem consultar os referidos regulamentos na sede da Sociedade e no web site Os membros do Conselho de Administração estão vinculados a um rigoroso dever de confidencialidade sobre as matérias discutidas nas reuniões do Conselho, e os membros que façam parte da Comissão de Remunerações e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno estão obrigados ao cumprimento do mesmo dever, quanto às reuniões destes órgãos. Os membros do Conselho de Administração encontram-se vinculados, de forma idêntica, a rigorosos deveres de informação e actuação, com o objectivo de assegurar que, no desempenho das suas funções, não possam vir a colocar-se em situação em que haja ou possa haver conflitos de interesses. CONFLITOS DE INTERESSES Artigo 9 do regulamento do Conselho de Administração Os membros do Conselho de Administração devem dar conta de qualquer interesse, directo ou indirecto, que eles, algum dos seus familiares ou entidades a que profissionalmente se encontrem ligados, possam ter na Empresa em relação à qual seja considerada a possibilidade de uma tomada de participação ou de os bancos ou sociedades do Grupo BPI concederem um financiamento ou prestarem algum serviço. Nas circunstâncias referidas no número anterior, deverão eles descrever a natureza e extensão de tal interesse e, caso este seja substancial, abster-se de participar na discussão e/ou votação de qualquer proposta que a essa operação diga respeito. A lei portuguesa estabelece que os Administradores, assim como os membros do Conselho Fiscal, são solidariamente responsáveis para com a sociedade 1 e para com os credores sociais 2, respondendo pela inobservância culposa de disposições legais e dos deveres estatutários. Os membros do Conselho de Administração, incluindo os que pertencem à Comissão Executiva, detinham, em nome individual, em 31 de Dezembro de 2005, 0.8% do capital social e representavam Accionistas ou exerciam cargos de administração em Accionistas que, à data de 31 de Dezembro de 2005, eram detentores de acções correspondentes a 48.2% do capital do Banco BPI. Em apêndice a este relatório, é prestada informação sobre as habilitações académicas, experiência profissional e uma relação dos cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração do Banco BPI em empresas do Grupo BPI ou em outras sociedades. Exercício das funções do Conselho em 2005 e no 1.º trimestre de 2006 O Conselho de Administração reuniu por seis vezes em 2005, tendo-se registado um nível médio de presenças de 80%, ou de 94%, se se incluir as presenças por mandato de representação 3. Nas reuniões de 26 de Janeiro e 9 de Março de 2006, o Conselho de Administração apreciou e deliberou sobre matérias respeitantes ao exercício de 2005, em especial a aprovação das propostas de relatório e contas do exercício e das propostas de distribuição de resultados a apresentar aos Accionistas. Durante o exercício de 2005, e nas duas primeiras reuniões de 2006, o Conselho de Administração do Banco BPI ponderou e aprovou, entre outras, as matérias que a seguir se indicam. 1) Código das Sociedades Comerciais Capítulo VII: Responsabilidade civil pela constituição, administração e fiscalização da sociedade. 2) Quando o património da Sociedade se torne insuficiente para a satisfação dos referidos créditos. 3) Conforme previsto no artigo 11.º dos estatutos do Banco BPI. 268 Banco BPI Relatório e Contas 2005

271 Principais deliberações do Conselho de Administração Datas 2005: 14 Dez. 2005: 27 Jan., 21 Abr., 21 Jul., 20 Out.; 2006: 26 Jan. 2005: 27 Jan., 3 Mar. 2005: 3 Mar.; 2006: 9 Mar. 2006: 26 Jan., 9 Mar. 2005: 3 Mar.; 2006: 9 Mar. 2005: 3 Mar. 2006: 9 Mar. 2005: 27 Jan., 3 Mar., 21 Abr., 21 Jul., 20 Out. e 14 Dez.; 2006: 26 Jan., 9 Mar. 2005: 21 Jul., 20 Out. e 14 Dez. 2005: 21 Jul. 2005: 14 Dez. 2005: 27 Jan., 3 Mar., 21 Abr., 21 Jul., 20 Out. e 14 Dez.; 2006: 26 Jan., 9 Mar. 2005: 21 Jul. e 20 Out.; 2006: 9 Mar. 2005: 20 Out. 2005: 3 Mar., 21 Jul. e 20 Out.; 2006: 9 Mar. 2005: 27 Jan., 21 Abr., 21 Jul., 20 Out. e 14 Dez.; 2006: 26 Jan. 2005: 21 Abr. 2005: 21 Abr. 2005: 21 Jul. 2005: 20 Out. 2005: 20 Out., 14 Dez. Deliberações Aprovação dos planos e orçamentos Aprovação do Plano e Orçamento do Grupo BPI para Prestação de contas e proposta de aplicação de resultados Apreciação das contas consolidadas trimestrais e deliberação sobre a divulgação pública das mesmas. Apreciação e aprovação da proposta a ser apresentada à Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2005, no sentido de, em 2005, ser distribuído um dividendo de 10 cêntimos por acção relativo ao exercício de Apreciação das contas consolidadas em 31 de Janeiro de 2005 (3 Mar.05) e em 31 de Janeiro de 2006 (9 Mar. 06). Apreciação e aprovação da proposta a ser apresentada à Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2006, no sentido de, em 2006, ser distribuído um dividendo de 12 cêntimos por acção relativo ao exercício de Iniciativas de apresentação de propostas à Assembleia Geral de Accionistas Aprovação das propostas de Convocatória da Assembleia Geral de Accionistas realizada em 20 de Abril de 2005 (3 Mar. 05) e a realizar em 20 de Abril de 2006 (9 Mar. 06), bem como das propostas a apresentar pelo Conselho de Administração naquelas Assembleias. Aprovação do projecto de Relatório e Contas, relativo ao exercício de 2004, a apresentar à Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de Aprovação do projecto de Relatório e Contas, relativo ao exercício de 2005, a apresentar à Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de Análise da evolução das principais participações de capital e parcerias estratégicas Apreciação da evolução da carteira de participações financeiras do Banco e, em particular, das participações no Millennium BCP (em conformidade com as orientações definidas pelo Banco de Portugal) e na Viacer. Apreciação da evolução do projecto Petrocer / Galp Energia. Aprovação da alienação da participação do Banco no capital social da Portugal Telecom, SGPS, S.A. Aprovada a participação no capital social da SOFIDE Sociedade Financeira para o Desenvolvimento. Acompanhar a evolução das responsabilidades por pensões e dos activos dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo Apreciação das responsabilidades por pensões de reforma e de sobrevivência e da respectiva cobertura pelo fundo de pensões bem como da rentabilidade por este alcançada. Aprovar e acompanhar a exposição do Banco aos riscos de maior dimensão Apreciação das empresas em observação, isto é, das empresas Clientes que, dado o seu desempenho, são objecto de observação permanente pelo Banco. Apreciação dos resultados da aplicação dos sistemas de avaliação do risco na área do crédito a empresas e nas áreas de negócios com particulares (especialmente crédito hipotecário) e pequenos negócios. Apreciação das exposições individuais a riscos de crédito superiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco. Apreciação da Informação do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente do Comité de Auditoria e de Controle Interno sobre a actividade deste órgão. Emissão de obrigações Aprovação da renovação / revisão do Euro Medium Term Note Programme e elevação do respectivo montante global de 5 mil milhões de euros para 7 mil milhões de euros. Funcionamento interno Aprovação das designações: da Comissão Executiva, do Vice-Presidente e dos Vogais do Comité de Auditoria e de Controlo Interno e do Secretário da Sociedade e do Secretário da Sociedade Suplente. Acordo com observância do disposto no n.º 7 do artigo 85.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras à alteração das condições em que foi emitida uma garantia a favor de um Membro do Conselho de Administração. Registo da renúncia apresentada pelo Vogal do Conselho de Administração Manuel de Oliveira Violas e aprovação da cooptação, para preenchimento do cargo deixado vago, do Vogal do Conselho de Administração Edgar Alves Ferreira. Aprovação dos calendários das reuniões da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno a realizar em Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 269

272 Principais deliberações do Conselho de Administração (continuação) Datas 2006: 9 Mar. 2006: 9 Mar. 2005: 27 Jan. e 3 Mar. 2005: 27 Jan., 3 Mar., 21 Abr., 21 Jul., 20 Out. e 14 Dez.; 2006: 26 Jan., 9 Mar. 2005: 27 Jan. e 20 Out. 2005: 21 Abr., 21 Jul., 20 Out. e 14 Dez.; 2006: 26 Jan. 2005: 20 Out. 2005: 14 Dez. 2005: 14 Dez. 2006: 26 Jan. 2006: 26 Jan. 2006: 26 Jan., 9 Mar. Deliberações Aprovação do Código de Conduta do Grupo BPI. Reflexão sobre a adopção de alterações ao corporate governance do BPI. Outros assuntos de interesse geral para a sociedade Apreciação do impacto da adopção dos IAS / IFRS sobre as reservas, os resultados do exercício, os fundos próprios e a organização interna do Banco. Análise do comportamento em bolsa das acções do Banco BPI. Aprovação de alterações às Directrizes e Regulamento do RVA Programa de Remuneração Variável em Acções. Apreciação da situação patrimonial e da actividade do Banco de Fomento Angola. Apreciação da situação e perspectivas de evolução da economia portuguesa. Reflexão sobre os principais acontecimentos, condicionantes e iniciativas que envolveram a gestão do Banco em Apreciação das negociações entre um Grupo de Trabalho da Associação Portuguesa de Bancos e os Sindicatos Verticais representativos dos trabalhadores bancários visando a instituição de um novo modelo social aplicável a estes trabalhadores. Participação do banco no financiamento de parques eólicos. Apreciação da actividade desenvolvida pelo BPI como broker ibérico. Reflexão sobre as consequências da transposição para o direito português da Directiva das OPA s. 270 Banco BPI Relatório e Contas 2005

273 3.4. COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências da Comissão Executiva A Comissão Executiva do Conselho de Administração (Comissão Executiva) do Banco BPI é o órgão responsável pela gestão global da actividade do Grupo. Todos os membros da Comissão Executiva desempenham um papel activo na gestão corrente do negócio do Grupo, tendo sob sua responsabilidade uma ou mais áreas específicas do negócio, de acordo com o respectivo perfil e com as especializações individuais. Sem prejuízo da maior ou menor concentração de um ou outro elemento numa determinada área, o processo de tomada de decisão em matéria relacionada com a condução operacional do Grupo desenrola-se de modo colegial. São conferidos, à Comissão Executiva do Banco BPI, os amplos poderes de gestão necessários ou convenientes para o exercício da actividade bancária. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO EXECUTIVA Concessão de crédito e garantias, desde que de tal não resulte um envolvimento com uma só entidade ou Grupo, cuja expressão seja superior a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI. Realização de operações cambiais. Realização de operações passivas, incluindo emissão de obrigações de caixa e instrumentos financeiros de natureza similar. Investimento ou desinvestimento em participações de capital, à excepção das participações em Bancos e Companhias de Seguros ou outros de significativa dimensão. Aquisição, alienação ou oneração de quaisquer outros valores mobiliários, imobiliários, bens móveis e serviços. Admissão de Colaboradores, definição das condições remuneratórias e exercício do poder disciplinar. Abertura ou encerramento de sucursais ou agências. Designação dos representantes do Banco nas Assembleias Gerais das sociedades suas participadas. Designação das pessoas que deverão exercer os cargos sociais para os quais o Banco venha a ser eleito. Emissão de instruções vinculativas para as sociedades que estiverem com a Sociedade em relação de grupo constituído por domínio total. Encontram-se vedados à Comissão Executiva todos os actos de gestão que não se encontrem previstos na lista de competências que faz parte do seu regulamento. Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração O Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração é Fernando Ulrich. Foi designado por unanimidade pelo Conselho de Administração em 3 de Dezembro de 2003 com efeitos a partir da Assembleia Geral de 20 de Abril de Competências Cabe ao Presidente da Comissão Executiva coordenar as actividades deste órgão, convocar e dirigir as suas reuniões, velando pela execução das respectivas deliberações. As competências do Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração e as competências do Presidente do Conselho de Administração encontram-se perfeitamente delimitadas por força da existência de dois regulamentos autónomos que balizam as competências de cada um. Não obstante o essencial desses regulamentos se encontrar neste Relatório, a versão integral de ambos pode ser consultada no web site ou por solicitação à Direcção de Relações com Investidores através do endereço investor_relations@bancobpi.pt. Composição da Comissão Executiva Constituem a Comissão Executiva sete Administradores Executivos independentes. Presidente Fernando Ulrich Vice-Presidente António Domingues Vogais José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais Pedro Barreto No seu conjunto, os membros da Comissão Executiva detinham, em 31 de Dezembro de 2005, 0.4% do capital social. Representação do Banco em juízo ou fora dele. Nomeação de mandatários para a prática de determinados actos. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 271

274 Experiência e qualificação profissional dos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Fernando Ulrich (Presidente) Data de nascimento 26 de Abril de 1952 Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional : Frequência do Curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia de Lisboa Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Vice-Presidente do Banco Português de Investimento Presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola Planeamento e Contabilidade, Gestão de Activos, Recursos Humanos, Jurídica, Auditoria 1983: Director-adjunto da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos : Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano : Técnico no Secretariado para a Cooperação Económica Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Relações com a EFTA, OCDE e GATT) : Membro da Delegação de Portugal junto da OCDE (Paris) responsável pelos assuntos económicos e financeiros : Responsável pela secção sobre mercados financeiros do semanário Expresso António Domingues (Vice-Presidente) Data de nascimento 30 de Dezembro de 1956 Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 1979: Licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia de Lisboa Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Vice presidente da Comissão Executiva do Banco BPI Vice presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola Vogal do Conselho de Administração do BCI Fomento Vogal do Conselho de Administração da Companhia de seguros Allianz Portugal Financeira, Mercados, Sistemas de Informação, Internacional, Banco de Fomento Angola 1989: Director responsável pela Direcção Financeira do Banco Português de Investimento : Director-Geral adjunto da sucursal em França do Banco Português do Atlântico : Técnico assessor do Departamento de Estrangeiro do Banco de Portugal : Director do Departamento de Estrangeiro do Instituto Emissor de Macau 1981: Economista no IAPMEI Até 1981: Técnico economista no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Indústria e Energia José Pena do Amaral (Vogal) Data de nascimento 29 de Novembro de 1955 Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 1978: Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola Membro da Comissão Executiva do Banco de Fomento Angola Marketing Estratégico, Marketing Operacional, Novos Canais, Comunicação e Gestão Marca, Qualidade, Protocolos 1986: Assessor da Direcção do Banco Português de Investimento : Consultor da Casa Civil do Presidente da República para os Assuntos Europeus : Chefe do Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano; membro permanente da delegação ministerial portuguesa nas negociações para a adesão de Portugal às Comunidades Europeias : Membro do gabinete de consultores Jalles & Vasconcelos Porto; correspondente do Expresso, da RTP e da Deutsche Welle em Bruxelas : Chefe da delegação da ANOP em Bruxelas : Editor do suplemento de economia do Diário de Notícias : Jornalista profissional do Diário de Notícias 272 Banco BPI Relatório e Contas 2005

275 Maria Celeste Hagatong (Vogal) Data de nascimento 2 de Julho de 1952 Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional Manuel Ferreira da Silva (Vogal) 1974: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Vogal não executivo do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Rede de Banca de Empresas, Banca Institucional e Sector Empresarial do Estado, Project Finance, Risco de Crédito, Marketing de Empresas, Gabinete para Angola, Sucursal de Madrid e Financiamento à Construção 1985: Directora de projectos do Departamento de Empresas do BPI : Membro do Conselho de Administração do Fonds de Rétablissement du Conseil de L'Europe : Directora dos Serviços Financeiros da Direcção-Geral do Tesouro do Ministério das Finanças 1977: Directora Administrativa e Financeira da Assembleia da República : Ministério das Finanças Direcção-Geral do Tesouro : Docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa : Responsável pelo Dep. de Finanças Locais do Ministério de Administração Interna Data de nascimento 25 de Fevereiro de 1957 Formação académica 1982: MBA, curso de pós-graduação em Gestão de Empresas da Universidade Nova de Lisboa em colaboração com a Wharton School (Universidade da Pennsylvania) 1980: Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto Principais cargos desempenhados Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI no Grupo BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Principais áreas de Banca de Investimento, Private equity, Investor Relations, Direcção de Análise e Controlo de responsabilidade no Grupo BPI Riscos, Estudos Económicos e Financeiros Admissão no Grupo BPI 1983: Técnico do Departamento de Operações Financeiras da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos Experiência profissional : Docente na Faculdade de Economia da Universidade do Porto : Adjunto do director do Centro de Investigação Operacional da Armada António Farinha Morais (Vogal) Data de nascimento 2 de Agosto de 1951 Formação académica 1974: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa Principais cargos desempenhados Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI no Grupo BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Vogal do Conselho de Administração da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Principais áreas de Financiamento Imobiliário, Crédito Pessoal, Cartões, Financiamento Automóvel, Seguros, responsabilidade no Grupo BPI Sistemas de Pagamento, Crédito, Leasing e Factoring, Operações e Aprovisionamento, Instalações e Património, Formação Admissão no Grupo BPI Experiência profissional Pedro Barreto (Vogal) 1996: Director-Central responsável pela Rede de Particulares e Pequenos Negócios do Banco BPI : Administrador do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 1992: Administrador da Companhia de Seguros Aliança UAP : Administrador do Banco Pinto & Sotto Mayor : Administrador da SEFIS e da Eurofinanceira, sociedades de investimento do Grupo BFE : Director dos serviços Financeiros e Mercado de Capitais do Banco de Fomento e Exterior : Técnico analista de projectos de investimento no Banco de Fomento e Exterior : Docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa : Responsável financeiro e administrativo de um grupo de quatro Empresas Data de nascimento 3 de Março de 1966 Formação académica 2001: Stanford Executive Program 1989: Licenciatura em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa Principais cargos desempenhados Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI no Grupo BPI Vogal da Comissão Executiva do Banco BPI Principais áreas de Particulares e Negócios, Crédito Particulares e Negócios, Emigração, Promotores Externos responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 1988: Analista da Direcção de Particulares : Direcção Informática da Soporcel Sociedade Portuguesa de Celulose Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 273

276 Regras de funcionamento A Comissão Executiva só pode deliberar na presença da maioria dos seus membros; as decisões são tomadas por maioria absoluta de votos e o Presidente tem voto de qualidade. Não é admitido o voto por representação. Os Administradores que sejam membros da Comissão Executiva cessam funções na Comissão, assim que forem aprovadas as contas respeitantes ao exercício em que completarem 62 anos. No exercício de 2005, a Comissão Executiva reuniu 53 vezes. Comissões Executivas especializadas A Comissão Executiva reúne pelo menos uma vez por mês para tratar de assuntos de interesse geral relacionados com o Banco BPI e com as suas participadas. Ocupa-se semanalmente das diversas matérias de sua competência, sendo que para duas áreas foram criadas comissões especializadas. A saber: Comissão Executiva para os Riscos de Crédito Comissão Executiva para os Riscos de Mercado Comissão Executiva para os Riscos de Crédito A Comissão Executiva para os Riscos de Crédito é o órgão que acompanha e decide a concessão e recuperação de crédito, analisando obrigatoriamente todas as exposições de crédito a uma só entidade superiores a 25 M.. Para além dos membros da Comissão Executiva, participam ainda os principais responsáveis da Banca de Empresas: Composição da Comissão Executiva para os Riscos de Crédito Fernando Ulrich António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI Vice-Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Manuel Ferreira da Silva Membro da Comissão Executiva do Banco BPI António Farinha Morais Pedro Barreto Luís Câmara Pestana Francisco Costa Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Director-Central da Direcção de Riscos de Crédito Administrador do BPI-BI e responsável pela Direcção de Grandes Empresas Sul Maria do Carmo Oliveira Administradora do BPI-BI e responsável pela Direcção de Grandes Empresas Norte João Álvares Ribeiro Director-Central da Direcção de Empresas Norte Pedro Fernandes Director-Central da Direcção de Empresas Centro 1 Joaquim Pinheiro Director-Central da Direcção de Empresas Sul e Ilhas Miguel Alves Director-Central da Direcção de Project Finance / PPP Filipe Cartaxo Director-Central da Direcção de Banca Institucional / Sector Empresarial do Estado 1) Em substituição de João Coutinho desde 1 de Fevereiro de Comissão Executiva para os Riscos de Mercado A Comissão Executiva para os Riscos de Mercado é o órgão que procede à análise da conformidade das posições e dos mecanismos associados à avaliação dos riscos de taxa de juro, cambial e de acções. Para além dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI, este órgão inclui os primeiros responsáveis pelas Direcções relevantes: Composição da Comissão Executiva para os Riscos de Mercado Fernando Ulrich Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI António Domingues Vice-Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Manuel Ferreira da Silva Membro da Comissão Executiva do Banco BPI António Farinha Morais Pedro Barreto Rui Martins dos Santos Isabel Castelo Branco Henrique Cabral Menezes Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Administrador do Banco Português de Investimento, responsável pela Direcção de Análise e Controlo de Riscos e pelo Departamento de Estudos Económicos e Financeiros Directora-Central responsável pelas direcções financeiras do Banco BPI e do Banco Português de Investimento Director-Central do Banco Português de Investimento responsável pelo Departamento de Acções A política, os procedimentos e a repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos em matéria de controlo e gestão dos riscos do Grupo risco de crédito, risco de mercado, risco de liquidez e risco operacional encontram-se pormenorizadamente descritos em capítulo autónomo do relatório de gestão. 274 Banco BPI Relatório e Contas 2005

277 3.5. COMITÉ DE AUDITORIA E DE CONTROLO INTERNO O Comité de Auditoria e de Controlo Interno (CACI), criado no âmbito do Conselho de Administração e em funcionamento desde 1999, é presidido por Artur Santos Silva 1. O Comité é ainda composto por mais quatro Administradores não-executivos. Composição do Comité de Auditoria e de Controlo Interno 2 Presidente Artur Santos Silva Vice-Presidente Ruy Octávio Matos de Carvalho Vogais Alfredo Rezende de Almeirda Klaus Dührkop Marcelino Armenter Vidal O regulamento do CACI estabelece que o Comité só pode ser composto por membros do Conselho de Administração que não desempenhem funções executivas. Competências do Comité de Auditoria e de Controlo Interno Os auditores externos e internos dos bancos do Grupo BPI participam nas reuniões do Comité de Auditoria e de Controlo Interno e prestam-lhe directa colaboração. O Comité é ainda assistido, sem direito a voto, pelo Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, pelo Administrador do Grupo BPI que seja responsável pelas áreas de controlo interno e auditoria dos bancos do Grupo BPI, pelos membros de alta direcção que sejam responsáveis por estas áreas, bem como por aqueles em cuja participação na apreciação dos assuntos agendados se veja conveniência. O CACI poderá contratar consultores externos, sempre que entenda necessário, nomeadamente na preparação das suas análises e conclusões. ALTERAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DO CACI EM 2005 Extracto da acta da reunião do Conselho de Administração de 21 de Abril de 2005 O Presidente afirmou ter sido sua intenção, inicialmente, propor a recondução do Vice-Presidente e dos Vogais do Comité de Auditoria e de Controlo Interno. Porém, tendo sido confrontado com o desejo manifestado pelo Vice-Presidente Carlos da Câmara Pestana de não integrar aquele Comité, por razão adiante explicitada, o Presidente propôs a designação do Vogal Klaus Dührkop no lugar deixado vago ( ) a razão subjacente ao desejo do Vice-Presidente Carlos da Câmara Pestana era o seu entendimento de que o desempenho da função de Presidente do Comité de Auditoria do Banco Itaú, S.A. o inibia de integrar o Comité de Auditoria e de Controlo Interno do Banco BPI 1) Em 20 de Abril de 2004, Artur Santos Silva cessou as suas funções de Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração e assumiu a Presidência do Comité de Auditoria e de Controlo Interno. Esta nomeação resultou da aplicação directa do regulamento do CACI, que no número três do seu artigo primeiro estabelece que não sendo membro da Comissão Executiva, o Presidente do Conselho de Administração será o Presidente do Comité de Auditoria e de Controlo Interno. 2) Membros designados pelo Conselho de Administração em 21 de Abril de 2005 para um mandato trienal (2005 / 2007). Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 275

278 Com vista a cumprir a missão que lhe foi confiada, foram atribuídas ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno as seguintes competências: COMPETÊNCIAS DO COMITÉ DE AUDITORIA E DE CONTROLO INTERNO Avaliar a eficiência do Grupo no uso dos seus recursos e no estabelecimento de mecanismos de controlo que o protejam de eventuais perdas, decorrentes do exercício da sua actividade, nomeadamente dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e do risco operacional nela envolvidos. Assegurar a integridade, fiabilidade e actualidade da informação contabilística e financeira que alimenta os sistemas de informação de gestão. Assegurar a conformidade das operações e dos negócios dos bancos do Grupo com os dispositivos legais e outros normativos emitidos pelas autoridades de supervisão, bem como com os regulamentos e as políticas gerais do Grupo BPI. Acompanhar o cumprimento dos princípios de corporate governance do Grupo BPI. Aprovar e acompanhar a execução dos programas de auditoria externa e interna, procedendo nomeadamente à avaliação das recomendações de alteração de procedimentos elaboradas pelos auditores externos. Escolher os auditores externos e promover a salvaguarda da sua independência. Aprovar os honorários a pagar aos auditores externos pela prestação do serviço de auditoria. Proceder à aprovação prévia da contratação de trabalhos, não relacionados com a auditoria, a prestar pelos auditores externos bem como das respectivas condições de remuneração. Apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal por todas as instituições de crédito e sociedades financeiras do Grupo BPI e acompanhar todas as acções de inspecção do Banco de Portugal, da CMVM, do Instituto de Seguros de Portugal, da Direcção-Geral de Impostos e da Inspecção-Geral de Finanças, incluindo a análise de todos os relatórios que resultem destas inspecções que deverão ser acompanhados de adequados relatórios internos. Assegurar a prevenção do envolvimento do Grupo BPI em operações relacionadas com o branqueamento de capitais. Analisar as imparidades para crédito e títulos. Analisar as ocorrências geradoras de prejuízos resultantes de fraudes de Clientes ou Colaboradores. Apreciar as exposições a risco de crédito superiores a 5% e inferiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI. Apreciar os incumprimentos superiores a 90 dias, relativos a exposições a risco de crédito superiores a 500 mil euros. Manter-se a par das mais e menos-valias decorrentes da carteira de títulos. Acompanhar a situação dos fundos de pensões dos Colaboradores dos bancos controlados pelo Grupo BPI. Analisar as reclamações de Clientes sistematicamente reportadas nos relatórios elaborados pela Direcção de Novos Canais. Apreciar os relatórios das entidades que procedem à atribuição de notações de rating ao Grupo BPI e tomar conhecimento dos principais aspectos abordados nas reuniões com essas entidades. Acompanhar os trabalhos de preparação do Grupo BPI para Basileia II. O Comité de Auditoria e de Controlo Interno acompanhou os trabalhos de introdução dos IAS (normas internacionais de contabilidade). 276 Banco BPI Relatório e Contas 2005

