DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TERCEIRIZAÇÃO: OS BENEFÍCIOS E OS RISCOS PARA A ORGANIZAÇÃO Por: Elisângela Martins Fontenele Ribeiro Orientador Prof. Adélia Maria Oliveira Araújo DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL Brasília 2011

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TERCEIRIZAÇAÕ: OS BENEFÍCIOS E OS RISCOS PARA A ORGANIZAÇÃO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Elisângela Martins Fontenele Ribeiro

3 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus por tudo que Ele tem feito na minha vida, pelas minhas conquistas de hoje e as vitórias que futuramente poderei obter. Ao meu esposo, Edvan, por sempre me incentivar a correr atrás dos meus objetivos e a não desanimar diante dos obstáculos.

4 DEDICATÓRIA Dedico a todos que me apoiaram e me incentivaram atingir mais este objetivo.

5 RESUMO Ao terceirizar uma atividade busca-se diminuir os custos e aumentar a eficiência, não apenas para a atividade a ser terceirizada, mas para a organização como um todo, pois de nada adianta obter maior eficiência, agilidade e melhoria em uma atividade, se o restante da empresa não melhorar a sua gestão. Este trabalho propõe uma reflexão sobre a terceirização, mostra os pontos positivos e negativos, suas vantagens e desvantagens, além dos riscos que uma empresa pode assumir ao se terceirizar certo tipo de atividade. Este estudo traz o conceito de terceirização, explana sua origem, todo o seu histórico, pois é um tema bastante discutido no meio empresarial, e tem uma elevada gama de informações. Nele, também, é apresentada uma pesquisa indireta, realizada por uma empresa pública com seus empregados, objetivando conhecer o grau de satisfação destes com relação à terceirização do serviço de atendimento voltado ao público interno da empresa, ou seja, aos próprios empregados. Por meio da pesquisa, a empresa pôde verificar se o atendimento prestado pela terceirizada atende satisfatoriamente seu público interno, se deu mais agilidade aos processos e se trouxe mais eficiência à atividade terceirizada.

6 METODOLOGIA Para Gil (2002, p.42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. Para Fachin (2003, p.27) a metodologia é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados. Neste estudo, a metodologia aplicada envolverá pesquisas bibliográficas em publicações pertinentes ao tema proposto, além de uma pesquisa indireta, realizada pela empresa com seus empregados, distribuídos em 26 estados, com a finalidade de identificar o grau de satisfação destes com relação à qualidade do atendimento prestado por profissionais terceirizados. Nessa pesquisa de satisfação, os dados colhidos pela instituição foram divulgados por meio de um relatório e publicados internamente. Para auxiliar na busca por informações consistentes e para obter uma maior compreensão sobre o tema estudado, além de pesquisas em livros relacionados ao assunto, foram utilizadas bibliografias e publicações disponibilizadas em meios eletrônicos de outros especialistas no tema.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Terceirização: Conceitos fundamentais Histórico da Terceirização 13 CAPÍTULO II - Vantagens e desvantagens para a organização As possibilidades e limites da terceirização A licitude e a ilicitude desta ferramenta 26 CAPÍTULO III O clima organizacional e a terceirização Terceirização e a Gestão de Pessoas Resultado da pesquisa de satisfação 34 CONCLUSÃO 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 ÍNDICE 44

8 8 INTRODUÇÃO A terceirização consiste na possibilidade de contratar terceiros para a realização de atividades que não constituem o objeto principal da empresa. (MARTINS, 2001, p.23). Atualmente, as organizações delegam para empresas terceirizadas serviços que não são o foco do seu negócio. Com isso, elas buscam reduzir custos, obter ganhos de produtividade, competitividade no mercado e qualidade. No entanto, pode haver riscos quando se delega algum tipo de serviço para outra empresa distinta, como a dificuldade de integrar a cultura da empresa contratante e do fornecedor, escolha inadequada do fornecedor, perda da qualidade, entre outros. O risco na queda da qualidade no atendimento atinge não somente ao público externo como também ao público interno da própria organização. Portanto, o assunto pesquisado tem o propósito de responder ao seguinte questionamento: Como a empresa deve melhor preparar seu processo de terceirização do atendimento ao seu público interno sem perder a qualidade do serviço? Já há várias décadas, a terceirização vem sendo utilizada como ferramenta administrativa. Há muitos anos, nas empresas de países desenvolvidos e no Brasil se pratica a contratação, por meio de prestação de serviços de empresas especializadas em atividades específicas, que não cabem ser executadas no ambiente interno da organização. Hoje, a terceirização é conceituada como uma técnica moderna de administração que se baseia num processo de gestão e que leva a diversas mudanças: culturais, estruturais, procedimentos, sistemas e controles, com um único objetivo quando adotada - atingir melhores resultados, concentrando todos os esforços da empresas para a sua atividade principal.

9 9 Para que a terceirização cumpra a sua função essencial é necessário que haja planejamento na empresa, que ela possa traçar um objetivo na busca da qualidade do serviço a ser terceirizado. No capítulo I será dado o conceito de terceirização sob o ponto de vista de vários autores especialistas no assunto. Também será abordado o histórico da terceirização, como e onde ela surgiu, quais eram os objetivos dessa ferramenta no início de seu surgimento até os dias atuais. O capítulo II objetiva mostrar as vantagens e desvantagens da terceirização, no que as empresas devem prestar atenção na hora de pensar em transferir alguma atividade para outra empresa. O capítulo III tratará sobre o clima organização e a terceirização, como a ela é vista na gestão organizacional e também como ela é vista pelas pessoas que trabalham na organização. Nesse capítulo também será analisado o resultado de uma pesquisa de satisfação feita por uma empresa pública aos seus empregados com relação ao serviço de atendimento ao público interno realizado pela empresa terceirizada. Este tema é de fundamental importância, por se tratar de um assunto que gera polêmica, pois ao mesmo tempo em que a terceirização busca reduzir os custos da empresa, dar agilidade e flexibilidade, ela também poderia provocar uma piora na qualidade dos seus serviços, principalmente no que se refere ao atendimento, porque o atendimento é a principal ferramenta de uma empresa para conquistar todo e qualquer cliente, seja ele interno ou externo, sendo que a qualidade nesse tipo de serviço é indiscutível para atingir o resultado final.

