ANÁLISE DE CONCENTRAÇÃO E DISPERSÃO DOS SETORES AGROPECUÁRIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO NAS MICRORREGIÕES DO OESTE DO PARANÁ ENTRE 2000 E 2010

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1 ANÁLISE DE CONCENTRAÇÃO E DISPERSÃO DOS SETORES AGROPECUÁRIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO NAS MICRORREGIÕES DO OESTE DO PARANÁ ENTRE 2000 E 2010 Área: Economia Ronaldo Bulhões Professor do Curso de Economia da UNIOESTE/Cascavel, membro do Grupo de Pesquisa em Economia Aplicada (GPEA) e Grupo de Pesquisa em Estratégia e Competitividade (GPEC). Endereço: Rua Universitária, CEP: , Jardim Universitário, Cascavel-PR. E- mail: ronaldo.bulhoes@unioeste.br Vilian Granville Graduada em Economia pela UNIOESTE, Colaboradora SICREDI. Rua Universitária, CEP: , Jardim Universitário, Cascavel-PR. viliangranville@hotmail.com RESUMO Este trabalho teve como objetivo analisar os setores da agricultura, indústria e comércio nas microrregiões de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu no período compreendido entre 2000 e 2010, através da evolução do emprego. Para tal utilizou-se o método de análise regional através do quociente locacional e o coeficiente de especialização. Os dados foram coletados na Base de Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social IPARDES. Os resultados mostraram que as microrregiões de Cascavel e Toledo apresentaram importância no setor agropecuário, embora as mesmas não apresentaram especialização, uma vez que o coeficiente é inferior a 0,5. No setor industrial a microrregião de Cascavel apresentou evolução no quociente locacional, o qual passou de 0,53 para 0,80. Nas microrregiões de Foz do Iguaçu e Toledo o quociente locacional sofreu leve queda. Mesmo assim, essas microrregiões se apresentam como sendo significativas, pois ficaram próximo de 1. Para a microrregião de Foz do Iguaçu a Itaipu Binacional eleva o coeficiente de especialização, fazendo com que as microrregiões de Cascavel e Toledo se tornem pouco especializadas. No setor de comércio e serviços percebeu-se nas microrregiões de Cascavel e Toledo, maior importância em termos regionais, pois as mesmas apresentaram quociente locacional próximo de 1. A microrregião de Foz do Iguaçu, embora tenha elevado seu

2 quociente locacional, demonstrou pouca importância, pois seu coeficiente está próximo a 0,5. Neste setor as três microrregiões apresentaram pouca especialização, embora a área de serviços se mostrou expressiva. Palavras-Chave: Região, Quociente Locacional, Coeficiente de Especialização. 1 INTRODUÇÃO Com o passar do tempo os territórios mudam seus formatos e suas características em um processo de evolução constante. O crescimento de uma região pode se dar pelo aumento de seu território ou, principalmente, pelo crescimento de sua economia, sendo que esta evolução vai dando contornos à economia regional. Este processo tem se repetido ao longo dos anos em diferentes países, sendo que no Brasil não é diferente. O Brasil evoluiu de uma economia colonial de exploração, em um território pequeno, para uma economia moderna e competitiva em uma ocupação plena do território brasileiro. No Paraná este processo se deu de forma análoga, isto é, desde o período colonial passou por diversas fases (ouro, tropeirismo, madeira e erva mate). Atualmente, o Paraná tem se destacado no cenário nacional através da ampliação das atividades industriais diversificadas principalmente na região metropolitana de Curitiba, e no interior do estado predomina agropecuária e agroindústria. O processo de ocupação do interior do Paraná foi pautado na exploração agropecuária a qual, ao longo do tempo, trouxe consigo a agroindústria nas diferentes mesorregiões do estado. Dentre as 10 mesorregiões paranaenses encontra-se a região Oeste. Esta foi a última fronteira a ser ocupada dentro do estado, cuja integração começou a partir de Seu processo de integração e dinamização acelerou-se a partir de 1950 e em 1970 se integra a agricultura moderna e se torna a região mais populosa do estado. Seus municípios surgiram apoiados nos ciclos econômicos partindo de atividades extrativistas e de expansão, passando pelo ciclo da erva-mate e posteriormente á inserção na agricultura (IPARDES, 2006). A mesorregião Oeste se destaca no cenário paranaense devido a sua importância no que diz respeito ao setor agrícola, o qual nos últimos anos tem diminuído a evolução de sua área plantada, em função do esgotamento de áreas disponíveis, ganhado, contudo, na produtividade devido a modernização do setor. Entre os produtos que mais se destacam na mesorregião Oeste estão a soja, o milho, o trigo e o feijão, além da criação de aves, suínos e bovinos. As mesorregiões dividem-se em microrregiões que podem possuir características diferenciadas entre si, seja por sua produção nos diversos setores, pela característica da sua população ou pela sua cultura. A mesorregião Oeste do Paraná está dividida em três microrregiões, sendo elas a microrregião de Cascavel, de Toledo e de Foz do Iguaçu. No que se refere às microrregiões, apesar de todas terem em sua base de formação as atividades extrativistas e, posteriormente, a agricultura, cada uma delas possui vocação para determinados empreendimentos, pois estas evoluíram buscando adaptar-se as condições que lhes eram mais favoráveis. Por exemplo, a microrregião de Cascavel se apresenta como produtora de grãos, polo universitário, referência em serviços médicos hospitalares; a microrregião de Foz do Iguaçu é um polo turístico proporcionado pelas Cataratas do Iguaçu, Parque Nacional do Iguaçu e Usina Hidrelétrica de Itaipu; enquanto a microrregião de Toledo se destaca na produtora de grãos, criação de aves, suínos e bovinos, além de estar ganhando espaço na produção industrial no seguimento de medicamentos e confecções. Diante disso é possível perceber que a mesorregião Oeste é heterogênea no que diz respeito às características particulares de cada microrregião em relação a sua produção.