279 Actividade do Comité em 2005 O Comité de Auditoria e de Controlo Interno reuniu por seis vezes em 2005 e, em 2006, até à data de aprovação do presente relatório, por duas vezes: em 25 de Janeiro e 9 de Março. O nível médio de presenças dos membros do Comité de Auditoria e de Controlo Interno nas respectivas reuniões foi, em 2005, de 80%. Síntese da actividade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno Datas 2005: 11 Mai., 15 Jun. 2005: 15 Jun. e 23 Nov. 2005: 23 Nov. 2006: 9 Mar. 2005: 26 Jan, 9 Mar., 11 Mai., 15 Jun., 30 Set. e 23 Nov.; 2006: 25 Jan. 2005: 26 Jan, 9 Mar., 11 Mai., 30 Set. e 23 Nov.; 2006: 25 Jan. e 9 Mar. 2005: 15 Jun. 2005: 23 Nov. 2005: 9 Mar. 2005: 9 Mar., 11 Mai, 15 Jun., 30 Set., 23 Nov.; 2006: 26 Jan. 2005: 11 Mai. 2006: 9 Mar. 2005: 26 Jan. 2005: 9 Mar. 2005: 11 Mai. Síntese da actividade Avaliar a eficiência do Grupo no uso dos seus recursos e no estabelecimento de mecanismos de controlo que o protejam de eventuais perdas decorrentes do exercício da sua actividade (gestão de riscos), incluindo o acompanhamento dos trabalhos de preparação do Grupo BPI para Basileia II Tomada de conhecimento da exposição do Grupo BPI a riscos financeiros. Para o efeito, foram chamados a prestar esclarecimentos ao Comité, os responsáveis pela Direcção de Análise e Controlo de Riscos, pela Direcção Financeira e pelo Departamento de Acções (em 11 de Maio). Acompanhamento da implementação do projecto «Gestão de risco operacional» no Grupo BPI, em particular o modo como se enquadra no Acordo de Basileia II e nas instruções do Banco de Portugal relativas a sistema de controlo interno, as estruturas internas criadas para o efeito e as principais acções em curso. Assegurar a conformidade das operações e dos negócios dos bancos do Grupo com os dispositivos legais e outros normativos emitidos pelas autoridades de supervisão, bem como com os regulamentos e a políticas gerais do Grupo BPI Troca de impressões sobre uma carta circular do Banco de Portugal acerca de recomendações prudenciais em planeamento de contigência. Nesse âmbito, o Comité foi informado sobre o estado do processo de implementação de um plano de contigência no Banco BPI. Análise dos efeitos decorrentes da publicação do Regulamento n.º 7 / 2005 da CMVM que visa o reforço dos mecanismos de controlo interno nas actividades de intermediação financeira em particular, a criação da figura de «Responsável pela Supervisão e Controlo» no Grupo BPI, a quem passarão a reportar, em determinadas matérias, os responsáveis pelas áreas onde se desenvolvem actividades de intermediação financeira, bem como responsáveis de outras áreas (DJU, DORG, DAI, DSI, DNC), tendo em vista assegurar o efectivo cumprimento dos mecanismos implantados. Aprovar e acompanhar a execução dos programas de auditoria externa e interna, procedendo nomeadamente à avaliação das recomendações de alteração de procedimentos elaboradas pelos auditores externos Análise das conclusões e sugestões da Deloitte relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos existentes na: Direcção de Riscos de Crédito (26 Jan.), na área da Segurança Informática (9 Mar.), na área de aquisições de bens e serviços (11 Mai.), na quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito na carteira de crédito do Banco BPI e do Banco Português de Investimento (11 Mai.), na área da Corretagem (15 Jun.), na actividade da BPI Fundos (15 Jun.), na carga fiscal incidente em produtos e serviços financeiros do Banco BPI (30 Set.), na Direcção de Novos Canais (designadamente em questões de segurança e qualidade de serviço / tratamento de reclamações nos serviços do BPI Directo e BPI Net; 21 Nov.), na Direcção de Operações (mais concretamente nas transferências com o estrangeiro; 21 Nov.), na elaboração das demonstrações financeiras do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, com referência a 30 de Setembro de 2005 (25 Jan.06), e, por último, na área do Crédito Pessoal (9 Mar. 06). Aprovação e/ou revisão do plano de auditorias proposto pela Direcção de Auditoria e Inspecção (DAI) para os quadrimestres seguintes e/ou balanço da actividade desenvolvida em períodos precedentes. Aprovação do plano de revisões de procedimentos (e respectivos honorários) a efectuar pelos auditores externos, no Banco BPI e no Banco Português de Investimento, em Troca de impressões sobre o estado de implementação, por parte da Direcção de Auditoria e Inspecção e por parte da Direcção Jurídica, de uma série de recomendações feitas pela Deloitte em momentos anteriores. Escolher os auditores externos, aprovar os seus honorários e promover a salvaguarda da sua independência. Emissão de um parecer favorável após troca de impressões sobre a qualidade dos serviços prestados pela Deloitte para que se propusesse esta empresa, para SROC do Conselho Fiscal, na proposta a ser apresentada aos Accionistas, na Assembleia Geral do Banco BPI de 20 de Abril de Proceder à aprovação prévia da contratação de trabalhos, não relacionados com a auditoria, a prestar pelos auditores externos bem como das respectivas condições de remuneração Análise e aprovação de propostas de contratação de serviços da Deloitte e respectivos honorários. Acompanhar o cumprimento dos princípios de corporate governance do Grupo BPI Análise de um documento apresentado pelo representante da SROC do Banco BPI, em cumprimento da solicitação que lhe fora feita na reunião de 9 de Março, afim de averiguar a possibilidade de se identificarem possíveis áreas específicas de intervenção do Comité na supervisão das contas, designadamente quanto a questões relevantes e com o interesse para o governo da sociedade. Neste contexto, foi deliberado que o CACI passasse a acompanhar, através da análise de documentação informativa, as seguintes áreas: imparidade da carteira de crédito, imparidade da carteira de títulos e benefícios dos empregados. Tomada de conhecimento (i) dos desenvolvimentos mais recentes relativos à directiva comunitária que versa sobre as Comissões de Auditoria, (ii) da revisão do Código das Sociedades Comerciais, em particular no que toca aos três modelos de governance previstos para as sociedades anónimas, e (iii) de uma proposta a apresentar à AGA, que prevê, entre outros pontos, a criação de uma Comissão de Auditoria por contraponto à extinção do Conselho Fiscal. Apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal por todos os bancos e sociedades financeiras do Grupo BPI e acompanhar todas as acções de inspecção do Banco de Portugal, da CMVM, do ISP Instituto de Seguros de Portugal e da DGCI Direcção Geral de Contribuições e Impostos Apreciação das respostas do Banco BPI e do Banco Português de Investimento ao Banco de Portugal, sobre medidas tomadas ou a tomar, com vista à melhoria de aspectos mencionados em pareceres oportunamente emitidos pelos respectivos Conselhos Fiscais, sobre os sistemas de controlo interno dos Bancos. Troca de impressões sobre correções efectuadas e reacções a tomar, resultantes dos relatórios de inspecção tributária da Administração Fiscal, que incidiram sobre o Banco BPI e por referência ao exercício de Troca de impressões sobre carta enviada ao Vice-Governador do Banco de Portugal, em 5 de Maio, sobre a solução mais adequada que assegure a cobertura progressiva e cumulativa, pelos pareceres dos Conselhos Fiscais, de todo o sistema de controlo interno. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 277

280 Síntese da actividade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno (continuação) Datas 2005: 15 Jun. 2005: 15 Jun. 2005: 15 Jun. 2005: 23 Nov. 2005: 23 Nov. 2005: 23 Nov. 2005: 23 Nov. 2006: 9 Mar. 2006: 9 Mar. 2005: 15 Jun., 30 Set. e 23 Nov.; 2006: 25 Jan. 2005: 30 Set. e 23 Nov. 2005: 23 Nov. 2005: 26 Jan., 9 Mar., 11 Mai. e 23 Nov. 2005: 26 Jan., 30 Set.; 2006: 25 Jan. 2005: 23 Nov. 2005: 26 Jan., 9 Mar., 11 Mai., 15 Jun., 30 Set. e 23 Nov.; 2006: 25 Jan., 9 Mar. 2005: 26 Jan., 9 Mar., 11 Mai., 15 Jun., 30 Set. e 23 Nov.; 2006: 25 Jan., 9 Mar. 2005: 26 Jan., 9 Mar., 11 Mai., 15 Jun., 30 Set. e 23 Nov.; 2006: 25 Jan. e 9 Mar. 2005: 30 Set. e 23 Nov. 2005: 30 Set. 2006: 25 Jan. 2005: 9 Mar. 2005: 30 Set. Síntese da actividade Tomada de conhecimento de orientações do Banco de Portugal sobre o sistema de controlo interno e a actividade internacional das instituições de crédito. Apreciação dos relatórios de controlo interno do Banco BPI, do Banco Português de Investimento, da BPI Fundos e da Sofinac a enviar ao Banco de Portugal, bem como do Banco de Fomento Angola, a enviar ao Banco Nacional de Angola, tendo sido sugeridas algumas alterações pontuais aos respectivos textos, e trocadas impressões sobre alguns aspectos específicos dos referidos relatórios e matérias com eles relacionados. Tomada de conhecimento dos pareceres elaborados pelos Conselhos Fiscais do Banco BPI, Banco Português de Investimento e BPI Fundos sobre os respectivos sistemas de controlo interno, em cumprimento do estabelecido na instrução n.º 72 / 96 do Banco de Portugal. Foram ainda trocadas impressões sobre os anexos aos pareceres relativos ao dois Bancos, constituídos pelos relatórios de revisões de procedimentos elaborados pelo ROC em áreas de risco seleccionadas, e pelos relatórios da DAI sobre a verificação do cumprimento das recomendações formuladas pelos auditores externos em revisões de procedimentos efectuadas em anos anteriores. Análise do relatório de inspecção tributária da Direcção Geral dos Impostos relativo ao Banco BPI e por referência ao exercício de Troca de impressões sobre os resultados da auditoria levadas a cabo pela inspecção fiscal à Direcção de Financiamento Imobiliário do Banco BPI, designadamente aos contratos de crédito bonificado normal e jovem. Apreciação do relatório de inspecção do Banco de Portugal sobre a actividade desenvolvida pela Direcção de Financiamento Imobiliário. Tomada de conhecimento de carta expedida pelo Vice-Governador do Banco de Portugal ao Banco BPI, em resposta à carta enviada por este, em 5 de Maio, versando o método de elaboração dos pareceres dos órgãos de fiscalização sobre o sistema de controlo interno. Troca de impressões acerca dos contactos havidos com o Banco de Portugal, com os Auditores e com o administrador do pelouro, acerca da metodologia mais adequada a aplicar na elaboração do parecer do Conselho Fiscal sobre os sistemas de controlo interno dos Bancos. Tomada de conhecimento dos resultados da acção de inspecção efectuada pela Direcção dos Serviços de Inspecção Tributária à declaração modelo 22 relativa ao exercício de 2003 do Banco Português de Investimento. Analisar as imparidades para crédito e títulos e manter-se a par das mais e menos-valias decorrentes da carteira de títulos Troca de impressões acerca do cálculo das imparidades para crédito e para activos financeiros disponíveis para venda e tomada de conhecimento dos últimos valores disponíveis para estas rúbricas contabilítiscas. Tomada de conhecimento das mais e menos-valias potenciais existentes em acções disponíveis para venda. Tomada de conhecimento da situação do projecto de desenho e implementação de um modelo táctico de imparidade para os segmentos de Crédito à habitação, Particulares e Pequenos Negócios e Banca de Empresas acompanhado da Deloitte Análise do relatório apresentado pelos auditores externos sobre a quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito na carteira de crédito do Banco BPI e do Banco Português de Investimento com referência a 30 de Junho de Analisar as ocorrências geradoras de prejuízos resultantes de fraudes de Clientes ou Colaboradores Acompanhamento do processo decorrente de uma ocorrência geradora de um prejuízo na ordem de um milhão de euros resultante da concretização de um risco operacional e das acções empreendidas pelo Departamento Jurídico para defesa dos interesses do Banco. Reporte pelo responsável da Direcção de Auditoria e Inspecção de fraudes realizadas por Colaboradores e de outras ocorrências geradoras de prejuízos (ex. assaltos a balcões). Medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. Troca de impressões sobre as ocorrências por risco operacional reportadas entre Janeiro e Outubro de Apreciar as exposições a risco de crédito superiores a 5% e inferiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI Análise da exposição do Banco a empresas ou a grupo de empresas cujos riscos de crédito associados representam entre 5% e 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI, incluindo a apreciação, caso-a-caso, das empresas que inspiram maior preocupação. Troca de impressões sobre a sistema de notações de ratings (9 Mar. 05). Apreciar os incumprimentos superiores a 100 mil euros de Clientes com exposições a risco de crédito superiores a 500 mil euros Análise da evolução do crédito vencido nas Direcções de Banca de Empresas, sendo abordados aspectos como as perspectivas de recuperação, constituição de provisões, processos de regularização ou reestruturação da dívida e reforços de garantias, nas situações mais preocupantes e/ou de maior dimensão. Acompanhar a situação dos fundos de pensões dos Colaboradores dos Bancos controlados pelo Grupo BPI Apreciação do dossier de acompanhamento mensal do Fundo de Pensões do Banco BPI: análise do desempenho, estratégia de investimento seguida e principais alterações efectuadas na carteira de activos do fundo. Troca de impressões acerca do processo de revisão dos pressupostos actuariais utilizados na determinação das responsabilidades com pensões. Impacto no balanço, na conta de resultados e nos rácios de adequação do capital. Analisar as reclamações de Clientes sistematicamente reportadas nos relatórios elaborados pela Direcção de Novos Canais Análise da síntese de reclamações dos Clientes do Banco BPI recolhidas durante o 1.º semestre de 2005; troca de impressões sobre alterações já introduzidas, e a introduzir, no sistema de recolha, gestão e resposta às mesmas. Apreciação de uma síntese das reclamações dos Clientes recebidas no Banco BPI no 2.º semestre de 2005, assim como das acções realizadas naquele período com vista a melhorar a qualidade de serviço. Comunicação dos objectivos para o 1.º semestre de Apreciar os relatórios das entidades que procedem à atribuição de notações de rating ao Grupo BPI e tomar conhecimento dos principais aspectos abordados nas reuniões com essas entidades. Troca de impressões sobre o conteúdo do relatório de rating sobre o Banco BPI, publicado pela Standard & Poors em Fevereiro de Tomada de conhecimento dos relatórios de rating relativos ao Banco BPI e ao Banco Português de Investimento publicados pela Fitch Ratings em Setembro de Banco BPI Relatório e Contas 2005

281 Comissão de Auditoria Conforme referido no capitulo de introdução ao relatório, o Conselho de Administração irá apresentar aos Accionistas, na Assembleia Geral a realizar em 20 de Abril de 2006, uma proposta de alteração dos estatutos, na qual se prevê a criação de uma Comissão de Auditoria, que será, à semelhança do actual Comité de Auditoria e de Controlo Interno, exclusivamente composta por membros não executivos do Conselho de Administração, cuja maioria terá de ser independente. A ser aprovada a sua criação 1, o actual Comité de Auditoria e de Controlo Interno será extinto, e as suas competências serão transferidas, grosso modo, para a Comissão de Auditoria, com excepção da competência de avaliar a eficiência e o cumprimento dos príncipios de corporate governance do Grupo BPI matéria que será tratada em sede de Comissão de Governo da Sociedade (órgão consultivo do Conselho de Administração, cuja criação também será proposta aos Accionistas) e a inclusão de uma nova competência: a recepção de eventuais comunicações de irregularidades apresentadas por Accionistas, Colaboradores da sociedade ou outros 2. A proposta prevê ainda que pelo menos um dos membros da Comissão de Auditora deverá ter curso superior ajustado ao exercício das suas funções, com elevada competência nas áreas financeiras, contabilística e de auditoria, e outro deverá ter conhecimento operacional sobre o comércio bancário. Propõe-se ainda que os membros da Comissão de Auditoria não possam ser reeleitos, por mais do que dois mandatos consecutivos. 1) A sua criação ficará ainda dependente da sua aprovação pelo Banco de Portugal, da publicação e entrada em vigor da revisão do Código das Sociedades Comerciais destinada a modificar as modalidades alternativas da estrutura de administração e fiscalização das sociedades anónimas e da consagração em tal revisão do modelo de administração e fiscalização adoptado pelas alterações estatutárias referidas no capítulo 1 deste relatório. 2) Dando resposta positiva ao novo dever de descrição das linhas gerais da política de comunicações de irregularidades alegadamente ocorridas no seio da sociedade, previsto no regulamento da CMVM n.º 10 / 2005 (Esquema do Relatório sobre o Governo das Sociedades, capítulo IV, ponto 6). Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 279

282 3.6. CONSELHO FISCAL Competências do Conselho Fiscal Compete ao Conselho Fiscal fiscalizar a actividade da Sociedade, observando o cumprimento rigoroso da Lei e dos Estatutos. No âmbito desta competência, o Conselho Fiscal elabora anualmente um relatório sobre a sua actuação e emite um parecer sobre os documentos de prestação de contas e sobre a proposta de aplicação de resultados, apresentados pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral. Acresce a estas competências um dever de vigilância 1 : os membros do Conselho Fiscal devem comunicar ao Presidente do Conselho de Administração 2 os factos 3 de que tenham conhecimento e que revelem dificuldades na prossecução normal do objecto da sociedade. No dia 20 de Abril de 2006, o Conselho de Administração irá apresentar aos Accionistas uma proposta de alteração dos estatutos da sociedade, que consagra, entre outras medidas, uma reformulação do modo como a sociedade é fiscalizada. A serem aprovadas essas alterações, o Conselho Fiscal irá ser extinto, passando a responsabilidade pelo exame e certificação das contas da sociedade para um Revisor Oficial de Contas, que poderá ser uma pessoa singular ou uma sociedade com o estatuto de revisor oficial de contas, designado pela Assembleia Geral, sob proposta da Comissão de Auditoria. Os membros do Conselho Fiscal estão dotados das qualificações técnicas designadamente nas áreas do direito, da contabilidade e da gestão financeira e da experiência profissional que lhes permite cumprir, de forma efectiva e rigorosa, as responsabilidades que lhes estão cometidas. Importa notar que, em Portugal, é obrigatório por lei que um dos membros efectivos e um dos membros suplentes do Conselho Fiscal sejam revisores oficiais de contas (ou sociedades de revisores oficiais de contas). A lei portuguesa, no art.º 414 do Código das Sociedades Comerciais (CSC), estabelece um conjunto de requisitos e incompatibilidades, que reforça a independência dos membros do Conselho Fiscal relativamente ao Cliente objecto de revisão de contas. Este aspecto é abordado com maior pormenor no capítulo 6 Auditores Externos. Composição do Conselho Fiscal 4 Presidente Vogais Jorge de Figueiredo Dias José Ferreira Amorim Deloitte & Associados, SROC, S.A. (representada por Augusta Francisco) O Conselho Fiscal reuniu por 6 vezes em ) Artigo 420 A do Código das Sociedades Comerciais. 2) Se o facto anómalo for detectado por um membro do Conselho Fiscal que não é revisor oficial de contas a comunicação do facto é feita de forma indirecta: o primeiro comunica ao segundo, e este por sua vez é que comunica ao Presidente do Conselho de Administração. 3) O artigo 420 A do Código das Sociedades Comerciais identifica as principais situações. A saber: reiteradas faltas de pagamento a fornecedores, protestos de títulos de crédito, emissão de cheques sem provisão, falta de pagamento de quotizações para a segurança social ou de impostos. 4) Membros eleitos na Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2005 para o mandato 2005 / Banco BPI Relatório e Contas 2005

283 EXPERIÊNCIA E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL Jorge de Figueiredo Dias, 68 anos de idade. É Professor catedrático de Direito Penal, Processo Penal e Ciência Criminal da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi Presidente do Conselho Científico desta Faculdade, na qual desempenhou, também, os cargos de Presidente da Assembleia de Representantes, do Conselho Directivo e do Conselho Pedagógico. Foi Membro eleito do Senado da Universidade de Coimbra em representação dos professores. Foi Professor-coordenador da área de Ciências Criminais (Curso do Porto) e membro do Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. É Professor visitante e membro do Conselho Científico da Faculdade de Direito de Macau. É Professor convidado da Universidade Paris I, Panthéon Sorbonne e da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santiago (Chile). ÉProfessor do Departamento de Ciências Jurídicas do Instituto Superior Bissaya Barreto de Coimbra. É professor responsável epresidente do Conselho de Direcção do Instituto de Direito Penal Económico Europeu (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra). É Membro do Conselho Directivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Foi Presidente da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos. Foi fundador (1990) e é director da Revista Portuguesa de Ciência Criminal. Foi, em 1984, condecorado por Sua Excelência o Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. José Ferreira de Amorim, 80 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da SIMON Sociedade Imobiliária do Norte, S.A., e da RIAOVAR Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, S.A. É Procurador da SANOR Sociedade Agrícola do Norte, Lda. A partir de 1950 e até 1987, foi sócio-gerente de empresas do Grupo Amorim. Deloitte & Associados, SROC, S.A. A Deloitte & Associados, SROC, S.A. é uma sociedade pertencente à rede internacional Deloitte Touche Tohmatsu. Actividade do Conselho Fiscal 4 Mar. 05 Apreciação das contas do exercício de 2004 e emissão do respectivo parecer. 24 Mai. 05 Apreciação das contas do 1.º trimestre de Jun. 05 Parecer de controlo interno relativamente ao exercício de Jul. 05 Apreciação e emissão de parecer sobre a proposta de alteração de garantias relativa ao envolvimento de crédito do Banco BPI com entidades do Grupo CLIP. Apreciação das contas do 1.º semestre de Out. 05 Apreciação e emissão de parecer sobre a proposta de financiamento de operação de reorganização Grupo Violas. 28 Nov. 05 Apreciação das contas do 3.º trimestre de Mar. 06 Apreciação das contas do exercício de 2005 e emissão do respectivo parecer. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 281

284 3.7. COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES Competências da Comissão de Remunerações A Comissão de Remunerações tem por atribuições fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI, definir a política de remunerações e aplicar o regime de reforma dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento. Na Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2006, será ainda deliberada a inclusão de uma regra que determina que, quando da nomeação da Comissão de Remunerações pela Assembleia Geral, esta última defina, para cada mandato, os limites das remunerações fixas de todos os membros do Conselho de Administração e a percentagem dos lucros que podem ser afectos a remuneração variável dos membros da Comissão Executiva. Composição da Comissão de Remunerações A Comissão de Remunerações é composta por três Accionistas eleitos trienalmente pela Assembleia Geral, os quais, por sua vez, elegem o presidente, que dispõe de voto de qualidade. A última eleição decorreu na Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2005, tendo sido eleitos para o mandato 2005 / 2007, os seguintes Accionistas: Presidente IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, S.A. Vogais Violas SGPS, S.A. 1 Arsopi Holding, SGPS, S.A. A Comissão de Remunerações poderá, sempre que o entender, recorrer a consultores externos, a expensas da sociedade, na definição dos esquemas de remuneração. 1) Em 30 de Janeiro de 2006, o Accionista Violas SGPS, S.A. comunicou ao Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI, que, em resultado de uma operação de cisãofusão, a Violas SGPS, S.A transferiu a totalidade das acções Banco BPI que detinha, para a sociedade HVF SGPS, S.A. Em consequência da perda da qualidade de Accionista, a Violas SGPS, S.A. deixou automaticamente, conforme fixado no n.º 2 do artigo 25 dos estatutos do Banco, de ser membro da Comissão de Remunerações. Na Assembleia Geral de Accionistas a realizar a 20 de Abril de 2006, irá ser proposto que seja eleita a sociedade HVF, SGPS, S.A. como novo vogal da Comissão de Remunerações, preenchendo até ao termo do mandato em curso, a vaga resultante da saída da Violas SGPS, S.A. 282 Banco BPI Relatório e Contas 2005

285 ACTIVIDADE DA COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES Em 27 de Janeiro de 2005 Fixou o valor da remuneração variável do Presidente do Conselho de Administração relativa ao período em que exerceu as funções de Presidente da Comissão Executiva. Consultados o Presidente do Conselho de Administração e, quanto aos vogais da Comissão Executiva do Banco BPI e quanto aos Administradores do Banco Português de Investimento, o Presidente da Comissão Executiva, fixou os valores das remunerações variáveis para os membros da Comissão Executiva do Banco BPI e para os Administradores do Banco Português de Investimento, após apreciação fundamentada e avaliação da prestação de cada elemento. Deliberou sobre as condições específicas de aplicação do RVA 2004 aos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e aos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento; o custo fixado para as opções e para o preço das acções foi idêntico ao aplicado para a generalidade dos Colaboradores. Em 21 de Julho de 2005 Fixou o valor da remuneração mensal do Vice-Presidente da Comissão Executiva. Fixou os valores das remunerações mensais dos Vice-Presidentes não Executivos e dos Vogais não Executivos do Conselho de Administração. Fixou os valores das senhas de presença atribuídas aos membros do Comité de Auditoria e de Controlo Interno. Em 26 de Janeiro de 2006 Deliberou, sob proposta do Presidente do Conselho de Administração e tendo por base uma avaliação fundamentada da prestação de cada elemento, fixar os valores para as remunerações variáveis dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI relativas ao desempenho do exercício de Deliberou sobre as condições específicas de aplicação do RVA 2005 aos membros da Comissão Executiva do Banco BPI, fixando, para o preço das acções e para o valor e preço de exercício das opções, valores iguais aos correspondentes valores aplicados aos demais Colaboradores do BPI. Adoptar todas as deliberações da Comissão de Remunerações que esteve em funções no mandato imediatamente anterior ao actual mandato, nos precisos termos em que se encontravam à data em que aquele mandato terminou, e sem prejuízo das deliberações entretanto por si adoptadas. Em 9 de Março de 2006 Deliberou, sob proposta do Presidente do Conselho de Administração e tendo por base uma avaliação fundamentada da prestação de cada elemento, fixar os valores para as remunerações variáveis, pelo desempenho no exercício de 2005, dos administradores do Banco Português de Investimento, S.A. que não são membros do Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. Deliberou sobre as condições específicas de aplicação do RVA 2005 aos mesmos administradores, fixando, para o preço das acções e para o valor e preço de exercício das opções, valores iguais aos correspondentes valores aplicados aos demais Colaboradores do BPI. Os três membros da Comissão de Remunerações estiveram presentes nas reuniões acima mencionadas. O grau de assiduidade, foi assim, de 100%. Nenhum Administrador tem a faculdade de fixar a sua própria remuneração. Os princípios, critérios e montantes envolvidos na fixação da remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI são abordados de forma pormenorizada no capítulo oito ( Remuneração ) do presente Relatório COMISSÃO DE GOVERNO DA SOCIEDADE O Conselho de Administração irá apresentar aos Accionistas, na Assembleia Geral a realizar em 20 de Abril de 2006, uma proposta de alteração dos estatutos, que contempla, entre outros aspectos, a criação de uma Comissão de Governo da Sociedade. A proposta prevê que a Comissão seja composta por três a cinco administradores não-executivos, a quem caberá elaborar anualmente um relatório sobre o funcionamento da estrutura de governo da sociedade para ser presente ao Conselho de Administração, bem como pronunciar-se sobre questões relacionadas com a responsabilidade social, a ética e a deontologia profissional e a protecção do ambiente. A proposta antevê ainda a possibilidade das funções atribuídas à Comissão de Governo da Sociedade poderem, em alternativa, ser confiadas à Comissão de Nomeações, Avaliação e Remunerações, caso em que aquela não será designada. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 283

286 3.9. ADMINISTRAÇÃO DO BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO O Banco Português de Investimento é a unidade que desenvolve o negócio de banca de investimento do Grupo, nomeadamente as actividades de Corporate Finance, Acções e Private Banking. O Conselho de Administração do Banco Português de Investimento é constituído por 11 elementos, dos quais 6 são administradores não-executivos, incluindo o Presidente e o Vice-Presidente, e cinco são administradores executivos que compõem a Comissão Executiva, na qual se encontra delegada a gestão corrente da actividade. Este órgão é presidido por Manuel Ferreira da Silva, vogal da Comissão Executiva do Banco BPI. O Conselho de Administração só pode deliberar na presença da maioria dos seus membros, sendo as deliberações feitas por maioria absoluta de votos e cabendo ao presidente voto de qualidade. Qualquer Administrador poderá fazer-se representar na reunião por um outro, mediante carta dirigida ao Presidente, mas cada instrumento de mandato não poderá ser utilizado mais de uma vez. O Conselho de Administração reúne, pelo menos, trimestralmente, tendo reunido, em 2005, 5 vezes. À semelhança do que sucede no Banco BPI, todos os membros do Conselho de Administração estão vinculados a rigorosos deveres de confidencialidade sobre as matérias discutidas nas reuniões do Conselho, assim como a um conjunto de regras internas, expressas no código de conduta, tendentes a prevenir a existência de conflitos de interesses ou de situações de abuso de informação privilegiada. Esta matéria é desenvolvida em maior pormenor no ponto 11 deste relatório Ética e Deontologia. Composição do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Administradores Artur Santos Silva Fernando Ulrich Manuel Ferreira da Silva Rui de Faria Lélis José Carlos Agrellos António Borges de Assunção Manuel Maria Meneses Maria Celeste Hagatong Francisco Mendes Costa Maria do Carmo Oliveira Rui Martins dos Santos Executivos Presidente Não-executivos Presidente Vice-Presidente Composição da Comissão Executiva do Banco Português de Investimento Administradores Manuel Ferreira da Silva Rui de Faria Lélis José Carlos Agrellos António Borges de Assunção Manuel Maria Meneses Directores-Centrais Henrique Cabral Menezes Carlos Jaime Casqueiro Rui Lopes Ferreira Responsabilidade Presidente Jurídica e Recursos Humanos Private Banking Gestão de Activos Organização, Títulos, Auditoria e Segurança Acções Corporate Finance Private equity 284 Banco BPI Relatório e Contas 2005

