Exercício Resolvido Cinemática direta para o manipulador Stanford

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Exercício Resolvido Cinemática direta para o manipulador Stanford"

Transcrição

1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA SISTEMAS ROBOTIZADOS (Eng. Controle e Automação) Prof. Felipe Kühne Exercício Resolvido Cinemática direta para o manipulador Stanford O manipulador Stanford foi desenvolvido entre as décadas de 60 e 70 na Universidade de Stanford (EUA), no Laboratório de Inteligência Artificial (Stanford Artificial Intelligence Lab - SAIL). Ele possui seis graus de liberdade, sendo os três primeiros no corpo do manipulador e os três últimos formando um punho esférico. A terceira junta é prismática, conferindo a este manipulador a geometria de um robô esférico. Ao lado uma ilustração do volume de trabalho do mesmo. 1

2 Para resolvermos o problema da cinemática direta deste robô, faz-se um desenho simplificado do mesmo, representando os membros, juntas e os parâmetros construtivos, conforme a Figura 1 abaixo. Figura 1: Esquema dos membros e juntas do manipulador Stanford. É importante destacar na anatomia deste manipulador a existência de um punho esférico, formado pelas últimas três juntas e pelos membros 4 e 5. A principal característica deste componente é que os eixos das juntas 4, 5 e 6 se interceptam em um único ponto (figura abaixo), chamado centro do punho. Este ponto tem especial importância no cálculo da cinemática inversa do manipulador, tornando possível a simplificação do problema. Assim, para um robô com seis juntas dotado de punho esférico (a configuração mais utilizada em processos industriais), diz-se que as três primeiras juntas são responsáveis pelo posicionamento do centro do punho, e as três últimas são responsáveis pela orientação do órgão terminal. Figura 2: Punho esférico. 2

3 Eixos das juntas e o sistema da base. Conforme a convenção de Denavit-Hartenberg, devemos, inicialmente, definir os eixos das juntas,,, e. A direção para onde os eixos apontam também é livre 1. Optaremos por, quando possível, apontar os eixos no sentido crescente das juntas do robô (da junta 1 para a 2, da junta 2 para a 3, e assim sucessivamente). Desenhando estes eixos no esquema, temos: Figura 3: Os eixos das juntas. Pode-se definir agora o sistema de coordenadas da base por completo, ou seja, a origem ( ) e os eixos e. Para este sistema de coordenadas, não existe qualquer restrição ou regra quanto a estas escolhas, entretanto o mais natural é posicionar coincidente com a base do robô, em sua origem. Obviamente, precisa ser perpendicular à e é escolhido de forma a completar um sistema de coordenadas tridimensional. O sistema de coordenadas completo da base é mostrado na figura ao lado. Origens dos sistemas de coordenadas. A origem do sistema de coordenadas 1,, é definido no ponto onde os eixos e se interseccionam. Os eixos e também se interseccionam. Assim, a origem é escolhida neste ponto de intersecção. 1 Esta escolha influencia nas matrizes parciais de transformação homogênea, ainda que o resultado final (a matriz de transformação homogênea total) deve ser o mesmo, para qualquer escolha dos eixos. 3

4 Figura 4: Origens dos sistemas 1 e 2. Os eixos e são paralelos e coincidentes. Assim, a normal comum entre estes dois eixos é nula. poderia estar posicionado em qualquer ponto sobre o eixo, ao longo dos membros 3, 4 ou 5. Entretanto, a escolha mais natural é posicioná-lo sobre a junta 4, conforme mostra a Figura 5. Figura 5: Sistema 3 na junta 4. Os eixos e são perpendiculares e coplanares, então é escolhido no ponto de intersecção entre estes dois eixos. A mesma regra é utilizada para a definição de, posicionado no ponto de intersecção entre e. Note então que, neste caso, a junta 6 não conterá nenhum sistema de coordenadas, já que coincide com. Esta escolha é conseqüência direta das condições DH1 e DH2: deve ser perpendicular a e também cruzar o mesmo. Figura 6: Eixos das juntas e origens dos sistemas de coordenadas. 4

5 Eixos e. Os eixos são perpendiculares e coplanares, ou seja, se cruzam em um ponto. Perpendicular ao plano formado pelos dois eixos (figura ao lado) e no ponto de intersecção, define-se. A escolha da direção do eixo é livre. Os eixos também são perpendiculares e coplanares, e e definido no ponto de intersecção, perpendicular ao plano. Os eixos são paralelos. Assim, a escolha de é feita apenas com base nas condições DH1 e DH2, ou seja, deve ser perpendicular a e cruzar o mesmo. Obviamente, a origem de é igual a. A escolha para a direção do eixo é livre. e são perpendiculares e coplanares. Assim, é definido no ponto de intersecção entre os dois eixos, perpendicular ao plano. A escolha da direção do eixo é livre. A mesma regra vale para o eixo. Assim, como e são coincidentes, e também o serão. Os eixos,,, e são escolhidos de forma a completar os sistemas de coordenadas tridimensionais, através da regra da mão direita. Figura 7: Sistemas de coordenadas completos. O sistema do órgão terminal. Todas as regras utilizadas até agora para a definição dos sistemas de coordenadas e posicionamento de cada eixo são válidas para as n juntas apenas, ou seja, do sistema de coordenadas 0 até o sistema 5. Temos que definir ainda o sistema de coordenadas do órgão terminal. Não existe nenhuma regra ou restrição com relação à escolha da origem ou dos eixos deste sistema, a não ser pelas condições DH1 e DH2, que diz, neste caso, que deve ser perpendicular a e cruzar o mesmo. Além disso, é comum o uso de algumas convenções para a escolha da origem e do eixo. A origem pode ser escolhida no ponto central do órgão terminal (por exemplo, o centro da garra). Geralmente em manipuladores industriais, a sexta junta é rotacional e paralela aos membros 5 e 6 do robô. 5

