O melhoramento animal e a qualidade do leite dos caprinos no Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O melhoramento animal e a qualidade do leite dos caprinos no Brasil"

Transcrição

1 O melhoramento animal e a qualidade do leite dos caprinos no Brasil Anamaria Cândido Ribeiro 1 1 Consultora da Capritec - anamaria@capritec.com.br Professora do Unipinhal Espírito Santo do Pinhal - SP Representante Brasileira da IGA (International Goat Association) Introdução O leite de cabra é utilizado na alimentação humana desde os primórdios da humanidade, já que os caprinos foram os primeiros animais a serem domesticados pelo homem capazes de produzir alimentos (Ribeiro, 1997). Atualmente o leite de cabra é classificado como alimento funcional, pois além de ser ótimo alimento, participar da manutenção da saúde, reduzir doenças crônicas também tem efeitos benéficos nas funções fisiológicas (Correia & Cruz, 2006; Osmari, 2006; Rocha, 2007). Também é reconhecido como importante na nutrição de crianças e idosos, por apresentar alta digestibilidade, além de seu uso por pessoas alérgicas ao leite de vaca ser recomendado por alguns autores (Silva et al., 2007). Isto realça o potencial do leite de cabra no mercado. Contudo, até alguns séculos atrás as cabras tinham baixa produção leiteira sob a óptica do produtor, pois não havia seleção genética neste sentido, tampouco nutrição adequada. Aliás, uma boa cabra, sob a óptica da seleção natural é aquela capaz de aleitar seus cabritos de maneira adequada, sem o excesso de produção que poderia inclusive trazer problemas sanitários (mastite). Para que a produção fosse maior, os cuidados ficaram maiores no quesito nutrição, ainda que sem informações técnicas. Desta forma as cabras que tinham um potencial genético de uma produção um pouco maior responderam à suplementação alimentar. A partir de então, sempre de maneira empírica, os animais foram sendo selecionados. Com as cabras a comparação entre contemporâneas permitiu certo avanço, enquanto que com os bodes a falta da expressão da característica nos machos dificultou o processo. E assim seguiu a caprinocultura, até que se iniciaram os programas de melhoramento genético propriamente dito, na Europa de forma geral e mais especificamente na França, que até hoje é considerada a detentora do melhor programa de seleção de caprinos leiteiros do mundo. Outra consideração a ser feita é que os objetivos dos programas de seleção de outros países nem sempre estão de acordo com as necessidades dos criadores brasileiros, apesar do objetivo principal ser a rentabilidade do empreendimento, os fatores que interferem nesta rentabilidade podem diferir entre regiões e/ou sistemas de produção.

2 E o Brasil?? Bem, agora o Brasil tem um programa de melhoramento de caprinos leiteiros delineado e está em andamento o primeiro teste de progênie de bodes de raças leiteiras. O objetivo desta revisão foi relatar a percepção da qualidade do leite de cabra em diferentes países, bem como os sistemas de pagamento do leite por qualidade e o que já existe de fato no Brasil. Qualidade do leite de cabra A qualidade do leite de cabra pode ser definida, segundo Jaubert (1997) como seu potencial para tolerar o tratamento tecnológico e resultar em um produto que satisfaça as expectativas do consumidor em termos de saúde (valor nutricional), segurança (higiene) e prazer (atributos sensoriais). Pode-se dividir a qualidade em qualidade do produto, qualidade da produção e qualidade emocional. Dentro da qualidade do produto estão o valor nutricional, a qualidade sensorial e a qualidade higiênica (ou microbiológica). Na qualidade de produção estariam os sistemas de produção, preferencialmente documentados (Boas Práticas de Fabricação), o não uso de agrotóxicos e eficiência no uso da água. O bem estar dos animais que produzem o leite, bem como o respeito ao meio ambiente onde os animais são criados e a responsabilidade social da empresa cada vez mais ganham relevância e se encaixam na qualidade de produção. Por fim, na qualidade emocional estariam a contribuição às expectativas, tradições, tendências de mercado, histórico do produto, produtos locais e experiências anteriores com produtos similares. Segundo Moioli et al. (2007) o objetivo de melhorar a qualidade do leite não é facilmente alcançado devido a este conceito envolver muitos aspectos. Parte dos itens que refletem a qualidade tem um componente genético relevante, enquanto ou são predominantemente relacionados com o ambiente e, portanto, a maneira mais rápida e eficiente que alterá-los ou ajustá-los é através de práticas de manejo adequadas. Diversos aspectos são importantes para medir e assegurar a qualidade do leite de cabra. Algumas delas são abordadas a seguir. Contagem de Células Somáticas (CCS) A CCS é um bom indicador da qualidade do leite, com a alta CCS podendo estar associada à redução da produção do leite e à mastite subclínica, levando, neste caso, a perdas econômicas que podem ser desastrosas para o produtor (Sung et al., 1999).

3 Apesar do tipo de secreção das glândulas mamárias de vacas e de cabras ser diferente, os efeitos da CCS são semelhantes para ambas espécies (Sung et al., 1999). Contuso, a CCS em cabras em úberes saudáveis pode ser mais alta que no caso das vacas (Bergonier et al., 2003; Kalantzopoulos et al., 2004; Raynal et al., 2005; Pirisi et al, 2007). Poucas pesquisas se dedicaram aos efeitos da CCS sobre os produtos derivados do leite de cabra, como queijos e suas características sensoriais (Pirisi et al., 2007). Num dos poucos trabalhos efetuados, Morgan & Gaspar (1999) não observaram efeitos significativos (P<0,05) nas características sensoriais de queijos frescos elaborados com leite de cabras tampouco nas características bioquímicas, sensoriais e microbiológicas de queijos maturados, trabalhando com CCS de a células/ml. Da mesma forma que Zeng & Escobar (1996) não observaram diferenças em queijos frescos quando compararam queijos elaborados com três classes de CCS: até , entre e e acima de células/ml (médias de ). Kalantzopoulos et al. (2004) comentam que na França a média de CCS no leite de cabra se situa entre e células/ml de leite enquanto na Espanha esta média é de células/ml. Na Itália (região da Sardenha) a média é de células/ml no leite de cabra. Os limites de CCS estabelecidos para os sistemas de pagamento do leite de cabra na França, bem como em outros países como Estados Unidos é de 1 milhão de células/ml (Raynal-Ljutovac et al., 2005). Pirisi et al. (2007) relatam que o valor do ph do leite de animais com mastite é mais elevado, e tem como resultado uma pior coagulação deste leite quando exposto ao coalho no processo de fabricação de queijos. Inibidores Substâncias inibidoras podem diminuir ou mesmo inibir o desenvolvimento das culturas láticas e dificultar o processo de fabricação de queijos (Raynal-Ljutovac et al., 2005; Pirisi et al., 2007), além de constituir um risco para a saúde do consumidor (Kalantzopoulos et al., 2004). Os mais usuais são os resíduos farmacológicos, antibióticos de uma maneira geral, especialmente os utilizados para tratamento de mastite, substâncias detergentes e desinfetantes e água oxigenada (Kalantzopoulos et al., 2004; Raynal-Ljutovac et al., 2005; Pirisi et al., 2007). O leite e derivados destinados ao consumo humano devem estar livres de substâncias inibidoras e isto está explícito nos sistemas de controle de leite e, quando há, nos programas de pagamento por qualidade (Pirisi et al., 2007).

4 Contagem de bactérias A contagem de bactérias pode ser limitada com a manutenção dos animais em boas condições sanitárias e práticas higiênicas durante a ordenha (Raynal-Ljutovac et al., 2005). O resfriamento do leite imediatamente após sua retirada da glândula mamária também é muito importante. A temperatura recomendada é 4 C. Este procedimento, apesar de limitar o desenvolvimento de contagem total de bactérias, pode aumentar o crescimento de bactérias psicotróficas, como a Pseudomonas (Raynal-Ljutovac et al., 2005). Conteúdo de proteína e gordura Não há regulamentações globais no que diz respeito aos conteúdos de gordura e proteína que o leite de cabra deve ter (Pirisi et al., 2007). No Brasil segue-se, para o leite inspecionado e distribuído para consumo fluido, uma composição adaptada da estabelecida para bovinos, que nem sempre são adequados ao leite de cabra, e nos laudos vem a ressalva de produto fora dos padrões... A Normativa 51, legislação sanitária federal sobre a produção de leite, de 2002, exclui o leite de cabra desta atualização dos parâmetros de obtenção e qualidade, portanto a legislação que rege o leite de cabra no Brasil continua sendo a Normativa 37, de A composição do leite também tem um efeito direto sobre as propriedades de acidificação. Uma alta concentração de proteínas e minerais favorece a atividade de bactérias láticas (Raynal-Ljutovac et al., 2005). Características funcionais As características funcionais têm aumentado de importância em esquemas eficientes de melhoramento na indústria do leite de cabra, principalmente nos países Mediterrâneos, devido ao aumento dos custos de produção relativos aos preços do leite e à demanda dos consumidores por segurança, qualidade alimentar a atenção ao bem estar animal (Barillet, 2007). As características funcionais são definidas por Barillet (2007) como aquelas que aumentam a eficiência biológica e econômica não pelo maior rendimento dos produtos, mas pela redução dos custos de produção. O autor menciona que a lista das possíveis características funcionais pode ser grande, incluindo componentes de eficiência alimentar (peso corporal, ingestão de alimentos e reservas corporais), características reprodutivas (precocidade sexual, sazonalidade reprodutiva, fertilidade), prolificidade, habilidade de ordenha (morfologia de úbere, velocidade de ordenha), resistência a doenças (mastite, parasitos internos), adaptabilidade, longevidade, entre outros. Barillet (2007) previne que as correlações entre produção de leite e características funcionais são muitas vezes nulas ou antagônicas, ilustrando a importância de conhecer tais correlações.

