Economia do Trabalho Parte 1 Prof. César Frade

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Economia do Trabalho Parte 1 Prof. César Frade"

Transcrição

1 Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Parte 1 Prof. César Frade

2

3 Sumário 1. Economia: Microeconomia x Macroeconomia Conceitos Básicos de Economia do Trabalho Curva de Demanda Fatores que alteram a quantidade demandada Curva de Oferta Fatores que alteram a quantidade ofertada Equilíbrio Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Elasticidade-renda da demanda Elasticidade cruzada da demanda Elasticidade-preço da Oferta QUESTÕES PROPOSTAS QUESTÕES RESOLVIDAS ÚLTIMA PROVA

4

5 Introdução Olá pessoal, Primeiramente, irei fazer uma breve apresentação. Meu nome é César de Oliveira Frade, sou funcionário de carreira do Banco Central do Brasil BACEN aprovado no concurso de Sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Possuo uma Pós-graduação em Finanças e Mercado de Capitais pelo IBMEC, outra em Derivativos para Reguladores na Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F e uma especialização em Derivativos Agrícolas pela Chicago Board of Trade CBOT 1. Sou Mestre em Economia 2 com ênfase em Finanças na Universidade de Brasília e o Doutorado, pela mesma Universidade, está faltando apenas a defesa da Tese 3, sendo que os créditos já foram concluídos. Comecei no Banco Central trabalhando com a emissão de títulos da dívida pública externa. De 2005 a 2008 fui Coordenador-Geral de Mercado de Capitais na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, auxiliando em todas as mudanças legais e infralegais, principalmente aquelas que tinham ligação direta com o Conselho Monetário Nacional CMN. Voltei ao BACEN para trabalhar na área de risco com derivativos em um Departamento da área de Fiscalização. No início de 2012 fui cedido para a Presidência da República e trabalho no Departamento de Regulação e Concorrência na Secretaria de Aviação Civil. Sou professor de Finanças, Microeconomia, Macroeconomia, Matemática, Sistema Financeiro Nacional, Mercado de Valores Mobiliários, Estatística e Econometria. Leciono na área de concursos públicos desde 2001, tendo dado aula em mais de uma dezena de cursinhos em várias cidades do país, desde presenciais até via satélite. Nesse curso, veremos a parte de Economia do Trabalho para o concurso de AFT. Desta forma, estarei fazendo uma mescla entre um papo informal (papo que ocorrerá sempre que for possível) e a teoria formal. Mas nunca deixarei de ensinar qual o raciocínio que vocês devem utilizar para acertar as questões. Acredito que a matéria sendo exposta de forma informal torna a leitura mais tranqüila e isso pode auxiliar no aprendizado de uma forma geral. Exatamente por isso, utilizo com freqüência o Português de uma forma coloquial. 1 A Chicago Board of Trade CBOT é a maior bolsa de derivativos agrícolas do mundo. 2 A dissertação Contágio Cambial no Interbancário Brasileiro: Uma Análise Empírica defendida em 2003 foi publicada na Revista da BM&F, o paper aceito na Revista Estudos Econômicos e em alguns dos mais importantes Congressos de Economia da América Latina LAMES. Versava sobre o risco sistêmico a ser propagado via mercado de câmbio e as contribuições da Câmara de Compensação de Câmbio da BM&F para a mitigação desse risco. 3 Tese de Doutorado é um parto e a gestação já está durando alguns anos. Acho que pode ser que ela não saia.

6 As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: Finalmente, gostaria de dizer a vocês que muito mais do que saber toda a matéria, é importante que você saiba fazer uma prova e esteja tranqüilo! Portanto, tente aprender a matéria, mas certifique-se que você entendeu como deve proceder para marcar o X no lugar certo. Não interessa saber a matéria, interessa marcar o X no lugar certo e ver o nome na lista. Portanto, guarde que passa aquele que mais acerta e não aquele que mais sabe. Vocês aprender a fazer prova em primeiro lugar e esse é um dos objetivos desse curso. Tentarei ensinar a vocês o raciocínio a ser utilizado para acertar a questão no menor espaço de tempo possível. Prof. César Frade SETEMBRO/2016

7 Economia do Trabalho PARTE 1 1. Economia: Microeconomia x Macroeconomia A economia possui recursos escassos e a microeconomia estuda a melhor forma de aproveitar esses recursos que são colocados à disposição das pessoas. De uma forma simplificada, podemos dizer que enquanto a macroeconomia estuda os problemas existentes em um país, a microeconomia se preocupa com as decisões individuais das pessoas e empresas. Esse curso versará sobre as pessoas e empresas. Sendo assim, a Economia do Trabalho é um ramo da microeconomia e aproveita todos os conceitos desta com uma roupagem um pouco diferente. Portanto, será importante que consigamos compreender alguns conceitos de uma forma mais simples e, em seguida, colocá-lo na roupagem da Economia do Trabalho. Logo, para que você otimize o seu aprendizado, pense sempre nas suas decisões individuais para cada situação proposta no curso. Tentarei mostrar a vocês algumas situações inusitadas que ilustrariam bem cada momento. Acredito que a forma mais simples de aprendermos a microeconomia é pensando no nosso dia-a-dia, no cotidiano. Na verdade, acho que está na hora de passarmos para a matéria propriamente dita. Vamos lá? 2. Conceitos Básicos de Economia do Trabalho Como já foi dito inicialmente, a Economia do Trabalho é um ramo da Microeconomia e, em geral, nos cursos de Graduação, tende a ser uma matéria que é estudada no final. Isto é importante de ser esclarecido porque quando os graduandos de Economia optam (em geral, é uma matéria optativa, muitos economistas podem nunca ter visto Economia do Trabalho) por ter essa matéria, eles já possuem todas as ferramentas básicas de micro. No entanto, o público que está lendo esse material é diverso e vou partir do pressuposto que não possui nenhum conhecimento prévio de microeconomia. Exatamente por isso, nessa parte de conceitos básicos, eu vou optar por colocar alguns conceitos ligadas ao mercado de trabalho e, depois de passar pela parte básica, fazemos o link necessário. 7

8 Em algum momento você já pensou no que significa DESEMPREGO? Aposto que todos vocês responderam que SIM. Mas me diga uma coisa: Como que você calcularia o percentual da população que está desempregada? De novo, a grande maioria pensou: Fácil, que pergunta idiota. Basta pegar as pessoas que não tem emprego e dividir pelo número total de pessoas. Ok. Concordo. Mas essa tarefa não é algo tão fácil assim. Veja. Muitas pessoas estão no mercado informal, outras não possuem emprego, mas também não estão interessadas em trabalhar (pessoas muito ricas que não possuem qualquer aptidão ou pessoas que estão desacreditadas na situação econômica do País, por exemplo). O que eu quero mostrar para vocês é que para fazer uma mensuração que parece bem simples, precisamos definir algumas variáveis, para limitar o escopo delas e, em seguida, poder analisar de forma mais concreta o número que teremos à disposição. Tais pesquisas, em geral, são encabeçadas pelo IBGE e algumas das definições necessárias são as seguintes: Pessoas Ocupadas Foram classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que tinham trabalho durante todo ou parte desse período. Incluíram-se, ainda, como ocupadas as pessoas que não exerceram o trabalho remunerado que tinham no período especificado por motivo de férias, licença, greve, etc. Pessoas Desocupadas Foram classificadas como desocupadas as pessoas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva de procurar trabalho na semana de referência. Define-se como população economicamente ativa a soma das pessoas ocupadas e desocupadas. A partir da definição de população economicamente ativa que nada mais é do que aquelas pessoas que estão interessadas em ter um emprego (podemos resumir, a grosso modo, dessa forma), nós podemos calcular a taxa de desemprego. Já sei, já sei. Vocês não gostaram da forma como escrevi o termo interessadas, pois muitas pessoas estão interessadas em emprego, mas estão sem esperanças em conseguir um emprego, estão cansadas de sair a procura de um emprego e sempre receber uma resposta negativa. Essa é uma dura realidade. No entanto, nós precisamos delimitar o escopo do nosso conjunto e essa é a definição utilizada pelo IBGE. Observe que pessoas que não saíram no período de referência para procurar emprego são consideradas fora do mercado de trabalho, ou seja, não fazem parte da parcela economicamente ativa da população. Quer um exemplo claro e próximo? Vamos lá. É muito comum vermos a oscilação do mercado privado de trabalho, pessoas sendo empregadas e depois demitidas. Dessa forma, muitas pessoas (talvez você seja uma dessas pessoas), juntam uma quantidade de recursos ou solicitam 8

9 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade a ajuda dos pais ou companheiro e deixam o trabalho para se dedicar a um concurso público. Fazem isso porque terão estabilidade e ainda perceberão uma quantidade boa de recursos e, assim, mergulham nos estudos sem procurar um novo emprego. Você se encaixa nesse perfil? Você viu a sua situação descrita aqui? Pois é, para o IBGE, você não faz parte das pessoas desocupadas e, claro, também não faz das pessoas ocupadas (apesar de estar mais ocupado que muitos que trabalham e percebem uma remuneração pelo trabalho). Para o IBGE, essa pessoa descrita não faz parte da população economicamente ativa e, portanto, não entra na estatística do desemprego. A taxa de desemprego é dada pela razão entre as pessoas desocupadas e a população economicamente ativa. Como taxa de participação na força de trabalho temos a razão entre a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) e a população acima de 14 anos. As pessoas que desistem de procurar emprego e passam a não fazer parte da força de trabalho podem ser chamadas de desempregados ocultos. 3. Curva de Demanda A curva de demanda informa a quantidade a ser consumida de um produto a cada nível de preço. De uma forma geral, sabemos que quanto maior for o preço de um bem menos as pessoas querem adquirir daquele bem. Veja que estou falando de uma forma geral, mas é claro que existem exceções. Imagine que você adore feijão ou carne. Se o preço do quilo do feijão subir, a sua tendência não seria reduzir o consumo do bem? Pois bem, se todos pensassem e tomassem atitudes dessa forma, a demanda coletiva do bem feijão cairia com essa alta de preço. Portanto, o normal na atitude das pessoas é reduzir o consumo quando há aumento no preço do bem e aumentar o consumo quando o preço do bem for reduzido. 9