287 3.10. ADMINISTRAÇÃO DO BANCO DE FOMENTO ANGOLA Estrutura e regras de funcionamento O Banco de Fomento SARL, detido a 100% pelo Banco BPI, é um banco de direito angolano que desenvolve uma actividade de Banca Comercial na República de Angola. De acordo com os respectivos Estatutos, o Banco de Fomento SARL (Banco de Fomento Angola ou BFA) é gerido por um Conselho de Administração composto por um número impar de membros, com o mínimo de três e o máximo de onze, o qual pode delegar numa Comissão Executiva, constituída por três ou cinco administradores, a gestão corrente da sociedade. O Conselho de Administração, que detém os mais amplos poderes de gestão e representação da sociedade, reúne trimestralmente e sempre que convocado pelo seu Presidente ou por solicitação de mais de metade dos Administradores. A Comissão Executiva reúne pelo menos uma vez por mês. As deliberações do Conselho de Administração e da Comissão Executiva são registadas em acta. O Conselho de Administração e a Comissão Executiva só podem deliberar na presença da maioria dos seus membros, sendo as suas deliberações tomadas por maioria e cabendo ao presidente um voto de qualidade. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO EXECUTIVA Concessão de crédito, prestação de garantias pessoais e aquisição, alienação ou oneração de valores mobiliários, desde que de tal não resulte um envolvimento com uma só entidade ou grupo, superior a USD 7.5 milhões. Realização de operações cambiais. Realização de operações passivas. Aquisição, alienação e oneração de bens móveis e imóveis ou aquisição de serviços até ao valor individual de USD 1 milhão. Admissões, definição dos níveis e categorias dos Colaboradores, nos termos previstos no orçamento e nas decisões aprovadas pelo Conselho de Administração. Exercício do poder disciplinar e aplicação de quaisquer sanções. Abertura ou encerramento de sucursais ou agências. Representação do BFA em juízo ou fora dele. Constituição de mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos. Alterações à composição do Conselho de Administração e da comissão executiva em 2005 A Assembleia Geral dos Accionistas do Banco de Fomento Angola reuniu, em 2005, por duas vezes, tendo em ambas deliberado alterações à composição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva. A saber: Em 6 de Abril: procedeu-se à eleição dos órgãos sociais para o triénio , tendo a Comissão Executiva sido reduzida de 5 para 3 elementos (todos residentes em Angola). Em 5 de Outubro: deliberou-se alargar o Conselho de Administração de 7 para 9 elementos e a Comissão Executiva de 3 para 5 elementos, tendo sido eleitos para estes órgãos Mariana Assis e António Matias, ambos de nacionalidade angolana e quadros dirigentes do BFA há respectivamente 12 e 8 anos. Composição da Administração do Banco de Fomento Angola Conselho de Administração Comissão Executiva Fernando Ulrich António Domingues José Pena do Amaral José Manuel Toscano Os membros actuais da Comissão Executiva residem de forma permanente em Angola e asseguram os seguintes pelouros: Composição da Comissão Executiva do Banco de Fomento Angola Administradores Responsabilidades Emídio Pinheiro Benjamim Pinho Carlos Ferreira Mariana Assis António Matias Presidente Vice-Presidente Emídio Costa Pinheiro Presidente Benjamim Costa Pinho Carlos Alberto Ferreira Mariana Assis António Matias Presidente da Comissão Executiva Financeira e Marketing Empresas, Recursos Humanos e Jurídica Operações, Sistemas de Informação, Organização, Auditoria e Inspecção, Recursos Materiais; Contabilidade e Planeamento e Controlo Comercial, Crédito de Particulares e Pequenos Negócios. Com vista a assegurar o fácil contacto entre os diversos membros da gestão de topo do BFA com o Banco BPI, a sede do BFA dispõe de um sistema de vídeo-conferência que permite ligar Luanda às principais instalações do Banco BPI em Lisboa ou Porto. Todos os membros dos órgãos de governação do Banco de Fomento Angola são quadros vinculados a rigorosos deveres de confidencialidade e sujeitos a um conjunto de regras tendentes aprevenir a existência de conflitos de interesse ou situações de abuso de informação privilegiada, respeitando as melhores práticas e princípios da boa e prudente gestão. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 285

288 ENQUADRAMENTO LEGAL E REGULAMENTAR DA ACTIVIDADE DO BFA 1. Lei das instituições financeiras Os diplomas base das instituições financeiras (Lei 1 / 99, revista pela Lei n.º 13 / 05) regulam o processo de estabelecimento, exercício de actividade, supervisão e saneamento das instituições financeiras, bancárias e não bancárias (nomeadamente, sociedades de cessão financeira, de micro crédito, de locação financeira, sujeitas à jurisdição do Banco Nacional de Angola ou sociedades gestoras de participações sociais, de patrimónios, de fundos de investimento, de gestão e investimento imobiliário, sujeitas à jurisdição do Organismo de Supervisão do Mercado de Valores Mobiliários). 2. Supervisão O BFA, enquanto banco de direito local angolano 1, está sujeito à supervisão do Banco Nacional de Angola que, de acordo com a sua lei orgânica 2, tem por objectivos principais a preservação do valor da moeda nacional e a estabilidade do sistema financeiro. Para este efeito, são conferidas ao BNA as capacidades de regulação e fiscalização do sistema bancário. Subsidiariamente, o BFA, enquanto filial (plena) do Banco BPI, está sujeito, no quadro da lei bancária portuguesa 3 e diplomas complementares 4, à supervisão, em base consolidada, do Banco de Portugal. A regulamentação requer, entre outros aspectos, que: as instituições de crédito com sede em Angola adoptem a forma de sociedade anónima; detenham um capital social não inferior ao mínimo legal e que esteja representado por acções nominativas; a transacção entre residentes de lotes de acções representativas de mais de 10% do capital ou qualquer transacção em que intervenham não residentes seja sujeita a autorização do Banco Central (Banco Nacional de Angola, BNA); a escritura pública de constituição, os membros dos órgãos sociais, bem como os acordos parassociais estabelecidos entre accionistas, seja sujeito a registo no Banco Nacional de Angola; a actividade e prestação de contas anuais sejam sujeitas a auditoria externa por empresa reconhecida e estabelecida em Angola. A Lei n.º 13 / 05 estabelece como organismos de supervisão das instituições financeiras, o Banco Nacional de Angola, o Instituto de Supervisão de Seguros e o Organismo de Supervisão do Mercado de Valores Mobiliários. A Lei fixa ainda, em capítulo próprio, regras de conduta em matérias como: segredo profissional, cooperação com entidades de supervisão de outros Estados, conflitos de interesse de membros de órgãos sociais e defesa da concorrência. Também as normas prudenciais e supervisão são desenvolvidas em capítulo específico, cobrindo nomeadamente relações e limites prudenciais, procedimentos de supervisão e a afirmação das regras de gestão sã e prudente e do dever de informação ao organismo de supervisão. 3. Principais normas prudenciais Adequação de fundos próprios O Aviso 05 / 2003 aproxima as regras relativas à defesa da solvabilidade das instituições sujeitas à supervisão do BNA aos os critérios regulamentares internacionais: estabelece um rácio mínimo de 10% de adequação dos fundos próprios 5 e define as rubricas constituintes dos fundos próprios de base, fundos próprios complementares e elementos negativos dos fundos próprios. Determina que os fundos próprios complementares não podem ser superiores aos fundos próprios de base e estes não podem ser inferiores ao capital mínimo legal exigido para a constituição das instituições. Limites à concentração de riscos sobre um só Cliente ou grupo O Aviso 05 / 1996 define o conceito de grande risco exposição superior a 10% dos fundos próprios da instituição de crédito e determina que: o limite de exposição a um só Cliente não pode exceder 30% dos fundos próprios do Banco; o valor agregado dos grandes riscos não deve ser superior ao triplo dos fundos próprios. Limites às participações financeiras O Aviso 06 / 1996 estabelece que as instituições de crédito: não podem deter, directa ou indirectamente, no capital de uma sociedade, participação cujo montante ultrapasse 15% dos seus fundos próprios; não podem deter um valor global de participações qualificadas (i.e. acima de 10% do respectivo capital ou dos direitos de voto) em sociedades, que ultrapasse 60% dos seus fundos próprios. 1) Desde Junho de ) Lei n.º 6 / 97 de 11 de Julho. 3) Artigo 130 do Decreto Lei 298 / 92 de 31 de Dezembro. 4) Nomeadamente o Decreto Lei 36 / 92 de 28 de Março. 5) Relação entre fundos próprios e activos ponderados de risco. 286 Banco BPI Relatório e Contas 2005

289 Limites mínimos de provisões Pelos Avisos 05 / 1999 e 09 / 1998, os bancos deverão constituir provisões para riscos gerais de crédito, na moeda do respectivo crédito, no mínimo de 2% e no máximo de 4% da carteira de crédito em moeda estrangeira ou local. Pelo Instrutivo 09 / 1998, as operações de crédito que estejam por regularizar 30 dias após o seu vencimento, incluindo as prestações futuras de capital contratualmente previstas, devem ser transferidas para uma conta de crédito vencido, sendo as respectivas provisões mínimas, crescentes em função do tempo decorrido após a data do vencimento. A recomposição, prorrogação ou renovação dos créditos vencidos apenas permitirá a reclassificação para crédito normal e a reversão das provisões quando reforçadas as garantias constituídas ou quando integralmente pagos os juros e encargos vencidos. Pela Directiva 17 / 1998, as operações referentes a adiantamentos a depositantes para cobertura de eventuais insuficiências de saldo de contas de depósitos à ordem, deverão ser liquidadas no prazo máximo de 30 dias, salvo o que deverão ser classificadas em conta de crédito vencido e provisionadas a 100%. Reserva de manutenção de fundos próprios A Directiva 01 / 2003 confere às instituições financeiras a possibilidade de, a seu critério, criar uma provisão para a manutenção dos seus fundos próprios, abrangendo o montante do capital, de reservas (excepto reserva de reavaliação do imobilizado) e de resultados positivos transitados, na base da variação cambial ocorrida. Limite de posição cambial O Aviso 6 / 03 permite às instituições bancárias autorizadas a exercer o comércio de câmbios, deter uma posição cambial aberta até 20% dos fundos próprios regulamentares apurados no mês anterior. O limite da posição cambial deve ser observado diariamente e o montante da posição cambial deve ser diariamente reportada ao Banco Nacional de Angola (Banco Central). Reservas obrigatórias O Instrutivo 10 / 2003 e respectivas Directivas fixam um coeficiente de 15% sobre a base de incidência (depósitos de residentes ou não residentes, em moeda nacional ou estrangeira, com exclusão de recursos vinculados a operações cambiais) do qual metade pode ser mantido em Títulos do Banco Central ou Títulos da Dívida Pública directa, com vencimento superior a 63 dias registados no Sistema de Gestão de Mercados e Activos (GEMA). A exigibilidade de reservas é calculada, semanalmente, sobre a média aritmética dos saldos dos dias úteis da penúltima semana. Controlo de liquidez Como meio indirecto de controlo de liquidez da economia angolana, o Aviso 05 / 2004 regulamenta a emissão e negociação de Títulos do Banco Central (TBC), sobre a forma escritural, vendidos no mercado primário com remuneração definida por desconto sobre o valor facial, vencimento de curto prazo e taxa de juro fixada pelo BNA ou definida em leilão. Os Decretos 51 / 2003 e 52 / 2003 deram origem aos títulos de Divida Pública Directa (Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro), que são títulos desmaterializados, emitidos na base das propostas de compra subscritas pelas instituições autorizadas pelo BNA, segundo condições de colocação previamente enunciadas 1. Controlo interno e auditoria externa O Instrutivo 01 / 1998 estabelece que as instituições do sistema financeiro devem possuir um sistema de controlo interno, adequado à dimensão, natureza e risco das actividades exercidas. Este sistema deve ser: supervisionado por um grupo de auditoria interna que reporte directamente ao Conselho de Administração; revisto por um auditor externo que elaborará um parecer sobre a credibilidade das demonstrações financeiras apresentadas, relativas ao encerramento do exercício social. 1) Regulamentação pelo Instrutivo n.º 06 / Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 287

290 4. Organograma funcional do Grupo Gestão executiva, fiscalização e controlo A composição e funções dos órgãos de gestão, fiscalização e controlo do Grupo BPI são pormenorizadamente apresentadas nos pontos 3.1 a 3.10 do presente Relatório. Funções do Grupo BPI As unidades agrupadas em torno de funções do Grupo BPI estão sob comando directo da Comissão Executiva do Banco BPI. Estruturas centrais Estas estruturas compreendem todo o conjunto de serviços partilhados, com natureza de back-office, que actuam como apoio directo às restantes unidades do Grupo ao assegurarem o desenvolvimento e manutenção das suas infra-estruturas operacionais, físicas e tecnológicas. Riscos de crédito A Comissão Executiva para os Riscos de Crédito é o órgão que toma as principais decisões relativas à concessão, ao acompanhamento e à recuperação de processos de crédito. A um nível mais operacional, a gestão do risco de crédito encontra-se centralizada na Direcção de Riscos de Crédito, que gere, de forma integrada, os cinco segmentos de Clientes. A saber: particulares; empresas, empresários e negócios; empresas; banca institucional e project finance. O modo como os diversos riscos são geridos no Grupo BPI encontra-se pormenorizadamente descrito em capítulo autónomo do Relatório de Gestão. Riscos de mercado A Comissão Executiva para os Riscos de Mercado é o órgão que toma as principais decisões relativas a actividades que envolvem riscos de mercado para o BPI. Compete-lhe, principalmente, definir a estratégia global e os regulamentos de actuação, fixar os limites para as exposições de tesouraria a respeitar pela Direcção Financeira, definindo as directrizes para a gestão das posições estruturais de longo prazo (riscos de taxas de juro ou cambial), e fixar os limites globais de valor em risco (VaR). Unidades de produto O desenvolvimento da oferta comercial encontra-se atribuído a diversas direcções especializadas (unidades de produto), parte das quais financiamento à construção, financiamento imobiliário, financiamento automóvel, crédito pessoal, cartões, recursos, gestão de activos, leasing e factoring servem em simultâneo os segmentos de particulares, pequenos negócios e empresas. As unidades de produto são responsáveis pela decisão de crédito e pelo processamento das operações, assegurando ainda o relacionamento com os canais especializados. Canais O BPI possui uma rede de distribuição multicanal, totalmente integrada, composta por 534 balcões de retalho, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), Banca Automática (ATM), rede de agentes, on-line brokerage E (BPI Online serviço prestado pelo Banco de Investimento), balcões especializados e estruturas dedicadas ao segmento de empresas e Clientes institucionais (41 centros de empresas, um centro de project finance e seis centros de Clientes institucionais). Fora de Portugal, o BPI tem uma operação de banca comercial em Angola e Moçambique, através de dois bancos de direito local Banco de Fomento Angola (detido em 100% pelo Grupo BPI) e BCI Fomento (detido em 30% pelo Grupo BPI), respectivamente, e, ainda, diversas sucursais e escritórios de representação, que prestam, essencialmente, apoio às comunidades de emigrantes. Marca e qualidade A qualidade, comunicação e gestão da marca são geridas pelo mesmo membro da Comissão Executiva do Banco BPI. Esta circunstância tem em vista o objectivo de dar prioridade à qualidade do serviço, o que determina a estreita coordenação dos programas de qualidade, com os programas de comunicação e desenvolvimento da marca. Esta coordenação estende-se ainda à área de formação, elemento crítico na obtenção de elevados padrões de serviço. Marketing A função de marketing é desenvolvida de forma segregada, de acordo com a segmentação entre particulares e pequenos negócios, por um lado, e empresas, por outro. O marketing de particulares e pequenos negócios é desenvolvido por duas direcções que reportam ao mesmo responsável executivo. A Direcção de Marketing Estratégico concentrada, sobretudo, na gestão do sistema CRM (Customer Relationship Management E ) e a de marketing Operacional concentrada na coordenação da função de vendas. A Direcção de Marketing de Empresas trata dos aspectos relacionados com a comunicação, gestão de informação e gestão de bases de dados associados à actividade comercial com empresas. 288 Banco BPI Relatório e Contas 2005

291 ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO GRUPO BPI Banco BPI Secretário da Sociedade Estruturas Centrais Sistemas de Informação Organização Títulos Operações Aprovisionamento, Outsourcing e Património Segurança Conselho de Administração do Banco BPI Comissão Executiva do Banco BPI Áreas de Negócio Comissão Executiva Riscos de Crédito Assembleia Geral Conselho Fiscal Comité de Auditoria e Controlo Interno Funções do Grupo Contabilidade e Planeamento Jurídica Gestão Financeira Análise e Controlo de Riscos Auditoria e Inspecção Recursos Humanos Relações com Investidores Relações Públicas Estudos Económicos e Financeiros Comissão Executiva Banco de Fomento Angola Comissão Executiva Riscos de Mercado Auditores Externos Comissão Executiva Banca de Investimento Banca Comercial Doméstica Banca Comercial no Exterior Gestão de Activos Private Equity Banca de Investimento Banca de Particulares, Empresários e Negócios Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Riscos de crédito Particulares Empresas, Empresários e Negócios Banca Institucional Project Finance Recuperação e contencioso de crédito Marketing Marketing Operacional Marketing de Empresas Marketing Estratégico Fábricas de produtos Recursos de Clientes Crédito Pessoal Cartões Financiamento à Construção Financiamento imobiliário Financiamento automóvel Produtos de crédito e serviços 2 Canais Centros de Investimento Balcões in-store Balcões tradicionais Centros de Empresas Centros de Institucionais Centros de Project Finance Banca automática Banca telefónica BPI Net Empresas BPI Net Lojas habitação Outros canais imobiliários Outros canais financiamento automóvel Promotores externos Banca de protocolos Emigração Internacional Apoio ao negócio Comunicação e Gestão da Marca Qualidade Formação 1) Participação de 30%. 2) Designadamente leasing, factoring e créditos documentários. Bancos Banco de Fomento Angola Banco BPI Cayman Sucursais Madrid Paris BCI Fomento 1 Moçambique Macau Escritórios de Representação Genebra Hamburgo Newark Caracas Joanesburgo Canais BPI Online Acções Corporate Finance Private Banking BPI Suisse Madrid Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 289

292 5. Gestão dos riscos 5.1. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos no Grupo BPI assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes tipos de riscos risco de crédito, risco país, riscos de mercado, riscos de liquidez, riscos operacionais e legais e na adopção de estratégias de maximização da rendibilidade dentro de limites preestabelecidos (e devidamente supervisionados). A gestão é complementada pela análise, à posteriori, de indicadores de performance REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA DE CONTROLO E GESTÃO DE RISCOS A política, os procedimentos e a repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos em matérias de controlo e gestão dos riscos do Grupo encontram-se pormenorizadamente descritos em capítulo autónomo do Relatório de Gestão e consideram-se parte integrante deste relatório por referência. Em complemento à informação constante no Relatório de Gestão, importa considerar as competências fiscalizadores do Comité de Auditoria e de Controlo Interno 1, entre as quais se destaca, a competência de apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal por todas as instituições de crédito e sociedades financeiras do Grupo BPI, nos termos das instruções sobre controlo interno daquele Banco, e apresentar ao Conselho de Administração as suas conclusões. Compete ainda ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno acompanhar todas as acções inspectivas do Banco de Portugal, da CMVM, do Instituto de Seguros de Portugal, da Direcção Geral de Impostos e da Inspecção Geral de Finanças. Matriz de competências para a gestão e controlo de riscos Identificação e análise de exposição Estratégia Limites e controlo Avaliação de performance Risco de crédito / / contraparte DACR: ratings e scorings (PDs), e LGD para todos os segmentos de crédito DACR e DIG: identificação de ratings externos para títulos de dívida e para crédito a Instituições Financeiras DRC: Expert System (empresas) CECA e CERC: estratégia global e aprovação de operações de maior relevância DRC e Direcções de Crédito: aprovação de operações CECA, CERC, DRC, DACR, DIG, DTA e Áreas de risco de Departamentos de Crédito: limites CECA, CACI, CERC, DACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: controlo CECA CERM, CERC DP, DACR Todas as Direcções Áreas de risco das DCPEN: Expert System DACR: exposição em derivados DACR: análise global de exposição ao risco de crédito Risco-país DIG: análise de risco país individual recurso a ratings e análises externas DACR: análise de exposição global CECA e CERM: estratégia global DIG, DF, DA, DTA: operações Risco de mercado Risco de liquidez DACR: análise de riscos por livros / / instrumentos e análise global de riscos taxas de juro, câmbios, acções e mercadorias DF, DA e DTA: análise de riscos individuais de liquidez, por instrumento CECA e CERM: estratégia global DF, DA e DTA: operações CECA e CERM: estratégia global CECA, CERM, DACR, DF, DA e DTA: limites CECA, CACI, CERM, DACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: controlo DACR: análise de risco global de liquidez Riscos operacionais DACR: análise de exposição global DORG e todas as Direcções: identificação de pontos críticos CECA: organização global DORG: regulamentação CECA, CERM, DORG, DACR: regulamentação e limites CECA, CACI, DORG, DACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: controlo Riscos legais DJ CECA Comissão Executiva do Conselho de Administração; CACI Comité de Auditoria e de Controlo Interno; CERC Comissão Executiva de Riscos de Crédito; CERM Comissão Executiva de Riscos de Mercado; DA Departamento de Acções; DACR Direcção de Análise e Controle de Riscos; DCPEN Direcções de Crédito a Particulares, Empresários e Negócios; DF Direcção Financeira; DIG Direcção Internacional do Grupo; DJ Direcção Jurídica; DORG Direcção da Organização; DP Direcção de Planeamento; DRC Direcção de Riscos de Crédito; DTA Direcção de Trading e Arbitragem. CECA, CACI, DJ, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: controlo 1) Ver lista completa das suas competência no ponto 3.5. deste relatório. 290 Banco BPI Relatório e Contas 2005

293 6. Auditores externos A Deloitte & Associados, SROC, S.A. (Deloitte), pertencente à rede internacional Deloitte Touche Tohmatsu, é o auditor externo do Grupo BPI. A partner E responsável pela auditoria às demonstrações financeiras consolidadas do Banco BPI é Maria Augusta Cardador Francisco INDEPENDÊNCIA O BPI reconhece e subscreve as preocupações manifestadas pela CMVM, pela Comissão Europeia e pela IOSCO International Organization of Securities Commissions, entre outras entidades, quanto à salvaguarda da independência dos auditores relativamente ao Cliente da auditoria. O BPI entende que esta independência é essencial para assegurar a confiança do público na fiabilidade dos seus relatórios e na credibilidade das informações financeiras publicadas. Por outro lado, o Código das Sociedades Comerciais determina que os membros do Conselho Fiscal do qual o auditor faz parte sejam eleitos pela Assembleia Geral, o que reforça a respectiva independência em relação à equipa de gestão da Sociedade; o diploma regulador dos auditores 1 estabelece que aquele que tenha exercido, nos três anos anteriores, funções de membro de órgãos de administração ou gestão de uma empresa não pode exercer função de auditor na mesma empresa. De igual modo, o auditor que nos três anos anteriores tenha sido responsável pelas funções de revisão legal de contas em empresas ou entidades, não pode nela exercer funções de membro dos órgãos de administração ou gestão. O BPI é da opinião que os seus auditores são independentes na acepção dos requisitos regulamentares e profissionais aplicáveis e que a sua objectividade não se encontra comprometida. O BPI tem incorporado nas suas práticas e políticas de governo diversos mecanismos que acautelam a independência dos auditores. A saber: O BPI adoptou o princípio de não celebrar nenhum contrato de trabalho com um sócio de empresa de auditoria, que tenha prestado serviços de auditoria em sociedades do Grupo BPI, antes de decorrido, pelo menos dois anos, após a cessação da prestação daqueles serviços. a proposta de nomeação do auditor externo é da responsabilidade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, que, como foi referido em capítulo próprio, é obrigatoriamente composto, em exclusivo, por membros da Administração do Banco BPI sem funções executivas; a sociedade que audita as contas do Grupo BPI, bem como os responsáveis por estes trabalhos, não detêm, tanto quanto o BPI tem conhecimento, qualquer interesse efectivo ou iminente financeiro, comercial, laboral, familiar ou de outra natureza além dos que resultam do normal decurso da actividade profissional em empresas do Grupo BPI, capaz de levar um terceiro, razoável e informado, a concluir que possa estar comprometida a independência do auditor. 1) Decreto-Lei n.º 487 / 99, de 16 de Novembro. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 291

294 POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DA DELOITTE A Deloitte & Associados, SROC S.A. (Deloitte), auditor registado na CMVM tem, de acordo com a informação por si prestada ao BPI, implementadas políticas e procedimentos, concebidos para assegurar que o seu network E mundial presta serviços de qualidade e cumpre todas as regras de independência e de ética aplicáveis. QUALIDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA Qualidade As políticas de controlo de qualidade da Deloitte abrangem, entre outros, os seguintes aspectos: normas quanto ao recrutamento do pessoal profissional; programação das carreiras profissionais dos Colaboradores; definição e desenvolvimento das competências específicas das equipas a afectar a cada Cliente ou serviço. Adicionalmente: todos os serviços prestados aos Clientes são avaliados quanto aos riscos envolvidos, estando sujeitos a uma revisão de qualidade por parte de outros sócios da Deloitte independentes em relação à equipa de serviço a esse Cliente; os níveis de qualidade são ainda reforçados por centros de excelência em assuntos técnicos e de especialização, localizados em várias partes do mundo, a que acedem os sócios responsáveis por assegurar que em cada país é salvaguardada a qualidade técnica dos serviços prestados; enquanto organização global, a Deloitte é objecto de controlo de qualidade interno exercido por sócios de outras firmas internacionais da organização Deloitte, pelo menos de três em três anos. O plano de implementação das recomendações que resultam dessas revisões é monitorado regularmente; em Portugal a Deloitte está sujeita ao controlo de qualidade externo exercido pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. A Deloitte & Associados, SROC S.A., está inscrita no PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board) estando, por consequência, sujeita à sua supervisão. Independência e ética As políticas de independência e ética adoptadas baseiam-se nas emitidas pelo IFAC (International Federation of Accountants) e são complementadas com regras nacionais ou outras mais exigentes, nomeadamente as emitidas pela SEC (U.S. Securities and Exchange Commission), previstas no Sarbanes Oxley Act e na recomendação da Comissão Europeia de 16 de Maio de 2002 sobre a independência de auditores. A divulgação do sistema de controlo de independência e de ética é assegurada através de normas escritas, periodicamente actualizadas e disponibilizadas via Intranet a todas as pessoas da organização Deloitte. Realizam-se periodicamente acções de formação interna sobre matérias de independência e ética, cuja frequência é obrigatória. O funcionamento do sistema de controlo da independência e ética é assegurado, em primeiro lugar, pela designação, a nível mundial e a nível nacional, de partners com grande experiência em auditoria (Reputation and Risk Leaders), sem responsabilidades de gestão corrente, cuja função na respectiva jurisdição, consiste na liderança de todos os assuntos relacionados com a qualidade, reputação e independência, na organização Deloitte. As suas atribuições compreendem: a implementação e manutenção de mecanismos de aprovação e consulta (entre diferentes linhas de serviço e entre diferentes países ou jurisdições); a gestão e actualização da lista global de Clientes de Interesse Público da Deloitte ( International Restricted Entities List ); a análise da informação produzida pelo software de gestão global de independência, GIMS Global Independence Monitoring System (que abrange Clientes, pessoas e serviços prestados); o controlo do processo de confirmação anual de independência, a condução de programas de teste e inspecção periódicos; a aplicação de procedimentos disciplinares nos casos de eventual desrespeito pelas regras estabelecidas quanto à independência e ética. 292 Banco BPI Relatório e Contas 2005

