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1 HEGEL

2 O sistema filosófico criado por Hegel (1770 a 1831), o hegelianismo, é tributário, de modo especial, da filosofia grega, do racionalismo cartesiano e do idealismo alemão, do qual representa o desfecho e a realização mais complexa.

3 De Heráclito de Éfeso, Hegel herda a idéia de dialética, entendida como estrutura da realidade e do pensamento. De Aristóteles, aceita três noções capitais: a do universal, imanente e não transcendente ao individual (antiplatonismo); a do movimento, ou de vir-a-ser, como passagem da potência para o ato; e, finalmente, a das relações entre a razão e a experiência, cuja necessidade interna deve ser revelada pelo pensamento.

4 Do racionalismo cartesiano, Hegel aceita a ideia da racionalidade do real, ou da consciência das res cogitans (coisa pensante) com a res extensa (coisa material); e do spinozismo, em particular, a intuição de que qualquer afirmação é uma negação, proposição de "importância capital", segundo Hegel.

5 Do criticismo kantiano, base e ponto de partida da moderna filosofia alemã, Hegel herda, de modo especial, a distinção entre o entendimento e a razão e a ideia de uma lógica transcendental que, remontando às origens do conhecimento, considera os conceitos a priori, em relação aos objetos, formula as regras do pensamento puro e vincula as categorias à consciência de si, ao eu subjetivo.

6 Não é difícil dar-se conta, entre outras coisas, de que vivemos em tempo de gestação e de transição para uma nova época. O espirito rompeu com o mundo anterior, com o seu modo de ser e com a sua representação e dispõe-se a lançá-lo no passado, entregando-se a tarefa da sua própria transformação. O espirito, certamente, não permanece nunca quieto, senão que se acha sempre em movimento incessantemente progressivo. Mas, assim como uma criança, depois de um período de silenciosa nutrição, no primeiro alento rompe bruscamente com a gradualidade do processo puramente acumulativo num salto qualitativo, e a criança nasce, assim também o espirito que se forma vai amadurecendo lenta e silenciosamente até assumir uma nova figura, vai desprendendo-se de uma partícula atrás da outra da estrutura do mundo anterior e os estremecimentos desse mundo se anunciam somente por meio de sintomas isolados; a frivolidade e o tédio que se apoderam do existente e o vago pressentimento do desconhecido são os sinais premonitórios de algum outro se avizinha. Tais paulatinos despreendimentos, que não alteram a fisionomia do todo, se veem bruscamente interrompidos pela aurora que de pronto ilumina como um raio a imagem do mundo novo. (G.W.F. Hegel Fenomenologia do espírito - Prólogo 11.)

7 Presume-se que foi do alto de uma sacada que Hegel, impressionado, viu Napoleão e seus estado-maior desfilar pelas ruas de Iena em direção à batalha, vencida por ele no dia 14 de outubro de Em carte enviada a um amigo de 13 de outubro, ele diz: Vi o imperador esta alma do mundo saia da cidade a cavalo para um reconhecimento; certamente é uma sensação maravilhosa a de ver um tal indivíduo que, subindo num cavalo, concentrado num ponto, abarca o mundo e o domina. Pode-se dizer que desde então a guerra, além da revolução, foi outro componente da filosofia hegeliana. Para ele a batalha de Iena representou o fim da História.

8 Com Napoleão o poder dos deuses antigos transfigurou-se em vontade humana, entendendo-se o palácio de Fontainebleau, a morada de Bonaparte, como um novo Monte Sagrado, local de onde partiam decretos e ordens que tinham o efeito de raios jupiterianos, advertindo ou punindo os homens, os povos e os reinos.

9 Hegel explicaria ao mundo a razão de ser daquele indivíduo excepcional, a sintetização das excelências do individualismo moderno. Qual o sentido efetivo dele ter assumido um papel tão extraordinário na história do presente e do futuro.

10 Homens de ação, conjeturou Hegel, estão tão atarefados e envolvidos com as questões de conjuntura e nos afazeres da coisa-em-si que não chegam a ter a percepção da plenitude do seu papel na História Universal. Paradoxalmente era Napoleão (ação em estado puro) quem abria a porta para o devir da filosofia alemã (pura reflexão), ela sim encarregada de anunciar e descortinar da nova época que nascera com a Revolução de 1789

11 Se o mundo pagão, a Era greco-romana, entrara em derrocada e desaparecera substituída pelo império cristão (que para Hegel desempenhara a função de Purgatório terrestre), a Revolução Francesa e o governo de Napoleão marcara igualmente um momento de inflexão para com o passado. Por conseguinte, uma nova etapa de libertação se anunciava, visto que a história universal não exibe senão o plano da Providência.

12 No passado remoto, nos tempos dos domínios asiáticos, somente o déspota era um homem livre. No seguimento, com a configuração da polis, a cidade-estado greco-romana, alguns passaram a ser livres, os cidadãos, por último, desfeita a tirania da religião positiva (a igreja e suas exigências), que predominou ao longo do medievo, todos serão livres. Nesta marcha da liberdade para a sua realização plena não há espaço para o Zufällige, o acaso. Tudo na História tem um sentido, uma direção, um significado.

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14 O hegelianismo é um sistema, uma construção lógica, racional, coerente, que pretende apreender o real em sua totalidade. Antes de construir seu sistema, porém, Hegel escreveu a Fenomenologia do espírito. Essa obra, embora seja um resumo fenomenológico do hegelianismo, é também uma propedêutica ou introdução ao sistema criado por Hegel.

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