3 Contudo, a partir do momento que se volta a análise para a questão de sua evolução entre 2000 e 2010, observa-se que as microrregiões possuem comportamento semelhante umas as outras e também em relação a mesorregião. Tal semelhança pode ser verificada ao analisar o crescimento do emprego entre os anos 2000 e Ou seja, enquanto no Paraná o aumento foi de 68,36%, para a região Oeste o aumento foi de 91,48% resultado que se aproxima dos obtidos pelas microrregiões, que foram de 98,88%, 94,74% e 76,51% para as micros de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu respectivamente (IPARDES, 2012). O crescimento do emprego nas microrregiões acima da média estadual chama a atenção, uma vez que o aumento do emprego em um determinado setor (agricultura, indústria ou comércio, por exemplo) não significa diminuição nos demais, mas sim que se tem capacidade de empregar mais trabalhadores, pois a medida que um setor se destaca faz com que aumente a renda da sociedade, e esta por sua vez consome mais originando demanda de novos produtos, o que eleva a necessidade de outros trabalhadores em outros setores. Dessa forma, se a indústria aumentar seu emprego pode causar reação na mesma direção do comércio ou da agricultura. Diante deste contexto, surge o questionamento de como se deu o comportamento da agricultura, indústria e comércio nos anos de 2000 a 2010 nas microrregiões acima apontadas? Assim, este trabalho tem como objetivo analisar os setores da agricultura, indústria e comércio nas microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo no período compreendido entre 2000 e 2010, através da evolução do emprego. Para isso, primeiramente, será realizado a (a) caracterização da mesorregião do Oeste do Paraná. Em seguida, será realizada (b) análise setorial nas microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo. O trabalho conta, além desta introdução, com mais três partes. A primeira apresenta o embasamento teórico. A segunda apresenta a metodologia. A terceira apresenta os resultados e discussões e, por fim, são apresentadas as conclusões. 2 EMBASAMENTO TEÓRICO A economia regional trata, além dos problemas locacionais e de imobilidade, dos problemas de alocação dos recursos e sua distribuição, bem como, da questão das desigualdades regionais (SOUZA, 2005). Desta forma, o embasamento teórico tem como objetivo demonstrar os conceitos necessários para subsidiar as discussões a respeito da formação, crescimento e evolução dos municípios das microrregiões do Oeste do Paraná. Neste sentido, a seguir serão abordados os conceitos de crescimento e desenvolvimento regional, assim como, os conceitos de espaço, polo e localização. 2.1 Características do crescimento e desenvolvimento regional Bresser-Pereira (1975a; 1975b) analisa o crescimento econômico através dos modelos de Harrod (1939)-Domar (1946) e Kaldor (1956). O modelo de Harrod-Domar, assim como o modelo de Kaldor, demonstra que o crescimento econômico ocorre através do investimento. Sendo que a taxa de crescimento da renda deve ser igual a taxa de crescimento do investimento. O modelo de Harrod (1939)-Domar (1946) aponta que o investimento se dá via propensão a poupar global, a qual depende da propensão a poupar do capitalista. Por sua vez,