10 Ponto Importante! Geralmente, um aumento no preço reduz a quantidade demandada e vice-versa. Suponhamos que o bem esteja com o preço P 1, conforme mostrado no desenho acima. Com esse preço, os consumidores estariam demandando uma quantidade Q 1 e, portanto, estariam sobre o ponto 1 da curva de demanda. Se por um motivo qualquer (por exemplo, grande produção agrícola daquele bem) o preço cair para P 2, haverá um consequente aumento da quantidade demanda para Q 2. Imagine que o preço da carne caia 50%. Você concorda que a sua demanda por carne será aumentada? Por exemplo, ela poderá passar de Q 1 para Q 2. Esses bens que atendem à referida Lei da Demanda são chamados de Bens Comuns. Entendemos como bens comuns aqueles bens em que as pessoas reduzem o seu consumo quando ocorre um aumento no preço ou quando as pessoas aumentam o seu consumo quando os preços são reduzidos. O livro do Varian define o bem comum exatamente como expus acima. Matematicamente, podemos definir os bens comuns da seguinte forma: Bem Comum Q X D P X 0 ou ΔQ X D 0 ΔP X Já sei que alguns de vocês não compreenderam a equação acima. Eu explico, calma. Na verdade, essa equação está mostrando exatamente aquilo que foi dito anteriormente, ou seja, que a demanda e os preços se movimentam em direções opostas quando o bem for considerado comum. De forma simplificada, podemos dizer que o símbolo indica que estamos falando da variação, seria a diferença entre as quantidades inicial e final ou do preço inicial e final. x x Observe que a razão Q D ou ΔQ D P X ΔP é negativa e isso indica que se a variação do preço for positiva X (houver um aumento no preço), a variação da quantidade deverá ser negativa (haverá uma queda na quantidade demandada) e vice-versa. Ocorrendo tais fatos, podemos garantir que a razão será sempre um número negativo, pois + < 0 e + < 0. A dúvida agora reside na igualdade, não é mesmo. Isso é mera definição. Se o preço de um bem mudar e você continuar consumindo exatamente a mesma quantidade, esse bem será classificado como bem comum. Portanto, quando a equação informa que Bem Comum Q D x P X 0, ela está dizendo que se o bem for comum, quando o preço cair a demanda irá subir ou ficar igual ou quando o preço subir a demanda deverá cair ou se manter constante. 10

11 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade Além disso, indica também que sempre que o preço e a demanda se comportarem dessa forma, devemos concluir que o bem é comum. Ela não diz nada a mais, absolutamente nada. Com isso, vemos que vocês podem ficar tranquilos com relação às representações matemáticas, não é mesmo? Observe que a regra é a relação inversa entre preço e quantidade. Entretanto, existem algumas exceções. Imagine que uma farmácia esteja colocando o preço de um remédio na promoção. Será que pelo fato de o preço do remédio estar mais barato, você irá comprar e consumir mais daquele remédio? Se o preço do sal cair em 30%, isso fará com que você compre mais sal e coloque mais sal na comida? A resposta para essas duas perguntas é NÃO. As pessoas não irão alterar o consumo desses produtos porque houve variação em seus preços. Veja que esses dois casos também são exemplos de bens comuns. Você acha que uma pessoa poderá reduzir o consumo de um bem quando o preço desse bem for reduzido? Ou seja, será que a queda do preço de um produto pode induzir o consumidor a comprar menos daquele produto? É intrigante essa situação, mas a resposta é SIM. É possível que uma pessoa reduza o consumo de um bem pelo fato de o preço do produto ter caído. Fazendo isso, ela passaria a ter uma quantidade maior de recursos para adquirir outros bens. Acredito que a melhor forma de explicar tal evento é por meio de um exemplo. Veja o exemplo. Suponha que um consumidor esteja comendo batata no café da manhã, batata no almoço e batata no jantar. Ele repete esse cardápio há 30 dias. Será que se o preço da batata cair, o consumidor irá consumir mais batata? A resposta é não. Se o preço da batata cair, esse consumidor dará graças a Deus por isso, pois sobrarão mais recursos para a aquisição de outro bem e, assim, poderá reduzir a quantidade demandada de batata. Esses são os chamados BENS DE GIFFEN. Vamos a um exemplo. Imagine que você tenha uma verba mensal de R$ 600,00 para fazer os seus almoços de um mês e deverá dividi-la entre as duas possibilidades existentes, quais sejam: sanduíche ou filé com fritas. De início, te digo que você preferiria sempre filé a sanduíche. Entretanto, o preço de uma refeição de filé custa, atualmente, R$ 30,00 enquanto que o sanduíche custa R$ 20,00. Assim sendo, se você tem esses preços e essa renda, a melhor forma que o indivíduo teria de conseguir almoçar seria comendo apenas sanduíche nos trinta dias. Dessa forma, estaria gastando a totalidade de sua verba mensal com sanduíche. Mas observe, essa pessoa prefere comer filé a sanduíche e não come filé todo dia senão os recursos acabariam em vinte dias e ela teria que ficar dez dias sem almoço. Suponha agora que o preço do sanduíche caia pela metade, ou seja, passe para R$ 10,00. A idéia inicial seria a de que se o preço do sanduíche caiu, o indivíduo deveria comer mais sanduíche, certo? Nesse caso, errado. Errado, porque a queda no preço do sanduíche fez com que sobrasse dinheiro e esse recurso poderia ser destinado a um bem que fizesse o consumidor mais feliz. Observe que se o consumidor continuar comprando apenas sanduíche, seu custo mensal de almoço passaria para R$ 300,00. Ele teria R$ 300,00 ainda para gastar. 11

12 Sendo assim, qual seria a melhor escolha para o consumidor? É claro que a melhor escolha seria comer apenas filé, mas o consumidor continua sem ter recursos suficientes para isso. Assim, a melhor escolha seria comer quinze dias de filé e quinze dias de sanduíche. Dessa forma, estaria gastando R$ 450,00 (30,00 x 15) com o almoço de filé e R$ 150,00 (10,00 x 15) com o sanduíche. Observe que o sanduíche é um bem de Giffen, pois uma queda em seu preço provocou uma redução na quantidade demandada. Entretanto, tenho que ressaltar que o sanduíche é um bem de Giffen para essa pessoas e nessa circunstância narrada. No entanto, você deve guardar que um bem só pode ser classificado conforme sua situação, conforme o enredo da questão. Um bem de Giffen para uma determinada pessoa pode ser comum para outra. Quero dizer com isso que TODAS essas classificações são relativas. Certa vez, dando uma aula, um aluno me perguntou: Professor, você não vai explicar o que é Bem de Veblen? Eu respondi: Bem de quem?? Ele falou: Bem de Veblen. Respondi: Nunca ouvi falar nisso. Onde você leu isso? Ele responde: um professor me indicou um livro que fala desse bem. Enfim, esse foi o papo que tive com o aluno. Chegando em casa peguei o Varian e ele não falava nada, Pindyck não tinha nada, Mas-Colell muito menos. No dia que tinha aula na UnB (estava fazendo meu Doutorado) perguntei à minha orientadora e ela me respondeu: Bem de quem?? Ela sugeriu que eu perguntasse ao professor de micro, doutor em uma TOP 5 americana. E lá fui eu. Professor, o que é Bem de Veblen? E ele responde, nunca ouvi falar. Enfim...Só me restava uma coisa (e não era acreditar no livro que o aluno descreveu). O que me restava? Procurar no Google. Lá, eu tinha certeza que acharia. E descobri, claro. Veblen era um economista nascido em 1857 e que veio a falecer em 1929 (ninguém nem sabia quem era Keynes na época). Pelo que li, ele vivia sempre em conflito com os outros acadêmicos da época e tinha ideias bastante independentes. Ficou conhecido como bem de Veblen 1 aquele bem que teria a demanda aumentada quando ocorresse um aumento no preço. Dito isso, queria dizer a vocês para ESQUECEREM isso. Não existe essa definição nem no Varian, Pindyck, Mas-Collel ou Ferguson. Logo, não podemos levar em consideração, ou melhor, não devemos levar em consideração, na minha opinião, esse tipo de bem. O Mas-Collel define bem de Giffen da seguinte forma: Although it may be natural to think that a fall in a good s price will lead the consumer to purchase more of it, reverse situation is not an economic impossibility. Good L is said to be a Giffen good at (p,w) if x p,w L ( ) > 0. p L 1 Importante destacar que além desse conceito não estar em nenhum dos livros de vanguarda, eu nunca vi esse assunto sendo cobrado em prova e olha que já pesquisei nas provas que já foram elaboradas de 97 até os dias atuais. 12

13 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade Matematicamente, podemos dizer que: Bem de Giffen Q x D > 0 P X Vamos interpretar a equação, conforme a definição do Mas-Collel 2? Observe que ele informa que um bem L é dito bem de Giffen se a relação preço-quantidade for positiva. Apesar de a frase que foi transcrita não afirmar que se a relação for positiva o bem é de Giffen, este fato é verdadeiro também. Ou seja, vale o se, e somente se que é representado pelo símbolo " ". A equação descrita acima diz que se o preço cair e isso provocar uma redução na quantidade demanda, o bem em questão é de GIFFEN. Esse é o caso do exemplo do sanduíche, pois a razão entre dois número negativos (variações negativas) é um número positivo > 0. Por outro lado, se o preço de um determinado bem for majorado e a demanda por esse bem também crescer teremos uma relação de proporção direta entre as grandezas + + > 0, e o bem em questão também será considerado de GIFFEN, conforme a definição apresentada. Um exemplo desse tipo? Em geral, bens de ostentação possuem essa característica. Imagine que você não entende nada de quadro, nunca foi a uma exposição e nunca viu um quadro famoso. Em um leilão são apresentados dois quadros da Monalisa. O primeiro deles enorme e o segundo pequeno. A sua tendência inicial seria dar um lance maior no quadro maior, não é mesmo? Ainda mais se você olhar para os dois e não ver diferença nenhuma entre eles. No entanto, após ficar sabendo que o menor é o autêntico, é capaz de você passar a dar maior valor a ele pelo simples fato de poder dizer que comprou um Da Vinci. Nesse exemplo, o preço subiu e você aumentou a demanda pelo quadro. Bens de ostentação funcionam dessa forma. Ponto Importante! Se preço e quantidade forem grandezas diretamente proporcionais, consideramos o bem como sendo de GIFFEN. Se preço e quantidade forem inversamente proporcionais, o bem é COMUM. Agora, vocês já sabem os conceitos básicos da microeconomia no que diz respeito à demanda. No entanto, precisamos aplicar o conceito análogo para a Economia do Trabalho. Ou seja, o bem em questão seria o trabalho e quem demanda esse bem são as empresas, concorda? Não entendeu? 2 O livro do Mas-Collel é utilizado há alguns anos nos mestrados e doutorados de algumas das melhores universidades brasileiras e americanas. 13