6 Assim, pode-se escolher o eixo paralelo e coincidente a, facilitando o cálculo da matriz de transformação homogênea ( ). é escolhido conforme DH1 e DH2 e também pode ser definido de forma a ser paralelo a. completa o sistema de coordenadas. Temos assim todos os sistemas de coordenadas definidos, da base até o órgão terminal, mostrado na Figura 8. Podemos agora preencher a tabela com os parâmetros DH. Figura 8: Manipulador com todos os sistemas de coordenadas definidos. Tabela de parâmetros DH. Com todos os sistemas de coordenadas inteiramente posicionados e definidos, podemos encontrar os parâmetros de Denavit-Hartenberg que serão utilizados para calcularmos as matrizes de transformação homogênea de cada junta e, por fim, a matriz de transformação homogênea total (a solução do problema da cinemática direta). Lembrando então das definições dos quatro parâmetros: (comprimento), (torção), (excentricidade) e (ângulo). : distância, ao longo de, de à intersecção entre e (ou a distância mais curta entre e ) : ângulo, em torno de, de a : distância, ao longo de, de à intersecção entre e : ângulo, em torno de, de a Organizam-se então estes dados na forma de uma tabela. Além dos parâmetros, adiciona-se a ela uma coluna indicando o valor inicial das variáveis das juntas, conforme desenho apresentado na Figura 1. O asterisco colocado ao lado de algum parâmetro indica que ele é uma variável da junta. Note então que todas as juntas são rotacionais à exceção da junta 3, que contém o parâmetro como variável. 6

7 i Valor inicial º 450mm * º 200mm * -90º * 90º 350mm º 150mm * º 0 * mm * 0 Tabela 1: Parâmetros de Denavit-Hartenberg para o manipulador Stanford. Após termos definido os parâmetros para todas as juntas, podemos escrever uma matriz de transformação homogênea para cada junta, conforme definição abaixo: Onde se utilizam as notações e. Realizando as multiplicações, teremos: A matriz define a transformação homogênea do sistema para o sistema. Para determinar cada uma das matrizes referentes ao robô em estudo, substituem-se os valores encontrados na Tabela 1 para cada parâmetro na expressão acima. Assim, Para encontrar a matriz de transformação homogênea total (entre o sistema da garra e o da base), basta multiplicar as matrizes parciais: A matriz é a matriz da cinemática direta do manipulador. Assim, dado um conjunto de variáveis das juntas (, pode-se definir, por exemplo, a posição e orientação da origem do órgão terminal do robô no espaço de trabalho com relação à base. 7

8 Tomando como exemplo a configuração inicial do robô mostrado na figura, tem-se que: Mesmo antes de desenvolver o cálculo, pode-se antecipar o resultado para a posição da garra com relação à origem. Apenas observando a Figura 8 e com os valores dos comprimentos dos membros da Figura 1, notase que. Antes de tudo, temos que substituir os valores das variáveis das juntas matrizes de transformação homogênea parciais ( ): Fazendo, temos que: fazendo representa o centro da garra (igual à origem do sistema de coordenadas da garra). Então,, temos: Observe que esta informação está contida na própria matriz. Como o centro do órgão terminal é, obviamente, sempre, não há necessidade de se realizar o cálculo. Da mesma forma, a rotação do órgão terminal com relação à base ( ) também é determinada diretamente da matriz e, observando a Figura 8, podemos determinar que há, por exemplo, uma rotação de 90 graus em y e de -90 em z, resultando em. Assim, 8

9 Agora, como um exemplo, digamos que o robô encontra-se com a seguinte configuração: Pergunta-se: qual será a configuração do órgão terminal do manipulador para este conjunto de variáveis das juntas? Substituindo os valores das variáveis das juntas nas matrizes de transformação homogênea parciais ( ), temos que: Fazendo, temos que: A Figura 9 mostra a configuração do manipulador Stanford para as variáveis das juntas apresentadas no exemplo. 9

10 Figura 9: Configuração do manipulador para. 10

11 11

ROBÓTICA DENAVIT- HARTENBERG. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

ROBÓTICA DENAVIT- HARTENBERG. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial SP CAMPUS PIRACICABA ROBÓTICA Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial DENAVIT- HARTENBERG https://giovanatangerino.wordpress.com giovanatangerino@ifsp.edu.br giovanatt@gmail.com

Leia mais

CAPÍTULO 03 CINEMÁTICA DIRETA DE POSIÇÃO. REPRESENTAÇÃO DE DENAVIT-HARTENBERG

CAPÍTULO 03 CINEMÁTICA DIRETA DE POSIÇÃO. REPRESENTAÇÃO DE DENAVIT-HARTENBERG Capítulo 3 - Cinemática Direta de Posição. Representação de Denavit-Hartenberg 27 CAPÍTULO 03 CINEMÁTICA DIRETA DE POSIÇÃO. REPRESENTAÇÃO DE DENAVIT-HARTENBERG 3.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo serão desenvolvidas

Leia mais

Modelagem Cinemática de Robôs Industriais. Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco

Modelagem Cinemática de Robôs Industriais. Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco Modelagem Cinemática de Robôs Industriais Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco Transformação direta de coordenadas 1 2... N Variáveis de junta Variáveis cartesianas Transformação inversa de coordenadas Transformação

Leia mais

Introdução à Robótica Industrial p. 1/23

Introdução à Robótica Industrial p. 1/23 Introdução à Robótica Industrial Adriano A. G. Siqueira Aula 4 Introdução à Robótica Industrial p. 1/23 Cinemática Direta Dado: variáveis das juntas (ângulos ou deslocamentos) Procurado: posição e orientação

Leia mais

Modelagem Cinemática de Robôs Industriais. Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco

Modelagem Cinemática de Robôs Industriais. Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco Modelagem Cinemática de Robôs Industriais Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco Mário Prof. Mário Luiz Tronco Luiz Tronco Transformação direta de coordenadas θ 1 θ 2... θ N Variáveis de junta Variáveis cartesianas

Leia mais

ROBÓTICA CINEMÁTICA. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

ROBÓTICA CINEMÁTICA. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial SP CAMPUS PIRACICABA ROBÓTICA Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial CINEMÁTICA https://giovanatangerino.wordpress.com giovanatangerino@ifsp.edu.br giovanatt@gmail.com