4 o modelo de Kaldor aponta que o investimento se dá via propensão a poupar do capitalista e dos trabalhadores (BRESSER-PEREIRA, 1975a; 1975b). Nos modelos de Harrod (1939)-Domar (1946) e de Kaldor (1956), o investimento possui dupla função, uma vez que determina a demanda agregada e também produz um aumento na oferta agregada através da função produção. Ou seja, para a economia estar em equilíbrio é preciso que o crescimento seja positivo e crescente a mesma taxa do crescimento da renda, caso contrário parte da capacidade produtiva da economia ficará ociosa (BRESSER- PEREIRA, 1975a; 1975b). Sendo assim, as economias maduras tendem a crescer em equilíbrio desde que cumpram algumas condições: a taxa de acumulação de capital deve ser suficiente para absorver o aumento de mão de obra ocasionado pelo aumento da população; a taxa de salários deve ser superior ao nível de subsistência; a taxa do progresso técnico deve ser superior a diminuição da produtividade (BRESSER-PEREIRA, 1975a; 1975b). Na mesma linha de pensamento de Harrod (1939)-Domar (1946) e de Kaldor (1956), o modelo de Solow (1956) aponta o investimento como variável fundamental para que o crescimento ocorra. De acordo com Solow, o crescimento é explicado através da poupança, do crescimento demográfico e do progresso tecnológico. Para Solow (1956), a combinação destes fatores contribuem para elevar a produtividade do trabalho e com isso se atingir um nível de crescimento aceitável (JONES, 2000). De acordo com Solow (1956), para uma economia em estado estacionário, um aumento na taxa se investimento aumenta o montante de capital por trabalhador. Esse aumento do capital por trabalhador esta associado a um aumento no produto per capita, ou seja, a economia esta mais rica que antes do investimento (JONES, 2000). Analisando os modelos de Harrod (1939)-Domar (1946), Kaldor (1956) e Solow (1956) percebe-se a importância do investimento para o crescimento econômico, pois é através deste que a economia se movimenta. Isto é, de acordo com os modelos apresentados acima é a taxa de investimento que vai definir se uma economia vai crescer ou não em determinadas regiões ou países. Ao se referir ao investimento como propulsor de crescimento da economia, se faz necessário entender quem é o responsável por investir para que a economia seja capaz de crescer e se desenvolver. Para Schumpeter (1986) o empresário inovador é quem faz o investimento, e este age de acordo com seu próprio interesse. O modelo de desenvolvimento de Schumpeter (1986) expõe que a adaptação aos acontecimentos visando o equilíbrio da economia não gera desenvolvimento mas somente o crescimento. Para ele o desenvolvimento ocorre através de uma perturbação do equilíbrio existente o qual será deslocado para sempre. Para Schumpeter (1986) o desenvolvimento pode ser gerado por cinco tipos de eventos: por uma invenção, ou seja, a introdução de algo desconhecido; introdução de um novo método produtivo; abertura de um novo mercado; conquista de uma nova fonte de matéria-prima e uma nova organização da indústria. O modelo de Schumpeter (1986) procura demonstrar que a economia opera em movimentos cíclicos, onde toda expansão econômica e seguida por uma depressão e esta por uma expansão. A fase de expansão termina pelo esgotamento do mercado para os produtos existentes, assim a fase de depressão é o tempo necessário até que possam surgir novos empreendimentos no mercado. Esses novos empreendimentos surgem em decorrência do empresário inovador. Os movimentos cíclicos implicam que o movimento de capital não ocorre uniformemente no tempo. Assim o novo capital deve surgir ao lado do velho e eliminálo pela obsolescência. Assim como Schumpeter (1986) considera que o movimento do capital não ocorre uniformemente, Rostow (1971) considera o desenvolvimento das economias em determinadas

5 etapas. Para Rostow (1971) todos os países se situam em algum estágio de desenvolvimento, e que o ideal nacional é preponderante para a transição de uma economia tradicional para uma economia moderna. De acordo com Rostow (1971) o desenvolvimento econômico ocorre em cinco etapas: (i) A sociedade tradicional, onde as técnicas de produção são rotineiras e arcaicas, a principal atividade é a agricultura e há forte presença dos laços familiares. (ii) As pré-condições para a decolagem, onde a população a começa a aceitar e assimilar os conhecimentos científicos, criação de um estado político nacional, a agricultura da lugar ao setor indústria e de serviços. (iii) A decolagem, onde há aumento da taxa de investimento líquido produtivo e os setores industrializados passam a crescer mais que os outro setores, o que aumenta a renda do sistema e consequentemente a renda per capita. (iv) A marcha para a maturidade, onde existe o domínio da tecnologia de ponta, a indústria e os serviços compreendem a maior parte das atividades econômicas. E, finalmente, (v) a era do consumo em massa, na qual a população experimenta um alto nível de vida, a produção e comercialização de bens duráveis representa a maior parte da economia. Para completar Rostow exemplifica que existem alguns países que passaram para uma etapa posterior Para Além do Consumo em Massa onde as necessidades de consumo são geradas pelo esforço de marketing de grandes empresas. Analisando as teorias de crescimento de Schumpeter (1986) e Rostow (1971), verificase que as mesmas tratam o desenvolvimento sob a ótica da transformação cultural, do empresário inovador, no primeiro caso e da sociedade, no segundo caso. Neste sentido, ao se analisar em conjunto as teorias de crescimento de Harrod (1939)- Domar (1946), Kaldor (1956) e Solow (1956) e de desenvolvimento de Schumpeter (1986) e Rostow (1971), percebe-se que estas se complementam e são aplicáveis a economia nacional e regional. Isto porque, nem todas as regiões recebem o mesmo nível de investimento, assim como, possuem o mesmo estágio de evolução cultural. Sendo assim, torna-se relevante compreender o processo e a dinâmica de como o crescimento e o desenvolvimento se conformam em determinadas regiões em detrimento de outras. 2.2 Dinâmica do crescimento e desenvolvimento nas regiões e a criação de polos O processo de crescimento e desenvolvimento não acontece simultaneamente e de forma igual em todas as regiões. Algumas regiões ou cidades possuem maior dinamismo, o que as leva a crescer e se desenvolver mais rapidamente que as outras. Diante das concentrações em determinadas regiões e dispersão nos demais, François Perroux elaborou em 1955 a teoria dos polos de crescimento. Ao observar a concentração industrial na França ele percebeu que os polos industriais surgem em torno de grandes aglomerações urbanas, em locais de grande produção de matéria-prima, nos locais de grande fluxo de passageiros e locais onde existem grandes áreas de a agricultura dependente (SOUZA, 2005). O fato de existirem polos de industrialização faz com que ocorram mudanças em determinadas localidades, que podem desencadear novas mudanças sucessivamente. Tais mudanças podem ser favoráveis ou desfavoráveis à região. A decisão de instalar uma indústria em determinada localidade vai impulsionar o desenvolvimento geral, pois aumenta a renda dos trabalhadores que estavam desempregados ou que possuíam baixo salário, estes por sua vez vão demandar mais produtos e serviços, estimulando os negócios locais, e consequentemente atrai mão de obra e capital de fora. Assim o processo de expansão economias externas favoráveis (MYRDAL, 1960).

