O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO
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- Ana Clara Valverde de Sequeira
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1 O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO Competitividade Perenidade Sobrevivência Evolução Orienta no desenvolvimento de seu negócio de forma estratégica e inovadora à vencer as barreiras internacionais.
2 TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS Objetivo: Apresentar aos participantes noções sobre terceirização de serviços com observância das normas, de modo a afastar os riscos do vínculo empregatício. Conteúdo: Atividades passíveis de terceirização e riscos de vínculo empregatício; Posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho TST; Conceitos de atividades fim e atividades meio; Legislação que ampara a terceirização; Terceirização como estratégia comercial de eficiência e competitividade; Vantagens e desvantagens da terceirização; Responsabilidade subsidiária entre empresa tomadora de serviços e empresa terceirizada; Recomendações para afastar os riscos do vínculo empregatício.
3 TERCEIRIZAÇÃO É o repasse à terceiros das atividades meio da empresa. Atividade meio são todas aquelas não essenciais, que prestam a dar suporte à atividade principal da empresa. 3
4 TERCEIRIZAÇÃO A CLT, no art. 581, 2º dispõe que se entende por atividade-fim a que caracterizar a unidade do produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente em regime de conexão funcional. 4
5 TERCEIRIZAÇÃO Terceirizar é a entrega a terceiros de atividades não-essenciais da empresa. A empresa tomadora contrata um prestador de serviço para executar uma tarefa que não esteja relacionada ao seu objetivo principal. A Terceirização é um processo legalmente amparado pelo Código Civil Brasileiro, não tendo, portanto, caráter trabalhista. 5
6 TERCEIRIZAÇÃO Terceirização é a denominação de um processo muito utilizado ultimamente que, por meio de estratégias organizacionais e criteriosas, busca competitividade econômica, qualidade e eficiência nos serviços das empresas, possibilitando a concentração da atividade no objetivo principal da empresa. 6
7 VANTAGENS 1. Simplificação administrativa; 2. Dedicação exclusiva à atividade fim; 3. Contratação de empresa especializada; 4. Redução do custo de estoques; 5. Ampliação de mercado 7
8 DESVANTAGENS 1. Risco de desemprego e não absorção da mão-deobra na mesma proporção; 2. Fornecedores não qualificados podem reduzir a qualidade do produto. 3. A utilização incorreta da terceirização poderá transferir a relação regulada pela esfera civil para a esfera trabalhista, caracterizando o vínculo empregatício entre os contratantes. 8
9 VÍNCULO EMPREGATÍCIO Segundo o art. 3º da CLT o vínculo empregatício caracterizase pela relação de trabalho sempre que estiver presentes os seguintes elementos: subordinação, horário rígido, habitualidade, pessoalidade e salário. Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação (art. 9º) 9
10 TERCEIRIZAÇÃO O Tribunal Superior do Trabalho normatizou a questão da terceirização através da Súmula nº 331. Não obstante as circunstâncias que geram o vínculo empregatício previsto na CLT, o TST estendeu a configuração do vínculo empregatício às contratações de mão de obra terceirizada, sempre que os serviços repassados envolver atividade fim da empresa. 10
11 TERCEIRIZAÇÃO Por oportuno, lembramos que a contratação de empregado de forma irregular poderá gerar grandes aborrecimentos à empresa, tais como: reclamação trabalhista; autuação do Ministério do Trabalho (MTb); ausência do seguro previdenciário em casos de acidentes. 11
12 JURISPRUDÊNCIA VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INTERMEDIAÇÃO POR COOPERATIVA. Os elementos constantes dos autos fazem ver que não houve lícita terceirização dos serviços prestados, mas intermediação de mão-de-obra pela cooperativa, que agenciava os serviços com obtenção de vantagem pecuniária. E serviços, frise-se, insertos nas atividades essenciais da empresa... a relação estabelecida é a de emprego diretamente com o tomador. Recurso a que se nega provimento, no particular. TRT-PR ACO A. TURMA 12
13 RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA Se a empresa contratada não estiver cumprindo suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, a contratante será subsidiariamente responsável conforme estipula a Súmula 331, item IV, do TST. 13
14 JURISPRUDÊNCIA TERCEIRIZAÇÃO - INIDONEIDADE DA EMPRESA TERCEIRIZADA - CULPA IN ELIGENDO DA TOMADORA - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - SÚMULA 331 DO C. TST - A empresa tomadora do serviço responde de forma subsidiária pelas obrigações trabalhistas quando verificada a inidoneidade da empresa terceirizada e caracterizada a culpa in eligendo da primeira, a teor do disposto no Súmula nº 331 do C. TST. (TRT 14ª R. - RO 020/01 - (865/01) - Relª Juíza Flora Maria Ribas Araújo - DJERO ) 14
15 ATIVIDADES MEIO TERCEIRIZÁVEIS Assistência jurídica, transporte e propaganda, seleção e treinamento de pessoal, auditoria e contabilidade, elaboração de software para empresa de outro ramo, locação de equipamentos e máquinas com operadores, manutenção de máquinas, elevadores e equipamentos, limpeza, vigilância, representação comercial por conta de terceiros. 15
16 TERCEIRIZAÇÃO O empregador, ao contratar o terceiro, pessoa física ou jurídica, para prestação de um serviço, deve tomar algumas cautelas a fim de resguardar-se de qualquer responsabilidade inerente ao contratado. 16
17 RECOMENDAÇÕES 1. A personalidade da empresa tomadora deve ser preservada, isto é, a sua atividade fim, essencial, não deve ser entregue à contratada, mas tão somente a atividade meio, não essencial; 2. Estabelecer contrato escrito que preveja a responsabilidade geral da prestadora de serviços. 17
18 RECOMENDAÇÕES 3. Evitar arranjos momentâneos no curso do contrato que possam caracterizar o vínculo empregatício. 4. Manter relacionamento comercial com a empresa contratada, através da figura do gestor. 5. Verificar a idoneidade e capacidade econômica da contratada, compatíveis com os riscos da atividade. 18
19 RECOMENDAÇÕES 6. Verificar se a empresa a ser contratada está regularmente constituída. 7. Procure evitar a contratação de pessoa/autônomo para prestar serviços de caráter habitual e exclusivo. 8. Sempre que possível, exija que a contratada estabeleça rotatividade entre os funcionários. 19
20 RECOMENDAÇÕES 9. Exija da contratada a exibição de documentos que comprovem a regularidade desta prestação, especialmente, recolhimento de encargos sociais e tributos. 10. Procure diferenciar os empregados da contratante e da contratada com o uso de uniformes diferenciados, próprios, crachás, etc. 20
21 RECOMENDAÇÕES 11. Nunca utilizar os empregados da contratada para tarefas diversas daquelas expressamente previstas no contrato. 12. A contratada deverá possuir outros clientes, evitando-se a exclusividade. 21
22 TERCEIRIZAÇÃO A terceirização ilícita busca apenas o menor preço. O empresário não deve se preocupar apenas com custo, mas também com a qualidade do serviço e com a segurança da relação jurídica, evitando problemas trabalhistas no futuro. Autor: Sergio Pinto Martins. Juiz do TRT da 2ª Região. Professor titular de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da USP. Autor de diversas obras publicadas pela editora Atlas Terceirização: Licitude e Limites Jornal Carta Forense /
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