Autoria: Sociedade Brasileira de Cancerologia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Autoria: Sociedade Brasileira de Cancerologia"

Transcrição

1 Autoria: Sociedade Brasileira de Cancerologia Elaboração Final: 31 de janeiro de 2011 Participantes: Fernandes Jr. AS, Lima AAP, Lima EM, Horta HL, Coutinho LFP, Martins SPS, Souza TF As Diretrizes Clínicas na Saúde Suplementar, iniciativa conjunta Associação Médica Brasileira e Agência Nacional de Saúde Suplementar, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. 1

2 DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: A revisão bibliográfica de artigos científicos dessa diretriz foi realizada na base de dados MEDLINE, Cochrane e SciELO. A busca de evidência partiu de cenários clínicos reais, e utilizou palavras-chaves (MeSH terms): Neoplasms [Mesh], Colon [Mesh]), therapy [Subheading]), Antineoplastic Agents, Hormonal [Mesh], Chemoprevention [Mesh], Antibodies, Monoclonal [Mesh], complications [Subheading], toxicity [Subheading]. GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. OBJETIVO: Estabelecer as indicações e os esquemas quimioterápicos utilizados nos vários estadios do câncer de cólon. CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum conflito de interesse declarado. 2 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

3 INTRODUÇÃO O câncer colorretal está entre os tumores malignos mais comuns. É o terceiro câncer mais frequente no mundo, sendo o quarto tipo de neoplasia mais frequente em nosso país. De acordo com dados epidemiológicos colhidos entre 1973 e 1997, a incidência de câncer de cólon cresceu em todos os continentes, exceção feita apenas a alguns países em particular (os EUA são o maior exemplo, em que se nota queda da incidência desde meados dos anos 80 do século passado). Já nesta última década, têm-se identificado uma leve redução da incidência e da mortalidade deste tipo de tumor. Provavelmente esta tendência reflete uma melhoria nos métodos de detecção precoce, além dos avanços terapêuticos alcançados nos últimos anos. A incidência do câncer colorretal é maior nos países desenvolvidos (cerca de 4 vezes superior aos dos países em desenvolvimento), ao passo que sua mortalidade é apenas pouco superior (cerca de duas vezes maior), evidenciando novamente a importância dos métodos de screening e tratamento adequados para o correto manejo destes tumores. No Brasil, o número de casos novos de câncer de cólon e reto estimados para o ano de 2008 é de casos em homens e de em mulheres. Estes números correspondem a um risco estimado de 13 casos novos a cada 100 mil homens e 15 para cada 100 mil mulheres. Os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cólon podem ser ambientais e genéticos. Entre os fatores ambientais, a dieta com alto teor calórico e o índice de massa corporal elevado têm sido implicados como fatores predisponentes, assim como o consumo de carnes vermelhas e de gordura em geral. O sedentarismo, tagagismo e ingestão de álcool também são considerados fatores de risco. O diabete mellitus resistente a insulina também foi identificado como fator de risco em alguns estudos epidemiológicos. Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 3

4 O consumo de frutas e vegetais foi considerado fator protetor em alguns trabalhos epidemiológicos. O consumo de fibras, apesar de ser considerado fator protetor, ainda não foi confirmado como tal em um grande estudo controlado. A presença de doença inflamatória intestinal é fator de risco para o câncer colorretal. O risco de câncer com a retocolite ulcerativa está relacionado com a extensão e duração da doença, particularmente após 10 anos. Apesar de menos dados disponíveis, a doença de Crohn parece também ser um fator predisponente. Outras comorbidades predisponentes são a acromegalia e a ureterosigmoidostomia. A história familiar é outro fator de risco importante para o aparecimento do câncer colorretal, mesmo que de forma esporádica. A presença de um parente de primeiro grau aumenta em 2 a 3 vezes o risco, particularmente se em idade jovem. As síndromes hereditárias incluem a polipose adenomatosa familiar, a síndrome do tumor colorretal hereditário não polipoide e as síndromes com pólipos hamartomatosos (Peutz- Jeghers, Síndrome da Polipose Juvenil, Cowden). Estas síndromes são responsáveis por menos de 5% dos casos de câncer cólon. Consideramos a detecção precoce passo fundamental no manejo dos tumores de cólon nos dias atuais. A Sociedade Americana do Câncer recomenda o screening a partir dos 50 anos, com sangue oculto anual e retosigmoidoscopia (RSC) flexível a cada 5 anos (ou enema opaco a cada 5 anos ou colonoscopia a cada 10 anos ou colonografia virtual a cada 5 anos). O INCA recomenda pesquisa de sangue oculto anual. O diagnóstico é realizado por meio da biopsia durante a colonoscopia (a retosigmoidoscopia é insuficiente, já que a presença de tumores sincrônicos pode chegar a 5%) e o estadiamento é realizado por meio do exame físico, das tomografias de tórax, abdome e pelve e dosagem do CEA. O sistema de estadiamento utilizado para definir extensão da doença ao diagnóstico é a classificação TNM. NEOPLASIA DE COLON Estadiamento Tx- tumores não avaliados T1- tumores invadindo submucosa T2- tumores invadindo muscular própria T3- tumores invadindo serosa T4- tumores invadindo órgãos adjacentes. Nx- linfonodos não avaliados No - sem acometimento linfonodal N1- acometimento de 1 a 3 linfonodos N2- acometimento de > 3 linfonodos Mx - presença de metástases não avaliada M0 - ausência de metástases à distância M1 - presença de metástases à distância Estadio I - T1N0M0, T2N0M0 4 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

5 Estadio II- IIa T3N0M0; IIB T4N0M0 Estadio III - IIIa T1N1M0, T2N1M0; IIIb T3N1M0, T4N1M0; IIIc TqN2M0 Estadio IV- TqNqM1 1. HÁ INDICAÇÃO DE TRATAMENTO QUIMIO- TERÁPICO ADJUVANTE PARA OS ESTADIOS 0 E I? Os pacientes com adenocarcinoma de cólon, estadios 0 e I, apresentam probabilidade de cura de 90% com a cirurgia. Não há estudos aleatorizados e controlados que demonstrem benefício no emprego da quimioterapia adjuvante, sendo o tratamento exclusivamente cirúrgico 1 (A). Não há benefício no emprego da quimioterapia adjuvante nos pacientes com adenocarcinoma estadios 0 e I. 2. QUAIS SÃO OS FATORES PROGNÓSTICOS NOS TUMORES DE CÓLON ESTADIO II? O câncer de cólon estadio II compreende tumores T3 ou T4, sem acometimento linfonodal e sem metástase à distância. É um grupo de bom prognóstico, com sobrevida em 5 anos em torno de 80%. O tratamento preconizado para esses pacientes consiste em cirurgia oncológica adequada, seguida ou não de tratamento quimioterápico adjuvante. Os dados de benefício de terapia adjuvante para pacientes do estadio II sugerem que devem ser usados fatores prognósticos clínicopatológicos e moleculares para selecionar grupos de alto risco com indicação de terapia adjuvante. Os fatores clínico-patológicos associados ao pior prognóstico são CEA pré-operatório com níveis elevados (acima de 20), tumores primários T4, pobre diferenciação histológica (tumores indiferenciados, células em anel de sinete ou tumores mucinosos, invasão linfática ou perineural), tumores obstrutivos e/ou perfurativos, margens positivas, pequenas ou indeterminadas e amostra de linfonodos inadequada (menos que 13 linfonodos) 2 (D). Alguns estudos mostram o benefício para pacientes estadio II. O NCCTG é o estudo que elegeu a quimioterapia adjuvante com 5Fluorouracil em pacientes com estadio II e III 3 (A). O estudo MOSAIC demonstrou apenas tendência de aumento de sobrevida livre de doença com FOLFOX nos pacientes com estadio II de alto risco ( 82% X 75%, OD 0,84) 4,5 (A). Outros estudos mostram impacto de fatores moleculares no prognóstico e na resposta à terapia adjuvante nos pacientes com estadios II e III. Os fatores estudados são: deleção do 18q 6 (B), superexpressão da timidilato sintetase 7,8 (B), mutação do p53 9 (B), ploidia do DNA, instabilidade microssatélite, expressão gênica e disseminação celular tumoral 10 (B) 11,12 (C). A instabilidade microssatélite, inclusive, já é relacionada a melhor sobrevida do que os tumores com microssatélites estáveis 13 (B). Devem ser considerados, e quando necessário estudados, os fatores clínico-patológicos associados ao pior prognóstico em pacientes com adenocarcinoma de cólon, como: CEA préoperatório 2 (D), tumores primários T4 2 (D), pobre diferenciação histológica 2 (D), tumores Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 5

6 obstrutivos e/ou perfurativos 2 (D), margens positivas 2 (D), pequenas ou indeterminadas 2 (D), amostra de linfonodos inadequada 2 (D), deleção do 18q 6 (B), superexpressão da timidilato sintetase, 8 (B), mutação do p53 9 (B), ploidia do DNA, instabilidade microssatélite, expressão gênica e disseminação celular tumoral 10 (B). 3. HÁ INDICAÇÃO DE TRATAMENTO ADJUVANTE PARA O ESTADIO II? Diversos estudos abordam o tratamento adjuvante, embora a maior parte envolva pacientes de populações mistas, compostos por pacientes nos estadios II e III. Estes estudos demonstram tendência de aumento na sobrevida global e sobrevida livre de doença com a adjuvância em pacientes no estadio II, porém sem significância estatística. O estudo QUASAR incluiu em sua maior parte pacientes (cerca de 90%) com estadio II. O esquema de quimioterapia adjuvante utilizado foi baseado em 5FU/LV, e não demonstrou benefício significante na sobrevida (OR 0,86, IC95%: 0,54-1,19) 14 (A). O estudo do Intergroup, com pacientes com estadio II e III verificou, na análise multivariada ajustada para os três maiores fatores independentes de influência prognóstica (T, grau histológico e status nodal), que a quimioterapia adjuvante foi associada com redução relativa do risco de morte de 26% (OR 0-74, IC 0,66-0,83). Em pacientes com gânglio negativo, o aumento absoluto da sobrevida livre de doença em 5 anos favorece a quimioterapia (76% x 72%, p= 0,0490), porém houve apenas tendência a melhora da sobrevida global (81% x 80%, p= 0,1127) 15 (A). A meta-análise do Ontário Group, com 37 estudos, não mostrou aumento de sobrevida livre de doença em 5 anos (OR 0,83, IC 0,72-1,07) e na sobrevida global (2%, p= 0,057) 16 (A). Devido à pouca evidência da terapia adjuvante, recomenda-se a discussão dos riscos e benefícios com o paciente nos casos de doença de alto risco. A importância da decisão pelo paciente no tratamento é baseada na estimativa do risco relativo de recorrência e/ou de morte com ou sem adjuvância e dos efeitos colaterais do tratamento. Se há algum benefício de sobrevida, este é pequeno, na ordem de 2-3% em cinco anos 17 (D). O tratamento quimioterápico adjuvante em pacientes no estadio II de alto risco está associado a aumento da sobrevida em 2-3%, devendo ser considerada a indicação de forma individual 16 (A). 4. QUANDO INDICADO, QUAIS SÃO OS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS PARA O ESTADIO II? Diversos esquemas terapêuticos estão disponíveis e utilizam combinação de drogas ou drogas isoladas. O regime Mayo Clinic preconiza a utilização de leucovorim 20 mg/m 2 EV, seguido de 5FU 425 mg/m 2 EV do D1 ao D5, a cada quatro semanas, por seis meses 18 (A). O regime RoswellPark associa leucovorin 500 mg/m 2 EV em 2 horas, seguido de 5FU 500 mg/m 2 EV em 1 hora após o início do leucovorin, uma vez por semana, seis ciclos e posteriormente a cada oito semanas, por seis meses 19 (A). No estudo X-ACT, com o quimioterápico capecitabina, não foram incluídos pacientes com 6 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