Leia mais

ROBÓTICA SISTEMAS DE REFERÊNCIA. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

ROBÓTICA SISTEMAS DE REFERÊNCIA. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial SP CAMPUS PIRACICABA ROBÓTICA Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial SISTEMAS DE REFERÊNCIA https://giovanatangerino.wordpress.com giovanatangerino@ifsp.edu.br giovanatt@gmail.com

Leia mais

Manufatura assistida por computador

Manufatura assistida por computador Manufatura assistida por computador Cinemática Direta em Manipuladores Robóticos Professor: Mário Luiz Tronco Aluno Doutorado: Luciano Cássio Lulio Engenharia Mecânica Orientação e sistemas de referência

Leia mais

Estrutura e características gerais dos robôs. - Configuração básica de um robô - Articulações - Movimento e precisão

Estrutura e características gerais dos robôs. - Configuração básica de um robô - Articulações - Movimento e precisão Estrutura e características gerais dos robôs - Configuração básica de um robô - Articulações - Movimento e precisão Braço robótico industrial Anatomia dos braços mecânicos industriais O braço robótico

Leia mais

4444W-02 Sistemas Robotizados

4444W-02 Sistemas Robotizados PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA MECÂNICA 4444W-02 Sistemas Robotizados Aula 3 Introdução à Robótica Industrial (cont.) Prof. Felipe Kühne Bibliografia:

Leia mais

Modelo Cinemático Inverso. Prof. Walter Fetter Lages 16 de setembro de 2007

Modelo Cinemático Inverso. Prof. Walter Fetter Lages 16 de setembro de 2007 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica ELE00070-Tópicos Especiais em Controle e Automação I

Leia mais

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b).

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b). 9 ESTADO PLANO DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES As tensões e deformações em um ponto, no interior de um corpo no espaço tridimensional referenciado por um sistema cartesiano de coordenadas, consistem de três componentes

Leia mais

MECATRÔNICA MANIPULADORES ROBÓTICOS

MECATRÔNICA MANIPULADORES ROBÓTICOS MANIPULADORES ROBÓTICOS O grande escritor americano de ficção científica Isaac Asimov estabeleceu quatro leis muito simples para a robótica: A robótica abrange tecnologia de mecânica, eletrônica e computação.

Leia mais

SEM Controle de Sistemas Robóticos

SEM Controle de Sistemas Robóticos SEM5875 - Controle de Sistemas Robóticos Adriano A. G. Siqueira Aula 1 - Revisão de Cinemática, Dinâmica e Propriedades das Matrizes Dinâmicas SEM5875 - Controle de Sistemas Robóticos p. 1/61 Matrizes

Leia mais

Automação da Produção

Automação da Produção Robótica Industrial Automação Automação da Produção É uma tecnologia que faz uso de sistemas mecânicos, elétricos, eletrônicos e de computação (emprego de robôs) para efetuar o controle de processos produtivos.

Leia mais

Curso de Computação Gráfica (CG) 2014/2- Cap 2 parte 2 Transformações no espaço e projeções Trabalho 5 (individual) - Gabarito

Curso de Computação Gráfica (CG) 2014/2- Cap 2 parte 2 Transformações no espaço e projeções Trabalho 5 (individual) - Gabarito Curso de Computação Gráfica (CG) 2014/2- Cap 2 parte 2 Transformações no espaço e projeções Trabalho 5 (individual) - Gabarito 1- Mostre porque a matriz de rotação 3D em torno do eixo y precisa ter o valor

Leia mais

Movimento de Corpos Rígidos e

Movimento de Corpos Rígidos e Capítulo 2 Movimento de Corpos Rígidos e Transformações Homogêneas Boa parte do estudo em cinemática dos manipuladores preocupa-se em definir sistemas de coordenadas de forma que se possa representar posições

Leia mais

Computação Gráfica. Engenharia de Computação. CEFET/RJ campus Petrópolis. Prof. Luis Retondaro. Aula 3. Transformações Geométricas

Computação Gráfica. Engenharia de Computação. CEFET/RJ campus Petrópolis. Prof. Luis Retondaro. Aula 3. Transformações Geométricas Computação Gráfica Engenharia de Computação CEFET/RJ campus Petrópolis Prof. Luis Retondaro Aula 3 Transformações Geométricas no plano e no espaço Introdução (Geometria) 2 Pontos, Vetores e Matrizes Dado

Leia mais

ESTUDO DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA UM ROBÔ COM SEIS GRAUS DE LIBERDADE

ESTUDO DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA UM ROBÔ COM SEIS GRAUS DE LIBERDADE ESTUDO DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA UM ROBÔ COM SEIS GRAUS DE LIBERDADE Murylo Élvio Rocha Cajá Pereira*¹, Leandro José Rocha² e Aline Fernanda Furtado Silva³ ¹²³IFTM Instituto Federal do Triângulo Mineiro

Leia mais

1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS MODELAGEM GEOMÉTRICA

1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS MODELAGEM GEOMÉTRICA 1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS MODELAGEM GEOMÉTRICA 1.1 Introdução Um robô industrial é uma máquina com características significativas de versatilidade e flexibilidade. De acordo com uma definição

Leia mais

5 de setembro de Gabarito. 1) Considere o ponto P = (0, 1, 2) e a reta r de equações paramétricas. r: (2 t, 1 t, 1 + t), t R.

