AULA DEMONSTRATIVA. Direito do Consumidor para TJ/SC Cargo: Analista Jurídico Teoria e Exercícios. Direito do Consumidor, Constituição Federal e o CDC

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1 AULA DEMONSTRATIVA Direito do Consumidor para TJ/SC Direito do Consumidor, Constituição Federal e o CDC Professor Carlos Antônio Bandeira

2 AULA DEMONSTRATIVA MAPA DA AULA 1. INTRODUÇÃO Cronograma do curso Como estudar conosco? Apresentação do Professor DIREITO DE TERCEIRA GERAÇÃO (OU DIMENSÃO) Direitos de primeira geração (liberdade) Direitos de segunda geração (igualdade) Direitos de terceira geração (fraternidade) Direitos de quarta geração TRATAMENTO CONSTITUCIONAL AO CONSUMIDOR Direito fundamental Princípio de ordem econômica ADCT => CDC CARACTERÍSTICAS DO CDC Norma principiológica Norma de ordem pública e interesse social Microssistema multidisciplinar DIÁLOGO DAS FONTES Método clássico Espécies de diálogos entre fontes AOS EXERCÍCIOS! EXERCÍCIOS COMENTADOS Direito de terceira geração (ou dimensão) Tratamento constitucional ao Direito do Consumidor Características do CDC Diálogo das fontes

3 EXERCÍCIOS REPETIDOS Direito de terceira geração (ou dimensão) Tratamento constitucional ao direito do consumidor Características do CDC Diálogo das fontes GABARITO RESUMO INTRODUÇÃO Olá! Tudo bem contigo? Você está participando da aula inicial de nosso curso de DIREITO DO CONSUMIDOR PARA ANALISTA JURÍDICO DO TJ/SC EM TEORIA E EXERCÍCIOS! Antes de mais nada, quero lhe oferecer as BOAS VINDAS À NOSSA SALA DE AULA! Sinta-se à vontade (e com muito foco), e vamos prosseguir juntos, rumo à preparação para o concurso! A banca escolhida para organizar o concurso foi a do FGV CRONOGRAMA DO CURSO Para conhecer mais detalhes de nosso curso, que será elaborado com TEORIA e EXERCÍCIOS COMENTADOS com questões da FGV, de VÁRIAS BANCAS examinadoras de importantes concursos do país e, ainda, com algumas QUESTÕES CRIADAS especialmente para incrementar mais o nosso estudo, confira o CRONOGRAMA a seguir: Aula 00 Conteúdo Programático Código de Defesa do Consumidor: Evoluc ão do movimento consumerista. A tutela do consumidor da Constituic ão Federal de Tratamento Constitucional ao Direito do Consumidor. Características do CDC. Diálogo das Fontes

4 Direitos do Consumidor (Disposições Gerais): Relação Jurídica de Consumo; Consumidor; Consumidor por Equiparação; Fornecedor; Objetos da Relação de Consumo (Produto e Serviço). Direitos do Consumidor (Disposições Gerais - continuação): Princípios e Instrumentos da Política Nacional de Relações de Consumo; Direitos Básicos do Consumidor. Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e Reparação dos Danos: Proteção à Saúde e Segurança; Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço; Responsabilidade pelo Vício do Produto e do Serviço; Responsabilidade civil dos profissionais liberais; Prestação de Serviço para Reparação de Produto; Serviço Público; Garantia Legal do Produto ou Serviço. Decadência e Prescrição. Direito à Informação no CDC: inclui Práticas Comerciais (Oferta, Publicidade, Cobrança de Dívidas, Banco de Dados e Cadastros de Consumidores). Casos Específicos de Relação de Consumo (inclui: Contratos Bancários, Contrato de Transporte, Contrato de Seguro. Planos de Saúde), de acordo com a jurisprudência brasileira. Boa-fé Objetiva (Proibições Relacionadas). Desconsideração da Personalidade Jurídica no CDC. Práticas Comerciais (Práticas Abusivas). Controle ou Tabelamento de Produtos ou Serviços. Proteção Contratual ao Consumidor: contratos no CDC; A Nova Teoria Contratual; Disposições Gerais; Cláusulas Abusivas; Compra e Venda à Prestação; Contrato de Adesão. Defesa do Consumidor em Juízo: Disposições Gerais; Ações Coletivas para a Defesa de Interesses Individuais Homogêneos; Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Serviços; Coisa Julgada; Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; Convenção Coletiva de Consumo. Defensoria Pública e a Defesa do Consumidor. Sanções: Competência Concorrente; Multa, Apreensão, Inutilização, Cassação De Registro, Proibição de Fabricação, Suspensão Temporária de Atividade, Revogação ou Cassação de Concessão ou Permissão, Interdição. 09 Simulado Didático (com questões comentadas). 4

5 1.2. COMO ESTUDAR CONOSCO? As aulas serão divulgadas conforme as regras previstas no com parte teórica (para aprender!), exercícios comentados (para treinar!), exercícios repetidos (para treinar mais!) e resumo (para revisar!). Além da TEORIA sobre os temas propostos, como já falamos, serão também apresentados EXERCÍCIOS COMENTADOS. O estudo com questões é um excelente método que ajuda a fixar a matéria em nossa memória! Já funcionou comigo, graças a Deus! Adianto também que há questões que foram desmontadas, com vistas a atender às necessidades didáticas deste curso. Chamo a atenção já para a nossa Aula Demonstrativa, pois contém informações importantes que já foram aplicadas em diversas provas! Para estudar o DIREITO DO CONSUMIDOR, devemos estar atentos aos conceitos ministrados pelos principais doutrinadores pátrios, enunciados, decisões e orientações judiciais! Além dos conceitos e dicas a serem ministrados nas aulas, aconselho prestar bastante a atenção na lei seca, pois seus termos são muito usados em provas. Muito bem! Qualquer tipo de dúvida ou comentário, sinta-se à vontade para se dirigir ao espaço destinado à nossa aula, no forum de dúvidas, por favor! O nosso curso possui muitas questões comentadas! Mas, se por acaso precisar tirar alguma dúvida sobre alguma questão inédita no curso, não se constranja! Por favor, compartilhe conosco a questão no fórum de dúvidas! Terei o maior prazer em ajudar! 5

6 A maioria das pessoas prefere mudar as circunstâncias para melhorar suas vidas quando o que realmente precisam é mudar a si mesmas para melhorar as circunstâncias. (John C. Maxwell) 1.3. APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR Já falamos sobre o curso! Agora, vamos nos apresentar também! Meu nome é Carlos Antônio Corrêa de Viana Bandeira, sou Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1994, e concluí, entre outros cursos, Economia Moderna pela George Washington University (GWU), em Washington, D.C., Estados Unidos da América, em Fui Estagiário do Escritório Arruda Alvim & Tereza Alvim Advogados Associados S/C, Auxiliar Jurídico da Federação Brasileira das Associações dos Bancos (FEBRABAN), Advogado atuante na Área Cível e Empresarial, Juiz de Direito, Juiz Eleitoral, Procurador-Geral Adjunto da Fazenda Nacional Substituto, Coordenador-Geral Jurídico da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Conselheiro Fiscal de sociedades de economia mista do governo federal e Palestrante de Cursos de Formação para Procuradores da Fazenda Nacional. Com muita satisfação, hoje sou Procurador da Fazenda Nacional, lotado em Brasília, e, há anos, Professor do Ponto dos Concursos. Na aula de hoje AULA 00, começaremos a falar sobre importante tema de nosso país, que é o DIREITO DO CONSUMIDOR, a partir da seguinte ordem: Direito de Terceira Geração (ou Dimensão); Tratamento Constitucional ao Direito do Consumidor; Características do Código do Consumidor; e Diálogo das Fontes! 6

7 Desde já, desejo-lhe pleno sucesso e muitas felicidades! Abraços, Carlos Antônio Bandeira 2. DIREITO DE TERCEIRA GERAÇÃO (OU DIMENSÃO) Direito do Consumidor para TJ/SC Antes de adentramos nos aspectos constitucionais do DIREITO DO CONSUMIDOR, propriamente ditos, vamos situar esse ramo do direito entre as denominadas GERAÇÕES ou DIMENSÕES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS, os quais foram sendo acrescentados às Constituições ao longo do tempo! ATENÇÃO: as GERAÇÕES OU DIMENSÕES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS não surgiram ao mesmo tempo! As implementações das chamadas gerações (ou dimensões) de direitos correspondem a resultados de eventos históricos e desembocaram em reconstruções do Estado, visando a atender anseios de seus cidadãos. DICA: para guardar os temas, relacione as GERAÇÕES DOS DIREITOS com os LEMAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA (período de agitação política e social na França, eclodido entre 1789 e 1799): LIBERDADE: primeira geração; IGUALDADE: segunda geração; FRATERNIDADE: terceira geração. 7