7 estadio II. Utilizou-se mg/m 2 dia VO por 14 dias, a cada três semanas, e comparouse este regime com o esquema Mayo Clinic, em pacientes com estadio III. Observou-se tendência de melhor sobrevida livre de progressão (64 versus 61%, p=0,05) em favor da capecitabina, mas sem impacto sobre a sobrevida global (81% versus 78%, p=0,07) 20 (A). No estudo NSABP-06, foram avaliados pacientes com estadios II e III tratados com UFT (UFT 300 mg/m 2 /dia em três tomadas + LV 90 mg/m 2 ) comparado com 5FU/LV (RoswellPark). Verificou-se que não houve diferença significante na sobrevida livre de doença em cinco anos (OR 1,004 IC 95% 0,847-1,190) ou sobrevida global (OR 1,014 IC 95% ,246) 21 (A). O uso da oxaliplatina é muito discutível para este grupo de pacientes. A utilização do esquema FOLFOX 4 (oxaliplatina 85 mg/ m 2 em 2 horas no D1 + leucovorin 200 mg/ m 2 no D1 e D2, seguido de 5FU 400 mg/m 2 em bolus no D1 e D2, seguido de 600 mg/m 2 contínuo em 22 horas, a cada 2 semanas) em pacientes estadio II foi visto no estudo MOSAIC. A sobrevida livre de progressão tem significância estatística para pacientes com estadio III (66% versus 59%, OR 0,78), mas não para estadio II (84% versus 80%, OR 0,84). Houve grande diferença absoluta para pacientes com estadio II com uso de FOLFOX 4 na sobrevida livre de doença nos pacientes com alto risco, mas tal diferença não foi significante estatisticamente (82% versus 75%, OR 0,74) 4,22 (A). Já no estudo NSABP-C07, o esquema FLOX (5FU 500 mg/m 2 + leucovorim 500 mg/m 2 semanalmente por seis semanas + oxaliplatina 85 mg/m 2 na semanas 1, 3 e 5, por três ciclos de oito semanas) x Roswell Park mostrou que a sobrevida livre de progressão foi 73% versus 67%, OR 0,80, com uma melhora da sobrevida em cinco anos (80% versus 78%, OR 0,85) 23 (A). A utilização de esquemas triplos na adjuvância em pacientes com estadio II de alto risco deve ser evitada. O esquema utilizado nos pacientes no estadio II de alto risco é a associação de leucovorim e fluorouracil. 5. HÁ INDICAÇÃO PARA O TRATAMENTO ADJUVANTE NO ESTADIO III E QUAIS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS PODEM SER UTILIZADOS? Pacientes no estadio III, após o tratamento cirúrgico oncológico, apresentam benefício com o tratamento quimioterápico adjuvante. As opções de tratamento podem ser baseadas em 5FU/LV/oxaliplatina, capecitabina, ou 5FU/LV. Tratamento com IFL (irinotecano, leucovorim e fluorouracil) não deve ser usado como adjuvante. O uso da oxaliplatina junto ao 5FU+LV foi avaliado pelo estudo MOSAIC, sendo aleatorizados pacientes com câncer de cólon estadio II e III após ressecção cirúrgica. Foram comparados dois grupos: o primeiro, utilizava LV 200 mg/m 2 em 2 horas, seguido de 5Fluorouracil 400 mg/m 2 em bolus seguido de infusão de 5Fluorouracil 600 mg/m 2 em 22 horas, a cada duas semanas. O segundo grupo (FOLFOX 4) utilizava o mesmo esquema do primeiro grupo com 5FU+LV associado com oxaliplatina 85 mg/m 2 no D1 a cada 14 dias. Foram seguidos por 73 meses, e os resultados Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 7

8 mostraram uma sobrevida livre de progressão significantemente melhor com o FOLFOX (73,3 versus 67,4%, p= 0,003). Este benefício foi também estatisticamente significante quando da análise isolada nos pacientes com estadio III (66 versus 59%, p= 0,005). Quanto à sobrevida global, foi significantemente melhor quando se avaliou somente o estadio III (73 versus 69%, p= 0,023), mas não para toda população do estudo 22 (A). Um segundo estudo, o NSABP-07, confirmou os resultados do MOSAIC. Esse estudo aleatorizou pacientes no estadio II (29%) e III (71%) com câncer de cólon após ressecção cirúrgica e comparou o regime RoswellPark com 5FU+LV, com ou sem oxaliplatina (85 mg/m 2 administrados nas semanas 1,3 e 5, a cada oito semanas - esquema FLOX). A sobrevida livre de doença em quatro anos foi significantemente maior para o FLOX (73 versus 67%, p= 0,0034) e houve uma tendência a melhora da sobrevida global com o grupo da oxaliplatina (80 versus 78%, OR 0,85). O índice de mortalidade com uso de FLOX foi 1,2%, semelhante ao do grupo controle 23 (A). A utilização da capecitabina foi avaliada no estudo X-ACT, com 1987 pacientes no estadio III após cirurgia. Um grupo utilizou capecitabina mg/m 2 duas vezes por dia por 14 dias a cada 21 dias, e o outro grupo realizou o esquema Mayo com 5FU+LV. O estudo demonstrou poder estatístico de equivalência terapêutica em ambos os grupos. Os pacientes foram seguidos por 3,8 anos e foi sugerido uma superioridade da capecitabina ao Mayo em termos de sobrevida livre de doença (64 versus 61%, p= 0,05), mas com equivalência de resultados com relação à sobrevida global (81 versus 78%, p= 0,07). Baseado nestes dados, esta droga foi aprovada como terapia adjuvante para câncer de colón. Pode ser utilizada alternando com 5FU+LV devido à toxicidade maior da capecitabina 20 (A). Em contraste com os estudos da oxaliplatina, os trabalhos que avaliaram o irinotecano foram negativos para os pacientes com estadio III com câncer de cólon. O regime IFL foi avaliado em estudo aleatorizado com pacientes com câncer cólon estadio III. Os pacientes recebiam altas doses de LV, 5FU e irinotecano. Não houve benefício de sobrevida livre de doença ou sobrevida global para estes pacientes 24 (A). Análise retrospectiva comparou tratamento baseado em oxaliplatina (FOLFOX4) em pacientes acima de 70 anos comparados a jovens, menores que 70 anos, e evidenciou maior taxa de neutropenia (43% versus 49%, p= 0,04) e trombocitopenia (2% versus 5%, p= 0,04) em pacientes idosos. No entanto, não houve diferença na taxa de morte (1,1% para menores 70 anos versus 2,3% para maiores ou igual a 70 anos, p= 0,15). Além disso, não houve significância estatística quanto a taxa de resposta (p= 0,20), sobrevida livre de progressão (p= 0,70) e sobrevida global (p= 0,42) entre estas duas populações 25 (B). Está indicada a utilização do esquema FLOX ou FOLFOX 4 como tratamento quimioterápico adjuvante para pacientes com câncer de cólon estadio III. 6. HÁ BENEFÍCIO DA RADIOTERAPIA ADJUVANTE PARA O CÂNCER DE CÓLON? Em estudo fase III que comparou quimiorradioterapia versus quimioterapia para 8 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

9 pacientes de alto risco, como doença T4, T3N1 e T3N2, margens positivas e sítio primário com local de maior risco de recorrência evidenciou que não houve diferença quanto à sobrevida global em cinco anos (62% versus 58%, p= 0,50), sobrevida livre de progressão (51% nos dois grupos, p= 0,50). Além disso, houve maior toxicidade nos pacientes que receberam quimiorradioterapia (54% versus 42%, p= 0,04) 26 (A). Não há benefício no emprego da radioterapia adjuvante para pacientes com adenocarcinoma de cólon 26 (A). 7. COMO CONDUZIR O PACIENTE NO ESTADIO IV? A maior parte dos pacientes com câncer de cólon metastático não pode ser curada e, desta forma, o tratamento paliativo por meio de quimioterapia pode ser iniciado. A média de sobrevida de um paciente que não recebe a quimioterapia paliativa é de aproximadamente cinco a seis meses. Já com a quimioterapia há um aumento na sobrevida média e sobrevida livre de progressão. Estes benefícios são mais pronunciados com os regimes contendo oxaliplatina e irinotecano combinados com 5FU 27,28 (A), podendo-se alcançar sobrevida mediana acima de 20 meses em alguns estudos. Uma parte dos pacientes que apresentam metástases no fígado ou no pulmão pode ser potencialmente operável e curável. Há benefício na utilização de quimioterapia paliativa em pacientes com câncer de cólon metastático 28 (A). 8. QUAL É A MELHOR MANEIRA DE SE UTILIZAR A QUIMIOTERAPIA PALIATIVA: AGENTES ISOLADOS DE FORMA SEQUENCIAL OU ESQUEMAS COMBINADOS? A quimioterapia tem por princípio aumentar a sobrevida global, associando-se a este benefício um incremento na qualidade de vida com a estabilização da doença 29,30 (A). A quimioterapia paliativa de agentes únicos foi abordada em dois estudos: FOCUS e CAIRO. Em ambos, a média de sobrevida global foi similar para terapias com agentes únicos de forma sequencial e na terapia combinada (16,3 e 17,4 meses, respectivamente). Porém, quando se analisou a sobrevida livre de progressão, verificou-se que foi maior para terapia combinada. Assim, para pacientes com câncer de cólon metastático irressecável, o tratamento com a terapia combinada é a primeira escolha, propiciando a exposição à combinação de agentes ativos. Isto é melhor alcançado utilizando combinações duplas (FOLFOX, FOLFIRI, XELOX) 31,32 (A). Este modelo de tratamento foi proposto pelo estudo Tournigand, que demonstrou maior sobrevida média, de 21 meses, com a terapia combinada 33 (A). Está indicada a quimioterapia combinada como tratamento de primeira escolha para pacientes com câncer de cólon metastático irressecável 32 (A). 9. QUAIS SÃO AS DROGAS UTILIZADAS NA QUIMIOTERAPIA PALIATIVA? Fluoropirimidinas, irinotecano e oxaliplatina são os três quimioterápicos ativos Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 9