6 Desta forma, as forças de mercado tendem em geral a aumentar as desigualdades regionais, pois existem regiões que oferecem naturalmente boas condições para as atividades econômicas, isto ocorre por ter iniciado nestas regiões o movimento e não nas demais (MYRDAL, 1960). Aprofundando seu estudo Myrdal (1960) e de Hirschman (1961) sintetiza dois tipos de situações que podem ocorrer do crescimento de determinada região, que são os efeitos regressivos ou polarizador e os efeitos propulsores ou fluentes. Em relação os efeitos regressivos, o crescimento e desenvolvimento de uma determinada região, atrai das regiões vizinhas mão de obra e junto com esta vem o capital e o comércio, e faz com que estas regiões não se desenvolvam e permaneçam essencialmente agrícola. Ou seja, a expansão de uma região fará com que as regiões vizinhas não consigam se expandir devido a fuga em massa de sua população para as regiões em expansão (MYRDAL, 1960). No mesmo sentido Hirschman (1961) também admite efeitos desfavoráveis da expansão de uma região, isto ocorre quando esta prejudica as demais ao causar a depreciação das atividades criadoras de renda, este é o efeito polarizador. O fato mais marcante do efeito polarizador são as migrações internas onde as regiões pobres perdem para as demais seus trabalhadores e futuros empreendedores que poderiam ser capazes de mudar tal situação. Ao contrário do efeito regressivo o efeito propulsor vai dinamizar as regiões vizinhas, pois de acordo com o autor, [...] É natural que toda região situada em torno de um ponto central de expansão se beneficie dos mercados crescentes de produtos agrícolas e seja paralelamente estimulado ao progresso técnico (MYRDAL, 1960, pg. 48). O efeito propulsor pode ainda atingir localidades distantes onde exista por exemplo condições favoráveis para a produção de matéria-prima utilizadas nas indústrias em expansão, pois se um numero suficiente de trabalhadores for empregado na produção destas a indústria local e o consumo serão estimulados (MYRDAL, 1960). Hirschman (1960) chama estes de efeitos fluentes, pois causam nas demais regiões intensificação das pesquisas e investimentos. E se as duas regiões se complementarem esta intensificação fará com que as regiões em expansão absorvam alguns trabalhadores das demais aumentando a produtividade e os níveis de consumo destas. Considerando o acima exposto conclui-se que para haver crescimento em uma determinada economia, é necessário que haja investimentos nessa. Esse investimento é feito por um empresário inovador que rompe com o equilíbrio da economia. E para verificar se houve o crescimento e desenvolvimento é preciso analisar além do aumento da renda, alguns indicadores subjetivos. Para que o empresário invista em determinada região esta deve apresentar condições para que ele obtenha lucro. A obtenção de lucro esta diretamente ligada a localização das atividades econômicas, assim sendo a localização da atividade econômica é fundamental para que esta receba ou não investimentos. Sendo assim, a localização da atividade econômica em determinadas regiões vão ocupando os espaços e dando contorno às regiões. 2.3 Espaço e localização O interesse a respeito da configuração do espaço regional está, principalmente, na definição de onde e como vão se estabelecer os novos empreendimentos, se estes vão estar mais próximos a fonte de matéria-prima ou do consumidor. Ou ainda se a região tem potencial para determinados investimentos para implantação de novas empresas ou ampliação das já existentes.

7 Perroux (1967) ao discutir os conceitos de espaço econômico e região econômica sintetiza que estes são espaços abstratos constituídos por relações econômicas, socais, políticas e institucionais. Perroux classifica o espaço econômico em diversos tipos, entre eles está o espaço homogêneo. O espaço homogêneo é constituído por elementos que apresentam as mesmas características (PERROUX, 1967). O espaço geográfico é o espaço real, onde acontecem as ações, onde o homem constitui suas relações de com os demais seres. O espaço não é neutro e influencia o homem no seu comportamento social (POLESE, 1998). De acordo com Haddad (2005) a identificação das vantagens locacionais podem ser verificadas ao se observar as variabilidades dos preços dos insumos e dos produtos, a produtividade e as economias de escala proporcionados pela localização. Além destes um fator primordial para a decisão de localização é a questão da mão de obra. Cada empresa tem necessidades diferentes em relação as características de sua força de trabalho, número de trabalhadores, qualificação e custos destes, mas nenhum empresa pode se estabelecer em um local se este não tiver, imediatamente ou no futuro, o número de trabalhadores necessários (RAMOS e MENDES, 2001). Assim, a localização de uma atividade econômica pode causar diferentes efeitos na região através do deslocamento da mão de obra para suprir suas necessidades. Esta pode tanto fazer com que as regiões próximas cresçam e se desenvolvam junto com a expansão da região onde esta localizada a atividade, como pode fazer com que elas involuam. Para entender como a economia regional se comporta diante dos investimentos irregulares e conforma os espaços regionais, é necessário conhecer alguns indicadores de crescimento e desenvolvimento econômico. 3 METODOLOGIA Para resolução dos objetivos propostos no presente trabalho, primeiramente foi realizado a caracterização da mesorregião do Oeste do Paraná. Em seguida foi realizada análise setorial nas microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo. A variável base adotada foi o emprego. As informações foram coletadas na Base de Dados do Estado, mantida pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social IPARDES (2012). Para o conhecimento dos padrões regionais do crescimento econômico utilizou-se um conjunto de medidas de localização e de especialização como métodos de análise regional, utilizando o emprego como variável, conforme demonstrado a seguir com base em HADDAD (1989). 3.1 Medidas de localização As medidas de localização são medidas de natureza setorial e se preocupam com a localização das atividades entre as regiões. O principal objetivo é identificar padrões de concentração ou dispersão espacial da variável-base, num dado período ou entre dois ou mais períodos Quociente locacional (QL) O quociente locacional do setor i, na região j é definido como: QL / ij = gij g.. gi g j (1)

