VALOR DA INFORMAÇÃO EM MERCADOS DE APOSTAS: UM ESTUDO DE CASO NO JOCKEY CLUB BRASILEIRO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VALOR DA INFORMAÇÃO EM MERCADOS DE APOSTAS: UM ESTUDO DE CASO NO JOCKEY CLUB BRASILEIRO"

Transcrição

1 VALOR DA INFORMAÇÃO EM MERCADOS DE APOSTAS: UM ESTUDO DE CASO NO JOCKEY CLUB BRASILEIRO Eduardo Pereira Moitinho Vieira Mestrando das Faculdades Ibmec/RJ, Av. Rio Branco 108, quinto andar, CEP: , Rio de Janeiro, RJ, tel.: (21) , Luiz Flavio Autran Monteiro Gomes Professor Titular, Faculdades Ibmec/RJ, Av. Rio Branco, 108, quinto andar, CEP: , Rio de Janeiro, RJ, tel.: (21) , RESUMO Este artigo consiste na apresentação e na aplicação prática de um método para calcular o valor esperado da informação imperfeita no processo de apostas em cavalos de corrida, com base no comportamento do apostador em relação ao risco. Este comportamento é modelado através de uma função de utilidade. O método proposto considera que a informação só tem valor quando utilizada na formulação de uma estratégia e, portanto, seu cálculo deve ser feito de maneira indireta, através da comparação de estratégias diferentes utilizadas na uma tomada de decisão. O método desenvolvido foi utilizado na avaliação de estratégias de apostas em uma série de cerca de 200 páreos corridos no Hipódromo da Gávea, designação dada ao Jockey Club do Rio de Janeiro, em 2002, e seu emprego foi validado por meio do experimento realizado. Palavras-chave: Atitude em face ao risco Corrida de cavalos Teoria das Probabilidades aplicada ABSTRACT This article presents a method that allows the computation of the expected value of imperfect information in horse races. The method takes into account the bettor s attitude with respect to risk and it was applied to 2002 data from Rio de Janeiro s Jockey Club. Bettor s attitude is modeled through a utility function. According to the proposed method the information calculus must be conducted in a undirected way, via a comparison of different strategies in the betting process. The use of the method was validated through the experiment described in this article. Key-words: Risk attitudes Horse racing Applied probability theory 1. INTRODUÇÃO Vive-se hoje a era da informação. O problema de assimetria da informação reside hoje em dia menos na distribuição do que na sua correta interpretação. A revolução das indústrias de tecnologia da informação e de telecomunicações democratizou a publicação e o acesso à informação de forma inédita na história da humanidade. Hoje em dia, mais importante que o acesso à informação (que está disponível a todos) para se conseguir retornos diferenciados é preciso saber interpretar as informações recebidas, e calcular sua eficácia. Em poucas atividades humanas os participantes utilizam tantas informações para uma tomada de decisão como na aposta em corridas de cavalos. Tendo seus retornos definidos de acordo com as escolhas do conjunto de apostadores, entender o valor da informação recebida é uma grande fonte de vantagem competitiva. O objetivo deste artigo é, em essência, mostrar o desenvolvimento e a aplicação de um método que permite o cálculo do valor esperado de uma informação imperfeita (expected value of imperfect information, ou EVII), conforme definido por Clemen & Reilly (2001). Para ilustrar o método, estaremos utilizando três estratégias de aposta baseadas na escolha de cavalos, a saber: Apostar no cavalo montado pelo melhor jóquei da estatística anual, fornecida pelo Jockey Club. Apostar no cavalo considerado o favorito pelos apostadores (aquele com maior número de apostas em seu nome).

2 Apostar no cavalo que larga pela raia interna (existe um intenso debate sobre existir ou não vantagem em largar nas raias internas (Ainslie, 1988)). Não está no escopo deste artigo discutir os problemas relativos ao uso de dados históricos para a previsão de eventos futuros. Na verdade, identificamos nas corridas de cavalos um ambiente que Gomes et al. (2002) definem como um ambiente de decisão em condições de incerteza, aonde muitos fatores somente são quantificados de maneira subjetiva ou incompleta. Nesse tipo de ambiente é interessante usar os dados históricos para ajudar a tentar entender o futuro, uma vez que pretender-se uma precisão na previsão igual a 100% é irreal. Alem disso, montaremos um modelo de tomada de decisão com base no comportamento do apostador médio, modelado através de uma função de utilidade, de acordo com as idéias de Thaler & Ziemba (1988). Segundo este modelo, o apostador tende a ser avesso ao risco quando está ganhando e propenso ao risco quando está perdendo, sendo então razoável acreditar que determinada informação valha mais ou menos dependendo da situação do apostador. 2. METODOLOGIA Segundo a classificação usada por Cooper & Schindler (2001), podemos dizer que esse artigo é um estudo de análise exploratória de dados. Há também um enfoque preditivo no mesmo, uma vez que tentamos intuir como o apostador deve se comportar em determinada situação. O estudo que resultou neste artigo teve as seguintes etapas: Identificação do problema e coleta de dados: consistiu na busca das informações (inscrições, resultados e rateios) referentes aos páreos corridos no Hipódromo da Gávea entre os meses de outubro e dezembro de Os dados foram recolhidos principalmente em duas fontes: a revista semanal Revista JCB e o site do Jockey Club Brasileiro ( Formulação e análise das estratégias: As estratégias a serem analisadas foram as seguintes: Jóquei: aposta feita no cavalo conduzido pelo jóquei melhor colocado nas estatísticas da temporada , dentre os participantes do páreo. A aposta só era realizada se o jóquei fosse um dos dez melhores colocados. A tabela de estatísticas utilizada era atualizada antes das corridas da semana, considerando que a semana turfística vai de sextas a segundas-feiras. Raia Interna: aposta feita no cavalo que era sorteado para largar na raia interna, designada por raia um. Favorito: aposta feita no cavalo que era escolhido pelos apostadores como o mais provável vencedor da prova. Esta informação foi conseguida através da análise dos rateios eventuais a serem pagos em caso de vitória para cada concorrente. O favorito era aquele com o menor rateio. A idéia de se limitar à utilização da estratégia para os melhores colocados do ranking está na crença de que, abaixo de um determinado limite, a colocação do ranking não implique em diferenças significativas de desempenho. O limite de dez para jóqueis e treinadores e quinze para proprietários foi escolhido de forma arbitrária. O único critério para essa escolha foi o sentimento de que, a partir deste ponto, as estatísticas se tornavam irrelevantes. As estratégias de controle têm a função de servir de benchmark para as estratégias analisadas. São elas: Aleatório: aposta feita de maneira aleatória. Significa a escolha de um cavalo ao acaso, sem nenhum uso de informação. Representa a decisão tomada na ausência completa de informação. Adivinho: aposta feita por alguém que sempre acerte os resultados. Representa a informação completa e o lucro obtido se isso fosse possível. A preparação e conseqüente classificação dos dados consistem na codificação das escolhas dadas por cada estratégia e dos resultados em uma planilha Microsoft Excel. Os dados serão assim representados: Os páreos serão reconhecidos pela data, seqüência, distância e raia (grama, areia) na qual foram corridos. Aqui é necessário um cuidado no lançamento, pois as provas em pista de grama muitas vezes são passadas para a pista de areia, caso aquela raia não apresente condições para a corrida. Os cavalos sempre serão representados pelos seus números de inscrição. Os resultados financeiros em cada páreo, para cada estratégia serão considerados da seguinte forma: 863