5 A seleção para prolificidade pode ter importante impacto econômico em diversas situações, no que diz respeito a caprinos leiteiros, por ser um componente essencial de produtividade (mais animais para comercialização e reposição do plantel). Contudo, há um tamanho da prole ótimo para cada situação, que maximiza o lucro por cabra. Características de tipo A seleção para as características de tipo talvez sejam as que mais tenham sido trabalhadas ao longo do tempo. Por apresentarem estimativas de herdabilidade de moderadas a altas, a seleção massal tem surtido efeito ao longo do tempo e as exposições agropecuárias de uma maneira geral servem como estímulo para os produtores selecionarem animais maiores. Deve-se lembrar que algumas características de tipo são muito importantes na rentabilidade de caprinos leiteiros, como as relacionadas com o conjunto de úbere e as relacionadas com pernas, especialmente para animais criados em sistemas de semiconfinamento ou a pasto. Contudo, as característica de volume e qualidade de leite têm o maior impacto na rentabilidade. Lipólise e Sabor De acordo com Soryal et al. (2005), a característica sabor é o principal critério utilizado pelo consumidor em suas decisões de compra e consumo de queijos de leite de cabra. Segundo Jaubert et al. (1997) as características sensoriais do leite de cabra têm sido pouco estudadas e de forma subjetiva. Contudo o sabor típico caprino é um componente de qualidade de particular importância para a produção dos queijos de leite de cabra. Em sua revisão, observaram que há uma variabilidade individual no sabor e uma relação significativa entre o sabor e a composição do leite. Existem indícios dos efeitos do conteúdo de ácidos graxos livres (AGL), fatores relacionados ao animal (idade, estágio da lactação, produção) e, em menor extensão, o tipo de alimentação. A concentração de AGL, particularmente os de cadeia curta (C4, C6 e C8) tem grande impacto no sabor e aroma dos queijos. Excesso de AGL leva a sabor de ranço, amargo e sabor desagradável, indesejável ao consumidor (Soryal et al., 2005). O sabor caprino geralmente é necessário, mas dependendo do produto final, a intensidade desejável varia. Por exemplo, na produção de queijos maturados ou queijos duros, o sabor do leite (matéria-prima) deve ser mais intenso, para queijos frescos ou iogurtes, moderadamente pronunciado e muito sutil quando for o caso de consumo do leite fluido (Jaubert, 1997), ainda que ocorra algum processamento de leite UHT (Pirisi et al., 2007). A lipólise, segundo Raynal-Ljutovac et al. (2005) corresponde à hidrólise (enzimática) do material gorduroso. É relacionada com o sabor e aroma do leite, com níveis elevados conduzindo a defeitos de sabor no leite de cabra (Jaubert, 1997; Jaubert et al., 1997; Pirisi et al., 2007). Este critério, apesar de aplicado ainda em poucas empresas dedicadas a laticínios, é relevante. A lipólise pode ser espontânea, ligada ao estado

6 fisiológico do animal, como o estágio de lactação, mas também pode fazer parte de seu patrimônio genético. A lipólise pode, ainda, ser induzida por tratamentos mecânicos durante a ordenha e choques térmicos (Morgan & Gaborit, 2001). Mas no Brasil ainda não há uma preocupação com a qualidade sensorial do produto. Na próxima década este aspecto deve ganhar relevância, a exemplo do que começa a acontecer em outros países, como é o caso da França e Noruega, ainda para o leite de cabra que será transformado em queijos finos. Nos Estados Unidos a maior fatia do mercado de queijos de leite de cabra cabe aos queijos frescos (chevrè) e para produzi-los com boa qualidade e bom rendimento é necessário trabalhar com animais que produzam leite com as características adequadas (Soryal et al., 2005). Soryal et al. (2005) obtiveram um rendimento 60% maior de queijos frescos quando produzidos com leite de cabras Nubianas que quando produzidos com leite de cabras Alpinas, mas com textura semelhante do produto final. Ou seja, a composição do leite, como matéria-prima, não influenciou as características sensórias do queijo, apenas características de rendimento (muito importantes em termos econômicos...). Pagamento por qualidade Questão-chave O melhoramento genético não é algo que ocorra do dia para a noite. Assim, o objetivo ou objetivos de seleção precisam ser determinados com vistas ao mercado atual e a expectativa de como será o mercado daqui a alguns anos. Esta visão permite que os produtores alcancem seus objetivos a tempo de usufruir as bonificações por qualidade ou terem melhor colocação de seu produto no mercado. Como a princípio o objetivo de seleção de qualquer produtor de caprinos leiteiros é obter o maior LUCRO possível, desde que respeitados o ambiente e o bem estar dos animais, o raciocínio recai sobre os itens de receita e despesa da atividade, que seriam potencialmente as características a serem incluídas nos objetivos de seleção. O mais freqüente é que incluam as características envolvidas no item receitas, ainda que algumas características que reduzam as despesas algumas vezes sejam incluídas também. Caso sejam várias, o ideal seria compor um índice de seleção, onde a ponderação deve expressar o impacto econômico de cada característica sobre o lucro na atividade. Para tanto é importante conhecer os sistemas de pagamento do leite de cabra, incluindo a bonificação ou penalização por qualidade. Os sistemas de pagamento do leite de cabra por sua qualidade são aplicados apenas em alguns países. Na Europa, segundo Pirisi; Lauret; Dubeuf (2007), os países com o setor bem desenvolvido e que praticam uma política de pagamento por qualidade são França, Espanha, Itália, Grécia, Portugal, Noruega e Holanda. Fora da Europa os autores mencionam os Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Israel e Taiwan, mas esquecem do Brasil.

7 Para que possa ser efetivado o sistema de pagamento por qualidade é necessário que sejam supridos alguns pré-requisitos, conforme listam Pirisi et al. (2007): laboratório qualificado para realizar as análises, logística de coleta de amostras e uma organização inter profissional para garantir a independência das análises. Além disso, um serviço técnico de assistência aos produtores, para melhorar a qualidade do leite. Como algumas vezes as análises são efetuadas pelas indústrias que adquirem o leite, os autores mencionam a preocupação com a veracidade das informações divulgadas. Como dito anteriormente, mesmo para os que atualmente comercializam seu produto sem remuneração adicional por conteúdos de gordura, por exemplo, devem estar atentos, pois esta deve ser a prática de mercado em geral em poucos anos. Segundo com Raynal-Ljutovac et al. (2005), para atender às necessidades dos processadores de leite, bem como dos consumidores finais, os critérios de qualidade de leite foram estabelecidos em muitos países de acordo com requerimentos higiênicos, tecnológicos e sensoriais. Estes critérios fazem parte do sistema de pagamento do leite, o que assegura, em retorno, uma melhor qualidade dos produtos finais (higiênica e sensorial). Segundo com Raynal-Ljutovac et al. (2005), na França, Itália, Estados Unidos, Espanha, Noruega e Holanda, o leite passa por controles regulares para aferir a qualidade do leite de cabra. Além critérios qualitativos como cor e odor do produto, outros critérios incluídos no sistema de pagamento são conteúdos de proteína e gordura no leite, qualidade microbiológica, contagem de células somáticas, imunoglobulinas, inibidores, crioscopia e, opcionalmente, lipólise (caso da França). Nestes sistemas de pagamento bônus e penalidades são aplicados ao preço do leite, em função dos critérios mencionados, sempre envolvendo as expectativas dos consumidores. Para Moioli et al. (2007) não faz sentido a pouca atenção dada aos constituintes do leite em alguns processos de seleção, devido à sua importância econômica que está no processamento do leite em produtos lácteos, onde os conteúdos de gordura e proteína têm uma relevância no mínimo igual à quantidade de leite produzido. Segundo Berry (2008) o aumento de produtividade em termos nacionais, é resultado do aumento de produtividade tanto dentro quanto fora da porteira da fazenda. Os processadores de leite têm uma grande influência no germoplasma utilizado por seus fornecedores, especialmente no que diz respeito à qualidade e sazonalidade de suprimento de leite através de diferentes esquemas de pagamento do leite e qualidade assegurada. Atualmente a maioria do leite comercializado na forma fluida no Brasil não é remunerada por sua composição química nem qualidade microbiológica. Neste caso, o interesse por melhorar o teor de sólidos totais, ou mais especificamente gordura e/ou proteína é pequeno. Mas vale lembrar que a tendência de mercado é que este tipo de pagamento por qualidade se instale. Ademais, mesmo que o produtor não venda o leite, a melhoria na qualidade do leite que ele mesmo processa (modelo verticalizado) só pode lhe trazer benefícios.

8 Das poucas iniciativas no sentido de remuneração por qualidade do leite de cabra no Brasil pode-se citar o exemplo da CCA Laticínios, maior empresa brasileira de processamento de leite de cabra, que no ano de 2007 captou L de leite de cabra. Ela iniciou sua coleta de leite de cabra no Brasil em 1999 e já em 2002 praticava uma política de pagamento por qualidade. Em 2006 agregou ao sistema de pagamento as UFC (Unidades formadoras de colônias). A CCA laticínios pratica a política de remuneração do produto aos caprinocultores apresentada na Tabela 1. Tabela 1. Programa de pagamento do leite de cabra (cru), por qualidade, praticado pela empresa CCA Laticínios, em Preço base do leite = R$ 1,10 Parâmetros de Bonificação Qualidade Nível R$/L Contagem de Células Somáticas (CCS) < cel 0, a , a , a , a , a ,02 > a ,03 Contagem Microbiológica (Unidades < 150 U.F.C. 0,12 Formadoras de Colônia UFC) 150 a 300 U.F.C. 0, a 500 U.F.C. 0, a U.F.C. 0, a 1500 U.F.C. -0, a U.F.C. - 0,04 Acima de U.F.C. -0,08 Extrato Seco Total (EST) 12,5 % 0,06 11,5 % 0,00 10,5 % -0,06 Sazonalidade Produção em mar-ab mai-jun-jul-ago 0,08 Produção em set-out-nov-dez-jan- fev 0,00 Participação em programa de controle de rebanho (Rastreabilidade) 0,02 Observação: Parâmetros para aquisição do leite de cabra in natura: Acidez titulável: 14 a 16 D Gordura: > 3,0% Proteína: > 2,5% Lactose: > 4,0% Sólidos totais: > 11,0% Contagem de células somáticas: < /mL Presença de antibióticos e inibidores: negativo Presença de leite de outras espécies: negativo 1 Cordeiro, P. R. C. Comunicação pessoal. CCA Laticínios, Rio de Janeiro - Brasil

9 Exemplos de outros programas de pagamento por qualidade, praticado em outros países, podem ser observados nas Tabelas de 2 a 5. Tabela 2. Programa de pagamento do leite de cabra com incentivo à qualidade (valores em dólares), nos Estados Unidos. -0,10-0,05 Padrão de 0,10 0,20 0,40 0,50 qualidade > a Contagem em < < < < placas > a Incubação < < < < preliminar > a CCS < < < < < 530 < 530 Ponto crioscópico < 90 < 90 EPP > 90 > 90 > 90 > 90 CCS = Contagem de células somáticas; EPP = Escore de pontos da propriedade. Fonte: Haenlein (2007). Tabela 3. Programa de pagamento do leite de cabra com incentivo à qualidade (valores em euros), na região de Poitou-Charentes, França, especificações de UFC/mL ptos CCS (cel/ml) ptos IgG (g/l) ptos Inib. ptos Lipólise (Meq/100gFM) ptos Crios. ptos Class. Leite média média Leite de ref. R ,6 0 1ª vez 8 <= 1,77 0 > 2% 1 pto/% água Cat. A Cat. B ,6-0,8 0 2ª vez 16 > 1, ,8-1,0 10 3ª vez 75 > 1,77 5 Cat. C > > 1 50 Cat. D > N o análises/mês Leite ref. mês mês mês mês mês mês UFC = Unidades formadoras de colônias; CCS = Contagem, de células somáticas; IgG = Imunoglobulina G; Inib. = Inibidores (presença/ausência); Crioscopia (quantidade de água adicionada); Cat. = categoria Valor de 1 pto: 0,30 euros. Para conteúdo de proteína: preço do grama diferencial (referência 28 g/l, média aritmética de 3 análises por mês), 0,95 euros/g Para conteúdo de gordura: preço do grama diferencial (referência 33 g/l, média aritmética de 3 análises por mês), 0,35 euros/g Fonte: Pirisi et al. (2007).