295 6.2. RESPONSABILIDADE Nos termos da lei 1, os auditores 2 respondem solidária e ilimitadamente pelos danos causados aos emitentes ou a terceiros por deficiência do relatório ou do parecer elaborados REMUNERAÇÃO A remuneração atribuída à Deloitte e à sua rede 3 por serviços prestados a sociedades do Grupo BPI, no exercício de 2005, ascendeu a 1.7 M.. Este valor reparte-se, segundo a natureza e a sociedade à qual os serviços foram prestados, da forma a seguir indicada. Valores em milhares de euros Tipo de serviço Banco BPI Banco de Fomento Angola Banco Português de Investimento BPI Fundos Outras sociedades do Grupo BPI 1 Total Revisão legal de contas Outros serviços de garantia de fiabilidade Consultoria fiscal Outros serviços Total ) Por ordem de importância (decrescente) quanto ao montante pago: BPI Suisse, BPI Vida, BPI Pensões, Sofinac, Banco BPI Cayman, Inter Risco, BPI Rent, BPI Locação de Equipamentos, Douro-SGPS, Eurolocação e BPI Madeira. 2) Serviços relacionados com a adopção dos IAS. A Deloitte e a sua rede não prestou ao Grupo BPI nenhum serviço, em áreas como a tecnologia da informação financeira, a auditoria interna, a avaliação, a defesa em justiça, o recrutamento, entre outras, susceptível de gerar situações de conflitos de interesses e de prejuízo para a qualidade do trabalho de auditoria e de revisão legal das contas. Todos os serviços prestados pela Deloitte, incluindo as respectivas condições de remuneração são, independentemente da sua natureza, objecto de apreciação prévia e aprovação por parte do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, o que constitui um mecanismo adicional de salvaguarda da independência do Auditor Externo. 1) Artigo 10 do Código dos Valores Mobiliários. 2) Nos termos do artigo 10 do Código dos Valores Mobiliários, a palavra auditores compreende os revisores oficiais de contas e outras pessoas que tenham assinado o relatório ou o parecer (alínea 1a) e as sociedades de revisores oficiais de contas e outras sociedades de auditoria, desde que os documentos auditados tenham sido assinados por um dos seus sócios (alínea 1b). 3) A Rede de auditores do BPI compreende a Deloitte e a Deloitte & Associados, SROC, S.A. e está de acordo com a definição de Rede estabelecida pela Comissão Europeia na sua Recomendação n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio de Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 293

296 7. Remuneração 7.1. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO Princípios A política de remuneração do BPI assenta em cinco vectores: Desempenho As remunerações dos Administradores e dos Colaboradores do BPI estão directamente associadas aos níveis de desempenho obtidos: pelo Banco; pela unidade de negócio ou de apoio ao negócio à qual a pessoa em causa está associada; pelo seu mérito individual. Os critérios utilizados na aferição do nível de desempenho e do peso relativo de cada uma das áreas atrás referidas variam de acordo com as funções e com o nível de responsabilidade da pessoa em causa. Competitividade O BPI procura oferecer aos seus Administradores e Colaboradores pacotes remuneratórios competitivos, tendo em conta a prática do mercado para uma dada área de especialização, nível de responsabilidade e zona geográfica. Ao adoptar esta política, o BPI tem o objectivo de atrair e reter os elementos mais eficientes, mais rendíveis e com maior potencial para a organização. Estratégia A remuneração atribuída a um determinado Colaborador é ainda influenciada pelas necessidades específicas e prioridades estratégicas do BPI, num dado momento, assim como pela importância e singularidade do contributo da pessoa para a organização Principais componentes A remuneração atribuída aos Administradores e Colaboradores do Grupo BPI inclui uma componente fixa e uma componente variável. Esta tem tanto mais peso quanto mais alto é o nível de responsabilidade, e é estabelecida em função do mérito de cada um. A atribuição anual de remuneração variável aos Colaboradores com mais responsabilidades no Grupo resulta de um processo de avaliação individual, realizado pela Comissão Executiva do Banco BPI. Os Colaboradores da rede comercial de particulares e pequenos negócios beneficiam ainda de uma componente de remuneração variável, atribuída em função do desempenho comercial, cuja designação é SIM Sistema de Incentivo e Motivação. As condições específicas desta componente são revistas trimestralmente. No ponto 7.4 Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é prestada informação detalhada sobre este importante instrumento de reforço do alinhamento dos interesses dos Colaboradores e Administradores com os interesses dos Accionistas Participação nos lucros O Banco BPI tem por política não remunerar os seus administradores 1 através da forma de participação nos lucros, não obstante os estatutos do Banco preverem essa possibilidade 2. A remuneração da administração é inteiramente contabilizada na rubrica CUSTOS COM PESSOAL. Equidade A prática remuneratória do BPI assenta em critérios uniformes, consistentes, justos e equilibrados. Alinhamento com os Accionistas Todos os Administradores, Quadros Directivos e parte dos Colaboradores têm associada parte da respectiva remuneração à valorização das acções do Banco BPI em bolsa. 1) Assim como os Colaboradores. 2) O artigo 25 dos estatutos do Banco BPI prevê que os membros da Comissão Executiva possam auferir uma remuneração variável correspondente a, no limite e em termos globais, 5% do lucro consolidado do exercício. 294 Banco BPI Relatório e Contas 2005

297 7.2. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DO BANCO BPI Competência A Comissão de Remunerações é o órgão social ao qual compete determinar o valor da remuneração anual a ser paga aos membros dos órgãos sociais do Banco BPI Remuneração fixa O valor de remuneração fixa é estabelecida trienalmente aquando da eleição dos membros dos órgãos sociais. Nos casos do Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, este valor é, nos anos subsequentes, ajustado em função do aumento determinado pelo ACTV Acordo Colectivo de Trabalho Vertical, para o nível 18. A remuneração do Conselho Fiscal e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno é susceptível de ajustamento no decurso do mandato. A Comissão de Remunerações não é remunerada Remuneração variável O valor de remuneração variável dos membros da Comissão Executiva é estabelecida anualmente, tendo em conta o desempenho do Banco e o desempenho individual de cada administrador. Os administradores não-executivos não auferem remuneração variável. A remuneração do Presidente da Comissão Executiva é determinada pela Comissão de Remunerações, tendo por base uma proposta do Presidente do Conselho de Administração. A remuneração dos restantes membros da Comissão Executiva é determinada pela Comissão de Remunerações, tendo por base uma proposta do Presidente da Comissão Executiva e o parecer do Presidente do Conselho de Administração Senhas de presença Os membros do Comité de Auditoria e de Controlo Interno recebem senhas de presença pelas reuniões em que participam. Estrutura de remuneração dos Órgãos Sociais do Banco BPI Regular Fixa Remuneração Senhas de presença Dinheiro Variável RVA Regras Órgão decisor Conselho de Administração Membros da Comissão Executiva Administradores não-executivos Comité de Auditoria e de Controlo Interno Presidente e Vice-Presidente Outros membros Remuneração variável é, em cada ano, determinada tendo por base o desempenho individual e colectivo. O peso do RVA na remuneração variável é de 50% para o Presidente e Vice-Presidente e 40% para os restantes elementos da Comissão Executiva O valor da remuneração (fixa) é fixado no início do mandato trienal Senhas individuais de presença atribuídas pela efectiva participação nas reuniões Comissão de Remunerações, tendo por base uma proposta do Presidente do Conselho de Administração Comissão de Remunerações, tendo por base uma proposta do Presidente da Comissão Executiva e a opinião do Presidente do Conselho de Administração Comissão de Remunerações Comissão de Remunerações Conselho Fiscal O valor da remuneração é fixado no início do mandato trienal Comissão de Remunerações Exclusividade É política do Grupo BPI que os elementos que integram a Comissão Executiva do Banco BPI só exerçam cargos sociais noutras empresas em representação do BPI. As remunerações que lhes sejam atribuídas pelo exercício desses cargos são consideradas na remuneração global determinada pela Comissão de Remunerações. Está ainda vedado a tais Administradores exercerem quaisquer outras funções remuneradas. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 295

298 Remuneração auferida em 2005 Em 2005, a remuneração total atribuída à Comissão Executiva do Banco BPI ascendeu a 5.4 M., o que corresponde a um crescimento de 6.7% relativamente a A componente variável ascendeu a 3.7 M., o que correspondeu a 68% da remuneração total (67% em 2004). Em 2005, a remuneração variável em percentagem do lucro líquido situou-se em 1.5% (1.8% em 2004). Remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco BPI 1 Valores em milhares de euros Fixa 2, 3 Variável 4, 5 Total Fixa 2, 3 Variável 4 Total Dinheiro RVA Total Dinheiro RVA Total Executivos Não-executivos Total ) Remunerações auferidas por funções exercidas, não só no Banco BPI, mas em todas as sociedades com as quais o Banco BPI se encontre em relação de domínio ou de grupo, conforme as alterações introduzidas ao Anexo ao Regulamento da CMVM n.º 7 / 2001 pelo Regulamento da CMVM n.º 11 / ) As remunerações fixas incluem as diuturnidades e os prémios de antiguidade. 3) As remunerações fixas dos membros do Comité de Auditoria e de Controlo Interno incluem as senhas de presença naquele Comité nos montantes globais de 66 mil euros e 75 mil euros, respectivamente, em 2004 e ) Inclui as remunerações obtidas pelo exercício de cargo social em representação do BPI junto de sociedade não dominada, nos montantes de 82 mil euros, em 2004, e de 61 mil euros, em ) Inclui as remunerações atribuídas ao Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva relativas ao exercício das funções de Presidente da Comissão Executiva (1 de Janeiro a 20 de Abril de 2004) bem como as remunerações atribuídas ao Administrador Pedro Barreto relativas ao período em que exerceu as funções de Director Central (1 de Janeiro a 20 de Abril de 2004). 6) A participação nos lucros pelo conjunto dos Administradores Executivos não pode exceder, anualmente, 5% do lucro líquido (artigo 25 dos Estatutos). Cerca de 56% da remuneração variável foi paga em numerário, 2.1 M., enquanto os restantes 1.6 M. foram pagos mediante atribuição de acções BPI e opções de compra de acções BPI (em parcelas idênticas) no âmbito do Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) em vigor no Grupo. O programa RVA de 2005, resultou na atribuição aos Administradores Executivos de 183 mil acções do Banco BPI e mil opções de compra de acções do Banco BPI. As remunerações dos membros não executivos do Conselho de Administração ascenderam a 0.9 M., em RVA 2005 condições de atribuição Plano de acções Forma de atribuição Sob condição resolutiva Data de atribuição 23 Fevereiro 2006 Preço de atribuição 4.44 euros Plano de opções Data de atribuição 23 Fevereiro 2006 Período de exercício 24 Maio 06 a 23 Fevereiro 2011 N.º de acções adquiríveis por cada opção detida 1 Preço de exercício 4.44 euros Valor de cada opção 0.45 euros Peso da remuneração no lucro líquido O valor de remuneração total (fixa e variável) dos membros do Conselho de Administração representou, em 2005, 2.5% do valor do lucro líquido consolidado do Banco BPI nesse exercício. Peso da remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco BPI no lucro consolidado % Remuneração total em % do lucro líquido consolidado Remuneração variável em % do lucro líquido consolidado Banco BPI Relatório e Contas 2005

299 7.3. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO As remunerações dos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, são definidas pela Comissão de Remunerações, tendo por base uma proposta do Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI e o parecer do Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI. O valor da remuneração variável tem em conta o desempenho do Banco e o desempenho individual de cada administrador. É política do Grupo BPI que os elementos que integram o Conselho de Administração do Banco Português de Investimento só exerçam cargos sociais noutras empresas em representação do BPI. As remunerações que lhes sejam atribuídas pelo exercício desses cargos são consideradas na remuneração global fixada pela Comissão de Remunerações. Está ainda vedado a tais Administradores exercerem quaisquer outras funções remuneradas. Remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento 1 Valores em milhares de euros Fixa Variável Total Fixa Variável Total Dinheiro RVA Total Dinheiro RVA Total Remuneração ) Remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, que não são membros simultaneamente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, por funções exercidas, não só no Banco Português de Investimento, mas em todas as sociedades com as quais o Banco BPI se encontre em relação de domínio ou de grupo PROGRAMA DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL EM ACÇÕES Caracterização O Grupo BPI dispõe de um Programa de Remuneração Variável em Acções (Programa RVA) que consiste na atribuição de uma parte da remuneração variável sob a forma de acções do Banco BPI e opções de compra de acções do Banco BPI. Este programa está em vigor no Grupo desde o início do exercício de O programa RVA abrange a Comissão Executiva do Banco BPI eo Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, assim como todos os Colaboradores cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a euros. Alinha os interesses de Administradores e Colaboradores com os interesses dos Accionistas, dado que o rendimento passa a estar intrinsecamente associado à valorização da acção BPI em bolsa e a importância relativa do incentivo do RVA no total da remuneração é crescente com o nível de responsabilidade. Este estímulo é intensificado pela existência da componente de opções de compra de acções BPI que permite uma alavancagem dos ganhos com a valorização futura das acções em bolsa, enquanto uma evolução negativa da cotação da acção resulta num valor nulo das opções. O programa RVA constitui um importante instrumento de gestão dos recursos humanos do Grupo e reforça o alinhamento dos interesses de Administradores e Colaboradores com o objectivo último do Grupo e dos Accionistas a criação de valor. Promove o mérito individual, uma vez que, ao ser uma componente da remuneração variável, o valor da mesma é crescente, consoante o desempenho e mérito individual. Fideliza e retém talentos, uma vez que os incentivos do RVA são disponibilizados ao beneficiário de forma faseada, desde a atribuição até ao final do terceiro ano seguinte, e sob condição de o beneficiário manter a ligação ao Grupo. Este efeito será tanto mais relevante quanto maior o nível de responsabilidade e de mérito individual, constituindo portanto um meio importante de selecção positiva dos recursos humanos. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 297

300 Principais características do programa RVA Tipo Diluição Liquidação (atribuição de acções e exercício das opções) Periodicidade Custo de atribuição Custo de cobertura (in-house) Limite anual do RVA Limite cumulativo do RVA Valor de atribuição das acções Valor de atribuição das opções Disponibilidade das opções Exercício das opções Possibilidade de repricing das opções Transmissibilidade das opções Preço de atribuição das acções em 2005 Preço de atribuição das opções em 2005 Preço de exercício das opções em 2005 Atribuição de acções do Banco BPI e opções de compra de acções do Banco BPI A execução do programa RVA não prevê a emissão de capital. A atribuição de acções e exercício de opções faz-se por recurso à carteira de acções próprias constituída para esse efeito. Programa regular de atribuição anual. A remuneração do RVA é uma componente da remuneração variável, a qual é determinada em função da avaliação do desempenho relativa ao exercício a que se refere a atribuição. Constitui assim remuneração de serviços passados. O custo de atribuição é periodificado de forma linear desde início do ano a que respeita a atribuição e a data da sua disponibilização aos Colaboradores. O BPI realiza a cobertura própria do plano de opções, dispondo para o efeito de carteiras de acções próprias. As mais e menos-valias realizadas na carteira de acções próprias para cobertura do plano de opções são registadas directamente em capital próprio, não afectando o resultado do exercício. Na data de exercício das opções, é econhecida em capitais próprios a mais ou menos-valia correspondente à diferença entre o preço de exercício e o custo médio de aquisição das acções próprias. Número de acções atribuídas e acções subjacentes às opções atribuídas 2% capital social. Número de acções subjacentes às opções existentes num determinado momento, exercíveis ou não 5% capital social. Média da cotação de mercado nas 10 sessões anteriores à data de atribuição. At-the-money, correspondendo o preço de exercício à média da cotação de mercado nas 10 sessões anteriores à data de atribuição. 25% imediatamente e o restante no final de cada um dos 3 anos seguintes No período compreendido entre o 90.º dia 1 e o fim do 5.º ano a contar da data de atribuição. Não. Atribuição RVA 2005 em % capital 1.0% N.º de opções existentes em % do capital 2 2.6% Não transaccionáveis euros euros euros. 1) Para as opções atribuídas no âmbito do RVA 2005 e seguintes. Para opções atribuídas nos programas do RVA 2001 a RVA 2004, o período de exercício iniciava-se um ano após a data de atribuição e terminava no fim do quinto ano a contar da data de atribuição. 2) Posição no final de 2005, adicionada da atribuição no âmbito do RVA 2005 em 23 de Fevereiro de Banco BPI Relatório e Contas 2005

301 Abrangência do programa de RVA A remuneração variável que, até ao exercício de 200O, era integralmente paga em numerário passou, a partir do exercício de 2001, a incluir, para os Administradores e Colaboradores abrangidos pelo RVA, uma parte em numerário e uma parte em acções e opções. Para estes, o peso da componente em acções e opções (RVA) na remuneração variável oscila entre um mínimo de 10% e um máximo de 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Colaborador ou Administrador. O número de Administradores Executivos dos Bancos, Quadros Directivos e outros Colaboradores do Grupo BPI abrangidos pelo RVA-2005 ascendeu a 2 664, o que representa 45% do quadro de efectivos do Grupo em Portugal. % do RVA na remuneração variável N.º de elementos abrangidos RVA 2001 RVA 2002 RVA 2003 RVA 2004 RVA 2005 Comissão Executiva do Banco BPI 1 Presidente e Vice-Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI 1 50% Outros Administradores da Comissão Executiva do Banco BPI 1 40% Subtotal: Comissão Executiva do Banco BPI Outros Administradores do Banco Português de Investimento 2 35% Quadros Directivos e outros Colaboradores Quadros Directivos Directores-Centrais 30% Directores-Coordenadores 25% Directores 20% Directores Adjuntos e Subdirectores 15% Subtotal: Quadros Directivos Outros Colaboradores 10% Subtotal: Quadros Directivos e outros Colaboradores Total ) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001, e até 20 de Dezembro de ) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001, e até 20 de Dezembro de REMUNERAÇÃO TOTAL Remuneração fixa Remuneração variável Composição da remuneração variável Presidente e Vice Presidente da Comissão Executiva Outros membros da Comissão Executiva Outros Administradores do Banco de Investimento Quadros directivos Outros colaboradores % da remuneração variável em numerário 50% 60% 65% 85% a 70% 90% % da remuneração variável em acções e opções 50% 40% 35% 15% a 30% 10% Remuneração variável em numerário ( ) RVA ( ) Composição do RVA à escolha do beneficiário % do RVA em acções 100% 75% 50% % do RVA em opções 0% 25% 50% Remuneração variável em acções ( ) Remuneração variável em opções ( ) Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 299

302 Condições de atribuição Plano de acções A transferência da titularidade das acções para o beneficiário é imediata. A disponibilização das acções, no entanto, faz-se de forma faseada 25% ficam livres no momento da atribuição e os restantes 75% são libertados no final dos primeiro, segundo e terceiro anos a contar da data de atribuição, na condição de a relação de trabalho se manter naquelas datas. Caso contrário, a transmissão das acções ainda não libertadas é anulada. Plano de acções atribuição, transmissão e disponibilidade Atribuição Transmissão Disponibilidade 1 Data de atribuição 100% 100% 25% 1 ano após % 2 anos após % 3 anos após % 1) Nas datas de disponibilidade, ocorre a consolidação da transmissão das acções que se tornam livres. Plano de opções As opções de compra de acções do Banco BPI transmitem-se para a titularidade do beneficiário na data de atribuição. As opções não são transaccionáveis. O período de exercício, relativamente às opções atribuídas no âmbito do RVA 2005 e seguintes, passou a iniciar-se entre o 90.º dia a contar da data da sua atribuição desde que até esse dia não tenha cessado o vínculo laboral, caso em que a transmissão é anulada e o fim do quinto ano a contar da data de atribuição. Plano de opções atribuição, transmissão e disponibilidade Atribuição Transmissão Disponibilidade Data de atribuição 100% 100% - 90.º dia após Início do período de exercício 2 anos após anos após 4 anos após 5 anos após - - Fim do período de exercício 1) Para as opções atribuídas no âmbito do RVA 2005 e seguintes. As opções atribuídas nos programas do RVA 2001 a RVA 2004, o período de exercício iniciava-se um ano após a data de atribuição e terminava no fim do quinto ano a contar da data de atribuição. Determinação do preço de atribuição O valor das acções, para efeitos de atribuição, corresponde à média ponderada da cotação nas dez sessões de bolsa anteriores à data de atribuição. Nos programas RVA de 2001 e de 2002, o peso da componente acções e o peso da componente opções no valor dos incentivos em RVA foi obrigatoriamente idêntico (50% / 50%). A partir do programa RVA 2003, os Administradores e Colaboradores, passaram a poder escolher o peso relativo de cada uma das componentes, de entre as seguintes combinações: 50% acções / 50% opções (regime de 2001 e 2002); 75% acções / 25% opções; 100% acções / 0% opções. Limites à dimensão do programa O total do número de acções atribuídas e de acções subjacentes às opções atribuídas em cada ano não poderá exceder 2% do capital social e o número de acções subjacentes às várias séries de opções vivas (opções existentes, quer sejam exercíveis ou não) não poderá exceder 5% do capital social, de acordo com as directrizes do programa RVA em vigor. Direito a dividendos, direito de preferência em aumentos de capital e direito de voto em Assembleias Gerais As acções do Banco BPI transmitidas para a propriedade do Administrador ou Colaborador, quer por atribuição directa de acções, no âmbito do programa de RVA, quer por exercício das opções que lhe foram atribuídas, são de natureza idêntica às restantes acções do Banco BPI e conferem, nesses termos, os mesmos direitos. Nomeadamente, o direito a dividendos, o direito de preferência em aumentos de capital e o direito de voto em Assembleias Gerais. No caso das opções, o número detido e o preço de exercício são ajustados em caso de aumentos de capital através de incorporação de reservas G ou da subscrição reservada a Accionistas, de forma a que a posição do detentor das opções se mantenha, em substância, idêntica à situação anterior à ocorrência do facto. A execução do programa RVA não prevê o repricing das opções. No caso das opções é utilizado o seu justo valor, considerando como preço de exercício o valor de atribuição das acções. Determinação da quantidade de acções e opções de compra a atribuir O número de acções e opções a atribuir resulta do quociente entre a parte de remuneração variável a atribuir sob a forma de incentivo em RVA e o preço definido de atribuição das acções e opções de compra. 300 Banco BPI Relatório e Contas 2005

303 Períodos de inibição de exercício das opções e transacção de acções Transacção de acções As transacções de acções atribuídas no âmbito do programa de RVA e as resultantes do exercício de opções enquadram-se no normativo presente nos códigos de conduta, em vigor no Grupo, relativo a transacções de acções do Banco BPI por Administradores e Colaboradores. Exercício de opções As opções são exercíveis em qualquer momento no decurso do período de exercício. No entanto, a alienação das acções resultantes do exercício de opções, e portanto a realização do ganho que tenha sido proporcionado pelo plano de opções, está sujeita aos períodos de inibição definidos nos códigos de conduta relativos a transacções de acções do Banco BPI por Administradores e Colaboradores. Relativamente à utilização da linha de crédito pelos membros da Comissão Executiva, obteve-se o parecer favorável do Conselho Fiscal, a autorização do Banco de Portugal, e foi dado conhecimento à Comissão de Remunerações. Esta linha de crédito proporciona um montante com um limite mínimo de 2500 euros e até 75% do valor de mercado das acções a adquirir em consequência do exercício das respectivas opções, com um máximo de 100% do montante necessário para exercer as opções. O prazo máximo do empréstimo é de 4 anos, podendo o Colaborador proceder a amortizações antecipadas parciais ou à amortização antecipada da totalidade do crédito, sem penalizações. Linha de crédito para exercício de opções e manutenção das acções em carteira No início de 2004, foi disponibilizada uma linha de crédito RVA aos Colaboradores e Administradores Executivos do Banco que pretendam exercer as opções de RVA e manter em carteira as acções assim adquiridas. Em 2005, exerceram-se 3.7 milhões de opções, das quais 24% foi por recurso à linha de crédito. No final de 2005, o saldo de crédito ascendia a 5.7 M.. O capital em dívida vence juros à taxa Euribor a 12 meses acrescida de 0.75 pontos percentuais. Linha de crédito para exercício de opções e manutenção das acções em carteira Comissão Executiva do Banco BPI 1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento 2 Valores em milhares de euros Quadros Directivos Total e outros Colaboradores Saldo em 31 de Dezembro de ) Incluindo o saldo em divida do Presidente do Conselho de Administração relativamente a crédito para o exercício de opções atribuídas quando era Administrador Executivo. 2) Administradores que não sejam simultaneamente membros da Comissão Executiva do Banco BPI. Transacção de acções próprias Para efeitos de atribuição de acções, cobertura do plano de opções e exercício das opções o BPI constituiu carteiras de acções próprias destinadas exclusivamente a esse fim. A execução do Programa do RVA não prevê o recurso à emissão de capital, embora o Regulamento do RVA não exclua expressamente essa alternativa. De forma a possibilitar a execução do programa RVA, entre outros motivos, o Conselho de Administração dispõe de uma autorização da Assembleia Geral, reunida em 20 de Abril de 2005, para aquisição de acções próprias até ao limite legal de 10% do capital. Esta autorização é válida por 18 meses, nas seguintes condições: aquisição, em mercado registado na CMVM, por um preço que não ultrapasse 110% da média ponderada das cotações em bolsa nas 10 sessões anteriores; alienação a terceiros, em mercado registado na CMVM, por um preço que não seja inferior a 90% da média ponderada das cotações em bolsa nas 20 sessões anteriores; aquisição ou alienação a terceiros decorrente de operações de reporte ou empréstimo de acções do Banco BPI, desde que tais operações sejam registadas na Euronext Lisboa e a aquisição decorrente de acordo de dação em pagamento destinada a extinguir obrigações emergentes de contratos de financiamento celebrados pelo Banco BPI e desde que às acções seja atribuído um valor que não ultrapasse 110% da média ponderada das cotações em bolsa nas 10 sessões anteriores. O Conselho de Administração tem promovido anualmente a renovação desta autorização na reunião ordinária da Assembleia Geral de Accionistas. alienação aos Colaboradores e Administradores, a título de remuneração variável, acções e opções de compra de acções do Banco BPI, nos termos e condições constantes do Regulamento do RVA; Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 301