8 2.1. DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO (LIBERDADE) Os DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO correspondem aos DIREITOS DA LIBERDADE e estão ligados ao ABSENTEÍSMO ESTATAL, que marca a passagem do ESTADO AUTORITÁRIO para o ESTADO DE DIREITO, que buscava reprimir os abusos do Estado, em especial, contra os direitos de liberdade públicas e políticas, os quais também foram definidos como DIREITOS DE OPOSIÇÃO ou de RESISTÊNCIA AO ESTADO. LIBERALISMO CLÁSSICO: a ideia dicotômica do Direito que se dividia em Público e Privado, também presente na distinção entre leis civis e leis públicas, que teria influenciado o Código de Napoleão de 1804 favoreceu a chamada CODIFICAÇÃO DO DIREITO CIVIL, e, por outro lado, foi seguida pela ideia de liberdade meramente formal perante a lei e de não intervenção do Estado (ESTADO LIBERAL). Os direitos de primeira geração foram os primeiros a serem previstos constitucionalmente! 2.2. DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO (IGUALDADE) Os DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO são os sociais, culturais e econômicos. Exigem determinada prestação por parte do Estado e destinam-se a saciar DIREITOS DA COLETIVIDADE. Passava-se do ESTADO LIBERAL para o ESTADO SOCIAL DE DIREITO. DIREITOS SOCIAIS: além da mencionada divisão dicotômica reconheceu-se a carência dos chamados DIREITOS SOCIAIS esses direitos foram expressados nas ideias do Direito do Trabalho e do Direito Previdenciário, os quais caracterizaram a manifestação de um ESTADO PRESTACIONISTA, INTERVENCIONISTA e realizador da chamada JUSTIÇA DISTRIBUTIVA, o que começou a ser difundido a partir da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (transição entre o período de produção artesanal para o período de novos processos de produção com o auxílio de máquinas, ocorrido entre 1760 a 1820). 8

9 Os direitos de segunda geração apareceram, pela primeira vez, na Constituição brasileira de 1934! 2.3. DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO (FRATERNIDADE) Os DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO correspondem aos chamados DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS, a exemplo do direito ao desenvolvimento, direito à paz, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito à comunicação, DIREITOS DOS CONSUMIDORES e outros direitos relacionados com grupos de pessoas mais vulneráveis: a criança, idoso, deficiente físico. A propósito do reconhecimento da necessidade do DIREITO DO CONSUMIDOR, a Professora CLÁUDIA LIMA MARQUES faz a seguinte referência: Considera-se que foi um discurso de John F. Kennedy, no ano de 1962, em que este presidente norte-americano enumerou os direitos do consumidor e os considerou como novo desafio necessário para o mercado, o início da reflexão jurídica mais profunda sobre este tema. O novo aqui foi considerar que TODOS SOMOS CONSUMIDORES, em algum momento de nossas vidas temos este status, este papel social e econômico, estes direitos ou interesses legítimos que são individuais, mas também são os mesmos no grupo identificável (coletivo) ou não (difuso), que ocupa aquela posição de consumidor. (...). A ONU (Organização das Nações Unidas), em 1985, estabeleceu diretrizes para esta legislação e consolidou a ideia de que se trata de um DIREITO HUMANO DE NOVA GERAÇÃO (OU DIMENSÃO), um DIREITO SOCIAL e ECONÔMICO, um DIREITO DE IGUALDADE MATERIAL do MAIS FRACO, do leigo, do cidadão civil nas suas relações privadas frente aos profissionais, os empresários, as empresas, os fornecedores de produtos e serviços, que nesta posição são experts, parceiros considerados FORTES ou em POSIÇÃO DE PODER (Machtposition). 9

10 Em complementação, o Professor BRUNO seguintes citações: MIRAGEM elaborou as Em 1972 realizou-se, em Estocolmo, a Conferência Mundial do Consumidor. No ano seguinte, a Comissão das Nações Unidas sobre os Direitos do Homem deliberou que o SER HUMANO, considerado enquanto CONSUMIDOR, deveria gozar de quatro direitos fundamentais (os mesmos enunciados por Kennedy, anos antes): o DIREITO À SEGURANÇA; o DIREITO À INFORMAÇÃO SOBRE PRODUTOS, SERVIÇOS e SUAS CONDIÇÕES DE VENDA; o DIREITO À ESCOLHA DE BENS ALTERNATIVOS DE QUALIDADE SATISFATÓRIA A PREÇOS RAZOÁVEIS; e o DIREITO DE SER OUVIDO NOS PROCESSOS DE DECISÃO GOVERNAMENTAL. Neste mesmo ano, a Assembleia Consultiva da Comunidade Europeia aprovou a Resolução 543, que deu origem à Carta Europeia de Proteção ao Consumidor. DIREITO DO CONSUMIDOR: trata-se de um DIREITO INDIVIDUAL e, ao mesmo tempo, um DIREITO DA SOCIEDADE! Tanto é que foi consagrado no CDC como norma de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Os direitos de terceira geração foram mencionados nos textos constitucionais de 1946 e de 1967, e foram efetivamente prestigiados pela Constituição de 1988! 10

11 2.4. DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO Os DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO têm sido admitidos por alguns autores, os quais afirmam que esses direitos surgiram, na esfera da normatividade jurídica, com a GLOBALIZAÇÃO POLÍTICA. São eles os direitos à democracia, à informação e ao pluralismo. 3. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL AO CONSUMIDOR Muito bem! Vamos prosseguir, agora, falando sobre a PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO CONSUMIDOR! Você pode observar que a Constituição Federal de 1988 (CF) possui TRÊS referências específicas à proteção desse direito, quais sejam: DIREITO FUNDAMENTAL: art. 5 o, inciso XXIII, da CF; PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA: art. 170, inciso V, da CF; e PRAZO PARA EDIÇÃO DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR (CDC): art. 48 do ADCT 2! ATENÇÃO: a edição do CDC possui fundamento constitucional (arts. 5 o, XXXII, e 170, V, da CF, e art. 48 do ADCT), e suas normas PREVALECEM sobre as NORMAS GERAIS E ESPECIAIS ANTERIORES (LEI DE FUNÇÃO SOCIAL)! 3.1. DIREITO FUNDAMENTAL Como você sabe, o art. 5 o da CF elenca os chamados DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, e o DIREITO DO CONSUMIDOR faz parte de seu inciso XXXII! O texto constitucional é claro quanto à obrigação de o ESTADO INTERFERIR NA RELAÇÃO PRIVADA DE NATUREZA CONSUMERISTA. Isso caracterizou, até certo ponto, a chamada CONSTITUCIONALIZAÇÃO ou 2 Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 11

12 PUBLICIZAÇÃO DO DIREITO PRIVADO (vamos ver, mais à frente, que os contratos da relação consumerista estão sujeitos à revisão e nulidades)! CF: Art. 5 o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. Ao interpretar a relevância desse dispositivo constitucional, destaca a Professora CLÁUDIA LIMA MARQUES que sua essência representa uma GARANTIA (existência de vedação de retrocesso) e um LIMITE (limite-guia e limite-função) de um DIREITO PRIVADO CONSTRUÍDO SOB SEU SISTEMA DE VALORES E INCLUINDO A DEFESA DO CONSUMIDOR COMO PRINCÍPIO GERAL. Novamente, destaque-se que as relações contratuais do Direito Consumerista sofreram grandes benefícios decorrentes da aplicação da IGUALDADE MATERIAL, exatamente na proteção da parte mais fraca, que é o CONSUMIDOR! TRATAMENTO ISONÔMICO: a tutela do CDC promove tratamento desigual a desiguais (isonomia), com vistas a atingir a igualdade material entre os sujeitos da relação de consumo. ATENÇÃO: foram criados certos princípios pelo legislador ordinário, com vistas a proporcionar o reequilíbrio de uma relação jurídica que é muito desigual! No caso, O CONSUMIDOR É A PARTE MAIS FRACA! IGUALDADE MATERIAL: a finalidade do DIREITO DO CONSUMIDOR é, portanto, a concretização da IGUALDADE MATERIAL entre as partes, mediante a aplicação do FAVOR 12

13 DEBILIS! Alguns examinadores tentam confundir candidatos dizendo que o Direito do Consumidor visa proporcionar igualdade formal entre as partes da relação consumerista! O que está errado! Para Cláudia Lima Marques, o FAVOR DEBILIS é, pois, a superação da ideia comum no direito civil do século XIX de que basta a igualdade formal para que todos sejam iguais na sociedade, é o reconhecimento (presunção de vulnerabilidade veja art. 4º, I, do CDC) de que alguns são mais fortes ou detêm posição jurídica mais forte (em alemão, Machtposition), detêm mais informações, são experts ou profissionais, transferem mais facilmente seus riscos e custos profissionais para os OUTROS. A Professora continua seu raciocínio dizendo que essa PRESUNÇÃO DE VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR é o reconhecimento de que os OUTROS geralmente são leigos, não detêm informações sobre os produtos e serviços oferecidos no mercado, não conhecem as técnicas da contratação de massa ou os materiais que compõem os produtos ou a maneira de usar os serviços, SÃO POIS MAIS VULNERÁVEIS e VÍTIMAS FÁCEIS DE ABUSOS PRINCÍPIO DE ORDEM ECONÔMICA Outra previsão constitucional está na parte dos preceitos relacionados com a ORDEM ECONÔMICA, a qual é fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, deve assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (art. 170, caput, da CF), inclusive se sujeita à observação dos nove PRINCÍPIOS expressos no art. 170 da CF, entre os quais, destaca-se a DEFESA DO CONSUMIDOR (inciso V)! CF: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados 13