10 Tabela 4. Programa de pagamento do leite de cabra com incentivo à qualidade, na Espanha. Laticínios Forlactaria e Agrasur (valores em euros) Composição do leite + 0, por grama de gordura Sem pagamento por proteína Qualidade bacteriológica < : + 0, : + 0, : + 0, > : penalização de acordo com o prejuízo Contagem de células somáticas Forlactaria: penalização de + 0, quando CCS > (células/ml) Agrasur: sem pagamento por CCS Inibidores: penalização Prêmio por resfriamento: 0, Fonte: Kalantzopoulos et al. (2004) e Pirisi et al. (2007). Murcia e Andalucia 2000 (valores em pesetas) Composição do leite Valor base: 4,75% de gordura e 3,57% de proteína 2,5 pesetas/ 1% de gordura (acima ou abaixo) 7,5 pesetas/ 1% de gordura (acima ou abaixo) Qualidade bacteriológica < : + 5 pesetas : + 4 pesetas : + 3 pesetas : : - 2 pesetas > : - 4 pesetas Sazonalidade - Meses: 01-02: 68 pesetas 03-06: 65 pesetas 07-08: 68 pesetas 09-12: 73 pesetas Prêmio por resfriamento: 2 pesetas/l de leite Cruzamentos As iniciativas que envolvem cruzamentos absorventes são diversas, e são especialmente indicadas quando as condições ambientais não são as ideais para a introdução direta de animais puros de raças especializadas. Dentre estas iniciativas citamse Gaddour et al. (2008), com trabalho de cruzamento absorvente na Tunísia desde Clark & Sherbon (2000b) concluem que a seleção de algumas raças para melhorar o potencial de produção de queijo, e eles sugerem a raça Nubiana como atrativa para este fim, por se sobressair no rendimento queijeiro entre diversas outras raças, como Alpina, Saanen e Toggenburg, além de seus cruzamentos. Sugerem que o cruzamento com animais da raça Nubiana poderia ser interessante para melhorar a qualidade do leite ou até mesmo inserir alguns animais da raça no rebanho, de forma a melhorar o leite de conjunto. Soryal et al. (2005) fazem a mesma sugestão.

11 Tabela 5. Sistema de pagamento do leite de cabra com incentivo à qualidade, na Noruega (especificações de 2004). Classe UFC/mL CCS (cel/ml) Avaliação sensorial Inibidores e controle de adição de água Elite <= = Sem defeitos de sabor Sem defeitos de sabor Defeitos significativos 3 > > Defeitos fortes N o 2/mês 2/mês 1/mês Crioscopia: 2/ano análises Inibidores: toda coleta Manejo de variações e pagamentos nulos Pagamento Elite: preço com bônus Classes 2 e 3: redução no preço relativo ao aumento Inibidores: sem pagamento e multa Leite anormal: sem pagamento UFC = Unidades formadoras de colônias; CCS = Contagem de células somáticas Fonte: Pirisi et al. (2007). Leite anorma l Há sugestões ainda de criação de raças sintéticas (Barillet, 2007), mas este é um procedimento complexo que exige um número muito grande de animais. Uma possibilidade para aumentar o conteúdo de caseína no leite de cabra seria a utilização de cruzamentos de raças com baixa freqüência de alelos fortes com outra com maior freqüência dos mesmos (Serradilla, 2003). O que não se pode deixar de levar em consideração é o objetivo de seleção. No Brasil, o mercado de leite para consumo direto, o aumento da freqüência de alelos fortes no leite de cabra pode prejudicar este mercado, pela possibilidade de vir a desencadear reações alérgicas aos consumidores. Este é um mercado fiel e que remunera bem o produtor de leite de cabra. Programa de melhoramento Objetivos do melhoramento genético Os objetivos de seleção devem ser definidos pelo interesse econômico da característica e têm grande importância, já que dependem deles as decisões a serem tomadas. No caso das características relacionadas com a qualidade do leite, é necessário que seja claramente estabelecida a destinação que será dada ao leite. No caso de produção de queijos ou venda para laticínio que paga por qualidade (especialmente conteúdo de proteína ou caseína), seria interessante incluir a seleção pelos genes polimórficos das

12 caseínas do leite de cabra. Já no caso de maior processamento do leite para comercialização sob a forma de leite fluido, especialmente para crianças alérgicas à αs1- caseína, a recomendação se inverte. Para os produtores que comercializam o leite fluido há basicamente duas possibilidades de interesse: a produção de leite como único objetivo de seleção ou agregar a este a produção de sólidos totais ou mais especificamente gordura e/ou proteína, dependendo da forma de remuneração vigente ou esperada para os próximos anos. Se o objetivo for aumentar a qualidade do leite de cabra, é necessário definir corretamente esta qualidade, para então propor quais fatores podem ou devem ser incluídos no objetivo de seleção. Qualidade pode ser definida como o potencial de um produto em satisfazer as necessidades, demandas, desejos e expectativas de um consumidor. Contudo, há várias dimensões de qualidade, além de este conceito poder ser diferente de acordo com o consumidor (diferenças culturais, faixa etária, sexo, etc.). Programas de Seleção Apenas nas últimas décadas passou a ser dispensada uma maior atenção ao melhoramento genético de caprinos leiteiros no Brasil. A primeira dificuldade em realizar trabalhos era a junção de dois fatores predominantes: o reduzido tamanho dos rebanhos leiteiros e a falta de controle leiteiro mais antigo. E os trabalhos realizados com os arquivos disponíveis, em sua maior parte, mostraram que não estava ocorrendo progresso genético, apenas uma oscilação aleatória em torno da média (Gonçalves, 1996; Tholon et al., 2001; Gonçalves et al., 2002). Ribeiro (1997) trabalhou com um rebanho pequeno, porém com controle leiteiro iniciado há 15 anos antes, obra de um criador visionário, Sr. José Maria de Almeida Ribeiro. Talvez por este motivo a tendência genética observada, apesar de quadrática, mostrou que a criação foi iniciada com animais de boa produção e ao longo dos anos e acompanhamento da produção das cabras a tendência de ganho anual ao final do estudo era de 5,92 kg/ano para as cabras. O trabalho de dissertação foi finalizado em 1997 (Ribeiro, 1997), mas não o trabalho de criação e melhoramento dos animais. Através de ajustes de manejo e avaliações genéticas sucessivas, ao longo do tempo este rebanho alcançou uma produção média de leite por lactação por cabra elevada. A diferença entre as médias de produção ao longo dos anos pode ser observada na Figura 1. Alguns trabalhos fora do Brasil também mostram a ausência de ganho genético, ou pior, a tendência genética negativa, como é o caso dos resultados de Valencia et al. (2005), que trabalharam com cabras Saanen no México. A tendência fenotípica foi de -37,75 kg de leite por ano, enquanto a tendência genética foi de -4,31 kg para machos e -3,41 kg para fêmeas. Os autores discutem que estas tendências negativas devem-se à ausência de um programa de seleção efetivo. Com caprinos há a vantagem do pequeno intervalo de gerações quando se compara com bovinos, bem como uma idade ao primeiro parto bem menor. Desta forma podem-se alcançar ganhos genéticos anuais bastante expressivos, quando se trabalha da forma correta.

13 Produção de leite por lactação Figura 1. Média de produção de leite de cabra por lactação (kg) por ano, desde o início do controle leiteiro até a finalização do projeto do Capril Serra de Andradas. Para se alcançar ganho genético em um objetivo de seleção composto por diversas características é necessário que sejam ponderados os pesos econômicos para cada característica (Berry, 2008), lembrando que é necessário que haja suficiente variação genética em cada característica e que possam ser quantificadas as diferenças genéticas entre indivíduos (de maneira direta ou por características correlacionadas). Quanto menor for o intervalo de gerações, quanto maior será o ganho genético anual. Barillet (2007) sugere que um consenso precisa ser encontrado se a seleção considera tanto produção de leite quanto seus conteúdos. Este consenso consiste em substituir a produção de leite por uma combinação linear de produção de gordura e produção de proteína, como o principal critério de seleção leiteira, possivelmente combinado com conteúdo de gordura e de proteína se o objetivo global for melhorar simultaneamente produção de leite e conteúdos que significa dizer que para aumentar tanto o rendimento queijeiro quanto a produção de queijos. Lembrando Bourdon (1997), o sucesso de um programa de melhoramento depende não apenas da soma dos detalhes técnicos, nem da compreensão por parte dos produtores da teoria e importância do programa, mas depende, isto sim, do bom senso na aplicação destas teorias dentro dos conceitos técnicos. Segundo ele, os atributos importantes e necessários são o entendimento do programa em si, o uso de informações de qualidade, o consenso nos objetivos e consistência destes objetivos (que animais serão mais úteis ou lucrativos no futuro), simplicidade (quanto menos características forem incluídas no objetivo, tanto melhor) e por fim, mas não menos importante, paciência.