8 Onde, g = emprego; g ij = emprego no setor i da região j; g.. = emprego em todos os setores de todas as regiões; g i = emprego no setor i de todas as regiões; g j = emprego em todos os setores da região j. O quociente locacional compara a participação percentual de uma região, em um setor particular, com a participação percentual da mesma região, no total da variável-base da economia. Se o valor do quociente for maior do que 1, isto significa que a região é, relativamente, mais importante no contexto regional, em termos do setor, do que em termos gerais de todos os setores. 3.2 Medidas regionais As medidas de natureza regional se concentram na análise da estrutura produtiva de cada região, com o objetivo de investigar o grau de especialização das economias regionais num dado período, assim como o processo de diversificação observado entre dois ou mais períodos Coeficiente de especialização (CE) O coeficiente de especialização da região j é definido como: e e ( i j i. ) / 2 = CE j (3) i Onde: i e j = distribuição percentual do emprego na região j; e i. = somatório da distribuição percentual do emprego na região j. O coeficiente de especialização compara a estrutura produtiva da microrregião j com a estrutura produtiva da mesorregião. O valor do coeficiente será igual a 0, quando a microrregião tiver uma composição setorial idêntica à da mesorregião. Se o valor do coeficiente for igual a 1, a microrregião j está com elevado grau de especialização em atividades ligadas a um determinado setor, ou está com uma estrutura do emprego totalmente diversa da estrutura da mesorregião. Os resultados foram tabulados e analisados através de estatística descritiva. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Caracterização da mesorregião Oeste do Paraná De acordo com o IBGE (2010), a Região Oeste é definida como Mesorregião Geográfica do Oeste do Paraná, compreendendo um conjunto de 50 municípios (ou 51 VER),

9 conforme se observa na Figura 1, que abrangem uma área territorial de, aproximadamente, ,242 Km². A contagem populacional, realizada pelo IBGE em 2010, informa uma população residente total de habitantes, estando subdividida em: - Microrregião de Toledo (MRG-22): habitantes; - Microrregião de Cascavel (MRG-23): habitantes; - Microrregião de Foz do Iguaçu (MRG-24): habitantes. Figura 1 Mesorregião Geográfica do Oeste do Paraná Fonte: IPARDES (2012). A infraestrutura viária, na Mesorregião Oeste, é composta por rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos, sendo elas: - Rodovias: Federais: BR 277 ligando Foz do Iguaçu a Curitiba; BR 467 ligando Toledo, Marechal Cândido Rondon ao MS; BR 369 ligando Cascavel ao Norte do Estado do Paraná; Estaduais: PR 180 ligando Cascavel a Nova Aurora; PR 182 ligando Cascavel ao Sudoeste do Paraná e Sul do País. - Ferrovia: Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. Ferroeste, a qual liga a Mesorregião Oeste ao Porto de Paranaguá, com extensão de 600 km. - Hidrovia:

10 A hidroviária Tietê-Paraná possui quilômetros de vias navegáveis de Foz do Iguaçu até Piracicaba e Conchas (ambos em São Paulo), Goiás e Minas Gerais (ao norte) e Mato Grosso do Sul. - Aeroportos: No município de Foz do Iguaçu localiza-se um aeroporto de porte internacional, o que confere vantagens de ampla e moderna conexão, viabilizando principalmente o fluxo turístico. A disponibilidade de infraestrutura de transporte diversificada que a Mesorregião Oeste possui é um fator que a torna diferente de outras regiões do país, uma vez que oferece alternativas para a dinâmica econômica da região. Isso possibilita que a mesma consiga se comunicar com outras regiões de forma competitiva Caracterização sócio econômica da mesorregião Oeste do Paraná Segundo Nascimento e Schroeder (2009) os municípios da região Oeste do Paraná surgiram apoiados nos ciclos econômicos partindo de atividades extrativistas e de expansão, passando pelo ciclo da erva-mate e posteriormente à inserção na agricultura. De acordo com o IPARDES (2003) a região Oeste do Paraná foi a última fronteira a ser ocupada dentro do estado. Após muito tempo isolada, seus primeiros impulsos de integração ocorreram a partir de 1942 via incentivos governamentais como a criação do Departamento Administrativo do Oeste e do Parque do Iguaçu. Contudo, foi a partir da década de 1950, com a criação de um sistema viário que permitia a escoação da produção excedente, que a região tem seu processo de dinamização e integração acelerado. Na década de 1970 a região se integra na agricultura moderna através da introdução de tecnologias avançadas no campo com produção de commodities agropecuárias. Na região Oeste, o processo de desenvolvimento tecnológico é composto por importantes segmentos industriais com as cooperativas agropecuárias definindo e articulando a economia da região com a economia estadual, nacional e internacional. A Tabela 1mostra a posição da região Oeste em relação ao Paraná, assim como demonstra as principais características de cada microrregião. Ao observar a Tabela 1 percebese que a região Oeste possui aproximadamente 11,67% da população do estado do Paraná, respondendo por 10,39% do emprego do estado. Na agricultura o destaque da região se deve a soja, ao milho e ao trigo, representando 23,87%, 24,61% e 20,04%, respectivamente, da produção do estado. Por sua vez, na pecuária a criação de bovinos representa 12,34% da produção estadual, sendo que 50,61% encontra-se na microrregião de Cascavel, 32,13% encontra-se na microrregião de Toledo, onde no município de Marechal Cândido Rondon encontra-se a maior bacia leiteira do Estado. A microrregião de Toledo é responsável por 24,43% da produção de suínos do estado, o que significa aproximadamente cabeças por ano. A região também tem grande destaque na produção de galináceos e ovinos representando 29,39% e 15,55% da produção estadual, respectivamente.