10 para câncer de cólon metastático. Os esquemas considerados como primeira linha são baseados nos esquemas FOLFOX e FOLFIRI, que usam oxaliplatina e irinotecano, respectivamente 22,33,34 (A). Em um estudo fase III, com 220 pacientes, foi comparado FOLFOX 6 versus FOLFIRI, e não houve diferença de taxa de resposta, sobrevida livre de progressão e sobrevida global, de aproximadamente 21 meses para ambos. Outro estudo fase III com 336 pacientes aleatorizados para FOLFOX4 versus FOLFIRI confirmou estes dados 32,35 (A). O FOLFOX 4 consiste em oxaliplatina 85 mg/m 2 no D1, leucovorim 200 mg/m 2 em 2 horas no D1, 5-FU 400 mg/m 2 em bolus, seguido de 600 mg/m 2 por 22 horas, a cada duas semanas. O FOLFOX6 consiste em oxaliplatina 85 mg/m 2 em 2 horas no D1, leucovorim 400 mg/m 2 por 2 horas também no D1, e 5FU 400 mg/m 2 em bolus seguido do 5FU mg/m 2 por 46 horas a cada duas semanas, cada duas semanas 36 (A). O esquema FOLFIRI consiste no irinotecano 180 mg/m 2 em 90 minutos, seguido de leucovorim 400 mg/m 2 em duas horas com irinotecano, seguido por 5FU 400 mg/m 2 em bolus, seguido por 5 FU 2400 mg/m 2 por 46 horas, a cada duas semanas 32 (A). Quanto ao uso da capecitabina, sua associação com oxaliplatina (XELOX ou CAPOX) foi estudada em vários estudos fase III, que compararam XELOX e FOLFOX como primeira e segunda linhas de tratamento para câncer de cólon metastático. Nenhum dos estudos mostrou inferioridade entre as drogas quanto a taxa de resposta, sobrevida livre de progressão e sobrevida global (A). O XELOX consiste em capecitabina 1000 mg/ m 2 por duas vezes/dia por 14 dias, a cada 21 dias, associada à oxaliplatina 130 mg/m 2 no D1 a cada 21 dias. Sua associação com irinotecano (XELIRI) foi avaliada no estudo fase III BICC-C, porém, devido à toxicidade importante, não é rotineiramente recomendado 42 (A). Estão indicadas as quimioterapias baseadas em 5Fluorouracil e leucovorim ou capecitabina associados com oxaliplatina ou irinotecano 32,34 (A) para pacientes com câncer de colón metastático. 10. Q UAIS SÃO AS PRINCIPAIS TOXICIDADES DESTES ESQUEMAS TERAPÊUTICOS? A escolha entre os tratamentos baseia-se principalmente na sua toxicidade. Quanto ao FOLFIRI, as principais toxicidades são diarreia, alopecia e neutropenias graus 3 e 4. Geralmente a toxicidade do irinotecano não é cumulativa e ele pode ser continuado até a progressão da doença. Sua dose deve ser reduzida na hiperbilirrubinemia (bilirrubina maior que 2 mg/ dl), pois a droga tem metabolização hepática 43 (B). A oxaliplatina é dose limitante e tem efeito cumulativo, causando predominantemente neuropatia. Isto ocorre mais frequentemente com doses cumulativas maiores que 680 mg/m 2 44 (D). As toxicidades aos quimioterápicos devem ser avaliadas e acompanhadas e orientam a continuidade ou não do tratamento 43 (B). 10 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

11 11. Q UAL É A DURAÇÃO DO TRATAMENTO PALIATIVO? Com os novos tratamentos para câncer de colón estadio IV, os pacientes apresentam sobrevida superior a dois anos e são tratados como pacientes crônicos. A oxaliplatina e o irinotecano estão implicados com os principais efeitos colaterais que limitam a qualidade de vida durante o tratamento. Muitos estudos verificaram que muitos pacientes interrompem o tratamento devido a diversas toxicidades, apesar da resposta tumoral. Mais de 50% dos pacientes descontinuavam o tratamento FOLFOX por outras razões que não era a progressão da doença 45 (A). Dois estudos europeus fase II abordaram algumas estratégias. O OPTIMOX 1, que comparou FOLFOX contínuo versus manutenção com 5FU+LV 46 (A), e OPTIMOX 2, comparou manutenção da quimioterapia usando regime sem oxaliplatina versus intervalos sem quimioterapia 47 (A). O primeiro mostrou que houve ausência de neurotoxicidade com oxaliplatina intermitente, porém sem efeito aparente na sobrevida global, sobrevida livre de progressão ou duração do controle da doença. O segundo mostrou que a manutenção da quimioterapia em relação à ausência da mesma resulta em uma tendência a prolongar a sobrevida livre de progressão (36 versus 29 semanas, p=0,08) e sobrevida global (6 versus 19 meses, p= 0,0549) 46,47 (A). O estudo fase III NO16966, que descontinuou o bevacizumab e a oxaliplatina, sem manutenção da quimioterapia, foi associada a redução da sobrevida livre de progressão (9,4 para 8 meses, p= 0,0023) 48 (A). Já em relação ao irinotecano, não há trabalhos que demonstrem diferenças na toxicidade do tratamento entre terapia contínua versus intermitente. Indica-se tratamento contínuo com quimioterapia paliativa, devendo-se apenas suspender oxaliplatina quando algum sinal de neuropatia, mantendo-se 5FU e leucovorim. Recomenda-se substituição por irinotecano quando progressão da doença. A suspensão da quimioterapia deve ser feita após progressão de doença ou baixa performance status (toxicidade) (A). 12. Q UAIS SÃO E QUAL É O PAPEL DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS NA TERAPIA PARA O CÂNCER DE CÓLON METASTÁTICO? BEVACIZUMABE O bevacizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado que se liga ao fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fazendo com que ocorra uma redução da quantidade de ligante circulante e, com isso, inibição da ativação do receptor. O primeiro trabalho a avaliar o seu papel no câncer de cólon foi um pequeno estudo fase II, com 104 pacientes, portadores de câncer colorretal metastático virgens de tratamento quimioterápico prévio para a doença metastática. Foram randomizados em 3 grupos: quimioterapia (5-fluorouracil 500 mg/m 2 + leucovorim 500 mg/m 2 - esquema Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 11

12 Roswell Park) associado ou não ao uso do bevacizumabe nas doses de 5mg/kg ou 10mg/ kg a cada 2 semanas. Nos grupos tratados com o bevacizumabe, houve um aumento na taxa de resposta (17% IC95% - 7% a 34% x 40% IC95% - 24% a 58% x 24% IC95% - 12% a 43%, respectivamente), aumento no tempo mediano de progressão de doença (5,2 meses IC95% - 3,5 a 5,6 meses x 9 meses IC95% - 5,8 a 10,9 meses x 7,2 meses IC95% - 3,8 a 9,2 meses, respectivamente) e aumento na mediana de sobrevida (13,8 meses IC95% - 9,1 a 23 meses x 21,5 IC95% - 17,3 a indeterminado X 16,1 meses IC95% - 11 a 20,7 meses, respectivamente) assim como o aumento em efeitos adversos como trombose (com um caso fatal de tromboembolismo), hipertensão, proteinúria e epistaxe. Neste estudo, não foram utilizadas oxaliplatina ou irinotecano que são esquemas de quimioterapia de primeira linha para o câncer colorretal 49 (A). Posteriormente, um estudo fase III com 813 pacientes com câncer colorretal metastático avaliou o tratamento quimioterápico com o esquema IFL associado ao bevacizumabe (5 mg/ kg a cada duas semanas) ou placebo. Houve um ganho na mediana de sobrevida (20,3 x 15,6 meses), na mediana de sobrevida livre de progressão (10,6 x 6,2 meses), aumento na taxa de resposta (44,8 x 34,8%) e na duração da resposta (10,4 x 7,1 meses) a favor do braço do bevacizumabe. Em relação à toxicidade, houve aumento na incidência de qualquer evento G3-4 na ordem de 10% no grupo do bevacizumabe (principalmente por um aumento na taxa de hipertensão G3); destaca-se o aumento dos casos de perfuração intestinal no grupo do bevacizumabe (seis casos, com um óbito). A taxa de pacientes que recebeu quimioterapia de segunda linha com oxaliplatina foi similar nos dois grupos 50 (A). Neste estudo, inicialmente foram avaliados três grupos: 313 pacientes aleatorizados 1:1:1 (havia um 3º braço tratado com fluorouracil, leucovorin e bevacizumabe) avaliados quanto à segurança do esquema IFL + bevacizumabe. Após a primeira análise interina (após conclusão que o IFL+B apresentava uma segurança aceitável), o grupo do 5FU+LV+B (110 pacientes) foi suspenso e desconsiderado na análise final. Além disso, o tempo de duração do tratamento foi diferente entre os braços: 27,6 semanas IFL + placebo contra 40,4 semanas IFL+bevacizumabe 50 (A). Posteriormente, foi realizada uma análise conjunta de dois estudos fase II mais o 3º braço do estudo anteriormente citado (5FU+LV+B), totalizando 241 pacientes tratados com 5FU+LV ou IFL x 249 pacientes com 5FU+LV+B. Houve um ganho na sobrevida mediana (17,9 x 14,6 meses, p= 0,008), na sobrevida livre de progressão (8,8 x 5,6 meses, p<0,0001) e na taxa de resposta (34,1 x 24,5%, p= 0,019) no grupo que utilizou bevacizumabe 51 (A). Um outro estudo avaliou a segurança da administração da oxaliplatina em combinação com três diferentes regimes de administração das fluoropirimidinas (mfolfox6, bfol, CapeOX) com ou sem o bevacizumabe, em quimioterapia de primeira linha, para câncer colorretal metastático. Quando compararam os grupos que utilizaram o bevacizumabe com o grupo que não utilizou, observou-se um ganho na taxa de resposta global (41% IC 95% - 27 a 56, 20% IC95% - 10 a 34%, 27% IC 95% - 12 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