14 os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Nós sabemos que a disputa por consumidores é muito acirrada no mercado de produtos e serviços. Sabemos também que há liberdades asseguradas aos produtores e prestadores de serviço (art. 170, inciso IV e parágrafo único, da CF). Ao optar por prescrever o inciso V do art. 170, o legislador constitucional prestigiou um importante limite a ser observado pelos atores das atividades econômicas: O PRINCÍPIO DA DEFESA DO CONSUMIDOR! STF 3 : EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DANOS MORAIS DECORRENTES DE ATRASO OCORRIDO EM VOO INTERNACIONAL. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. MATÉRIA 3 Supremo Tribunal Federal (STF). 14

15 INFRACONSTITUCIONAL. NÃO CONHECIMENTO. Direito do Consumidor para TJ/SC 1. O princípio da defesa do consumidor se aplica a todo o capítulo constitucional da atividade econômica. 2. Afastam-se as normas especiais do Código Brasileiro da Aeronáutica e da Convenção de Varsóvia quando implicarem retrocesso social ou vilipêndio aos direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor. 3. Não cabe discutir, na instância extraordinária, sobre a correta aplicação do Código de Defesa do Consumidor ou sobre a incidência, no caso concreto, de específicas normas de consumo veiculadas em legislação especial sobre o transporte aéreo internacional. Ofensa indireta à Constituição de República. 4. Recurso não conhecido (RE /RJ, Rel. p/acórdão Ministro Carlos Britto, 1ª T., DJe ) ADCT => CDC A terceira referência constitucional ao DIREITO DO CONSUMIDOR encontra-se no ADCT, cujo art. 48 encomendara, ao Congresso Nacional, a elaboração do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC)! O prazo previsto para a elaboração do CDC era de CENTO E VINTE DIAS, que, apesar de ultrapassado, não impediu que o nosso país recebesse, em seu ordenamento jurídico, este diploma legal de relevante importância e destaque internacional: a Lei n o 8.078, de 11 de setembro de 1990! ADCT: Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. 4. CARACTERÍSTICAS DO CDC Para compreender melhor o objeto de nosso estudo, precisamos observar as CARACTERÍSTICAS DO CDC, que são, basicamente, as seguintes: NORMA PRINCIPIOLÓGICA, NORMA DE ORDEM PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL e MICROSSISTEMA MULTIDISCIPLINAR! 15

16 4.1. NORMA PRINCIPIOLÓGICA O CDC é constituído de uma série de PRINCÍPIOS que visam proteger direitos dos consumidores, que constituem a parte vulnerável da relação consumerista! PRINCÍPIOS DO DIREITO DO CONSUMIDOR: encontramos esses princípios em várias partes do Lei n , de 1990: PRINCÍPIOS GERAIS: art. 4 o do CDC; DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR: art. 6 o do CDC; PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS: publicidade e contratos de consumo! NORMAS PRINCIPIOLÓGICAS: essa espécie de normas são também chamadas de NORMAS ABERTAS, tendo em vista seu conteúdo semântico flexível. Conforme o Professor FELIPE PEIXOTO BRAGA NETO, cresce a utilização, pelo direito, de valores de normas descritas de valores, e complementa, dizendo que são Normas que não prevêem relação de imputação com causas e efeitos; prevêem apenas valores a serem protegidos. O CARÁTER PRINCIPIOLÓGICO é caracterizado pelo fato de o CDC ser permeado de dispositivos que revelam valores ou finalidades a serem alcançadas em prol do CONSUMIDOR! Vale à pena, desde logo, conferir a lista dos PRINCÍPIOS GERAIS descritos no CDC que norteiam a POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO, conforme o quadro abaixo (por questões didáticas, falaremos sobre os Direitos Básicos do Consumidor na próxima aula!)! 16

17 Lei n , de 1990: Art. 4 o A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; 17

18 VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; Direito do Consumidor para TJ/SC VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. Art. 5 o Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor NORMA DE ORDEM PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL Conforme o art. 1 o do CDC, esse código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Essas características do CDC nos levam a três conclusões: a. EXTENSÃO DAS DECISÕES RELATIVAS A CONSUMO: as decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas em litígio; Para o Professor FABRÍCIO BOLZAN: É evidente que as decisões proferidas em litígios 18

19 decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas. Muitas delas repercutem perante interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos, além de servirem de caráter educativo para toda a sociedade e de alerta para os demais fornecedores não continuarem com práticas ilícitas nas relações de consumo. b. NATUREZA COGENTE: as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor (os dispositivos do CDC não podem ser afastados por disposição particular); mas, veja bem que o STJ não considera os direitos do consumidor como indisponíveis! STJ 4 : PROCESSUAL AÇÃO RESCISÓRIA CÓDIGO DO CONSUMIDOR DIREITOS DISPONÍVEIS REVELIA - CLÁUSULAS CONTRATUAIS APRECIAÇÃO EX OFFICIO PRINCÍPIO DISPOSITIVO IMPOSSIBILIDADE. I Ao dizer que as normas do CDC são 'de ordem pública e interesse social, o Art 1º da Lei 8.078/90 não faz indisponíveis os direitos outorgados ao consumidor tanto que os submete à decadência e torna prescritíveis as respectivas pretensões. II Assim, no processo em que se discutem direitos do consumidor, a revelia induz o efeito previsto no Art. 319 do Código de Processo Civil. III Não ofende o Art 320, II do CPC, a sentença que, em processo de busca e apreensão relacionado com financiamento garantido por alienação fiduciária, aplica os efeitos da revelia. IV Em homenagem ao método dispositivo (CPC, Art. 2º), é defeso ao juiz rever de ofício o contrato para, com base no Art. 51, IV, do CDC anular cláusulas que considere abusivas (Eesp /RS). 4 Superior Tribunal de Justiça (STJ). 19

20 V Ação rescisória improcedente. c. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUDICIÁRIO: o juiz pode reconhecer de ofício ( ex officio ) direitos do consumidor! CUIDADO: o STJ possui orientação sumulada em 2009 que excepciona a interpretação de ofício pelo Poder Judiciário a respeito de ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS DE CONTRATOS BANCÁRIOS: SÚMULA 381 DO STJ: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas MICROSSISTEMA MULTIDISCIPLINAR Quanto às matérias nele disciplinadas, o CDC é totalmente diferente do Código Civil e do Código Penal, por exemplo. Cada um destes últimos contêm, basicamente, um ramo específico de Direito em seu conteúdo. A seu turno, o CDC abrange diversas matérias em sua regência, conforme os exemplos a seguir: DIREITO CIVIL: contratos e responsabilidade do fornecedor; DIREITO PROCESSUAL CIVIL: possibilidade de inversão do ônus da prova e normas que definem efeitos de decisões judiciais individuais e coletivas; DIREITO ADMINISTRATIVO: atuação do Estado na proteção administrativa de direitos do consumidor; DIREITO PENAL: regramento quanto a infrações e sanções penais em relações de consumo. 5. DIÁLOGO DAS FONTES O CDC prevê uma moderna ferramenta de interpretação do Direito do Consumidor que viabiliza o chamado DIÁLOGO DAS FONTES (art. 7 o, caput), que é a possibilidade utilizar a NORMA MAIS BENÉFICA PARA O 20

21 CONSUMIDOR, ainda que não ela esteja prevista no CDC, e que seja decorrente de: tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário; da legislação interna ordinária; de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes; e os que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade! Lei n , de 1990: Art. 7 o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. STJ: (...). o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do CDC, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência no trato da relação de consumo (REsp /RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/2/2010) MÉTODO CLÁSSICO Para explicar um pouco mais, vejamos que, pelo MÉTODO JURÍDICO CLÁSSICO, para dirimir uma ANTINOMIA, que seria a presença de duas ou mais normas conflitantes para um só caso concreto, o intérprete deveria utilizar os seguintes critérios para escolha do direito aplicável ao caso: 21

22 a. CRITÉRIO CRONOLÓGICO: a norma posterior prevalece sobre a anterior 5 ; b. CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE: a norma especial prevalece sobre a geral 6 ; c. CRITÉRIO HIERÁRQUICO: a norma superior prevalece sobre a inferior 7. LINDB: Art. 2 o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 1 o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 2 o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior ESPÉCIES DE DIÁLOGOS ENTRE FONTES Agora, com relação ao DIREITO DO CONSUMIDOR, a utilização do critério do DIÁLOGO DAS FONTES autoriza a aplicação de outras normas que sejam GARANTIDORAS DE ALGUM DIREITO DO CONSUMIDOR! Quero aproveitar para ilustrar que, para o Professor FABRÍCIO BOLZAN, há três possíveis tipos de diálogo entre o CDC e o CÓDIGO CIVIL: a. DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COERÊNCIA: na APLICAÇÃO SIMULTÂNEA DAS DUAS LEIS, uma lei pode servir de base conceitual para a outra (...), especialmente se uma lei é geral e a outra especial, se uma é a lei central do sistema e a outra um 5 O CRITÉRIO CRONOLÓGICO também é conhecido pela a máxima latina: lex posterior derrogat legi priori, cujo significado é lei posterior revoga lei anterior! 6 O CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE é previsto pela Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB), pelo qual a norma especial (que é aquela que produz normas gerais ou especiais, além das já existentes), não revoga nem modifica a lei anterior! 7 O CRITÉRIO HIERÁRQUICO também é conhecido por lex superior derrogat legi inferiori = lei superior revoga lei inferior. 22