304 Aprovação, regulamento, directrizes e competências para a execução e modificação da RVA As linhas gerais da RVA foram aprovadas pelo Conselho Geral 1 em 10 de Dezembro de Na Assembleia Geral de Accionistas de 21 de Abril de 1999, o Presidente do Conselho de Administração colocou à apreciação dos Accionistas uma proposta de autorização de aquisição e alienação de acções próprias pela Sociedade, destinadas a tornar viável a execução do referido plano de incentivos. Esta proposta foi aprovada com 99.99% de votos a favor, tendo sido renovada nos exercícios seguintes. As disposições gerais do programa RVA, bem como as competências dos órgãos para execução e modificação do mesmo estão definidas em regulamento próprio. O regulamento do RVA foi aprovado pelo Conselho Geral em 25 de Fevereiro de 1999, tendo-lhe sido introduzidas as alterações a seguir indicadas em 3 de Março de 2004 e em 20 de Outubro de 2005: proceder, pontualmente, a alterações em disposições contratuais do RVA, como por exemplo a antecipação da data em que as opções possam ser exercíveis, e na atribuição de acções, dispensar a verificação de condições suspensivas ou renunciar à atribuição sob condição resolutiva. O exercício das funções pela Comissão Executiva é objecto de acompanhamento pelo Comité de Auditoria e de Controlo Interno e pelo próprio Conselho de Administração. Gestão do programa de Remuneração Variável em Acções Normas Regulamento do RVA Directrizes do RVA ajustamentos à metodologia do RVA com o objectivo de acolher, por antecipação, normas decorrentes da Introdução dos IAS; alteração do período do exercício das opções que, relativamente ao programa RVA 2005 e seguintes, passa a ser entre o nonagésimo dia e o final do quinto ano a partir da data de atribuição. Órgãos executivos do RVA O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva a execução anual do programa RVA. Os aspectos concretos de execução do programa RVA são regulados por um conjunto de directrizes, aprovado pelo Conselho de Administração, que vinculam a actuação da Comissão Executiva. No quadro do regulamento do programa de Remuneração Variável em Acções (RVA), cabe à Comissão Executiva do Conselho de Administração a execução da atribuição de acções e opções à generalidade dos Colaboradores do Grupo e aos Administradores das subsidiárias do Grupo BPI, excluindo o Banco Português de Investimento. Nesse âmbito, as principais competências atribuídas à Comissão Executiva são as seguintes: Órgãos executivos Fiscalização Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Para atribuição a: Colaboradores com remuneração variável euros Administradores das subsidiárias do Banco BPI Conselho de Administração do Banco BPI Comité de Auditoria e de Controle Interno Comissão de Remunerações Para atribuição a: Membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Administradores do Banco Português de Investimento fixar o número máximo de acções e opções a atribuir em cada ano, assim como os critérios (dos quais fará sempre parte o da avaliação do mérito de cada Colaborador) e as condições de distribuição das mesmas pelos Colaboradores do Grupo; adoptar, em cada atribuição, o modelo de avaliação de opções que melhor permita a determinação razoável e realista do seu justo valor; interpretar o regulamento do RVA e preencher eventuais lacunas; 1) Órgão de administração no anterior modelo de governo do Grupo BPI. 302 Banco BPI Relatório e Contas 2005

305 A Comissão de Remunerações é responsável pela atribuição das acções e opções aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI e aos Administradores do Banco Português de Investimento, desempenhando as mesmas funções que são atribuídas à Comissão Executiva para efeitos de atribuição do RVA à generalidade dos Colaboradores. Nos termos do regulamento do RVA, a Comissão de Remunerações não poderá adoptar condições de atribuição mais favoráveis que as aplicadas pela Comissão Executiva na atribuição do RVA à generalidade dos Colaboradores. Do mesmo modo, eventuais ajustamentos técnicos ao preço de exercício ou quantidade de opções detidas pelos membros da Comissão Executiva e pelos Administradores do Banco Português de Investimento não poderá ser feito em condições mais favoráveis que as aplicadas para a generalidade dos Colaboradores. Registo contabilístico Atribuição O BPI regista a remuneração atribuída no âmbito do RVA em custos com pessoal. O custo é periodificado desde início do ano a que se refere a atribuição até ao momento de disponibilização dos benefícios aos Colaboradores. Já anteriormente à transição para IAS / IFRS, o BPI utilizava o fair value das acções e opções na data de atribuição para contabilização do custo de atribuição do RVA. Na valorização das acções é utilizado o seu valor de mercado (média das 10 sessões de bolsa anteriores à atribuição), enquanto nas opções, dada a inexistência de valor de mercado das opções do RVA e de opções transaccionáveis semelhantes, o BPI recorre a um modelo de avaliação que está de acordo com os princípios de avaliação de instrumentos financeiros, de aceitação generalizada, e incorpora toda a informação relevante disponível. É de referir, adicionalmente, que para efeitos de atribuição de acções e exercício das opções atribuídas o BPI recorre a aquisição de acções próprias, não prevendo a emissão de novas acções. Nas notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 2.9. Remuneração variável em acções RVA (IFRS 2) e Programa de remuneração variável em acções (RVA) encontra-se descrição da contabilização do programa RVA, valorização dos incentivos atribuídos e impacto contabilístico. Cobertura do programa RVA O Grupo BPI executa a cobertura própria do programa de atribuição de acções e opções (RVA). Na cobertura do plano de opções, o BPI dispõe de carteiras de acções próprias, afectas a cada uma das séries de opções vivas, que procuram assegurar um número de acções correspondente ao produto do delta pelo número de opções existentes. As mais e menos-valias realizadas na carteira de acções próprias detida para cobertura do plano de opções são registadas directamente em capital próprio, não afectando o resultado do exercício. Na data de exercício das opções, é reconhecida em capitais próprios a mais ou menos-valia correspondente à diferença entre o preço de exercício e o custo médio de aquisição das acções próprias. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 303

306 7.4.2 Execução Programa de Remuneração Variável em Acções de 2005 Fixação do preço de atribuição das acções e opções de compra No âmbito do regulamento do RVA, a Comissão Executiva estabeleceu a data 23 de Fevereiro de 2006 para efeitos de atribuição de acções e opções de compra de acções, relativamente ao exercício de a vida estimada da opção de 3.3 anos (2 / 3 da maturidade contratual); uma volatilidade estimada de 17.1%; O valor das acções foi fixado em 4.44 euros, montante correspondente à média ponderada dos valores, nas dez sessões de bolsa que decorreram no período de 9 de Fevereiro a 22 de Fevereiro de O valor das opções, para um preço de exercício idêntico ao valor de atribuição de acções, foi fixado em 0.45 euros. De acordo com as competências definidas no Regulamento do RVA, a Comissão Executiva utilizou para avaliação das opções o modelo Black-Scholes considerando os seguintes parâmetros: taxa de juro isenta de risco para a vida estimada da opção de 3.08%. Atribuição de acções e opções de compra Em 2005, o valor da remuneração variável sob a forma de incentivos do RVA ascendeu a 7.1 M., o que corresponde a 21% do valor total da remuneração variável atribuída ao universo de Administradores 1 e Colaboradores abrangidos pelo RVA. Composição da remuneração variável Valores em milhares de euros Remuneração variável em 2004 Numerário RVA 2004 Total variável em NumerárioRemuneração RVA 2005 Total Plano de acções Plano de opções Total do RVA Plano de acções Plano de opções Total do RVA Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Quadros Directivos e outros Colaboradores Total ) Em 2004, inclui as remunerações dos 7 membros da Comissão Executiva em funções a 31 de Dezembro de 2004 e as remunerações (fixas e variáveis) auferidas pelo Presidente do Conselho de Administração pelo exercício de funções executivas até 20 de Abril. 2) Não incluídos os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI. 3) Colaboradores do Grupo abrangidos pelo Programa RVA. No âmbito do RVA 2005, foram atribuídas 904 mil acções e mil opções. O total do número de acções atribuídas e número de acções subjacente às opções atribuídas correspondeu a 1.0% do capital do Banco BPI. 1) A Comissão de Remunerações do Banco BPI deliberou sobre o montante da remuneração variável atribuída aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, em 26 de Janeiro e 9 de Março de 2006, respectivamente. 304 Banco BPI Relatório e Contas 2005

307 Atribuição de acções RVA 2001 Programa de atribuição de acções RVA 2002 RVA 2003 RVA 2004 RVA 2005 Original Ajustado 1 Forma de atribuição Condição resolutiva e Condição Condição Condição Condição condição suspensiva resolutiva resolutiva resolutiva resolutiva Data de atribuição 21 Março Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro 06 Preço de atribuição 2.67 euros 2.54 euros euros 3.13 euros 3.10 euros 4.44 euros N.º de acções atribuídas 3 Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Quadros directivos e outros Colaboradores do Grupo Total ) Valores ajustados por dividendos e pelo aumento de capital de ) Preço de atribuição da RVA em 2001, ajustado pelo aumento de capital realizado em Maio de ) O número de acções atribuído inicialmente a título de RVA em 2001 foi ajustado pelo pagamento de dividendos e pelo aumento de capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), em Maio de Os ajustamentos consistiram na atribuição adicional de acções (por contrapartida do pagamento de 1.75 euros por acção) a Administradores, Quadros Directivos e outros Colaboradores, a título de ajustamento pelo aumento de capital realizado, e de acções como ajustamento à distribuição de dividendos relativos ao exercício de Quanto a este último aspecto, importa notar que apenas os Administradores ou Colaboradores que optaram pelo regime de condição suspensiva de acordo com o qual as acções em situação de indisponibilidade permanecem, em termos jurídicos, propriedade do Banco foram alvo do referido ajustamento. Os elementos que optaram pelo regime de condição resolutiva receberam o dividendo referente a todas as acções cativas ou disponíveis em numerário. 4) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Os valores apresentados no Relatório e Contas de 2004 relativamente à atribuição à Comissão Executiva do Banco BPI ( acções) e Conselho de Administração do Banco Português de Investimento ( acções) eram uma estimativa com base no pressuposto que todos optavam por uma composição do RVA de 50% de acções e 50% de opções. Atribuição de opções de compra de acções RVA 2001 Programa de atribuição de opções RVA 2002 RVA 2003 RVA 2004 RVA 2005 Original Ajustado 1 Data de atribuição 21 Mar Fev Fev Fev Fevereiro 06 Período de exercício 21 Mar. 03 a 21 Mar Fev. 04 a 23 Fev. 05 a 28 Fev. 06 a 23 Maio 06 a 22 Fev Fev Fev Fev. 11 N.º de acções adquiríveis por cada opção detida Preço de exercício 2.67 euros 2.54 euros 2.14 euros 3.13 euros 3.10 euros 4.44 euros Valor de cada opção 0.65 euros 0.62 euros 0.33 euros 0.45 euros 0.31 euros 0.45 euros N.º de opções atribuídas Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Quadros directivos e outros Colaboradores do Grupo Total ) Em virtude do aumento do capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), realizado em Maio de 2002, o preço de exercício das opções resultantes do RVA foi ajustado de 2.67 euros para 2.54 euros e o número de opções atribuídas, no âmbito do RVA de 2001, foi acrescido em 5%. 2) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Os valores apresentados no Relatório e Contas de 2004 relativamente à atribuição à Comissão Executiva do Banco BPI ( opções) e Conselho de Administração do Banco Português de Investimento ( opções) eram uma estimativa com base no pressuposto que todos optavam por uma composição do RVA de 50% de acções e 50% de opções. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 305

308 Evolução do programa de atribuição de opções de compra de acções Evolução do programa de atribuição de opções de compra de acções 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 Comissão Executiva do Banco BPI 1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento 2 Quadros Directivos e outros Colaboradores RVA 2001 (número de opções) Atribuídas em Março de , exercidas em extintas em Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez Opções do RVA 2001 exercíveis em 31 Dez RVA 2002 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de exercidas em extintas em Opções do RVA 2002 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2002 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2002 existentes em 31 Dez Opções do RVA 2002 exercíveis em 31 Dez RVA 2003 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de exercidas em extintas em Opções do RVA 2003 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2003 existentes em 31 Dez Opções do RVA 2003 exercíveis em 31 Dez RVA 2004 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de exercidas em extintas em Opções do RVA 2004 existentes em 31 Dez Opções do RVA 2004 exercíveis em 31 Dez RVA 2005 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de exercíveis em Opções do RVA 2005 existentes em 31 Dez ) Administradores-Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002 (data de transformação do BPI SGPS em Banco BPI). foi ajustado de 2.67 euros para 2.54 euros e o número de opções atribuídas, no âmbito do RVA de 2001, foi acrescido em 5%. 2) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Número de opções atribuídas, ajustado pelo aumento do capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), realizado em Maio de ) Segundo o regulamento do RVA, o número de acções objecto de opções atribuídas no ano não poderá exceder 2% do capital social do Banco BPI, à data da atribuição dos referidos incentivos. Simultaneamente, o total de acções objecto de opções em vigor, vencidas ou não, não poderá exceder, em momento algum, 5% do capital social do Banco BPI. 5) Pressupondo que não se exercem ou extinguem quaisquer opções durante Total 306 Banco BPI Relatório e Contas 2005

309 Situação actual do programa de atribuição de opções de compra de acções 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 Programa de atribuição de opções Comissão Executiva do Banco BPI 1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento 2 Quadros Directivos e outros Colaboradores TOTAL DO PROGRAMA RVA Número de opções: Opções existentes em 31 Dez Atribuição de opções do RVA 2005 (em Fev. 06) Subtotal (opções existentes em Fev. 06) opções não exercíveis até 31 Dez opções exercíveis até 31 Dez Número de acções necessárias para fazer face ao exercício de: Opções atribuídas (e não exercíveis) no início de no final de Opções exercíveis no início de no final de ) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002 (data de transformação do BPI SGPS em Banco BPI). 2) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Após a atribuição de opções do RVA ) Pressupondo que não se exercem ou extinguem quaisquer opções durante Total Rendibilidade dos programas de remuneração variável em acções RVA 2001, RVA 2002, RVA 2003 e RVA 2004 O valor efectivo dos incentivos atribuídos no âmbito do programa RVA está ligado à valorização das acções do Banco BPI em bolsa. Considerando o valor de mercado das acções, acrescido dos dividendos recebidos e do valor intrínseco das opções atribuídas aos Administradores e Colaboradores abrangidos pelo Programa RVA, o valor do incentivo em 8 de Março de 2006 (última sessão de bolsa, anterior à aprovação do presente Relatório pelo Conselho de Administração) corresponde, relativamente ao valor de atribuição, a uma valorização média anual de 26.8% para o programa de RVA de 2001, de 67.5% para o RVA de 2002, de 50.3% para o RVA de 2003 e 195% para o RVA de Rendibilidade média anual Saída em 8 de Março de Plano de acções Plano de opções Total do RVA ROI do Accionista do Banco BPI ROI do mercado (PSI Geral) RVA de 2001 data de atribuição: 21 Mar % 33.7% 26.8% 18.9% 9.8% RVA de 2002 data de atribuição: 22 Fev % 91.0% 67.5% 31.8% 23.2% RVA de data de atribuição: 23 Fev % 72.7% 50.3% 22.7% 16.8% RVA de 2004 data de atribuição: 28 Fev % 337.2% 195.3% 48.3% 24.0% Média dos RVA 2001, 2002, 2003 e % 69.9% 51.4% 25.3% % 3 Nota: pressupôs-se que, durante o período, o beneficiário do RVA, subscreveu a quantidade máxima de acções a que tinha direito no aumento de capital em 2002, não alienou acções ou exerceu acções. Em 8 de Março de 2006, a carteira de acções foi avaliada com base na cotação de fecho e, em relação à carteira de opções, considerou-se o seu valor intrínseco, isto é, a diferença entre a cotação de fecho, em 8 de Março, e o preço de exercício das opções. 1) Última sessão de bolsa anterior à aprovação do relatório em Conselho de Administração (cotação de fecho da acção Banco BPI de 4.50 euros). 2) Considerou-se uma composição do RVA 2003, RVA 2004 e RVA 2005 de 50% de acções e 50% de opções de compra. 3) Rendibilidade média considerando investimentos parciais, de igual montante, em cada uma das datas de atribuição e desinvestimento em 8 de Março de Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 307

310 Refira-se que as opções de compra, na data de atribuição, partem de um valor intrínseco nulo ou próximo de zero, mas proporcionam uma alavancagem da valorização da acção em bolsa, enquanto uma evolução negativa da cotação da acção resulta num valor nulo do incentivo. Deste modo, o programa RVA determina níveis mínimos de valorização das acções em bolsa, de acordo com o valor fixado de atribuição das acções e das opções, para que o valor efectivo do incentivo seja superior ao valor de atribuição. A partir destes níveis, o programa RVA proporciona aos Administradores e Colaboradores abrangidos uma alavancagem da valorização do incentivo. Este efeito será tanto mais relevante quanto maior for o nível de responsabilidade, uma vez que a importância relativa da remuneração do programa de RVA na remuneração variável está indexada ao nível de responsabilidade. Cotações de referência da acção BPI 1 Cotação de mercado e valorização em bolsa que iguala o valor do incentivo em RVA ao valor de atribuição Cotação da acção BPI na data de atribuição 1 (em euros) Break-even 2 (em euros) Valorização da acção para se atingir o break-even RVA 2001 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % RVA DE 2002 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % RVA de 2003 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % RVA DE 2004 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % RVA de 2005 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % Nota: o valor global do incentivo em RVA, em 2001 e em 2002, foi atribuído em partes iguais sob a forma de acções BPI e sob a forma de opções de compra de acções BPI. 1) Cotação da acção BPI considerada para efeitos de atribuição do RVA (cotação média nas últimas 10 sessões de bolsa). 2) Cotação de mercado da acção BPI que iguala o valor do incentivo em RVA ao valor de atribuição. 3) Valor de atribuição das acções. Não se consideraram, nos planos de acções, os dividendos relativos aos exercícios de 2001, 2002, 2003 e 2004 recebidos pelos beneficiários dos programas de RVA. Caso fossem considerados, o break-even seria alcançado à cotação de 2.18 euros no plano de acções do programa de RVA de 2001, à cotação de 1.87 euros no plano de acções do programa de RVA de 2002, à cotação de 2.94 euros no plano de acções do programa de RVA de 2003 e à cotação de 3.00 euros no plano de acções do programa de RVA de ) Preço de exercício acrescido do valor de atribuição das opções. 5) Considerou-se uma composição do RVA 2003, do RVA 2004 e do RVA 2005 de 50% de acções e 50% de opções de compra PLANOS DE PENSÕES DOS ADMINISTRADORES DOS BANCOS O plano de pensões dos Administradores dos Bancos do Grupo BPI está consubstanciado em dois regulamentos: um que se aplica aos Administradores da Comissão Executiva do Banco BPI, aos ex-administradores da Comissão Executiva da ex-bpi SGPS e aos antigos membros da Direcção eleita do Banco Português de Investimento que, após nove anos de exercício, se mantenham em funções de gestão em qualquer Banco por esta controlado; e outro que se aplica aos Administradores do Banco Português de Investimento. Quanto a benefícios, os regulamentos estabelecem o pagamento de pensões de reforma (velhice ou invalidez) e de sobrevivência, calculadas em função do vencimento mensal fixo auferido no mês anterior à data da reforma e do número de anos de exercício de funções, sendo atingido o benefício máximo (100%) com 16 anos de serviço. Está previsto que às pensões asseguradas pelo plano dos Administradores sejam deduzidas as pensões atribuídas pela Segurança Social, ou por outros planos de pensões do Grupo BPI. Para efeito do cálculo das responsabilidades afectas ao plano de pensões dos Administradores, também se considera a aplicação dos regulamentos de que beneficiam os Administradores do Banco Fonsecas & Burnay (incorporado no Banco BPI) e os Administradores do Banco Português de Investimento, pelo que o universo de Administradores abrangidos, em 31 de Dezembro de 2005, era o que se segue: No activo Na reforma Total Número de pessoas Responsabilidades (milhares de euros) Relativamente à Comissão Executiva em exercício de funções, em 31 de Dezembro de 2005, a situação era a que se segue: Número de pessoas 7 Tempo de serviço médio 9.2 Responsabilidades (milhares de euros) Em 31 de Dezembro de 2005, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADES COM PENSÕES DE ADMINISTRADORES incluía 15.9 M., o que cobria na totalidade o valor actual das responsabilidades por serviços passados, correspondente ao plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência dos Administradores do Banco BPI, do Banco Português de Investimento e do Banco Fonsecas & Burnay (incorporado no Banco BPI). 308 Banco BPI Relatório e Contas 2005

311 7.6. CRÉDITO AOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI Em termos gerais, a concessão de crédito aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI encontra-se regulada no art.º 85 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF). Esse normativo determina que as as instituições de crédito não podem conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, e quer directa quer indirectamente, aos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização, nem a sociedades ou outros entes colectivos por eles directa ou indirectamente dominados a não ser que se enquadrem em operações de carácter ou finalidade social ou decorrentes da política de pessoal. Neste âmbito, de acordo com a política definida, os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI beneficiam do Regime de Concessão de Crédito Bonificado à Habitação em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2005, o saldo global do crédito hipotecário concedido aos elementos da Comissão Executiva do Conselho de Administração com vista à aquisição de habitação própria ascendia a 2.9 M.. Os termos e condições avaliação de risco, taxa de juro, garantias prestadas, prazo, etc. em que são concedidos os empréstimos aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI são em tudo idênticos aos que se aplicam aos restantes Colaboradores do Grupo. Os administradores executivos, assim como os Colaboradores, beneficiam ainda de uma linha de crédito para exercício de opções e manutenção das acções obtidos através do RVA, conforme referido, em maior pormenor, no ponto relativo a esse programa (7.4.1.) Apólice Riscos cobertos Valores em milhares de euros Capital seguro Seguro de vida grupo Doença 424 Acidente (causa exterior à vontade) 848 Acidente de circulação Seguro de acidentes pessoais Acidente 127 Seguro de acidentes Morte ou invalidez de trabalho profissional Pensão 1 Seguro de saúde 2 Doença ou acidente 25 (por ano) 1) Para o próprio (ou cônjuge sobrevivo) e para os filhos (se dependentes). 2) Abrange o respectivo agregado familiar. Os custos suportados pelo Grupo BPI relativo às apólices acima referidas, ascenderam, em 2005, a 44.3 mil euros. Adicionalmente, o Grupo BPI suporta o custo de 10.9 mil euros com os encargos para os SAMS relativos a quatro vogais da Comissão Executiva do Banco BPI que beneficiam da protecção do referido regime INDEMNIZAÇÕES E CESSAÇÃO ANTECIPADA DE CONTRATOS Cessação antecipada de contratos O BPI tem por politica, nos casos em que existe uma destituição ou uma cessação antecipada do contrato de um administrador executivo, atribuir a este, o valor de remuneração fixa a que teria direito, caso tivesse permanecido em funções até à data da eventual renovação do contrato. A compensação pela componente de remuneração variável é atribuída nos mesmos termos, tomando-se por referência o último valor atribuído. Em 2005 não foi pago, nem é devida, qualquer indemnização a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício SEGUROS DOS ADMINISTRADORES DO BANCO BPI O Presidente do Conselho de Administração e os Administradores Executivos do Banco BPI no activo, beneficiam de um conjunto de seguros que cobrem os riscos de vida, de doença e de acidente. Alteração no controlo da sociedade Os Administradores e Quadros Directivos do Grupo BPI não beneficiam de qualquer cláusula de indemnização de natureza extraordinária, que os compense na eventualidade da ocorrência de uma alteração no controlo da Sociedade OUTROS BENEFÍCIOS / COMPENSAÇÕES Os Administradores e Colaboradores do Grupo BPI não beneficiam de outras formas de remuneração pecuniárias e não pecuniárias que não as referidas neste capítulo ou que decorram da normal aplicação do ACTV (Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector Bancário) ou do Direito de Trabalho. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 309

312 8. Controlo accionista e transmissibilidade das acções 8.1. CONTROLO ACCIONISTA O Banco BPI não adoptou nenhuma cláusula defensiva capaz de impedir a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação, pelos Accionistas, do desempenho dos titulares do órgão de administração. Não existem, designadamente, mecanismos financeiros ou societários, que tenham por objectivo frustrar operações hostis de aquisição, comummente conhecidas, na terminologia anglo-saxónica, como poison pills G ou antitakeover provisions G ACORDOS PARASSOCIAIS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE DIREITOS SOCIAIS OU RELATIVOS À TRANSMISSIBILIDADE DE ACÇÕES Não existe nenhum acordo parassocial com a mesma natureza dos mencionados no art.º 19 do Código dos Valores Mobiliários, relativamente ao exercício de direitos sociais ou à transmissibilidade das acções do Banco BPI. Não existe, mesmo, nenhum sindicato de voto ou acordo de defesa contra ofertas públicas de aquisição. O Grupo BPI não tem vivas quaisquer emissões de obrigações convertíveis, accões com warrants G ou outros direitos especiais. O capital detido pelos membros do Conselho de Administração, seus representantes, accionistas de referência que tenham indicado membros para o Conselho de Administração e membros do Conselho Fiscal era, em 31 de Dezembro de 2005, de 49.7%. A correspondente percentagem de direitos de voto, tendo em conta as acções próprias detidas pelo Grupo e a limitação estatutária, era de 42.9%. O capital do Banco BPI era, naquela data, detido por Accionistas. Os estatutos do Banco BPI estipulam que não se contem os votos emitidos por um só Accionista, em nome próprio ou como representante de outro ou outros, que excedam 12.5% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social. A alteração desta disposição estatutária, carece da aprovação de 75% dos votos expressos em Assembleia Geral. O Conselho de Administração irá propor aos Accionistas, na Assembleia Geral de 20 de Abril de 2006, o aumento do limite de contagem de votos (referido no parágrafo anterior) para 17.5%. Foi celebrado, em 1993, um acordo de preferência entre alguns dos mais significativos Accionistas do BPI, onde se determina que qualquer um dos contraentes cuja intenção seja transmitir, a título oneroso, a totalidade ou parte das acções abrangidas pelo referido acordo, está obrigado a dar preferência, na alienação, em igualdade de condições, aos restantes contraentes. Este acordo encontrava-se, à data de 31 de Dezembro de 2005, subscrito por sete Accionistas do Banco BPI que abrangiam acções representativas de 44.65% do capital social do Banco. Actuais signatários do contrato de preferência 1 % capital detida Arsopi Holding SGPS S.A % Catalunya de Valores SGPS Soc. Unipessoal Lda % HVF SGPS S.A % IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS Lda % RAS International III BV 8.639% ROE SGPS S.A % Security SGPS, S.A % O acordo tem vindo a ser sucessivamente renovado por períodos de três anos, tendo a última renovação ocorrido em 30 de Julho de Qualquer denúncia a este acordo tem de ser comunicada com, pelo menos, seis meses de antecedência. 1) Em 31 de Dezembro de ) Nos relatórios sobre o Governo do Grupo BPI relativos aos exercícios de 2003 e 2004 refere-se a data de 21 de Agosto de 2003 como sendo a da última renovação do acordo, na sequência de informação prestada no relatório de 2002 de que o mencionado acordo fora revalidado em Agosto de Porém, em 21 de Agosto de 2000, foi reposto em vigor (repristinado) tal acordo de preferência, que havia sido anteriormente revogado na perspectiva da fusão entre o BPI e o BES, operação que não viria a concretizar-se, e essa repristinação foi subscrita por alguns dos seus subscritores iniciais, nos exactos termos em que antes vigorava, incluindo as condições relativas às datas de renovação trienal. Por lapso, foi referida nos mencionados relatórios de governo, como data de referência de revalidação a data de repristinação, quando deveria ter sido indicada a data de renovação trienal do acordo de preferência inicial. Consequentemente, as últimas datas de renovação do acordo são 30 Julho de 1999, 2002 e 2005, sendo que esta última ocorreu já depois da publicação de qualquer um dos relatórios mencionados. 310 Banco BPI Relatório e Contas 2005

313 9. Exercício do direito de voto e representação de accionistas 9.1. PROMOÇÃO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO O Banco BPI promove activamente o exercício do direito de voto, quer directamente presencialmente ou por correspondência (postal ou electrónica) quer por representação. No âmbito desta política, o BPI tem implementado um conjunto de medidas tendentes a combater o absentismo dos Accionistas nas Assembleias Gerais. Assim, são: a possibilidade do voto por correspondência, quer por via postal quer por via electrónica, e a colocação à disposição dos Accionistas de boletins de voto; 9.2. ATRIBUIÇÃO DE DIREITO DE VOTO Terá direito de voto o Accionista que for titular de pelo menos 1000 acções do Banco BPI, no 5.º dia anterior ao designado para a reunião da Assembleia Geral. O registo desta titularidade deverá ser provado perante o Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao designado para a reunião. A cada 1000 acções corresponde um voto. Na Assembleia Geral de 20 de Abril de 2006, o Conselho de Administração irá propor aos seus Accionistas, a aprovação de uma proposta que reduz o número de acções exigidas para a detenção de um voto, de 1000 para 500 acções. a ampla divulgação da realização das Assembleias Gerais (por correio postal, por correio electrónico e pela Internet), dos temas a serem deliberados e das diferentes formas de exercício do voto; a descrição clara e detalhada, no texto da convocatória e na carta e documentos preparatórios 1 da Assembleia Geral que são enviados aos Accionistas 2, dos procedimentos a adoptar para o exercício do voto por correspondência ou por representação (regime consagrado estatutariamente). Importa ainda referir que o Conselho de Administração do Banco BPI, dando resposta positiva a recomendações da CMVM, aprovou na Assembleia Geral de 20 de Abril de 2004, uma alteração ao artigo 12 dos Estatutos da Sociedade, que encurtou, de 15 para 5 dias úteis, o prazo de antecedência do depósito e bloqueio das acções para participação em Assembleia Geral PROCEDIMENTOS RELATIVOS À REPRESENTAÇÃO O BPI segue, por iniciativa própria, a política de enviar aos Accionistas o conteúdo das propostas incluídas na agenda de trabalhos, bem como os impressos próprios para a atribuição do mandato de representação, acompanhados de envelope de porte pago e pré-endereçado. As representações são comunicadas por carta endereçada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com assinatura devidamente reconhecida (por notário, advogado ou solicitador) ou certificada pela Sociedade. Esta carta deverá dar entrada na sede do Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. As propostas a submeter à apreciação e deliberação em Assembleia Geral, bem como os demais elementos de informação necessários à preparação das reuniões são postos à disposição dos Accionistas, até 15 dias antes da realização da Assembleia, na sede do Banco BPI (Rua Tenente Valadim, 284, Porto) e no site O envio de qualquer um dos elementos supra-referidos, incluindo exemplares de boletins de voto para o exercício do voto por correspondência, poderá ser solicitado também para o endereço de divulgado publicamente. 1) Também disponíveis na Internet no web site 2) Aos Accionistas com direito a pelo menos cinco votos. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 311