13 15 a 42 para cada esquema de oxaliplatina, respectivamente, versus 52% IC95% - 40 a 64, 39% IC 95% - 27 a 51, 47% IC95% - 34 a 58 para cada esquema de oxaliplatina com bevacizumabe, respectivamente), sobrevida global (19,2 meses IC95% - 14,2 a 24,9 meses; 17,9 meses IC 95% - 11,5 a 24,6 meses e 17,2 meses IC95% - 12,5 a 22,3 meses para os esquemas sem bevacizumabe versus 26,1 IC95% - 19 a não estabelecido; 20,4 IC 95% - 18,4 a 25,3 meses e 24,6 meses IC 95% - 21,4 a 31,6 para os esquemas com bevacizumabe, respectivamente). Considerando todos os pacientes tratados, a mediana de sobrevida global foi de 18,2 (sem o bevacizumabe) versus 23,7 (com bevacizumabe) meses (IC 95% - 21,3 a 26,8) 52 (A). Em estudo aleatorizado com 1401 pacientes para o tratamento de câncer colorretal metastático de primeira linha, em uma avaliação 2 x 2, que comparou XELOX x FOLFOX4 além da adição de bevacizumabe x placebo, houve aumento na mediana de sobrevida livre de progressão (9,4 x 8,0 meses, p= 0,0023) entre o grupo do bevacizumabe x placebo, respectivamente. A diferença na mediana de sobrevida global (21,3 meses x 19,9 meses, p= 0,07) não foi estatisticamente significante, assim como as taxas de resposta. Uma maior proporção de pacientes descontinuou o tratamento em decorrência de eventos adversos nos grupos com bevacizumabe (30% x 21%). Das quatro perfurações gastrointestinais no grupo tratado com bevacizumabe, uma foi fatal. Houve também aumento nos eventos tromboembólicos no grupo tratado com bevacizumabe. Neste estudo, o tempo de tratamento foi similar entre o grupo do bevacizumabe e o placebo (mediana de ± 6 meses) 48 (A). Um outro estudo avaliou a quimioterapia de segunda linha com oxaliplatina. Oitocentos e vinte e nove pacientes com câncer de cólon metastático previamente tratados com irinotecano + fluoropirimidina foram aleatorizados em 3 braços: FOLFOX4+bevacizumabe (10mg/kg) versus FOLFOX4 versus bevacizumabe isolados. A sobrevida mediana foi de 12,9 x 10,8 x 10,2 meses, respectivamente. A mediana de sobrevida livre de progressão foi de 7,3 x 4,7 x 2,7 meses, respectivamente, p<0,0001. Resposta global 22,7% x 8,6% x 3,3%, respectivamente, p< 0,0001. Houve maior taxa de eventos adversos G3-4 no grupo FOLFOX4 + bevacizumabe quando comparado com quimioterapia isolada (75% x 61%). Dentre estes eventos, destacaramse: sangramento gastrointestinal e hipertensão. Nos braços tratados com bevacizumabe, ocorreram duas mortes por hemorragia no sistema nervoso central (uma em cada braço) e seis perfurações intestinais (sendo duas fatais). Deve ser considerada a diferença na duração mediana do tratamento, fato que pode ter influenciado o seu resultado: FOLFOX4+bevacizumabe 10 ciclos, FOLFOX4 sete ciclos e bevacizumabe isolado quatro ciclo 53 (A). Toxicidade do Bevacizumabe Destaca-se na toxicidade relacionada ao bevacizumabe: aumento da hipertensão grau 3, aumento da proteinúria, além de eventos com maior potencial de gravidade, como maior incidência de perfuração gastrointestinal e de eventos trombóticos arteriais (que incluem infarto agudo do miocárdio, angina, acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório) 54 (A). Assim, em relação ao bevacizumabe, temos tanto estudos que demonstraram ganho na Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 13

14 sobrevida global (por exemplo, IFL ± bevacizumabe 20 x 15 meses) quanto outros, inclusive com o uso de oxaliplatina, sem evidência de benefício. Uma observação que pode ser feita é que esta sobrevida de 20 meses já é relatada, atualmente, em estudos que não utilizaram anticorpos monoclonais. A toxicidade relacionada a esta droga não pode ser negligenciada, não raro estando associada a eventos adversos fatais. CETUXIMABE O cetuximabe é uma imunoglobulina G1 quimérica monoclonal que reconhece e se liga ao domínio extracelular do EGFR, inibindo a ativação deste receptor. Baseado em resultados preliminares de estudos fase II, foi realizado um estudo fase II com 329 pacientes com câncer colônico que haviam progredido três meses após ou durante a quimioterapia baseada em irinotecano. Comparou-se a combinação de cetuximabe mais irinotecano versus cetuximabe isolado, sendo observada uma taxa de resposta de 22,9% versus 10,8%, respectivamente, p= 0,007. O tempo para a progressão do tumor foi de 4,1 x 1,5 meses, respectivamente, p<0,001. Não houve diferença na sobrevida global (8,6 x 6,9 meses, p= 0,48). A principal toxicidade relacionada ao cetuximabe observada foi o rash cutâneo 55 (A). Cetuximabe na Quimioterapia de primeira linha Em um estudo, 1198 pacientes com adenocarcinoma colorretal metastático foram aleatorizados para receber quimioterapia de primeira linha com FOFIRI, com ou sem o cetuximabe. Houve ganho na sobrevida livre de progressão (end point primário) 8,9 x 8 meses, p= 0,048. Não houve diferença na mediana de sobrevida global (19,9 x 18,6 meses com e sem cetuximabe, respectivamente, p= 0,31). A taxa de resposta foi de 46,9 x 38,7% a favor do grupo do cetuximabe,p= 0, (A). Em uma análise não planejada, de subgrupo, nos casos em que foi possível a análise da mutação do K-ras, observou-se maior taxa de resposta no grupo com o K-ras selvagem (wild-type) 61 x 37% quando tratado com o cetuximabe, p= 0,03. Este aumento na taxa de resposta levou a um aumento da taxa de ressecção de metástases (ainda não definido se trouxe algum impacto na cura ou na sobrevida a longo prazo). A sobrevida livre de progressão na população com o K-ras selvagem foi de 9,9 versus 8,7 meses a favor do grupo que utilizou o cetuximabe. Não houve diferença estatisticamente significante na sobrevida global 56 (A). Ocorreu aumento na incidência de eventos adversos G3-4 no grupo do cetuximabe (79,3 x 61,0%), sendo principalmente diarreia, reações cutâneas e reações infusionais 56 (A). Outro estudo avaliou o papel da associação do FOLFOX4 com o cetuximabe. Observouse benefício na associação do cetuximabe, nos pacientes com o K-ras wild type (selvagem), tanto na taxa de resposta (61 x 37%, p= 0,011) como na sobrevida livre de progressão na população de 7,7 versus 7,2 meses a favor do grupo que utilizou o cetuximabe, p= 0,016. Não houve diferença estatisticamente significante na sobrevida global 57 (A). 14 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

15 Cetuximabe na Quimioterapia de segunda linha Em um estudo fase III, com pacientes portadores de câncer colorretal que experimentaram falência do tratamento após a primeira linha com FOLFOX, estes foram aleatorizados para receber irinotecano associado ou não ao cetuximabe. Observou-se aumento na taxa de resposta (16 x 4%, p<0,0001), na sobrevida livre de progressão (4 x 2,6 meses, p<0,0001), na qualidade de vida e na toxicidade (principalmente rash, diarreia e hipomagnesemia) para a associação. Não houve ganho de sobrevida global (10,7 x 10,0 meses, p= 071) 58 (A). Quanto à adição do cetuximabe no tratamento, observa-se pequeno benefício na taxa de resposta e na sobrevida livre de progressão (principalmente no subgrupo do K-ras selvagem), sem, no entanto, ter sido observado ganho de sobrevida global. O uso deste anticorpo também se relaciona a aumento na toxicidade. Necessitamos aguardar estudos prospectivos aleatorizados, fase III, em pacientes com K-ras selvagem, com intuito de avaliar o ganho de sobrevida. ESQUEMAS MISTOS Associação de anticorpo - Capox + Bevacizumabe, com ou sem Cetuximabe Um outro estudo avaliou o tratamento de primeira linha com capecitabina, oxaliplatina e bevacizumabe, com ou sem a associação do cetuximabe. No entanto, observou-se piora na sobrevida livre de progressão (10,7 grupo com capecitabina oxaliplatina e bevacizumabe versus 9,4 meses com o mesmo esquema mais cetuximabe p= 0,01) e na qualidade de vida no grupo que associou os dois anticorpos 59 (A). Panitumumabe Estudo que comparou a associação do Panitumumabe com quimioterapia mais bevacizumabe demonstrou aumento na toxicidade e piora na sobrevida livre de progressão nesta associação (10 meses para grupo com panitumumab versus 11,4 meses para grupo controle, OD 1,27 IC95% 1,06 a 1,52), mediana de sobrevida de 19,4 versus 24,5 meses, respectivamente 60 (A). Recomenda-se o uso de bevacizumabe associado a esquemas baseados em oxaliplatina para câncer de colon metastático 53 (A). Também está indicada associação de cetuximabe ao FOLFOX e CAPOX ou FOLFIRI com Kras WT (selvagem) 56 (A). A utilização destas drogas é recomendada pelo ganho na sobrevida livre de doença e taxa de resposta, ambos relacionados ao benefício na qualidade de vida, embora não alterem de forma significativa a sobrevida global, estejam associados a aumento dos eventos colaterais e alto custo. 13. H Á INDICAÇÃO DE QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE EM PACIENTES COM METÁSTASE HEPÁTICA? Pacientes com possibilidade de ressecção imediata do tumor de cólon metastático para o fígado, manutenção de ressecção com margens negativas e manutenção de reserva hepática devem ser consideradas para cirurgia sem quimioterapia neoadjuvante 61 (A) 62 (D). A possibilidade de quimioterapia neoadjvante nestes Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 15