14 O programa de melhoramento de caprinos leiteiros na França tem selecionado indivíduos com alelos fortes para este gene por cerca de 20 anos (Raynal-Ljutovac et al., 2005), o que levou ao aumento de conteúdo tanto de proteína (especialmente caseína) quanto de gordura no leite de cabra. Esta mudança provocou um efeito positivo na produção de queijos. Para organizar um Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiros, no final de 2005, a Embrapa Caprinos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) iniciou seus trabalhos, em cujo principal plano de ação consiste na implementação do 1 Teste de Progênie de Reprodutores Caprinos Leiteiros do Brasil (Facó & Lobo, 2008). A intenção inicial era promover o teste de reprodutores das raças Saanen e Anglonubiana, mas a partir das sugestões de associações e criadores foi incluída também a raça Alpina. No projeto inicial o 1º grupo de reprodutores a serem testados compreenderiam sete reprodutores da raça Saanen, quatro da Anglo-nubiana e quatro da Alpina. Em dezembro de 2005, a ABCC (Associação Brasileira de Criadores de Caprinos) fez a indicação dos reprodutores. Após os contatos e avaliação preliminar dos animais (sanidade e qualidade de sêmen), foi iniciada a coleta de sêmen de 10 reprodutores, sendo cinco da raça Saanen, três da Anglo-nubiana e dois da Alpina (Facó & Lobo, 2008). Apenas 15 rebanhos se dispuseram a participar como colaboradores (fornecer fêmeas para reprodução), sendo dois da raça Anglo-nubiana, um da raça Alpina e 12 da raça Saanen. Porém, para testar os 10 reprodutores, seriam necessários pelo menos 9, 6 e 15 rebanhos Anglo-nubiana, Alpina e Saanen, respectivamente. Já foram inseminadas 677 matrizes (Facó; Lobo, 2008). Além do teste de progênie, o Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiros pretende estruturar o Arquivo Zootécnico Nacional de Caprinos Leiteiros. Depois de longa negociação com os órgãos relacionados ao assunto foi implantado em 2007 o Controle Leiteiro Oficial. O arquivo está estruturado e sendo alimentado com dados mensais de controle leiteiro oficial de 11 rebanhos localizados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Além de produção de leite e seus conteúdos, há o objetivo de avaliar os polimorfismos em genes candidatos com características de produção de leite, estudar erros de genealogia e propor medidas de controle, além de ampliar o banco de DNA das principais raças caprinas exploradas para produção de leite no Brasil (Facó & Lobo, 2008). Polimorfismos das caseínas do leite de cabra (seleção assistida por marcadores) Até o final da década de 1980 acreditava-se que o leite de cabra não possuía a fração de proteína denominada αs1-caseína, que era abundante no leite de vaca (Clark & Sherbon, 2000a). Até o final daquela década, não apenas sabia-se da existência desta fração da caseína no leite de cabra como já se conhecia 7 alelos diferentes que a regiam (Clark & Sherbon, 2000b).

15 O leite de cabra apresenta quatro frações de caseína: αs1, αs2, β- e κ-caseína (Moioli et al., 2007). Os polimorfismos das proteínas do leite, que apresentam herança Mendeliana, têm sido mapeados e seqüenciados. O genótipo dos indivíduos tem sido utilizado na França como critério de seleção, muito precocemente (ao nascimento), tanto para machos quanto para fêmeas, pela utilização de probes específicas de DNA (Serradilla, 2003). αs1-caseína (CSN1S1) Um gene principal como o CSN1S1 pode explicar a maior porção da variação genética total em conteúdo de proteína (Barillet, 2007), chegando a cerca de 50% da variância genética total no conteúdo de proteína da população caprina (Barbieri et al., 1995). O leite de cabra com altos níveis de αs1-caseína apresentam também melhor composição (Jordana et al., 1996), incluindo sólidos totais, gordura, proteína, caseína, fósforo e menor ph que o leite com baixos níveis (Clark & Sherbon, 2000b). Além disso, os altos níveis de αs1-caseína apresentam um tempo de coagulação alongado (desfavorável), mas uma desejável coagulação mais rápida e coalhada resultante mais firma que os com baixos níveis (Clark & Sherbon, 2000a). Segundo Serradilla (2003), um senão dos genótipos com alelos fortes e intermediários da CSN1S1 seria o menor sabor característico dos queijos de leite de cabra produzidos por estes indivíduos, se comparados com os portadores de alelos fracos ou nulos. Ricordeau et al. (1995) estudaram as diferenças nas freqüências alélicas no locus de CSN1S1 dos bodes utilizados nas centrais de inseminação artificial na França de 1975 a Eles relatam que apesar do esquema de seleção para as raças Alpina e Saanen serem o mesmo, a evolução das freqüências alélicas foi diferente. O aumento dos alelos fortes para este gene foi mais elevado na raça Alpina que na raça Saanen. Nos últimos 20 anos muitos estudos relataram o polimorfismo genético no locus CSN1S1, que é responsável pelas variações individuais observadas nos conteúdos de caseína do leite de cabra. Sabe-se, até o memento que há no mínimo 17 variantes observados (Marletta et al., 2007; Moioli et al., 2007), a maioria deles associados a quatro níveis de expressão quantitativa, variando de 0 g.l -1 a 3,5 g.l -1 por alelo. Os alelos A, B 1, B 2, B 3, B 4, C, H e L estão associados com altas quantidades de α-s1 caseína, os alelos E e I com quantidade moderada (~1,1 g.l -1 por alelo) e os alelos D, F e G com baixas quantidades (~0,45 g.l -1 por alelo). Os alelos O 1, O 2 e N são responsáveis pelo fenótipo nulo, correspondente a uma aparente ausência desta fração no leite (Marletta et al., 2007; Moioli et al., 2007). Assim, o leite produzido por cabras com diferentes genótipos de CSN1S1 apresentam uma quantidade variável de α-s1 caseína, variando de 7 g.l -1 em cabras homozigotas para o alelo fortes a 0,9 g.l -1 e 0 g.l -1, respectivamente para as homozigotas para os alelos fracos ou nulos (Marletta et al., 2007).

16 Segundo Barillet (2007), na década de 1990 a seleção de caprinos leiteiros na França, ignorando a informação molecular, produziu tendências genéticas positivas para produção de leite, produção de proteína e conteúdo de proteína e uma evolução positiva de freqüências dos alelos favoráveis de s1-caseína (gene CSN1S1). Estudos de simulação, baseados neste esquema de seleção francesa (Barbieri et al., 1995; Manfredi et al., 1998) mostraram que a informação adicional de genes principais seria útil tanto a curto quanto em longo prazo e aumento tanto em conteúdos de proteína (especialmente caseína) quanto de gordura (Grosclaude et al, 1994). Sánchez et al. (2005), através de estudo de simulação, também chegaram a resultados semelhantes e ressaltaram a possibilidade de fixação mais rápida de alelos fortes. O estudo do polimorfismo das caseínas do leite de cabra também têm sido utilizado para caracterizar populações locais em diferentes países, inclusive para ilustrar a variabilidade genética existente nas características leiteiras destas raças (Ouni et al., 2007). Além de auxiliar no entendimento de estruturas populacionais, conhecer a freqüência alélica do polimorfismo da caseína do leite de cabra pode ajudar a entender a evolução genética de grupos raciais, muitas vezes devida à seleção natural em ambientes menos favoráveis (Ouni et al., 2007). Silva et al. (2007) estudaram o polimorfismo da caseína do leite de cabra em Pernambuco, e com as raças Alpina Americana, Moxotó e animais SRD, e demostraram a proximidade genética entre animais Moxotó e SRD. α-s2 caseína (CSN1S2) Há no mínimo 8 alelos identificados no polimorfismo da CSN1S2 (Moioli et al., 2007), associados a três níveis de síntese. A quantidade de α-s2 caseína foi associada com propriedades alergênicas do leite, com os alelos A, B, C, E e F com maior potencial alergênico que os alelos D e O (Marletta et al., 2004). Algumas pesquisas também têm sido realizadas sobre o polimorfismo de outras caseínas do leite de cabra (α-s2 caseína (CSN1S2) e β-caseína (CSN2)). Segundo Serradilla (2003), em ambos os casos a variante nula apresenta um efeito importante no conteúdo de caseína. β-caseína (CSN2) Durante muito tempo a β-caseína foi considerada monomórfica, até que foi descoberta a existência de um fenótipo nulo em algumas raças caprinas (Moioli et al., 2007). Atualmente há cinco alelos identificados. Três deles diferem apenas pela substituição de um aminoácido (A, B e C), associados aos níveis de síntese normais e dois alelos nulos.

17 κ-caseína (CSN3) Há 16 alelos observados até o momento (Moioli et al., 2007), dos quais 13 são variantes protéicos e 3 são mutações nulas. O interesse de alguns pesquisadores tem se voltado para a κ-caseína, que está localizada na superfície das micelas e tem mostrado seus efeitos nas propriedades tecnológicas do leite de cabra. A adição dos genótipos CSN3 como um critério adicional pode beneficiar a seleção das propriedades relacionadas à produção de queijos (Marletta et al., 2007). Caseína haplotipo É sabido que os genes de caseína estão organizados em agrupamentos na ordem CSN1S1, CSN2, CSN1S2 e CSN3 (Moioli et al., 2007), num segmento do cromossomo 6 (Barillet, 2007). Devido a essa associação entre os genes de caseína, a estimação da correlação entre as variantes de caseína e características de produção de leite de cabra poderiam ser otimizadas com a utilização das informações em conjunto ao invés de genes isolados (Marletta et al., 2007; Moioli et al., 2007). Parâmetros genéticos das características quantitativas As características mais usuais na produção de leite incluem a própria produção de leite, a produção de gordura, produção de proteína e conteúdos de gordura e de proteína. Os parâmetros genéticos destas características foram estudados em diversos trabalhos e são relativamente bem conhecidos. Algumas estimativas de herdabilidade e repetibilidade de características de interesse econômico em caprinos leiteiros podem ser observadas na Tabela 6. Clark & Sherbon (2002a) calcularam as correlações fenotípicas entre diferentes componentes do leite de cabra, αs1-caseína e propriedade de coagulação do leite, como pode ser observado na Tabela 7.