14 Imagine o seguinte: você vai a um supermercado e compra um pacote de arroz. Logo, você está demandando arroz. No entanto, em Economia do Trabalho, enquanto as pessoas ofertam sua força de trabalho, as empresas demandam a força de trabalho das pessoas para que elas possam produzir os mais variados bens. Guarde que as empresas desejam maximizar os seus lucros e para tanto devem definir a quantidade demandada de mão-de-obra necessária para atingir tal objetivo. O objetivo final delas é SEMPRE maximizar lucro e para isso, elas necessitam da força de trabalho oferecida pelas pessoas Fatores que alteram a quantidade demandada São cinco os fatores que podem modificar a quantidade demandada. São eles: Preço; Renda; Preço de Produtos Relacionados; Gosto; e Expectativas a) Preço Esse princípio já foi anunciado. Em geral, uma variação no preço do produto provoca uma alteração na quantidade demandada do mesmo. Importante ressaltar que apesar de o examinador cobrar com bastante frequência questões acerca do Bem de Giffen, devemos pensar nesse bem apenas como uma exceção. Tendo em vista o fato de já termos discutido exaustivamente o seu funcionamento, a partir de agora vamos tratar dos bens que possuem uma relação preço-quantidade inversamente proporcional. Observe que a curva de demanda é uma função que exprime a quantidade demandada pelos consumidores em função do preço do bem. Matematicamente, temos: Q D a b P Sendo a e b constantes positivas. O sinal negativo mostra que a curva de demanda é negativamente inclinada, ou seja, que preço e quantidade são grandezas inversamente proporcionais. Sendo assim, quando aumentamos o preço do bem, haverá uma variação na quantidade demandada do mesmo e, portanto, um deslocamento SOBRE a curva de demanda. Veja a figura abaixo. 14

15 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade b) Renda Uma variação na sua renda poderá provocar uma alteração na quantidade demandada do bem. Se eu te perguntar, o que ocorreria com a demanda de um bem se você passasse nesse concurso público e, portanto, tivesse a sua renda aumentada? Provavelmente, você me responderia que esse aumento na sua renda provocaria um aumento na quantidade demandada do bem. Veja bem. Se atualmente você compra um curso de microeconomia do Ponto dos Concursos, será que quando você passar no concurso e a sua renda for aumentada, você irá comprar dois cursos de microeconomia? Você me disse que quando a renda aumentar você irá aumentar a demanda do bem e, assim, quando passar no concurso posso pressupor que comprará muito mais cursos do Ponto, não é mesmo? Pois bem. Já vimos que as coisas não funcionam assim. Existem alguns bens que você gosta de consumir (não é o caso de microeconomia) e existem outros que a situação te faz consumir. Muito provavelmente, quando a sua renda aumentar você irá aumentar o consumo daqueles bens que você gosta de consumir, mas que ainda não consome em uma quantidade adequada (por exemplo, viagens). No entanto, aqueles bens que você não gosta, mas consome por necessidade (como esse curso) podem ter o seu consumo reduzido com o aumento da renda. Isso dará origem a dois tipos distintos de bens. Serão os bens inferiores e os bens normais. Se não entenderam, não fiquem preocupados. Explico de novo e de uma forma mais clara. Se um consumidor tiver a sua renda aumentada e, com isso, optar por reduzir o consumo de um bem, esse bem será chamado de inferior. 15

16 Já imagino que vocês devam estar com certa dúvida. Sempre pergunto em sala: Se o seu salário aumentar, o que ocorrerá com o seu consumo dos bens. E a galera em peso responde: aumentará. No entanto, isto não está correto, como eu já disse. Imagine um bem que você não goste, mas consome porque não tem condições de comprar outro bem melhor, o que você gosta. Vou dar um exemplo que ocorreu comigo mesmo. Antes de passar em um concurso público, fui morar em Brasília para trabalhar como engenheiro. Foi uma época difícil, despesa com moradia aqui não é nada barata e o salário de engenheiro, na época, bem baixo. Portanto, era sempre necessário economizar para não ter que ficar pedindo dinheiro para meu pai. Um bem que não me agrada, em nenhuma hipótese, é carne de frango. Eu não gosto mesmo, mas quando tenho que comer, só o faço se for peito de frango. Mas duro, sem grana, morando em uma cidade cara, tinha que abrir uma exceção. Éramos 7 dividindo uma casa (uma república com três homens e quatro mulheres), todos sem dinheiro. Então, ficou decidido que comeríamos frango três vezes por semana (segunda, quarta e sexta), pois, na época, o frango custava algo em torno de R$ 1,00 / quilo. Conclusão: na minha cesta de consumo tinha o frango, entre outros bens. Um ano depois passei no concurso do BACEN. Te pergunto: Você acha que, por ter passado no concurso e estar recebendo um salário maior, eu aumentei o consumo de frango? Claro que não. Na verdade, quase deixei de comer frango. Logo, vimos que um aumento de renda pode provocar uma redução na quantidade demandada de um bem. Se isso ocorrer, dizemos que esse bem é inferior. Portanto, bens inferiores são aqueles que: Q X D < 0. Observe que se a sua renda reduzir e a R demanda pelo bem aumentar, esse bem também é inferior. Matematicamente: Bem Inferior Q X D < 0 R X Conclusão: Se a demanda pelo bem estiver em uma direção e a renda na direção oposta, esse bem será considerado inferior. Chegou a hora de explicar a equação, não é mesmo? Se o aumento da renda induzir a uma redução da demanda + < 0, a relação entre as grandezas será inversamente proporcional e a razão negativa. Assim, o bem será considerado inferior. De forma análoga, se a redução da renda provocar um aumento da demanda + < 0, o bem também é considerado inferior. No entanto, alguns dos bens que eu consumia antes de passar no concurso me deixavam satisfeitos. Esses bens tiveram um aumento de consumo quando a renda aumentou. Entre eles, podemos citar, no meu caso, viagens, picanha, filé mignon, entre outros. 16

17 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade Segundo Hal Varian: Normalmente pensaríamos que a demanda por um bem aumenta quando a renda aumenta. Os economistas, com uma falta singular de imaginação, chamam esses bens de normais. Portanto, gravem: o inverso dos bens inferiores são os bens normais. Matematicamente, dizemos que um bem é normal: Bem Normal Q X D R 0 A equação acima indica que quando a renda e a quantidade demandada de um bem forem grandezas diretamente proporcionais, o bem será considerado normal. Ou seja, se uma pessoa tiver um aumento da renda e optar por aumentar o consumo de um bem + + > 0, esse bem poderá ser considerado normal, nessa situação. Por outro lado, se uma pessoa tiver a sua renda reduzida e com isso reduzir o consumo de um bem > 0, esse bem também será considerado normal. Como foi dito anteriormente, uma mudança na renda poderá proporcionar uma mudança na quantidade demandada do bem mesmo sem que ocorra a mudança em seu preço. Como a função de demanda mostra uma relação entre o preço e a quantidade demandada de um bem, não teremos o que fazer a não ser DESLOCAR a curva para que seja possível aumentar a quantidade demandada a um determinado nível de preço. Veja na figura abaixo: Guarde uma dica. Sempre que o preço alterar a demanda, exatamente pelo fato de a curva estar em um plano PREÇO x QUANTIDADE, ocorrerá um deslocamento sobre a curva de demanda. Qualquer outra variável que venha a modificar a quantidade demandada, exatamente pelo fato de manter o preço em um nível constante, provocará um deslocamento da curva de demanda. 17

18 O último detalhe que gostaria de salientar nesse item é que todo bem de Giffen é inferior, mas nem todo inferior é de Giffen. Observe o diagrama de Venn abaixo: Observe que a totalidade dos bens que são classificados como bem de Giffen estão dentro dos bens inferiores. Tomando como referência o diagrama acima, vemos que os bens de Giffen encontram-se inseridos no círculo e a totalidade do círculo é subconjunto dos bens considerados inferiores. No entanto, é importante notar que existem alguns bens inferiores que não estão dentro do círculo. É exatamente por esse motivo que todo Giffen é inferior, mas nem todo inferior é Giffen. Tem mais um detalhe importante. Se o examinador afirmar que quando o preço de um bem cai e, consequentemente, isso provoca uma queda na quantidade demanda, sabemos que o bem é de Giffen. E como todo Giffen é inferior, podemos afirmar que se um bem tem uma queda no preço e, em consequência disso, sua demanda é reduzida, esse bem é inferior (pois é Giffen). Ultimamente tem sido muito comum o examinador colocar algumas afirmativas que não explicitam diretamente os bens de Giffen. Entretanto, nós já vimos que todo Giffen é inferior e não existe nenhum Giffen que seja normal. Logo, nenhuma normal é Giffen, certo? Portanto, se um examinador afirmar que um bem é normal, ele pode estar querendo afirmar que aquele bem não é de Giffen e as grandezas preço e quantidade são inversamente proporcionais. Na verdade pessoal essa é a grande diferença de uma aula escrita como essa. Estou sempre com o intuito de mostrar a vocês o assunto da forma mais clara e falando das tendências mais atuais dos examinadores. É assim que faremos o tempo todo do curso. Dicas e mais dicas de resolução de questões. c) Preço de Produtos Relacionados Importante ressaltar que um único bem pode ter várias classificações. Por exemplo, ele pode ser normal e comum, inferior e comum, Giffen e inferior. Ou seja, não é apenas uma classificação por cada bem. Nesse tópico apresentaremos outra classificação para os mais variados bens. 18

19 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade Imagine dois bens, por exemplo, manteiga e margarina. Suponha ainda que você é uma pessoa indiferente entre o consumo desses bens. Logo, se o preço da manteiga sobe, você irá reduzir o consumo da manteiga e substituí-la pela margarina. Sendo que esta última terá seu consumo majorado. Se o preço da manteiga cair, você vai consumir mais margarina. Pois bem, se dois bens tiverem essa característica eles são denominados de bens substitutos. Ou seja, se a mudança no preço de um dos bens provocar uma mudança na demanda do outro bem eles podem ser substitutos. Serão considerados substitutos se o aumento no preço de um bem provocar aumento da demanda do outro bem. De forma análoga, dois bens são substitutos se a redução no preço de um dos bens provocar redução na demanda do outro bem. Com isso concluímos que: Bens Substitutos Q X D > 0 P Y É importante esclarecer que o símbolo ( ) significa se, e somente se. A conclusão acima deve ser lida da seguinte forma: Os bens são substitutos se Q X D P Y > 0 for verdadeiro e se Q X D > 0, os bens são substitutos. P Y Querem a interpretação da equação? Tenho certeza de que já conseguem fazer isso sozinhos, mas vamos lá. Quando a relação entre o preço de um dos bens e a quantidade do outro bem for diretamente + proporcional, a razão entre a variação das grandezas será positiva + > 0; > 0 e, portanto, os bens serão considerados substitutos. Falta sabermos a lógica econômica, não é mesmo? Pois bem, os bens são considerados substitutos porque as pessoas acabam trocando um bem pelo outro, substituem esses bens na sua cesta de consumo. Esse é o caso da margarina e da manteiga para o consumidor em questão. No entanto, pode ser que você não considere esses dois bens substitutos, por não gostar de margarina de forma alguma, mas algumas pessoas consideram. Agora imaginemos a gasolina e o óleo de motor. Se o preço da gasolina aumentar, as pessoas tendem a andar menos de carro e, portanto, reduzem a demanda por gasolina. Se as pessoas andarem menos de carro, elas passarão mais tempo sem efetuar a troca de óleo e, assim, a demanda por óleo de motor será reduzida. Recapitulando, um aumento no preço da gasolina reduz a demanda por gasolina e, consequentemente, reduz a demanda por óleo de motor. Esses dois bens são considerados bens complementares. São complementares aqueles bens que, em geral, o consumo de um bem induz o consumo de outro. Temos vários exemplos que funcionam bem, a pinga e o limão, a goiaba e o queijo minas. Enfim, é claro que coloquei esses exemplos, até certo ponto grotestos e regionalistas, para conseguir ilustrar a questão. Com isso concluímos que: 19