314 9.4. PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO VOTO POR CORRESPONDÊNCIA POSTAL O BPI envia, em anexo à convocatória da Assembleia Geral, boletins de voto endereçados ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, através dos quais o Accionista pode exprimir de forma clara o sentido do seu voto. O boletim, disponível em português e inglês, deverá ser assinado e o reconhecimento da assinatura (por notário, advogado ou solicitador) deverá ser nele registado. Os boletins de voto devem dar entrada na sede do Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. Os votos por correspondência contam para a formação do quorum E constitutivo da Assembleia Geral sendo interpretados à luz dos assuntos constantes na convocatória. Não se considera expressarem nenhum sentido quanto a novos assuntos. As declarações de voto por correspondência são abertas pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a quem cabe verificar a respectiva autenticidade, conformidade com as regras e a inexistência de duplicação de votos decorrente da presença, na Assembleia Geral, dos Accionistas cujo voto chegou por correspondência. Os votos por correspondência são considerados após a contagem dos votos presenciais relativos a cada uma das propostas. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral informa os presentes da quantidade e do sentido dos votos recebidos por correspondência. A descrição do modo como se processa o escrutínio dos votos por correspondência em Assembleia Geral consta dos documentos disponibilizados pelo BPI para o exercício do voto por correspondência, sendo igualmente descritos na secção do web site de Relações com Investidores dedicado ao evento PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO VOTO POR MEIOS ELECTRÓNICOS O BPI faculta aos seus Accionistas, a possibilidade de exercerem o voto por correspondência electrónica relativamente às propostas constantes da convocatória da Assembleia Geral. Os procedimentos exigidos para o voto por correspondência electrónica são, em parte, similares aos necessários para o voto por correspondência postal: o BPI envia atempadamente aos seus Accionistas, em anexo aos restantes elementos preparatórios da Assembleia Geral, uma minuta disponível em português e inglês que lhes permitirá optar pelo regime de voto por correspondência electrónica. Esta minuta pode ainda ser obtida no web site em ou mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores. A minuta deverá estar assinada e a assinatura deverá estar reconhecida por notário, advogado ou solicitador. Na minuta, solicita-se ao Accionista que, entre outros elementos, defina uma palavra-chave e indique um endereço de . Este documento terá de dar entrada na sede do Banco, conjuntamente com a respectiva declaração de depósito e bloqueio das acções, até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. No final do quinto dia útil anterior à data da Assembleia, o BPI envia ao Accionista um indicando-lhe uma contra-senha, que, em conjunto com a senha inicial, lhe permitirá o acesso a um boletim de voto electrónico existente numa página do site O Accionista poderá exercer o seu direito de voto no quarto e terceiro dias úteis anteriores à Assembleia. O Secretário da Sociedade assegura a confidencialidade dos votos recebidos por correspondência até ao dia da Assembleia Geral. Nesta data, a salvaguarda do mesmo passa a ser garantida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral até ao momento da votação. Considera-se revogado o voto por correspondência, no caso da presença do Accionista ou do respectivo representante na Assembleia Geral. Embora o voto por correspondência, pela sua própria natureza, assuma, à partida, uma função alternativa à representação dos Accionistas, nada impede que os dois institutos sejam cumuláveis. 312 Banco BPI Relatório e Contas 2005

315 10. Exercício de direitos sociais por entidades do Grupo BPI As entidades do Grupo BPI que actuam no mercado como investidores institucionais Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, Banco de Investimento e Sociedades de Capital de Desenvolvimento estão vinculadas a regras tendentes a assegurar uma utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que são titulares ou cuja gestão lhes esteja confiada, nomeadamente, a regras respeitantes aos direitos de informação e de voto. As entidades gestoras de activos pertencentes ao Grupo BPI, para além dos tradicionais critérios de investimento associados ao binómio risco / retorno, consideram ainda, no processo de tomada de decisão sobre investimento, os seguintes factores: qualidade do sistema de governo e fiscalização; transparência na prestação de informação; boas práticas ambientais. Por outro lado, o BPI, por sua iniciativa, não investe em empresas pertencentes à indústria da pornografia ou do armamento. No entanto, por detenção de unidades de participação em fundos de investimento geridos por terceiros, ou por outras formas de investimento indirecto, o BPI poderá ser detentor de interesses financeiros em sociedades associadas àqueles negócios. BPI GESTÃO DE ACTIVOS A BPI Gestão de Activos exerceu o seu direito de voto, durante o ano de 2005, em doze Assembleias Gerais de Accionistas, contemplando as respectivas ordens de trabalhos, essencialmente, a aprovação das contas do exercício e correspondente aplicação de resultados, assim como a eleição dos Órgãos Sociais. a BPI Gestão de Activos não tem uma política global pré-definida, no que respeita ao exercício de direitos de voto nas sociedades onde detém participações. Em cada momento, a BPI Gestão de Activos avaliará qual o sentido de voto que melhor defende os interesses dos participantes, tendo como objectivos a procura de valor e a solidez da empresa em que participa; nos casos em que opte por participar nas Assembleias Gerais os direitos de voto serão exercidos directamente pela BPI Fundos ou em alternativa por representante que se encontre vinculado a instruções escritas emitidas pela BPI Gestão de Activos. BPI PENSÕES A BPI Pensões exerceu o seu direito de voto em dez Assembleias Gerais de Accionistas, de grandes sociedades emitentes nacionais, tendo votado, em regra, a favor das propostas apresentadas. Nestas Assembleias Gerais de Accionistas, foi apenas exercido o direito de voto relativo às participações detidas pelo Fundo de Pensões do Banco BPI. A Norma 21 / 2002-R, de 28 de Novembro, do Instituto de Seguros de Portugal, estabelece que a estratégia em matéria de intervenção de direito de voto nas sociedades emitentes, para os activos detidos por Fundos de Pensões, deve estar contemplada nos Contratos de Gestão dos Fundos de Pensões ou nos Regulamentos de Gestão no caso dos Fundos de Pensões Abertos. Com vista a assegurar o cumprimento desta disposição a BPI Pensões acordou por escrito para cada Fundo de Pensões sob gestão as regras a prosseguir quanto ao exercício do direito de voto, cujas orientações usuais são as seguintes: Todas as Assembleias Gerais de Accionistas em que a BPI Gestão de Activos participou dizem respeito a sociedades emitentes nacionais (apesar de estar prevista, nos prospectos dos fundos, a possibilidade de participação em AGA de entidades estrangeiras), tendo a BPI Gestão de Activos comunicado o seu sentido de voto, assim como a respectiva justificação, à CMVM, nos termos da legislação aplicável. A BPI Gestão de Activos votou, em regra, a favor das propostas apresentadas. Nos prospectos dos vários fundos geridos pela BPI Gestão de Activos é incluído um texto que estabelece a política de voto da sociedade. A saber: a BPI Gestão de Activos apenas participará nas Assembleias Gerais das sociedades em que detenha participações sociais, quer sejam sediadas em Portugal quer sejam sediadas no estrangeiro, quando considere haver interesse nessa participação; a BPI Pensões exercerá o seu direito de voto nas Assembleias Gerais das sociedades em que o Fundo de Pensões detenha participações sociais, quando considerar ser vantajoso o exercício desse direito; a BPI Pensões não tem uma política global pré-definida no que respeita ao exercício de direitos de voto nas sociedades onde o Fundo de Pensões detém participações. Em cada momento, avaliará qual o sentido de voto que melhor defende os interesses das Associadas, tendo como objectivos a procura de valor e a solidez das empresas em que o Fundo de Pensões participa; nos casos em que a BPI Pensões opte por participar nas Assembleias Gerais, os direitos de voto serão exercidos directamente pela BPI Pensões ou, em alternativa, por representante que se encontre vinculado a instruções escritas emitidas pela BPI Pensões. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 313

316 PRIVATE BANKING O Banco Português de Investimento, no âmbito da execução do mandato conferido para a gestão de carteiras de Clientes de Private Banking, age segundo as regras próprias de um gestor diligente e tendo em conta os princípios e regras relativos ao exercício da actividade de intermediação financeira que se encontram previstos no Código do Mercado dos Valores Mobiliários 1 e respectiva regulamentação, designadamente, o principio da protecção dos interesses legítimos dos Clientes, encontrando-se sujeito à supervisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. 1) Designadamente os artigos 304 a 309 do CVM. 314 Banco BPI Relatório e Contas 2005

317 11. Ética e deontologia COMPROMISSO PARA COM RIGOROSAS NORMAS DE NATUREZA ÉTICA E DEONTOLÓGICA A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e dos Colaboradores das sociedades pertencentes à esfera do Grupo BPI rege-se pelos seguintes princípios: respeito pela absoluta independência, tanto entre os interesses da Sociedade e dos Clientes, como entre os seus interesses pessoais e os da Sociedade, e os dos Clientes entre si; idoneidade profissional; integridade pessoal. Com vista a salvaguardar o absoluto respeito por todas as normas de natureza ética e deontológica em cada sociedade do Grupo BPI, os Membros dos órgãos sociais, os Colaboradores, os Prestadores de Serviços e os Consultores Externos comprometem-se a respeitar as normas que declaram, por escrito, conhecer através dos seguintes documentos: Códigos de Conduta das respectivas associações, designadamente a Associação Portuguesa de Bancos (APB) e a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP); Código de Conduta próprio. Este contém, em certos casos, regras mais restritivas do que as estabelecidas pelas directrizes emanadas pelas associações a que pertencem as sociedade do Grupo BPI e pelas entidades de supervisão. O código de conduta do BPI foi pela primeira vez aprovado em Março de 1994, tendo desde então sido actualizado após revisões pontuais. A última revisão efectuada foi em 9 de Março de A infracção dos deveres previstos nos referidos códigos punir-se-á, de acordo com a gravidade da violação, o grau de culpa do infractor e as consequências do acto. A gravidade das sanções a aplicar será definida casuisticamente e poderá variar entre a repreensão verbal e o despedimento com justa causa. A responsabilidade disciplinar é independente da responsabilidade civil, contra-ordenacional e criminal. O código de conduta em vigor no Grupo BPI está disponível para consulta ou download no web site ou mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores (ver contactos no ponto 13.2 deste Relatório). Responsável pela Supervisão e Controlo Entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006 o Regulamento da CMVM n.º 7 / 2005, que determina, no que respeita à organização e controlo da actividade dos intermediários financeiros, um reforço dos mecanismos de controlo interno, através, designadamente, da criação do cargo de Responsável pela Supervisão e Controlo, cujo titular está sujeito a registo na CMVM, e da obrigatoriedade de elaboração de um relatório anual de controlo. Assim, o BPI designou um Responsável pela Supervisão e Controlo para todo o Grupo BPI, o que pressupõe o envolvimento de todas as áreas onde se desenvolvem actividades de intermediação financeira, bem como de outros órgãos 1 cujo contributo, habilita o Responsável a dispor de toda a informação necessária à elaboração do relatório a enviar anualmente à CMVM. As funções de Responsável pela Supervisão e Controlo do Grupo BPI, que são exercidas pelo responsável da Área de Controlo e Compliance da Direcção de Títulos, são as seguintes: assegurar o cumprimento das normas aplicáveis ao exercício de cada uma das actividades de intermediação financeira; em caso de incumprimentos, adoptar ou propor a adopção das medidas adequadas à cessação do incumprimento e à prevenção da ocorrência de situações semelhantes; comunicar a ocorrência de incumprimentos ao Conselho de Administração; controlar a realização de operações sobre valores mobiliários por conta própria de Colaboradores e membros dos órgãos sociais e comunicar ao Conselho de Administração qualquer desrespeito pelas normas do Código de Conduta do Grupo BPI bem como, no caso dos Bancos, das Normas de Conduta na Intermediação em Valores Mobiliários e, no caso da BPI Gestão de Activos e da Sofinac, do respectivo Regulamento Interno sobre normas de conduta; prestar imediatamente ao Conselho de Administração informação sobre quaisquer indícios de violação de deveres que possam fazer incorrer o BPI ou os seus Colaboradores num ilícito de natureza contra-ordenacional grave ou muito grave; manter um registo dos incumprimentos e das medidas propostas e adoptadas; elaborar o relatório de controlo anual a enviar para a CMVM. Os normativos éticos e deontológicos impostos àqueles que exercem actividades no seio do Grupo BPI pretendem acautelar o sigilo profissional e a defesa dos interesses dos Clientes, bem como impedir a utilização de informação privilegiada em benefício próprio. Para este efeito, o Responsável pela Supervisão e Controlo do Grupo BPI exerce as suas funções de modo independente, podendo solicitar e obter informação sem carecer do consentimento de terceiros, bem como reportar directamente ao Conselho de Administração quaisquer informações relacionadas com as suas funções neste âmbito. 1) Designadamente a Direcção de Auditoria e Inspecção, a Direcção Jurídica, a Direcção de Organização, a Direcção de Sistemas de Informação, a Direcção de Novos Canais, o Departamento de Acções, a Direcção de Análise e Controlo de Riscos e a Direcção de Títulos. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 315

318 11.2. EQUIDADE E SALVAGUARDA DE SITUAÇÕES DE CONFLITO DE INTERESSES Conflitos de interesse entre Administradores ou Colaboradores eo BPI Os membros do Conselho de Administração do Banco BPI assumem o compromisso de dar conhecimento de qualquer interesse, directo ou indirecto, que eles, algum dos seus familiares ou entidades a que profissionalmente se encontrem ligados, possam ter na empresa em relação à qual se considere a possibilidade de uma tomada de participação ou de os bancos ou sociedades do Grupo BPI concederem um financiamento ou prestarem algum serviço. Nestas circunstâncias, os Administradores deverão informar da natureza e extensão de tal interesse e, caso este seja substancial, abster-se de participar na discussão e/ou votação de qualquer proposta que à operação diga respeito. Similarmente, os eventuais conflitos entre interesses resultantes de relações familiares, de património pessoal ou de qualquer outra causa, de qualquer Colaborador, por um lado, e os do BPI por outro, deverão ser prontamente comunicados ao primeiro responsável da respectiva Direcção VIOLAÇÃO DO SIGILO PROFISSIONAL Nos contactos com os Clientes e com o mercado, os membros dos órgãos sociais e os Colaboradores das sociedades do Grupo BPI deverão pautar a sua conduta pela máxima discrição e devem guardar segredo profissional sobre serviços prestados aos seus Clientes e, bem assim, sobre os factos ou informações relativos aos mesmos Clientes ou a terceiros, cujo conhecimento lhes advenha do desenvolvimento das respectivas actividades. Este dever apenas cessa mediante autorização escrita da pessoa a que respeitam os casos ou mediante o que estiver expressamente previsto na lei. O dever de sigilo profissional mantêm-se mesmo quando termina o exercício das funções de membro de órgãos sociais e de Colaborador. Em paralelo, todos os membros dos órgãos sociais ou Colaboradores que, por efeito das suas funções, tomem conhecimento de informações que não tenham sido ainda tornadas públicas e que possam influenciar os preços em qualquer mercado, devem guardar e manter essas informações sob rigoroso sigilo e abster-se de efectuar transacções sobre os valores mobiliários envolvidos até à divulgação pública daquelas informações. Os Colaboradores do BPI não devem ainda aceitar procuração ou outra forma de mandato que envolva a representação de terceiros, Clientes ou não, em negociações e contactos com o BPI. Excepções à norma definida no número anterior, designadamente quando envolvam a representação de familiares ou se justificarem por razões comerciais fortes, deverão ser solicitadas por escrito, pelo Colaborador, indicando o tipo de representação e a extensão dos poderes que lhe são conferidos. Os Colaboradores com perfil de acesso à movimentação de contas através do sistema informático interno dos Bancos do Grupo estão impedidos de processar movimentos nas contas em que figurem como titulares, procuradores ou representantes. Conflitos de interesse com Clientes No que toca à esfera dos Clientes dos bancos e sociedades do Grupo BPI, é assegurada aos Clientes igualdade de tratamento em todas as situações em que não exista motivo de ordem legal e/ou contratual para proceder de forma distinta. Tal não colide com a prática de condições diferenciadas na realização de operações, depois de ponderado o risco destas, a respectiva rendibilidade e/ou a rendibilidade do Cliente ACTIVIDADE DE INTERMEDIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Actuação por conta própria Existem regras de actuação rigorosas sobre tudo quanto respeite à execução de operações sobre valores mobiliários por conta própria 1. Exemplo dessas regras é o de os valores mobiliários adquiridos por membros de Órgãos Sociais e Colaboradores do Grupo BPI, só poderem ser alienados, após terem decorridos, pelo menos 10 dias sobre a sua aquisição, o que limita o risco de envolvimento impróprio em operações de natureza especulativa. O cumprimento desta regra apenas poderá ser dispensada por decisão de um Administrador ou, estando em causa um membro de um Órgão Social, por deliberação do Conselho de Administração, tomada sobre requerimento escrito apresentado pelo interessado 2. Até à data, nunca nenhum membro de um órgão social requereu ao Conselho de Administração a dispensa do cumprimento da referida regra. 1) Consideram-se operações realizadas por conta própria, as operações que sejam realizadas (i) pelo membro dos Órgãos Sociais ou Colaborador, ou em seu favor por interposta pessoa; (ii) em nome de filhos menores do membro dos Órgãos Sociais ou do Colaborador, (iii) por sociedades maioritariamente detidas e/ou controladas pelo membro dos Órgãos Sociais ou Colaborador. 2) A dispensa só será concedida quando a mesma não ponha em causa os valores subjacentes aos deveres de defesa do mercado e de prevenção de conflitos de interesse que estão previstos nas disposições legais, regulamentares e deontológicas aplicáveis e o cumprimento da regra cuja dispensa se solicita se apresente, em face das circunstâncias concretas do caso e daqueles valores, excessivamente onerosa para o interessado. 316 Banco BPI Relatório e Contas 2005

319 Importa referir, em termos mais gerais, a obrigação que têm todos os Administradores do Grupo e Colaboradores de comunicar ao Responsável pela Supervisão e Controlo, no prazo de 24 horas, todas as operações realizadas com valores mobiliários 1, excepto no caso de terem sido utilizados os canais de intermediação do Grupo, o que vale, para este efeito, como comunicação da operação. Os referidos canais constituem um meio obrigatório para os Colaboradores afectos à actividade de intermediação financeira. Actuação por conta de Clientes Os Colaboradores dos Bancos do Grupo BPI que estão envolvidos na actividade de intermediação de valores mobiliários estão vinculados aos deveres estabelecidos pelo código de conduta da Associação Portuguesa de Bancos, onde se determina que os mesmos devem, na execução de quaisquer operações de que forem incumbidos, servir os seus Clientes com diligência, lealdade e discrição, designadamente: realizando as transacções com celeridade e nas melhores condições que o mercado viabilize; abstendo-se de realizar e de incitar os seus Clientes a efectuarem operações repetidas de compra e venda de valores mobiliários, quando tais operações se não justifiquem e tenham como fim único ou principal a cobrança das correspondentes comissões ou qualquer outro objectivo estranho aos interesses do Cliente; abstendo-se de se atribuir a si mesmos valores mobiliários quando tenham Clientes que os hajam solicitado a preço idêntico ou mais alto ou, por outro lado, abstendo-se de vender valores mobiliários de que sejam titulares, em vez de valores idênticos cuja venda lhes tenha sido ordenada pelos seus Clientes a preço igual ou mais baixo. Paralelamente os bancos devem informar os seus Clientes de todos os aspectos materiais de que careçam para tomarem uma decisão fundamentada sobre a transacção que pretendam realizar, alertando-os, em especial, para a natureza dos riscos existentes e para as consequências financeiras que eles poderão implicar. Tratando-se da prestação do serviço de gestão de carteira de valores mobiliários, os bancos e as sociedades gestoras de fundos de investimento devem assegurar que os Clientes se encontram elucidados sobre o nível de risco a que ficam sujeitos, o grau de discricionariedade concedida ao intermediário e sobre todas as comissões e outras despesas que lhes serão cobradas. Actividade de análise financeira de acções (research) O BPI segue, no essencial, as recomendações da CMVM sobre relatórios de análise financeira. Para o efeito, tem implementadas uma série de medidas conducentes a que: A informação publicada seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita; A relação com o público investidor se encontre fundada em princípios de equidade e transparência, com elevados padrões de diligência e lealdade e orientada no sentido de reduzir ao mínimo o risco de conflitos de interesse. De entre as medidas implementadas, com vista ao efectivo cumprimento das recomendações e princípios supracitados, destaca-se: a existência de chinese walls 2 entre as áreas de research, de vendas (equity sales) e Corporate Finance; a autonomização da remuneração do analista financeiro 3 das receitas geradas pelas transacções efectuadas pelo BPI; a manutenção de um registo actualizado das transacções efectuadas pelos analistas financeiros 4 ; a imposição ao analista financeiro de se abster de transaccionar em data próxima à conclusão e divulgação do relatório de análise financeira, os valores mobiliários emitidos pela empresa analisada; a identificação nos relatórios dos pressupostos e métodos de valorização utilizados; a identificação, em termos genéricos, da existência de relações ou benefícios económicos que existam entre o analista, o BPI e a empresa analisada, designadamente a existência de participações accionistas, e, em operações de mercado primário, a existência de relações de corporate finance; a publicação nos relatórios de uma grelha de recomendações vs risco, e do histórico das recomendações emitidas pelo BPI sobre a empresa em causa; a publicação nos relatórios de um alerta aos investidores para o facto de que a recomendação, as previsões, os pressupostos e os métodos utilizados pelo analista, são susceptíveis de serem alterados, se novas circunstâncias assim o aconselharem; a identificação de cargos exercidos por administradores do Grupo BPI em empresas analisadas. 1) Excluindo obrigações emitidas por entidades com risco soberano ou equiparado, aos Fundos de Investimento e às transferências de valores mobiliários para outra conta do Colaborador. 2) A expressão anglo-saxónica chinese walls, é utilizada na área de Banca de Investimento, para designar um conjunto de procedimentos que visam garantir a separação de funções e independência de Colaboradores, que trabalham em áreas distintas e com um elevado potencial de conflitos de interesse. 3) A remuneração dos analistas obedece aos mesmos princípios que são aplicados aos outros Colaboradores e que são descritos no ponto ) Os analistas financeiros estão obrigados a utilizar um Banco do Grupo BPI na realização de operações sobre valores mobiliários. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 317

320 11.5. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES Os Colaboradores do BPI devem comunicar a qualquer dos Órgãos de Administração ou de Fiscalização e, nomeadamente, ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno quaisquer práticas irregulares que detectem ou de que tenham conhecimento ou fundadas suspeitas, de forma a prevenir ou impedir irregularidades que possam provocar danos, financeiros ou de imagem, ao BPI. A comunicação referida no número anterior deve ser efectuada por escrito e conter todos os elementos e informações de que o Colaborador disponha e que julgue necessários para a avaliação da irregularidade. O Colaborador pode ainda solicitar tratamento confidencial quanto à origem da comunicação. O destinatário da comunicação antes referida deve apreciar a situação descrita e determinar as acções que, perante cada caso concreto, entenda por convenientes. O Comité de Auditoria e de Controlo Interno é, sistematicamente, informado das ocorrências e seguimento que lhes foi dado. Em 2005, a Direcção de Auditoria e Inspecção desenvolveu acções de controlo sistemático semanais, de onde decorreram análises, com mais profundidade, dos registos de 322 contas de Clientes, 43 das quais induziram a comunicações à Procuradoria Geral da República. O Grupo BPI proporciona formação sobre prevenção de branqueamento de capitais a todos os Colaboradores, quer imediatamente após a sua admissão, quer, depois, no decurso das auditorias que efectua aos diversos Órgãos da estrutura organizativa, neste caso a todos os que integram os respectivos quadros de pessoal COMBATE AO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS De acordo com a legislação vigente destinada a evitar a utilização das entidades financeiras, quer em operações de branqueamento de vantagens de proveniência ilícita, quer em actividades que favoreçam a criminalidade organizada e económico-financeira, as instituições de crédito e outras sociedades financeiras que constituem o Grupo BPI estão dotadas de mecanismos de controlo interno e de comunicação, bem como de recursos humanos e materiais para proporcionar aos seus administradores e Colaboradores a formação adequada ao reconhecimento de operações que possam estar relacionadas com os citados crimes e pessoas indiciadas em actividades criminosas. Tal legislação (nacional e comunitária) está transposta, no essencial, no normativo interno das instituições financeiras do Grupo BPI. No Grupo BPI, as obrigações anteriormente mencionadas estão a cargo da Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco BPI, S.A. Assim, sem prejuízo das averiguações e acções de controlo que aquela Direcção entenda desenvolver por impulso endógeno, os Colaboradores dos Bancos e outras sociedades financeiras que constituem o Grupo BPI têm instruções para informar a Direcção de Auditoria e Inspecção sobre as operações realizadas e/ou a realizar que, pela natureza, montante ou características, possam indiciar a utilização de valores provenientes de actividades ilícitas, de acordo com o normativo interno em cada momento em vigor nas diversas entidades financeiras do Grupo BPI. Compete à Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco BPI analisar as ocorrências, dar-lhes o seguimento adequado e tomar as medidas necessárias no sentido de prevenir o envolvimento do Grupo BPI em operações relacionadas com o branqueamento de capitais e demais obrigações emergentes da legislação vigente sobre o combate à criminalidade organizada e económico-financeira PREVENÇÃO DE SITUAÇÕES DE INSIDE TRADING Os Administradores e Colaboradores que, por efeito das suas funções, tomem conhecimento de informações, designadamente as que não tenham sido ainda tornadas públicas e que possam influenciar os preços em qualquer mercado, têm um rigoroso dever de sigilo e devem abster-se de efectuar transacções sobre os valores mobiliários envolvidos, até à divulgação pública daquelas informações. Operações sobre títulos emitidos pelo Banco BPI Nos termos dos Códigos de Conduta do Grupo BPI, o Presidente do Conselho de Administração, os administradores executivos e os Colaboradores de categoria igual ou superior a Director, assim como os Colaboradores envolvidos na preparação de documentos de prestação de contas ou de emissão de acções ou de títulos nelas convertíveis, estão impedidos de transaccionar acções representativas do capital do Banco BPI, bem como títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direitos: no período compreendido entre o 15.º dia anterior ao termo de cada trimestre ou de cada exercício e o momento da divulgação dos correspondentes resultados, o que, considerando a prática habitual do BPI, significa a inibição de transaccionar acções Banco BPI em sensivelmente metade das sessões de bolsa do ano; no período compreendido entre a decisão da Administração do BPI em propor uma emissão de acções representativas do respectivo capital social ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito e o momento da respectiva divulgação pública. Os Administradores não executivos estão igualmente sujeitos a um período de inibição de transacção da acção Banco BPI ou outros títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direitos; porém, no caso da primeira inibição (por proximidade a uma divulgação de resultados), o impedimento ocorre no período 318 Banco BPI Relatório e Contas 2005