3 Resultado Valor Acerto (rateio -1) Erro ( 1) Sem aposta zero A massa de dados gerada será analisada como um todo e em partes, segundo as seguintes classificações: Raia: separar as corridas segundo a raia em que foram corridas (grama, areia e variante (areia com uma curva menor)). Distância: separar as corridas segundo o tipo de distância. Usaremos a classificação SMILE, uma das mais utilizadas hoje em dia, de acordo com Barcellos (2002). Essa classificação, mostrada a seguir, divide os cavalos em cinco tipos, de acordo com as provas que devem correr: Denominação Distância Observações Sprint 1000 a 1400 metros sem alternância de ritmo Mile 1609 metros No Brasil, 1600 metros Intermediate 1600 a 2000 metros Correspondem as duas primeiras provas da tríplice coroa. Long 2400 metros Distância Clássica (Arco do Triunfo, GP Brasil, Belmont Stakes, Pellegrini) Extended Acima de 2400 metros Provas de fundo Tipo: separar as corridas de acordo as restrições para a inscrição dos cavalos. Estaremos utilizando três classificações possíveis: Páreos de Grupo: pertencem à programação clássica, segundo a qual só participam os cavalos de melhor qualidade. Sua programação é feita no inicio do ano e os cavalos que competem são preparados preferencialmente para essas provas. Páreos de Turma: Possuem restrições quanto a idade e a número de vitórias ou colocações obtidas. Páreos de Claiming: São páreos realizados com cavalos que se encontram a venda. Os cavalos possuem um preço fixado, para compra até momentos antes da corrida. Páreos de Handicap: São páreos aonde os cavalos melhores carregam pesos diferenciados de acordo com seu retrospecto. Exatamente pela diferença de peso que dá vantagens consideráveis, segundo Barcellos (2002), nesses páreos é normalmente mais difícil definir-se um favorito. A fim de facilitar a análise incluímos nessa categoria os páreos denominados pesos especiais. 3. MODELAGEM DO COMPORTAMENTO DO APOSTADOR Estaremos modelando o comportamento do apostador médio de acordo com as idéias apresentadas por Thaler e Ziemba (1988). Será utilizada uma função contínua, exponencial quando a riqueza é positiva e logarítmica quando a riqueza é negativa, de modo a produzir o comportamento avesso ao risco quando ganhando e propenso ao risco quando perdendo. Também usando a função identidade, de modo a modelar o comportamento do apostador neutro ao risco. A função exponencial foi utilizada num estudo sobre o comportamento do apostador na formação de carteiras de aposta em Vieira & Gomes (2002), e deu resultados plenamente satisfatórios e coerentes com o comportamento do apostador. No artigo citado, ela foi utilizada para modelar um comportamento de aversão ao risco: u(x) = 1 - EXP(-x/R) Onde u(x) representa a satisfação do indivíduo dada uma riqueza x e um grau de risco R. Quanto maior o grau de risco, menor é o aumento de utilidade em função de um aumento de riqueza. 864

4 Para este artigo, necessitamos de uma função que seja convexa no eixo positivo de x e côncava no eixo negativo de x, de modo a modelar corretamente o comportamento em relação ao risco dado o estado (estar ganhando, perdendo ou com o que começou) do apostador. u(x; α > 0) = 1 - EXP(-(x- α)/r) u(x; α = 0) = x u(x; α < 0) = EXP((x-α)/R), onde u(x) representa a satisfação do indivíduo ao obter um resultado x, dada a riqueza inicial α e o grau de risco R. Usaremos três valores de alfa típicos: α = 0 (Zero) α = +5 (cinco positivo) α = -5 (cinco negativo) O grau de risco (R) será definido como 10, que representaria a perda total do capital apostado em uma reunião de dez páreos (algo que nosso apostador considera uma perda significativa). Em nosso modelo, estaremos tomando as seguintes premissas: A memória do apostador dura somente um dia. O resultado dos dias anteriores não atua no comportamento de hoje. A idéia é a de que o apostador médio não vive de apostas e tem o turfe como uma diversão. O comportamento do apostador é de neutro ao risco no inicio do dia. Esse comportamento se modifica de acordo com os seus resultados ao longo dos páreos daquele dia. À medida que ele ganha, ele tende a se tornar avesso ao risco tentando conservar os ganhos obtidos, enquanto a medida que ele perde ele tende a se tornar propenso ao risco tentando recuperar o prejuízo. 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Cada uma das cinco estratégias (incluindo os controles) estará sendo testada levando em consideração as seguintes situações: Situação Geral Tipo de Pista Condição da Pista Distância Tipo de Páreo Quebras NA Areia e Grama Leve, Macia e Pesada Sprint, Mile, Intermediate Normal, Claiming, Grupo, Handicap/Pesos Especiais Para cada uma dessas condições estarão sendo feitos os seguintes testes: Hipótese de Estratégia Vencedora Consideramos uma estratégia vencedora quando seus resultados são estatisticamente superiores ao capital apostado. Se a hipótese não puder ser refutada, em tese um apostador marginal poderia ganhar dinheiro consistentemente usando a estratégia naquela situação. Esse teste é feito com um teste estatístico (teste z para séries com mais de 32 elementos e teste t em caso contrário), usando a seguinte hipótese nula: H o : x > 1 x é a média dos rateios obtidos na série. O teste deverá ser executado para cada estratégia em cada uma das situações analisadas, totalizando 65 estatísticas. Hipótese de Estratégia Positiva Consideramos uma estratégia positiva quando seus resultados são estatisticamente superiores à retirada feita pela casa de apostas. Quando não podemos refutar essa hipótese, isso significa que a informação ligada a estratégia tem valor positivo. Se não existissem os custos de transação (isto é, a retirada), a estratégia seria vencedora. 865

5 Esse teste é feito com um teste estatístico (teste z para séries com mais de 32 elementos e teste t em caso contrário), usando a seguinte hipótese nula: H o : x > T, sendo x a média dos resultados da série e T é (1 p), e p o percentual de retirada adotado pela casa de apostas do Jockey Club Brasileiro. O valor de retirada utilizado é de 30%. O teste deverá ser executado para cada estratégia em cada uma das situações analisadas, totalizando 65 estatísticas. Hipótese de Superioridade Consideramos uma estratégia superior à outra quando a diferença entre seus resultados (sendo a primeira o minuendo e, a segunda, o subtraendo) é estatisticamente positiva. Se a hipótese não puder ser refutada, isto significa que um apostador usando a primeira estratégia terá consistentemente melhores resultados do que outro usando a segunda. Sendo as séries homogêneas (uma vez que elas tratam os retornos obtidos nos mesmos páreos), podemos utilizar os testes z e t sobre a série das diferenças entre as sérias, usando a seguinte hipótese nula: H o : d > 0 d é a média da diferença entre as séries. Este teste deve ser feito entre as cinco estratégias entre si, o que totaliza dez testes em cada situação. Ao todo, estaremos realizando 130 testes deste tipo. Preferência do Apostador Neutro ao Risco Definição da estratégia escolhida pelo apostador quando este assume um comportamento neutro ao risco. Em nosso modelo isso ocorre quando ele está no ponto de equilíbrio (break-even), isto é, sem estar ganhando ou perdendo. A estratégia preferida será aquela de maior valor esperado. O apostador estará escolhendo sempre entre as três estratégias reais (favorito, jóquei, raia). O Valor esperado das estratégias de controle (adivinho e aleatória) será apresentado apenas para verificação. A preferência será apurada em cada uma das treze situações propostas. Preferência do Apostador Avesso ao Risco Definição da estratégia escolhida pelo apostador quando este assume um comportamento avesso ao risco. Em nosso modelo isso ocorre quando ele está obtendo um lucro considerável (metade do capital disponível para apostas naquele dia). A estratégia preferida será aquela com maior utilidade esperada. O apostador estará escolhendo sempre entre as três estratégias reais (favorito, jóquei, raia). O Valor esperado das estratégias de controle (adivinho e aleatória) será apresentado apenas para verificação. A preferência será apurada em cada uma das treze situações propostas. Preferência do Apostador Propenso ao Risco Definição da estratégia escolhida pelo apostador quando este assume um comportamento propenso ao risco. Em nosso modelo isso ocorre quando ele está tendo um prejuízo considerável (metade do capital disponível para apostas naquele dia). A estratégia preferida será aquela com maior utilidade esperada. O apostador estará escolhendo sempre entre as três estratégias reais (favorito, jóquei, raia). O valor esperado das estratégias de controle (adivinho e aleatória) será apresentado apenas para verificação. A preferência será apurada em cada uma das treze situações propostas. Valor da Informação Calcular o valor da informação agregada a estratégia em relação a estratégia que não usa informação nenhuma (estratégia aleatória). Esse seria o valor justo a se pagar pela informação em questão. Só faz sentido calcular o valor da informação quando a estratégia em questão foi considerada superior a estratégia aleatória na situação em questão (ver Teste de Superioridade acima). O Valor da Informação será o valor esperado da diferença entre a estratégia testada e a estratégia aleatória. O cálculo deverá ser feito para cada uma das quatro estratégias que não a aleatória, para cada uma das situações propostas. Essas informações serão então dispostas para cada uma das situações, de modo a possibilitar a análise e a tomada de decisão. Assim, os seguintes aspectos poderão ser verificados: Em que grau jóquei, raia e a preferência do público devem ser levados em consideração pelo apostador? Quanto se pagaria a um adivinho pelos seus serviços? Um apostador ocasional, sem nenhuma espécie de conhecimento específico, tem opção melhor do que jogar no favorito? 866