20 Bens Complementares Q X D < 0 P Y Observe que está havendo uma mudança na quantidade demandada do bem X porque o preço do bem Y está sendo alterado. Dessa forma, haverá um deslocamento da curva de demanda, como ocorre no caso da renda. d) Gosto E possível que o gosto de uma pessoa altere o consumo de um determinado bem. Esse consumo poderá ser aumentado ou reduzido. Isto depende do bem e de cada pessoa. Apesar de esse ser mais um motivo para que haja alteração na quantidade demandada, não me lembro de nenhuma questão em prova que isso foi cobrado. Importante lembrar que essa alteração na quantidade demandada, tendo em vista o fato de que o preço do bem não é alterado, provoca um DESLOCAMENTO na curva de demanda. e) Expectativas As expectativas modificam a quantidade demandada. Imagine que após ler essa aula, você decidiu se matricular no curso de Micro com a convicção de que se tudo for explicado dessa forma, não haverá nada que você não consiga compreender muito bem. E aí, você optou por comprar o curso dado que isso criou uma expectativa de aumento da probabilidade de passar. Com esse aumento, você acaba indo ao Shopping fazer compra e começando a gastar por conta, pois houve uma mudança da expectativa. Enfim, assim como esse exemplo que coloquei para vocês, vários outros podem ser colocados e inventados pelo examinador. O importante é tentar notar qual dos itens está alterando a demanda. Se for a expectativa a curva de demanda também será DESLOCADA. Alguns autores afirmam que a quantidade de compradores também altera a quantidade demandada. Entretanto, tal afirmativa é encontrada, apesar de estar correta, em um pequeno número de acadêmicos. No entanto, essa afirmativa pode ser considerada correta sem o menor problema, pois aqueles que não colocam essa alternativa acabam por afirmar de forma implícita que o número de compradores foi aumentado por causa de alguma expectativa que foi gerada. Sendo assim, aqueles autores que não explicitam essa sexta característica que modifica os preços, acabam considerando-a nas EXPECTATIVAS. 20

21 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade Ponto Importante! Todo bem de Giffen é inferior, mas nem todo inferior é Giffen. Se um bem for normal, ele não será de Giffen. Se o preço de um bem for alterado, haverá um deslocamento sobre a curva de demanda. Se a mudança na demanda de um bem vier de uma alteração na renda de um indivíduo, preço de um bem relacionado, gosto ou expectativas, haverá um deslocamento da curva de demanda. Lembre-se de que o preço do bem é mantido constante. Por exemplo, no Mercado de trabalho, o que é capaz de alterar a demanda por mão-de-obra de uma empresa? Vários são os fatores que alteram essa demanda. Concordam? Por exemplo, mudanças no Mercado de trabalho em que a empresa está inserida, entre outros fatores. 4. Curva de Oferta A curva de oferta informa a quantidade a ser produzida de um produto a cada nível de preço. Se quando estudamos a curva de demanda estávamos raciocinando como se fossemos um consumidor, neste momento deveremos passar a raciocinar como um empresário uma vez que estamos estudando a curva de oferta. De uma forma geral, sabemos que quanto maior for o preço de um bem mais os produtores querem vender daquele bem. Veja que estou falando de uma forma geral, claro que existem exceções. Dessa forma, a curva de oferta será uma curva positivamente inclinada que se situa no espaço preço x quantidade, como demonstrado abaixo: 21

22 Observe que quando o preço do bem era P 1, havia uma quantidade ofertada igual a Q 1. À medida que o preço do bem aumentou, o empresário passou a ter um estímulo maior a aumentar a quantidade ofertada. Dessa forma, quando o preço passa para P 2, o empresário aumenta a sua produção e passa a ofertar a quantidade Q 2. Diferentemente de quando estávamos estudando a curva de demanda, na curva de oferta não temos as classificações dos bens em vários tipos, mas há uma exceção também. Exceção essa que faz com que a curva de oferta possa ser negativamente inclinada. Em geral sabemos que quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada. No entanto, imagine uma situação em que há a criação de um site para concursos público, imaginemos a situação da Casa do Concurseiro. Há a necessidade de se fazer uma instalação inicial, contratar servidores que consigam armazenar as aulas, alugar sala, funcionários e por aí vai. Em determinado momento o site entra em contato com um professor de Microeconomia com o intuito de ministrar um curso da matéria. O professor irá dispor de uma quantidade x de horas para poder elaborar o curso e, para valer a pena, quer uma determinada remuneração. Para que essa remuneração seja conseguida, haverá uma cobrança do curso. No entanto, quanto maior for o número de alunos, menor poderá ser o preço do curso. O curso pode ser ofertado em uma quantidade muito grande e uma redução de preço pode aumentar a quantidade a ser ofertada pelo curso (pense que existe servidor em número suficiente). É mais fácil pensar neste ponto, se analisarmos a curva de oferta e de demanda juntas, pelo menos intuitivamente é isso que faremos. Imagine que sejam 50 alunos interessados no curso, assim o preço deverá ser um para cobrir os custos. No entanto, se o preço for reduzido isso induzirá a um aumento do número de alunos, mas não haverá um acréscimo tão grande no trabalho do professor ou no custo do site. Basicamente, terá um incremento nas respostas do fórum. Dessa forma, a oferta poderá ser aumentada para 100 e o preço cobrado ser mais baixo. Se o preço cair pode ser que a demanda aumente novamente e a oferta volte a aumentar com preço ainda mais baixo. Observe que para que haja uma curva de oferta negativamente inclinada, há a necessidade de ganhos de escala, fato que ocorre em cursos via internet ou tele-presenciais. Vamos trabalhar agora no enfoque do Mercado de trabalho, ou seja, a oferta do produto que pode ser ofertado no Mercado de trabalho. Que produto vocês acreditam que possa ser este? Muito bem, o próprio trabalho, a mão-de-obra das pessoas. A oferta por trabalho é dada pelas pessoas e à medida que o salário dos empregados aumenta, a oferta por trabalho também aumenta, ou seja, as pessoas estão mais dispostas a trabalhar quanto maior for a recompensa oferecida. 22

23 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade 4.1. Fatores que alteram a quantidade ofertada São quatro 3 os fatores que podem modificar a quantidade ofertada. São eles: Preço; Preço dos Insumos; Tecnologia; e Expectativas a) Preço Esse princípio já foi anunciado. Em geral, uma variação no preço do produto provoca uma alteração na quantidade ofertada do mesmo. Importante ressaltar que são poucas as questões que versam sobre curva de oferta negativamente inclinada. Isso é muito raro. Se examinador fizer uma pergunta e nela afirmar que a curva de oferta é positivamente inclinada, a tendência é que você marque que o item está correto, pois não foi utilizado nenhum chavão (sempre, nunca, etc). Logo, a pergunta fala de uma forma geral sobre a curva de oferta e, em geral, ela é positivamente inclinada. Observe que a curva de oferta é uma função que exprime a quantidade ofertada pelos produtores em função do preço do bem. Matematicamente, temos: Q O a + bp Sendo a e b constantes positivas. E o sinal positivo mostra que a curva de oferta é positivamente inclinada. Sendo assim, quando aumentamos o preço do bem, haverá uma variação na quantidade ofertada do mesmo e, portanto, um deslocamento SOBRE a curva de oferta. Veja a figura abaixo. 3 Alguns autores podem colocar vários outros fatores. Entretanto, esses quatro fatores são os apresentados pelos mais renomados. Em geral, os outros podem ser encaixados no item expectativas. 23

24 b) Preço dos Insumos Uma mudança no preço dos insumos 4 provoca uma alteração na quantidade ofertada do bem. Se o preço do insumo subir, haverá um aumento no custo de produção que provocará uma redução no lucro. Essa redução no lucro faz com que o empresário tenha interesse em reduzir a quantidade ofertada do bem. Já sei. Você deve estar pensando assim: se há uma redução no lucro, seria mais interessante que o empresário aumentasse a quantidade ofertada com o objetivo de ter o mesmo nível de lucro. Não é assim que você deve raciocinar. Pense no lucro por unidade produzida, mas como um percentual. Se o lucro por unidade cair em termos percentuais, pode ser que seja mais interessante para alguns empresários vender a empresa e aplicar no mercado financeiro. Entendido? Grave então, se o preço de um insumo subir haverá uma redução na quantidade ofertada. Observe que haverá uma mudança apenas no preço do insumo, sendo que o preço do bem será mantido constante. Como a curva de oferta mede a relação em um plano preço do bem x quantidade ofertada do bem, para que mudemos a quantidade ofertada sem que seja feita qualquer mudança no preço do bem será necessário DESLOCAR A CURVA DE OFERTA. Portanto, um aumento no preço do insumo provoca uma redução na quantidade ofertada, deslocando a curva de oferta para cima e para a esquerda, conforme mostrado abaixo: Por outro lado, se o preço de um insumo ficar mais barato, isso provocará uma redução no custo do empresário e mantendo o preço do produto constante, aumentará o lucro. Dessa forma, o empresário terá um incentivo a aumentar a quantidade ofertada do bem. Ao aumentar a quantidade ofertada do bem, como o preço do bem está mantido constante, o empresário estará provocando um deslocamento da curva de oferta para baixo e para a direita. 4 Segundo o Mini-dicionário Aurélio, insumo é o elemento que entra no processo de produção de mercadorias ou serviços (máquinas e equipamentos, trabalho humano, etc.); fator de produção. 24

25 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade Já sabemos que se uma alteração no preço de um bem modificar a sua quantidade ofertada haverá um deslocamento sobre a curva de oferta. No entanto, é importante destacar que qualquer outra variável que modificar a quantidade ofertada, tendo em vista o fato de que o preço é mantido constante, provocará um deslocamento da curva de oferta. Observe que para fazer qualquer tipo de análise em economia precisamos alterar uma variável e manter todas as outras variáveis constantes. Assim, podemos entender o que aquela variável sozinha pode provocar. Portanto, a nossa análise sempre será ceteris paribus 5. Segundo Mankiw: Os economistas usam a expressão ceteris paribus para dizer que todas as variáveis relevantes, exceto a que estiver sendo estudada na ocasião, são mantidas constantes. A expressão latina significa, literalmente, outras coisas sendo iguais. A curva de demanda se inclina para baixo porque, ceteris paribus, preços menores indicam uma maior quantidade demandada. Embora a expressão ceteris paribus se refira a uma situação hipotética na qual algumas variáveis são mantidas constantes, no mundo real muitas coisas se alteram simultaneamente. Por isso, quando usarmos ferramentas de oferta e de demanda para analisar fatos ou políticas, é importante ter em mente o que está sendo mantido constante e o que está mudando. c) Tecnologia Sabemos que, normalmente, há um ganho tecnológico com o passar do tempo. Esse ganho tecnológico contribui para aumentar a quantidade ofertada dos bens. Esse é o senso comum e deve ser assim que você está pensando, certo? Então me explique. Você concorda que uma TV LED é mais desenvolvida tecnologicamente que uma TV de Plasma, certo? Então, porque que a quantidade ofertada de TV LED é menor que a quantidade ofertada de TV de Plasma? Talvez você deva estar pensando: isto ocorre porque a TV LED é muito cara. Não, não é por causa disso. Se pensar assim, entraremos no problema do ovo e da galinha...rsrs 5 Alguns autores escrevem coeteris paribus. 25