23 microssistema específico, não completo materialmente, apenas com completude subjetiva de tutela de um grupo da sociedade ; b. DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COMPLEMENTARIDADE E SUBSIDIARIEDADE EM ANTINOMIAS APARENTES OU REAIS: na APLICAÇÃO COORDENADA DAS DUAS LEIS, uma lei pode complementar a aplicação da outra, a depender de seu campo de aplicação no caso concreto (...), a indicar a aplicação complementar tanto de suas normas, quanto de seus princípios, no que couber, no que for necessário ou subsidiariamente ; c. DIÁLOGO DE COORDENAÇÃO E ADAPTAÇÃO SISTEMÁTICA: ainda há o diálogo das influências recíprocas sistemáticas como no caso de uma POSSÍVEL REDEFINIÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO DE UMA LEI (assim, por exemplo, as definições de consumidor stricto sensu e de consumidor equiparado podem sofrer influências finalísticas do Código Civil, uma vez que esta lei vem justamente para regular as relações entre iguais, dois iguais consumidores ou dois iguais fornecedores entre si no caso de dois fornecedores, trata-se de relações empresariais típicas, em que o destinatário final fático da coisa ou do fazer comercial é um outro empresário ou comerciante, ou, como no caso da possível transposição das conquistas do Richterrecht (direito dos juízes), alçadas de uma lei para a outra. É a influência do sistema especial no geral e do geral no especial, um diálogo de double sens. O mesmo autor também exemplifica diálogos entre o CDC e OUTRAS LEIS ESPECIAIS; vejamos: CDC e LEI DOS PLANOS E SEGUROS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE (Lei n o 9.656, de 1998); CDC e LEI DAS MENSALIDADES ESCOLARES (Lei n o 9.870, de 1999); CDC e LEI DOS CONSÓRCIOS (Lei n o , de 2008). STJ: Deve ser utilizada a técnica do diálogo das fontes para harmonizar a aplicação concomitante de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico; no caso, as normas 23

24 específicas que regulam os títulos de capitalização e o CDC, que assegura aos investidores a transparência e as informações necessárias ao perfeito conhecimento do produto (REsp /SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, 4 a T., DJe 9/6/2011). SÚMULA N o 469 DO STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde. 24

25 6. AOS EXERCÍCIOS! Muito bem! Agora chegou a hora de apresentar como são cobrados, em provas objetivas de concurso, os temas da aula de hoje! ATENÇÃO: não localizamos questões da banca FGV para a aula de hoje! No entanto, incluímos outras bancas e ainda preparamos vários exercícios para complementar o estudo das matérias que você estudou nesta aula! Para crescer, você precisa estar disposto a permitir que seu presente e futuro sejam totalmente diferentes do seu passado. Sua história não é o seu destino. (Alan Cohen) 25

26 EXERCÍCIOS COMENTADOS DIREITO DE TERCEIRA GERAÇÃO (OU DIMENSÃO) 1. * ( ) Os direitos de primeira geração correspondem aos direitos da liberdade e estão ligados ao absenteísmo estatal, que marca a passagem do Estado Autoritário para o Estado de Direito, que buscava reprimir os abusos do estado, em especial, contra os direitos de liberdade públicas e políticas, os quais também foram definidos como direitos de oposição ou de resistência ao Estado. Comentários: CORRETA! LIBERALISMO CLÁSSICO: a ideia dicotômica do Direito que se dividia em Público e Privado, também presente na distinção entre leis civis e leis públicas, que teria influenciado o Código de Napoleão de 1804 favoreceu a chamada CODIFICAÇÃO DO DIREITO CIVIL, e, por outro lado, foi seguida pela ideia de liberdade meramente formal perante a lei e de não intervenção do Estado (ESTADO LIBERAL! Os direitos de primeira geração foram os primeiros a serem previstos constitucionalmente! Resposta: Verdadeira. 2. * ( ) Os direitos de segunda geração são os sociais, culturais e econômicos. exigem determinada prestação por parte do Estado e destinam-se a saciar direitos da coletividade. Passava-se do Estado Liberal para o Estado Social de Direito. Comentários: 26

27 CORRETA! DIREITOS SOCIAIS: além da mencionada divisão dicotômica reconheceu-se a carência dos chamados DIREITOS SOCIAIS esses direitos foram expressados nas ideias do Direito do Trabalho e do Direito Previdenciário, os quais caracterizaram a manifestação de um ESTADO PRESTACIONISTA, INTERVENCIONISTA e realizador da chamada JUSTIÇA DISTRIBUTIVA, o que começou a ser difundido a partir da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (transição entre o período de produção artesanal para o período de novos processos de produção com o auxílio de máquinas, ocorrido entre 1760 a 1820). Os direitos de segunda geração apareceram, pela primeira vez, na Constituição brasileira de 1934! Resposta: Verdadeira. 3. * ( ) Os direitos de terceira geração correspondem aos chamados direitos transindividuais, a exemplo do direito ao desenvolvimento, direito à paz, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito à comunicação, direitos dos consumidores e outros direitos relacionados com grupos de pessoas mais vulneráveis: a criança, idoso, deficiente físico. Comentários: CORRETA! A propósito do reconhecimento da necessidade do DIREITO DO CONSUMIDOR, a Professora CLÁUDIA LIMA MARQUES faz a seguinte referência: Considera-se que foi um discurso de John F. Kennedy, no ano de 1962, em que este presidente norte-americano enumerou os direitos do consumidor e os considerou como novo desafio necessário para o mercado, o início da reflexão jurídica mais profunda sobre este tema. O novo aqui foi considerar que TODOS SOMOS CONSUMIDORES, em algum momento de nossas vidas temos este status, este papel social e 27

28 econômico, estes direitos ou interesses legítimos que são individuais, mas também são os mesmos no grupo identificável (coletivo) ou não (difuso), que ocupa aquela posição de consumidor. (...). A ONU (Organização das Nações Unidas), em 1985, estabeleceu diretrizes para esta legislação e consolidou a ideia de que se trata de um DIREITO HUMANO DE NOVA GERAÇÃO (OU DIMENSÃO), um DIREITO SOCIAL e ECONÔMICO, um DIREITO DE IGUALDADE MATERIAL do MAIS FRACO, do leigo, do cidadão civil nas suas relações privadas frente aos profissionais, os empresários, as empresas, os fornecedores de produtos e serviços, que nesta posição são experts, parceiros considerados FORTES ou em POSIÇÃO DE PODER (Machtposition). Em complementação, o Professor BRUNO seguintes citações: MIRAGEM elaborou as Em 1972 realizou-se, em Estocolmo, a Conferência Mundial do Consumidor. No ano seguinte, a Comissão das Nações Unidas sobre os Direitos do Homem deliberou que o SER HUMANO, considerado enquanto CONSUMIDOR, deveria gozar de quatro direitos fundamentais (os mesmos enunciados por Kennedy, anos antes): o DIREITO À SEGURANÇA; o DIREITO À INFORMAÇÃO SOBRE PRODUTOS, SERVIÇOS e SUAS CONDIÇÕES DE VENDA; o DIREITO À ESCOLHA DE BENS ALTERNATIVOS DE QUALIDADE SATISFATÓRIA A PREÇOS RAZOÁVEIS; e o DIREITO DE SER OUVIDO NOS PROCESSOS DE DECISÃO GOVERNAMENTAL. Neste mesmo ano, a Assembleia Consultiva da Comunidade Europeia aprovou a Resolução 543, que deu origem à Carta Europeia de Proteção ao Consumidor. DIREITO DO CONSUMIDOR: trata-se de um DIREITO INDIVIDUAL e, ao mesmo tempo, um DIREITO DA SOCIEDADE! Tanto é que foi 28

29 consagrado no CDC como norma de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Os direitos de terceira geração foram mencionados nos textos constitucionais de 1946 e de 1967, e foram efetivamente prestigiados pela Constituição de 1988! Resposta: Verdadeira. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL AO DIREITO DO CONSUMIDOR 4. CESPE -TJ-PA - Juiz (2012) ( ) A defesa do consumidor é um princípio fundamental da ordem econômica. Comentários: CORRETA! A ORDEM ECONÔMICA fundamenta-se na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, e orienta-se, entre outros, pelo PRINCÍPIO DA DEFESA DO CONSUMIDOR. CF: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; 29

30 II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Resposta: Verdadeira. 5. CEPERJ - PROCON-RJ - Ag. de Proteção e Defesa do Consumidor (2012) A defesa do consumidor tem base constitucional que indica a necessidade de edição do seguinte Código: a) Civil b) de Defesa do Consumidor c) Comercial d) Tributário e) Desportivo 30

31 Comentários: A resposta do gabarito é a alternativa B! Trata-se da terceira referência constitucional ao DIREITO DO CONSUMIDOR encontrada no ADCT, cujo art. 48 encomendara, ao Congresso Nacional, a elaboração do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC)! O prazo previsto para a elaboração do CDC era de CENTO E VINTE DIAS, que, apesar de ultrapassado, não impediu que o nosso país recebesse, em seu ordenamento jurídico, este diploma legal de relevante importância e destaque internacional: a Lei n o 8.078, de 11 de setembro de 1990! ADCT: Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Resposta: alternativa B. 6. FCC - AL-PB - Procurador (2013) A ordem econômica estabelecida na Constituição Federal, e que elege, entre os princípios a serem observados, a defesa do consumidor é fundada a) na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa. b) na valorização do trabalho humano e na abolição da livre concorrência. c) no tratamento igualitário para as empresas de pequeno e grande porte, quando constituídas sob as leis brasileiras e desde que tenham sede e domicílio no país. d) na livre concorrência e tratamento privilegiado do trabalho intelectual ou técnico. e) apenas na função social da propriedade. Comentários: A resposta do gabarito é a alternativa A! CF: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 31