18 Tabela 6. Estimativas de herdabilidade (h 2 ) e reprtibilidade (t) de características de importância econômica de caprinos leiteiros. Autor/ano h 2 t Idade ao primeiro parto Gonçalves (1996) 0,22 e 0,27 - Ribeiro (1997) 0,14 - Intervalo de partos Gonçalves (1996) 0,04 e 0,0003 0,10 e 0,09 Ribeiro (1997) 0,09 0,09 Produção de leite Bishop et al. (1995) 0,29 - Analla et al. (1996) 0,18 0,39 Gonçalves (1996) 0,30 e 0,22 0,28 e 0,22 Ribeiro (1997) 0,09 0,20 Bélichon et al. (1998) 0,32-0,34 - Breznik et al. (2000) 0,20 - Tholon et al. (2001) 0,37 0,52 Valencia et a. (2006) 0,22 0,40 Barillet (2007) ~0,30 - Duração da lactação Gonçalves (1996) 0,11 e 0,12 0,11 e 0,12 Ribeiro (1997) 0,06 0,11 Valencia et a. (2006) 0,04 0,11 Barillet (2007) ~0,30 - Produção de gordura Iloeje & Van Vleck (1978) 0,22 a 0,51 - Bélichon et al. (1998) 0,37-0,40 - Conteúdo de gordura (%) Iloeje & Van Vleck (1978) 0,10 a 0,29 0,35 Analla et al. (1996) 0,16 0,36 Bélichon et al. (1998) 0,58-0,60 - Breznik et al. (2000) 0,18 - Barillet (2007) ~0,50-0,60 - Produção de proteína Bélichon et al. (1998) 0,34-0,36 - Barillet (2007) ~0,30 - Conteúdo de proteína (%) Analla et al. (1996) 0,25 0,47 Bélichon et al. (1998) 0,50-0,58 - Breznik et al. (2000) 0,24 - Barillet (2007) ~0,50-0,60 - Conteúdo de lactose Breznik et al. (2000) 0,23 - Sabor do leite Iloeje & Van Vleck (1978) 0,25 0,28 Velocidade de ordenha Barillet (2007) 0,54 a 0,65 - Características lineares de tipo Luo et al. (1997) 0,16 a 0,42 -

19 Tabela 7. Correlações de Pearson entre composição do leite de cabra e propriedades de coagulação. ST SNG G P CN αs1 TC TxC SNG 0,64 *** G 0,93 *** 0,32 *** P 0,53 *** 0,84 *** 0,25 ** CN 0,44 ** 0,76 *** 0,15 0,92 *** αs1 0,32 *** 0,33 *** 0,23 * 0,33 *** 0,51 *** TC 0,15 * 0,33 ** 0,02 0,40 *** 0,30 0,26 * TxC 0,59 *** 0,64 *** 0,44 *** 0,70 *** 0,48 ** 0,09-0,02 FC 0,50 *** 0,43 *** 0,44 *** 0,37 ** 0,31 0,17 0,33 ** 0,65 *** ST = sólidos totais; SNG = sólidos não gordurosos; G = gordura; P = proteína; CN = caseína total; αs1 = αs1-caseína; TC =tempo de coagulação; TxC = taxa de coagulação; FC = firmeza da coalhada. *P<0,05; **P<0,01; ***P<0,001. Fonte: Clark & Sherbon (2002a). Iloeje & Van Vleck (1978) revisaram as correlações entre produção de leite e tempo de ordenha e sabor do leite, relatando valores de 0,37 e 0,77, respectivamente. Os autores também relataram correlação entre sabor do leite e conteúdo de gordura de 0,19. Segundo Barillet (2007) a velocidade de ordenha apresenta correlação positiva com produção de leite (0,10). As correlações entre produção de leite e posicionamento de tetos ou profundidade de úbere são de levemente a claramente antagônicas (-0,10 a -0,55). Desafios e futuro Quanto de leite uma cabra pode chegar a produzir? Os animais que são expoentes em produção de leite ou em componentes do leite são uma possibilidade de se vislumbrar o potencial genético dos caprinos leiteiros. Muitas vezes as condições ambientais em que são mantidos são muito boas e não traduzem a rotina de uma propriedade leiteira, mas tem sua função de divulgação. Haenlein (2007) relaciona as cabras que mais produziram leite, em todos os tempos de controle, dos Estados Unidos (Tabela 8), mencionando o potencial das cabras em produzir leite e, conseqüentemente, de gerar alimentos e receita proveniente de sua comercialização. Os valores apresentados são realmente elevados, especialmente a da cabra da raça Toggenburg, que apresentou uma produção média de 11,9 kg em lactação de 305 dias. Outro ponto que chama a atenção são os valores apresentados como os maiores de todos os tempos terem sido obtidos todos antes do ano 2000.

20 Tabela 8. Cabras líderes em produção de leite nos Estados Unidos. Raça Ano da PL Idade (anos e meses) DL (dias) PL total (kg) PL diária (kg) PG (kg) PP (kg) Alpina Americana / , La Mancha / , Nubiana / , Oberhasli (Alpina) / , Saanen / , Toggenburg / , DL = Duração da lactação; PL= produção de leite; PG = produção de gordura; PP = produção de proteína Fonte: Adaptado de Haenlein (2007) e ADGA (2008). Ribeiro & Ribeiro (2008) fizeram um levantamento das cabras mais produtivas no Brasil, participantes de torneios leiteiros (6 ordenhas realizadas em 72 horas de competição). Dentre as 6 cabras mais produtivas, todas são da raça Saanen e os valores produzidos na média dos 3 dias dos torneiros leiteiros podem ser observados na Tabela 9. Todos os animais pertenciam à categoria cabra adulta (acima de 4 anos de idade). Tabela 9. Cabras mais produtivas em torneios leiteiros no Brasil. Colocação Nome da cabra Raça Produção diária (kg) Ano 1ª Mel do Capril Mantiqueira Saanen 11, ª Milena da Toca do Vovô Saanen 10, ª Tatine do Geneve Saanen 10, ª Milene do Capril JCR Saanen 10, ª Desiree do Geneve Saanen 10, ª Ostra da Serra de Andradas Saanen 10, Por fim, para o leite fluido já se sinaliza a possibilidade de produção de medicamentos (hg-csf - Fator Estimulante de Colônias de Granulócitos humano, utilizado em casos de imunodeficiência, através da transgênese, inclusive com os primeiros cabritos produzidos com esta tecnologia nascidos em março deste ano no Brasil, em Fortaleza (um casal da raça Canindé) (UECE, 2008). Considerações finais O objetivo de seleção de caprinos leiteiros passa, indiscutivelmente, pela qualidade do leite, tanto para o consumo quanto para sua transformação na indústria, mas está focado na rentabilidade do negócio. O ideal seria um modelo em que a seleção conduzisse ao aumento da rentabilidade para todos os elos da cadeia produtiva, mas nem sempre isto é possível.

21 Com relação ao aspecto nutricional do leite de cabra, há indiscutíveis benefícios à saúde relacionados a diversos problemas médicos, tais como subnutrição, desordens gastro-intestinais e alergias às proteínas do leite de vaca (Marletta et al., 2007). Infelizmente, a maioria dos estudos que confirmam estes benefícios foi conduzida com leite de conjunto, o que não caracteriza a influência dos polimorfismos das caseínas nestas importantes características nutricionais e funcionais. Urge conscientizar os produtores de rebanhos elite que os objetivos de seleção devem ser convergentes com os objetivos da indústria. A seleção apenas para tipo, ainda que funcional, é sedutora, principalmente por se basear em característica com valores de herdabilidade moderado a altos e, portanto, passível de seleção massal e com resposta relativamente rápida, mas não conduzirá a este desejo comum: Lucro. Muitas vezes o problema é que os criatórios que se auto-intitulam criatórios elite querem o status e o lucro desta classificação, mas muitas vezes nem têm idéia do que realmente é um rebanho elite. Encontram-se muitos produtores que acreditam que todos os seus cabritos são reprodutores (e não apenas os 5 que deveriam merecer tal incumbência). Características que fazem parte do objetivo de seleção deveriam também levar em conta outros elos da cadeia produtiva do leite de cabra, desde o produtor até a casa do consumidor. Por fim, para um ganho genético máximo ocorrer, os produtores precisam ser recompensados financeiramente por seus esforços. Literatura Citada ADGA. American Dairy Goat Association. Performance leaders. Disponível em: < Acesso em 14 fev ANALLA, M.; JIMÉNEZ-GAMERO, I.; MUÑOZ-SERRANO, A.; SERRADILLA, J. M.; FALAGÁN, A. Estimation of genetic parameters for milk yield and fat and protein contents of milk from Murciano-Granadina goats. Journal of Dairy Science, v. 79, p , BARILLET, F. Genetic improvement for dairy production in sheep and goats. Small Ruminant Research, v. 68, p , BERRY, D. P. Genetics a tool to improve productivity and profitability. International Journal of Dairy Technology, v. 61, n. 1, p , BOURDON, R. M. Understanding animal breeding. New Jersey: Prentice-Hall p. BREZNIK, S.; MALOVRH, S.; KOVAC, M.; BIRTIC, D.; KOMPAN, D. Additive genetic and environmental variance components for milk traits in goat with test day model. Zootehnika, v. 76, n. 1, p , 2000.

Normas da ABNT. ABNT NBR 10520/2002 Citações. ABNT NBR-6023/2002 Referências 24/06/2010

Normas da ABNT. ABNT NBR 10520/2002 Citações. ABNT NBR-6023/2002 Referências 24/06/2010 Normas da ABNT Anamaria C. Ribeiro ABNT NBR 10520/2002 Esta norma estabelece como deverão ser as citações das obras consultadas. ABNT NBR-6023/2002 Referências Esta norma estabelece e fixa a ordem dos

Leia mais

20/05/2011. Leite de Qualidade. Leite de qualidade

20/05/2011. Leite de Qualidade. Leite de qualidade Leite de Qualidade Leite de qualidade 1 2 3 4 5 6 1 7 8 Histórico LEGISLAÇÃO DO LEITE NO BRASIL Getúlio Vargas 29 de março de 1952 RIISPOA Decreto nº 30.691 Brasil Mercosul (Anos 90) Ministério da Agricultura

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Melhoramento Animal Código: VET224 Curso: Medicina Veterinária Semestre de oferta: 4 Faculdade responsável: Medicina Veterinária Programa em vigência a partir de: Créditos:

Leia mais

MELHORAMENTO GENÉTICO E CRUZAMENTOS DE OVINOS

MELHORAMENTO GENÉTICO E CRUZAMENTOS DE OVINOS UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE ZOOTECNIA OVINOCULTURA MELHORAMENTO GENÉTICO E CRUZAMENTOS DE OVINOS André Gustavo Leão Dourados - MS, 09 de outubro de 2013

Leia mais

Leite de qualidade LEGISLAÇÃO DO LEITE NO BRASIL. Leite de Qualidade. Histórico 30/06/ Portaria 56. Produção Identidade Qualidade