5 de setembro de Gabarito. 1) Considere o ponto P = (0, 1, 2) e a reta r de equações paramétricas. r: (2 t, 1 t, 1 + t), t R. G1 de Álgebra Linear I 20072 5 de setembro de 2007 Gabarito 1) Considere o ponto P = (0, 1, 2) e a reta r de equações paramétricas r: (2 t, 1 t, 1 + t), t R (a) Determine a equação cartesiana do plano

Leia mais

MODELAGEM CINEMÁTICA DE UM ROBÔ ANTROPOMÓRFICO COM DOIS GRAUS DE LIBERDADE 1

MODELAGEM CINEMÁTICA DE UM ROBÔ ANTROPOMÓRFICO COM DOIS GRAUS DE LIBERDADE 1 MODELAGEM CINEMÁTICA DE UM ROBÔ ANTROPOMÓRFICO COM DOIS GRAUS DE LIBERDADE 1 Vânia Luisa Behnen 2, Roberta Goergen 3, Marcia Regina Maboni Hoppen Porsch 4, Mônica Raquel Alves 5, Antonio Carlos Valdiero

Leia mais

Cinemática Inversa de Manipuladores

Cinemática Inversa de Manipuladores Cinemática Inversa de Manipuladores 1998Mario Campos 1 Introdução Cinemática Inversa Como calcular os valores das variáveis de junta que produzirão a posição e orientação desejadas do órgão terminal? 1998Mario

Leia mais

Automação da Produção

Automação da Produção Robótica Industrial Automação da Produção Automação É uma tecnologia que faz uso de sistemas mecânicos, elétricos, eletrônicos e de computação (emprego de robôs) para efetuar o controle de processos produtivos.

Leia mais

Descrições Espaciais e Transformações

Descrições Espaciais e Transformações 4 o Engenharia de Controle e utomação FCI / 29 rof. Maurílio J. Inácio Descrição de posição e orientação O estudo de robótica envolve constantemente a localização de objetos (as partes e ferramentas) em

Leia mais

1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS

1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS 1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS 1.1 Introdução Um robô industrial é uma máquina com características significativas de versatilidade e flexibilidade. De acordo com uma definição do Instituto de Robôs

Leia mais

Apresentação Robótica

Apresentação Robótica Apresentação Robótica Curso Engenharia de Controle e Automação Alex Vidigal Bastos www.decom.ufop.br/alex/unipac.html alexvbh@gmail.com 1 Agenda Ementa Objetivos Conteúdo Programático Metodologia de Ensino

Leia mais

10. Determine as equações cartesianas das famílias de retas que fazem um ângulo de π/4 radianos com a reta y = 2x + 1.

10. Determine as equações cartesianas das famílias de retas que fazem um ângulo de π/4 radianos com a reta y = 2x + 1. Geometria Analítica. 1. Determine as posições relativas e as interseções entre os conjuntos em R abaixo. Em cada item também faça um esboço dos dois conjuntos dados no mesmo sistema de eixos. (a) C : (x

Leia mais

Processamento de Imagens CPS755

Processamento de Imagens CPS755 Processamento de Imagens CPS755 aula 07 - modelos de câmera Antonio Oliveira Ricardo Marroquim 1 / 32 laboratório de processamento de imagens tópicos matriz de calibração câmera finita câmera projetiva

Leia mais

Aula 5 - Produto Vetorial

Aula 5 - Produto Vetorial Aula 5 - Produto Vetorial Antes de iniciar o conceito de produto vetorial, precisamos recordar como se calculam os determinantes. Mas o que é um Determinante? Determinante é uma função matricial que associa

Leia mais

SIMULADOR DE CINEMÁTICA DIRETA DE UM ROBÔ DIDÁTICO (ROBIX) EM AMBIENTE LABVIEW

SIMULADOR DE CINEMÁTICA DIRETA DE UM ROBÔ DIDÁTICO (ROBIX) EM AMBIENTE LABVIEW SIMULADOR DE CINEMÁTICA DIRETA DE UM ROBÔ DIDÁTICO (ROBIX) EM AMBIENTE LABVIEW Hayanne Soares PINHEIRO (1); José F. L. NASCIMENTO (2); José P. QUEIROZ-NETO (3) Instituto Federal de Educação, Ciência e

Leia mais

Sistemas Robotizados

Sistemas Robotizados PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO 44646-04 Sistemas Robotizados Aula 2 Tópicos em Robótica Industrial Prof. Felipe Kühne Bibliografia:

Leia mais

viabilizar sua aplicação como robô manipulador. Na seção 3.1 deste capítulo são apresentados

viabilizar sua aplicação como robô manipulador. Na seção 3.1 deste capítulo são apresentados 35 3 Análise topológica do mecanismo A geração da topologia deste mecanismo tem como objetivo obter uma arquitetura para viabilizar sua aplicação como robô manipulador. Na seção 3.1 deste capítulo são

Leia mais

Conceitos Primitivos: são conceitos adotados sem definição.

Conceitos Primitivos: são conceitos adotados sem definição. Geometria Plana Geometria Espacial Conceitos Primitivos: são conceitos adotados sem definição. 1. Ponto P Características: Não possui dimensão Sua representação geométrica é indicada por letra maiúscula

Leia mais

Aula 16-ARQ-013 Geometria Descritiva 1A: Mudança de Planos: Retas

Aula 16-ARQ-013 Geometria Descritiva 1A: Mudança de Planos: Retas Aula 16-ARQ-013 Geometria Descritiva 1A: Mudança de Planos: Retas Antonio Pedro Carvalho Aula baseada em: CARVALHO, A. P. A.; FONSECA, A. A. S. E.; PEDROSO, G. M. (orgs) Geometria Descritiva: Noções Básicas.

Leia mais

CAPÍTULO 5. Considere-se uma matriz de rotação variante no tempo R = R(t). Tendo em vista a ortogonalidade de R, pode-se escrever

CAPÍTULO 5. Considere-se uma matriz de rotação variante no tempo R = R(t). Tendo em vista a ortogonalidade de R, pode-se escrever Capítulo 5 - Cinemática da Velocidade e da Aceleração. O Jacobiano do Manipulador 54 CAPÍTULO 5 CINEMÁTICA DA VELOCIDADE E DA ACELERAÇÃO O JACOBIANO DO MANIPULADOR 5.1 INTRODUÇÃO Nos capítulos anteriores

Leia mais

peso da barra: P = 15 N; comprimento do segmento AO: D A = 1 m; comprimento do segmento BO: D B = 0,5 m.