32 seguintes princípios:... V - defesa do consumidor; Resposta: alternativa A. 7. FCC - TJ-GO - Juiz (2012) ( ) O Código de Defesa do Consumidor estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. Comentários: CORRETA! ATENÇÃO: a edição do CDC possui fundamento constitucional (arts. 5 o, XXXII, e 170, V, da CF, e art. 48 do ADCT)! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Resposta: Verdadeira. 8. * ( ) A Constituição Federal de 1988 não prevê expressamente o direito de segunda geração denominado direito do consumidor. Comentários: Errada. O DIREITO DO CONSUMIDOR é considerado direito de TERCEIRA GERAÇÃO! Eles foram mencionados nos textos constitucionais de 1946 e de 1967, e foram efetivamente prestigiados pela Constituição de 1988 (art. 5 o, inciso XXXII, e 170, inciso V, e art. 48 do ADCT)! CF: Art. 5 o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 32

33 natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;... Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:... V - defesa do consumidor; ADCT: Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Resposta: Falsa. CARACTERÍSTICAS DO CDC 9. CESPE - DP-DF - Defensor Público (2013) ( ) Parte da doutrina considera o CDC norma de ordem pública e principiológica, o que significa que ele prevalece sobre as normas gerais e especiais anteriores. Comentários: CORRETA! Vejamos: NATUREZA: o CDC é um conjunto de normas de ordem pública e interesse social (art. 1 o ); seus dispositivos não 33

34 podem ser afastados por disposição particular (natureza cogente); CARÁTER PRINCIPIOLÓGICO: o CDC é diploma legal permeado de dispositivos que revelam valores ou finalidades a serem alcançadas; PREVALÊNCIA DO Lei n , de 1990: a edição do CDC possui fundamento constitucional (arts. 5 o, XXXII, e 170, V, da CF, e art. 48 do ADCT), e suas normas prevalecem sobre as normas gerais e especiais anteriores (LEI DE FUNÇÃO SOCIAL). Resposta: Verdadeira. 10. CESPE - TJ-PB - Juiz Leigo (2013) ( ) As normas previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC) caracterizam-se como de ordem privada e de interesse econômico. Comentários: Errada. O CDC é constituído por normas de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Resposta: Falsa. 11. CESPE - TJ-PA - Juiz (2012) ( ) O CDC não possui autonomia como estatuto jurídico regulador das relações de consumo, funcionando apenas como uma lei principiológica. Comentários: Errada. Errado. O CDC estabelece, essencialmente, normas de proteção e defesa do consumidor (art. 1 o do CDC), e é permeado por normas de caráter principiológico. Lei n , de 1990: 34

35 Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Resposta: Falsa. 12. CESPE - TJ-PA - Juiz (2012) ( ) Embora constituído por um conjunto de normas jurídicas de ordem pública e de interesse social, o CDC não prevalece sobre lei especial, ainda que prejudicial ao consumidor. Comentários: Errada. É verdadeiro afirmar que o CDC é constituído por normas de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL, todavia, os seus comandos PREVALECEM sobre as normas gerais e especiais que eventualmente prejudiquem o consumidor, tendo em vista que é uma lei derivada da vontade constitucional de privilegiar o consumidor (LEI DE FUNÇÃO SOCIAL). ATENÇÃO: a edição do CDC possui fundamento constitucional (arts. 5 o, XXXII, e 170, V, da CF, e art. 48 do ADCT), e suas normas PREVALECEM sobre as NORMAS GERAIS E ESPECIAIS ANTERIORES (LEI DE FUNÇÃO SOCIAL)! Resposta: Falsa. 13. CESPE - DPE-RO Defensor Público ) ( ) Uma das finalidades do CDC é promover a igualdade formal entre os partícipes da relação de consumo, o que se evidencia pelos enunciados normativos constitucionais, principiológicos, de interesse social e de ordem privada a respeito das relações interprivadas. Comentários: Errada. É verdadeiro afirmar que o CDC é permeado pelo CARÁTER PRINCIPIOLÓGICO veicula valores e estabelece fins a serem alcançados, é formado por conjunto de regras de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL, todavia, uma de suas finalidades é promover TRATAMENTO DE IGUALDADE MATERIAL (e não formal) entre os sujeitos da relação consumerista! 35

36 TRATAMENTO ISONÔMICO: a tutela do CDC promove tratamento desigual a desiguais (isonomia), com vistas a atingir a igualdade material entre os sujeitos da relação de consumo. ATENÇÃO: foram criados certos princípios pelo legislador ordinário, com vistas a proporcionar o reequilíbrio de uma relação jurídica que é muito desigual! No caso, O CONSUMIDOR É A PARTE MAIS FRACA! IGUALDADE MATERIAL: a finalidade do DIREITO DO CONSUMIDOR é, portanto, a concretização da IGUALDADE MATERIAL entre as partes, mediante a aplicação do FAVOR DEBILIS! Alguns examinadores tentam confundir candidatos dizendo que o Direito do Consumidor visa proporcionar igualdade formal entre as partes da relação consumerista! O que está errado! Para Cláudia Lima Marques, o FAVOR DEBILIS é, pois, a superação da ideia comum no direito civil do século XIX de que basta a igualdade formal para que todos sejam iguais na sociedade, é o reconhecimento (presunção de vulnerabilidade veja art. 4º, I, do CDC) de que alguns são mais fortes ou detêm posição jurídica mais forte (em alemão, Machtposition), detêm mais informações, são experts ou profissionais, transferem mais facilmente seus riscos e custos profissionais para os OUTROS. A Professora continua seu raciocínio dizendo que essa PRESUNÇÃO DE VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR é o reconhecimento de que os OUTROS geralmente são leigos, não detêm informações sobre os produtos e serviços oferecidos no mercado, não conhecem as técnicas da contratação de massa ou os materiais que compõem os produtos ou a maneira de usar os serviços, SÃO POIS MAIS VULNERÁVEIS e VÍTIMAS FÁCEIS DE ABUSOS. Resposta: Falsa. 36

37 14. CESPE - Banco da Amazônia - Técnico em Direito (2012) ( ) O CDC é uma norma principiológica, de ordem pública e interesse social. Comentários: CORRETA! Primeiramente, é verdadeiro afirmar que o CDC é diploma legal permeado de dispositivos que revelam valores ou finalidades a serem alcançadas (CARÁTER PRINCIPIOLÓGICO PRINCÍPIOS DO DIREITO DO CONSUMIDOR: encontramos esses princípios em várias partes do Lei n , de 1990: PRINCÍPIOS GERAIS: art. 4 o do CDC; DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR: art. 6 o do CDC; PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS: publicidade e contratos de consumo! NORMAS PRINCIPIOLÓGICAS: essa espécie de normas são também chamadas de NORMAS ABERTAS, tendo em vista seu conteúdo semântico flexível. Conforme o Professor FELIPE PEIXOTO BRAGA NETO, cresce a utilização, pelo direito, de valores de normas descritas de valores, e complementa, dizendo que são Normas que não prevêem relação de imputação com causas e efeitos; prevêem apenas valores a serem protegidos. O CARÁTER PRINCIPIOLÓGICO é caracterizado pelo fato de o CDC ser permeado de dispositivos que revelam valores ou finalidades a serem alcançadas em prol do CONSUMIDOR! Por outro lado, também é verdadeiro que o CDC é um conjunto de normas de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL (art. 1 o ). Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do 37

38 consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. As mencionadas características do art. 1 o conclusões: do CDC nos levam a três a. EXTENSÃO DAS DECISÕES RELATIVAS A CONSUMO: as decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas em litígio; Para o Professor FABRÍCIO BOLZAN: É evidente que as decisões proferidas em litígios decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas. Muitas delas repercutem perante interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos, além de servirem de caráter educativo para toda a sociedade e de alerta para os demais fornecedores não continuarem com práticas ilícitas nas relações de consumo. b. NATUREZA COGENTE: as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor (os dispositivos do CDC não podem ser afastados por disposição particular); c. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUDICIÁRIO: o juiz pode reconhecer de ofício ( ex officio ) direitos do consumidor! CUIDADO: o STJ possui orientação sumulada em 2009 que excepciona a interpretação de ofício pelo Poder Judiciário a respeito de ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS DE CONTRATOS BANCÁRIOS: SÚMULA 381 DO STJ: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas. Resposta: Verdadeira. 15. CEPERJ - PROCON-RJ - Ag.de Prot. e Defesa do Consumidor (2012) 38