10 10 CAPÍTULO I TERCEIRIZAÇÃO: CONCEITOS FUNDAMENTAIS A definição de terceirização será dada a partir de vários conceitos existentes na literatura, mostrando-se assim as diversas visões sobre o assunto: Tudo o que não é vocação de uma empresa deve ser entregue para especialistas (LEIRIA, 1993, p.19). É uma tendência moderna que consiste na concentração de esforços nas atividades essenciais, delegando a terceiros as complementares (GIOSA, 1997, p.14). É a passagem de atividades e tarefas a terceiros. A empresa concentrase em atividades-fim, aquelas para as quais foi criada e que justifica sua presença no mercado, passa para terceiros (pessoas físicas ou jurídicas) atividades-meio (DAVIS, 1992, p. 11). Indica a existência de uma outra empresa, "terceiro", que, com competência, especialidade, qualidade e ainda, em condições de parceria venha a prestar serviços a uma empresa contratante. (QUEIROZ, 1992, p.14). Para Fontanella (1994, p.19), Uma tecnologia de administração que consiste na compra de bens e/ou serviços especializados, de forma sistêmica e intensiva, para serem integrados na condição de atividade meio, à atividade fim da empresa compradora, permitindo a concentração de energia em sua real vocação, com o intuito de potencializar ganhos em qualidade e produtividade Através destes conceitos, conclui-se que a terceirização é um modelo administrativo que objetiva concentrar os esforços na razão de ser da empresa (atividade-fim), podendo transferir para terceiros tudo aquilo que não fizer parte do negócio principal da empresa. A terceirização é também conhecida como outsourcing, que em inglês significa fonte de fora, trata-se da ação de uma empresa em obter mão-de-

11 11 obra de fora da empresa, ou seja, terceirizar um determinado serviço a outra empresa. Em outras palavras, outsourcing é a transferência das atividades, conhecidas como atividade-meio, para uma empresa terceirizada. A diferença entre simplesmente subcontratar recursos e optar pelo outsourcing, é que esse envolve o uso estratégico de recursos externos para desempenhar atividades que eram tradicionalmente desenvolvidas por colaboradores internos, com o objetivo de alcançar uma vantagem operacional pré-definida, que há pouco se resumiam em redução de custos ou pessoas. Resumindo o conceito, terceirização é a contratação feita por uma empresa a outra empresa especializada para realizar determinados serviços de que necessite, desde que não relacionados às suas atividades-fim e sem a existência dos elementos que caracterizem vínculo empregatício: subordinação, habitualidade, horário, pessoalidade e salário. A terceirização é uma forma de reorganização administrativa em que determinadas atividades de uma pessoa jurídica são transferidas para a empresa contratada para essa finalidade. A terceirização é ainda chamada por alguns autores como subcontratação, focalização, descentralização e parceria. Terceirização é a transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua atividade-fim, liberando a tomadora para concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e garantindo competitividade. (RAMOS, 2001, p. 50). Complementando o conceito, Pinto e Xavier (1999, p.164) afirmam que a terceirização passa pelo pressuposto básico de uma relação de parceria, por uma atuação semelhante com a contratante, sobretudo, que seja uma relação de resultados empresariais para as partes envolvidas, trazendo vantagem para a empresa contratante e para a contratada.

12 12 Hoje, percebe-se que terceirizar é muito mais que contratar mão-deobra ou serviços, é uma estratégia, uma ferramenta administrativa que deve ser vista dentro de uma organização como a contratação de soluções, visando a competitividade, boa qualidade e a permanência de uma empresa no mercado atual. Outro conceito importante a ser definido é o de Quarteirização. Para Dias (1998, p.42), quarteirização: É a evolução do processo de terceirização, em que o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. Trata-se do gerenciamento por parte de uma empresa quarteirizadora, de todas as atividades, serviços e fornecimentos de uma empresa e que podem ser terceirizados, empregando para isto, além de sua própria equipe e banco de dados, parceiros especializados que atuam em cada um dos setores. Na definição deste autor, entende-se a quarteirização apenas como uma evolução da terceirização. No entanto, com o incremento desta prática tendeuse defini-la como uma técnica complementar de gerenciamento. Os contratos terceirizados passam a ser geridos por uma terceira empresa especializada, um profissional autônomo ou até mesmo um profissional da própria organização destinado apenas para este fim, de forma que a organização possa concentrar esforços em sua atividade principal. Entretanto, há diferença entre esses dois conceitos, terceirização e quarteirização. O processo de terceirização tem como princípio básico a delegação para terceiros de todas as atividades que a empresa considerar estar fora de sua vocação, transferindo processos e funções específicas a empresas ou profissionais especializados que possuem o domínio operacional e técnico da atividade terceirizada. Já a quarteirização é o próximo estágio da terceirização, é a contratação de uma empresa de serviços para gerenciar outras empresas. E a única função da empresa que gerenciará os demais terceiros é a administração. De modo mais claro, empresas terceirizadas

13 13 contratam outra empresa para que esta última execute o serviço de novas contratações - o que vem a ser a quarteirização. Portanto, voltando ao assunto em foco - que é a terceirização, nada mais é que repassar a terceiros a realização de tarefas relacionadas à atividade meio da organização. No entanto, é necessário que a organização identifique as necessidades dos setores que serão terceirizados e principalmente a forma de contrato que será utilizado, para que esse processo não passe de lucrativo para oneroso acarretando prejuízos trabalhistas ao invés de economia de encargos sociais. O processo de terceirização pode trazer conseqüências positivas e negativas para a organização, por isso é necessário um estudo e acompanhamento, objetivando identificar possíveis desvios, suas causas, para buscar implementar ações de correções. 1.1 Histórico da terceirização A terceirização teve sua origem na Segunda Guerra Mundial, que foi um período de grande recessão, na época se fazia necessário um sistema inteligente de produção rápida, proporcionando a ocupação da mão-de-obra ociosa existente. Além de promover vantagens competitivas, destacando-se entre elas a redução de custos sem perder a qualidade na produção. Ela surgiu no início do século XIX na Europa como limitação da capacidade de diversificar as funções principais e acessórias. Culturalmente, pressupõe um jogo negocial com regras novas, incluindo modificações na cultura empresarial, como a que reconhece e dá supremacia ao conhecimento do parceiro. De acordo com Leiria (1993, p.24),

14 14 O grande impulso da terceirização como estratégia organizacional ocorreu nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, em 1940, quando a indústria armamentista que precisava concentrar-se no desenvolvimento da produção de armamentos a serem usados contra as forças nazistas e posteriormente o Japão procurou ampliar sua capacidade produtiva contratando junto a terceiros, mais do que insumos básicos, partes de produtos que elaborava. Assim, embalagens, ferramentas, componentes, tintas e vernizes, deixam de ser produzidos pelas próprias organizações, abrindo espaço para um novo grupo de empresas especializadas nestas atividades. Ainda segundo o mesmo autor, a terceirização consolidou-se como técnica administrativa a partir da década de 50, quando ocorreu a aceleração do desenvolvimento da indústria. Nesta época, no Brasil, a identidade com a terceirização ocorreu com a instalação do parque automobilístico. A palavra terceirização, no Brasil, adquiriu, inicialmente, o significado de contratação de pessoas ou empresas, para a realização de atividade-meio, em qualquer organização (LEIRIA, 1993, p.22). O conceito, entretanto, evoluiu, sendo esse processo identificado como uma forma de gestão, que repassa algumas atividades a profissionais de fora da empresa, estabelecendo com os mesmos uma relação de parceria (GIOSA, 1994, p. 14). Leira (1993, p.24) ainda afirma que, a partir dos anos 60, o mundo começou a apresentar uma transformação dos modelos econômicos expressa através da adoção de técnicas administrativas advindas da dinâmica do capitalismo. No final dos anos 70, o modelo econômico e político brasileiro começou a apresentar sinais de esgotamento, enfraquecendo a vida das empresas, a força de trabalho e o relacionamento do capital com a sociedade. Então, desde a década de 60 até meados da década de 80, a terceirização era conhecida como contratação de serviços de terceiros. Ela era aplicada apenas para reduzir os custos de mão-de-obra. Buscava-se exclusivamente o ganho imediato com a redução dos custos, por meio da