Leite de qualidade LEGISLAÇÃO DO LEITE NO BRASIL. Leite de Qualidade. Histórico 30/06/ Portaria 56. Produção Identidade Qualidade Leite de Qualidade Leite de qualidade Histórico LEGISLAÇÃO DO LEITE NO BRASIL Getúlio Vargas 29 de março de 1952 RIISPOA Decreto nº 30.691 Brasil Mercosul (Anos 90) Ministério da Agricultura 1998 Grupo

Leia mais

Entendendo os Resultados

Entendendo os Resultados Entendendo os Resultados Clarifide são marcadores de DNA que predizem o potencial genético de cada animal. Clarifide Dairy é um painel de 6.000 marcadores (6K) para 30 características de produção, saúde

Leia mais

Seleção. Teste da progênie e seleção de sêmen. Resposta à seleção. Intensidade de seleção. Diferencial de seleção (s) Diferencial de seleção (s)

Seleção. Teste da progênie e seleção de sêmen. Resposta à seleção. Intensidade de seleção. Diferencial de seleção (s) Diferencial de seleção (s) Seleção e seleção de sêmen Escolha dos pais da futura geração. É um processo sistemático de mudança genética. A seleção tende a mudar a frequência gênica em uma maneira desejada tanto em direção quanto

Leia mais

Agricultura familiar na atividade leiteira no Brasil: Pressupostos e proposta metodológica

Agricultura familiar na atividade leiteira no Brasil: Pressupostos e proposta metodológica Agricultura familiar na atividade leiteira no Brasil: Pressupostos e proposta metodológica Duarte Vilela Embrapa Gado de Leite vilela@cnpgl.embrapa.br O que é produção familiar (i) direção dos trabalhos

Leia mais

23 e 24 de setembro de Centro de Convenções da Unicamp Campinas SP CAPRILAT. Paulo Roberto Celles Cordeiro Medico Veterinário

23 e 24 de setembro de Centro de Convenções da Unicamp Campinas SP CAPRILAT. Paulo Roberto Celles Cordeiro Medico Veterinário 23 e 24 de setembro de 2014 Centro de Convenções da Unicamp Campinas SP Paulo Roberto Celles Cordeiro Medico Veterinário CAPRILAT São Paulo 1954 2 1 Destinação do leite de cabra Uso terapêutico (medicinal)

Leia mais

Mastite ou mamite é um processo inflamatório da glândula mamária causada pelos mais diversos agentes. Os mais comuns são as bactérias dos gêneros

Mastite ou mamite é um processo inflamatório da glândula mamária causada pelos mais diversos agentes. Os mais comuns são as bactérias dos gêneros 1 Mastite ou mamite é um processo inflamatório da glândula mamária causada pelos mais diversos agentes. Os mais comuns são as bactérias dos gêneros estreptococos e estafilococos, além dos coliformes. A

Leia mais

Bom dia... Manejo e Aleitamento Artificial de Cabritos. Programa. Mas tem mais... Importância do aleitamento Objetivos

Bom dia... Manejo e Aleitamento Artificial de Cabritos. Programa. Mas tem mais... Importância do aleitamento Objetivos Bom dia... Manejo e Aleitamento Artificial de Cabritos * * * Prof. Dr. Silvio Doria de Almeida Ribeiro Profa. Dra. Anamaria Cândido Ribeiro 1/39 Programa Introdução Introdução Cuidados com o recém- nascido

Leia mais

Guia de Utilização Bovinfor

Guia de Utilização Bovinfor Guia de Utilização Bovinfor ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESTAÇÃO DE APOIO À BOVINIVULTURA LEITEIRA BOVINFOR O BOVINFOR é a Base de Dados Nacional para o armazenamento da informação produtiva, reprodutiva

Leia mais

Fatores que afetam a quantidade e a composição do leite

Fatores que afetam a quantidade e a composição do leite 6PIV026 - Inspeção de Leite e Derivados Fatores que afetam a quantidade e a composição do leite Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL vbeloti@uel.br lipoa.uel@gmail.com 13 de Dezembro de 2016 Leite Produto

Leia mais

Exterior do Suíno. Exterior do Suíno

Exterior do Suíno. Exterior do Suíno Exterior do Suíno Cabeça tamanho médio, bem implantada e com boa conformação; Pescoço bem implantado em relação à cabeça e à paleta; Paletas bem cobertas de carne e lisas; Arqueamento médio do dorso; Lombo

Leia mais

INTRODUÇÃO AO MELHORAMENTO ANIMAL

INTRODUÇÃO AO MELHORAMENTO ANIMAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA MELHORAMENTO ANIMAL INTRODUÇÃO AO MELHORAMENTO ANIMAL 1. HISTÓRICO: - Mudança da condição

Leia mais

PROCESSO SELETIVO 2017/1 Mestrado Nutrição e Produção Animal Campus Rio Pomba ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA. Leia, com atenção, antes de começar!

PROCESSO SELETIVO 2017/1 Mestrado Nutrição e Produção Animal Campus Rio Pomba ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA. Leia, com atenção, antes de começar! ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA Leia, com atenção, antes de começar! 1. Este Caderno de Prova contém 10 (dez) questões: 5 (cinco) questões: Linha de Pesquisa 1. Nutrição e Produção de Bovinos; 5 (cinco) questões:

Leia mais

REGULAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO COM TOUROS NO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORAMENTO DO GIR LEITEIRO PRÉ-SELEÇÃO E TESTE DE PROGÊNIE

REGULAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO COM TOUROS NO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORAMENTO DO GIR LEITEIRO PRÉ-SELEÇÃO E TESTE DE PROGÊNIE REGULAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO COM TOUROS NO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORAMENTO DO GIR LEITEIRO PRÉ-SELEÇÃO E TESTE DE PROGÊNIE CAPÍTULO I REQUISITOS DO PROPRIETÁRIO Art.1º - O interessado em inscrever touro

Leia mais

Decifrando os catálogos de sêmen

Decifrando os catálogos de sêmen Decifrando os catálogos de sêmen Anamaria Cândido Ribeiro Silvio Doria de Almeida Ribeiro Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutorando em Zootecnia; Capritec Planejamento, Consultoria e Assistência Técnica

Leia mais

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Biologia Aplicada Aula 7

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Biologia Aplicada Aula 7 Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Biologia Aplicada Aula 7 Professor Antônio Ruas 1. Créditos: 60 2. Carga horária semanal: 4 3. Semestre: 1 4.

Leia mais

Gordura (g/100g) Mínimo de 3,0. Sólidos Não-Gordurosos (g/100g) Mínimo de 8,4. Acidez em ácido lático (g/100ml) 0,14 a 0,18

Gordura (g/100g) Mínimo de 3,0. Sólidos Não-Gordurosos (g/100g) Mínimo de 8,4. Acidez em ácido lático (g/100ml) 0,14 a 0,18 1. INTRODUÇÃO Atualmente se compreende como leite de qualidade os que seguem os parâmetros de composição química eigidos pela Instrução Normativa Nº62 (IN 62) do MAPA e que sejam seguidos procedimentos

Leia mais

A DEP é expressa na unidade da característica avaliada, sempre com sinal positivo ou negativo:

A DEP é expressa na unidade da característica avaliada, sempre com sinal positivo ou negativo: Melhoramento Genético A contínua evolução da pecuária de corte faz com que a Marca OB, sempre presente na vanguarda da produção pecuária, oferece a seus clientes o que há de mais moderno em melhoramento

Leia mais

CRIAÇÃO DE NOVILHAS DESMAMA AO PRIMEIRO PARTO 34) TAXA DE CRESCIMENTO Michel A. Wattiaux Babcock Institute

CRIAÇÃO DE NOVILHAS DESMAMA AO PRIMEIRO PARTO 34) TAXA DE CRESCIMENTO Michel A. Wattiaux Babcock Institute Instituto Babcock para Pesquisa e Desenvolvimento da Pecuária Leiteira Internacional University of Wisconsin-Madison Essenciais em Gado de Leite CRIAÇÃO DE NOVILHAS DESMAMA AO PRIMEIRO PARTO 34) TAXA DE

Leia mais

Delineamento de programas de melhoramento animal

Delineamento de programas de melhoramento animal Delineamento de programas de melhoramento animal Fabio Luiz Buranelo Toral Animal breeding programs: systema5c approach to their design (1984) D.L. Harris; T.S. Stewart; C.R. Arboleda Advances in agricultural

Leia mais

Criação de Novilhas Leiteiras

Criação de Novilhas Leiteiras Criação de Novilhas Leiteiras Introdução Tópicos Objetivos da criação de novilhas Estimativa do número de novilhas no rebanho Manejo da Novilha Considerações Econômicas (Criar ou Terceirizar?) Salvador,

Leia mais

SORGO - UMA BOA ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO

SORGO - UMA BOA ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO Data: Junho/2001 SORGO - UMA BOA ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO Estamos iniciando a colheita de uma safra de Sorgo, que segundo estimativas deve girar ao redor de 1,350 a 1,500 milhões

Leia mais

JÁ IMAGINOU UMA SOLUÇÃO COM 100% DE MELHORAMENTO GENÉTICO PRONTA PARA ACELERAR O FUTURO DO SEU REBANHO?

JÁ IMAGINOU UMA SOLUÇÃO COM 100% DE MELHORAMENTO GENÉTICO PRONTA PARA ACELERAR O FUTURO DO SEU REBANHO? JÁ IMAGINOU UMA SOLUÇÃO COM 100% DE MELHORAMENTO GENÉTICO PRONTA PARA ACELERAR O FUTURO DO SEU REBANHO? DESEMPENHO PRODU TIVI DADE A ABS está lançando um novo conceito no mercado de genética bovina: o

Leia mais

Alimentação das Crias: Aleitamento

Alimentação das Crias: Aleitamento Alimentação das Crias: Aleitamento Profa. Dra. Aurora M. G. Gouveia Médica Veterinária Sanitarista. Professora da Escola de Veterinária da UFMG aurora@vet.ufmg.br Dra. Heloisa H. Magalhães Médica Veterinária.