26 Na verdade, a curva de oferta da TV de LED é uma e a curva de oferta da TV de Plasma é outra, completamente diferente. Isto porque estamos falando de produtos diferentes. Logo, possuem curvas diferentes. Observe que não estamos falando de tecnologia de produto e o exemplo que coloquei para vocês diz respeito à tecnologia do produto. Quando falamos de tecnologia provocando um aumento na quantidade ofertada, estamos nos referindo à TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO 6. E isso faz todo sentido, pois se passamos a ter uma máquina mais produtiva, mais eficiente, ela poderá contribuir para aumentar a quantidade a ser ofertada pelos empresários. É claro que, em princípio, estamos tratando o preço do bem como constante e esse aumento da tecnologia de produção provocará um deslocamento da curva de oferta para baixo e para a direita. Guarde duas coisas muito importantes aqui. A primeira é que o examinador vai querer te enrolar e falar de tecnologia do produto, mas você não pode, em hipótese alguma, errar uma questão desse tipo. O que altera a quantidade ofertada é a TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO. A segunda é que a tecnologia de produção provoca um DESLOCAMENTO da curva de oferta. d) Expectativas Expectativas... Quem adora questão com expectativas é o CESPE, pois assim ele pode inventar qualquer história e fazer a pergunta. Cai em todas as bancas, mas o CESPE é campeão nesse item. As expectativas modificam a quantidade ofertada. Imagine que o Ministério da Fazenda fez uma previsão de que o Brasil irá crescer 6%, em média, nos próximos quatro anos. Isso é uma indicação de que a renda da população deve aumentar e assim altera a nossa expectativa a respeito do País. Dessa forma, com a mudança da expectativa em relação à renda das pessoas, o empresário acaba aumentando a quantidade ofertada do bem. Por outro lado, se um empresário do setor hoteleiro está pensando em construir um complexo hoteleiro no nordeste com o intuito de competir com a Croácia e Emirados Árabes como destino dos europeus nas férias e escuta falar que há uma tendência de valorização da moeda nacional em relação ao Euro e ao dólar, imediatamente ele passa a ter uma expectativa pessimista em relação ao seu empreendimento. Isto ocorre porque boa parte do seu custo será em moeda nacional e está sendo criada uma expectativa de que ela fique cada vez mais forte e, portanto, o destino pode estar ficando caro para os europeus. Essa expectativa pode acabar fazendo com que haja uma redução da quantidade ofertada. Enfim, assim como esse exemplo que coloquei para vocês, vários outros podem ser colocados e inventados pelo examinador. O importante é tentar notar qual dos itens está alterando a oferta. Se for a expectativa a curva de oferta também será DESLOCADA. Esse deslocamento pode ser tanto na direção do aumento quanto da redução da quantidade ofertada. E no Mercado de Trabalho, quais vocês acham que seriam os fatores que podem afetar a oferta de trabalho das pessoas? É claro que o primeiro fator é o próprio salário. Ele afeta diretamente. Entretanto, o efeito riqueza também afeta a oferta de trabalho, seja porque a pessoa irá ter 6 É fundamental que você consiga fazer essa diferenciação. Faz toda a diferença na análise da questão. 26

27 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Economia do Trabalho Prof. César Frade um salário de reserva mais elevado ou porque ela decide ofertar uma quantidade menor de trabalho a um determinado salário. Quando eu me refiro ao efeito riqueza, eu não estou apenas falando da parcela que está ligada ao patrimônio em termos de bens que a pessoa possui, mas também os recursos que ela possui ou até mesmo a capacidade que essa pessoa tem que receber recursos em um momento futuro da carreira dela. 5. Equilíbrio Já estudamos tanto a curva de demanda quanto a curva de oferta separadamente. Agora, vamos juntar as duas curvas no mesmo espaço e verificar o que ocorre. É isso que chamamos de equilíbrio de mercado. Cuidado com uma coisa. Aqui estamos falando de equilíbrio parcial e não de equilíbrio geral. Lembre-se que apesar de tanto a curva de oferta quanto a curva de demanda poderem ser tanto positivamente quanto negativamente inclinadas, sempre que ouvirmos falar em curva de demanda pensaremos em uma curva negativamente inclinada (descendente da esquerda para a direita). Quando ouvirmos falar na curva de oferta, devemos pensar em uma curva positivamente inclinada (ascendente da esquerda para a direita). Portanto, em geral, não se deve utilizar a curva de demanda positivamente inclinada (bem de Giffen) e a curva de oferta negativamente inclinada (ganhos de escala). Isso somente deve ocorrer quando estivermos tratando de exceções. Ou seja, se o examinador falar de uma curva de oferta ou de uma curva de demanda, devemos fazer um desenho de curvas positivamente e negativamente inclinadas, respectivamente. Veja abaixo como proceder: O ponto em que as curvas de oferta e demanda se cruzam se chama EQUILÍBRIO. Esse ponto indica o nível de preço e a quantidade que está sendo negociada de forma que não há sobra de estoque ou falta de produto. Ou seja, se o preço do bem em questão estiver cotado em P 1, tudo que for produzido pelo empresário será vendido e não haverá formação de estoques nem falta 27

Disciplina: Economia & Negócios Líder da Disciplina: Ivy Jundensnaider Professora: Rosely Gaeta / /

Disciplina: Economia & Negócios Líder da Disciplina: Ivy Jundensnaider Professora: Rosely Gaeta / / Disciplina: Economia & Negócios Líder da Disciplina: Ivy Jundensnaider Professora: Rosely Gaeta NOTA DE AULA 03 MICROECONOMIA DEMANDA E OFERTA SEMANA E DATA / / 3.1. A curva de demanda Em uma economia

Leia mais

Aula 8 21/09/2009 - Microeconomia. Demanda Individual e Demanda de Mercado. Bibliografia: PINDYCK (2007) Capítulo 4

Aula 8 21/09/2009 - Microeconomia. Demanda Individual e Demanda de Mercado. Bibliografia: PINDYCK (2007) Capítulo 4 Aula 8 21/09/2009 - Microeconomia. Demanda Individual e Demanda de Mercado. Bibliografia: PINDYCK (2007) Capítulo 4 Efeito de modificações no preço: Caso ocorram modificações no preço de determinada mercadoria

Leia mais

Aula 13 Teoria do Consumidor 12/04/2010 Bibliografia VASCONCELLOS (2006) Capítulo 5 e MANKIW (2007) Capítulo 7.

Aula 13 Teoria do Consumidor 12/04/2010 Bibliografia VASCONCELLOS (2006) Capítulo 5 e MANKIW (2007) Capítulo 7. Aula 13 Teoria do Consumidor 12/04/2010 Bibliografia VASCONCELLOS (2006) Capítulo 5 e MANKIW (2007) Capítulo 7. Utilidades da teoria do consumidor: a) Servir de guia para elaboração e interpretação de

Leia mais

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Microeconomia Efeitos Renda e Substituição Prof.: Antonio Carlos Assumpção Efeito Renda e Efeito Substituição Uma queda no preço de um bem ou serviço tem dois efeitos: Substituição e Renda Efeito Substituição

Leia mais

Probabilidade. Luiz Carlos Terra

Probabilidade. Luiz Carlos Terra Luiz Carlos Terra Nesta aula, você conhecerá os conceitos básicos de probabilidade que é a base de toda inferência estatística, ou seja, a estimativa de parâmetros populacionais com base em dados amostrais.

Leia mais

15.053 26 de fevereiro de 2002

15.053 26 de fevereiro de 2002 15.053 26 de fevereiro de 2002 Análise de Sensibilidade apresentado como Perguntas Freqüentes Pontos ilustrados em um exemplo contínuo de fabricação de garrafas. Se o tempo permitir, também consideraremos

Leia mais

Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios

Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios O Método Intuitivo de elaboração de circuitos: As técnicas de elaboração de circuitos eletropneumáticos fazem parte

Leia mais

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia ActivALEA ative e atualize a sua literacia N.º 26 A FREQUÊNCIIA RELATIIVA PARA ESTIIMAR A PROBABIILIIDADE Por: Maria Eugénia Graça Martins Departamento de Estatística e Investigação Operacional da FCUL

Leia mais

01/09/2009. Entrevista do Presidente da República

01/09/2009. Entrevista do Presidente da República Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após cerimônia de encerramento do 27º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) Vitória-ES, 1º de setembro de 2009

Leia mais

Indíce. Indice... 1. 1) Identificar a sua persona (Cliente ideal)...erro! Indicador não definido. Exemplo... 4

Indíce. Indice... 1. 1) Identificar a sua persona (Cliente ideal)...erro! Indicador não definido. Exemplo... 4 Indíce Sumário Indice... 1 1) Identificar a sua persona (Cliente ideal)...erro! Indicador não definido. Exemplo... 4 2) Gerar relacionamento / lista de emails... 5 Exemplo... 6 3)Faça a oferta... 7 Exemplo...

Leia mais

Índice. Conteúdo. Planilha Profissional Para Cálculo de Preços de Artesanato

Índice. Conteúdo. Planilha Profissional Para Cálculo de Preços de Artesanato Índice Conteúdo Índice... 2 A Importância do Preço Correto... 3 Como chegar ao preço de venda adequado do meu produto?... 3 Como calcular o preço de venda lucro... 5 Como vender meus produtos pela internet...