6 5. NATUREZA DOS DADOS DO PROBLEMA Os dados coletados abrangem todos os páreos entre 11/01/2003 e 10/02/2003 disputados no hipódromo da Gávea, perfazendo um total de 205 páreos [Jockey Club Brasileiro (2003)]. A distribuição dos páreos, conforme as classificações delineadas no estudo, é a seguinte: Tipo de Pista Areia 143 Grama 62 Condição da Raia Leve 83 Macia 55 Pesada 67 Distância Sprint 139 Mile 53 Intermediate 13 Tipo de Páreo Normal 145 Claiming 34 Grupo 8 Handicap e Pesos Especiais 18 Total 205 Seguem algumas observações sobre os dados numéricos do problema: Existem algumas outras denominações de condição de raia (seca, úmida, encharcada são alguns exemplos). Para a nossa análise estamos considerando essas denominações como variações dentro dos três grandes grupos (raia seca foi considerada leve, úmida foi considerada macia e encharcada foi considerada raia pesada). As provas de distância Long são disputadas basicamente a partir do mês de abril, que não estava no escopo dessa massa de dados. As provas Extended acontecem em número de três por ano, o que torna impossível analisá-las. Devido à americanização do turfe brasileiro, os hipódromos cada vez mais privilegiam uma programação baseada em provas curtas, o que torna essa amostra bastante significativa da realidade das corridas do Jockey Club Brasileiro. Dentro do que chamamos de provas de grupo incluímos todas as provas que compõem a programação clássica do Jockey Club Brasileiro. Essas provas acontecem no máximo duas vezes por semana. 6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Seguem os resultados dos testes estatísticos realizados. Vamos apresentar primeiro os dados relativos à amostra inteira para depois apresentar os resultados por quebra. Por fim, apresentaremos um quadro com o valor da informação calculado para cada estratégia em cada uma das situações estudadas, assim como um quadro com o resumo de todas as decisões tomadas de acordo com nosso modelo. Junto com os dados, apresentaremos alguns comentários quanto aos resultados obtidos, em função das expectativas iniciais. Segue uma tabela comparativa do valor da informação de cada estratégia para cada situação analisada: 867

7 Quebra Favorito Adivinho Jóquei Raia Areia 0,39 5,35 0,13 0,81 Grama 0,48 5,47 0,09 0,04 Leve 0,63 4,96 0,37 0,36 Macia 0,36 6,08 0,08 0,88 Pesada 0,21 5,33 0,00 0,60 Sprint 0,34 5,23 0,10 0,74 Mile 0,59 5,70 0,10 0,26 Intermediate 0,64 5,32 0,37 0,26 Normal 0,30 5,30 0,04 0,73 Claiming 0,75 5,35 0,25 0,25 Grupo 0,41 6,34 0,25 0,00 Handicap e Pesos Especiais 0,73 5,71 0,45 0,20 Amostra Total 0,42 5,39 0,12 0,58 O valor da informação perfeita fica em torno de cinco vezes a unidade de aposta básica. Um apostador marginal (em princípio) conseguiria ter lucro adquirindo a informação perfeita a esse custo. No entanto, isto só seria verdade se ele tivesse acesso exclusivo a essa informação. Se a mesma fosse pudesse ser vendida livremente, seu valor tenderia a zero (e as apostas em corrida de cavalo deixariam de existir). Essa tendência pode ser mostrada pelo valor das demais informações analisadas. Sendo todas elas de conhecimento comum, o esperado era que seus valores fossem relativamente baixos. O fato de seus valores serem positivos (e representarem uma grande fatia do capital apostado) mostra que elas são efetivamente importantes, mas que seu uso isolado não pode trazem lucro no longo prazo para quem as utiliza isoladamente. A tabela a seguir ilustra as possíveis decisões do apostador: Quebra Neutro Ganhando Perdendo Areia Raia Raia Raia Grama Favorito Favorito Favorito Leve Favorito Favorito Favorito Macia Raia Raia Raia Pesada Raia Raia Raia Sprint Raia Raia Raia Mile Favorito Favorito Favorito Intermediate Favorito Favorito Favorito Normal Raia Raia Raia Claiming Favorito Favorito Favorito Grupo Favorito Favorito Favorito Handicap e Pesos Especiais Favorito Favorito Favorito Amostra Total Raia Favorito Raia Este resultado é de certa forma surpreendente. Olhando o resultado da amostra total, temos a impressão de que as estratégias Favorito e Raia possam ser igualmente interessantes, aonde a escolha se torna apenas uma questão de como encaramos o risco. Quando analisamos as provas de acordo com as quebras, vemos que o suposto compromisso (tradeoff) risco versus retorno se torna falso. O resultado das corridas é função de suas características, o que leva a dominância de uma estratégia sobre a outra em determinados casos. Esta dominância se apresentou de tal forma que, em todos os casos a exceção do teste com a amostra total, a tomada de decisão foi a mesma a despeito da situação financeira. É notável a consistência do modelo de decisão em relação aos testes de superioridade, pois, mesmo quando não conseguimos reconhecer uma situação de superioridade diretamente (no teste entre as duas 868

8 estratégias), ela acaba sendo reconhecida de maneira indireta (através da comparação com as demais estratégias). Em seguida, mostra-se o teste de estratégia vencedora: Quebra Favorito Aleatório Adivinho Jóquei Raia Areia Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Indefinido Grama Indefinido Perdedora Vencedora Perdedora Perdedora Leve Indefinido Perdedora Vencedora Indefinido Indefinido Macia Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Indefinido Pesada Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Indefinido Sprint Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Indefinido Mile Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Perdedora Intermediate Indefinido Perdedora Vencedora Perdedora Perdedora Normal Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Indefinido Claiming Indefinido Perdedora Vencedora Perdedora Perdedora Grupo Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Perdedora Handicap e Pesos Especiais Indefinido Perdedora Vencedora Perdedora Perdedora Amostra Total Perdedora Perdedora Vencedora Perdedora Indefinido Como era esperado, em nenhuma situação, qualquer das estratégias pode ser aceita como estratégia vencedora. Não poderia se esperar algo muito diferente de estratégias baseadas em informação livre e de tão fácil implementação como essas. O estudo levanta a suspeita da possibilidade de existência de um viés favorecendo apostas em competidores que largam na raia interna. Seria interessante a realização de estudos mais detalhados a fim de verificar essa questão. Vê-se a seguir o teste de estratégia positiva: Quebra Favorito Aleatório Adivinho Jóquei Raia Areia Indefinido Negativa Positiva Indefinido Positiva Grama Positiva Indefinido Positiva Indefinido Indefinido Leve Positiva Negativa Positiva Indefinido Indefinido Macia Indefinido Negativa Positiva Negativa Indefinido Pesada Indefinido Indefinido Positiva Indefinido Indefinido Sprint Positiva Indefinido Positiva Indefinido Positiva Mile Indefinido Negativa Positiva Negativa Indefinido Intermediate Indefinido Negativa Positiva Indefinido Indefinido Normal Positiva Indefinido Positiva Indefinido Positiva Claiming Indefinido Negativa Positiva Negativa Negativa Grupo Indefinido Negativa Positiva Negativa Negativa Handicap e Pesos Especiais Indefinido Negativa Positiva Indefinido Negativa Amostra Total Positiva Negativa Positiva Negativa Indefinido A análise demonstra um forte indício de existência de viés do azarão na amostra estudada. Em nenhum caso a estratégia de se apostar no favorito apresentou perdas estatisticamente inferiores a retirada imposta pelo Hipódromo. Outro fato que aumenta esta suspeita é o retorno negativo comprovado da estratégia Aleatório. Esse estudo trouxe à tona a ineficiência de uma política de se dar mais atenção ao jóquei do que ao seu pilotado. Nesse ponto parece estar certo um velho ditado de que a corrida é de cavalo e não de jóquei. Este teste demonstra a necessidade de mais estudos em relação ao problema da raia, pois esta apresenta resultados estatisticamente superiores a retirada nas provas turma, em curta distância e na pista de areia (é interessante notar que essas três condições acontecem simultaneamente em um grande número de provas). 869