Leia mais

Tipificação e Classificação de Carcaças Bovinas (1/3) Será feita uma revisão bibliográfica seguindo o cronograma abaixo:

Tipificação e Classificação de Carcaças Bovinas (1/3) Será feita uma revisão bibliográfica seguindo o cronograma abaixo: Tipificação e Classificação de Carcaças Bovinas (1/3) Será feita uma revisão bibliográfica seguindo o cronograma abaixo: 1. Introdução e uma rápida revisão bibliográfica sobre o assunto. 2. Classificação

Leia mais

Genética Quantitativa I Capítulo 11. Seleção

Genética Quantitativa I Capítulo 11. Seleção Genética Quantitativa I Capítulo 11. Seleção Profa. Dra. Sandra Aidar de Queiroz Departamento de Zootecnia FCAV UNESP Outubro de 2012 A resposta e sua predição Mudanças nas propriedades genéticas da população:

Leia mais

TÍTULO: QUEIJO MEIA CURA COM IMERSÃO EM BEBIDAS ALCOÓLICAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS

TÍTULO: QUEIJO MEIA CURA COM IMERSÃO EM BEBIDAS ALCOÓLICAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS TÍTULO: QUEIJO MEIA CURA COM IMERSÃO EM BEBIDAS ALCOÓLICAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA AUTOR(ES): THALITA ALVES DE

Leia mais

Cruzamento em gado de corte. Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes Zootecnista, DSc Pesquisador Embrapa Gado de Corte

Cruzamento em gado de corte. Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes Zootecnista, DSc Pesquisador Embrapa Gado de Corte Cruzamento em gado de corte Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes Zootecnista, DSc Pesquisador Embrapa Gado de Corte Resumo Introdução: Cruzamento o que é? Por que? Aspectos/conceitos importantes Sistemas

Leia mais

Estudo da produção de leite de caprinos da raça Saanen do IFMG Campus Bambuí

Estudo da produção de leite de caprinos da raça Saanen do IFMG Campus Bambuí Estudo da produção de leite de caprinos da raça Saanen do IFMG Campus Bambuí Larisse PEREIRA 1,2, ; André DuarteVIEIRA 1,3 ; Vanessa Daniella ASSIS 2 ; André Luís da Costa PAIVA 4 ; Rafael Bastos TEIXEIRA

Leia mais

Características da vaca O que esperar de uma vaca. que afetam a economia. de produção de leite. leiteira. Vidal Pedroso de Faria.

Características da vaca O que esperar de uma vaca. que afetam a economia. de produção de leite. leiteira. Vidal Pedroso de Faria. Características da vaca O que esperar de uma vaca que afetam a economia leiteira de produção de leite Vidal Pedroso de Faria vpdfaria@gmail.com A responsabilidade das vacas em lactação na fazenda leiteira

Leia mais

GENÉTICA QUANTITATIVA

GENÉTICA QUANTITATIVA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA MELHORAMENTO ANIMAL GENÉTICA QUANTITATIVA CONCEITOS ESTATÍSTICOS USADOS NO MELHORAMENTO

Leia mais

CRUZAMENTO ENTRE RAÇAS

CRUZAMENTO ENTRE RAÇAS CRUZAMENTO ENTRE RAÇAS É SEMPRE A MELHOR OPÇÃO? (16) 3362 3888 www.crigenetica.com.br É muito comum nos depararmos com produtores, técnicos e demais pessoas envolvidas na atividade leiteira fazendo a seguinte

Leia mais

CONSUMO DE PRODUTOS LÁCTEOS E RENDA FAMILIAR DE GESTANTES E NUTRIZES DE FORTALEZA

CONSUMO DE PRODUTOS LÁCTEOS E RENDA FAMILIAR DE GESTANTES E NUTRIZES DE FORTALEZA CONSUMO DE PRODUTOS LÁCTEOS E RENDA FAMILIAR DE GESTANTES E NUTRIZES DE FORTALEZA Maria do Socorro Gomes de Oliveira Nadia Tavares Soares Emanuel Diego dos Santos Penha Marcelo Gurgel Carlos da Silva Universidade

Leia mais

Análise da qualidade do leite em pequenas propriedades de Barbacena

Análise da qualidade do leite em pequenas propriedades de Barbacena Análise da qualidade do leite em pequenas propriedades de Barbacena Túlio Gomes Justino, Lucas Augusto de Andrade, Wallacy Augusto de Oliveira, João Felipe Amaral, Luis Fernando de Moraes, Wellyngton Tadeu

Leia mais

8/22/13. Agenda. 1. Porque a CCS é um problema atual?! Fatores de risco de mastite subclínica em vacas leiteiras e implicações econômicas!

8/22/13. Agenda. 1. Porque a CCS é um problema atual?! Fatores de risco de mastite subclínica em vacas leiteiras e implicações econômicas! Agenda Fatores de risco de mastite subclínica em vacas leiteiras e implicações econômicas! Marcos Veiga dos Santos! QualiLeite Lab. Pesquisa em Qualidade do Leite! FMVZ-USP! 1. Porque a CCS é um problema

Leia mais

Melhoramento genético Evolução e novas tecnologias

Melhoramento genético Evolução e novas tecnologias 24/09/2011 Melhoramento genético Evolução e novas tecnologias Prof. Dr. José Bento Sterman Ferraz Departamento de Ciências Básicas Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Universidade de São Paulo

Leia mais

Pesquisa: resfriamento bem-sucedido de vacas leiteiras na Itália

Pesquisa: resfriamento bem-sucedido de vacas leiteiras na Itália Pesquisa: resfriamento bem-sucedido de vacas leiteiras na Itália Os produtores de leite em regiões quentes estão familiarizados com o impacto negativo do estresse calórico sobre o desempenho de suas vacas.

Leia mais

Redução da contagem bacteriana na propriedade

Redução da contagem bacteriana na propriedade Redução da contagem bacteriana na propriedade Marcos Veiga dos Santos Agenda Fontes de contaminação do leite Redução da Contagem Bacteriana Total (CBT); Limpeza de equipamentos e utensílios Resfriamento

Leia mais

Instrução Normativa 51. Qualidade do leite. Contagem Bacteriana Total. Células Somáticas. Ordenhador ideal? Manejo de ordenha e conservação

Instrução Normativa 51. Qualidade do leite. Contagem Bacteriana Total. Células Somáticas. Ordenhador ideal? Manejo de ordenha e conservação 2 Ordenhador ideal? 3 Instrução Normativa 51 Qualidade do leite Sanidade da Glândula Mamária Manejo de ordenha e conservação Células Somáticas Contagem Bacteriana Total 5 6 1 LEITE Qualidade nutricional

Leia mais

TECNOLOGIA E CONFIABILIDADE DOS COLETORES DE AMOSTRAS INDIVIDUAIS DE LEITE DOS ANIMAIS IV CBQL FLORIANÓPOLIS - SC

TECNOLOGIA E CONFIABILIDADE DOS COLETORES DE AMOSTRAS INDIVIDUAIS DE LEITE DOS ANIMAIS IV CBQL FLORIANÓPOLIS - SC TECNOLOGIA E CONFIABILIDADE DOS COLETORES DE AMOSTRAS INDIVIDUAIS DE LEITE DOS ANIMAIS IV CBQL FLORIANÓPOLIS - SC JOSÉ AUGUSTO HORST horst@holandesparana.com.br (41) 2105-1723 Gerente PARLPR ASSOCIAÇÃO

Leia mais

QUALIDADE FÍSICO-QUIMICA E DE CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS DO LEITE DE OVELHAS DA RAÇA LACAUNE

QUALIDADE FÍSICO-QUIMICA E DE CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS DO LEITE DE OVELHAS DA RAÇA LACAUNE QUALIDADE FÍSICO-QUIMICA E DE CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS DO LEITE DE OVELHAS DA RAÇA LACAUNE Daiane Karen WENTZ 1, Luisa Wolker FAVA 2 1 Bolsista PIBIC- edital n 74/2014, 2 Orientador IFC-Campus Concórdia).

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Biológicas Departamento de Genética BG403 - GENÉTICA ANIMAL. Lista de Exercícios

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Biológicas Departamento de Genética BG403 - GENÉTICA ANIMAL. Lista de Exercícios UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Biológicas Departamento de Genética Profa Angelica Boldt BG403 - GENÉTICA ANIMAL Lista de Exercícios T7 GENÉTICA DE POPULAÇÕES 1) As propriedades genéticas

Leia mais

Conceito de Estatística

Conceito de Estatística Conceito de Estatística Estatística Técnicas destinadas ao estudo quantitativo de fenômenos coletivos, observáveis. Unidade Estatística um fenômeno individual é uma unidade no conjunto que irá constituir

Leia mais

Atualização em manejos e nutrição de cachaços. Izabel Regina Muniz Médica Veterinária Gerente Nacional de Suinocultura Poli Nutri Alimentos

Atualização em manejos e nutrição de cachaços. Izabel Regina Muniz Médica Veterinária Gerente Nacional de Suinocultura Poli Nutri Alimentos Atualização em manejos e nutrição de cachaços Izabel Regina Muniz Médica Veterinária Gerente Nacional de Suinocultura Poli Nutri Alimentos Introdução Otimizar a qualidade do ejaculado e a possibilidade

Leia mais

Jersey da Nova Zelândia Eficiência na conversão de pastagem em leite. Ross Riddell - Roscliff Jersey, Presidente da Jersey New Zealand

Jersey da Nova Zelândia Eficiência na conversão de pastagem em leite. Ross Riddell - Roscliff Jersey, Presidente da Jersey New Zealand Jersey da Nova Zelândia Eficiência na conversão de pastagem em leite Ross Riddell - Roscliff Jersey, Presidente da Jersey New Zealand Nova Zelândia 4,4 milhões de pessoas; Um longo caminho entre a produção

Leia mais

Melhoramento de espécies autógamas

Melhoramento de espécies autógamas Universidade Federal de Rondônia Curso de Eng. Florestal Melhoramento genético Florestal Melhoramento de espécies autógamas Emanuel Maia www.lahorta.acagea.net emanuel@unir.br Apresentação Introdução Efeitos

Leia mais

Composição do leite cabra LEITE DE CABRA 31/03/2013. Leite de cabra - alimento funcional. Água 88,6 3,28. Gordura 4,29 3,20. Lactose Proteínas 11,4

Composição do leite cabra LEITE DE CABRA 31/03/2013. Leite de cabra - alimento funcional. Água 88,6 3,28. Gordura 4,29 3,20. Lactose Proteínas 11,4 Composição do leite cabra Água 88,6 LEITE DE CABRA ES Gordura ESNG Lactose Proteínas Cinzas Ca 0,11 P 0,08 Mg 0,01 Na 0,04 K 0,21 4,29 3,20 0,64 3,28 5,13 11,4 Composição do leite caprino, ovino, bovino

Leia mais

Estratégia de seleção e produção de carne no Brasil

Estratégia de seleção e produção de carne no Brasil Estratégia de seleção e produção de carne no Brasil MODELO GENÉTICO PARA PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE PARA O BRASIL Raça Pura... Angus no Sul e Nelore no Centro-Oeste e Norte Cruzamento Industrial... Cruzamento

Leia mais

Introdução. Seleção de Reprodutores. Importância das Fêmeas. Importância dos Machos. O que selecionar. Como selecionar

Introdução. Seleção de Reprodutores. Importância das Fêmeas. Importância dos Machos. O que selecionar. Como selecionar Disciplina AZ044 - Suinocultura Seleção de Reprodutores Prof. Marson Bruck Warpechowski Introdução Reposição de plantel Substituição de descartes Melhoramento dos produtos Produção: reprodutores x leitões

Leia mais

Avaliação genética. Os pais não transmitem o seu genótipo aos descendentes e sim uma amostra aleatória de genes.