Leia mais

Educação Financeira no Brasil - abertura

Educação Financeira no Brasil - abertura Educação Financeira no Brasil - abertura Investimentos Fevereiro 2014 Pesquisa do SPC Brasil traça perfil dos brasileiros em relação a investimento; maioria prefere consumir a poupar. O brasileiro não

Leia mais

ECONOMIA DA EDUCAÇÃO Módulo 1 Princípios de Economia

ECONOMIA DA EDUCAÇÃO Módulo 1 Princípios de Economia Opções Estratégicas Para a Implantação de Novas Políticas Educacionais ECONOMIA DA EDUCAÇÃO Módulo 1 Princípios de Economia Bob Verhine Universidade Federal da Bahia verhine@ufba.br A divulgação desta

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 42 Discurso na reunião da Academia

Leia mais

Manual Geral de Aplicação Universal Entrada 2008

Manual Geral de Aplicação Universal Entrada 2008 Universal Entrada 2008 Programa Programa - Manual do Aplicador Teste Universal - 2008 Teste Cognitivo Leitura/Escrita e Matemática Caro alfabetizador(a): Se você está recebendo este material, é porque

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL AMBIENTAL - EXERCÍCIO COMENTADO Prof Alan

BALANÇO PATRIMONIAL AMBIENTAL - EXERCÍCIO COMENTADO Prof Alan FACULDADE EVANGÉLICA CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: CONTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL TURMA: 3º, 4º e 5º PERÍODOS BALANÇO PATRIMONIAL AMBIENTAL - EXERCÍCIO COMENTADO Prof Alan Considere os fatos contábeis

Leia mais

Parabéns por você ter chegado até aqui isso mostra o seu real interesse em aprender como se ganhar dinheiro na internet logo abaixo te darei algumas

Parabéns por você ter chegado até aqui isso mostra o seu real interesse em aprender como se ganhar dinheiro na internet logo abaixo te darei algumas Parabéns por você ter chegado até aqui isso mostra o seu real interesse em aprender como se ganhar dinheiro na internet logo abaixo te darei algumas dicas! Dica 1 para Ganhar Dinheiro na Internet Com Crie

Leia mais

Resolução da Lista de Exercício 6

Resolução da Lista de Exercício 6 Teoria da Organização e Contratos - TOC / MFEE Professor: Jefferson Bertolai Fundação Getulio Vargas / EPGE Monitor: William Michon Jr 10 de novembro de 01 Exercícios referentes à aula 7 e 8. Resolução

Leia mais

Prospecção Inteligente

Prospecção Inteligente CONSORCIO NACIONAL GAZIN Prospecção Inteligente Inicialmente parece simples: prospectar é pesquisar, localizar e avaliar clientes potenciais. Mas o que parece óbvio nem sempre é feito da maneira correta.

Leia mais

Tema 3: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado. Objetivos. Relembrando

Tema 3: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado. Objetivos. Relembrando Tema 3: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado Profa. Ma. Renata M. G. Dalpiaz Objetivos Entender o funcionamento da demanda de determinado bem ou serviço e seu relacionamento com a oferta. Compreender

Leia mais

EGEA ESAPL - IPVC. Resolução de Problemas de Programação Linear, com recurso ao Excel

EGEA ESAPL - IPVC. Resolução de Problemas de Programação Linear, com recurso ao Excel EGEA ESAPL - IPVC Resolução de Problemas de Programação Linear, com recurso ao Excel Os Suplementos do Excel Em primeiro lugar deverá certificar-se que tem o Excel preparado para resolver problemas de

Leia mais

Comportamento ético do Contador - Conciliando Interesses, Administrando pessoas, informações e recursos.

Comportamento ético do Contador - Conciliando Interesses, Administrando pessoas, informações e recursos. Comportamento ético do Contador - Conciliando Interesses, Administrando pessoas, informações e recursos. Thiago Silva Lima Resumo A contabilidade é um ramo muito importante em se falando de ética já que

Leia mais

A 'BC' e, com uma régua, obteve estas medidas:

A 'BC' e, com uma régua, obteve estas medidas: 1 Um estudante tinha de calcular a área do triângulo ABC, mas um pedaço da folha do caderno rasgou-se. Ele, então, traçou o segmento A 'C' paralelo a AC, a altura C' H do triângulo A 'BC' e, com uma régua,

Leia mais

PEQUENAS EMPRESAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS TENDÊNCIAS E PRÁTICAS ADOTADAS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS

PEQUENAS EMPRESAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS TENDÊNCIAS E PRÁTICAS ADOTADAS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS PEQUENAS EMPRESAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS TENDÊNCIAS E PRÁTICAS ADOTADAS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS EMENTA O presente estudo tem por finalidade abordar o comportamento recente das pequenas empresas na

Leia mais

Por Quanto Posso Vender Meu Produto?

Por Quanto Posso Vender Meu Produto? Por Quanto Posso Vender Meu Produto? POR QUANTO POSSO VENDER MEU PRODUTO? Vejo muita gente, principalmente no Facebook, perguntando POR QUANTO vender seus produtos, sejam eles, bolos, doces, bombons, salgados

Leia mais

Estudo aponta influência do código de barras e da tecnologia na decisão de compra do consumidor e na estratégia do varejo

Estudo aponta influência do código de barras e da tecnologia na decisão de compra do consumidor e na estratégia do varejo Estudo aponta influência do código de barras e da tecnologia na decisão de compra do consumidor e na estratégia do varejo Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil revela resultado da terceira edição

Leia mais

Treinamento sobre Progress Report.

Treinamento sobre Progress Report. Treinamento sobre Progress Report. Objetivo O foco aqui é trabalhar o desenvolvimento pessoal de cada aluno. O instrutor irá analisar cada um e pensar em suas dificuldades e barreiras de aprendizado e,

Leia mais

Tema Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição

Tema Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição Tema Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição Projeto Curso Disciplina Tema Professor(a) Pós-Graduação Engenharia da Produção Custos Industriais Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição Luizete Fabris

Leia mais

NavegadorContábil. Sim. Não. Sim. Não. Número 13-20 de agosto de 2010. Contabilização de operações de duplicata descontada e vendor

NavegadorContábil. Sim. Não. Sim. Não. Número 13-20 de agosto de 2010. Contabilização de operações de duplicata descontada e vendor NavegadorContábil Número 13-20 de agosto de 2010 Contabilização de operações de duplicata descontada e vendor Introdução Muitas empresas no Brasil, na administração de seu capital de giro, fazem uso de

Leia mais

EDUCADOR, MEDIADOR DE CONHECIMENTOS E VALORES

EDUCADOR, MEDIADOR DE CONHECIMENTOS E VALORES EDUCADOR, MEDIADOR DE CONHECIMENTOS E VALORES BREGENSKE, Édna dos Santos Fernandes* Em seu livro, a autora levanta a questão da formação do educador e a qualidade de seu trabalho. Deixa bem claro em diversos

Leia mais

MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL SENSORES MAGNETO-RESTRITIVOS UM CRUZAMENTO DE DOIS TIPOS DE SENSORES CONHECIDOS.

MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL SENSORES MAGNETO-RESTRITIVOS UM CRUZAMENTO DE DOIS TIPOS DE SENSORES CONHECIDOS. MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL SENSORES MAGNETO-RESTRITIVOS UM CRUZAMENTO DE DOIS TIPOS DE SENSORES CONHECIDOS. Figura 1: Aqui uma vista dos sensores do eixo comando de válvulas de um NISSAN Máxima 2012.

Leia mais

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. ROTEIRO Esta aula tem por base o Capítulo 2 do livro de Taha (2008): Introdução O modelo de PL de duas variáveis Propriedades

Leia mais

COMENTÁRIO DA PROVA DO BANCO DO BRASIL

COMENTÁRIO DA PROVA DO BANCO DO BRASIL COMENTÁRIO DA PROVA DO BANCO DO BRASIL Prezados concurseiros, segue abaixo os comentários das questões de matemática propostas pela CESPE no último concurso para o cargo de escriturário do Banco do Brasil

Leia mais

DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL PROF. BENADILSON

DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL PROF. BENADILSON RESOLVA AS QUESTÕES DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL PROF. BENADILSON 1) Qual o conceito de Contabilidade? 2) Cite três usuários da Contabilidade. 3) Para quem é mantida a Contabilidade? 4) Qual a diferença

Leia mais

Introdução à Economia

Introdução à Economia CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL ECONOMIA AMBIENTAL Introdução à Economia Prof. Augusto Santana 28/11/2012 CONCEITOS BÁSICOS Conceito de Economia Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e

Leia mais

Módulo de Princípios Básicos de Contagem. Segundo ano

Módulo de Princípios Básicos de Contagem. Segundo ano Módulo de Princípios Básicos de Contagem Combinação Segundo ano Combinação 1 Exercícios Introdutórios Exercício 1. Numa sala há 6 pessoas e cada uma cumprimenta todas as outras pessoas com um único aperto

Leia mais

Aula 03. Processadores. Prof. Ricardo Palma

Aula 03. Processadores. Prof. Ricardo Palma Aula 03 Processadores Prof. Ricardo Palma Definição O processador é a parte mais fundamental para o funcionamento de um computador. Processadores são circuitos digitais que realizam operações como: cópia

Leia mais

ANÁLISE DE RECURSOS NA PRODUÇÃO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Como analisar recursos na produção para auxiliar na busca de novos mercados RESUMO

ANÁLISE DE RECURSOS NA PRODUÇÃO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Como analisar recursos na produção para auxiliar na busca de novos mercados RESUMO ANÁLISE DE RECURSOS NA PRODUÇÃO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Como analisar recursos na produção para auxiliar na busca de novos mercados RESUMO Carlos Eduardo Macieski dos Santos * Isaque dos Santos Amorim

Leia mais

Tutorial do aluno Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Rede e-tec Brasil

Tutorial do aluno Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Rede e-tec Brasil Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Tutorial do aluno Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Rede e-tec Brasil 2015 I F P A 1 0 5 a n o s SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 2 1 CALENDÁRIO

Leia mais

BUSCA DE FIDELIZACÃO DOS CLIENTES ATRAVES DA QUALIDADE NO ATENDIMENTO

BUSCA DE FIDELIZACÃO DOS CLIENTES ATRAVES DA QUALIDADE NO ATENDIMENTO BUSCA DE FIDELIZACÃO DOS CLIENTES ATRAVES DA QUALIDADE NO ATENDIMENTO Taynná BECKER 1 Priscila GUIDINI 2 RESUMO: O artigo apresenta a importância da fidelização de clientes para as empresas, e como a qualidade

Leia mais

Vamos dar uma olhada nos Processos de Produção Musical mas, antes, começaremos com alguns Conceitos Básicos.

Vamos dar uma olhada nos Processos de Produção Musical mas, antes, começaremos com alguns Conceitos Básicos. Vamos dar uma olhada nos Processos de Produção Musical mas, antes, começaremos com alguns Conceitos Básicos. O processo da produção musical tem sete pontos bem distintos. Antes de entender melhor os sete

Leia mais

UM JOGO BINOMIAL 1. INTRODUÇÃO

UM JOGO BINOMIAL 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO UM JOGO BINOMIAL São muitos os casos de aplicação, no cotidiano de cada um de nós, dos conceitos de probabilidade. Afinal, o mundo é probabilístico, não determinístico; a natureza acontece

Leia mais

0.1 Introdução Conceitos básicos

0.1 Introdução Conceitos básicos Laboratório de Eletricidade S.J.Troise Exp. 0 - Laboratório de eletricidade 0.1 Introdução Conceitos básicos O modelo aceito modernamente para o átomo apresenta o aspecto de uma esfera central chamada

Leia mais

2 Passos para Ganhar dinheiro com o Google Exatamente isso que você leu no texto acima! É possível ganhar dinheiro online utilizando uma ferramenta

2 Passos para Ganhar dinheiro com o Google Exatamente isso que você leu no texto acima! É possível ganhar dinheiro online utilizando uma ferramenta Teste 2 Passos para Ganhar dinheiro com o Google Exatamente isso que você leu no texto acima! É possível ganhar dinheiro online utilizando uma ferramenta chamada google adsense. Se você ainda não conhece

Leia mais

Probabilidade. Evento (E) é o acontecimento que deve ser analisado.