39 A defesa do consumidor tem base constitucional que indica a necessidade de edição do seguinte Código: a) Civil b) de Defesa do Consumidor c) Comercial d) Tributário e) Desportivo Comentários: O gabarito é a ALTERNATIVA B, com base no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias! ADCT: Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Resposta: Alternativa B. 16. FCC - TJ-GO - Juiz (2012) O Código de Defesa do Consumidor: a) estabelece normas de defesa e de proteção dos consumidores e fornecedores de produtos e serviços, de ordem pública e de interesse social. b) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. c) prevê normas de interesse geral, dispositivas e de regulamentação constitucional. d) prevê normas de defesa e de proteção ao consumidor, dispositivas e de interesse individual, sem vinculação constitucional. e) estabelece normas de interesse coletivo geral, de ordem pública e interesse social, sem vinculação com normas constitucionais. Comentários: O gabarito é a ALTERNATIVA B, com base no Código de Defesa do Consumidor! 39

40 Lei n , de 1990: Art. 1 O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Resposta: Alternativa B. 17. FCC - TJ-GO - Juiz (2012) O Código de Defesa do Consumidor: a) estabelece normas de defesa e de proteção dos consumidores e fornecedores de produtos e serviços, de ordem pública e de interesse social. b) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. c) prevê normas de interesse geral, dispositivas e de regulamentação constitucional. d) prevê normas de defesa e de proteção ao consumidor, dispositivas e de interesse individual, sem vinculação constitucional. e) estabelece normas de interesse coletivo geral, de ordem pública e interesse social, sem vinculação com normas constitucionais. Comentários: Alternativa A : errada. É parcialmente inverídica a proposição, pois a banca considerou incorreta a inclusão do termo fornecedores no escopo principal das normas do CDC! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Alternativa B : CORRETA! ATENÇÃO: a edição do CDC possui fundamento constitucional 40

41 (arts. 5 o, XXXII, e 170, V, da CF, e art. 48 do ADCT)! Direito do Consumidor para TJ/SC Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Alternativa C : errada. Não se trata de categoria de normas dispositivas, mas de ORDEM PÚBLICA! Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Alternativa D : errada. Não são normas dispositivas (mas de ORDEM PÚBLICA); nem de interesse individual (mas INTERESSE SOCIAL); e são vinculadas à CF! Alternativa E : errada, pois há vinculação à CF! Resposta: alternativa B. 18. FMP-RS - MPE-MT - Promotor de Justiça (2008) ( ) Ao dizer que as normas do Código de Defesa do Consumidor são de ordem pública e interesse social, o artigo 1 o da Lei 8.078/90 faz indisponíveis os direitos outorgados ao consumidor. Comentários: Errada. NATUREZA COGENTE: as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor (os dispositivos do CDC não podem ser afastados por disposição particular). Mas, veja bem que o STJ não considera os direitos do consumidor como indisponíveis! STJ 8 : 8 Superior Tribunal de Justiça (STJ). 41

42 PROCESSUAL AÇÃO RESCISÓRIA CÓDIGO DO CONSUMIDOR DIREITOS DISPONÍVEIS REVELIA - CLÁUSULAS CONTRATUAIS APRECIAÇÃO EX OFFICIO PRINCÍPIO DISPOSITIVO IMPOSSIBILIDADE. I Ao dizer que as normas do CDC são 'de ordem pública e interesse social, o Art 1º da Lei 8.078/90 não faz indisponíveis os direitos outorgados ao consumidor tanto que os submete à decadência e torna prescritíveis as respectivas pretensões. II Assim, no processo em que se discutem direitos do consumidor, a revelia induz o efeito previsto no Art. 319 do Código de Processo Civil. III Não ofende o Art 320, II do CPC, a sentença que, em processo de busca e apreensão relacionado com financiamento garantido por alienação fiduciária, aplica os efeitos da revelia. IV Em homenagem ao método dispositivo (CPC, Art. 2º), é defeso ao juiz rever de ofício o contrato para, com base no Art. 51, IV, do CDC anular cláusulas que considere abusivas (Eesp /RS). V Ação rescisória improcedente. Resposta: Falsa. 19. * Conforme o art. 1 o do Código de Defesa do Consumidor (CDC), suas normas são destinadas à proteção e defesa do consumidor, as quais possuem natureza de ordem pública e interesse social. ( ) De acordo com a doutrina, essas características do CDC determinam que: as decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas em litígio; as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor; e o Poder Judiciário pode reconhecer de ofício ( ex officio ) direitos do consumidor em todos os casos, sem exceção. Comentários: Errada. É verdadeira afirmação de que o art. 1 o do CDC, esse código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL! Lei n , de 1990: 42

43 Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. O erro da questão está na última parte proposição (como acontece em muitas questões de prova!). Essas características do CDC nos levam a três conclusões: a. EXTENSÃO DAS DECISÕES RELATIVAS A CONSUMO: as decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas em litígio; Para o Professor FABRÍCIO BOLZAN: É evidente que as decisões proferidas em litígios decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas. Muitas delas repercutem perante interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos, além de servirem de caráter educativo para toda a sociedade e de alerta para os demais fornecedores não continuarem com práticas ilícitas nas relações de consumo. b. NATUREZA COGENTE: as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor (os dispositivos do CDC não podem ser afastados por disposição particular); c. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUDICIÁRIO: o juiz pode reconhecer de ofício ( ex officio ) direitos do consumidor! CUIDADO: o STJ possui orientação sumulada em 2009 que excepciona a interpretação de ofício pelo Poder Judiciário a respeito de ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS DE CONTRATOS BANCÁRIOS: SÚMULA 381 DO STJ: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas. Resposta: Falsa. 43

44 20. * ( ) De acordo com a doutrina, o Código de Defesa do Consumidor é um sistema multidisciplinar. Comentários: CORRETA! Quanto às matérias nele disciplinadas, o CDC é totalmente diferente do Código Civil e do Código Penal, por exemplo. Cada um destes últimos contêm, basicamente, um ramo específico de Direito em seu conteúdo. A seu turno, o CDC abrange diversas matérias em sua regência, conforme os exemplos a seguir: DIREITO CIVIL: contratos e responsabilidade do fornecedor; DIREITO PROCESSUAL CIVIL: possibilidade de inversão do ônus da prova e normas que definem efeitos de decisões judiciais individuais e coletivas; DIREITO ADMINISTRATIVO: atuação do Estado na proteção administrativa de direitos do consumidor; DIREITO PENAL: regramento quanto a infrações e sanções penais em relações de consumo. Resposta: Verdadeira. DIÁLOGO DAS FONTES 21. CESPE DP-DF - Defensor Público (2013) ( ) Não obstante a ampla aceitação da teoria do diálogo das fontes, o Código Civil vigente não pode ser utilizado para tutela contratual efetiva dos consumidores, por ausência de aproximação principiológica com o CDC. Comentários: Errada. O CDC prevê uma moderna ferramenta de interpretação do Direito do Consumidor que viabiliza o DIÁLOGO DAS FONTES (art. 7 o, caput), que é a possibilidade utilizar a NORMA MAIS BENÉFICA PARA O CONSUMIDOR, ainda que não ela esteja prevista no CDC, que seja decorrente de: 44

45 tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário; da legislação interna ordinária (o que inclui o Código Civil); de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes; e os que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade! Lei n , de 1990: Art. 7 o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. STJ 9 : (...). o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do CDC, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência no trato da relação de consumo (REsp /RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/2/2010). Resposta: Falsa. 22. CESPE - TJ-PA - Juiz (2012) ( ) As normas de direito material previstas no CDC refletem em todo o sistema jurídico, incidindo, inclusive, em relações jurídicas que não sejam de consumo. Comentários: 9 Superior Tribunal de Justiça (STJ). 45

46 Errada. Ao contrário da afirmativa, o art. 7 o do CDC admite a aplicação de dispositivos previstos em outros diplomas que sejam favoráveis ao consumidor, o que é chamado de chamado de diálogo das fontes. Lei n , de 1990: Art. 7 o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. Resposta: Falsa. 23. FCC - DPE-PB - Defensor Público (2014) ( ) Quanto à legislação aplicável às relações de consumo, pela teoria do diálogo das fontes, deve-se buscar a aplicação, tanto quanto possível, de todas as normas que tratam do tema, gerais ou especiais, de modo a garantir a tutela mais efetiva ao grupo vulnerável protegido pela lei, o que pode levar, por exemplo, à aplicação do Código Civil em detrimento do Código de Defesa do Consumidor quando o primeiro for mais favorável. Comentários: CORRETA! Lei n , de 1990: Art. 7 o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. STJ: (...). o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do CDC, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência 46

47 no trato da relação de consumo (REsp /RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/2/2010). Resposta: Verdadeira. 24. VUNESP - TJ-SP - Juiz (2008) ( ) O Código de Defesa do Consumidor é lei de ordem pública e exclui outros dispositivos legais que tratem de direitos e deveres do consumidor. Comentários: Errada. Lei n , de 1990: Art. 1 o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5 o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.... Art. 7 o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. Resposta: Falsa. 25. * ( ) Com base no entendimento do STJ, o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do Código de Defesa do Consumidor, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência no trato da relação de consumo. Comentários: CORRETA! STJ: 47