11 Paraná Região Oeste MCR Cascavel MCR Foz Iguaçu MCR Toledo Ano Estatística População Censitária Hab Pessoas Sit.Pobreza Hab Pop. Econom. Ativa Pessoas Nº de Estabel. RAIS Nº de Empreg RAIS Produção Soja Ton Produção de Milho Ton Produção Trigo Ton Bovinos Cabeças Equinos Cabeças Galináceos Cabeças Ovinos Cabeças Suínos Cabeças VAF Prod. Primária R$ 1.000,00 VAF Ind. Total R$ 1.000,00 VAF Com/Serv- Total R$ 1.000,00 VAF Rec. Autos R$ 1,00 (P) Tabela 1 Características das microrregiões e Mesorregião Oeste do Paraná Fonte: IPARDES (2012). Organizado pelos autores. A microrregião de Foz do Iguaçu possui menor destaque na produção agropecuária em relação as de Cascavel e Toledo, contudo, é responsável por 58,13% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) industrial produzido na região Oeste. Tal representatividade se deve a participação da Itaipu Bincacional. 4.2 Análise setorial nas microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo Neste item serão analisados o comportamento setorial do emprego nas microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo. Assim, na Tabela 2 são apresentados os dados referentes ao Quociente Locacional e Coeficiente de Especialização para as três microrregiões do Oeste do Paraná no ano de 2000 e De acordo com a Tabela 2 verifica-se que no setor agropecuário, as microrregiões de Cascavel e Toledo apresentaram quociente locacional significativos, acima de 1, tanto para o ano de 2000 como para o ano de 2010, embora tenha reduzido para a microrregião de Cascavel. Isto indica a importância do setor para essas microrregiões, principalmente, devido a presença de aviários, criação de suínos e pecuária leiteira. Quando se observa os dados referentes ao coeficiente de especialização da agropecuária, percebe-se que o setor não se apresenta especialização, apesar da importância do setor para a região, em nenhuma das três microrregiões. Isto é, apresenta coeficiente inferior a 0,50. No setor industrial ocorre uma situação diferenciada entre as microrregiões. Enquanto que na microrregião de Cascavel o quociente locacional ganha importância, passando de 0,53 para 0,80, nas demais microrregiões perde representatividade, caindo de 1,54 para 1,40 e 1,03 para 0,91 nas microrregiões de Foz do Iguaçu e Toledo, respectivamente. Mesmo assim, essas microrregiões se apresentam como sendo significativas por estarem próximo de 1.

12 Quociente Locacional Classe econômica Cascavel Foz do Iguaçu Toledo Agropecuária 1,23 1,15 0,54 0,53 1,16 1,21 Indústria 0,53 0,80 1,54 1,40 1,03 0,91 Comércio/Serviços 1,47 1,20 0,48 0,61 0,95 1,08 Coeficiente de Especialização Classe econômica Cascavel Foz do Iguaçu Toledo Agropecuária 0,23 0,10 0,26 0,19 0,02 0,04 Indústria 0,48 0,50 0,75 0,71 0,52 0,48 Comércio/Serviços 0,82 0,76 0,58 0,62 0,69 0,73 Tabela 2 - Quociente Locacional e Coeficiente de Especialização das Microrregiões do Oeste paranaense 2000 e 2010 com base no emprego Fonte: Resultado da Pesquisa. No que se refere ao emprego na indústria da microrregião de Cascavel, o município de Cascavel contribui consideravelmente para o aumento da importância do setor, em função das indústrias voltadas para a agroindústria, agricultura, alimentos, plásticos, entre outros. Entre 2000 e 2010 o aumento do emprego deste setor no município foi de 164,52%. Além de Cascavel, o município de Cafelândia teve aumento de significativo no número de emprego no período analisado. Tal fato deu-se pela implantação do frigorífico de peixe e ampliação do frigorífico de aves, ambos da Copacol, os quais provocaram aumento significativo na produção de peixes e triplicou a produção de aves. No município de Capitão Leônidas Marques o emprego cresceu 293,91% no período, cujos responsáveis foi a indústria moveleira, com destaque para a Indústria de Moveis Anjos do Brasil, Moveis Dal Prá, Indústria Indékes e Grupo Quadri. Nos municípios de Santa Tereza do Oeste e Três Barras do Paraná o emprego cresceu 674,66% e 608,19% respectivamente no período. Em Santa Tereza do Oeste um dos maiores propulsores para tal crescimento foi a implantação da indústria de isopor Isoart Soluções Térmicas, já Três Barras do Paraná tem como principal empregador o Laticínio Silvestro. Na microrregião de Foz do Iguaçu alguns municípios e atividades se destacam pelo crescimento do emprego na indústria, em termos absolutos, sendo o ramo de cerâmica, ampliação da Lar e Frimesa em Medianeira onde o emprego cresceu 131,71%; a unidade fabril da Krindges, indústria de Lages Patagônia e a Distribuidora de Insumos Agrícolas Sul América (DISAM) em São Miguel do Iguaçu, cujo emprego na indústria cresceu 130,97% no período; em Matelândia encontra-se a Cooperativa Agroindustrial Lar que é responsável por grande parte dos 265,49% de aumento do emprego na indústria desse município. Na microrregião de Toledo o aumento do emprego no setor da indústria se deveu aos municípios de Marechal Cândido Rondon, onde o emprego na indústria elevou 143,75%, o grupo Shumacher, indústrias de refrigeração (Refrigeração Marçal, Indústria de máquinas para sorvete Softe Milk-Shake, Refrigeração Ivo) teve grande contribuição. No município de Nova Santa Rosa o emprego na indústria cresceu 206,25% alavancada pelas indústrias de refrigeração Zero Grau e Bucholz. Em Palotina o aumento foi de 239,18%, tendo com principal responsável a indústria C. Vale Cooperativa Agroindustrial. O município de Toledo teve como principais indústrias geradoras de emprego empresas na área de confecção para o ramo industrial, fiação, medicamentos, agroindústrias entre outros, fazendo com este aumentasse 106,59% no período analisado. Para Guaíra e Terra Roxa, que aumentaram seu