Probabilidade. Evento (E) é o acontecimento que deve ser analisado. Probabilidade Definição: Probabilidade é uma razão(divisão) entre a quantidade de eventos e a quantidade de amostras. Amostra ou espaço amostral é o conjunto formado por todos os elementos que estão incluídos

Leia mais

Usando potências de 10

Usando potências de 10 Usando potências de 10 A UUL AL A Nesta aula, vamos ver que todo número positivo pode ser escrito como uma potência de base 10. Por exemplo, vamos aprender que o número 15 pode ser escrito como 10 1,176.

Leia mais

24/06/2010. Presidência da República Secretaria de Imprensa Discurso do Presidente da República

24/06/2010. Presidência da República Secretaria de Imprensa Discurso do Presidente da República Palavras do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Escola Municipal de Rio Largo, durante encontro para tratar das providências sobre as enchentes Rio Largo - AL, 24 de junho de 2010 Bem,

Leia mais

Contextualização Pesquisa Operacional - Unidade de Conteúdo II

Contextualização Pesquisa Operacional - Unidade de Conteúdo II Contextualização Pesquisa Operacional - Unidade de Conteúdo II O tópico contextualização visa vincular o conhecimento acerca do tema abordado, à sua origem e à sua aplicação. Você encontrará aqui as ideias

Leia mais

MODELAGENS. Modelagem Estratégica

MODELAGENS. Modelagem Estratégica Material adicional: MODELAGENS livro Modelagem de Negócio... Modelagem Estratégica A modelagem estratégica destina-se à compreensão do cenário empresarial desde o entendimento da razão de ser da organização

Leia mais

Autoria: Fernanda Maria Villela Reis Orientadora: Tereza G. Kirner Coordenador do Projeto: Claudio Kirner. Projeto AIPRA (Processo CNPq 559912/2010-2)

Autoria: Fernanda Maria Villela Reis Orientadora: Tereza G. Kirner Coordenador do Projeto: Claudio Kirner. Projeto AIPRA (Processo CNPq 559912/2010-2) Autoria: Fernanda Maria Villela Reis Orientadora: Tereza G. Kirner Coordenador do Projeto: Claudio Kirner 1 ÍNDICE Uma palavra inicial... 2 Instruções iniciais... 3 Retângulo... 5 Quadrado... 6 Triângulo...

Leia mais

GUIA DO CRÉDITO CONSCIENTE

GUIA DO CRÉDITO CONSCIENTE GUIA DO 1 FAMILIAR GUIA DO 2 Existem várias maneiras de usar o dinheiro de forma consciente. Uma delas é definir suas necessidades e planejar todos os seus gastos levando em conta a renda disponível. Para

Leia mais

Aula demonstrativa Apresentação... 2 Negação de Proposições e Leis de De Morgan... 3 Relação das questões comentadas... 9 Gabaritos...

Aula demonstrativa Apresentação... 2 Negação de Proposições e Leis de De Morgan... 3 Relação das questões comentadas... 9 Gabaritos... Aula demonstrativa Apresentação... 2 Negação de Proposições e Leis de De Morgan... 3 Relação das questões comentadas... 9 Gabaritos... 11 1 Apresentação Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Vamos sair na

Leia mais

Como Criar Seu Primeiro Negócio 100% Digital

Como Criar Seu Primeiro Negócio 100% Digital 1 2 Por Tiago Bastos Como Criar Seu Primeiro Negócio 100% Digital Por Tiago Bastos Declaração De Ganhos Com O Uso De Nossos Produtos A empresa Seu Primeiro Negócio Digital" não pode fazer garantias sobre

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Fundamentos da microeconomia Introdução à Microeconomia Capítulo II Microeconomia: é o ramo da economia que trata do comportamento das unidades econômicas individuais (consumidores, empresas, trabalhadores

Leia mais

Top Copywriting Para Vendas

Top Copywriting Para Vendas Top Copywriting Para Vendas (TOP COPYWRITING PARA VENDAS + 3 BÔNUS ESPECIAIS) - Você Vai Aprender De Forma Incrivelmente Simples E Rápida Como Alcançar O Tão Esperado Sucesso Nas Suas Vendas Online, Mesmo

Leia mais

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL Felipe Gava SILVA 1 RESUMO: O presente artigo tem por finalidade mostrar o que é a desigualdade social. A desigualdade social é resumida, em muitos com pouco e poucos com

Leia mais

PLANO DE CARREIRA CONSOLIDAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO CONSULTOR (CONT.) CONSOLIDAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO CONSULTOR. Tripé: Sustentação conceitual;

PLANO DE CARREIRA CONSOLIDAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO CONSULTOR (CONT.) CONSOLIDAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO CONSULTOR. Tripé: Sustentação conceitual; CONSOLIDAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO CONSULTOR (CONT.) Consultoria Organizacional Prof. Ms. Carlos William de Carvalho CONSOLIDAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO CONSULTOR 2.2 FORMA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL: EMPRESA

Leia mais

Como todo bom programa de trainee, o jovem tem de passar por todas as áreas da empresa para se tornar conhecedor de todo o processo.

Como todo bom programa de trainee, o jovem tem de passar por todas as áreas da empresa para se tornar conhecedor de todo o processo. Olá amigo(a) Corretor(a) de Imóveis. Tudo bem? Depois de termos vistos os dois primeiros pilares do Corretor de Imóveis Campeão, que são automotivação e conhecimento técnico, vamos adentrar nos outros

Leia mais

Tópicos Especiais em Educação

Tópicos Especiais em Educação Tópicos Especiais em Educação Física II Unidade I -Cognição - Prof. Esp. Jorge Duarte Cognição Um dos objetivos do sistema de ensino é promover o desenvolvimento cognitivo da criança. Esse desenvolvimento

Leia mais

I ENCONTRO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA: EM BUSCA DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO

I ENCONTRO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA: EM BUSCA DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA: EM BUSCA DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO Palavras-chave: Identidade do Pedagogo. Formação de Professores. Licenciatura em Pedagogia. LDB 9394/96. Introdução Este trabalho

Leia mais

Copyright - IS Intelligent Software

Copyright - IS Intelligent Software O processo de compras do século passado... Sua empresa ainda compra assim... De posse de uma lista de compras, gerada ou não por um software de gestão empresarial, o comprador inicia o processo de cotação

Leia mais

Orçamento apertado: como organizar as finanças? CONTAS EM ORDEM

Orçamento apertado: como organizar as finanças? CONTAS EM ORDEM Guia Financeiro 4 Orçamento apertado: como organizar as finanças? Alguns sinais indicam que suas finanças precisam de maior atenção: ao fechar o mês no vermelho, ao atrasar a fatura do cartão de crédito,

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Probabilidade e Estatística TESTES DE HIPÓTESES (ou Testes de Significância) Estimação e Teste de Hipóteses Estimação e teste de hipóteses (ou significância) são os aspectos principais da Inferência Estatística

Leia mais

REUNIÃO COMO CONDUZI-LA?

REUNIÃO COMO CONDUZI-LA? REUNIÃO COMO CONDUZI-LA? REUNIÃO As reuniões são um meio para partilhar, num grupo de pessoas, um mesmo nível de conhecimento sobre um assunto ou um problema e para tomar decisões coletivamente. Além disso,

Leia mais

Exercício. Exercício

Exercício. Exercício Exercício Exercício Aula Prática Utilizar o banco de dados ACCESS para passar o MER dos cenários apresentados anteriormente para tabelas. 1 Exercício oções básicas: ACCESS 2003 2 1 Exercício ISERIDO UMA

Leia mais

OFICINA DE ORGANIZAÇÃO PESSOAL MARCIA NOLETO PERSONAL ORGANIZER

OFICINA DE ORGANIZAÇÃO PESSOAL MARCIA NOLETO PERSONAL ORGANIZER OFICINA DE ORGANIZAÇÃO PESSOAL MARCIA NOLETO PERSONAL ORGANIZER MEU TEMPO É PRECIOSO ROTINA INSANA CAOS COMIDA PARA FAZER CASA PARA LIMPAR FILHOS PARA CUIDAR TRABALHO COMO SER ORGANIZADA? Processo que

Leia mais

Mercados emergentes precisam fazer mais para continuar a ser os motores do crescimento global

Mercados emergentes precisam fazer mais para continuar a ser os motores do crescimento global Mercados emergentes precisam fazer mais para continuar a ser os motores do crescimento global de janeiro de 1 Por Min Zhu Em nossa Reunião Anual de outubro de 13, travamos um longo debate sobre as perspectivas

Leia mais

Vivendo em grupo. Que sugestão você daria a dona Rosa para que as galinhas não se bicassem?...

Vivendo em grupo. Que sugestão você daria a dona Rosa para que as galinhas não se bicassem?... A UU L AL A Vivendo em grupo Todos os dias, pela manhã e à tarde, dona Rosa chamava suas galinhas para lhes dar comida. Elas vinham correndo e, assim que chegavam, dona Rosa começava a jogar o milho ou

Leia mais

Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer

Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer Foco da Palestra Orientar e esclarecer os conceitos de Lucratividade e a importância para existência e sucesso das empresas. Proporcionar aos participantes

Leia mais

Cap. II EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS E EVENTOS NÃO- EXCLUSIVOS

Cap. II EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS E EVENTOS NÃO- EXCLUSIVOS Cap. II EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS E EVENTOS NÃO- EXCLUSIVOS Dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos, ou disjuntos, se os mesmos não podem ocorrer simultaneamente. Isto é, a ocorrência de um

Leia mais

Tabela 1 Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil e em Goiás: 2011 2013 (%)

Tabela 1 Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil e em Goiás: 2011 2013 (%) 1 PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA A Tabela 1 mostra o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e de Goiás no período compreendido entre 211 e 213. Nota-se que, percentualmente, o PIB goiano cresce relativamente

Leia mais

3º Ano do Ensino Médio. Aula nº06

3º Ano do Ensino Médio. Aula nº06 Nome: Ano: º Ano do E.M. Escola: Data: / / 3º Ano do Ensino Médio Aula nº06 Assunto: Noções de Estatística 1. Conceitos básicos Definição: A estatística é a ciência que recolhe, organiza, classifica, apresenta

Leia mais

Dicas Gerenciais Como devo definir o preço de venda de cada produto? Processo de Formação de Preços em uma Loja de Varejo de Alimentos.