9 7. CONCLUSÕES O objetivo principal deste artigo foi o de apresentar um método para a tomada de decisão em mercados de aposta ou investimento, através do cálculo do valor esperado da informação imperfeita, tendo em vista a o uso de informação especializada e a análise do risco do apostador. Não caberia ao método fazer a análise do assunto em si, mas sim verificar os resultados obtidos com o uso da informação oferecida. O estudo de caso realizado utilizou estratégias baseadas em fatores normalmente considerados importantes para o prognóstico de corridas de cavalo e analisou-as de acordo com uma amostra de mais de 200 páreos corridos no Hipódromo da Gávea no ano de Para conferir a consistência do método efetuou-se uma série de testes estatísticos em relação às estratégias utilizadas, analisando não só a amostra total como sub-amostras separadas de acordo com as características das corridas. Tais testes permitiram, além da verificação da metodologia, discutir alguns tópicos relativos às corridas de cavalos, dentre eles o viés do azarão (favorite-longshot bias). Como resumo dos resultados de nossa análise, observou-se que os resultados obtidos pelo modelo de decisão proposto tiveram uma grande coerência com os resultados obtidos através da análise estatística (mais especificamente, a análise dos testes de superioridade). Como se esperava, nenhuma das estratégias pode ser aceita como veículo de ganhos financeiros consistentes. A análise da amostra total revelou um compromisso risco versus retorno entre duas estratégias (Favorito e Raia), sendo que o apostador escolheria a primeira quando ganhando e, a segunda, quando no prejuízo, a fim de tentar recuperar o que foi perdido. Porem, a análise em separado das quebras propostas revelou que tal compromisso era uma ilusão, já que cada uma das estratégias tende a dominar determinados tipos de prova. A dominância de uma estratégia sobre as demais fez com que a escolha fosse independente do nível financeiro, para o nível de sensibilidade ao risco utilizado. A dominância das estratégias Favorito em relação as demais exceção feita a estratégia Raia, que será discutida adiante, conjugada a baixa performance da estratégia Aleatória em relação ao nível de retirada (take-out e breakage) feito pela casa de apostas, nos dá fortes indícios da existência de viés do azarão no mercado de apostas do Hipódromo da Gávea. Em virtude dos resultados obtidos, torna-se interessante um estudo mais aprofundado de uma possível vantagem para os cavalos que largam nas raias internas da pista, principalmente em provas de curta distância na pista de areia. A existência de vieses como os que foram acima analisados nos faz desconfiar da hipótese de eficiência dos mercados de aposta. Porém, foi nos permitido notar que determinadas condições como as corridas em pista de grama ou pista pesada trazem um aumento do fator acaso nos resultados, aumentando um pouco o grau de eficiência do mercado de apostas. A informação perfeita teria valor aproximadamente de cinco vezes o capital apostado, contanto que ela pudesse ser obtida de forma proprietária. As informações testadas possuem valor positivo, contribuindo para o prognóstico dos resultados, apesar de não permitirem lucros quando usadas de maneira isolada. Como sugestões de alguns caminhos para novas pesquisas, sugerimos que se analisar com mais detalhe se existe alguma vantagem para os cavalos que largam nas balizas internas. Além disto, também sugerimos que se use a metodologia apresentada neste artigo para avaliar os prognósticos oferecidos por periódicos especializados. Como comentário final, podemos afirmar que apostar em corridas de cavalos não é uma maneira consistente de ganhar dinheiro, pois o destino de quem as procura com tal objetivo é a bancarrota. Mas pode ser uma excelente diversão, se for encarada como tal. Agradecimentos: Os autores agradecem ao Prof. Anníbal Parracho Sant Anna pelos comentários sobre o desenvolvimento do estudo que resultou no presente artigo. 870

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ainslie, Tom (1988) Ainslie's Complete Guide to Thoroughbred Racing, Fireside, Washington, D.C. Barcellos, Sérgio (2002) Cavalos de Corrida: Uma Alegria Eterna, TopBooks, Rio de Janeiro. Clemen, Robert; Reilly, Terence (2000) Making Hard Decisions with Decision Tools, 2nd edition, Duxbury-Thomson Learning, Pacific Grove. Cooper. Donald; Schindler, Pamela (2001) Business Research Methods, 7th edition; McGraw- Hill/Irwin, New York. Gomes, Luiz F.A.M; Gomes, Carlos F.S.; e Almeida, Adiel T. (2002) Tomada de Decisão Gerencial Enfoque Multicritério, Editora Atlas, Rio de Janeiro. Jockey Club Brasileiro (2003) Revista JCB, Diversas Edições, Rio de Janeiro. Sant Anna, Annibal P. (2002) Aleatorização e Composição de Medidas de Preferência, Pesquisa Operacional, Volume 22, Número 1, pgs Thaler, Richard; Ziemba, William (1988) Parimutuel Betting Markets: Racetracks and Lotteries, Journal of Economic Perspectives, Spring88, Vol.2, Issue 2, p Vieira, Eduardo M. e Gomes, Luiz F.A.M. (2002) Uso da Função de Utilidade Exponencial na formação de Carteiras de Aposta com base no grau de Aversão ao Risco, Boletim SOBRAPO, N 21, Setembro de 2002, pgs

AGCCC JCRGS. Capítulo I. Das Provas Promovidas Referentes á Tríplice Coroa Juvenil

AGCCC JCRGS. Capítulo I. Das Provas Promovidas Referentes á Tríplice Coroa Juvenil REGULAMENTO DA TRÍPLICE COROA JUVENIL AGCCC JCRGS Capítulo I Das Provas Promovidas Referentes á Tríplice Coroa Juvenil Art. 1º. A Tríplice Coroa Juvenil será constituída de três etapas e seis provas com

Leia mais

Teoria da Correlação. Luiz Carlos Terra

Teoria da Correlação. Luiz Carlos Terra Luiz Carlos Terra Você poderá, através de cálculos matemáticos, verificar a forma como a variação de um dado observado pode estar associada às alterações de outra variável. (Luiz Carlos Terra) 1 Objetivo

Leia mais

Unidade III ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade III ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues Unidade III ESTATÍSTICA Prof. Fernando Rodrigues Medidas de dispersão Estudamos na unidade anterior as medidas de tendência central, que fornecem importantes informações sobre uma sequência numérica. Entretanto,

Leia mais

1) A distribuição dos alunos nas 3 turmas de um curso é mostrada na tabela abaixo.

1) A distribuição dos alunos nas 3 turmas de um curso é mostrada na tabela abaixo. 1) A distribuição dos alunos nas 3 turmas de um curso é mostrada na tabela abaixo. A B C Homens 42 36 26 Mulheres 28 24 32 Escolhendo-se uma aluna desse curso, a probabilidade de ela ser da turma A é:

Leia mais

Regras para uso da pista de grama (atualizado em 28/7/15)

Regras para uso da pista de grama (atualizado em 28/7/15) Regras para uso da pista de grama (atualizado em 28/7/15) 1. INTRODUÇÃO Visando o melhor aproveitamento da pista de grama do Jockey Club Brasileiro, estamos apresentando as normas que achamos de extrema

Leia mais

ANÁLISE CRÍTICA DA NOVA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO EXAME NACIONAL DE CURSOS

ANÁLISE CRÍTICA DA NOVA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO EXAME NACIONAL DE CURSOS ANÁLISE CRÍTICA DA NOVA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO EXAME NACIONAL DE CURSOS Rubén Romero 1, Anna Diva P. Lotufo 2 FEIS/UNESP 1 Av. Brasil 56, Ilha Solteira, SP ruben@dee.feis.unesp.br FEIS/UNESP 2 Av.

Leia mais

ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II)

ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II) ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II)! Como calcular o retorno usando dados históricos?! Como calcular a variância e o desvio padrão?! A análise do retorno através da projeção de retornos

Leia mais

Risco. Definição: Uma lotaria é qualquer evento com um resultado incerto. Exemplos: Investimento, Jogos de Casino, Jogo de Futebol.

Risco. Definição: Uma lotaria é qualquer evento com um resultado incerto. Exemplos: Investimento, Jogos de Casino, Jogo de Futebol. Risco Definição: Uma lotaria é qualquer evento com um resultado incerto. Exemplos: Investimento, Jogos de Casino, Jogo de Futebol. Definição: A probabilidade de um resultado (de uma lotaria) é a possibilidade

Leia mais

Taxa Interna de Retorno (TIR)

Taxa Interna de Retorno (TIR) Problemas com o Método da TIR (Taxa Interna de Retorno) Hoje vamos falar do método da TIR (Taxa Interna de Retorno) e de alguns problemas que podem ocorrer quando utilizamos essa técnica na análise de

Leia mais

Regulamento do JCRGS para apostas através do Simulcasting Internacional transmitido pela Caliente

Regulamento do JCRGS para apostas através do Simulcasting Internacional transmitido pela Caliente Regulamento do JCRGS para apostas através do Simulcasting Internacional transmitido pela Caliente APOSTAS DIRETAS Win (Vencedor) - Sigla na Pule: WIN Consiste na escolha de um animal para vencedor. Você

Leia mais

Resoluções da Comissão de Corridas

Resoluções da Comissão de Corridas Resoluções da Comissão de Corridas JOCKEY CLUB BRASILEIRO SECRETARIA DA COMISSÃO DE CORRIDAS BOLETIM OFICIAL Nº 058 DE 05 DE JUNHO DE 2009 RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE CORRIDAS EM 05 DE JUNHO DE 2009 TENDO

Leia mais

A pesquisa foi classificada de acordo com a taxionomia utilizada por Vergara (1997), qualificando-a quanto aos fins e aos meios.