peso da barra: P = 15 N; comprimento do segmento AO: D A = 1 m; comprimento do segmento BO: D B = 0,5 m. Uma barra AOB homogênea de secção constante cujo peso é de 15 N é dobrada segundo um ângulo reto em O de maneira que AO = 1 m e BO = 0,5 m. Suspende-se a barra pelo ponto O, determinar: a) O ângulo α formado

Leia mais

FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo

FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo Disciplina GEOMETRIA DESCRITIVA APLICADA A ARQUITETURA 1 Aula 2: Conceitos Básicos Sistemas de Projeção Método da Dupla Projeção de Monge Professor: Eng. Daniel Funchal,

Leia mais

carga do fio: Q. r = r p r q figura 1

carga do fio: Q. r = r p r q figura 1 Uma carga Q está distribuída uniformemente ao longo de um fio reto de comprimento infinito. Determinar o vetor campo elétrico nos pontos situados sobre uma reta perpendicular ao fio. Dados do problema

Leia mais

Material Teórico - Sistemas Lineares e Geometria Anaĺıtica. Sistemas com três variáveis - Parte 1. Terceiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Sistemas Lineares e Geometria Anaĺıtica. Sistemas com três variáveis - Parte 1. Terceiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Sistemas Lineares e Geometria Anaĺıtica Sistemas com três variáveis - Parte 1 Terceiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof Antonio Caminha M Neto

Leia mais

1 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP Aspectos Gerais Eduardo L. L. Cabral ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

1 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP Aspectos Gerais Eduardo L. L. Cabral ESCOLA POLITÉCNICA DA USP elcabral@usp.br 1 PMR2560 Robótica Aspectos Gerais Eduardo L. L. Cabral elcabral@usp.br elcabral@usp.br 2 Objetivos Quando utilizar robôs? Dados estatísticos; Conceitos gerais; Componentes de um robô manipulador

Leia mais

Programa Princípios Gerais Forças, vetores e operações vetoriais

Programa Princípios Gerais Forças, vetores e operações vetoriais Programa Princípios Gerais Forças, vetores e operações vetoriais Representação gráfica de vetores Graficamente, um vetor é representado por uma flecha: a intensidade é o comprimento da flecha; a direção

Leia mais

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido:

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido: Capítulo 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r é assim definido: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, se as retas são concorrentes, isto é, r1

Leia mais

5 Resultados Introdução

5 Resultados Introdução 5 Resultados 5.1. Introdução O objetivo deste capítulo é apresentar os resultados de diversas simulações feitas no decorrer do projeto. Tais simulações têm o objetivo de testar os algoritmos presentes

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica ESCA PITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃ PAU Avenida Professor Mello Moraes, nº 31. cep 558-9, São Paulo, SP. Telefone: (xx11) 391 5337 Fax: (xx11) 3813 188 MECÂNICA II - PME 3 Primeira Prova de abril de 17

Leia mais

Transformações Geométricas. Transformações Geométricas. Sistemas de Coordenadas. Translação: M.C.F. de Oliveira Rosane Minghim 2006

Transformações Geométricas. Transformações Geométricas. Sistemas de Coordenadas. Translação: M.C.F. de Oliveira Rosane Minghim 2006 Transformações Geométricas Transformações Geométricas 2D M.C.F. de Oliveira Rosane Minghim 2006 Aplicadas aos modelos gráficos para alterar a geometria dos objetos, sem alterar a topologia Porque são necessárias:

Leia mais

Elementos Principais de Geometria Descritiva. 13 de Agosto de 2000

Elementos Principais de Geometria Descritiva. 13 de Agosto de 2000 Elementos Principais de Geometria Descritiva Alexandre Kawano João Petreche 3 de Agosto de 000 Conteúdo Introdução à Geometria Descritiva. Objetivos.... Sistemas de Projeção....3 Elementos principais da

Leia mais

3 a Lista para auto-avaliação (com um exercício resolvido)

3 a Lista para auto-avaliação (com um exercício resolvido) Álgebra Linear Cursos: Engenharia Civil, Engenharia de Minas, Engenharia do Território 1 ō ano/1 ō Semestre 21/211 3 a Lista para auto-avaliação (com um exercício resolvido) 1. Indique a característica

Leia mais

Estudaremos três tipos de equações de retas: vetorial, paramétricas e simétricas.

Estudaremos três tipos de equações de retas: vetorial, paramétricas e simétricas. CAPÍTULO VII RETA Consideremos em V 3 o sistema de referência (O, i, j, k ), onde E = ( i, j, k ) é base ortonormal positiva e O(0, 0, 0). 7.1. EQUAÇÕES DA RETA Estudaremos três tipos de equações de retas:

Leia mais

Lista 4 com respostas

Lista 4 com respostas Lista 4 com respostas Professora Nataliia Goloshchapova MAT0105-1 semestre de 2018 Exercício 1. Estude a posição relativa das retas r e s. (a) r : X = (1, 1, 1) + λ( 2, 1, 1), s : (b) r : { { x y z = 2

Leia mais

Eduardo L. L. Cabral

Eduardo L. L. Cabral elcabral@usp.br 1 PMR2560 Robótica Cadeia Cinemática Eduardo L. L. Cabral elcabral@usp.br elcabral@usp.br 2 Objetivos Cadeia cinemática: Graus de liberdade; Exemplos de robôs com cadeias seriada e fechada.

Leia mais

Matemática I Cálculo I Unidade B - Cônicas. Profª Msc. Débora Bastos. IFRS Campus Rio Grande FURG UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

Matemática I Cálculo I Unidade B - Cônicas. Profª Msc. Débora Bastos. IFRS Campus Rio Grande FURG UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Unidade B - Cônicas Profª Msc. Débora Bastos IFRS Campus Rio Grande FURG UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE 22 12. Cônicas São chamadas cônicas as curvas resultantes do corte de um cone duplo com um plano.