48 (...). o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do CDC, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência no trato da relação de consumo (REsp /RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/2/2010). Resposta: Verdadeira. 26. * ( ) Com base na doutrina do Professor Fábio Bolzan, é possível a existência de três espécies de diálogos entre normas do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil: diálogo sistemático de coerência (aplicação simultânea das duas leis, uma lei pode servir de base conceitual para a outra); diálogo sistemático de complementaridade e subsidiariedade em antinomias aparentes ou reais (aplicação coordenada das duas leis, uma lei pode complementar a aplicação da outra); diálogo de coordenação e adaptação sistemática (diálogo das influências recíprocas sistemáticas como no caso de uma possível redefinição do campo de aplicação de uma lei). Comentários: CORRETA! Para o Professor FABRÍCIO BOLZAN, há três possíveis tipos de diálogo entre o CDC e o CÓDIGO CIVIL: a. DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COERÊNCIA: na APLICAÇÃO SIMULTÂNEA DAS DUAS LEIS, uma lei pode servir de base conceitual para a outra (...), especialmente se uma lei é geral e a outra especial, se uma é a lei central do sistema e a outra um microssistema específico, não completo materialmente, apenas com completude subjetiva de tutela de um grupo da sociedade ; b. DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COMPLEMENTARIDADE E SUBSIDIARIEDADE EM ANTINOMIAS APARENTES OU REAIS: na APLICAÇÃO COORDENADA DAS DUAS LEIS, uma lei pode complementar a aplicação da outra, a depender de seu campo de aplicação no caso concreto (...), a indicar a aplicação complementar tanto de suas normas, quanto de seus princípios, no que couber, no que for necessário ou subsidiariamente ; 48

49 c. DIÁLOGO DE COORDENAÇÃO E ADAPTAÇÃO SISTEMÁTICA: ainda há o DIÁLOGO DAS INFLUÊNCIAS RECÍPROCAS SISTEMÁTICAS COMO NO CASO DE UMA POSSÍVEL REDEFINIÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO DE UMA LEI (assim, por exemplo, as definições de consumidor stricto sensu e de consumidor equiparado podem sofrer influências finalísticas do Código Civil, uma vez que esta lei vem justamente para regular as relações entre iguais, dois iguais consumidores ou dois iguais fornecedores entre si no caso de dois fornecedores, trata-se de relações empresariais típicas, em que o destinatário final fático da coisa ou do fazer comercial é um outro empresário ou comerciante, ou, como no caso da possível transposição das conquistas do Richterrecht (direito dos juízes), alçadas de uma lei para a outra. É a influência do sistema especial no geral e do geral no especial, um diálogo de double sens. Resposta: Verdadeira. 27. * ( ) De acordo com o entendimento do STJ, deve ser utilizada a técnica do diálogo das fontes para harmonizar a aplicação concomitante de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico, no caso das normas específicas que regulam os títulos de capitalização e o Código de Defesa do Consumidor, que assegura aos investidores a transparência e as informações necessárias ao perfeito conhecimento do produto. Comentários: CORRETA! Errada. STJ: Deve ser utilizada a técnica do diálogo das fontes para harmonizar a aplicação concomitante de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico; no caso, as normas específicas que regulam os títulos de capitalização e o CDC, que assegura aos investidores a transparência e as informações necessárias ao perfeito conhecimento do produto (REsp /SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, 4 a T., DJe 9/6/2011). Resposta: Verdadeira. 49

50 28. * ( ) Com base no entendimento do STJ, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica aos contratos de plano de saúde. Comentários: Errada. SÚMULA N o 469 DO STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde. Resposta: Falsa. * As questões com o sinal (*) foram elaboradas pelo Professor Carlos Antônio Bandeira. 50

51 EXERCÍCIOS REPETIDOS DIREITO DE TERCEIRA GERAÇÃO (OU DIMENSÃO) 1. * ( ) Os direitos de primeira geração correspondem aos direitos da liberdade e estão ligados ao absenteísmo estatal, que marca a passagem do Estado Autoritário para o Estado de Direito, que buscava reprimir os abusos do estado, em especial, contra os direitos de liberdade públicas e políticas, os quais também foram definidos como direitos de oposição ou de resistência ao Estado. 2. * ( ) Os direitos de segunda geração são os sociais, culturais e econômicos. exigem determinada prestação por parte do Estado e destinam-se a saciar direitos da coletividade. Passava-se do Estado Liberal para o Estado Social de Direito. 3. * ( ) Os direitos de terceira geração correspondem aos chamados direitos transindividuais, a exemplo do direito ao desenvolvimento, direito à paz, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito à comunicação, direitos dos consumidores e outros direitos relacionados com grupos de pessoas mais vulneráveis: a criança, idoso, deficiente físico. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL AO DIREITO DO CONSUMIDOR 4. CESPE -TJ-PA - Juiz (2012) ( ) A defesa do consumidor é um princípio fundamental da ordem econômica. 51

52 5. CEPERJ - PROCON-RJ - Ag. de Proteção e Defesa do Consumidor (2012) A defesa do consumidor tem base constitucional que indica a necessidade de edição do seguinte Código: a) Civil. b) de Defesa do Consumidor. c) Comercial. d) Tributário. e) Desportivo. 6. FCC - AL-PB - Procurador (2013) A ordem econômica estabelecida na Constituição Federal, e que elege, entre os princípios a serem observados, a defesa do consumidor é fundada a) na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa. b) na valorização do trabalho humano e na abolição da livre concorrência. c) no tratamento igualitário para as empresas de pequeno e grande porte, quando constituídas sob as leis brasileiras e desde que tenham sede e domicílio no país. d) na livre concorrência e tratamento privilegiado do trabalho intelectual ou técnico. e) apenas na função social da propriedade. 7. FCC - TJ-GO - Juiz (2012) ( ) O Código de Defesa do Consumidor estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. 8. * ( ) A Constituição Federal de 1988 não prevê expressamente o direito de segunda geração denominado direito do consumidor. CARACTERÍSTICAS DO CDC 52

53 9. CESPE - DP-DF - Defensor Público (2013) ( ) Parte da doutrina considera o CDC norma de ordem pública e principiológica, o que significa que ele prevalece sobre as normas gerais e especiais anteriores. 10. CESPE - TJ-PB - Juiz Leigo (2013) ( ) As normas previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC) caracterizam-se como de ordem privada e de interesse econômico. 11. CESPE - TJ-PA - Juiz (2012) ( ) O CDC não possui autonomia como estatuto jurídico regulador das relações de consumo, funcionando apenas como uma lei principiológica. 12. CESPE - TJ-PA - Juiz (2012) ( ) Embora constituído por um conjunto de normas jurídicas de ordem pública e de interesse social, o CDC não prevalece sobre lei especial, ainda que prejudicial ao consumidor. 13. CESPE - DPE-RO Defensor Público (2012) ( ) Uma das finalidades do CDC é promover a igualdade formal entre os partícipes da relação de consumo, o que se evidencia pelos enunciados normativos constitucionais, principiológicos, de interesse social e de ordem privada a respeito das relações interprivadas. 14. CESPE - Banco da Amazônia - Técnico em Direito (2012) ( ) O CDC é uma norma principiológica, de ordem pública e interesse social. 15. CEPERJ - PROCON-RJ - Ag.de Prot. e Defesa do Consumidor (2012) A defesa do consumidor tem base constitucional que indica a necessidade de edição do seguinte Código: a) Civil b) de Defesa do Consumidor 53

54 c) Comercial d) Tributário e) Desportivo 16. FCC - TJ-GO - Juiz (2012) O Código de Defesa do Consumidor: a) estabelece normas de defesa e de proteção dos consumidores e fornecedores de produtos e serviços, de ordem pública e de interesse social. b) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. c) prevê normas de interesse geral, dispositivas e de regulamentação constitucional. d) prevê normas de defesa e de proteção ao consumidor, dispositivas e de interesse individual, sem vinculação constitucional. e) estabelece normas de interesse coletivo geral, de ordem pública e interesse social, sem vinculação com normas constitucionais. 17. FCC - TJ-GO - Juiz (2012) O Código de Defesa do Consumidor: a) estabelece normas de defesa e de proteção dos consumidores e fornecedores de produtos e serviços, de ordem pública e de interesse social. b) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito. c) prevê normas de interesse geral, dispositivas e de regulamentação constitucional. d) prevê normas de defesa e de proteção ao consumidor, dispositivas e de interesse individual, sem vinculação constitucional. e) estabelece normas de interesse coletivo geral, de ordem pública e interesse social, sem vinculação com normas constitucionais. 18. FMP-RS - MPE-MT - Promotor de Justiça (2008) 54

55 ( ) Ao dizer que as normas do Código de Defesa do Consumidor são de ordem pública e interesse social, o artigo 1 o da Lei 8.078/90 faz indisponíveis os direitos outorgados ao consumidor. 19. * Conforme o art. 1 o do Código de Defesa do Consumidor (CDC), suas normas são destinadas à proteção e defesa do consumidor, as quais possuem natureza de ordem pública e interesse social. ( ) De acordo com a doutrina, essas características do CDC determinam que: as decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas em litígio; as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor; e o Poder Judiciário pode reconhecer de ofício ( ex officio ) direitos do consumidor em todos os casos, sem exceção. 20. * ( ) De acordo com a doutrina, o Código de Defesa do Consumidor é um sistema multidisciplinar. DIÁLOGO DAS FONTES 21. CESPE DP-DF - Defensor Público (2013) ( ) Não obstante a ampla aceitação da teoria do diálogo das fontes, o Código Civil vigente não pode ser utilizado para tutela contratual efetiva dos consumidores, por ausência de aproximação principiológica com o CDC. 22. CESPE - TJ-PA - Juiz (2012) ( ) As normas de direito material previstas no CDC refletem em todo o sistema jurídico, incidindo, inclusive, em relações jurídicas que não sejam de consumo. 23. FCC - DPE-PB - Defensor Público (2014) ( ) Quanto à legislação aplicável às relações de consumo, pela teoria do diálogo das fontes, deve-se buscar a aplicação, tanto quanto possível, de todas as normas que tratam do tema, gerais ou especiais, de modo a garantir a 55