15 15 demissão, o que gerava a diminuição do quadro de pessoal, e a busca por fornecedores que ofereciam os menores preços. No entanto, as empresas se utilizavam desse recurso para reduzirem os gastos relacionados a atividademeio, porém acabavam não se preocupando em gerar ganhos de qualidade, eficiência, especialização e produtividade. No Brasil, a terceirização foi gradativamente implantada com a vinda, para o nosso país, das primeiras empresas multinacionais, principalmente as automobilísticas, que, sendo montadoras, intencionalmente dependiam da produção de peças, entregue a várias outras empresas, guardando para si a atividade fundamental da montagem dos veículos. Para Giosa (1997, p.13), no Brasil, a terceirização foi introduzida em um contexto de recessão, diminuição de oportunidades e mercado restrito, obrigando as empresas a repensarem o seu papel e possibilitarem a aplicação de novas abordagens para a diminuição de custos e perdas. O grande impulso da terceirização, no Brasil, ocorreu na década de 80, quando se passou a contratar, junto a terceiros, serviços ditos como atividademeio das organizações, tais como: limpeza, manutenção, vigilância, contabilidade, alimentação, digitação, entre outros. Esta postura foi reforçada na década de 90 quando houve a abertura de mercado e a globalização da economia, fatores que forçaram as empresas a desenvolverem estratégias competitivas baseadas na cooperação, para alcançar maior produtividade e qualidade e, conseqüentemente, a redução dos custos, visando atender às necessidades e expectativas dos clientes. Inicialmente denominada de contratação de serviços de terceiros, a terceirização no Brasil era aplicada apenas para reduzir os custos de mão-deobra, não possuindo como meta gerar ganhos de qualidade, eficiência, especialização, eficácia e produtividade. As empresas prestadoras, por sua

16 16 vez, não se preocupavam em melhorar seus serviços, nem buscavam especialização, melhoria da qualidade e competitividade. No início da década de 90, a economia brasileira passava por uma abertura comercial e por um processo de privatização, o que levou as empresas brasileiras a diminuírem a defasagem tecnológica e sofrerem grande concorrência de empresas estrangeiras, as chamadas multinacionais. Assim, nas empresas brasileiras a terceirização foi inserida tendo como objetivo principal apenas a contratação de outras pessoas ou empresas para a realização de atividades não fins das organizações. As primeiras a entrar neste novo processo foram as pequenas e médias empresas, por serem mais flexíveis e por terem tido uma visão de mudança que vinha ocorrendo gradativamente nas relações de trabalho, puderam, assim, conquistar seu espaço no mercado. Hoje, no entanto, segundo Giosa (1997, p.11): A terceirização se investe de uma ação mais caracterizada como sendo uma técnica moderna de administração e que se baseia num processo de gestão que leva a mudanças estruturais da empresa, à mudança cultural, procedimentos, sistemas e controles, capitalizando para toda malha gerencial, com o objetivo único quando adotada: atingir melhores resultados, concentrando todos os esforços e energia da empresa em sua atividade principal. Com o fenômeno da terceirização, as empresas nunca mais foram as mesmas. O novo conceito de parceria e troca de experiências, trouxe uma nova visão de gestão empresarial, uma forma ideal de contratação de bens e serviços e uma maneira adequada de controlar e gerenciar essa transformação radical no meio econômico. Contudo, a organização precisa ficar atenta, antes de adotar esse procedimento é preciso que ela identifique seus processos e o nível de maturidade de cada um, identifique quais poderiam ser terceirizados;

17 17 analise quais fornecedores resolveria seu problema e, depois, acompanhe e controle os indicadores que mostrarão os resultados. Um processo de terceirização que visa resultados tão somente em razão do custo pode não ser bem sucedido. O custo é importante, no entanto não pode ser fator principal para determinar uma terceirização; é necessário presumir qualidade associada a ganho nos custos. Um processo mal conduzido pode levar a uma relação parceria sem que haja confiança entre a contratante e a contratada. Em síntese, o sucesso na adoção da terceirização está condicionado à visão estratégica que os dirigentes deverão ter quando de sua aplicação nas empresas, de modo que ela se consolide como metodologia e prática. CAPÍTULO II AS VANTAGENS E AS DESVANTAGENS PARA A ORGANIZAÇÃO A terceirização, como qualquer modelo de gestão, apresenta vantagens e desvantagens para a empresa e devem ser levadas em consideração e muito bem analisadas.

18 18 Segundo Martins (2001, p.42), A principal vantagem, sob o aspecto administrativo, seria a de se ter alternativa para melhorar a qualidade do produto ou serviço vendido e, também, a produtividade. Seria uma forma também de se obter um controle de qualidade total dentro da empresa, sendo que um dos objetivos básicos das empresas é a diminuição de encargos trabalhistas e previdenciários, além da redução do preço final do produto ou serviço. Na decisão de não terceirizar e verticalizar ou terceirizar e desverticalizar, as preocupações envolvem vantagens e desvantagens para garantir sobrevivência da empresa no mercado. Ela deve sistematicamente recorrer às competências de outras empresas especializadas no ramo desejado, através do desenvolvimento novos serviços e evolução contínua de produtos e serviços existentes. Utilizando essa ferramenta chamada terceirização, a empresa poderá concentrar seus recursos e esforços na sua própria área produtiva, na área em que é especializada, melhorando a qualidade do produto e sua competitividade no mercado. Com isso, pretende-se uma redução de custos, aumentando os lucros da empresa, gerando eficiência e eficácia em suas ações, além de economia de escala, com a eliminação de desperdícios. A terceirização traz grandes vantagens para qualquer empresa, como redução da estrutura organizacional, redução de custos, inclusive tributários; redução do número de assalariados, agilidade nas decisões e ganho de tempo para gestão de negócios, diminuição do desperdício, aumento da especialização. Porém, em alguns caos pode haver sérias desvantagens também. Citam-se como desvantagens desta prática a dificuldade no gerenciamento e supervisão de contratos dos prestadores de serviços, os

19 19 custos de demissões, a falta de sintonia ou dificuldades de comunicação com as empresas de terceirização contratadas, a queda da qualidade final dos serviços ou produtos, entre outras. Pode-se também indicar como desvantagens para o trabalhador a perda do emprego, no qual tinha remuneração certa por mês, passando a incerta, além da perda dos benefícios sociais decorrentes do contrato de trabalho e das normas coletivas da categoria e também o custo das demissões que ocorrem na fase inicial. De acordo com Martins (2001, p.46), Um dos principais riscos da terceirização é contratar empresas inadequadas para realizar os serviços, sem competência e idoneidade financeira, pois poderão advir problemas principalmente de natureza trabalhista. Outro risco é o de pensar a terceirização apenas como forma de reduzir custos, se esse objetivo não for alcançado, ou no final a terceirização não der certo, implicará no desprestígio de todo o processo. A empresa que pretende terceirizar uma atividade deve, acima de tudo, buscar qualidade, para que a relação dê certo, deve-se ter confiança no parceiro, tendo em vista a necessidade de se fazer a escolha correta na hora de terceirizar. Esse processo deve começar através de um planejamento do que se pretende terceirizar, pois é fundamental ter uma visão estratégica daquilo que pretende fazer dentro da empresa. Do ponto de vista de outro autor, Araújo (2006, p.42), os principais benefícios da terceirização são: Razões de ordem financeira: redução dos custos passíveis de enxugamento e economia na utilização dos recursos da empresa; Razões de ordem tecnológica: a contratada disponibiliza à contratante todas as inovações tecnológicas que surgem no mercado;