Leia mais

Na figura acima, o vetor tem origem no ponto A e extremidade no ponto B. Notação usual: 1 O ESPAÇO R3

Na figura acima, o vetor tem origem no ponto A e extremidade no ponto B. Notação usual: 1 O ESPAÇO R3 VETORES E R3 Ultra-Fast Prof.: Fábio Rodrigues fabio.miranda@engenharia.ufjf.br Obs.: A maioria das figuras deste texto foram copiadas do livro virtual álgebra vetorial e geometria analítica, 9ª edição,

Leia mais

Sistemas para Automação e Robótica (parte 02)

Sistemas para Automação e Robótica (parte 02) Sistemas para Automação e Robótica (parte 02) Anatomia dos Braços Mecânicos Industriais Configuração dos robôs Um braço mecânico é formado pela base, braço e punho. O braço (elo) e ligado a base e esta

Leia mais

Conceitos de vetores. Decomposição de vetores

Conceitos de vetores. Decomposição de vetores Conceitos de vetores. Decomposição de vetores 1. Introdução De forma prática, o conceito de vetor pode ser bem assimilado com auxílio da representação matemática de grandezas físicas. Figura 1.1 Grandezas

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 01

LISTA DE EXERCÍCIOS 01 LISTA DE EXERCÍCIOS 01 Anatomia dos Braços Mecânicos Industriais Configuraçãodos robôs Um braço mecânico é formado pelabase,braço epunho. Obraço e ligado abase e esta e fixada ao chão (parede). Obraço

Leia mais

Retas no Espaço. Laura Goulart. 28 de Agosto de 2018 UESB. Laura Goulart (UESB) Retas no Espaço 28 de Agosto de / 30

Retas no Espaço. Laura Goulart. 28 de Agosto de 2018 UESB. Laura Goulart (UESB) Retas no Espaço 28 de Agosto de / 30 Retas no Espaço Laura Goulart UESB 28 de Agosto de 2018 Laura Goulart (UESB) Retas no Espaço 28 de Agosto de 2018 1 / 30 Equação Vetorial da Reta Um dos principais axiomas da Geometria Euclidiana diz que

Leia mais

r : Exemplo: Considere a reta r :

r : Exemplo: Considere a reta r : 4.7. Equação paramétrica da reta. Também podemos representar uma reta no plano com equação paramétrica, mas no plano temos apenas duas coordenadas. A forma paramétrica de uma reta no plano é: x a r : y

Leia mais

1 Problema Cinemático Inverso

1 Problema Cinemático Inverso Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Sistemas Elétricos de Automação e Energia ENG04479-Robótica-A Modelo Cinemático Inverso Prof. Walter Fetter Lages 29 de abril

Leia mais

Robótica Experimental

Robótica Experimental UNVERSDADE FEDERAL DO RO GRANDE DO NORTE Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Dept o de Engenharia de Computação e Automação DCA Robótica Eperimental Material didático Adelardo

Leia mais

Sistemas para Automação e

Sistemas para Automação e Sistemas para Automação e Robótica História da Robótica O precursor do termo robô (Groover, 1988) foi Karel Capek, novelista e escritor de uma peca teatral da Tchecoslovaquia, que usou pela primeira vez,

Leia mais

GEOMETRIA DE POSIÇÃO

GEOMETRIA DE POSIÇÃO GEOMETRIA DE POSIÇÃO 1- Conceitos primitivos 1.1- Ponto Não possui dimensão. Representado por letras maiúsculas. A B C 1.2 - Reta É unidimensional, possuindo comprimento infinito. Não possui largura ou

Leia mais

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira:

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira: Aula 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r se define da seguinte maneira: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, Se as retas são concorrentes, isto

Leia mais

Apresentaremos as equações do plano: Equação vetorial e Equação geral do. = AB e v. C A u B. ) não-colineares do plano.

Apresentaremos as equações do plano: Equação vetorial e Equação geral do. = AB e v. C A u B. ) não-colineares do plano. CAPÍTULO VIII PLANO Consideremos em V 3 o sistema de referência (O, i, j, k ), onde E = ( i, j, k ) é base ortonormal positiva e O(0, 0, 0). 8.1. EQUAÇÕES DO PLANO plano. Apresentaremos as equações do

Leia mais

Prof. Rafael Saraiva Campos CEFET/RJ UnED Nova Iguaçu 2011

Prof. Rafael Saraiva Campos CEFET/RJ UnED Nova Iguaçu 2011 Introdução à Geometria Descritiva Aula 01 Prof. Rafael Saraiva Campos CEFET/RJ UnED Nova Iguaçu 2011 Resumo O que é Geometria Descritiva? Projeção Ortogonal de um Ponto Método da Dupla Projeção de Monge

Leia mais

Material Teórico - Módulo Cônicas. Hipérboles. Terceiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo Cônicas. Hipérboles. Terceiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo Cônicas Hipérboles Terceiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Introdução Já vimos que as hipérboles são as

Leia mais

São apresentadas as seguintes configurações básicas para um manipulador de acordo com os movimentos realizados por suas juntas.

São apresentadas as seguintes configurações básicas para um manipulador de acordo com os movimentos realizados por suas juntas. 4. Classificação dos robôs São apresentadas as seguintes configurações básicas para um manipulador de acordo com os movimentos realizados por suas juntas. 1 - Robô revoluto, antropomórfico ou articulado.

Leia mais

Visualização por Computador: Teoria, Prática e Aplicações

Visualização por Computador: Teoria, Prática e Aplicações Visualização por Computador: Teoria, Prática e Aplicações Noções de Geometria e Álgebra Linear Claudio Esperança Programa de Engenharia de Sistemas e Computação COPPE / UFRJ Master of Information Management,

Leia mais

Código da Disciplina CCE0985. Aula 3.