13 emprego industrial em 195,36% e 276,45% respectivamente, as indústrias mais importantes foram as de confecções, principalmente, moda bebe em Terra Roxa que possui 76 indústrias aproximadamente. Para a microrregião de Foz do Iguaçu o setor industrial tem sua estrutura produtiva diferenciada das demais microrregiões. Isso é um reflexo da Itaipu Binacional que puxa o coeficiente de especialização para cima, próximo a 1,5. Contudo, se eliminar a variável Itaipu, o indicador deverá ser menor que as demais microrregiões uma vez que estas possuem mais atividades industriais que a de Foz do Iguaçu. Esse fato faz com que as microrregiões de Cascavel e Toledo se tornem pouco especializadas, próximo a 0,5. Ao observar o setor de comércio e serviços percebe-se que as microrregiões de Cascavel e Toledo, maior importância em termos regionais, pois as mesmas apresentam quociente locacional em torno de 1, embora a micro de Cascavel tenha tido leve queda (1,47 para 1,20) e Toledo uma elevação de 0,95 para 1,08. A microrregião de Foz do Iguaçu demonstra pouca importância, embora tenha se elevado, isto é, quociente locacional passou de 0,48 para 0,61. Na microrregião de Cascavel o setor de comércio conta com vários atacados nos variados ramos (construção civil - rede Bigolin, Irmãos Bocch, JD Home Center, JD Casa, e Construecia ; atacado de confecções atacado Liderança e Bandeirantes -; alimento Destro Macroatacado, Stop Distribuidora; Super Muffato Macroatacado -; atacado de 1,99 Atacado Boniatti e Atacado Ester -; entre outros. Por sua vez o setor de serviços conta com oito instituições de ensino superior, entre elas Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Universidade Paranaense (UNIPAR), Fundação Assis Gurgcz (FAG), União Educacional de Cascavel (UNIVEL), Anhanguera; serviços públicos (três Batalhões do Exército Brasileiro, um Batalhão da Polícia Militar, um Batalhão do Corpo de Bombeiros, um Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, Unidade da Polícia Federal e Polícia Federal Rodoviária, Aeronáutica, entre outros). Ressalta-se que o município de Cascavel é especializado em serviços médicos nas mais diversas áreas, sendo referência regional e até estadual. Dos municípios pertencentes a microrregião de Foz do Iguaçu alguns se destacam pela geração de emprego no setor de comércio e serviços. Entre eles Foz do Iguaçu devido a rede hoteleira, agência de turismo, instituições de ensino (Universidade Estadual do Oeste UNIOESTE; Universidade Latino Americana UNILA; União Dinâmica das Cataratas UDC; Parque Tecnológico de Itaipu PTI) e serviços públicos. Medianeira através da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFR e União dinâmica das Cataratas UCD; e Matelândia devido a Via Lacteos Transportes, empresa de transporte no ramo de leite que é responsável por grande parte dos empregos do setor no município. Ressalta-se que o grande destaque da microrregião de Foz do Iguaçu é o potencial turístico do município de Foz do Iguaçu, o qual conta com o Parque Nacional do Iguaçu, Cataratas do Iguaçu, Usina Hidrelétrica de Itaipu, Parque das Aves, paraíso das compras no Paraguai e Argentina, além dos cassinos existentes no Paraguai e Argentina. Na microrregião de Toledo, o município de Toledo é o grande responsável pela geração de empregos nas instituições de ensino (Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE; Pontifícia Universidade Católica PUC e Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFR), além dos serviços públicos. O coeficiente de especialização apresentou evolução nas microrregiões de Foz do Iguaçu e Toledo, passando de 0,58 para 0,62 e 0,69 para 0,73, respectivamente, no período analisado. A microrregião de Cascavel apresentou leve queda, 0,82 para 0,76, contudo, ainda continua com o maior coeficiente. Assim, observa-se que as microrregiões de Cascavel e Toledo possuem certa especialização.