20 20 Razões competitivas: a empresa que adere ao outsourcing torna-se mais ágil se concentrando nas questões realmente significativas; Excelência operacional: concentração no essencial à evolução competitiva da empresa, sem abrir mão da qualidade nas atividades contratualmente delegadas; e Competência no negócio: a procura de maior competência no negócio justifica a entrega de funções de apoio, que pouco ou nenhuma intimidade têm com os negócios da empresa, caracterizando o mais forte benefício. Para esse mesmo autor, as razões da terceirização estão atreladas a: Redução imediata dos custos e riscos, inerentes à execução dos processos que são transferidos; Contínua e permanente atualização tecnológica, sem necessidade de investimento (que fica a cargo da contratada); Concentração nos esforços estratégicos; Desburocratização; Alívio para a estrutura organizacional; Mais qualidade para o serviço delegado e produto final da empresa; Economia (redução) de equipamentos, recursos humanos, materiais, instrumentais e financeiros e entre outras. Apesar dos benefícios acima citados, no entanto, Araújo (2001, p.30) destaca como principais fatores impedem a adoção da terceirização: a cultura da empresa em manter a atividade-meio, a necessidade de revisão constante do contrato, o receio quanto à contratação de empresa pouco habilitada, a perda de infra-estrutura em tecnologia (principalmente a terceirização em informática), barreiras culturais concernentes à aceitação de um prestador de serviços, a falta de critérios para avaliação do projeto de terceirização, o custo das demissões, o insucesso de projetos de terceirização anteriores, achar que a terceirização representa um risco desnecessário, estrutura de controle, dinheiro e problemas legais.

21 21 Para que a empresa busque as vantagens que agreguem valor ao negócio da empresa, esse autor enfatiza a necessidade de um planejamento eficaz referente a adoção dessa ferramenta terceirização. Para isso, destaca os principais passos para a implementação do plano de terceirização, como sendo: Planejamento estratégico; Conscientização; Decisão e critérios gerais; Projeto; Programa de apoio (aceitação do projeto); Acompanhamento permanente; e Avaliação dos resultados. Na visão de outros autores, serão citadas outras vantagens e desvantagens ao se adotar a terceirização. Para Queiroz (1998, p.53): Inúmeras vantagens vêm sendo associadas às empresas devido a adoção da terceirização, tais como: o acesso a novos recursos tecnológicos e inovações, previsibilidade dos gastos e redução destes com encargos trabalhistas, recrutamento, seleção e treinamento de pessoas e imediata reposição de trabalho não adaptado, sem custo adicional, prazos e acesso a pessoal qualificado. Assim, os benefícios da terceirização para as empresas de forma geral vão além de valores econômicos, qualificando também os serviços, levando os funcionários da empresa a dedicar-se com mais ênfase às atividades fim, eliminando assim a ociosidade e aumentado a produção. Para esse mesmo autor, é preciso se estabelecer uma verdadeira relação de parceria, que é a essência da terceirização, para manter essas vantagens. A atividade participativa deve ser sempre uma constante na relação entre o tomador e o prestador de serviços.

22 22 Para Kardec (2002, p.52), A terceirização traz como desvantagens: aumento na dependência de terceiros, aumento dos custos, aumento do risco empresarial, pela possibilidade de queda na qualidade, redução de especialização própria e o aumento do risco de passivo trabalhista, dependendo da qualidade na contratação. Entretanto, um processo de terceirização deve acontecer quando se pode definir claramente o que se deseja e como se pretende gerenciar os resultados esperados. Quando não há definição do que se deseja alcançar pode haver um grande fator de risco e possível fracasso da decisão. Sendo assim, a terceirização é uma decisão importante e deve ser tomada com muita maturidade pelas empresas, pois ela deve ser encarada não como uma escolha operacional e sim como uma decisão estratégica da empresa. 2.1 As possibilidades e limites da terceirização A terceirização, embora tenha sido criada com intenções para o crescimento do mercado e trabalho, desenvolvimento econômico, diminuição de custos e melhoria da qualidade dos serviços, entre outros, sofreu distorções ao longo do tempo. A terceirização provém do trabalho temporário que oportunamente concedia possibilidades de empregos para estudantes e pessoas que não tinham disponibilidade de tempo para se comprometer integralmente com o trabalho. A terceirização como estratégia organizacional surgiu da boa intenção e regulamentação do trabalho temporário. A terceirização não tem ainda lei própria, isto porque há uma certa tendência em confundir terceirização com a contratação de mão-de-obra temporária. A contratação de mão-de-obra regulada pela Lei n.6.019/74, que

23 23 permite a criação de empresas locadoras de mão-de-obra para fins específicos, e por período predeterminado não superior a três meses. Já a terceirização propriamente dita, aquela em que a prestadora toma para ela a execução de tarefas da tomadora, em caráter permanente, com o fornecimento de produtos ou serviços, não tem até agora legislação própria. Atualmente, é comum a contratação de serviços terceirizados, sejam especializados ou não, por tempo indeterminado ou determinado, por meio de empresas especializadas. É um grande desafio levar as organizações a adotarem posturas modernizantes. Porém, caso não o façam, ficarão na contramão da história. Entretanto, qualquer tecnologia que se adote tem seus pontos positivos e restritivos. A terceirização pode ser considerada um muitas vezes um risco para o tomador de serviços e para os direitos dos trabalhadores, no entanto há àqueles que acreditam na terceirização como o primeiro passo para a entrada no competitivo mercado mundial, uma alternativa às empresas de se adaptarem à nova realidade do mercado, a modernização e a globalização da economia. É importante ressaltar que a adoção da terceirização deve ser procedida de um estudo ou análise que permita auferir a necessidade e suas conseqüências. Segundo Quinn (1996, p.57), a terceirização tem riscos que devem ser considerados quando o processo não tem origem estratégica. Os principais riscos são: Possível união imperfeita entre as habilidades selecionadas para agora e as necessárias para a dominância no futuro;

24 24 Perda de bases de habilidades que poderiam tornar-se centrais no futuro; Perda de habilidades funcionais internamente necessárias para os projetos simultâneos de design ou para as equipes funcionais cruzadas de desenvolvimento conjunto com grupos externos; Perda do potencial de controle sobre fornecedores cruciais; Possibilidade de um fornecedor dominar as habilidades necessárias e entrar no mercado, sobrepujando a companhia compradora; Super dependência de um fornecedor que, por razões totalmente exógenas, pode tornar-se indigno de confiança; Conflitos entre as prioridades do comprador e do vendedor em momentos desastrosos. Giosa (1997, p.12), orienta que cada empresa à luz da sua cultura e filosofia de ação deverá repercutir internamente os graus de dificuldade de facilitação para chegar a um equilíbrio decisório, sempre com a visão estratégica, para a implementação da terceirização. Para esse autor, ao reconhecer os riscos da terceirização, faz-se necessário: Desenvolver um programa de conscientização dos funcionários evitando resistências, devido ao medo da perda do emprego; Avaliar os ganhos de qualidade e eficiência e não focar somente à redução de custos da empresa; Criar, de início, contratos com prazo curto para que não perca a oportunidade de fazer correções de rumo. Silva (1997, p.78) entende que a terceirização ultrapassou os limites de transferência de atividades de serviços de apoio, para ocupar espaço também no fornecimento de itens antes considerados como integrantes essenciais do produto principal.