321 compreendido entre o 15.º dia anterior e a data da divulgação pública dos resultados. O Banco BPI e os seus Administradores estão ainda vinculados a rigorosos deveres de comunicação impostos pela lei e pelos regulamentos da CMVM, como seja a obrigatoriedade de, num prazo de sete dias úteis, os segundos terem de informar o primeiro e este a CMVM de quaisquer operações realizadas sobre acções Banco BPI. Para reforçar a salvaguarda da inexistência de situações de abuso derivadas da posse de informação privilegiada, o BPI segue ainda a política de: divulgar resultados, no mesmo dia em que o Conselho de Administração os aprova; aguardar pelo fecho da sessão de bolsa para proceder à divulgação de factos relevantes; dar conhecimento à CMVM e colocar no web site de Relações com Investidores as apresentações realizadas no âmbito das Conferências do BPI com Analistas e Investidores, em cujas últimas duas edições se procedeu a uma análise e revisão dos objectivos estratégicos do Grupo. Grupo Allianz O BPI detém uma parceria 2 com o Grupo Allianz para o negócio dos seguros vida e vida risco, consubstanciada numa participação de 35% na Allianz Portugal 3 e num acordo de distribuição de seguros através da sua rede comercial. O Grupo Allianz detinha uma participação de 8.8% no capital social do Banco BPI em 31 de Dezembro de Arsopi O BPI detém uma parceria com a Arsopi, consubstanciada: numa participação de 26% 4 no capital de uma empresa holding denominada Viacer; numa participação directa e indirecta (via Viacer) de 13.5% 5 e 17.7%, respectivamente, no capital de uma empresa holding denominada Petrocer. Os activos mais significativos da Viacer são uma participação de 56% no capital da Unicer uma das maiores empresas nacionais produtora e distribuidora de bebidas e uma participação de 68% na Petrocer que foi constituída com o objectivo de adquirir uma participação de 40.8% no capital da Galp Energia NEGÓCIOS REALIZADOS ENTRE O BANCO BPI, DE UM LADO, E OS MEMBROS DO SEU CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, MEMBROS DO CONSELHO FISCAL, TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS OU SOCIEDADES PERTENCENTES AO GRUPO, DO OUTRO LADO Não foram realizados, em 2005, nenhuns negócios ou operações entre o Banco BPI, de um lado, e membros do seu Conselho de Administração, membros do seu Conselho Fiscal, titulares de participações qualificadas ou sociedades pertencentes ao Grupo, do outro lado, que tenham sido economicamente significativos e, cumulativamente, tenham sido realizados em condições distintas da prática do mercado (aplicáveis a operações similares) ou fora do âmbito da actividade corrente do Banco 1. Importa no entanto relevar as seguintes relações de negócio existentes entre o BPI e alguns dos seus titulares de participações qualificadas. A saber: A Arsopi, seus accionistas e familiares deles, detinham uma participação de 2.9% no capital social do Banco BPI em 31 de Dezembro de TRANSPARÊNCIA CONTABILÍSTICA O BPI tem por política registar todos os custos em rubricas contabilísticas adequadas à natureza de tais custos. O BPI não realiza nem regista custos com a natureza de despesas confidenciais RESPONSABILIDADE SOCIAL O Banco tem apoiado desde a sua fundação projectos de inquestionável mérito, nas áreas da cultura, educação, investigação e solidariedade social, que envolve parcerias com outras instituições privadas ou públicas. A politica de responsabilidade social do BPI, assim com um descritivo de alguns dos projectos mais significativos que o BPI apoia ou apoiou no passado recente, encontram-se desenvolvidos em capítulo próprio do relatório de gestão. 1) Informação prestada no âmbito no ponto 7, do Esquema de Relatório sobre o Governo da Sociedade do Regulamento da CMVM n.º 7 / ) Da qual resultam proveitos em forma de participação nos lucros (pela participação no capital) e comissões (pela venda dos seguros na rede do banco). 3) Participação consolidada nas contas do Banco BPI pelo método de equivalência patrimonial. 4) O Grupo Arsopi detém uma participação de 28%. 5) O Grupo Arsopi detém uma participação directa de 5.0% e uma participação indirecta via Viacer de 19.0%. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 319

322 12. Comunicação com o mercado PRINCÍPIOS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA E OUTROS FACTOS RELEVANTES Princípios de divulgação de informação financeira e outros factos relevantes Transparência Consistência Simplicidade Disponibilidade Materialidade Antecipação Ao facultar ao mercado toda a informação relevante que lhe permita formular um juízo fundamentado acerca da evolução da actividade e dos resultados alcançados, bem como das perspectivas de crescimento, rendibilidade e riscos existentes. Na manutenção dos critérios utilizados na prestação da informação e no esclarecimento dos motivos subjacentes à alteração destes, quando esta ocorra, de modo a assegurar a possibilidade de comparação da informação entre os períodos de reporte. Por se utilizar uma linguagem clara, e se recorrer a notas pedagógicas para tratar assuntos complexos e por se incluir um glossário e um formulário no relatório de gestão anual. Na adopção de uma postura proactiva, aberta e inovadora na comunicação com o mercado. Na divulgação de toda a informação que tenha relevância e na atribuição, a cada peça de informação, de um grau de visibilidade de pormenor correspondente à respectiva importância. Na adopção de práticas de comunicação e de prestação de informação que, não sendo obrigatórias, são valorizadas pelo mercado DIRECÇÃO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES Conceito e competências O Banco BPI atribui uma especial importância à manutenção de uma relação franca e transparente com os Analistas Financeiros, os Investidores, os Accionistas, as autoridades, a comunicação social e os restantes intervenientes no mercado. De acordo com esta permanente preocupação, o BPI tem em funcionamento, desde 1993, uma estrutura exclusivamente dedicada às relações com os investidores e com o mercado. A Direcção de Relações com Investidores (DRI), que reporta directamente ao Presidente do Conselho de Administração e à Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, tem a missão de prestar ao mercado informação rigorosa, regular, oportuna e equilibradamente disseminada acerca do Grupo BPI, especialmente a que é relevante para a formação do preço das acções do Banco BPI, cotadas em bolsa. O BPI divulga informação, com periodicidade trimestral, relativa à respectiva actividade e resultados consolidados, desde o último trimestre de O BPI segue, desde a sua admissão à cotação em bolsa em 1986, a política de promover uma auditoria completa às suas contas do primeiro semestre, embora a lei apenas exija uma revisão limitada. No primeiro semestre de 2005 as contas foram objecto de uma revisão limitada. No âmbito da assessoria à Comissão Executiva, merecem referência o acompanhamento da evolução das acções Banco BPI em mercado, nas suas múltiplas vertentes, o apoio nos contactos directos que a Comissão Executiva regularmente realiza com analistas financeiros e investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), quer no âmbito de conferências e roadshows, quer através de reuniões individuais. A DRI tem as funções principais de assegurar, junto das autoridades e do mercado, o cumprimento das obrigações legais e regulamentares de reporte que impendem sobre o Banco BPI que incluem a responsabilidade pela elaboração do relatório anual e semestral do Banco BPI (incluindo o presente Relatório) e da informação que é prestada ao mercado aquando das divulgações trimestrais de resultados dar resposta às solicitações de informação dos investidores, analistas financeiros e demais agentes, e apoiar a Comissão Executiva em aspectos relacionados com o estatuto de entidade cotada que o Banco BPI tem no mercado. No âmbito da primeira daquelas responsabilidades, destaca-se a difusão da informação enquadrável na moldura de facto relevante ou de outras comunicações, a prestação de informação trimestral sobre a actividade e os resultados do Grupo e a preparação dos relatórios e contas anuais e semestrais. Relativamente a este aspecto importa destacar a Conferência Anual para Investidores e Analistas Financeiros que a Comissão Executiva desde 2001, promove anualmente 1. A reunião de 2006 está agendada para 19 de Maio. O BPI tem por política divulgar junto do mercado a informação apresentada nestas reuniões, difundindo um comunicado à imprensa com os aspectos mais relevantes e disponibilizando, no web site de Relações com Investidores, as apresentações realizadas durante o evento. A disponibilidade e os contactos da Direcção de Relações com Investidores são amplamente divulgados. Toda a informação pública sobre o Grupo BPI pode ser solicitada à DRI através da página de contactos do seu site ( por telefone ( ), correio electrónico (investor_relations@bancobpi.pt), fax ( ) ou carta (Rua Tenente Valadim, 284, Porto). 1) Em 2004, excepcionalmente, este evento não se realizou. 320 Banco BPI Relatório e Contas 2005

323 Actividade em 2005 O BPI desenvolveu, na sua qualidade de entidade cotada em bolsa, ao longo de 2005, uma intensa actividade de comunicação com o mercado. De entre as mais de 500 páginas de informação (incluindo ficheiros disponíveis para download) que o web site dispõe 1, merecem especial destaque os seguintes: O BPI participou em conferências de investidores sobre o sector financeiro e em diversos roadshows que envolveram as principais praças financeiras europeias Lisboa, Londres, Paris, Frankfurt, Colónia, Madrid, Milão, Zurique, Estocolmo, Copenhaga, Helsínquia e dos EUA Nova Iorque e Boston. O Banco realizou mais de 100 reuniões individuais com investidores institucionais. No âmbito da divulgação dos resultados, o BPI continuou a realizar, em 2005, reuniões trimestrais com analistas e investidores para discussão de resultados trimestrais. Estas reuniões que contam com a presença de todos os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI podem ser atendidas presencialmente ou por conference call E, sendo ainda difundidas em simultâneo e com acesso livre, por webcast, através do web site de Relações com Investidores do Banco. Merece especial menção a realização, em Lisboa, no mês de Maio, da 4.ª Conferência Anual do BPI para Analistas e Investidores espaço de debate entre a Comissão Executiva do BPI e a comunidade financeira para discussão de temas relevantes da vida do Banco na qual estiverem presentes 21 analistas (sell-side) e 15 Investidores institucionais. Ao longo do ano, o BPI manteve ainda contacto permanente com os analistas financeiros que procedem à cobertura da acção Banco BPI, através de research calls quase diários, parte dos quais sobre os 77 relatórios de equity research que em 2005 foram publicados sobre o Grupo BPI SÍTIO NA INTERNET Web site de Relações com Investidores O BPI dispõe de um web site exclusivamente dedicado à divulgação de informação de natureza institucional acerca do Grupo. Este web site está disponível no endereço ou, para as pessoas que não disponham de acesso à Internet, nos Quiosques Internet, existentes na maior parte dos balcões do Banco BPI. extensa informação financeira integralmente actualizada, quatro vezes por ano, no próprio dia da divulgação de resultados. Tal inclui mais de 30 tabelas disponíveis para download em Excel e a realização de webcast E (em tempo real) das apresentações dos resultados trimestrais, incluindo o transcript das respectivas conference calls; relatório e contas anual integralmente disponível em formato HTML e secção sobre Corporate Governance que conta com mais de 30 páginas de informação; simulador interactivo para cálculo do retorno total (i.e. considerando o reinvestimento de dividendos) no investimento em acções Banco BPI; secção sobre dívida contendo fichas de resumo e documentação de suporte relativa às principais emissões públicas de dívida sénior, subordinada, operações de titularização de créditos e emissão de acções preferenciais; Informação sobre quais os analistas de equity research que cobrem regularmente as acções do Banco BPI, indicando os respectivos contactos e recomendações de investimento; páginas individuais para cada membro da Comissão Executiva e para o Presidente do Conselho de Administração, contendo os respectivos perfis (CVs, fotografias, funções desempenhadas, etc.); secção sobre Gráficos e Cotações da acção Banco BPI, que inclui a comparação com benchmarks G, a identificação de eventos (pagamento de dividendos, aumentos de capital, etc.) e a possibilidade de fazer download do histórico de cotações (ajustadas ou não ajustadas). 1) se se considerar também a versão em inglês. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 321

324 O web site, disponível em português e inglês, encontra-se dividido em oito secções principais que desenvolvem entre outras as matérias abaixo indicadas: Web site de Relações com Investidores conteúdo e organização Grupo BPI Corporate Governance Informação financeira Accionistas Acção Banco BPI Dívida Notícias e eventos Informação sectorial História Chairman Gestão Executiva Estratégia Identidade Responsabilidade pública Reconhecimento Governo e Fiscalização Gestão de riscos Controlo Accionista Voto e representação Remuneração Deontologia Comunicação Regulação Indicadores Resultados Relatórios e Contas Criação de valor Estrutura Accionista Calculador de rendibilidade Dividendos Capital Assembleias Gerais Indicadores Gráficos e cotações Cobertura de Analistas Recomendações Volatilidade Canais de transacção Peso em índices Divida emitida Rating Comunicados Notícias Calendário Conferências Apresentações Estrutura de mercado Indicadores macro económicos Crédito e depósitos Comparação internacional Rating Toda a informação de natureza institucional que é pública e material encontra-se, por regra, disponível no web site. Para os eventos mais significativos, como seja a Assembleia Geral de Accionistas, a Conferência Anual para Analistas e Investidores, a distribuição de dividendos e a divulgação trimestral de resultados, são ainda criadas páginas específicas para a difusão de informação e apoio aos referidos eventos. Os utilizadores do web site têm também a oportunidade de se registarem e receberem diariamente um contendo um resumo do comportamento da acção Banco BPI em bolsa, um alerta sempre que a acção atingir uma determinada percentagem e notícias ou conteúdos novos publicados no site. Os subscritores destas mailing lists poderão cancelar a qualquer momento a sua subscrição, bastando para tanto seguir os links destinados, no final de cada , ao efeito. O web site de Relações com Investidores cumpre integralmente as recomendações da CMVM sobre a utilização da Internet como meio de divulgação de informação institucional. Em 2005, em cada processo de divulgação trimestral de resultados, foram enviados pela Direcção de Relações com Investidores aproximadamente 350 mensagens de . A Direcção de Relações com Investidores tem por política não enviar mensagens por a pessoas que não o solicitam expressamente e procede periodicamente a uma revisão da sua base de contactos, a fim de eliminar endereços ou destinatários inactivos. De uma forma geral, todos os documentos emitidos em suporte de papel (incluindo os documentos preparatórios das assembleias gerais) estão disponíveis para envio em formato electrónico, mediante solicitação REPRESENTANTE PARA AS RELAÇÕES COM O MERCADO O representante do Banco BPI para as relações com o mercado é Rui Lélis, administrador do Banco Português de Investimento. O web site de Relações com Investidores registou, em 2005, uma média mensal de 270 mil visualizações das respectivas páginas e de 12 mil visitas. Correio electrónico ( ) Os anúncios de factos relevantes e outras comunicações, para além de serem publicados no site de Relações com Investidores e no sistema de difusão de informação da CMVM, são ainda enviados por correio electrónico ( ) às autoridades de supervisão, aos média, aos analistas, bem como a todos os investidores institucionais ou particulares que expressamente o solicitem. 322 Banco BPI Relatório e Contas 2005

325 13. Acção Banco BPI RENDIBILIDADE DO ACCIONISTA As acções do Banco BPI registaram em 2005 uma valorização de 29.5%. Se para além da apreciação do título em bolsa, se considerar o rendimento proveniente da distribuição de dividendos, conclui-se que a Acção Banco BPI proporcionou uma rendibilidade (ROI) de 33.7% aos seus Accionistas em Nos últimos 3 anos, as acções do Banco BPI superaram de uma forma muito expressiva o desempenho obtido pelo mercado. Na verdade, no triénio , a acção Banco BPI registou uma valorização média anual de 21.0%, enquanto que a bolsa portuguesa 1 e o sector bancário 2 na Europa, registaram valorizações de 14.0% e 17.5%, respectivamente. Em capítulo próprio do relatório, Acção Banco BPI, que se considera incorporado neste texto por referência, é apresentada uma descrição pormenorizada do comportamento bolsista das acções do Banco BPI, que inclui o valor, nos últimos cinco anos, dos resultados por acção, do dividendo distribuído, das cotações em bolsa, da rendibilidade do accionista, indicadores de liquidez, capitalização bolsista e indicadores de valorização pelo mercado. Estas séries históricas são ajustadas por eventos EVOLUÇÃO EM BOLSA E COMUNICAÇÕES AO MERCADO O gráfico em baixo apresenta a evolução da acção Banco BPI em 2003 e a comunicação ao mercado de factos relevantes e outras comunicações. Evolução da acção do Banco BPI em 2005 Comunicação ao mercado de eventos relevantes Variação anual +29.5% Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Nota: a legenda do gráfico é apresentada na página que se segue /9/ ) Considerando a evolução do índice PSI-20. 2) Tomando por referência o índice Dow Jones Europe STOXX Bank. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 323

326 Comunicação ao mercado de eventos relevantes em 2005 e evolução da acção Banco BPI nas 10 sessões de bolsa que precederam e se seguiram à divulgação da informação N.º Data de Tipo de comunicação comunicado (ano de 2005) Descritivo Nas 10 sessões anteriores à comunicação Banco BPI PSI-20 Nas 10 sessões posteriores à comunicação Banco BPI PSI Jan. OC Banco BPI aliena participação na Auto-Estradas do Atlântico 0.0% 2.9% 3.0% 1.1% 2 21 Jan. FR Comunicado de divulgação dos resultados consolidados do Banco BPI no exercício de % 1.1% 1.9% 2.2% 3 10 Fev. FR Banco BPI concretiza venda da participação de % na SIC 0.0% 2.2% -1.9% -2.4% 4 15 Mar. PQ Banco BPI informa que Financim Financiamento Imobiliários SGPS 3 detém 2.0% dos seus direitos de voto 0.0% -1.3% 0.6% -0.6% 5 28 Fev. OE Data de atribuição das acções e opções no âmbito do RVA % -2.1% 0.0% -0.5% 6 17 Mar. OE Convocatória para a Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de % -1.7% 2.3% 0.1% 7 20 Abr. OC Resultados da Assembleia Geral de Accionistas realizada no dia 20 de Abril de % 0.8% -1.3% -1.8% 8 21 Abr. OC Comunicado de divulgação dos resultados consolidados do Banco BPI no 1.º trimestre de % 0.1% -1.6% -1.6% 9 21 Abr. OC Eleição dos Órgãos Sociais e designação da Comissão Executiva para o triénio % 0.1% -1.6% -1.6% Abr. OC Anúncio sobre distribuição de dividendos relativos ao exercício de % 0.1% -1.6% -1.6% Mai. OC Banco BPI informa sobre operação de titularização de créditos a PME no valor de 500 M. 1.3% -0.9% -0.6% -0.2% Mai. OE Data em que as acções do Banco BPI começam a transaccionar sem direito ao dividendo relativo ao exercício de % -1.8% 0.0% 0.2% Mai. PQ Banco BPI informa que ING Bank detém 2.3% dos seus direitos de voto -2.2% -2.7% 0.0% 2.4% Jun. PQ Banco BPI informa que ING Bank detém 0.7% dos seus direitos de voto 0.6% -3.3% 1.6% 0.9% Jun. PQ Banco BPI informa que Fidelity detém 1.9% dos seus direitos de voto 0.6% 0.6% 1.3% -0.6% Jul. OC Comunicado de divulgação dos resultados consolidados do Banco BPI no 1.º semestre de % 0.6% 9.9% 2.5% Jul. OC Banco BPI aliena participação de 1.65% na Portugal Telecom 7.2% 1.7% 1.5% 1.9% Out. OC Comunicado de divulgação dos resultados consolidados do Banco BPI no 3.º trimestre de % -3.1% -0.8% -0.4% Nov. OC Banco BPI informa sobre contribuição extraordinária para o Fundo de Pensões 1.4% 2.2% -0.5% 0.8% Dez. PQ Banco BPI informa que Norges Bank Investment Management detém 2.0% dos seus direitos de voto 2.1% 3.1% 2.8% 3.0% Dez. OC Comunicado sobre alteração de pressupostos actuariais de base do cálculo das responsabilidades por pagamento de benefícios pós-emprego 3.7% 4.3% 2.6% 3.5% Legenda: FR: Facto Relevante; OC: Outras Comunicações; PQ: Participações Qualificadas; OE: Outros Eventos; Notas: 1) O Banco BPI segue a política de aguardar pelo encerramento do mercado para divulgar informação sensível. Deste modo, o eventual impacto no preço das acções Banco BPI é apenas sentido na sessão de bolsa seguinte. 2) Os factos enumerados neste quadro não resumem de forma exaustiva toda a informação publicada na extranet E da CMVM. No entanto, no entender do Banco BPI, inclui todas as comunicações ao mercado susceptíveis de influenciar a formação do preço das acções Banco BPI. 3) Sociedade detida à data em 65% pelo Senhor Américo Ferreira Amorim. Em 31 de Outubro de 2005, esta sociedade foi renomeada para Amorim Holding II, SGPS, S.A. 324 Banco BPI Relatório e Contas 2005

327 14. Política de dividendos A política de dividendos do Grupo BPI caracteriza-se por: considerar o lucro líquido consolidado do Grupo como base de cálculo relevante para o dividendo a distribuir; em termos históricos, o BPI ter mantido um payout não inferior a 30%, retendo resultados que possam assegurar o financiamento das necessidades de crescimento do Grupo; Em capítulo próprio do relatório, Acção Banco BPI, é apresentada, no quadro Principais indicadores das acções Banco BPI, informação relativa ao montante de resultados distribuídos, ao payout ratio, ao dividendo por acção e ao dividend yield dos últimos cinco exercícios. Por outro lado, em encontra-se disponível uma secção inteiramente dedicada a dividendos, que contém o histórico completo (i.e. desde a criação do BPI) da informação relativa a este tópico. fixar o dividendo por acção em termos ajustados, designadamente, por aumentos de capital (em dinheiro ou por incorporação de reservas) e por desdobramento de acções (stock splits) E, G. Da proposta de alteração dos estatutos que o Conselho de Administração deliberou apresentar à Assembleia Geral de Accionistas a realizar em 20 de Abril de 2006, constam a consagração de um princípio que impõe ao Conselho de Administração a submissão a deliberação da Assembleia Geral de uma proposta de política de dividendos de longo prazo e a justificação de eventuais desvios, que porventura, se venham a verificar. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 325

328 Apêndices PRINCIPAIS FONTES NORMATIVAS SOBRE O GOVERNO DAS SOCIEDADES EM PORTUGAL O Banco BPI, enquanto sociedade comercial (do tipo anónima ), instituição de crédito e sociedade cotada na Euronext Lisboa, está sujeita a um rigoroso exercício de regulação, supervisão e fiscalização, exercido por diversas fontes de direito e entidades reguladoras. O quadro em baixo identifica, de forma necessariamente sintética e apenas na óptica do corporate governance e da comunicação institucional, os principais normativos, de natureza externa, que regulam a actividade do Banco. Fonte Principais Normativos Âmbito de aplicação Principais tópicos relativos aos governos das sociedades Disposições mais relevantes Links na Internet Código das Sociedades Comerciais Sociedades comerciais anónimas Estrutura da administração e fiscalização; Funcionamento e poderes dos órgãos sociais; Responsabilidade civil dos membros dos órgãos de administração e fiscalização; Direitos e deveres dos accionistas; Acções preferenciais sem votos; Título I: Cap. IV Art.º 53 a 63; Cap. V Art.º 64; Cap. VI Art.º 65 a 70-A; Cap. VII Art.º 71 a 84 Título IV: Cap. I Art.º 278; Cap. V Art.º 373 a 389; Cap. VI Art.º 390 a 446-F is/csc.html Deliberações dos accionistas. Título VII: Art.º 518 e 519 LEGISLATIVAS Código dos Valores Mobiliários Sociedades com o capital aberto ao investimento do público ( Sociedades abertas ); Outras entidades ou pessoas com conexão com o mercado de valores mobiliários Deveres de informação das sociedades abertas e meios de divulgação; Deveres de comunicação dos titulares de participações qualificadas em sociedades abertas; Qualidade da informação financeira; Âmbito de actuação e responsabilidade dos auditores registados na CMVM; Conceito de investidores institucionais; Protecção dos interesses dos investidores não-institucionais. Título I: Cap. II Art.º 5; Cap. III Art.º 7 a 10; Cap. IV Art.º 13 a 29; Cap. V Art.º 30 a 36 Título III: Cap. I a III Art.º 108 a 197 Título IV: Cap. II Art.º 244 a 251 Título VII: Cap. II Art.º 358 a gulamentos/legislacao/codi go_dos_valores_mobiliarios/ index.asp Regime jurídico dos organismos de investimento colectivo 1 Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Deveres gerais das entidades gestoras de organismos de investimento colectivo; Dever de informar a CMVM e o mercado da justificação do sentido de exercício do direito de voto inerente a acções geridas por conta de terceiros. Título II: Cap. I Art.º 33 Título III: Cap. III Art.º 73 e Art.º 74 gulamentos/legislacao/legisl acao_complementar/gestao _activos/org_invest_colectiv o/dln252_2003.asp Regime jurídico das sociedades anónimas europeias 2 Sociedades anónimas europeias Conceito, estrutura de funcionamento da sociedade anónima europeia (societas europaea). Todas ei_mostra_articulado.php?n id=475&tabela=leis&ficha= 1&pagina=1 Regulamento n.º 7 / 2001 da CMVM Sociedades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado regulamentado Imposição de relatório anual de governo das sociedades e respectivo modelo; Definição de administrador não-independente; Outros deveres de informação à CMVM; Obrigatoriedade de sítio na Internet com informação essencial sobre a sociedade. Todas cao_regulamentos/legislaca o/regulamentos_da_cmvm/ 2001/consolidada/Reg2001 _07.asp REGULAMENTARES Regulamento n.º 6 / 2000 da CMVM Auditores registados na CMVM Informação sujeita a relatório ou parecer elaborado por auditor registado na CMVM; Deveres gerais dos auditores; Conteúdo e requisitos dos relatórios ou pareceres dos auditores; Registo dos auditores; Art.º 1 a 6 Art.º 11 gulamentos/legislacao/regul amentos_da_cmvm/2000/r eg2000_06.asp Conflitos de interesses. Regulamento n.º 4/2004 da CMVM Sociedades com capital aberto ao investimento do público Factos sujeitos a deveres de informação; Meios gerais de divulgação; Prazo para as divulgações. Todas cao_regulamentos/legislaca o/regulamentos_da_cmvm/ 2004/reg2004_04.asp 1) Decreto-Lei n.º 252 / 2003, de 17 de Outubro. 2) Decreto-Lei n.º 2 / 2005 de 4 de Janeiro. 326 Banco BPI Relatório e Contas 2005

329 Fonte Principais Normativos Âmbito de aplicação Principais tópicos relativos aos governos das sociedades Disposições mais relevantes Links na Internet Recomendações da CMVM sobre o governo das sociedades cotadas Sociedades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado regulamentado Divulgação de informação; Exercício do direito de voto; Sistema interno de controlo; Estrutura do órgão de administração e remunerações dos seus membros; Deveres dos investidores institucionais. Todas oes_entendimentos_parece res/recomendacoes/soccot_ nov2003/indice.asp RECOMENDATÓRIAS Recomendações da CMVM relativas ao exercício de voto por correspondência nas sociedades abertas Livro Branco sobre Corporate Governance em Portugal Sociedades com o capital aberto ao investimento do público Sociedades com o capital aberto ao investimento do público Regras para o exercício do direito de voto por correspondência, incluindo a correspondência electrónica; Valoração do voto por correspondência. Missão, estrutura e independência do Conselho de Administração; Papel dos administradores não-executivos; Comissões especializadas do Conselho de Administração; Conselho Fiscal e Comissão de Fixação de Vencimentos; Auditoria externa e interna; Assembleias Gerais; Medidas contrárias ao funcionamento do mercado de controlo de empresas. Todas Todas oes_entendimentos_parece res/recomendacoes/voto/re comendacoes_voto.asp a/support/acessoreservad o.aspx?cs_url=/cgov/re daccao/2006/05/livrobranc osobrecorporategovernanc e.htm [acesso reservado a utilizadores autenticados, ainda que o registo no web site seja gratuito] OUTRAS Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas 3 Código de Ética e Deontologia Profissional dos Revisores Oficiais de Contas 4 Revisores Oficiais de Contas inscritos na respectiva Ordem Revisores Oficiais de Contas inscritos na respectiva Ordem Âmbito de actuação dos revisores oficiais de contas: competências e forma do exercício das suas funções; Direitos e deveres, incompatibilidades, responsabilidade disciplinar, civil e penal e requisitos gerais de inscrição como revisor oficial de contas. Princípios fundamentais; Deveres e responsabilidades; Independência; Sigílo profissional. Título I: Cap. III Art.º 40 a 51 Título II: Cap. I Art.º 52 e 62 a 73; Cap. II Art.º 75 a 78; Cap. III Art.º 82 e 92; Título III: Cap. III Art.º 113 e 114 Título IV: Cap. I Art.º 124 Cap. I Art.º 1 a 8 Cap. IV Art.º 11 Cap. V Art.º 13 eg_pro2_n.html 3) Decreto-Lei n.º 487 / 99. 4) D.R.,III Série, Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 327