A pesquisa foi classificada de acordo com a taxionomia utilizada por Vergara (1997), qualificando-a quanto aos fins e aos meios. 4 Metodologia 4.1 Tipo de pesquisa A pesquisa foi classificada de acordo com a taxionomia utilizada por Vergara (1997), qualificando-a quanto aos fins e aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa pode ser

Leia mais

CAPÍTULO 5 RESULTADOS. São apresentados neste Capítulo os resultados obtidos através do programa Classific, para

CAPÍTULO 5 RESULTADOS. São apresentados neste Capítulo os resultados obtidos através do programa Classific, para CAPÍTULO 5 RESULTADOS São apresentados neste Capítulo os resultados obtidos através do programa Classific, para as imagens coletadas no verão II, período iniciado em 18/01 e finalizado em 01/03 de 1999,

Leia mais

a. METODOLOGIA DE MEDIÇÃO

a. METODOLOGIA DE MEDIÇÃO JOCKEY CLUB SÃO PAULO NORMAS DE USO PISTA DE GRAMA MARÇO 2014 1. INTRODUÇÃO Visando o melhor aproveitamento da pista de grama do Jockey Club São Paulo estamos apresentando as normas que achamos de extrema

Leia mais

ANÁLISE DE DECISÃO. Elementos básicos sobre árvores de decisão e diagramas de influência. Conceitos complementares:

ANÁLISE DE DECISÃO. Elementos básicos sobre árvores de decisão e diagramas de influência. Conceitos complementares: ANÁLISE DE DECISÃO Elementos básicos sobre árvores de decisão e diagramas de influência Mónica Oliveira Ano lectivo 2011/2012 2 Conceitos Diagramas de influência Árvores de decisão Conceitos complementares:

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

6 Controlador de Estado

6 Controlador de Estado 6 Controlador de Estado Apresenta-se a seguir o método para implementação do sistema de controle por estados (Ogata, 1990). Considera-se agora o sistema representado em sua forma de estado: (25) cujo o

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Aula 3 Professora: Rosa M. M. Leão Probabilidade e Estatística Conteúdo: 1.1 Por que estudar? 1.2 O que é? 1.3 População e Amostra 1.4 Um exemplo 1.5 Teoria da Probabilidade 1.6 Análise Combinatória 3

Leia mais

REGULAMENTO. Capítulo I Da Copa dos Criadores. Art. 1º. A Copa dos Criadores será constituída de quatro provas com as seguintes características:

REGULAMENTO. Capítulo I Da Copa dos Criadores. Art. 1º. A Copa dos Criadores será constituída de quatro provas com as seguintes características: COPA DOS CRIADORES REGULAMENTO Capítulo I Da Copa dos Criadores Art. 1º. A Copa dos Criadores será constituída de quatro provas com as seguintes características: I - Copa Clássica na distância de 2.000m,

Leia mais

Software TecAt Plus 6 Officina de Mydia / Volts and Bolts NBR 7117:2011 Revisão dos Exemplos - anexo B Ed. Preliminar (incompleta) - 13/03/2016

Software TecAt Plus 6 Officina de Mydia / Volts and Bolts NBR 7117:2011 Revisão dos Exemplos - anexo B Ed. Preliminar (incompleta) - 13/03/2016 Software TecAt Plus 6 Officina de Mydia / Volts and Bolts NBR 7117:2011 Revisão dos Exemplos - anexo B Ed. Preliminar (incompleta) - 13/03/2016 Introdução Em atenção a consultas de usuários, apresentamos

Leia mais

Analista TRT 10 Região / CESPE 2013 /

Analista TRT 10 Região / CESPE 2013 / Ao comentar sobre as razões da dor na região lombar que seu paciente sentia, o médico fez as seguintes afirmativas. P1: Além de ser suportado pela estrutura óssea da coluna, seu peso é suportado também

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA. Portanto, o preço do produto, nessa situação, varia entre 0 e R$ 5,00. 0 < P < R$ 5,00. Ao admitirmos P > 0, ocorre:

MATEMÁTICA APLICADA. Portanto, o preço do produto, nessa situação, varia entre 0 e R$ 5,00. 0 < P < R$ 5,00. Ao admitirmos P > 0, ocorre: MATEMÁTICA APLICADA Apresentação Caro aluno: A contextualização e a aplicação dos conteúdos matemáticos (já estudados) contemplarão o objetivo geral da disciplina Matemática Aplicada à Administração. Este

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE LOUSADA

ESCOLA SECUNDÁRIA DE LOUSADA ESCOLA SECUNDÁRIA DE LOUSADA 2012 2013 PLANIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA Curso Profissional de Técnico de Multimédia ELENCO MODULAR A7 Probabilidades 28 A6 Taxa de variação 36 A9 Funções de crescimento

Leia mais

Tabela 4.1 Distribuição dos indicadores por tipo Tipo de Indicador No. de indicadores. Indicadores de Evento 93. Indicadores de Tendência 37

Tabela 4.1 Distribuição dos indicadores por tipo Tipo de Indicador No. de indicadores. Indicadores de Evento 93. Indicadores de Tendência 37 4 Estudo de Casos A metodologia proposta no capítulo 3 foi aplicada em casos reais coletados de equipamentos Caterpillar da Sotreq. As falhas aqui estudadas são referentes a dois componentes do caminhão:

Leia mais

O valor esperado de uma quantidade aleatória Paulo Cezar Pinto Carvalho IMPA e EMAp/FGV

O valor esperado de uma quantidade aleatória Paulo Cezar Pinto Carvalho IMPA e EMAp/FGV O valor esperado de uma quantidade aleatória Paulo Cezar Pinto Carvalho IMPA e EMAp/FGV Um conceito simples e útil mas que não é normalmente explorado no Ensino Fundamental no Brasil é o de valor esperado

Leia mais

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA)

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA) 1. Sabe-se que o nível de significância é a probabilidade de cometermos um determinado tipo de erro quando da realização de um teste de hipóteses. Então: a) A escolha ideal seria um nível de significância

Leia mais

MODELAGEM E ESCOLHA ENTRE EMBALAGENS USANDO TÉCNICAS DE CONFIABILIDADE E ANÁLISE DE

MODELAGEM E ESCOLHA ENTRE EMBALAGENS USANDO TÉCNICAS DE CONFIABILIDADE E ANÁLISE DE Revista da Estatística da UFOP, Vol I, 2011 - XI Semana da Matemática e III Semana da Estatística, 2011 ISSN 2237-8111 MODELAGEM E ESCOLHA ENTRE EMBALAGENS USANDO TÉCNICAS DE CONFIABILIDADE E ANÁLISE DE

Leia mais

Parte I Prova Escrita

Parte I Prova Escrita INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DISCIPLINA FÍSICA PROVA 315/2016 12º Ano de Escolaridade (Decreto-Lei nº 139/2012, de 5 de julho, republicado pelo Decreto-Lei nº 91/2013, de 10 de julho)

Leia mais

Intervalos de Confiança

Intervalos de Confiança Intervalos de Confiança INTERVALOS DE CONFIANÇA.1 Conceitos básicos.1.1 Parâmetro e estatística Parâmetro é a descrição numérica de uma característica da população. Estatística é a descrição numérica de

Leia mais

Medidas de Dispersão 1

Medidas de Dispersão 1 Curso: Logística e Transportes Disciplina: Estatística Profa. Eliane Cabariti Medidas de Dispersão 1 Introdução Uma breve reflexão sobre as medidas de tendência central permite-nos concluir que elas não

Leia mais

AULA 02 Distribuição de Probabilidade Normal

AULA 02 Distribuição de Probabilidade Normal 1 AULA 02 Distribuição de Probabilidade Normal Ernesto F. L. Amaral 20 de agosto de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola, Mario

Leia mais

DISCIPLINA: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA TURMA: Informática de Gestão

DISCIPLINA: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA TURMA: Informática de Gestão Aula # 04 DISCIPLINA: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA TURMA: Informática de Gestão Escala de Medidas de Variáveis. Frequência absoluta e relativa de dados quantitativos. Professor: Dr. Wilfredo Falcón Urquiaga