25 25 Os serviços de apoio são os de limpeza, segurança patrimonial, manutenção predial, atendimento jurídico, cobrança, contabilidade, entre outros, estes continuam sendo os mais terceirizáveis. Em segundo lugar estão os de restaurante, transporte de pessoal, assistência médica, recrutamento e seleção e demais rotinas do departamento de recursos humanos. Em seguida, as áreas de informática, manutenção industrial, tarefas acessórias à produção e logística (distribuição, carga e descarga e armazenagem). Do ponto de vista econômico, a terceirização é considerada interessante, porém ela pode representar um risco para a empresa. Se não houver plenas garantias de que a contratada respeita a legislação trabalhista, a contratante pode acabar respondendo na Justiça. É necessário tomar vários cuidados na hora de contratar uma empresa terceirizada. Dentre esses cuidados, deve-se incluir uma análise da idoneidade da terceirizada e da atenção e respeito que ela tem com seus funcionários. A empresa não deve fechar um contrato observando somente as vantagens empresariais, é fundamental observar a existência de seres humanos. Para evitar riscos de fracassar ao se descentralizar determinada atividade, o planejamento é primordial. Deve partir da identificação das áreas terceirizáveis, o que deve ser feito com muito critério e cautela, de forma clara e transparente, com seus objetivos bem definidos para que os resultados dessa nova forma de trabalho em parceria sejam os esperados. Quando uma organização opta por terceirizar seus serviços buscando as vantagens que a ferramenta oferece, o primeiro passo a ser tomado é definir o que vai se terceirizar. O outro passo é a escolha certa da terceirizada ou empresa parceira. E para evitar fracassar na escolha, a organização precisa buscar referências no mercado, verificar a estrutura interna, além da satisfação e motivação dos funcionários dessa empresa.

26 26 A organização também precisa distinguir os limites dessa delegação, ou seja, ela deve contratar terceiros para realizarem serviços relacionados à sua atividade-meio e não às suas atividades-fim. É importante, também, que os riscos sejam conhecidos, monitorados e gerenciados constantemente. 2.2 A licitude e a ilicitude desta ferramenta Sob a ótica do direito do trabalho, Delgado (2004, p ) define a terceirização como "fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação justrabalhista que lhe seria correspondente". A terceirização integra o processo de flexibilização do direito do trabalho. Para concluir, Catharino (1997, p.72) acrescenta que "terceirização é meio da empresa obter trabalho de quem não é seu empregado, mas do fornecedor com quem contrata. Ter quem trabalhe para si, sem ser empregado, é a razão básica da terceirização. As empresas vêem a terceirização como uma forma rápida de baixar os custos com mão-de-obra, obtendo lucro, além de aumentar a especialização e competitividade. Assim, essa estratégia de administração de empresas repercute de forma contundente no direito do trabalho, visto que além de promover substancial alteração na definição típica da relação de emprego, bilateral por natureza, pode redundar em grave precarização das condições de trabalho. A terceirização surgiu como estratégia para que as empresas pudessem ter mais agilidade e terem o foco em seu negócio principal. O crescimento desta modalidade cresceu muito e à medida que avança, os riscos e problemas se intensificam, tendo em vista que a legislação não se modifica para se adequar a esta realidade, e as empresas fazem o que podem para sobreviver dentro do quadro institucional legal, buscando ganhos de qualidade, produtividade e competitividade.

27 27 Segundo Martins (2001, p. 44): Para que a terceirização seja plenamente válida no âmbito empresarial, não podem existir elementos pertinentes à relação de emprego no trabalho do terceirizado, principalmente o elemento subordinação. O terceirizante não poderá ser considerado como superior hierárquico do terceirizado, não poderá haver controle de horário e o trabalho não poderá ser pessoal, do próprio terceirizado, mas por intermédio de outras pessoas. Portanto, o terceirizado precisa ter autonomia, ou seja, independência, inclusive quanto aos seus empregados. Lembrando que a terceirização implica a parceria entre empresas, com divisão de serviços e assunção de responsabilidades próprias de cada parte. Para esse advogado, os empregados da empresa terceirizada não deverão ter qualquer subordinação com a empresa terceirizante, nem poderão estar sujeitos ao seu poder de direção, caso contrário existirá vínculo de emprego. No entanto, há que se distinguir entre subordinação jurídica e técnica. A subordinação jurídica se dá com a empresa prestadora de serviços, que admite, demite, transfere, dá ordens; já a subordinação técnica pode ficar evidenciada com o tomador, que dá as ordens técnicas de como pretende que o serviço seja realizado, principalmente quando o é nas dependência do tomador. Os prestadores de serviço da empresa terceirizada não estarão, porém, sujeitos a prova, pois são especialistas no que irão fazer. Em síntese a terceirização é lícita desde que seja inexistente a pessoalidade, onerosidade, não-eventualidade e subordinação a outrem. Podem-se delimitar dois grupos de situações de permissibilidade da terceirização lícita: o primeiro seria o trabalho temporário, regulado pela Lei 6.019/74 e referenciado no inciso I da súmula 331, TST. O segundo seria o grupo formado pelas denominadas atividades meio do tomador de serviços, incluindo-se aí as atividades de vigilância e as de conservação e limpeza, nos termos ditados pelo inciso II desse Enunciado.

28 28 Por outro lado, a terceirização é considerada ilícita quando há vínculo empregatício, quando há descentralização de atividades-fim da empresa, ou, mesmo esta sendo uma atividade-meio, seja caracterizada a pessoalidade e subordinação direta entre tomadora de serviços e trabalhador terceirizado, a relação de terceirização restará prejudicada e, conseqüentemente, inválida. Evidencia-se que, de acordo com a legislação brasileira, a empresa que contratar serviços de terceiros e estes não cumprirem suas obrigações trabalhistas pode acabar ela própria respondendo pelos passivos. Assim, essa responsabilização pode gerar ações cíveis e trabalhistas e até mesmo indenizações por danos morais. Logo, é fundamental que a empresa desenvolva mecanismos de prevenção e gerenciamento de possíveis problemas que lhe tragam prejuízos e danos à própria imagem. CAPÍTULO III O CLIMA ORGANIZACIONAL E A TERCEIRIZAÇÃO Embora a terceirização tenha como objetivo focar a empresa na sua atividade-fim, o que o mercado em geral busca é a redução de custos. No curto prazo é o que ocorre, no entanto, a longo prazo o próprio futuro da empresa pode ficar ameaçado, como por exemplo, a perda da sua identidade, decadência do clima organizacional, queda da qualidade, entre outros. Segundo Maria Olívia Gomes de Assis, em seu artigo As várias faces da terceirização, publicado em julho de 2010: Entre os estudiosos da terceirização, a situação dos funcionários é tema de maior discussão. Alguns fatores fazem com que a terceirização seja criticada por aqueles que vêem pela ótica trabalhista, principalmente porque ela permite que alguns dos direitos conquistados pela classe sindical sejam suprimidos, além de que o clima organizacional em uma empresa que agrega funcionários contratados e terceirizados