16 pacientes pode ser considerada, aproveitando-se da possibilidade, inclusive, de um teste de sensibilidade in vivo do esquema quimioterápico utilizado. A monitorização das lesões deve ser intensiva e sugere-se não estender o tratamento quimioterápico, devido à possibilidade de toxicidade hepática causada pela quiomioterapia. Nos casos de irressecabilidade das metástases, os pacientes devem ser submetidos a quimioterapia neoadjuvante, também chamada quimioterapia de conversão, que tem como objetivo tornar as lesões ressecáveis 63 (D). Nos pacientes com metástases hepáticas ressecáveis não há indicação de quimioterapia neoadjuvante. Nos casos de metástases irressecáveis está indicada a quimioterapia de conversão 61 (A). 14. Q UAIS SÃO OS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS? O melhor regime neoadjuvante não está bem estabelecido. Os esquemas mais recomendados são os que apresentam alta taxa de resposta, como FOLFOX e FOLFIRI. Em um estudo prospectivo que avaliou 1104 pacientes com metástases irressecáveis no fígado submetidos a quimioterapia com 5FU e oxaliplativa ou irinotecano, a sobrevida em 5 e 10 anos foi de 33-23% (p= 0,01) 64 (C). Com a adição de bevacizumabe ou cetuximabe, aumentou-se o potencial de pacientes elegíveis para ressecção, entretanto, sem alterar a sobrevida no grupo estudado 65 (A) 66 (C). Os esquemas terapêuticos recomendados são o FOLFOX e FOLFIRI 64 (C). Não há benefício na sobrevida com adição de bevacizumabe ou cetuximabe 65 (A). 15. Q UAL É O MOMENTO DE OPERAR OS PACIENTES COM METÁSTASES HEPÁTICAS IRRESSECÁVEIS EM PROGRAMA DE QUIMIOTERAPIA? A cirurgia deve ser realizada no momento em que os estudos radiológicos demonstrarem que as metástases são potencialmente ressecáveis (possibilidade de ressecção com margens negativas e de manter reserva hepática). As imagens devem ser realizadas frequentemente (a cada 6 semanas da quimioterapia). Entre 12-33% dos pacientes têm boa resposta à quimioterapia, permitindo ressecção completa (R0). A sobrevida varia de 30-35% com a ressecção versus 4-9% sem ressecção 67 (A) 68 (B) 69 (C). A taxa de resposta patológica completa após neoadjuvância é apenas 4-9%, e mesmo os pacientes que tiveram resposta radiológica completa contêm tumores viáveis (83%) e devem ser submetidos a ressecção cirúrgica. Caso seja factível, a extensão da ressecção deve incluir partes do fígado com resposta completa à imagem 70,71 (B). O procedimento cirúrgico está indicado no momento em que é demonstrado que as metástases hepáticas são potencialmente ressecáveis 67 (A). 16. A PÓS A RESSECÇÃO HEPÁTICA É RECOMENDADO TRATAMENTO ADJUVANTE? Poucos estudos avaliaram o benefício da quimioterapia adjuvante pós ressecção hepática. 16 Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

17 Os estudos FFCD e EORTIC utilizaram 5FU e leucovorin para estes pacientes. Em análise combinada, totalizando 278 pacientes, a sobrevida livre de progressão foi de 28 versus 19 meses, p= 0,058, e a sobrevida global de 62 versus 47 meses, sem significância estatística 72 (A). Quanto ao uso da oxaliplatina, um estudo analisou o uso perioperatório de FOLFOX4 (seis ciclos antes e seis após a cirurgia) em pacientes com metástase hepática previamente ressecável versus apenas tratamento cirúrgico. O aumento da taxa de sobrevida livre de progressão em três anos para pacientes aleatorizados foi de 7,3% para 35,4%, p= 0,058, para pacientes elegíveis o aumento foi de 8,1% para 36,2%, p= 0,041,e para paciente que se submeteram a apenas cirurgia foi de 9,2% a 42%, p= 0,025. Portanto, em pacientes elegíveis e ressecados há benefício de tratamento perioperatório com FOLFOX4 73 (A). O estudo analisando uso de FOLFIRI versus 5FU/leucovorim e ácido folínico (FUFA) verificou apenas tendência de aumento de sobrevida livre de progressão com o FOLFIRI de 24,7 em relação ao FUFA de 21,6 meses, p= 0,47 74 (A). Porém, não foi utilizada a oxaliplatina, droga usada neste cenário. É recomendado o tratamento neoadjuvante para metástases hepáticas. É discutível a indicação de tratamento adjuvante isolado após ressecções de metástases hepáticas, sendo preconizado, por ausência de estudos e baseados na experiência clínica, o emprego por seis meses de quimioterapia baseada em oxaliplatina 73 (A). Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 17

18 REFERÊNCIAS 1. O Connell JB, Maggard MA, Ko CY. Colon cancer survival rates with the new American Joint Committee on Cancer sixth edition staging. J Natl Cancer Inst 2004; 96: Compton CC, Fielding LP, Burgart LJ, Conley B, Cooper HS, Hamilton SR, et al. Prognostic factors in colorectal cancer. Arch Pathol Lab Med 2000;124: Wolmark N, Rockette H, Fisher B, Wickerham LD, Redmond C, Fisher ER, et al. The benefit of leucovorinmodulated fluorouracil as postoperative adjuvant therapy for primary colon cancer: results from National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project protocol C-03. J Clin Oncol 1993;11: Andre T, Boni C, Mounedji-Boudiaf, L, Navarro M, Tabernero J, Hickish T, et al. Oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin as adjuvant treatment for colon cancer. N Engl J Med 2004;350: De Gramont A, Boni, C, Navarro M, Tabernero J, Hickish T, Topham C, et al. Oxaliplatin/5FU/LV in adjuvant colon cancer: Updated efficacy results of the MOSAIC trial, inclluding survival, with a median follow-up of 6 years (abstract). J Clin Oncol 2007;25:165s. 6. Gal R, Sadikov E, Sulkes J, Klein B, Koren R. Deleted in colorectal cancer protein expression as a possible predictor of response to adjuvant chemotherapy in colorectal cancer patients. Dis Colon Rectum 2004;47: Dotor E, Cuatrecases M, Martinez- Iniesta, M, Navarro M, Vilardell F, Guinó E, et al. Tumor thymidylate synthase 1494del6 genotype as a prognostic factor in colorectal cancer patients receiving fluorouracil-based adjuvant treatment. J Clin Oncol 2006;24: Iacopetta B, Grieu F, Joseph D, Elsaleh H. A polymorphism in the enhancer region of the thymidylate synthase promoter influences the survival of colorectal cancer patients treated with 5-fluorouracil. Br J Cancer 2001;85: Westra JL, Schaapveld M, Hollema H, Boer JP, Kraak MMJ, Jong DH, et al. Determination of TP53 Mutation Is More Relevant Than Microsatellite Instability Status for the Prediction of Disease-Free Survival in Adjuvant-Treated Stage III Colon Cancer Patients. J Clin Oncol 2005;23: Barrier A, Boelle PY, Roser F, Gregg J, Tse C, Brault D, et al. Stage II colon cancer prognosis prediction by tumor gene expression profiling. J Clin Oncol 2006;24: Wang Y, Jatkoe T, Zhang Y, Mutch MG, Talantov D, Jiang J. Gene expression profiles and molecular markers to predict recurrence of Dukes B colon cancer. J Clin Oncol 2004;22: Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

19 12. Eschrich S, Yang I, Bloom G, Boulware D, Cantor A, Coppola D, et al. Molecular staging for survival prediction of colorectal cancer patients. J Clin Oncol 2005;23: Carethers JM, Smith EJ, Behling, CA, Nguyen L, Tajima A, Doctolero RT, et al. Use of 5-fluorouracil and survival in patients with microsatellite-unstable colorectal cancer. Gastroenterology 2004;126: Quasar Collaborative Group, Gray R, Barnwell J, McConkey C, Hills RK, Williams NS, et al. Adjuvant chemotherapy versus observation in patients with colorectal cancer: a randomised study. Lancet 2007;370: Gill S, Loprinzi CL, Sargent DJ, Thomé SD, Alberts SR, Haller DG, et al. Pooled analysis of fluorouracil-based adjuvant therapy for stage II and III colon cancer: who benefits and by how much? J Clin Oncol 2004;22: Figueredo A, Charette ML, Maroun J, Brouwers MC, Zuraw L. Adjuvant therapy for stage II colon cancer: a systematic review from the Cancer Care Ontario Program in evidencebased care s gastrointestinal cancer disease site group. J Clin Oncol 2004;22: Benson AB, Schrag 3 rd D, Somerfield MR, Cohen AM, Figueredo AT, Flynn PJ, et al. American Society of Clinical Oncology Recommendations on Adjuvant Chemotherapy for Stage II Colon Cancer. J Clin Oncol 2004;22: Carrato A, Kohne C, Bedenne L, Popov I, Bouche O, Gaspar E, et al. Folinic acid modulated bolus 5-FU or infusional 5-FU for adjuvant treatment of patients of UICC stage III colon cancer: Preliminarhy analysis of the PETACC-2-study (abstract). J Clin Oncol 2006;24: Haller DG, Catalano PJ, Macdonald JS, O Rourke MA, Frontiera MS, Jackson DV, et al. Phase III study of fluorouracil, leucovorin, and levamisole in high-risk stage II and III colon cancer: final report of Intergroup J Clin Oncol 2005;23: Twelves C, Wong A, Nowacki MP, Abt M, Burris III H, Carrato A, et al. Capecitabine as adjuvant treatment for stage III colon cancer. N Engl J Med 2005;352: Lembersky BC, Wieand HS, Petrelli NJ, O Connell, Colangelo LH, Smith RE, et al. Oral uracil and tegafur plus leucovorin compared with intravenous fluorouracil and leucovorin in stage II and III carcinoma of the colon: results from National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project Protocol C-06. J Clin Oncol 2006;24: Andre T, Boni C, Navarro M, Tabernero J, Hickish T, Topham C, et al. Improved overall survival with oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin as adjuvant treatment in stage II or III colon cancer in the MOSAIC. Trial J Clin Oncol 2009;27: Kuebler JP, Wieand HS, O Connell MJ, Smith RE, Colangelo LH, Yothers G, et al. Oxaliplatin combined with weekly bolus Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico 19