14 5 CONCLUSÕES O objetivo principal deste trabalho foi analisar os setores da agricultura, indústria e comércio nas microrregiões de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu no período compreendido entre 2000 e 2010, através da evolução do emprego. Verificou-se que no setor agropecuário, as microrregiões de Cascavel e Toledo apresentaram quociente locacional acima de 1, tanto para o ano de 2000 como para o ano de Isto indica a importância do setor para essas microrregiões, principalmente, devido a presença de aviários, criação de suínos e pecuária leiteira, e, embora as mesmas não apresentem especialização do setor, coeficiente inferior a 0,5. No setor industrial a microrregião de Cascavel apresentou evolução no quociente locacional, o qual passou de 0,53 para 0,80. Nas microrregiões de Foz do Iguaçu e Toledo o quociente locacional perdeu representatividade, caindo de 1,54 para 1,40 e 1,03 para 0,91, respectivamente, mesmo assim, essas microrregiões se apresentam como sendo significativas pois ficam próximo de 1. Para a microrregião de Foz do Iguaçu a Itaipu Binacional que puxa o coeficiente de especialização para cima, isso faz com que as microrregiões de Cascavel e Toledo se tornem pouco especializadas, próximo a 0,5. No setor de comércio e serviços percebe-se que as microrregiões de Cascavel e Toledo, maior importância em termos regionais, pois as mesmas apresentaram quociente locacional em torno de 1. A microrregião de Foz do Iguaçu demonstra pouca importância, embora tenha se elevado seu quociente locacional, o qual passou de 0,48 para 0,61. O coeficiente de especialização apresentou evolução nas microrregiões de Foz do Iguaçu e Toledo, passando de 0,58 para 0,62 e 0,69 para 0,73, respectivamente e leve queda na microrregião de Cascavel, 0,82 para 0,76, contudo ainda continua com o maior coeficiente entre as micros. Assim, observa-se que as microrregiões de Cascavel e Toledo possuem certa especialização, com destaque para área de serviços. Para trabalhos futuros sugere-se fazer análise considerando emprego e valor adicionado por setor e entre os setores com vistas a captar a inter-relação entre os mesmos, bem como, dar maior solidez à análise. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOMAR, E. O. Capital Expansion, Rate of Growth and Employment. Econométrica, nº. 14, abril, BRESSER-PEREIRA, L. C. O modelo de Desenvolvimento de Kaldor. Revista Brasileira de Economia, Abril-junho 1975a, pag: BRESSER-PEREIRA, L. C. O Modelo Harrod-Domar e a Substitutibilidade de Fatores. Revista Brasileira de Economia, Setembro 1975b, pag: HADDAD, P. R. (Org.) Economia Regional: Teoria e Métodos de Análise. Fortaleza, BNB, ETENE, HADDAD, E. A. Notas Sobre a Teoria da Localização. In Economia Regional e Urbana EAE Disponível em: < Acesso em: 28 de março de HARROD, R. F. An Essay in Dynamic Theory. The Economic Journal, nº XLIX, março, HIRSCHMAN, A. O. Estratégia do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Fundo de Cultura, 1961.

15 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. População Censitária Total Disponível em: < Acesso em: 13 de março de IBGE. Divisão regional. Disponível em: < Acesso em: 03 de abril de INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL IPARDES. Referências Ambientais e Socioeconômicas para o Uso do Território do Estado do Paraná: Uma Contribuição ao Zoneamento Ecológico Econômico ZEE. Curitiba, Leituras regionais: Mesorregião Geográfica Oeste Paranaense/ Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - Curitiba: IPARDES: BRDE, Disponível em: < Acesso em: 28 de maio de Base Física e Política. Relação dos municípios por microrregiões e mesorregiões geográficas (IBGE) Paraná. Disponível em: < >. Acesso em: 25 de abril de JONES, C. E. Introdução à Teoria do Crescimento Econômico. São Paulo: Campus, KALDOR, N. Alternative theories of distribution. Review of Economic Studies, v. 23, n. 2, MYRDAL, G. Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas. Rio de Janeiro: NASCIMENTO, W. C. do e SCHROEDER, C. A. Os Desafios Regionais da Mesorregião Geográfica do Oeste do Paraná. Marechal Cândido Rondon, Disponível em: < igos/artigo_cipriano.pdf>. Acesso em: 27 de outubro de PERROUX, F. Teorias dos Polos de Crescimento POLESE, M. Economia Regional e Urbana: Lógica Espacial das Transformações Econômicas. Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional, Coimbra,1998. RAMOS, R. A. R.; MENDES, J. F. G. Introdução as Teorias de Localização: Orientações Recentes na Localização Industrial. Universidade do Minho, Disponível em: < Acesso em: 28 de Março de ROSTOW, W. W. Etapas do desenvolvimento econômico: Um Manifesto Comunista. 5ª Edição, Rio de Janeiro: Zahar Editores, SCHUMPETER, J. A. Capitalismo Socialismo e Democracia. Ed. Zahar, Rio de Janeiro SOLOW, R. M. A Contribution to the Theory of Economic Growth. The Quarterly Journal of Economics, nº LXX, fevereiro, SOUZA, N. de J. Teoria dos Polos, Regiões Inteligentes e Sistemas Regionais de Inovação. Porto Alegre, Disponível em: < em: 13 de maio de 2012.

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