Código da Disciplina CCE0985. Aula 3. Código da Disciplina CCE0985 Aula 3 e-mail:clelia.monasterio@estacio.br http://cleliamonasterio.blogspot.com/ O que é geometria? Palavra de origem grega: GEO (terra) METRIA (medida). Há 5.000 anos, era

Leia mais

P R O P O S T A D E R E S O L U Ç Ã O D O E X A M E T I P O 6

P R O P O S T A D E R E S O L U Ç Ã O D O E X A M E T I P O 6 P R O P O S T A D E R E S O L U Ç Ã O D O E X A M E T I P O 6 GRUPO I ITENS DE ESCOLHA MÚLTIPLA 1. Tem-se, ( Assim,. Resposta: B 2. Considere-se a variável aleatória : «peso dos alunos do.º ano» ( e os

Leia mais

SISTEMAS DE PROJEÇÃO. 1. Conceito de projeção cônica (ou central)

SISTEMAS DE PROJEÇÃO. 1. Conceito de projeção cônica (ou central) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS - DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA Professora Deise Maria Bertholdi Costa - Disciplina CD028 Expressão Gráfica II Curso

Leia mais

GEOMETRIA ANALI TICA PONTO MEDIANA E BARICENTRO PLANO CARTESIANO DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS

GEOMETRIA ANALI TICA PONTO MEDIANA E BARICENTRO PLANO CARTESIANO DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS GEOMETRIA ANALI TICA PONTO PLANO CARTESIANO Vamos representar os pontos A (-2, 3) e B (4, -3) num plano cartesiano. MEDIANA E BARICENTRO A mediana é o segmento que une o ponto médio de um dos lados do

Leia mais

Curso de Geometria Analítica

Curso de Geometria Analítica Curso de Geometria Analítica Abrangência: Graduação em Engenharia e Matemática - Professor Responsável: Anastassios H. Kambourakis Resumo Teórico 10 - Posições relativas entre Pontos Retas e Planos. I.

Leia mais

BCC402 Algoritmos e Programação Avançada Prof. Marco Antonio M. Carvalho Prof. Túlio Ângelo M. Toffolo 2011/1

BCC402 Algoritmos e Programação Avançada Prof. Marco Antonio M. Carvalho Prof. Túlio Ângelo M. Toffolo 2011/1 BCC402 Algoritmos e Programação Avançada Prof. Marco Antonio M. Carvalho Prof. Túlio Ângelo M. Toffolo 2011/1 Na aula anterior Prova. 2 Na aula de hoje Geometria. 3 A geometria é inerentemente uma disciplina

Leia mais

ROBÓTICA TRANSFORMAÇÕES MATRICIAIS. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

ROBÓTICA TRANSFORMAÇÕES MATRICIAIS. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial SP CAMPUS PIRACICABA ROBÓTICA Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial TRANSFORMAÇÕES MATRICIAIS https://giovanatangerino.wordpress.com giovanatangerino@ifsp.edu.br giovanatt@gmail.com

Leia mais

Introdução ao Processamento e Síntese de imagens - Projeções

Introdução ao Processamento e Síntese de imagens - Projeções Introdução ao Processamento e Síntese de imagens - Projeções Júlio Kiyoshi Hasegawa Fontes: Esperança e Cavalcanti (22) (UFRJ) e Traina e Oliveira (24) (USP) Antonio Maria Garcia Tommaselli - notas de

Leia mais

Geometria do Elipsoide. FGL João F Galera Monico PPGCC Abril 2018

Geometria do Elipsoide. FGL João F Galera Monico PPGCC Abril 2018 Geometria do Elipsoide FGL João F Galera Monico PPGCC Abril 2018 Elipsoide de Revolução Rotação de uma elipse sobre um de seus eixos! Neste caso: eixo Z Elipse no plano YZ com X = 0 Z Elipse no plano XY

Leia mais

Desenho Técnico. Desenho Mecânico. Eng. Agr. Prof. Dr. Cristiano Zerbato

Desenho Técnico. Desenho Mecânico. Eng. Agr. Prof. Dr. Cristiano Zerbato Desenho Técnico Desenho Mecânico Eng. Agr. Prof. Dr. Cristiano Zerbato Introdução O desenho, para transmitir o comprimento, largura e altura, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica:

Leia mais

SISTEMAS DE PROJEÇÃO

SISTEMAS DE PROJEÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS - DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA Professora Deise Maria Bertholdi Costa - Disciplina CD020 Geometria Descritiva Curso

Leia mais

Flexão. Tensões na Flexão. e seu sentido é anti-horário. Estudar a flexão em barras é estudar o efeito dos momentos fletores nestas barras.

Flexão. Tensões na Flexão. e seu sentido é anti-horário. Estudar a flexão em barras é estudar o efeito dos momentos fletores nestas barras. Flexão Estudar a flexão em barras é estudar o efeito dos momentos fletores nestas barras. O estudo da flexão que se inicia, será dividido, para fim de entendimento, em duas partes: Tensões na flexão; Deformações

Leia mais

NOTAS DE AULAS GEOMETRIA DESCRITIVA

NOTAS DE AULAS GEOMETRIA DESCRITIVA NOTAS DE AULAS DE GEOMETRIA DESCRITIVA O A B C D E F 2º diedro P 2 PVS P 1º diedro PHA P 0 PHP P 1 PVI 3º diedro 4º diedro PROF. LUIZ ANTONIO DE MORAIS 2003 1) Introdução A Geometria descritiva foi criada

Leia mais

O MÉTODO DAS DUPLAS PROJEÇÕES ORTOGONAIS

O MÉTODO DAS DUPLAS PROJEÇÕES ORTOGONAIS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS - DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA Professora Deise Maria Bertholdi Costa - Disciplina CD028 Expressão Gráfica II Curso

Leia mais

Solução

Solução Uma barra homogênea e de secção constante encontra-se apoiada pelas suas extremidades sobre o chão e contra uma parede. Determinar o ângulo máximo que a barra pode formar com o plano vertical para que

Leia mais

CÁLCULO E VALIDAÇÃO DA CINEMÁTICA DIRETA E DA CINEMÁTICA INVERSA PARA USO NA TRAJETÓRIA DE UM ROBÔ CILÍNDRICO

CÁLCULO E VALIDAÇÃO DA CINEMÁTICA DIRETA E DA CINEMÁTICA INVERSA PARA USO NA TRAJETÓRIA DE UM ROBÔ CILÍNDRICO CÁLCULO E VALIDAÇÃO DA CINEMÁTICA DIRETA E DA CINEMÁTICA INVERSA PARA USO NA TRAJETÓRIA DE UM ROBÔ CILÍNDRICO Wendell de Queiróz Lamas Universidade de Taubaté, Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação,