29 29 ser de difícil gerenciamento, o que facilita a ocorrência de algumas situações complexas. Sob a ótica humana, a terceirização é considerada uma ameaça ao emprego, ou seja, é o risco de que trabalhadores com empregos formais venham a perder seus postos de trabalho para trabalhadores com remuneração inferior, visto que uma das principais vantagens da terceirização é a redução de custos operacionais. Para o trabalhador, o trabalho terceirizado é precário, transitório, inseguro e isso não contribui para a valorização do trabalho. Contudo, também pode desencadear conflitos surgidos no ambiente organizacional, em que os funcionários efetivos e terceirizados trabalham juntos, ou em que empresas contratantes e terceirizadas trabalham em interdependência. Muitos desses conflitos derivam dos problemas de relacionamento interpessoal entre trabalhadores com variadas categorias de vínculos trabalhistas, ou do próprio relacionamento entre empresas em rede. Os terceirizados são pessoas, e como qualquer pessoa, não fogem a regra e necessitam de tratamento e estímulo para realizarem de maneira mais produtiva suas atividades. Mesmo não sendo empregados contratados diretamente pela empresa, são pessoas que também trabalham e contribuem para o desenvolvimento da empresa. Desprezar a aplicação dos conceitos de gestão de recursos humanos pelo simples fato que os terceirizados não fazem parte diretamente da folha de pagamento da empresa, pode causar danos quanto a produtividade e até à imagem da empresa. 3.1 Terceirização e a Gestão de Pessoas Para Chiavenato (1999, p.6), a Gestão de Pessoas é a função que possibilita a colaboração das pessoas, sejam elas empregados, funcionários

30 30 ou qualquer nome utilizado para alcançar tanto os objetivos da organização como os objetivos pessoais. Assim, os objetivos da gestão de pessoas são: Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; Proporcionar competitividade a organização; Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no trabalho; Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho. A gestão tem apresentado mudanças significativas, dentro da evolução da administração das pessoas. Antes, os objetivos da organização eram: lucro, produtividade e eficácia, eram incompatíveis com os objetivos pessoais dos empregados, tais como, melhores salários e benefícios (CHIAVENATO, 1999, p. 9-10). Atualmente, tanto na visão empresarial como na visão dos trabalhadores, há uma percepção de que para que existam ganhos para todas as partes: empresa, empregados, clientes, sociedade, é preciso que todos sejam parceiros e não concorrentes. Segundo Robbins (2002, p.151), os salários e os possíveis benefícios existentes não são os fatores que fazem as pessoas permanecerem no emprego. Os fatores mais importantes são o tipo de trabalho exercido e o apoio no ambiente de trabalho. As empresas estão constatando que são as pessoas que fazem a diferença, para esse autor são, exatamente as pessoas a verdadeira vantagem competitiva da empresa. A concorrência pode igualar os produtos, mas não pode igualar uma força de trabalho capacitada e motivada. A gestão de pessoas, como hoje é entendida, deve procurar focar suas ações. As organizações terão que ter a capacidade de identificar as necessidades de seus profissionais com a mesma preocupação que identificam as necessidades de seus clientes.

31 31 Independente do tipo de contrato de trabalho, todos os profissionais dentro da organização devem ser tratados e avaliados como pessoas que têm o mesmo objetivo da organização: o crescimento. Não se deve deixar de considerar o fator humano como um dos fatores de maior impacto, sob o risco de não alcançar as metas de crescimento e lucratividade. A organização, partindo do reconhecimento da importância das pessoas, deve procurar eliminar ou minimizar a diferenciação de tratamento, por meio de uma gestão de pessoas que identifique em que pontos pode atuar para que os terceirizados possam se identificar com a empresa contratante e dar um retorno satisfatório em desempenho e produtividade. Atualmente, a importância do foco na Gestão de Pessoas faz com que esta função da administração deva ser aplicada sem distinção tanto para empregados como para as pessoas terceirizadas. Analisando a visão de terceirização pelo foco organizacional, a terceirização é muito mais que contratar mão-de-obra ou serviços, é uma estratégia, uma ferramenta administrativa que deve ser vista como a contratação de soluções, visando a competitividade, boa qualidade e a permanência de uma empresa no mercado atual. Quando uma organização pretende terceirizar um serviço, há três propostos para a tomada dessa decisão: a diminuição dos custos diretos e indiretos; o aumento do nível de eficiência dessa atividade e a manutenção de um nível mínimo aceitável de lealdade à empresa, por parte dos novos executores das atividades terceirizadas. Entretanto, para uma empresa que necessita racionalizar seus recursos, ter sua estrutura mais enxuta e flexível, a terceirização ganha importância neste aspecto. Assim, ela se apresenta como um dos instrumentos de auxílio à

32 32 reestruturação organizacional, ao incremento da produtividade e da competitividade e à busca da identidade e comprometimento com a vocação da empresa. Nesse aspecto, relacionado à identidade e comprometimento, segundo Batista (1994 apud Valença; Barbosa, 2002, p. 164), Um indivíduo que se identifica culturalmente com a organização a que pertence somará esforços para que os objetivos organizacionais sejam alcançados. De maneira inversa, um indivíduo que não se identifica culturalmente com a organização a que pertence ou cuja identidade cultural começa a ser desvirtuada da identidade cultural dos demais membros, começará a desenvolver, consciente ou inconscientemente, esforços cada vez menores ou até mesmo negativos para a consecução dos objetivos organizacionais. Assim, a perda da identidade cultural por parte de determinados membros é um processo negativo para o desenvolvimento da organização. Contudo, para se trabalhar com outra cultura, uma das empresas, ou ambas, têm que realizar ajustes, baseados nos entendimentos a respeito das suas diferenças culturais. Desse modo, é possível concluir que a terceirização poderá trazer mudanças para a cultura das empresas, podendo-se colocar, ou não, a sobrevivência organizacional em risco. Pela ótica das organizações, a terceirização é inserida na idéia de mudança organizacional, utilizada como técnica moderna de administração, no sentido de proporcionar maior qualidade, flexibilização, desverticalização, globalização da economia, novos paradigmas de administração, entre outras. Portanto, é importante que a terceirização seja vista como algo estratégico, pensado, e não como mal necessário, com redução de custos como fim em si ou algo para se tirar vantagem. Assim, a decisão de terceirizar deve ser vista dentro de uma postura empresarial, no relacionamento com fornecedores exigindo deles não só preço, mas principalmente, qualidade, prazo e inovação tecnológica.