Leia mais

ÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO A PRÁTICA DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR NOS DOMICÍLIOS DE LARANJEIRAS DO SUL

ÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO A PRÁTICA DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR NOS DOMICÍLIOS DE LARANJEIRAS DO SUL ÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO A PRÁTICA DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR NOS DOMICÍLIOS DE LARANJEIRAS DO SUL Cheila Lucas dos Santos (UNICENTRO), Amarildo Hersen (Orientador), e- mail: amarildohersen@yahoo.com.br

Leia mais

Curso Profissional de Nível Secundário

Curso Profissional de Nível Secundário Curso Profissional de Nível Secundário Técnico Auxiliar de Saúde 2 TAS Ano Letivo: 2014/2015 Matemática (200 horas) 11º Ano PLANIFICAÇÃO A LONGO PRAZO A7 Probabilidades Fenómenos aleatórios. 2 aulas Argumento

Leia mais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais João Eduardo da Silva Pereira (UFSM) jesp@smail.ufsm.br Tânia Maria Frighetto (UFSM) jesp@smail.ufsm.br

Leia mais

Pesquisa de Satisfação. Uso Estratégico na Entidade

Pesquisa de Satisfação. Uso Estratégico na Entidade Pesquisa de Satisfação Uso Estratégico na Entidade RESPOSTAS São cruciais para o crescimento e sustentabilidade de qualquer negócio. Como saber o que quer e o que pensa o Participante? Como saber se está

Leia mais

Luciana de Sousa de Oliveira 1 Maria Gertrudes A. Justi da Silva 2 David Garrana Coelho 3

Luciana de Sousa de Oliveira 1 Maria Gertrudes A. Justi da Silva 2 David Garrana Coelho 3 VERIFICAÇÃO DAS PREVISÕES DE PRECIPITAÇÃO E TEMPERATURA PARA O RIO DE JANEIRO MAIO A SETEMBRO DE E JULHO A SETEMBRO DE Luciana de Sousa de Oliveira Maria Gertrudes A. Justi da Silva David Garrana Coelho

Leia mais

Nesse artigo falaremos sobre:

Nesse artigo falaremos sobre: Este conteúdo faz parte da série: Estudo de Viabilidade Econômica Ver 8 posts dessa série Nesse artigo falaremos sobre: O que é custo de oportunidade Exemplo de custo de oportunidade em uma planilha de

Leia mais

Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I.

Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I. Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I. Nessa aula, vamos relembrar os métodos de análise do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, através da

Leia mais

Estatística I Aula 2. Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

Estatística I Aula 2. Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Estatística I Aula 2 Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Análise Exploratória de Dados Consiste em resumir e organizar os dados coletados Utiliza-se tabelas, gráficos ou medidas numéricas para resumir

Leia mais

CE Estatística I

CE Estatística I CE 002 - Estatística I Agronomia - Turma B Professor Walmes Marques Zeviani Laboratório de Estatística e Geoinformação Departamento de Estatística Universidade Federal do Paraná 1º semestre de 2012 Zeviani,

Leia mais

Metodologia para Avaliação do Grau de Consistência da Gestão de Fundos de Investimentos

Metodologia para Avaliação do Grau de Consistência da Gestão de Fundos de Investimentos Metodologia para Avaliação do Grau de Consistência da Gestão de Fundos de Investimentos 1. Introdução Examinando o termo PERFORMANCE podemos entendê-lo como atuação ou desempenho sendo, em geral, acompanhado

Leia mais

Dados de identificação do Acadêmico: Nome: Login: CA: Cidade: UF Assinatura: CARTÃO RESPOSTA

Dados de identificação do Acadêmico: Nome: Login: CA: Cidade: UF Assinatura: CARTÃO RESPOSTA ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS TURMA 2008 4º PERÍODO 7º MÓDULO AVALIAÇÃO A2 DATA 08/10/2009 ESTATÍSTICA 2009/2 Dados de identificação do Acadêmico: Nome: Login: CA: Cidade: UF Assinatura: CARTÃO

Leia mais

Avaliação Quantitativa de Sistemas

Avaliação Quantitativa de Sistemas Avaliação Quantitativa de Sistemas Contexto A Avaliação Quantitativa de Sistemas permite a avaliação de sistemas antes mesmo da sua implementação física. Dessa forma, é possível avaliar um sistema projetado

Leia mais

Nesse artigo falaremos sobre: Tipos de Riscos. Aprenda a fazer análise de riscos com o método William T. Fine

Nesse artigo falaremos sobre: Tipos de Riscos. Aprenda a fazer análise de riscos com o método William T. Fine Este conteúdo faz parte da série: Gestão de Riscos Ver 2 posts dessa série Nesse artigo falaremos sobre: Tipos de Riscos Como fazer análise de riscos Como o método William T. Fine pode te ajudar ainda

Leia mais

Aula 2. ESTATÍSTICA E TEORIA DAS PROBABILIDADES Conceitos Básicos

Aula 2. ESTATÍSTICA E TEORIA DAS PROBABILIDADES Conceitos Básicos Aula 2 ESTATÍSTICA E TEORIA DAS PROBABILIDADES Conceitos Básicos 1. DEFINIÇÕES FENÔMENO Toda modificação que se processa nos corpos pela ação de agentes físicos ou químicos. 2. Tudo o que pode ser percebido

Leia mais

5 Experimentos Corpus

5 Experimentos Corpus 5 Experimentos 5.1. Corpus A palavra corpus significa corpo em latim. No contexto de Aprendizado de Máquina, corpus se refere a um conjunto de dados utilizados para experimentação e validação de modelos.

Leia mais

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA Prof. Mauricio Fanno Estatística indutiva Estatística descritiva Dados no passado ou no presente e em pequena quantidade, portanto, reais e coletáveis. Campo de trabalho:

Leia mais

ANOVA - parte I Conceitos Básicos

ANOVA - parte I Conceitos Básicos ANOVA - parte I Conceitos Básicos Erica Castilho Rodrigues 9 de Agosto de 2011 Referências: Noções de Probabilidade e Estatística - Pedroso e Lima (Capítulo 11). Textos avulsos. Introdução 3 Introdução

Leia mais

DETERMINAÇÃO DE VOLUME DE CORTE OU ATERRO 1

DETERMINAÇÃO DE VOLUME DE CORTE OU ATERRO 1 DETERMINAÇÃO DE VOLUME DE CORTE OU ATERRO 1 Dyenifer Peralta Teichmann 2, Vilmar Rogerio Teichmann 3, Peterson Cleyton Avi 4, Thalia Klein Da Silva 5. 1 Projeto de extensão realizado no curso Engenharia

Leia mais

FECG-SP. Curso de Gestão Financeira E Orçamentária PROF. EDUARDO ANTONIO STANISCI PEDRO

FECG-SP. Curso de Gestão Financeira E Orçamentária PROF. EDUARDO ANTONIO STANISCI PEDRO FECG-SP Curso de Gestão Financeira E Orçamentária 2016 PROF. EDUARDO ANTONIO STANISCI PEDRO SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. CUSTEIO POR ABSORÇÃO 5 3. CUSTEIO VARIÁVEL 4. BIBLIOGRAFIA 7 8 5. SLIDES 9 2 CURSO

Leia mais

Indicadores de Desempenho

Indicadores de Desempenho Indicadores de Desempenho 1 Conceito Características mensuráveis de processos, produtos ou serviços, utilizadas pela organização para acompanhar, avaliar e melhorar o seu desempenho. OS INDICADORES NECESSITAM

Leia mais

Testes de Aderência, Homogeneidade e Independência

Testes de Aderência, Homogeneidade e Independência Testes de Aderência, Homogeneidade e Independência Prof. Marcos Vinicius Pó Métodos Quantitativos para Ciências Sociais O que é um teste de hipótese? Queremos saber se a evidência que temos em mãos significa

Leia mais

A depreciação real de um ativo destes, num determinado período, é a diferença entre o seu valor de aquisição e o seu valor de revenda.

A depreciação real de um ativo destes, num determinado período, é a diferença entre o seu valor de aquisição e o seu valor de revenda. PARTE 7 DEPRECIAÇÃO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução 2. Método Linear 3. Método de Cole ou da Soma dos Dígitos 4. Método Exponencial 5. Exercícios resolvidos 1. Introdução Depreciação significa desvalorização.