20 fluorouracil and leucovorin as surgical adjuvant chemotherapy for stage II and III colon cancer: results from NSABP C-07. J Clin Oncol 2007;25: Saltz LB, Niedzwiecki D, Hollis D, Goldberg RM, Hantel A, Thomas JP, et al. Irinotecan fluorouracil plus leucovorin is not superior to fluorouracil plus leucovorin alone as adjuvant treatment for stage III colon cancer: results of CALGB J Clin Oncol 2007;25: Goldberg R, Tabah-Fisch i, Bleiberg H, Gramont A, Tournigand C, Andre T, et al. Pooled Analysis of Safety and Efficacy of Oxaliplatin Plus Fluorouracil/Leucovorin Administered Bimonthly in Elderly Patients With Colorectal Cancer. J Clin Oncol 24: Martenson Jr JA, Willett CG, Sargent DJ, Mailliard JA, Donohue JH, Gunderson LL, et al. Phase III study of adjuvant chemotherapy and radiation therapy compared with chemotherapy alone in the surgical adjuvant treatment of colon cancer: results of intergroup protocol J Clin Oncol 2004;22: Glimelius B, Påhlman L, Graf W, Tveit K, Adami HO, Iasarett V, et al. Expectancy or primary chemotherapy in patients with advanced asymptomatic colorectal cancer: a randomized trial. Nordic Gastrointestinal Tumor Adjuvant Therapy Group. J Clin Oncol 1992;10: Scheithauer W, Rosen H, Kornek GV, Sebesta C, Depisch D. Randomized comparison of combination chemotherapy plus supportive care with supportive care alone in patients with metastatic colorectal cancer. BMJ 1993;306: Grothey A, Hedrick EE, Mass RD, Sarkar S, Suzuki S, Ramanathan RK, et al. Response-independent survival benefit in metastatic colorectal cancer: a comparative analysis of N9741 and AVF2107. J Clin Oncol 2008;26: Seymour MT, Maughan TS, Ledermann JA, Topham C, James R, Gwyther SJ, et al. Different strategies of sequential and combination chemotherapy for patients with poor prognosis advanced colorectal cancer (MRC FOCUS): a randomised controlled trial. Lancet 2007;370: Koopman M, Antonini NF, Douma J, Wals J, Honkoop AH, Erdkamp FL, et al. Sequential versus combination chemotherapy with capecitabine, irinotecan, and oxaliplatin in advanced colorectal cancer (CAIRO): a phase III randomised controlled trial. Lancet 2007;370: Tournigand, C, Andre, T, Achille, E, Lledo G, Flesh M, Mery-Mignard D, et al. FOLFIRI followed by FOLFOX6 or the reverse sequence in advanced colorectal cancer: A randomized GERCOR Study. J Clin Oncol 2004;22: Douillard JY, Cunningham D, Roth AD, Wals J, Honkoop AH, Erdkamp FL, et al. Irinotecan combined with fluorouracil compared with fluorouracil alone as firstline treatment for metastatic colorectal cancer: a multicentre randomised trial. Lancet 2000; 355: Câncer de Cólon: Tratamento Quimioterápico

UTILIZAÇÃO DA OXALIPLATINA NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CÂNCER DE COLON (FOLFOX, FLOX) 06/2008

UTILIZAÇÃO DA OXALIPLATINA NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CÂNCER DE COLON (FOLFOX, FLOX) 06/2008 UNIMED-BH COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA GRUPO DE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE - GATS UTILIZAÇÃO DA OXALIPLATINA NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CÂNCER DE COLON (FOLFOX, FLOX) 06/2008 Belo Horizonte

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Câncer de Vias Biliares Versão eletrônica atualizada em Julho 2009 Os colangiocarcinomas e carcinomas de vesícula biliar são tumores originários do epitélio dos ductos biliares

Leia mais

Quimioterapia de Conversão no Câncer Colorretal: Qual a melhor estratégia?

Quimioterapia de Conversão no Câncer Colorretal: Qual a melhor estratégia? Quimioterapia de Conversão no Câncer Colorretal: Qual a melhor estratégia? Marcelo R. S. Cruz Oncologia Clínica Hospital São José Beneficência Protuguesa de São Paulo Invetigador Principal: Lilly, Roche

Leia mais

Autoria: Sociedade Brasileira de Cancerologia

Autoria: Sociedade Brasileira de Cancerologia Autoria: Sociedade Brasileira de Cancerologia Elaboração Final: 31 de janeiro de 2011 Participantes: Fernandes Jr AS, Lima AAPR, Lima EM, Horta HL, Coutinho LFP, Neuenschwamde LC, Martins SPS, Souza TF

Leia mais

Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008

Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008 R1 CIT Vinícius Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008 Prolongamento na sobrevida em pacientes com Câncer avançado não-pequenas células (CPNPC) Recentemente, 2 estudos randomizados,

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Protocolo de tratamento adjuvante e neoadjuvante do câncer de mama Versão eletrônica atualizada em Fevereiro 2009 Tratamento sistêmico adjuvante A seleção de tratamento sistêmico

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI RALTITREXEDO Medicamento PVH PVH com IVA Titular de AIM TOMUDEX Embalagem contendo 1 frasco com pó para solução injectável

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 2014 Solicitante Dr. Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Data: 19/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Leia mais

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009 Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009 Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático O tratamento de pacientes com câncer de mama metastático

Leia mais

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV? Controvérsias no Tratamento de Câncer de Cabeça e Pescoço Localmente Avançado Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV? Igor A. Protzner Morbeck, MD, MSc Oncologista Clínico Onco-Vida,

Leia mais

Quimioterapia Adjuvante em Câncer de Cólon Adjuvant Chemotherapy in Colon Cancer

Quimioterapia Adjuvante em Câncer de Cólon Adjuvant Chemotherapy in Colon Cancer ARTIGO / Article Quimioterapia Adjuvante em Câncer de Cólon Adjuvant Chemotherapy in Colon Cancer José Luiz Miranda Guimarães * Patrícia Moretto** Bartolomé Soler Diano** Carlos Augusto Hummes** Fernanda

Leia mais

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino NTRR 31/2013 Solicitante: Juiz Juarez Raniero Número do processo:0479.13.003726-6 Reu: Secretaria de Saúde de Passos Data: 25/03/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Octreotida LAR

Leia mais

Revisão da anatomia e definição dos volumes de tratamento: Câncer de estômago. Mariana Morsch Beier R2 Radioterapia - Hospital Santa Rita

Revisão da anatomia e definição dos volumes de tratamento: Câncer de estômago. Mariana Morsch Beier R2 Radioterapia - Hospital Santa Rita Revisão da anatomia e definição dos volumes de tratamento: Câncer de estômago. Mariana Morsch Beier R2 Radioterapia - Hospital Santa Rita EPIDEMIOLOGIA A estimativa do biênio 2012-2013 para o Brasil é

Leia mais

O que é câncer de estômago?

O que é câncer de estômago? Câncer de Estômago O que é câncer de estômago? O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, pode ter início em qualquer parte do estômago e se disseminar para os linfonodos da região e outras

Leia mais

QUIMIOTERAPIA NO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

QUIMIOTERAPIA NO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO INDICAÇÕES 1 Carcinoma Espinocelular 2 Carcinoma da Rinofaringe 3 Carcinoma de Glândulas Salivares 1- CARCINOMA ESPINOCELULAR INDICAÇÕES: a. tratamento adjuvante: concomitante a RXT b. neo-adjuvante (indução)

Leia mais

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil.

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil. F-FDG PET/CT AS A PREDICTOR OF INVASIVENESS IN PENILE CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY André Salazar e Marcelo Mamede Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil. 2014 CÂNCER

Leia mais

Humberto Brito R3 CCP

Humberto Brito R3 CCP Humberto Brito R3 CCP ABSTRACT INTRODUÇÃO Nódulos tireoideanos são achados comuns e raramente são malignos(5-15%) Nódulos 1cm geralmente exigem investigação A principal ferramenta é a citologia (PAAF)

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Câncer de Pâncreas (CP) Versão eletrônica atualizada em Maio 2009 O CP é uma doença relativamente infreqüente, mas associada a uma alta taxa de mortalidade. Costuma acometer pessoas

Leia mais

Cetuximabe para Carcinoma de Laringe recidivado

Cetuximabe para Carcinoma de Laringe recidivado NOTA TÉCNICA 152/2014 Solicitante: Juiz Fernando de Moraes Mourão Número do processo: 0042.14.002900-2 Réu: MUNICÍPIO DE ARCOS e ESTADO DE MINAS GERAIS Data: 23/07/2013 Medicamento x Material Procedimento

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Quem é a paciente com mutação BRCA1/2? Ansiedade Penetrância dos genes BRCA1 e BRCA 2 até os 70 anos Meta-análise

Leia mais

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CANCEROLOGIA 21. O melhor esquema terapêutico para pacientes com neoplasia maligna de bexiga, os quais são clinicamente inelegíveis para cirurgia radical, é: a) Ressecção

Leia mais

TEMA: Abiraterona (Zytiga ) para tratamento de câncer de próstata avançado sem quimioterapia prévia.