56 tutela mais efetiva ao grupo vulnerável protegido pela lei, o que pode levar, por exemplo, à aplicação do Código Civil em detrimento do Código de Defesa do Consumidor quando o primeiro for mais favorável. 24. VUNESP - TJ-SP - Juiz (2008) ( ) O Código de Defesa do Consumidor é lei de ordem pública e exclui outros dispositivos legais que tratem de direitos e deveres do consumidor. 25. * ( ) Com base no entendimento do STJ, o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do Código de Defesa do Consumidor, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência no trato da relação de consumo. 26. * ( ) Com base na doutrina do Professor Fábio Bolzan, é possível a existência de três espécies de diálogos entre normas do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil: diálogo sistemático de coerência (aplicação simultânea das duas leis, uma lei pode servir de base conceitual para a outra); diálogo sistemático de complementaridade e subsidiariedade em antinomias aparentes ou reais (aplicação coordenada das duas leis, uma lei pode complementar a aplicação da outra); diálogo de coordenação e adaptação sistemática (diálogo das influências recíprocas sistemáticas como no caso de uma possível redefinição do campo de aplicação de uma lei). 27. * ( ) De acordo com o entendimento do STJ, deve ser utilizada a técnica do diálogo das fontes para harmonizar a aplicação concomitante de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico, no caso das normas específicas que regulam os títulos de capitalização e o Código de Defesa do Consumidor, que assegura aos investidores a transparência e as informações necessárias ao perfeito conhecimento do produto. 28. * 56

57 ( ) Com base no entendimento do STJ, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica aos contratos de plano de saúde. * As questões com o sinal (*) foram elaboradas pelo Professor Carlos Antônio Bandeira. 57

58 GABARITO 1. V 8. F 15. B 22. F 2. V 9. V 16. B 23. V 3. V 10. F 17. B 24. F 4. V 11. F 18. F 25. V 5. B 12. F 19. F 26. V 6. A 13. F 20. V 27. V 7. V 14. V 21. F 28. F RESUMO GERAÇÕES (OU DIMENSÕES) DE DIREITOS: Ø DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO: correspondem aos DIREITOS DA LIBERDADE e estão ligados ao ABSENTEÍSMO ESTATAL, que marca a passagem do ESTADO AUTORITÁRIO para o ESTADO DE DIREITO, que buscava reprimir os abusos do Estado, em especial, contra os direitos de liberdade públicas e políticas, os quais também foram definidos como DIREITOS DE OPOSIÇÃO ou de RESISTÊNCIA AO ESTADO. Ø DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO: são os sociais, culturais e econômicos. Exigem determinada prestação por parte do Estado e destinam-se a saciar DIREITOS DA COLETIVIDADE. Passava-se do ESTADO LIBERAL para o ESTADO SOCIAL DE DIREITO. Ø DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO: correspondem aos chamados DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS, a exemplo do direito ao desenvolvimento, direito à paz, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito à comunicação, DIREITOS DOS CONSUMIDORES e outros direitos relacionados com grupos de pessoas mais vulneráveis: a criança, idoso, deficiente físico. Ø DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO: têm sido admitidos por alguns autores, os quais afirmar terem esses direitos surgido com a 58

59 GLOBALIZAÇÃO POLÍTICA na esfera da normatividade jurídica. São eles os direitos à democracia, à informação e ao pluralismo. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO CONSUMIDOR: Há três menções constitucionais específicas relativas à proteção ao consumidor: DIREITO FUNDAMENTAL: art. 5 o, inciso XXIII, da CF; PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA: art. 170, inciso V, da CF; e PRAZO DE CENTO E VINTE DIAS PARA EDIÇÃO DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR (CDC): art. 48 do ADCT! CARACTERÍSTICAS DA LEI N , DE 1990: Ø NORMA PRINCIPIOLÓGICA: o CDC é constituído de uma série de PRINCÍPIOS que visam proteger direitos aos consumidores, que constituem a parte vulnerável da relação consumerista! Ø NORMA DE ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL: conforme o art. 1 o do CDC, esse código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ORDEM PÚBLICA e INTERESSE SOCIAL! Essas características do CDC nos levam a três conclusões: EXTENSÃO DAS DECISÕES RELATIVAS A CONSUMO: as decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às partes envolvidas em litígio; NATUREZA COGENTE: as partes não poderão derrogar os direitos do consumidor (os dispositivos do CDC não podem ser afastados por disposição particular); RECONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUDICIÁRIO: o juiz pode reconhecer de ofício ( ex officio ) direitos do consumidor! Ø EXCEÇÃO: SÚMULA 381 DO STJ: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas. Ø MICROSSISTEMA DISCIPLINAR: quanto às matérias nele disciplinadas, o CDC é totalmente diferente do Código Civil e do 59

60 Código Penal, por exemplo. Cada um destes últimos contêm, basicamente, um ramo específico de Direito em seu conteúdo. O CDC abrange diversas matérias em sua regência, conforme os exemplos a seguir: DIREITO CIVIL: contratos e responsabilidade do fornecedor; DIREITO PROCESSUAL CIVIL: possibilidade de inversão do ônus da prova e normas que definem efeitos de decisões judiciais individuais e coletivas; DIREITO ADMINISTRATIVO: atuação do Estado na proteção administrativa de direitos do consumidor; DIREITO PENAL: regramento quanto a infrações e sanções penais em relações de consumo. DIÁLOGO DAS FONTES: O CDC prevê uma moderna ferramenta de interpretação do DIREITO DO CONSUMIDOR que viabiliza o DIÁLOGO DAS FONTES (art. 7 o, caput), que é a possibilidade utilizar a NORMA MAIS BENÉFICA PARA O CONSUMIDOR, ainda que não ela esteja prevista no CDC, que seja decorrente de: tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário; da legislação interna ordinária; de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes; e os que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade! STJ: (...). o art. 7 o da Lei n o 8.078/90 fixa o chamado diálogo de fontes, segundo o qual sempre que uma lei garantir algum direito para o consumidor, ela poderá se somar ao microssistema do CDC, incorporando-se na tutela especial e tendo a mesma preferência no trato da relação de consumo (REsp /RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/2/2010). Para o Professor FABRÍCIO BOLZAN, há três possíveis tipos de diálogo entre o 60

61 CDC e o CÓDIGO CIVIL: a. DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COERÊNCIA: na APLICAÇÃO SIMULTÂNEA DAS DUAS LEIS, uma lei pode servir de base conceitual para a outra (...), especialmente se uma lei é geral e a outra especial, se uma é a lei central do sistema e a outra um microssistema específico, não completo materialmente, apenas com completude subjetiva de tutela de um grupo da sociedade ; b. DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COMPLEMENTARIDADE E SUBSIDIARIEDADE EM ANTINOMIAS APARENTES OU REAIS: na APLICAÇÃO COORDENADA DAS DUAS LEIS, uma lei pode complementar a aplicação da outra, a depender de seu campo de aplicação no caso concreto (...), a indicar a aplicação complementar tanto de suas normas, quanto de seus princípios, no que couber, no que for necessário ou subsidiariamente ; c. DIÁLOGO DE COORDENAÇÃO E ADAPTAÇÃO SISTEMÁTICA: ainda há o DIÁLOGO DAS INFLUÊNCIAS RECÍPROCAS SISTEMÁTICAS COMO NO CASO DE UMA POSSÍVEL REDEFINIÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO DE UMA LEI (assim, por exemplo, as definições de consumidor stricto sensu e de consumidor equiparado podem sofrer influências finalísticas do Código Civil, uma vez que esta lei vem justamente para regular as relações entre iguais, dois iguais consumidores ou dois iguais fornecedores entre si no caso de dois fornecedores, trata-se de relações empresariais típicas, em que o destinatário final fático da coisa ou do fazer comercial é um outro empresário ou comerciante, ou, como no caso da possível transposição das conquistas do Richterrecht (direito dos juízes), alçadas de uma lei para a outra. É a influência do sistema especial no geral e do geral no especial, um diálogo de double sens. O mesmo Professor também exemplifica diálogos entre o CDC e OUTRAS LEIS ESPECIAIS: CDC e LEI DOS PLANOS E SEGUROS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE (Lei n o 9.656, de 1998); CDC e LEI DAS MENSALIDADES ESCOLARES (Lei n o 9.870, de 61

62 1999); CDC e LEI DOS CONSÓRCIOS (Lei n o , de 2008). STJ: Deve ser utilizada a técnica do diálogo das fontes para harmonizar a aplicação concomitante de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico; no caso, as normas específicas que regulam os títulos de capitalização e o CDC, que assegura aos investidores a transparência e as informações necessárias ao perfeito conhecimento do produto (REsp /SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, 4 a T., DJe 9/6/2011). SÚMULA N o 469 DO STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde. É isso aí! Espero por ti na AULA 01, com mais TEORIA e EXERCÍCIOS COMENTADOS! Abraços, excelentes estudos e até breve! Carlos Antônio Bandeira 62

63

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