O papel da Defensoria Pública na promoção e defesa dos direitos da mulher
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- Zaira Marroquim Campos
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1 O papel da Defensoria Pública na promoção e defesa dos direitos da mulher Ana Paula de O. C. Meirelles Lewin Defensora Pública Coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública de São Paulo (NUDEM)
2 A DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO A Defensoria Pública de São Paulo foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 988 de 09 de janeiro de A promulgação dessa lei ocorreu em função de crescente pressão feita por diversos setores da sociedade civil o que culminou na criação do Movimento pela Criação da Defensoria em meados de Apesar de prevista desde 1988 pela Constituição Federal, o Estado de São Paulo esperou quase 18 anos para instituir sua própria Defensoria. Até então, o serviço de assistência jurídica gratuita à população carente era feito pela Procuradoria de Assistência Judiciária (PAJ), criada por lei estadual em A PAJ era um sub-órgão da Procuradoria Geral do Estado, instituição prevista para prestar serviços jurídicos ao Governo do Estado.
3 A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, assim considerados na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.
4 O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; (art. 5º, LXXIV da Constituição Federal)
5 Presume-se necessitada a pessoa natural integrante de entidade familiar que atenda, cumulativamente, as seguintes condições (Deliberação CSDP nº 89/2009) : I aufira renda familiar mensal não superior a três salários mínimos federais; II - não seja proprietária, titular de aquisição, herdeira, legatária ou usufrutuária de bens móveis, imóveis ou direitos, cujos valores ultrapassem a quantia equivalente a (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESP s. III - não possua recursos financeiros em aplicações ou investimentos em valor superior a 12 (doze) salários mínimos federais. Para os fins dispostos nesta Deliberação, entidade familiar é toda comunhão de vida instituída com a finalidade de convivência familiar e que se mantém pela contribuição de seus membros.
6 A Defensoria Pública de São Paulo conta com a existência de Núcleos Especializados de natureza permanente cujo objetivo é promover uma atuação estratégica da instituição em áreas de sensível importância. Por um lado, os Núcleos coordenam os debates e materiais produzidos pelos Defensores Públicos em sua área respectiva, fornecendo a eles qualquer suporte técnico necessário. Por outro, os Núcleos também propõem ações judiciais e são responsáveis por coordenar o acionamento de Cortes Internacionais quando for necessário. Cada Núcleo possui um Defensor Coordenador com dedicação exclusiva ao cargo e uma equipe de Defensores integrantes.
7 Vejamos as competências previstas pela Lei Complementar Estadual nº 988 de 2006 aos Núcleos Especializados: I - compilar e remeter informações técnico-jurídicas, sem caráter vinculativo, aos Defensores Públicos; II - propor medidas judiciais e extrajudiciais, para a tutela de interesses individuais, coletivos e difusos, e acompanhá-las, agindo isolada ou conjuntamente com os Defensores Públicos, sem prejuízo da atuação do Defensor Natural; III - realizar e estimular o intercâmbio permanente entre os Defensores Públicos, objetivando o aprimoramento das atribuições institucionais e a uniformidade dos entendimentos ou teses jurídicas; IV - realizar e estimular o intercâmbio com entidades públicas e privadas, bem como representar a instituição perante conselhos e demais órgãos colegiados, por qualquer de seus membros, mediante designação do Defensor Público-Geral do Estado; V - atuar e representar junto ao Sistema Interamericano dos Direitos Humanos, propondo as medidas judiciais cabíveis; VI - prestar assessoria aos órgãos de atuação e de execução da Defensoria Pública do Estado; VII - coordenar o acionamento de Cortes Internacionais.
8 NUDEM O Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher é órgão de execução e de atuação da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, tendo caráter permanente e missão primordial de prestar suporte e auxílio aos membros da Instituição no desempenho da atividade funcional, bem como de atuar isolada e conjuntamente com os Defensores Públicos, sem prejuízo da atuação do Defensor Natural, sempre que a demanda apresentada referir-se, direta ou indiretamente, a direitos específicos ou gerais relacionados às mulheres.
9 Art. 7º. São outras atribuições do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher: I informar, conscientizar e motivar a população carente, inclusive por intermédio dos diferentes meios de comunicação, a respeito de seus direitos e garantias fundamentais, em colaboração com Coordenadoria de Comunicação Social e a Escola da Defensoria Pública; II estabelecer permanente articulação com núcleos especializados ou equivalentes de outras Defensorias na área dos direitos da mulher para definição de estratégias comuns em assuntos de âmbito nacional e para intercâmbio de experiências; III contribuir no planejamento, elaboração e proposição de políticas públicas que visem erradicar a pobreza, a marginalização e as desigualdades sociais; IV apresentar e acompanhar propostas de elaboração, revisão e atualização legislativa na área dos direitos da mulher;
10 V subsidiar, do ponto de vista técnico, a atuação de organizações, conveniadas ou não com a Defensoria, que prestem supletivamente assistência jurídica a mulheres necessitadas; VI fornecer subsídios aos órgãos de planejamento da Defensoria Pública quanto aos recursos humanos e materiais necessários ao cumprimento pleno das atribuições desta Instituição na defesa dos direitos da mulher; VII realizar e estimular o intercâmbio da Defensoria Pública com entidades públicas e privadas ligadas à área dos direitos da mulher; VIII representar a Instituição perante conselhos e demais órgãos colegiados, por qualquer de seus membros, mediante designação do(a) Defensor(a) Público(a)-Geral do Estado; IX contribuir para a definição, do ponto de vista técnico, das ações voltadas à implementação e monitoramento do Plano Anual de Atuação da Defensoria Pública naquilo que disser respeito à defesa dos direitos da mulher.
11 A violência obstétrica e o NUDEM
12 OBRIGADA!
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