TEMA: Abiraterona (Zytiga ) para tratamento de câncer de próstata avançado sem quimioterapia prévia. NTRR 158/2014 Solicitante: Juíz: Dra. Solange Maria de Lima Oliveira Juiza da 1ª Vara Cível de Itaúna. Data: 04/07/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Número do processo: 0338.14.006.873-9

Leia mais

Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do. Câncer de Cabeça e Pescoço. Contexto da Medicina Baseada em Evidências

Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do. Câncer de Cabeça e Pescoço. Contexto da Medicina Baseada em Evidências CONGRESSO DE AUDITORIA - NATAL - 2015 Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço Contexto da Medicina Baseada em Evidências Tratamento do Câncer de Cabeça e

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

Incorporação, na tabela Unimed-BH de materiais e medicamentos: Gemcitabina (Gemzar ) para tratamento do câncer avançado de bexiga, mama e pâncreas.

Incorporação, na tabela Unimed-BH de materiais e medicamentos: Gemcitabina (Gemzar ) para tratamento do câncer avançado de bexiga, mama e pâncreas. Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 038/05 Tema: Gemcitabina I Data: 01/11/2005 II Grupo de Estudo: Dr. Lucas Barbosa da Silva Dra. Lélia Maria de Almeida Carvalho Dra. Silvana Márcia Bruschi

Leia mais

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos Simône Noronha Hospital São José São Paulo - Brasil Índice: Radioterapia no câncer de mama hereditário (Revisão) Perfil

Leia mais

Quimioterapia perioperatória em pacientes com metástases hepáticas de câncer colorretal

Quimioterapia perioperatória em pacientes com metástases hepáticas de câncer colorretal Quimioterapia perioperatória em pacientes com metástases hepáticas de câncer colorretal Daniela Nebuloni, Karla Souza, Rachel Riechelmann A quimioterapia tem papel bem estabelecido no câncer colorretal

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto Introdução É realizada a avaliação de um grupo de pacientes com relação a sua doença. E através dele

Leia mais

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira METÁSTASES CEREBRAIS INTRODUÇÃO O SIMPLES DIAGNÓSTICO DE METÁSTASE CEREBRAL JÁ PREDIZ UM POBRE PROGNÓSTICO.

Leia mais

Declaro não haver nenhum conflito de interesse.

Declaro não haver nenhum conflito de interesse. Declaro não haver nenhum conflito de interesse. Faculdade de Medicina do ABC Disciplina de Ginecologia Serviço do Prof. Dr. César Eduardo Fernandes Setor de Mastologia IVO CARELLI FILHO Maior dilema da

Leia mais

Capecitabina: 900 1,000 mg/m 2 VO BID D1 5 de cada semana da radioterapia Ref. (2)

Capecitabina: 900 1,000 mg/m 2 VO BID D1 5 de cada semana da radioterapia Ref. (2) Câncer Colo-retal 5-Fluorouracil + Radioterapia 5-Fluorouracil: 1,000 mg/m 2 /dia IV infusão contínua D1 a 5 Repetir nas semanas 1 e 5 da radioterapia 5-Fluorouracil: 500 mg/m 2 IV contínuo durante 5 dias

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

Key Words: câncer de mama, quimioterapia neoadjuvante, quimioterapia, resposta patológica, carbopaltina.

Key Words: câncer de mama, quimioterapia neoadjuvante, quimioterapia, resposta patológica, carbopaltina. Alta taxa de resposta completa patológica (prc) em câncer de mama triplo negativo após quimioterapia neoadjuvante sequencial Augusto Ribeiro GABRIEL, MD* Ruffo de FREITAS JÚNIOR, MD, PhD* * Programa de

Leia mais

TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto

TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) FMUSP Médico Titular

Leia mais

Câncer gástrico localmente avançado: Anelisa K. Coutinho

Câncer gástrico localmente avançado: Anelisa K. Coutinho Câncer gástrico localmente avançado: Visão do oncologista Visão do oncologista Anelisa K. Coutinho DLA : visão do oncologista Como aumentar chance de cura cirúrgica? Terapia Neoadjuvante Terapia Neoadjuvante

Leia mais

ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS

ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS ANDRE DEEKE SASSE RACHEL Grupo SOnHe RIECHELMANN Campinas RACHEL RIECHELMANN AC Camargo Cancer Center OBSERVAÇÃO As diretrizes seguem níveis pré-definidos de evidência científica

Leia mais

PECOGI A.C.Camargo Cancer Center PROGRAMA 2014

PECOGI A.C.Camargo Cancer Center PROGRAMA 2014 PECOGI A.C.Camargo Cancer Center PROGRAMA 2014 21/08 QUINTA-FEIRA 7:50 8:00 Abertura 8:00 9:30 Mesa Redonda: CEC de Esôfago 8:00 8:15 Ferramentas de estadiamento na neoplasia esofágica. É possível individualizar

Leia mais

Controle loco-regional na doença metastática

Controle loco-regional na doença metastática Câncer de pâncreas Controle loco-regional na doença metastática Fabio Kater Centro Paulista de Oncologia Hospital Nove de Julho Não tenho conflitos de interesse FIGURE 1 Ten Leading Cancer Types for the

Leia mais

Tumores do Trato Gastrointestinal: Estadiamento, Diagnóstico e Tratamento. Dr. Fernando Meton MD, MSc

Tumores do Trato Gastrointestinal: Estadiamento, Diagnóstico e Tratamento. Dr. Fernando Meton MD, MSc Tumores do Trato Gastrointestinal: Estadiamento, Diagnóstico e Tratamento Dr. Fernando Meton MD, MSc Tumores do Trato Gastrointestinal Mortes por localização do tumor homens mulheres CONCEITOS ESTADIAMENTO

Leia mais

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA 13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Adenocarcinoma de Pâncreas Bruno Sérgio de Souza Bernardes Sólidos: Tumores do Pâncreas Classificação

Leia mais

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio Maria de Fátima Dias Gaui CETHO Introdução Objetivo: Definir a extensão da doença: Estadiamento TNM (American Joint Committee on Cancer ). 1- Avaliação

Leia mais

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952.

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952. 1 SPCC - Hospital São Marcos Clínica de Ginecologia e Mastologia UICC União Internacional Contra o Câncer - TNM 6ª edição ESTADIAMENTO DOS TUMORES DE MAMA HISTÓRIA DO TNM O sistema TNM para a classificação

Leia mais

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE Hospital Municipal Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Chefe do serviço: Dr. Nelson Medina Coeli Expositor: Dra. Ana Carolina Assaf 16/09/04 René Lambert DEFINIÇÃO Carcinoma

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr

Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr Caso 1 Paciente fumante crônico, 61 anos, bom estado geral. Diagnosticado tumor de LSD de 3,7 cm,

Leia mais

BOLETIM ELETRÔNICO DO GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES DE SAÚDE

BOLETIM ELETRÔNICO DO GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES DE SAÚDE GAI informa junho/2009 ano 1 nº2 BOLETIM ELETRÔNICO DO GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES DE SAÚDE Editorial Neste segundo número do Boletim Gais Informa apresenta-se um resumo das principais discussões

Leia mais

Tratamento do câncer no SUS

Tratamento do câncer no SUS 94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 256/2013 Solicitante Dr. Carlos Renato de Oliveira Corrêa Juiz de Direito São Domingos do Prata Data: 19/12/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Processo número: 0610.13.002372-0

Leia mais

Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS METÁSTASES HEPÁTICAS Carcinoma Metastático do Fígado METÁSTASES HEPÁTICAS Neoplasia primeira

Leia mais

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios?

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios? FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS UNIVERSIDADE DE CAMPINAS Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios? JUMARA MARTINS RADIOTERAPIA UNICAMP 2012 Introdução

Leia mais

Câncer do pâncreas. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA

Câncer do pâncreas. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Câncer do pâncreas Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Diagnóstico A tomografia helicoidal com dupla fase é o melhor exame de imagem para diagnosticar e estadiar uma suspeita de carcinoma

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

Câncer de Testículo Não Seminomatoso

Câncer de Testículo Não Seminomatoso Câncer de Testículo Não Seminomatoso Estágio Clínico II Estado da Arte Fabio Kater Centro Paulista de Oncologia / Hospital Nove de Julho Introdução Incidência maior que no começo do século passado Idade

Leia mais

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE)

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE) Novo estudo mostra que a profilaxia estendida com Clexane (enoxaparina sódica injetável) por cinco semanas é mais efetiva que o esquema-padrão de 10 dias para a redução do risco de Tromboembolismo Venoso

Leia mais

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA NT 38/2013 Solicitante: Dra. Renata Abranches Perdigão do JESP da Fazenda Pública de Campo Belo Data: 22/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO

Leia mais

II Curso de Atualização em Coloproctologia

II Curso de Atualização em Coloproctologia II Curso de Atualização em Coloproctologia Estratégias de Prevenção de Câncer nas Doenças Inflamatórias Intestinais Dr. Marco Zerôncio LIGA NRCC Considerações Iniciais As DII (RCUI e colite por Crohn)

Leia mais

Estudos de Coorte: Definição

Estudos de Coorte: Definição Estudos de Coorte: Definição São estudos observacionais onde os indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o status de exposição, sendo seguidos para avaliar a incidência de doença. São conduzidos

Leia mais

Explicação sobre o processo de rastreio do cancro do intestino

Explicação sobre o processo de rastreio do cancro do intestino Explicação sobre o processo de rastreio do cancro do intestino 1 www.bowelscreeningwales.org.uk Explicação sobre o processo de rastreio do cancro do intestino Este folheto dá-lhe informações sobre o rastreio

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010 Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/ Data-base - junho de 2010 O VCMH/ é uma medida da variação das despesas médico-hospitalares per capita das operadoras de planos e seguros de saúde. Mede-se

Leia mais

TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA. Data: 05/03/2014 NOTA TÉCNICA /2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA. Data: 05/03/2014 NOTA TÉCNICA /2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NOTA TÉCNICA /2014 Data: 05/03/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Solicitante: Marly Gonçalves Pinto - PJPI 3998-2 - Oficial de Apoio Judicial B - Escrivã Judicial da Comarca de Cláudio/MG

Leia mais

Prostatectomia para doença localmente avançada. José Milfont Instituto de Urologia do Rio de Janeiro

Prostatectomia para doença localmente avançada. José Milfont Instituto de Urologia do Rio de Janeiro Prostatectomia para doença localmente avançada José Milfont Instituto de Urologia do Rio de Janeiro Apesar dos esforços para detecção precoce do câncer de próstata: 10% dos homens ainda são diagnosticados

Leia mais

5-Fluorouracil + Radioterapia 5-Fluorouracil: 500 mg/m 2 /dia IV D1 a 3 e D29 a 31 seguido de 5-Fluorouracil semanal iniciando no D71 Ref.