Leia mais

2 O Processo de Avaliação de Recursos de Petróleo Não Descobertos

2 O Processo de Avaliação de Recursos de Petróleo Não Descobertos 2 O Processo de Avaliação de Recursos de Petróleo Não Descobertos Antes do processo de exploração de recursos não descobertos, são as atividades de prospecção de petróleo que identificam regiões que pela

Leia mais

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA VARIABILIDADE NA MEDIDA DE DADOS CIENTÍFICOS Se numa pesquisa, desenvolvimento de um processo ou produto, o valor

Leia mais

LABORATÓRIO Nº 1. Análise de Padrões de Distribuição de Pontos

LABORATÓRIO Nº 1. Análise de Padrões de Distribuição de Pontos LABORATÓRIO Nº 1 Análise de Padrões de Distribuição de Pontos 1. Objetivos: O objetivo deste laboratório é ilustrar as várias formas de analisar padrão de pontos, a partir de alguns conjuntos de dados.

Leia mais

Estatística Básica. Introdução à Análise Exploratória de Dados. Renato Dourado Maia. Instituto de Ciências Agrárias

Estatística Básica. Introdução à Análise Exploratória de Dados. Renato Dourado Maia. Instituto de Ciências Agrárias Estatística Básica Introdução à Análise Exploratória de Dados Renato Dourado Maia Instituto de Ciências Agrárias Universidade Federal de Minas Gerais Pergunta Inicial O que é Estatística? 2/26 Contexto

Leia mais

NT 206. Distribuições Estatísticas aplicadas ao tráfego. Engº: Sun Hsien Ming. a) f(x) 0 (1) 1. Introdução

NT 206. Distribuições Estatísticas aplicadas ao tráfego. Engº: Sun Hsien Ming. a) f(x) 0 (1) 1. Introdução NT 206 Distribuições Estatísticas aplicadas ao tráfego Engº: Sun Hsien Ming 1. Introdução Durante os trabalhos para desenvolver o Manual de Critérios de Implantação de Semáforos, houve a necessidade de

Leia mais

Estudo heurístico de performance de estratégias de investimento simples baseadas na média móvel e desvio padrão no mercado ForEx

Estudo heurístico de performance de estratégias de investimento simples baseadas na média móvel e desvio padrão no mercado ForEx Estudo heurístico de performance de estratégias de investimento simples baseadas na média móvel e desvio padrão no mercado ForEx Lucas Roberto da Silva Centro de Automação, Gestão e Pesquisa em finanças

Leia mais

mercado de cartões de crédito, envolvendo um histórico desde o surgimento do produto, os agentes envolvidos e a forma de operação do produto, a

mercado de cartões de crédito, envolvendo um histórico desde o surgimento do produto, os agentes envolvidos e a forma de operação do produto, a 16 1 Introdução Este trabalho visa apresentar o serviço oferecido pelas administradoras de cartões de crédito relacionado ao produto; propor um produto cartão de crédito calcado na definição, classificação

Leia mais

Definição / Abordagem de Processos

Definição / Abordagem de Processos Definição / Abordagem de Processos Ao longo da história dos processos produtivos e administrativos, as organizações têm crescido em tamanho, complexidade e requisitos. Para assegurar a qualidade, a eficácia

Leia mais

Caixas Ativas e Passivas Montadas em Pedestal. SKY 3000, SKY 2200, SKY 700, SKY 600 e NASH SPL Máximo em Função da Distância e da Altura

Caixas Ativas e Passivas Montadas em Pedestal. SKY 3000, SKY 2200, SKY 700, SKY 600 e NASH SPL Máximo em Função da Distância e da Altura Caixas Ativas e Passivas Montadas em Pedestal SKY 3000, SKY 00, SKY 700, SKY 600 e NASH 144 SPL Máximo em Função da Distância e da Altura www.studior.com.br Homero Sette 3-08 - 01 Em trabalho anterior

Leia mais

Cerca de um quarto da prova será fácil, dois quartos terão grau

Cerca de um quarto da prova será fácil, dois quartos terão grau Enem em 14 Respostas fonte :http://g1.globo.com/noticias/vestibular/0,,mul1250990-5604,00.html 1 - Quanto valerá cada questão da prova do Enem? Cerca de um quarto da prova será fácil, dois quartos terão

Leia mais

Aula 5 Equações paramétricas de retas e planos

Aula 5 Equações paramétricas de retas e planos Aula 5 Equações paramétricas de retas e planos MÓDULO 1 - AULA 5 Objetivo Estabelecer as equações paramétricas de retas e planos no espaço usando dados diversos. Na Aula 3, do Módulo 1, vimos como determinar

Leia mais

MANUAL DO AVALIADOR O

MANUAL DO AVALIADOR O MANUAL DO AVALIADOR O que é uma Feira de Ciência? É uma exposição que divulga os resultados de experimentos ou de levantamentos realizados, com rigor científico, por alunos, sob a orientação de um professor.

Leia mais

Teoria do consumidor. Propriedades do Conjunto Consumo,

Teoria do consumidor. Propriedades do Conjunto Consumo, Teoria do consumidor 1 Pedro Rafael Lopes Fernandes Qualquer modelo que vise explicar a escolha do consumidor é sustentado por quatro pilares. Estes são o conjunto consumo, o conjunto factível, a relação

Leia mais

CONFIRMAÇÃO DA IMPRECISÃO DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS OBTIDOS COM A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE EXCEL, ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO DE DADOS

CONFIRMAÇÃO DA IMPRECISÃO DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS OBTIDOS COM A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE EXCEL, ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO DE DADOS CONFIRMAÇÃO DA IMPRECISÃO DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS OBTIDOS COM A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE EXCEL, ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO DE DADOS LUCIANA DO NASCIMENTO LANCHOTE 1 Iniciação Científica, Bolsista CNPq, UFLA

Leia mais

Como utilizar a margem de contribuição para tomar decisão quando existe limitação na capacidade produtiva

Como utilizar a margem de contribuição para tomar decisão quando existe limitação na capacidade produtiva Como utilizar a margem de contribuição para tomar decisão quando existe! Revendo o conceito de margem de contribuição! Existência de limitação na capacidade de produção! Margem de contribuição e fator

Leia mais

FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS PARA ANÁLISE DA CLASSIFICAÇÃO

FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS PARA ANÁLISE DA CLASSIFICAÇÃO Objetivos: - QUANTIFICAR OS ERROS COMETIDOS NA CLASSIFICAÇÃO - MEDIR A QUALIDADE DO TRABALHO FINAL - AVALIAR A APLICABILIDADE OPERACIONAL DA CLASSIFICAÇÃO Fontes de erro das classificações temáticas Os

Leia mais

Resolução de Problemas

Resolução de Problemas Resolução de Problemas 1. (Enem PPL) Para um principiante em corrida, foi estipulado o seguinte plano de treinamento diário: correr 300 metros no primeiro dia e aumentar 00 metros por dia, a partir do

Leia mais

MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR INTEIRA MISTA PARA MINIMIZAÇÃO DOS ADIANTAMENTOS E ATRASOS EM FLOW SHOP COM SETUP DEPENDENDE DA SEQUÊNCIA

MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR INTEIRA MISTA PARA MINIMIZAÇÃO DOS ADIANTAMENTOS E ATRASOS EM FLOW SHOP COM SETUP DEPENDENDE DA SEQUÊNCIA MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR INTEIRA MISTA PARA MINIMIZAÇÃO DOS ADIANTAMENTOS E ATRASOS EM FLOW SHOP COM SETUP DEPENDENDE DA SEQUÊNCIA Cristiano Marinho Vaz, cmv02@hotmail.com Vinícius Ferreira da Silva

Leia mais

Fases do Método Estatístico

Fases do Método Estatístico Fases do Método Estatístico Coleta de dados São inúmeras as maneiras de coletar dados, e a amostragem é a maneira mais frequente. Embora a amostragem seja um conceito simples, muitas vezes inúmeras e complexas

Leia mais

MODELOS ECONOMÉTRICOS PARA DADOS DE ALTA- FREQUENCIA: TEORIA E APLICAÇÕES

MODELOS ECONOMÉTRICOS PARA DADOS DE ALTA- FREQUENCIA: TEORIA E APLICAÇÕES MODELOS ECONOMÉTRICOS PARA DADOS DE ALTA- FREQUENCIA: TEORIA E APLICAÇÕES Aluno: Thiago Portugal Frotté Orientador: Marcelo Cunha Medeiros Introdução Atualmente a previsão de eventos econômicos está em

Leia mais

Recuperação de Informação

Recuperação de Informação Recuperação de Informação Avaliação de Desempenho de Sistemas de Recuperação de Informação Renato Fernandes Corrêa 1 Para que avaliar? Existem muitos modelos de RI, mas qual é o melhor? Qual a melhor escolha