Dicas Gerenciais Como devo definir o preço de venda de cada produto? Processo de Formação de Preços em uma Loja de Varejo de Alimentos. Como devo definir o preço de venda de cada produto? Processo de Formação de Preços em uma Loja de Varejo de Alimentos. O cálculo de custo de produtos em uma loja de varejo pode seguir 02 fórmulas. A 1ª

Leia mais

Instruções para o cadastramento da Operação de Transporte e geração do Código Identificador da Operação de Transporte CIOT.

Instruções para o cadastramento da Operação de Transporte e geração do Código Identificador da Operação de Transporte CIOT. Instruções para o cadastramento da Operação de Transporte e geração do Código Identificador da Operação de Transporte CIOT. Versão: 16/03/12 As instruções abaixo aplicam-se a todas as Operações de Transportes

Leia mais

Introdução à orientação a objetos

Introdução à orientação a objetos Universidade Federal de Juiz de Fora PET Elétrica Introdução à orientação a objetos Tutor: Francisco José Gomes Aluno: João Tito Almeida Vianna 18/05/2013 1 Programação Estruturada x Orientação a objetos

Leia mais

Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens. Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico. Mestrado em Engenharia Aeroespacial

Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens. Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico. Mestrado em Engenharia Aeroespacial Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico Uma Breve Introdução Mestrado em Engenharia Aeroespacial Marília Matos Nº 80889 2014/2015 - Professor Paulo

Leia mais

Ao considerar o impacto ambiental das empilhadeiras, observe toda cadeia de suprimentos, da fonte de energia ao ponto de uso

Ao considerar o impacto ambiental das empilhadeiras, observe toda cadeia de suprimentos, da fonte de energia ao ponto de uso Energia limpa Ao considerar o impacto ambiental das empilhadeiras, observe toda cadeia de suprimentos, da fonte de energia ao ponto de uso Empilhadeira movida a hidrogênio H oje, quando se trata de escolher

Leia mais

A Orientação Educacional no novo milênio

A Orientação Educacional no novo milênio 15 1 A Orientação Educacional no novo milênio O presente estudo consiste na descrição e análise da experiência do Curso de Especialização em Orientação Educacional e Supervisão Escolar, realizado na Faculdade

Leia mais

Contratar um plano de saúde é uma decisão que vai além da pesquisa de preços. Antes de

Contratar um plano de saúde é uma decisão que vai além da pesquisa de preços. Antes de Planos de saúde: Sete perguntas para fazer antes de contratar Antes de aderir a um plano de saúde, o consumidor precisa se informar sobre todas as condições do contrato, para não correr o risco de ser

Leia mais

Engenharia de Software II

Engenharia de Software II Engenharia de Software II Aula 26 http://www.ic.uff.br/~bianca/engsoft2/ Aula 26-21/07/2006 1 Ementa Processos de desenvolvimento de software Estratégias e técnicas de teste de software Métricas para software

Leia mais

Se inicialmente, o tanque estava com 100 litros, pode-se afirmar que ao final do dia o mesmo conterá.

Se inicialmente, o tanque estava com 100 litros, pode-se afirmar que ao final do dia o mesmo conterá. ANÁLISE GRÁFICA QUANDO y. CORRESPONDE A ÁREA DA FIGURA Resposta: Sempre quando o eio y corresponde a uma taa de variação, então a área compreendida entre a curva e o eio do será o produto y. Isto é y =

Leia mais

Aula 5. Uma partícula evolui na reta. A trajetória é uma função que dá a sua posição em função do tempo:

Aula 5. Uma partícula evolui na reta. A trajetória é uma função que dá a sua posição em função do tempo: Aula 5 5. Funções O conceito de função será o principal assunto tratado neste curso. Neste capítulo daremos algumas definições elementares, e consideraremos algumas das funções mais usadas na prática,

Leia mais

IPERON - ABRIL VERDE/2016 5 PASSOS PARA UMA LIDERANÇA DE RESULTADOS

IPERON - ABRIL VERDE/2016 5 PASSOS PARA UMA LIDERANÇA DE RESULTADOS IPERON - ABRIL VERDE/2016 5 PASSOS PARA UMA LIDERANÇA DE RESULTADOS Adm. Ramiro Vieira, Msc Coach Abril/2016 O Líder Nasce ou se Torna Líder? Nem todos os que se esforçam para ser líderes têm condições

Leia mais

Escrito por Ademir Dom, 03 de Janeiro de 2010 21:28 - Última atualização Dom, 03 de Janeiro de 2010 21:31

Escrito por Ademir Dom, 03 de Janeiro de 2010 21:28 - Última atualização Dom, 03 de Janeiro de 2010 21:31 DIETA DA USP Aqui segue o cardápio da dieta da USP. O regime da USP permite você perder gordura e emagrecer devido ao aceleramento do metabolismo e fazendo com que o organismo comece a queimar gordura

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 75 Discurso na cerimónia de posse

Leia mais

BEM VINDOS ALUNOS DA GRADUAÇÃ ÇÃO. GESTÃO INTEGRADA PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃ ÇÃO O QUE O MUNDO TEM A VER COM MARKETING?

BEM VINDOS ALUNOS DA GRADUAÇÃ ÇÃO. GESTÃO INTEGRADA PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃ ÇÃO O QUE O MUNDO TEM A VER COM MARKETING? BEM VINDOS ALUNOS DA TURMA DE PÓS-GRADUA P GRADUAÇÃ ÇÃO. GESTÃO INTEGRADA PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃ ÇÃO PROF. PAULO NETO FIB - 2011 O QUE O MUNDO TEM A VER COM MARKETING? O QUE EU TENHO A VER COM

Leia mais

A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor

A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor Otimismo e autoconfiança são marcas do jovem empreendedor no Brasil. Percepção da crise é menor quando empresários olham para o próprio negócio A pesquisa

Leia mais

Os exemplos ilustram vencedores e perdedores da atual redução no preço do petróleo,

Os exemplos ilustram vencedores e perdedores da atual redução no preço do petróleo, Quem ganha e quem perde com a queda do preço do petróleo? O momento de queda no preço do petróleo leva alguns exportadores do produto a se prepararem para uma significativa queda de receitas. Ao mesmo

Leia mais

BLUMENAU: SITUAÇÃO FINANCEIRA A economia dos municípios depende do cenário nacional

BLUMENAU: SITUAÇÃO FINANCEIRA A economia dos municípios depende do cenário nacional BLUMENAU: SITUAÇÃO FINANCEIRA A economia dos municípios depende do cenário nacional - A arrecadação municipal (transferências estaduais e federais) vem crescendo abaixo das expectativas desde 2013. A previsão

Leia mais

O texto de hoje da UNESCO é simples mas deveria ser pensado por todos nós. Vamos a ele:

O texto de hoje da UNESCO é simples mas deveria ser pensado por todos nós. Vamos a ele: COMUICAÇÃO ( 2.communication) Extraído de páginas 76 e 77 do guia para professores da U ESCO: (Understanding and responding to children s needs in Inclusive Classrooms) www.unesco.org.com; traduzido do

Leia mais

Brazilian Depositary Receipt BDR Nível I Não Patrocinado

Brazilian Depositary Receipt BDR Nível I Não Patrocinado Renda Variável Brazilian Depositary Receipt BDR Nível I Não Patrocinado O produto Os Brazilian Depositary Receipts Nível I Não Patrocinados (BDR NP) são valores mobiliários, emitidos no Brasil por instituições

Leia mais

números decimais Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos 2 de um bolo se dividirmos esse bolo

números decimais Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos 2 de um bolo se dividirmos esse bolo A UA UL LA Frações e números decimais Introdução Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos de um bolo se dividirmos esse bolo em cinco partes iguais e tomarmos

Leia mais

Matemática Financeira. 1ª Parte: Porcentagem Comparação entre Valores - Aumento e Desconto Juros

Matemática Financeira. 1ª Parte: Porcentagem Comparação entre Valores - Aumento e Desconto Juros Matemática ª série Lista 08 Junho/2016 Profª Helena Matemática Financeira 1ª Parte: Porcentagem Comparação entre Valores - Aumento e Desconto Juros 1) (GV) Carlos recebeu R$ 240.000,00 pela venda de um

Leia mais

[RESOLUÇÃO] Economia I; 2012/2013 (2º semestre) Prova da Época Recurso 3 de Julho de 2013

[RESOLUÇÃO] Economia I; 2012/2013 (2º semestre) Prova da Época Recurso 3 de Julho de 2013 Economia I; 01/013 (º semestre) Prova da Época Recurso 3 de Julho de 013 [RESOLUÇÃO] Distribuição das respostas correctas às perguntas da Parte A (6 valores) nas suas três variantes: ER A B C P1 P P3 P4

Leia mais

Registro de Retenções Tributárias e Pagamentos

Registro de Retenções Tributárias e Pagamentos SISTEMA DE GESTÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS (SiGPC) CONTAS ONLINE Registro de Retenções Tributárias e Pagamentos Atualização: 20/12/2012 A necessidade de registrar despesas em que há retenção tributária é

Leia mais

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova Caderno de Questões

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova Caderno de Questões Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova Caderno de Questões Prof. Carlos A. Heuser Dezembro de 2009 Duração: 2 horas Prova com consulta Questão 1 (Construção de modelo ER) Deseja-se projetar a base de

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após visita à Universidade de Coimbra

Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após visita à Universidade de Coimbra Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após visita à Universidade de Coimbra Coimbra-Portugal, 29 de março de 2011 Jornalista: Presidente, que notícias a senhora tem

Leia mais

Os 7 Melhores Modelos de COACHING em GRUPO

Os 7 Melhores Modelos de COACHING em GRUPO Os 7 Melhores Modelos de COACHING em GRUPO Olá, aqui é o Wilton Neto tudo bem?! E... Coaching em Grupo é muito divertido! Parabéns e obrigado por baixar do Manual com os 7 Melhores Modelos de Coaching

Leia mais

Cinemática Bidimensional

Cinemática Bidimensional Cinemática Bidimensional INTRODUÇÃO Após estudar cinemática unidimensional, vamos dar uma perspectiva mais vetorial a tudo isso que a gente viu, abrangendo mais de uma dimensão. Vamos ver algumas aplicações

Leia mais

1 Produto: Podcast Formato: Áudio Canal: Minicast Tema: Os Inovadores., o livro. ebookcast (este ebook)

1 Produto: Podcast Formato: Áudio Canal: Minicast Tema: Os Inovadores., o livro. ebookcast (este ebook) 1 Produto: Podcast Formato: Áudio Canal: Minicast Tema: Os Inovadores., o livro Nossos conteúdos nos três formatos Minicast (ouça) ebookcast (este ebook) WebPage (leia) 2 Pagar ligações telefônicas e navegação

Leia mais