5-Fluorouracil + Radioterapia 5-Fluorouracil: 500 mg/m 2 /dia IV D1 a 3 e D29 a 31 seguido de 5-Fluorouracil semanal iniciando no D71 Ref. Câncer de Pâncreas 5-Fluorouracil + Radioterapia 5-Fluorouracil: 500 mg/m 2 /dia IV D1 a 3 e D29 a 31 seguido de 5-Fluorouracil semanal iniciando no D71 Ref. (1) 5-Fluorouracil + Leucovorin 5-Fluorouracil:

Leia mais

André Luís Montagnini Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo - HC/FMUSP

André Luís Montagnini Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo - HC/FMUSP PODE A RADIOQUIMIOTERAPIA SUBSTITUIR A DISSECÇÃO LINFONODAL ESTENDIDA NO CÂNCER GÁSTRICO? André Luís Montagnini Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo - HC/FMUSP http://www.cancerresearchuk.org/home/

Leia mais

Tumor Estromal Gastrointestinal

Tumor Estromal Gastrointestinal Tumor Estromal Gastrointestinal Pedro Henrique Barros de Vasconcellos Hospital Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Introdução GIST é o tumor mesenquimal mais comum do TGI O termo foi desenvolvido

Leia mais

Radioterapia para Metástases em Coluna Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Radioterapia para Metástases em Coluna Aspectos Clínicos Indicações

Leia mais

Cetuximabe em combinação com FOLFIRI ou FOLFOX no tratamento do câncer colorretal metastático KRAS selvagem com metástases hepáticas exclusivas

Cetuximabe em combinação com FOLFIRI ou FOLFOX no tratamento do câncer colorretal metastático KRAS selvagem com metástases hepáticas exclusivas Ministério da Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde Cetuximabe em combinação com FOLFIRI ou FOLFOX no tratamento do

Leia mais

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante. Estudo de sobrevida de mulheres com câncer de mama não metastático tico submetidas à quimioterapia adjuvante Maximiliano Ribeiro Guerra Jane Rocha Duarte Cintra Maria Teresa Bustamante Teixeira Vírgilio

Leia mais

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV Nota Técnica 2015 NATS HC UFMG Solicitante: Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Seção Judiciária de Minas Gerais Nº Processo: 41970-36.2015.4.01.3800 Data 20/08/2015 Medicamento X Material Procedimento

Leia mais

Partes: CÉLIO FERREIRA DA CUNHA MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG

Partes: CÉLIO FERREIRA DA CUNHA MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG RESPOSTA RÁPIDA 208/2014 Assunto: Azacitidina para tratamento de mielodisplasia SOLICITANTE Juiz de Direito da comarca de Coromandeu NÚMERO DO PROCESSO 0193.14.001135-7 DATA 16/04/2014 Coromandel, 14/04/2014

Leia mais

TEMA: Sunitinibe (Sutent ) para o tratamento do cancer renal

TEMA: Sunitinibe (Sutent ) para o tratamento do cancer renal Nota Técnica 90/2013 Data: 18/05/2014 Solicitante: Dr. Daniel da Silva Ulhoa Juíz de Direito Comarca de Timóteo Medicamento Material Procedimento Cobertura x Número do processo: 0009774-08.2014.8.13.0667

Leia mais

Qual é a função dos pulmões?

Qual é a função dos pulmões? Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado

Leia mais

Lapatinibe para câncer de mama

Lapatinibe para câncer de mama Data: 05/11/2013 NTRR 212/2013 Solicitante: Desembargador Geraldo Augusto de Almeida Mandado de Segurança: nº1.0000.13.083981-4/000 Impetrado: Secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais. Medicamento

Leia mais

Trombofilias. Dr Alexandre Apa

Trombofilias. Dr Alexandre Apa Trombofilias Dr Alexandre Apa TENDÊNCIA À TROMBOSE TRÍADE DE VIRCHOW Mudanças na parede do vaso Mudanças no fluxo sanguíneo Mudanças na coagulação do sangue ESTADOS DE HIPERCOAGULABILIDADE

Leia mais

Histórico. O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama.

Histórico. O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama. Histórico O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama. Iniciado na década de 90 nos EUA, a campanha derrubou

Leia mais

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não

Leia mais

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo CAPÍTULO 3 CÂnCER DE EnDOMéTRIO O Câncer de endométrio, nos Estados Unidos, é o câncer pélvico feminino mais comum. No Brasil, o câncer de corpo de útero perde em número de casos apenas para o câncer de

Leia mais

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO HOFFMANN, Martina L. 1 ; MARTINS, Danieli B. 2 ; FETT, Rochana R. 3 Palavras-chave: Carcinoma. Felino. Quimioterápico. Introdução O tumor

Leia mais

TEMA: RITUXIMABE PARA LINFOMA NÃO HODGKIN DE PEQUENAS CÉLULAS

TEMA: RITUXIMABE PARA LINFOMA NÃO HODGKIN DE PEQUENAS CÉLULAS NOTA TÉCNICA 46/2014 Data: 17/03/2014 Medicamento Material Procedimento Cobertura x Solicitante: Juiz de Direito Eduardo Soares de Araújo Número do processo: 0011607-07.2014.8.13.0026 Requerido(s): MUNICÍPIO

Leia mais

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 064 /2015 - CESAU

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 064 /2015 - CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 064 /2015 - CESAU Salvador, 13 de abril de 2015 OBJETO: Parecer. - Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde- CESAU REFERÊNCIA: 3 a promotoria de Justiça de Dias D'Àvila / Dispensação

Leia mais

Perfusao e Infusao Papel Atual Frente os Novos Tratamentos

Perfusao e Infusao Papel Atual Frente os Novos Tratamentos Perfusao e Infusao Papel Atual Frente os Novos Tratamentos Dr. André Molina Cirurgião Oncológico Mestre em Oncologia Núcleo de Câncer de Pele e Dermatologia Hospital A. C. Camargo - SP Conflitos de Interesse

Leia mais

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 02-2012

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 02-2012 Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 02-2012 Abordagens combinadas envolvendo parotidectomia e ressecção do osso temporal as vezes são necessárias como parte de ressecções

Leia mais

NEOPLASIA DE CÓLON: UMA ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E TAXA DE MORTALIDADE NO PERÍODO DE 1998 A 2010 NO BRASIL

NEOPLASIA DE CÓLON: UMA ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E TAXA DE MORTALIDADE NO PERÍODO DE 1998 A 2010 NO BRASIL 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 NEOPLASIA DE CÓLON: UMA ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E TAXA DE MORTALIDADE NO PERÍODO DE 1998 A 2010 NO BRASIL Camila Forestiero 1 ;Jaqueline Tanaka 2 ; Ivan

Leia mais

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Perguntas que pode querer fazer Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Estas são algumas perguntas

Leia mais

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004.

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004. Artigo comentado por: Dr. Carlos Alberto Machado Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004. Kwok Leung Ong, Bernard M. Y. Cheung, Yu Bun

Leia mais

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. CONSULTA PÚBLICA No- 26, DE 19 DE AGOSTO DE 2010

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. CONSULTA PÚBLICA No- 26, DE 19 DE AGOSTO DE 2010 Diário Oficial Imprensa Nacional. Nº 164 DOU de 26/08/10 p. 75 seção 1 Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA - DF CONSULTA PÚBLICA No- 26, DE 19 DE AGOSTO

Leia mais

Processo número: 0040.14.000.969-3 TEMA: IRESSA (GEFITININIBE) OU TARCEVA (ERLOTINIBE) NO TRATAMENTO DO ADENOCARCINOMA DE PULMÃO

Processo número: 0040.14.000.969-3 TEMA: IRESSA (GEFITININIBE) OU TARCEVA (ERLOTINIBE) NO TRATAMENTO DO ADENOCARCINOMA DE PULMÃO NOTA TÉCNICA 18/2014 Solicitante Ilmo Dr. José Aparecido Fausto de Oliveira Juiz de Direito Data: 31/01/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Processo número: 0040.14.000.969-3 TEMA: IRESSA

Leia mais

O Avastin é utilizado em associação com outros medicamentos contra o cancro no tratamento de adultos com os seguintes tipos de cancro:

O Avastin é utilizado em associação com outros medicamentos contra o cancro no tratamento de adultos com os seguintes tipos de cancro: EMA/175824/2015 EMEA/H/C/000582 Resumo do EPAR destinado ao público bevacizumab Este é um resumo do Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR) relativo ao. O seu objetivo é explicar o modo como o Comité

Leia mais

Discussão do artigo Opportunities and challenges of clinical research in the big-data era: from RCT to BCT

Discussão do artigo Opportunities and challenges of clinical research in the big-data era: from RCT to BCT Discussão do artigo Opportunities and challenges of clinical research in the big-data era: from RCT to BCT Stephen D. Wang J Thorac Dis 2013;5(6):721-723 Apresentação: Biól. Andréia Rocha INTRODUÇÃO Principais

Leia mais

Gencitabina em câncer de pulmão: avaliação retrospectiva de resposta clínica, sobrevida livre de progressão e sobrevida global

Gencitabina em câncer de pulmão: avaliação retrospectiva de resposta clínica, sobrevida livre de progressão e sobrevida global 12 Artigo Original Gencitabina em câncer de pulmão: avaliação retrospectiva de resposta clínica, sobrevida livre de progressão e sobrevida global Ana Lucia Coradazzi CRM SP 87.242 Gustavo Fernando Veraldi

Leia mais

Universidade Federal do Maranhão Hospital Universitário

Universidade Federal do Maranhão Hospital Universitário Universidade Federal do Maranhão Hospital Universitário Protocolo Clínico Câncer Colorretal Data de Emissão: maio/2010 Revisão: nº. Data de Revisão: mês/ano Elaboração: Prof. Ms. João Batista Pinheiro

Leia mais

29/10/09. E4- Radiologia do abdome

29/10/09. E4- Radiologia do abdome Radiologia do abdome 29/10/09 Milton Cavalcanti E4- Radiologia do abdome INTRODUÇÃO O câncer de colo uterino é uma das maiores causas de morte entre mulheres, principalmente nos países em desenvolvimento.

Leia mais