Leia mais

APLICAÇÕES SOBRE MATRIZES - MOVIMENTAÇÃO DE UM BRAÇO ROBÓTICO*

APLICAÇÕES SOBRE MATRIZES - MOVIMENTAÇÃO DE UM BRAÇO ROBÓTICO* APLICAÇÕES SOBRE MATRIZES - MOVIMENTAÇÃO DE UM BRAÇO ROBÓTICO* CARLOS GOMIDES DA COSTA, LUIZ ÂNGELO MAREGÃO, THAIS FACHETTI LOIOLA Resumo: o ensino de matemática é permeado de perguntas do tipo Onde vou

Leia mais

Aula 2 A distância no espaço

Aula 2 A distância no espaço MÓDULO 1 - AULA 2 Objetivos Aula 2 A distância no espaço Determinar a distância entre dois pontos do espaço. Estabelecer a equação da esfera em termos de distância. Estudar a posição relativa entre duas

Leia mais

Solução

Solução Uma barra homogênea e de secção constante encontra-se apoiada pelas suas extremidades sobre o chão e contra uma parede. Determinar o ângulo máximo que a barra pode formar com o plano vertical para que

Leia mais

GGM /11/2010 Dirce Uesu Pesco Geometria Espacial

GGM /11/2010 Dirce Uesu Pesco Geometria Espacial GGM00161-06/11/2010 Turma M2 Dirce Uesu Pesco Geometria Espacial Postulados : - Por dois pontos distintos passa uma e somente uma reta - Três pontos não colineares determinam um único plano. - Qualquer

Leia mais

Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais Prof. Antonio Dias Antonio Dias / Cap.04 1 Resultantes de um sistema de forças Prof. Antonio Dias Antonio Dias / Cap.04 2 Objetivo Discutir o conceito do momento de uma força

Leia mais

A robótica abrange tecnologia de mecânica, eletrônica e computação. Alem disso, participam em menor grau teoria de controle, microeletrônica,

A robótica abrange tecnologia de mecânica, eletrônica e computação. Alem disso, participam em menor grau teoria de controle, microeletrônica, Fundamentos da tecnologia de robôs A robótica abrange tecnologia de mecânica, eletrônica e computação. Alem disso, participam em menor grau teoria de controle, microeletrônica, inteligência artificial,

Leia mais

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I 2 a Lista de Exercícios - 1 o semestre de f 1 = 2 e 1 e 2 e 3,

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I 2 a Lista de Exercícios - 1 o semestre de f 1 = 2 e 1 e 2 e 3, MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I 2 a Lista de Exercícios - 1 o semestre de 2015 1 Sendo E = { e 1 e 2 e 3 } F = { f 1 f 2 f 3 } bases com: f 1 = 2 e 1 e 3 f 2 = e 2 + 2 e 3 f 3 = 7 e 3 e w = e

Leia mais

Cinemática de Manipuladores

Cinemática de Manipuladores Introdução Cinemática de Manipuladores CINEMÁTICA Ciência que estuda os movimentos de um corpo abstraindo das forças que causaram tais movimentos. São estudadas a posição, velocidade, aceleração e outras

Leia mais

BC Geometria Analítica. Lista 4

BC Geometria Analítica. Lista 4 BC0404 - Geometria Analítica Lista 4 Nos exercícios abaixo, deve-se entender que está fixado um sistema de coordenadas cartesianas (O, E) cuja base E = ( i, j, k) é ortonormal (e positiva, caso V esteja

Leia mais

Física 2 - Aula 3. frof. Afonso Henriques Silva Leite. 1 de setembro de Nesta aula, serão apresentados os seguintes conceitos:

Física 2 - Aula 3. frof. Afonso Henriques Silva Leite. 1 de setembro de Nesta aula, serão apresentados os seguintes conceitos: Física 2 - Aula 3. frof. Afonso Henriques Silva Leite 1 de setembro de 2016 1 Plano da aula. Nesta aula, serão apresentados os seguintes conceitos: Determinação do torque pelos métodos da decomposição

Leia mais

Lista 4 com respostas

Lista 4 com respostas Lista 4 com respostas Professora Nataliia Goloshchapova MAT0 - semestre de 05 Exercício. Estude a posição relativa das retas r e s. (a) r : X = (,, ) + λ(,, ), s : (b) r : x y z = x y = 5 x + y z = 0,

Leia mais

MAT Geometria Analítica Licenciatura em Matemática

MAT Geometria Analítica Licenciatura em Matemática MAT010 - Geometria Analítica Licenciatura em Matemática 3 ā Prova - 29/06/2009 Nome: N ō USP: Instruções: 1- Preencha o cabeçalho a caneta. 2- A prova pode ser resolvida a lápis. 3- Justifique suas afirmações.

Leia mais

CAPÍTULO 9 CINEMÁTICA DO MOVIMENTO ESPACIAL DE CORPOS RÍGIDOS

CAPÍTULO 9 CINEMÁTICA DO MOVIMENTO ESPACIAL DE CORPOS RÍGIDOS 82 CPÍTULO 9 CINEMÁTIC DO MOVIMENTO ESPCIL DE CORPOS RÍGIDOS O estudo da dinâmica do corpo rígido requer o conhecimento da aceleração do centro de massa e das características cinemáticas do corpo denominadas

Leia mais

ROBÓTICA (ROB74) AULA 2. TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS E COORDENADAS HOMOGÊNEAS PROF.: Michael Klug

ROBÓTICA (ROB74) AULA 2. TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS E COORDENADAS HOMOGÊNEAS PROF.: Michael Klug ROBÓTICA (ROB74) AULA 2 TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS E COORDENADAS HOMOGÊNEAS PROF.: Michael Klug PROGRAMA Transformações Geométricas e Coordenadas Homogêneas Notações Introdutórias Vetores, matrizes, pontos

Leia mais