330 EXPERIÊNCIA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E OUTROS CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DESEMPENHADOS EM SOCIEDADES PELOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI, S.A. Artur Santos Silva (Presidente) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades ou outras entidades 64 anos 1985: Stanford Executive Program, Stanford University 1963: Licenciatura em Direito, Universidade de Coimbra Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd. Gerente da Viacer S.G.P.S., Lda. (sociedade que controla a Unicer), em representação do BPI. Administrador não Executivo da Fundação Calouste Gulbenkian. Administrador não Executivo da Jerónimo Martins SGPS, S.A. Administrador não Executivo da Sindcom, SGPS, S.A. Vogal do Conselho Consultivo Internacional do Banco Itaú Vogal da Direcção da COTEC Portugal Associação Empresarial para a Inovação. Vogal do Conselho Consultivo para o Plano Tecnológico Vogal do Conselho Nacional do Mercado de Valores Mobiliários Presidente do Conselho Geral do Instituto Português de Corporate Governance Experiência profissional anterior Exerceu funções executivas no Grupo BPI desde a sua fundação até 20 de Abril de : Vice-Governador do Banco de Portugal : Secretário de Estado do Tesouro : Director do Banco Português do Atlântico : Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, nas cadeiras de Finanças Públicas e Economia Política Carlos da Câmara Pestana (Vice-Presidente) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 74 anos 1955: Licenciatura em Direito, Universidade Clássica de Lisboa Administrador do Banco Itaú, S.A. Presidente do Comité de Auditoria do Banco Itaú, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Itaú Europa, S.A. Administrador da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. Membro do Conselho de Gerência da Itaúsa Madeira Investimentos, SGPS, Lda. Membro do Conselho de Gerência da IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda. Membro do Conselho de Gerência da Itaú Europa, SGPS, Lda. Membro do Conselho de Gerência da Cashedge Consultores e Serviços, Lda : Presidente da Directoria e Membro do Conselho de Administração do Banco Itaú, S.A : Membro da Alta Direcção do Banco Itaú, S.A : Membro do Conselho de Administração do Banco Português do Atlântico : Membro da Alta Direcção do Banco Português do Atlântico : Membro do Conselho para o Sistema Financeiro (a convite do Governo de Portugal) : Presidente do Grémio Nacional de Bancos e Casas Bancárias : Vice-Presidente do Grémio Nacional dos Bancos e Casas Bancárias Fernando Ulrich (Vice-Presidente) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 53 anos : Frequência do Curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia de Lisboa Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A. Presidente do Conselho de Administração da BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Presidente do Conselho de Administração da BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Presidente do Conselho de Administração da BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A. Presidente do Conselho de Administração da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Presidente do Conselho de Administração da BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. Presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento, SARL Administrador da Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. Administrador da BPI Capital Finance Limited Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd. Gerente da Petrocer, SGPS, Lda. Exerce funções executivas no Grupo BPI há 22 anos : Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano : Técnico no Secretariado para a Cooperação Económica Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Relações com a EFTA, OCDE e GATT) : Membro da Delegação de Portugal junto da OCDE (Paris) responsável pelos assuntos económicos e financeiros : Responsável pela secção sobre mercados financeiros do semanário Expresso 328 Banco BPI Relatório e Contas 2005

331 Ruy Octávio Matos de Carvalho (Vice-Presidente) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 74 anos 1956: Licenciatura em Finanças pelo ISCEF Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras 1973: Columbia INSEAD Executive Program no INSEAD, em Fontainebleau Vice-Presidente da Yura International Holding, B.V. Vice-Presidente da Vittoria Capital N.V. Administrador da João Marques Pinto Investimentos Imobiliários, S.A. Presidente Honorário da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) Membro Honorário da Association de Genève : Presidente do Conselho Fiscal da EFACEC CAPITAL, SGPS, S.A : Vice-Presidente do Bureau do Comité de Seguros da OCDE, em representação dos Seguradores Privados : Membro do Conselho de Administração da Association International pour l Étude de l Economie de l Assurance (Association de Genève), exercendo as funções de Vice-Presidente nos últimos anos do mandato : Presidente do Conselho de Direcção da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) : Membro do Conselho Consultivo do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a título pessoal e como representante das seguradoras e, mais tarde, como representante do Senhor Ministro das Finanças : Membro do Conselho do Mercado de Valores Mobiliários : Membro do Conselho da Presidência do Comité Européen des Assurances (exceptuando em ), tendo sido Vice-Presidente entre 1988 e : Administrador do BCI, em representação do BPI, até Março de 1993; : Membro do Conselho para o Sistema Financeiro, colaborando na preparação do Livro Branco Sobre o Sistema Financeiro : Presidente da Comissão de Seguros da Chambre de Commerce Internationale (CCI) : Administrador da EFACEC Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas : Presidente ( ) e Vice-Presidente ( ) do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Seguros (INS) : Director da Companhia de Seguros Garantia Alfredo Rezende de Almeida (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 71 anos 1959: Licenciatura em Economia, Faculdade de Economia da Universidade do Porto Presidente do Conselho de Administração da ARCOtêxteis, S.A. Presidente do Conselho de Administração da ARCOfio Fiação, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração da ARCOtinto Tinturaria, S.A. Administrador da FÁBRICA DO ARCO Recursos Energéticos, S.A. Sócio-Gerente da Casa de Ardias Sociedade Agrícola e Comercial, Lda : Presidente do Conselho Geral do BCI Banco de Comércio e Indústria, S.A : Vogal do Conselho Geral do BCI Banco de Comércio e Indústria, S.A : Membro do Conselho Geral da Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A : Administrador da Sociedade Luso Americana de Confecções, SARL Director da ATP Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal Director da Associação Portuguesa de Exportadores Têxteis António Domingues (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 49 anos 1979: Licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia de Lisboa Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento, SARL Administrador do BCI Banco Comercial e de Investimentos, SARL (Moçambique) Administrador da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Administrador da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Administrador da PT Multimédia, S.A. Administrador da SIBS Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. Exerce funções executivas no Grupo BPI há 16 anos : Director-Geral adjunto da sucursal em França do Banco Português do Atlântico : Técnico assessor do Departamento de Estrangeiro do Banco de Portugal : Director do Departamento de Estrangeiro do Instituto Emissor de Macau 1981: Economista no IAPMEI Até 1981: Técnico economista no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Indústria e Energia Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 329

332 António Farinha Morais (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades 54 anos 1974: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa Presidente do Conselho de Administração da Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A. Gerente da BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda. Administrador da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Administrador da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Experiência profissional anterior Exerce funções executivas no Grupo BPI na sequência da aquisição do ex-bfe em Anteriormente exercia actividade profissional no BFE, desde : Administrador do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 1992: Administrador da Companhia de Seguros Aliança UAP : Administrador do Banco Pinto & Sotto Mayor : Administrador da SEFIS e da Eurofinanceira, sociedades de investimento do Grupo BFE : Director dos serviços Financeiros e Mercado de Capitais do Banco de Fomento e Exterior : Técnico analista de projectos de investimento no Banco de Fomento e Exterior : Docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa : Responsável financeiro e administrativo de um grupo de quatro Empresas Armando Leite de Pinho (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 71 anos 1956: Diplomado em Engenharia, Instituto Superior de Engenharia do Porto Presidente do Conselho de Administração da Arsopi Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Arsopi Holding, SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração da A.P. Invest, SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração da ROE, SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Security, SGPS, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração da Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. Administrador da Plurimodos Sociedade Imobiliária, S.A. Administrador da Pluricasas Sociedade Imobiliária, S.A. Administrador da Plurimodus Turismo, S.A. Gerente da Arsopi Thermal, Equipamentos Térmicos, Lda. Gerente da Tecnocon Tecnologia e Sistemas de Controle, Lda. Gerente da Equitrade Equipamentos e Tecnologia Industrial, Lda. Gerente da Acinox Acessórios Inoxidáveis, Lda. Gerente da Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Gerente da Petrocer SGPS, Lda. Gerente da IPA Imobiliária Pinhos & Antunes, Lda. 1957: Início da actividade profissional como Director Técnico e de Produção das empresas do Grupo Arsopi Marcelino Armenter Vidal (Vogal, em representação da Caixa Holding, S.A. Sociedade Unipersonal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 48 anos : Curso de Ciências Empresariais e Mestre em Administração e Direcção de Empresas, ESADE Director Geral da Caixa Holding, S.A. Director Adjunto da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona La Caixa. Presidente Executivo da Caixa Capital Desarrollo, S.C.R., S.A. Gerente Solidário da Catalunya de Valores, S.G.P.S., Unipessoal, Lda. Administrador da E-la Caixa, S.A. Administrador da Servihabitat XXI, S.A. Administrador da Caprabo, S.A e da Panrico, S.A. em representação da Caixa Capital Desarrollo, S.C.R., S.A. Administrador único da Trade Caixa I, S.A. em representação da Caixa Holding, S.A.U. Administrador do Crèdit Andorrà, S.A : Administrador Delegado do Banco Herrero : Administrador da Hidroeléctrica del Cantábrico : Director de Área de Controle de Sociedades Participadas 330 Banco BPI Relatório e Contas 2005

333 Isidro Fainé Casas (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 63 anos Graduado em Alta Dirección, IESE Doutoramento em Economia Membro da Real Academia de Ciências Económicas y Financieras e da Real Academia de Doctors Holder of na ISMP in Business Administration, Harvard University Director Geral da Caixa de Ahorros y Pensiones de Barcelona la Caixa Presidente da Abertis Infraestructuras, S.A. Vice-Presidente da Telefónica, S.A. Administrador da Caixa Holding, S.A. Administrador da CaixaBank France Administrador da Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A. 1964: Investment Manager of Banco Atlântico 1969: Director of Banco Asunción, Paraguay 1973: Staff Manager of Banca Riva Y Garcia 1974: Advisor and General Manager of Banca Jover 1978: General Manager of Banco Unión, S.A. José Pena do Amaral (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 50 anos 1978: Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Administrador do Banco de Fomento, S.A.R.L. Administrador da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Exerce funções executivas no Grupo BPI há 19 anos : Consultor da Casa Civil do Presidente da República para os Assuntos Europeus : Chefe do Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano; membro permanente da delegação ministerial portuguesa nas negociações para a adesão de Portugal às Comunidades Europeias : Membro do gabinete de consultores Jalles & Vasconcelos Porto; correspondente do Expresso, da RTP e da Deutsche Welle em Bruxelas : Chefe da delegação da ANOP em Bruxelas : Editor do suplemento de economia do Diário de Notícias : Jornalista profissional do Diário de Notícias Klaus Dührkop (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 52 anos Licenciado em Direito, Universidade de Hamburgo Presidente da Comissão Executiva da Mondial Assistance Group Vice-Presidente da Koc Allianz (Turquia) : Vice-Presidente Executivo do Departamento Europeu da Allianz AG : Responsável pelo Departamento de Assuntos Governamentais da Allianz AG 1994: Responsável pelo Gabinete do CEO da Allianz Versicherungs AG : Administrador Delegado da Allianz Industrial, S.A. (Espanha) : Membro da Comissão Executiva da Allianz Ultramar (Brasil) : Director do Departamento Industrial da Allianz Versicherungs AG, Hamburgo : Assistente de Corretagem de Seguros Manuel Ferreira da Silva (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 48 anos 1982: MBA, curso de pós-graduação em Gestão de Empresas da Universidade Nova de Lisboa em colaboração com a Wharton School (Universidade da Pennsylvania) 1980: Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto Administrador e Presidente da Comissão Executiva do Banco Português de Investimento, S.A. Administrador da Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. Administrador da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Exerce funções executivas no Grupo BPI há 22 anos : Docente na Faculdade de Economia da Universidade do Porto : Adjunto do director do Centro de Investigação Operacional da Armada Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 331

334 Maria Celeste Hagatong (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 53 anos 1974: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa Administradora da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Administradora não Executiva do Banco Português de Investimento, S.A. Administradora não Executiva da CVP Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A. Exerce funções executivas no Grupo BPI há 20 anos : Membro do Conselho de Administração do Fonds de Rétablissement du Conseil de L'Europe : Directora dos Serviços Financeiros da Direcção-Geral do Tesouro do Ministério das Finanças 1977: Directora Administrativa e Financeira da Assembleia da República : Ministério das Finanças Direcção-Geral do Tesouro : Docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa : Responsável pelo Departamento de Finanças Locais do Ministério de Administração Interna Pedro Barreto (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 39 anos 2001: Stanford Executive Program 1989: Licenciatura em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa Administrador da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Exerce funções executivas no Grupo BPI há 17 anos : Direcção Informática da Soporcel Sociedade Portuguesa de Celulose Herbert Walter (Vogal, em representação da RAS Internacional, N.V.) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 52 anos 1982: Doutoramento em Ciências Políticas : Licenciatura Kaufmann em Administração Empresarial, Universidade Ludwig-Maximilians (Munique) Presidente da Comissão Executiva do Dresdner Bank AG Membro do Conselho de Administração da Allianz AG Membro do Conselho de Supervisão da Deutsche Börse AG Membro do Conselho de Supervisão do TSV München 1860GmbH & Co. KGaA Presidente do Conselho de Administração do Dresdner Bank Luxembourg S.A. Administrador do Banco Popular Español S.A : Responsável pelos Clientes (Empresas e Particulares) e Membro da Comissão Executiva do Grupo Deutsche Bank : Spokesman da Comissão Executiva do Dresdner Bank 24 AG 332 Banco BPI Relatório e Contas 2005

335 Roberto Egydio Setúbal (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 51 anos 1979: Master of Science Engeneering Management, Stanford University 1977: Licenciatura em Engenharia de Produção, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Brasil) No Brasil: Vice-Presidente do Conselho de Administração, Director Presidente e Membro do Conselho Consultivo Internacional e do Comité de Remuneração do Banco Itaú Holding Financeira, S.A. Director Presidente e Director Geral do Banco Itaú, S.A., da Itauinv Brasil Participações, Lda. e da ITB Holding Brasil Participações, Lda. e da Itauseg Participações S.A. Director Vice-Presidente Executivo da Itaúsa Investimentos Itaú, S.A., Presidente da Fundação Itaú Social, Presidente do Conselho de Administração e Director Presidente do Banco Fiat S.A. e da Companhia Itauleasing de Arrendamento Mercantil Presidente do Conselho de Administração do Banco Itaú BBA, S.A., da BFB Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, da Investimentos Bemge, S.A. e da Itaú Gestão de Activos, S.A. Director Presidente do Banco Banerj, S.A., do Banco Banestado, S.A., do Banco Beg, S.A., do Banco Itaucred Financiamentos S.A., da Companhia Itaú de Capitalização, da Itaú Vida e Previdência, S.A., do Itaú Banco de Investimento e da Itaucard Financeira, S.A. Crédito, Financiamento e Investimento; Presidente do Banco Itaú Holding Financeira S.A.; é Administrador da Itaú-BBA Participações, S.A., da Itaucorp S.A., do Instituto Itaú Cultural e da Três B Empreendimentos e Participações, S.A Em Portugal: Presidente do Conselho de Administração do Banco Itaú Europa, S.A. Administrador da Itaúsa Europa Investimentos, SGPS, Lda., da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A., da Itaú Europa SGPS, Lda. e da IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda. Na Argentina: Director Presidente do Banco Itaú Buen Ayre, S.A. Nas Ilhas Cayman: Administrador do Itaú Bank, Lda., do BIE Bank & Trust, Ltd., da Amethyst Holding, Lda., da ITB Holding, Lda. e da Topaz Holding, Lda. No Luxemburgo: Administrador do Banco Itaú Europa Luxembourg, S.A. Nos Estados Unidos da América: Vice-Presidente do Institute of International Finance; é Membro do International Advisory Committee do The Federal Reserve Bank of New York; é Membro do Conselho do International Monetary Conference; é Membro do International Advisory Committee da New York Stock Exchange, NYSE : Presidente da Federação Nacional de Bancos FEBRABAN : Director Geral Executivo do Banco Itaú S.A : Director Executivo da Área Grande São Paulo do Banco Itaú, S.A : Gerente Geral do Banco Itaú, S.A : Director Técnico do Banco Itaú, S.A : Assessor do Citibank (N.Y. USA) Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 333

336 Tomaz Jervell (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades 61 anos 1969: Escola Superior de Comércio, Oslo Presidente do Conselho de Gerência da Auto-Sueco, Lda. Presidente do Conselho de Administração da Norbase, SGPS, S.A. Presidente da Auto-Sueco (Angola), SARL Presidente da Auto-Sueco (Minho), S.A. Presidente da Soma, S.A., da Biosafe, S.A. Presidente da Vellar, SGPS, S.A. Edgar Alves Ferreira (Vogal) Idade Formação académica Cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades Experiência profissional anterior 60 anos 1967: Licenciatura em Silvicultura pelo Instituto Superior de Agronomia Pós-graduação em Gestão pela Universidade Nova de Lisboa Administrador da HVF SGPS, S.A. Administrador da III Investimentos Industriais e Imobiliários, S.A. Administrador da Corfi, S.A : Director de Produção da Cotesi -2005: Administrador de Empresas do Grupo Violas : Membro do Conselho de Administração da Unicer 334 Banco BPI Relatório e Contas 2005

337 CORRESPONDÊNCIA ENTRE O REGULAMENTO E AS RECOMENDAÇÕES DA CMVM SOBRE O GOVERNO DAS SOCIEDADES E O RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO BPI Descritivo Regulamento Natureza Recomendação Capítulo 0. DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO Indicação discriminada das recomendações da CMVM sobre governo das sociedades adoptadas e não adoptadas (explicando, neste último caso, os motivos da não adopção) 0. I. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO Organogramas relativos à repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade no quadro do processo de decisão empresarial 4. Lista das comissões específicas criadas na sociedade com indicação da sua composição e das suas atribuições 3.5., 3.6., 3.7. e 3.9. Descrição do sistema de controlo de riscos implementado na sociedade 3.5. e 5. Descrição da evolução da cotação das acções do emitente Descrição da política de distribuição de dividendos 14. Negócios realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades do Grupo Gabinete de apoio ao investidor Sítio da sociedade na Internet Identificação do representante para as relações com o mercado Indicação da composição da comissão de remunerações ou equivalente, indicando quais os membros que são independentes relativamente aos membros do órgão de administração 3.7. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e à sua rede 6.3. Descrição dos meios de salvaguarda da independência do auditor 6.1. e 6.2. II. EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS Regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, designadamente o voto por correspondência e por representação 9.1. e 9.4. Possibilidade de exercício do direito de voto por meios electrónicos 9.5. Antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acções para a participação em Assembleia Geral 9.2. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da Assembleia Geral 9.4. Número de acções a que corresponde um voto 9.2. III. REGRAS SOCIETÁRIAS Existência de códigos de conduta dos órgãos da sociedade ou de outros regulamentos internos 3.3. e 11.1 a Descrição dos procedimentos internos adoptados para o controlo de risco na actividade da sociedade 3.5. e 5. Medidas susceptíveis de interferir no êxito de ofertas públicas de aquisição (limites ao exercício dos direitos de voto, restrições à transmissibilidade de acções, acordos parassociais, etc.) 8. IV. ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO Órgão de Administração: distinção entre membros executivos e não-executivos e, de entre estes, os membros independentes dos não independentes 3.3. Funções exercidas pelos membros do órgão de administração em outras sociedades Apêndice Experiência e qualificações profissionais dos membros do órgão de administração, número de acções 3.3 e Apêndice e Anexo de que são titulares, data da primeira designação e data do termo de mandato ao Relatório de Gestão Existência de uma Comissão Executiva ou de outras comissões com competência em matéria de gestão, identificando os poderes e competências atribuídos a essas comissões e a sua composição 3.4. Delimitação de competências entre o Presidente do órgão de administração e o Presidente da Comissão Executiva 3.3. e 3.4. Lista de matérias vedadas à Comissão Executiva 3.4. Informação aos membros do Órgão de Administração relativamente às matérias tratadas e decisões tomadas pela Comissão Executiva 3.3. Existência de comissões de controlo internas com atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo societários 3.5. e 3.8. Lista de incompatibilidades definida internamente pelo Órgão de Administração 3.3. Número de reuniões do órgão de administração durante o exercício 3.3. Independência dos membros da Comissão de Remunerações relativamente aos membros do Órgão de Administração 3.3. e 3.7. Submissão à Assembleia Geral dos planos de atribuição de acções e / ou de opções; este deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano 7.4. Descrição da política de comunicações de irregularidades alegadamente ocorridas no seio da sociedade e descrição dos seus principais elementos Remuneração Descrição da política de remuneração, incluindo designadamente os meios de alinhamento dos interesses dos Administradores com o interesse da sociedade 0., 7.1. e 7.4. Submissão à apreciação pela Assembleia Geral anual de Accionistas de uma declaração sobre política de remunerações dos órgãos sociais Divulgação da remuneração anual dos administradores em termos individuais 0. Política da sociedade relativamente a compensações negociadas contratualmente ou através de transacção em caso de destituição ou outras cessações antecipada de contratos Indicação da remuneração auferida, distinguindo-se os administradores executivos dos não-executivos e a parte fixa da parte variável 7.2. Identificação dos principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários 7 Atribuição de acções e ou direitos de adquirir opções sobre acções e ou a qualquer outro sistema de incentivos com acções 7.4. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos 7.1. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício 7.8. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo 7.2. Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários considerados como remuneração não abrangidos nas situações anteriores 7.9. Descrição das principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores 7.5. V. INVESTIDORES INSTITUCIONAIS Investidores institucionais: utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que sejam titulares ou cuja gestão se lhes encontre confiada 10. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 335

338 PUBLICAÇÕES, COMUNICAÇÕES E EVENTOS EM 2006 Datas relevantes Calendário legal / regulamentar Calendário 2006 (datas previstas) Relatório e contas: exercício de 2005 Brochura PDF Publicação até 30 dias após a AGA 4 (CVM 5 art. 245; CMVM Reg. n.º 04/04) 21 Abr Abr. 06 RAO 1 Mai. 06 Governo do Grupo BPI: exercício de 2005 Brochura PDF Publicação até 30 dias após a AGA 4 (CMVM Reg. n.º 11/03) 21 Abr Abr. 06 RGO 2 Mai. 06 Relatório e contas: 1.º semestre de 2006 Brochura PDF Publicação até 30 de Setembro (CVM 5 art. 246; CMVM Reg. n.º 04/04) 15/30 Set. 06 Divulgação de resultados trimestrais Comunicado Apresentação Conference Call 3 Webcast 3 1.º e 3.º Trim.: até 60 dias após o final do trim.; (CMVM Reg. n.º 04/04) 2.º Trim.: até 30/Set (CVM 5 art. 246; CMVM Reg. n.º 04/04) 26 Abr., 27 Jul., 20 Out /27 Abr. 06, 27/28 Jul. 06, 20/23 Out. 06 Assembleias Gerais Convocatória Propostas Resultados da AG Publicação até 30 dias antes da AGA 4 (CSC 6 art. 377) Publicação 15 ou 30 dias (dependendo da proposta) antes da AGA 4 (CSC 6 art. 289 e 377) 21 Mar. 06 Entre 21 Mar. e 5 Abr Abr. 06 Eventos Propostas 15 dias antes da AGA 4 (CMVM Reg. n.º 04/04) Anúncio 15 dias antes do Pagamento (CMVM Reg. n.º 04/04) Pagamento 30 dias após a AGA 4 (CSC 6 art. 294) Conferência anual para analistas e investidores Outras apresentações institucionais Dividendos 5 Abr. 06 Até 5 Mai. 06 Até 20 Mai Mai. 06 Calendário de eventos disponível no web site de RI Comunicados Factos Relevantes Outras comunicações Transmitidos ao mercado no dia em que ficam disponíveis (CVM 5 art. 248; CMVM Reg. n.º 04/04) Calendário de eventos institucionais No início de cada semestre (CMVM Reg. n.º 11/03) Actualização permanente do calendário de eventos para o exercício em curso Participações qualificadas De outras sociedades no capital do BPI Do BPI no capital de outras sociedades abertas Assim que seja dado conhecimento ao BPI da ocorrência da alteração na sua estrutura accionista (CVM 5 art. 17) Até 3 dias após a data da transacção (CVM 5 art. 16) Outras obrigações de reporte Transacção de acções próprias 1% do capital desde a última comunicação 0.05% do capital numa só sessão Até 3 dias após a data de transacção que gerou o dever de comunicar (CMVM Reg. n.º 04/04) Imediatamente (CMVM Reg. n.º 04/04) Transacções de acções Banco BPI realizadas pelos membros do Conselho de Administração Até 7 dias úteis após a transacção (ou nomeação) (CMVM Reg. n.º 11/03) Acção Banco BPI Dívida / Rating Actualização permanente Notícias institucionais [de divulgação não obrigatória] 1) RAO Relatório Anual Online. 2) RGO Relatório de Governo Online. 3) No âmbito da apresentação dos resultados pela Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI. 4) AGA Assembleia Geral de Accionistas. 5) CVM Código dos Valores Mobiliários. 6) CSC Código das Sociedades Comerciais. 336 Banco BPI Relatório e Contas 2005

339 Web site ( Disponível para envio (página de contactos) Disponível Canais da Direcção de Relações com Investidores Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Telefone Presencialmente ou correio postal Rua Tenente Valadim, 284, Porto Disponível por solicitação Website da CMVM Disponível para envio (página de contactos) Disponível Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por solicitação Disponível para envio (página de contactos) Disponível Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por solicitação Disponível Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por solicitação Disponível por solicitação Disponível por solicitação Disponível (em diferido) Acessível através de inscrição no serviço Página dedicada ao evento com: propostas, boletins de voto, minutas de cartas de representação, etc; disponível em português e inglês Endereço específico para apoio ao evento: ag2006@bancobpi.pt Linha dedicada de apoio ao evento: Elementos preparatórios da AGA: - disponíveis na sede da sociedade na Rua Tenente Valadim, n.º 284, Porto; - enviados por correio postal para todos os accionistas com mais de acções Página dedicada à distribuição de dividendos contendo: montantes, datas relevantes, informação fiscal, indicadores, etc; disponível em português e inglês Disponível (apresentação e comunicado) Disponível - Envio de notícias sobre dividendos para os subscritores da mailing list do web site de RI; - Endereço disponível para esclarecimentos Contacto disponível para esclarecimentos Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação (comunicado) Disponível (incluíndo histórico) Envio de notícias para os subscritores da mailing list do web site de RI Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Disponível (eventos passados e futuros) Disponível para as datas de fim de semestre e de exercício Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Disponível Cotações históricas, gráficos, calculador de rendibilidade, etc. Alerta de variação de preços e envio diário de um resumo da sessão Informação sobre o programa EMTN, acções preferenciais e relatórios de rating Disponível (incluindo histórico) Envio de notícias sobre Dívida para os subscritores da mailing list do web site de RI Envio de notícias para os subscritores da mailing list do web site de RI Contacto para assuntos sobre Dívida: Endereço para assuntos sobre Dívida: "Direcção Financeira - Mercado de Capitais, Dívida; Largo Jean Monnet, Lisboa" [pagamento de juros de empréstimos obrigacionistas] Contacto disponível para esclarecimentos Anexos ao Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 337

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341 Anexos

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