33 33 A Gestão de Recursos Humanos nas organizações, mediante a terceirização, deve ser desempenhada de maneira a acompanhar a adequação às mudanças impostas pela desverticalização do negócio, pois, dessa parceria, diversos vínculos de trabalho surgem e atuam conjuntamente no favorecimento para o ambiente de trabalho. Dentro deste cenário, torna-se importante a preocupação com o lado humano, ou seja, a atenção com a parte essencial que carrega todas as instituições - as pessoas. Fontanella (1994, p.33) afirma: Não é demais lembrar que as organizações são pessoas; que administrá-las sem dúvida, é um grande desafio; e que mexer com pessoas é coisa séria, muito seria. Por isso, nos dias de hoje sabemos que não se provoca mudanças com sustentação e consistência, se todas as pessoas envolvidas forem parceiros plenamente participantes do processo. Cuidar do processo de transição ou contratação externa envolve os colaboradores que, de certa forma, se sentem ameaçados no que diz respeito a empregabilidade e sustentabilidade das remunerações mensais. É extremamente importante preparar os indivíduos para essas mudanças, objetivando promovê-las sem maiores imprevistos e constrangimentos, neste caso será necessário um trabalho específico da área de recursos humanos da organização. O processo de terceirização traz mudanças para a administração de recursos humanos, a qual buscará criar soluções inovadoras para gerir a tecnologia, os processos e o aumento da qualidade. Se bem planejada, a terceirização pode implicar numa nova forma de organização do trabalho, onde ganham importância a integração e o trabalho em equipe.

34 Resultado da pesquisa de satisfação O objetivo da pesquisa de satisfação realizada pela empresa foi mensurar o grau de satisfação dos seus clientes internos com relação ao atendimento prestado pela empresa terceirizada. Para uma melhor compreensão sobre a pesquisa, é necessário entender o processo de transferência do serviço de atendimento ao público interno da organização para a empresa terceirizada. Nessa empresa pública há uma área responsável por prestar informações e dar suporte necessário aos seus diversos pontos de vendas (PV), quando se referem aos programas de benefícios e transferência de renda do Governo Federal. No entanto, após uma reestruturação por qual essa empresa passou, houve a decisão de que essa área que realizava essa atividade de apoio e suporte aos pontos de vendas, através de atendimento telefônico e correio eletrônico, passaria a executar atividades mais estratégicas, e descentralizaria aquela atividade considerada operacional. Na fase inicial de implantação houve certa insatisfação por parte dos clientes internos, pois a empresa terceirizada utilizava ferramentas consideradas insuficientes para a prestação de um atendimento de qualidade, o que gerava a demora na transmissão correta das informações. Ou seja, antes da delegação da atividade, os clientes internos buscavam suporte por meio de atendimento telefônico à área responsável. Após a terceirização do serviço, a empresa terceirizada disponibilizou dois canais de comunicação para a prestação desse serviço: um era a abertura de chamado na página de internet e intranet, chamado de SIATE (Sistema de Atendimento), e o outro era através de Chat Online, o que era considerado muito demorado e, na maioria das vezes, o atendimento prestado era considerado deficiente.

35 35 Contudo, para identificar o grau de satisfação dos seus empregados, a organização fez uma pesquisa com vários pontos de vendas localizados em todas as regiões do país, à exceção do estado de São Paulo, a fim de verificar se a terceirização do serviço de atendimento e suporte correspondeu às suas expectativas ou não. Posteriormente, o resultado dessa pesquisa foi divulgado, por meio de relatório e enviado através de correio eletrônico às unidades envolvidas. Dados da pesquisa: As perguntas da pesquisa foram respondidas por 517 empregados de 426 PV (Pontos de Vendas), o que representa 23,5% do universo dos PV público- alvo da pesquisa. A pesquisa foi dividida em dois blocos com o objetivo de avaliar o atendimento viabilizado pelos canais SIATE e CHAT de forma isolada, conforme tabelas abaixo:

36 36 O resultado demonstra que quase 60% dos empregados que responderam a pesquisa consideram que o atendimento via chamado - CEATI opera em nível satisfatório, sendo a nota média do atendimento CEATI de 6,53. O mesmo acontece com relação a canal Chat Online, quase 60% dos empregados que responderam a pesquisa consideram o atendimento satisfatório, sendo a nota média do atendimento de 6,37. Pelo resultado desta pesquisa, verifica-se um nível de satisfação médio com relação à prestação de serviço realizado pela empresa terceirizada.

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart Organização e a Terceirização da área de TI Profa. Reane Franco Goulart Como surgiu? A terceirização é uma ideia consolidada logo após a Segunda Guerra Mundial, com as indústrias bélicas americanas, as

Leia mais

A DESVIRTUALIZAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

A DESVIRTUALIZAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO A DESVIRTUALIZAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO A essência da terceirização visa trazer às empresas contratantes desenvolvimento econômico, especialização dos serviços, competitividade, busca de qualidade, controles

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES AVALIAÇÃO DE COLABORADORES RESUMO A preocupação com o desempenho dos colaboradores é um dos fatores que faz parte do dia-a-dia da nossa empresas. A avaliação de desempenho está se tornando parte atuante

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA Profº Paulo Barreto Paulo.santosi9@aedu.com www.paulobarretoi9consultoria.com.br 1 Analista da Divisão de Contratos da PRODESP Diretor de Esporte do Prodesp

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO - Esclarecimentos Necessários

TERCEIRIZAÇÃO - Esclarecimentos Necessários TERCEIRIZAÇÃO - Esclarecimentos Necessários CONTEXTUALIZAÇÃO O cenário produtivo e de negócios vem sofrendo contínuas transformações que ampliam o grau de competição entre as organizações, especialmente

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO NA MANUTENÇÃO O DEBATE CONTINUA! Parte 2

TERCEIRIZAÇÃO NA MANUTENÇÃO O DEBATE CONTINUA! Parte 2 TERCEIRIZAÇÃO NA MANUTENÇÃO O DEBATE CONTINUA! Parte 2 Alan Kardec Pinto A abordagem desta importante ferramenta estratégica será feita em cinco partes, de modo a torná-la bem abrangente e, ao mesmo tempo,

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO Competitividade Perenidade Sobrevivência Evolução Orienta no desenvolvimento de seu negócio de forma estratégica e inovadora à vencer as barreiras internacionais.

Leia mais

Ano 3 / N 16. 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas.

Ano 3 / N 16. 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas. Ano 3 / N 16 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas. Artigo MÃO DE OBRA: HÁ COMO MELHORAR? Uma das principais reclamações dos lojistas, é a qualidade da mão de obra,

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

ESCOLAS E FACULDADES QI MBA DE GESTÃO DE PESSOAS E NOGÓCIOS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E OS SISTEMAS DE GESTÃO DE PESSOAS TIANE RIBEIRO BERNY

ESCOLAS E FACULDADES QI MBA DE GESTÃO DE PESSOAS E NOGÓCIOS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E OS SISTEMAS DE GESTÃO DE PESSOAS TIANE RIBEIRO BERNY ESCOLAS E FACULDADES QI MBA DE GESTÃO DE PESSOAS E NOGÓCIOS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E OS SISTEMAS DE GESTÃO DE PESSOAS TIANE RIBEIRO BERNY O COACH NO MUNDO CORPORATIVO GRAVATAÍ 2011 TIANE RIBEIRO BENRY