Leia mais

Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento

Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento ANÁLISE DE CENÁRIOS Prof. Luciel Henrique de Oliveira - luciel@fae.br UNIFAE - São João da Boa Vista http://gp2unifae.wikispaces.com Análise

Leia mais

1.2 Roteiro para obter um gráfico de qualidade

1.2 Roteiro para obter um gráfico de qualidade CAPÍTULO 1 Análise Gráfica de Resultados Experimentais Prof. Cláudio Graça, Dep. Física UFSM 1.1 Objetivos encontrar uma função que represente um modelo físico a partir de medidas feitas em laboratório;

Leia mais

4 Modelo de Apoio à Decisão Voltado para o Produto

4 Modelo de Apoio à Decisão Voltado para o Produto 4 Modelo de Apoio à Decisão Voltado para o Produto este capítulo será apresentado o modelo de apoio à decisão voltado para o produto. Muitos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento são dirigidos para

Leia mais

2. METODOLOGIA DE PESQUISA

2. METODOLOGIA DE PESQUISA 2. METODOLOGIA DE PESQUISA O presente capítulo apresenta a metodologia de pesquisa proposta e procura-se dar uma visão geral do que será feito para atingir os objetivos. Está dividido em seis partes: i)

Leia mais

TÍTULO: O CICLO PDCA IMPLANTADO NA REDUÇÃO DE TROCA DE FUSO ESFÉRICO DE UM CENTRO DE USINAGEM CNC HORIZONTAL

TÍTULO: O CICLO PDCA IMPLANTADO NA REDUÇÃO DE TROCA DE FUSO ESFÉRICO DE UM CENTRO DE USINAGEM CNC HORIZONTAL 16 TÍTULO: O CICLO PDCA IMPLANTADO NA REDUÇÃO DE TROCA DE FUSO ESFÉRICO DE UM CENTRO DE USINAGEM CNC HORIZONTAL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

TD AULÃO ENEM - Matemática. Prof. Antonio Junior

TD AULÃO ENEM - Matemática. Prof. Antonio Junior TD AULÃO ENEM - Matemática Prof. Antonio Junior 1) Uma pesquisa realizada com 1.700 jovens na faixa etária de 17 a 5 anos quanto à utilização das redes sociais constatou que 700 jovens utilizam o Facebook,

Leia mais

Resolução da Lista de Exercício 6

Resolução da Lista de Exercício 6 Teoria da Organização e Contratos - TOC / MFEE Professor: Jefferson Bertolai Fundação Getulio Vargas / EPGE Monitor: William Michon Jr 10 de novembro de 01 Exercícios referentes à aula 7 e 8. Resolução

Leia mais

Gráfico de Probabilidades

Gráfico de Probabilidades Gráfico de Probabilidades Objetivo: Verificar se um conjunto de dados pode ter sido gerado a partir de uma específica distribuição de probabilidades contínua. Exemplo: Os dados abaixo se referem aos retornos

Leia mais

Teoria dos Jogos Algorítmica Maximização de Lucros no Design de Mecanismos

Teoria dos Jogos Algorítmica Maximização de Lucros no Design de Mecanismos Teoria dos Jogos Algorítmica Maximização de Lucros no Design de Mecanismos Luis Gustavo Rocha Vianna. Instituto de Matemática e Estatística IME Universidade de São Paulo USP Maximização de Lucros Design

Leia mais

Clóvis de Araújo Peres Cargo: Professor Titular de Estatística da USP UNIFESP Formação: PhD em Estatística pela Universidade WISCONSIN - USA

Clóvis de Araújo Peres Cargo: Professor Titular de Estatística da USP UNIFESP Formação: PhD em Estatística pela Universidade WISCONSIN - USA TÍTULO: ESTUDO ESTATÍSTICO PARA DETERMINAÇÃO DO ERRO DE MICROMEDIÇÃO DAS ÁREAS PILOTO DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS DO SISTEMA DE ABASTECIEMNTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS. TEMA DO TRABALHO: ABASTECIMENTO

Leia mais

EAE36AM - ESTATÍSTICA APLICADA A EXPERIMENTOS

EAE36AM - ESTATÍSTICA APLICADA A EXPERIMENTOS EAE36AM - ESTATÍSTICA APLICADA A EXPERIMENTOS AULA 1 PROFª SHEILA REGINA ORO EMENTA Planejamento de experimentos; Planejamento amostral; Delineamento experimental; Coleta e validação dos dados; Testes

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA MÓDULO 2

MATEMÁTICA APLICADA MÓDULO 2 MATEMÁTICA APLICADA MÓDULO 2 Índice 1. Receita total...3 2. Custo total...6 3. Ponto de nivelamento e lucro total...7 4. Resolvendo problemas... 10 5. Referências bibliográficas... 13 2 1. RECEITA TOTAL

Leia mais

Análise do tempo médio gasto para travessia de uma avenida durante três horários de pico de trânsito do dia.

Análise do tempo médio gasto para travessia de uma avenida durante três horários de pico de trânsito do dia. Metodologia de Planejamento e Análise de Experimentos 1 Análise do tempo médio gasto para travessia de uma avenida durante três horários de pico de trânsito do dia. Carlos Roberto Castelano Júnior Universidade

Leia mais

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV Máquinas Elétricas Máquinas CC Parte IV Máquina CC eficiência Máquina CC perdas elétricas (perdas por efeito Joule) Máquina CC perdas nas escovas Máquina CC outras perdas a considerar Máquina CC considerações

Leia mais

Política formal de decisão de investimentos e de seleção e alocação de ativos

Política formal de decisão de investimentos e de seleção e alocação de ativos Política formal de decisão de investimentos e de seleção e alocação de ativos CTM Investimentos Ltda. Curitiba PR Junho 2016 1. INTRODUÇÃO Esta Política Formal de Decisão de Investimento e de Seleção e

Leia mais

Um estudo sobe análise financeira do livro; Princípios de Administração Financeira. GITMAN

Um estudo sobe análise financeira do livro; Princípios de Administração Financeira. GITMAN Um estudo sobe análise financeira do livro; Princípios de Administração Financeira. GITMAN RESUMO Este artigo foi desenvolvido na relação simbiótica que existe entre as análise financeiras e as novas inovações

Leia mais

Padronização. Momentos. Coeficiente de Assimetria

Padronização. Momentos. Coeficiente de Assimetria Padronização Seja X 1,..., X n uma amostra de uma variável com com média e desvio-padrão S. Então a variável Z, definida como, tem as seguintes propriedades: a) b) ( ) c) é uma variável adimensional. Dizemos

Leia mais

Não Aposte Aleatoriamente

Não Aposte Aleatoriamente Página 03 Não Aposte Aleatoriamente contato@edmboloes.com.br Jogue de forma inteligente Seja um dos poucos Privilegiados Fazendo uso destas Preciosas informações Estatísticas deixando seu jogo bem MAIS

Leia mais

Planejamento de instalação de experimentos no campo

Planejamento de instalação de experimentos no campo Planejamento de instalação de experimentos no campo Antonio Williams Moita Embrapa Hortaliças Goiânia, 28 de novembro de 2012 Experimentação Agrícola Histórico John Bennet Lawes - após prolongadas experimentações

Leia mais

Estatística. Probabilidade. Conteúdo. Objetivos. Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal.

Estatística. Probabilidade. Conteúdo. Objetivos. Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal. Estatística Probabilidade Profa. Ivonete Melo de Carvalho Conteúdo Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal. Objetivos Utilizar a probabilidade como estimador

Leia mais

Tipos de Indicadores. Conceito. O que medir... 25/08/2016

Tipos de Indicadores. Conceito. O que medir... 25/08/2016 Tipos de Indicadores 1 Conceito Características mensuráveis de processos, produtos ou serviços, utilizadas pela organização para acompanhar, avaliar e melhorar o seu desempenho ; OS INDICADORES NECESSITAM

Leia mais

Se as partículas A e B são os átomos que formam uma molécula diatômica, a energia potencial do sistema pode ser expressa pela seguinte função:

Se as partículas A e B são os átomos que formam uma molécula diatômica, a energia potencial do sistema pode ser expressa pela seguinte função: Curvas de Energia Potencial Consideremos o sistema formado por duas partículas, A e B, cujos movimentos estão limitados à mesma linha reta, o eixo x do referencial. Além disso, vamos considerar que o referencial

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ Análise Exploratória de Dados As técnicas de análise exploratória de dados consistem em gráficos simples de desenhar que podem ser

Leia mais

Corpo da Dissertação ou Tese

Corpo da Dissertação ou Tese PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS PGCEM DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA SEMINÁRIOS Corpo da Dissertação ou Tese 2015/02 Corpo

Leia mais