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET AULA 05 ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET JAMES A. O BRIEN MÓDULO 01 Páginas 26 à 30 1 AULA 05 DESAFIOS GERENCIAIS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br. Marketing Ambiental Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. O que temos visto e ouvido falar das empresas ou associado a elas? Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br 2 3 Sílvia

Leia mais

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA Profª. Danielle Valente Duarte 2014 Abrange três componentes interdependentes: a visão sistêmica; o pensamento estratégico e o planejamento. Visão Sistêmica

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes

Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes 1 SÉRIE DESENVOLVIMENTO HUMANO FORMAÇÃO DE LÍDER EMPREENDEDOR Propiciar aos participantes condições de vivenciarem um encontro com

Leia mais

Como organizar um processo de planejamento estratégico

Como organizar um processo de planejamento estratégico Como organizar um processo de planejamento estratégico Introdução Planejamento estratégico é o processo que fixa as grandes orientações que permitem às empresas modificar, melhorar ou fortalecer a sua

Leia mais

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 2012 Graduando em Psicologia na Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil adauto_montenegro@hotmail.com

Leia mais

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING 1. Estabelecer a constância de propósitos para a melhoria dos bens e serviços A alta administração deve demonstrar constantemente seu comprometimento com os objetivos

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

Apresentação Plano de Integridade Institucional da Controladoria-Geral da União (PII)

Apresentação Plano de Integridade Institucional da Controladoria-Geral da União (PII) PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Secretaria-Executiva Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Plano de Integridade Institucional (PII) 2012-2015 Apresentação Como

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi Teoria Geral de Sistemas Késsia R. C. Marchi Informação e Sistema Abordagem Sistêmica As pessoas empregam a palavra sistema em muitas situações cotidianas, por exemplo: O sistema eletrônico de votação...

Leia mais

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA 1 CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA O Sr. Roberval, proprietário de uma pequena indústria, sempre conseguiu manter sua empresa com um bom volume de vendas. O Sr. Roberval acredita que uma empresa, para ter sucesso,

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções.

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. TERCEIRIZAÇÃO Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. INTRODUÇÃO Para que haja uma perfeita compreensão sobre

Leia mais

Contratação de serviços de Limpeza

Contratação de serviços de Limpeza 19º Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto 1º Jornada de Inovação da Prática em Enfermagem Contratação de serviços de Limpeza próprio terceirizado Vantagens e desvantagens e como

Leia mais

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO COMO AS MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES ESTÃO IMPACTANDO A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Paola Moreno Giglioti Administração

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking David Vicentin e José Goldfreind Benchmarking pode ser definido como o processo de medição e comparação de nossa empresa com as organizações mundiais best-in-class.

Leia mais

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ Acadêmica de Administração Geral na Faculdade Metropolitana de Maringá /PR - 2005 RESUMO: A atividade comercial

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Elias S. Assayag eassayag@internext.com.br Universidade do Amazonas, Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS CONHECER A ELABORAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES UM PLANO DE NEGÓCIOS.

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Tribunais Gestão de Pessoas Questões Giovanna Carranza

2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Tribunais Gestão de Pessoas Questões Giovanna Carranza 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Tribunais Gestão de Pessoas Questões Giovanna Carranza 01. Conceitualmente, recrutamento é: (A) Um conjunto de técnicas e procedimentos

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Capítulo 2 Conceitos de Gestão de Pessoas - Conceitos de Gestão de Pessoas e seus objetivos Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos sobre a Gestão

Leia mais

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos www.tecnologiadeprojetos.com.br Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos Eduardo F. Barbosa Dácio G. Moura Material didático utilizado na disciplina Desenvolvimento de

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade Eficácia e Liderança de Performance O Administrador na Gestão de Pessoas Grupo de Estudos em Administração de Pessoas - GEAPE 27 de novembro

Leia mais

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS 1. OBJETIVO Estabelecer critérios de remuneração, baseados na legislação brasileira vigente e nas regras definidas pela Secretaria Executiva e Conselho Curador, com o objetivo de constituir uma estrutura

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Administração de CPD Chief Information Office

Administração de CPD Chief Information Office Administração de CPD Chief Information Office Cássio D. B. Pinheiro pinheiro.cassio@ig.com.br cassio.orgfree.com Objetivos Apresentar os principais conceitos e elementos relacionados ao profissional de

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS Gilmar da Silva, Tatiane Serrano dos Santos * Professora: Adriana Toledo * RESUMO: Este artigo avalia o Sistema de Informação Gerencial

Leia mais

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft. www.starsoft.com.br

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft. www.starsoft.com.br Corporativo Transformar dados em informações claras e objetivas que possibilitem às empresas tomarem decisões em direção ao sucesso. Com essa filosofia a Star Soft Indústria de Software e Soluções vem

Leia mais

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial. Governança Corporativa A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial. A virtualização dos negócios tem impactado diretamente a condição de fazer negócio, conferindo

Leia mais

Gestão por Processos. Gestão por Processos Gestão por Projetos. Metodologias Aplicadas à Gestão de Processos

Gestão por Processos. Gestão por Processos Gestão por Projetos. Metodologias Aplicadas à Gestão de Processos Gestão por Processos Gestão por Projetos Gestão por Processos Gestão de Processos de Negócio ou Business Process Management (BPM) é um modelo de administração que une gestão de negócios à tecnologia da

Leia mais

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Pessoa física que deseja constituir um negócio

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO.

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. José Alberto Couto Maciel Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Não me parece que com o tempo deverá perdurar na relação de emprego o atual contrato de trabalho,

Leia mais

Brasília, 9 de maio de 2013

Brasília, 9 de maio de 2013 Brasília, 9 de maio de 2013 Discurso do Diretor de Regulação do Sistema Financeiro, Luiz Awazu Pereira da Silva, na reunião ordinária do Conselho Consultivo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras.

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE GERÊNCIA DE CONTROLE DE TESOURARIA ANÁLISE DE RISCO OPERACIONAL RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG Belo Horizonte 01 de Julho de 2008 1 SUMÁRIO 1. Introdução...02

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

GESTÃO DE DESEMPENHO. Prof. WAGNER RABELLO JR. Conceito de desempenho. Níveis de desempenho. O di?

GESTÃO DE DESEMPENHO. Prof. WAGNER RABELLO JR. Conceito de desempenho. Níveis de desempenho. O di? GESTÃO DE DESEMPENHO Prof. WAGNER RABELLO JR Conceito de desempenho Níveis de desempenho O di? O que medir? Resultados Desempenho Competências Fatores críticos de desempenho 1 Segundo Chiavenato, existem

Leia mais

Pessoas e Negócios em Evolução

Pessoas e Negócios em Evolução Empresa: Atuamos desde 2001 nos diversos segmentos de Gestão de Pessoas, desenvolvendo serviços diferenciados para empresas privadas, associações e cooperativas. Prestamos serviços em mais de 40 cidades

Leia mais

INTRODUÇÃO A PORTAIS CORPORATIVOS

INTRODUÇÃO A PORTAIS CORPORATIVOS INTRODUÇÃO A PORTAIS CORPORATIVOS Conectt i3 Portais Corporativos Há cinco anos, as empresas vêm apostando em Intranet. Hoje estão na terceira geração, a mais interativa de todas. Souvenir Zalla Revista

Leia mais