Avaliação genética. Os pais não transmitem o seu genótipo aos descendentes e sim uma amostra aleatória de genes. Avaliação genética Eistem duas formas clássicas de se promover mudanças na constituição genética da população: seleção e sistemas de acasalamento. Seleção é a escolha de animais que serão pais da próima

Leia mais

AVALIAÇÃO GENÉTICA DA RAÇA BOVINA CHAROLESA

AVALIAÇÃO GENÉTICA DA RAÇA BOVINA CHAROLESA AVALIAÇÃO GENÉTICA DA RAÇA BOVINA CHAROLESA Nuno Carolino e Luís Telo da Gama Unidade de Recursos Genéticos, Reprodução e Melhoramento Animal - INRB, I.P. Tiago Baptista Associação Portuguesa de Criadores

Leia mais

Através da Utilização de Processo de Separação por Membranas. Léo / Wagner

Através da Utilização de Processo de Separação por Membranas. Léo / Wagner UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS Destino Ambientalmente Correto a Rejeitos de Queijaria Através da Utilização de Processo de Separação

Leia mais

MANUAL DE CAMPO RELATÓRIOS RELATÓRIO 4 SUMÁRIO DO REBANHO

MANUAL DE CAMPO RELATÓRIOS RELATÓRIO 4 SUMÁRIO DO REBANHO MANUAL DE CAMPO RELATÓRIOS RELATÓRIO 4 SUMÁRIO DO REBANHO Este relatório tem por finalidade apresentar mensalmente os índices do rebanhos para o controle atual, medias dos últimos 12 meses e de 12 a 24

Leia mais

Manual de Instruções DataCollection. Nome do Documento. Novas Funcionalidades DataCollection versão 3.0

Manual de Instruções DataCollection. Nome do Documento. Novas Funcionalidades DataCollection versão 3.0 Nome do Documento Novas Funcionalidades DataCollection versão 3.0 1. Classificação Etária do Rebanho. Agora existem 5 faixas de classificação etária do rebanho ( de 0 a 4 meses, de 5 a 12 meses, de 13

Leia mais

Histórico dos programas de melhoramento de raças leiteiras no Brasil. João Cláudio do Carmo Panetto

Histórico dos programas de melhoramento de raças leiteiras no Brasil. João Cláudio do Carmo Panetto Histórico dos programas de melhoramento de raças leiteiras no Brasil João Cláudio do Carmo Panetto joao.panetto@embrapa.br MLB 1976: com a criação do CNPGL, e a coordenação técnica do Dr. Fernando Madalena

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Bovinocultura de Corte e Leite Código: VET244 Curso: Medicina Veterinária Semestre de oferta: 7 p Faculdade responsável: Medicina Veterinária Programa em vigência a partir

Leia mais

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIR LEITEIRO - ABCGIL

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIR LEITEIRO - ABCGIL ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIR LEITEIRO - ABCGIL Perspectivas do teste de progênie do Gir Leiteiro: demandas, logística e operacionalização ANDRÉ RABELO FERNANDES Zootecnista Superintendente

Leia mais

Potencial de IG para raças locais: caso do Bovino Pantaneiro. Raquel Soares Juliano

Potencial de IG para raças locais: caso do Bovino Pantaneiro. Raquel Soares Juliano Potencial de IG para raças locais: caso do Bovino Pantaneiro Raquel Soares Juliano JUSTIFICATIVA Baixo valor da carne como comodity Mercado consumidor mais exigente Possibilidade de produto diferenciado

Leia mais

Estatística aplicada ao Melhoramento animal

Estatística aplicada ao Melhoramento animal Qual é a herdabilidade para uma característica? Qual é a variabilidade de desempenho para essa característica? Selecionando para a característica X, característica Y será afetada? Como predizer os valores

Leia mais

Quais os benefícios ao patrocinar um curso online?

Quais os benefícios ao patrocinar um curso online? Quais os benefícios ao patrocinar um curso online? Reforço da marca no mercado; Relacionamento estreito com o público alvo; Destaque da expertise da organização ao contribuir com conhecimentos e tecnologias

Leia mais

Suplementação de gordura para vacas leiteiras em pasto

Suplementação de gordura para vacas leiteiras em pasto Suplementação de gordura para vacas leiteiras em pasto A produção de leite no Brasil está baseada principalmente em sistemas que exploram pastagens tropicais ao longo da maior parte do ano. Quando essas

Leia mais

MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS POR SELEÇÃO

MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS POR SELEÇÃO MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS POR SELEÇÃO 6 INTRODUÇÃO A seleção é uma das principais ferramentas do melhorista independente do tipo de método de melhoramento utilizado. A seleção é utilizada tanto

Leia mais

Ferramentas de Impacto no Melhoramento de Gado de Corte

Ferramentas de Impacto no Melhoramento de Gado de Corte Ferramentas de Impacto no Melhoramento de Gado de Corte Leonardo Souza Qualitas Consultoria Agropecuária BRAVO BEEF GOIÁS Médico Veterinário leo.nz@terra.com.br 62-3097-1030 62-3383-1170 62-9994-1165 Melhoramento

Leia mais

Qual o papel do leite na natureza????

Qual o papel do leite na natureza???? INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, Disciplina: Análise de Alimentos CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE Análise de Leite Métodos qualitativos e quantitativos INTRODUÇÃO Qual o papel do leite na natureza????

Leia mais

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 1 DE MARÇO DE 2004 O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição

Leia mais

Vantagens e Benefícios: Vantagens e Benefícios:

Vantagens e Benefícios: Vantagens e Benefícios: Proteinados Independente da época do ano, a suplementação proteica tem se mostrado uma excelente ferramenta para aumentar o ganho de peso dos animais. O fornecimento do Proteinado agpastto melhora o padrão

Leia mais

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho Atualmente, pode-se dizer que um dos aspectos mais importantes no manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho refere-se à época de aplicação e

Leia mais

TERMINAÇÃO. Sistemas de produção de carne no Brasil Sistema de 2010 (x 1000) 2010 (%) Sistemas de Produção 11/03/2015

TERMINAÇÃO. Sistemas de produção de carne no Brasil Sistema de 2010 (x 1000) 2010 (%) Sistemas de Produção 11/03/2015 TERMINAÇÃO Sistemas de produção de carne no Brasil Sistema de 2010 (x 1000) 2010 (%) produção Confinamento 3.047 7,39 Semiconfinamento Pastagens inverno 2.583 6,27 822 1,99 Pastagem sem 34.748 84,35 definição

Leia mais

RAÇAS CAPRINAS E CRUZAMENTOS PARA O NORDESTE DO BRASIL

RAÇAS CAPRINAS E CRUZAMENTOS PARA O NORDESTE DO BRASIL RAÇAS CAPRINAS E CRUZAMENTOS PARA O NORDESTE DO BRASIL Airton Alencar de Araújo 1 Maria Gorete Flores Salles 2 Priscila Teixeira de Souza 3 David Ramos da Rocha 4 Erica Araújo 5 1 Universidade Estadual

Leia mais

Um caso de sucesso do zebú na pecuária de leite

Um caso de sucesso do zebú na pecuária de leite Um caso de sucesso do zebú na pecuária de leite Breve Histórico da Fazenda Em 1912 o Dr. Donato Andrade, pai de Gabriel, adquiriu a fazenda na região de Arcos, em busca de terras calcárias. Ainda não havia

Leia mais

Importância Reprodutiva em Gado de Leiteiro

Importância Reprodutiva em Gado de Leiteiro Importância Reprodutiva em Gado de Leiteiro Prof. Me.: Whelerson Luiz Vitro vitro@fea.br Disciplina de Bovinocultura FEA Andradina 2015 Introdução O desempenho adequado de qualquer sistema de produção

Leia mais

OVINOS, CAPRINOS E OUTRAS ESPÉCIES. Moderador: Prof. Severino Benone Paes Barbosa UFRPE POLITETIA E FUNÇÕES ECONÔMICAS EM CAPRINOS DA RAÇA BOER

OVINOS, CAPRINOS E OUTRAS ESPÉCIES. Moderador: Prof. Severino Benone Paes Barbosa UFRPE POLITETIA E FUNÇÕES ECONÔMICAS EM CAPRINOS DA RAÇA BOER OVINOS, CAPRINOS E OUTRAS ESPÉCIES Moderador: Prof. Severino Benone Paes Barbosa UFRPE POLITETIA E FUNÇÕES ECONÔMICAS EM CAPRINOS DA RAÇA BOER Wandrick Hauss de Sousa Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária

Leia mais

OS GENES NAS POPULAÇÕES. Augusto Schneider Faculdade de Nutrição Universidade Federal de Pelotas

OS GENES NAS POPULAÇÕES. Augusto Schneider Faculdade de Nutrição Universidade Federal de Pelotas OS GENES NAS POPULAÇÕES Augusto Schneider Faculdade de Nutrição Universidade Federal de Pelotas GENÉTICA POPULACIONAL Estudo dos genes e frequência dos alelos nas populações EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG

Leia mais

A Raça Girolando. Desenvolvimento, Oportunidades e Expectativas. Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico

A Raça Girolando. Desenvolvimento, Oportunidades e Expectativas. Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico A Raça Girolando Desenvolvimento, Oportunidades e Expectativas Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico O Início de Tudo! PROCRUZA 1978 a 1988 Uberaba, décadas de 1970 e 1980 ORIGEM DO PROGRAMA

Leia mais

Aceitação sensorial de bebida láctea, sob diferentes concentrações de soro

Aceitação sensorial de bebida láctea, sob diferentes concentrações de soro Aceitação sensorial de bebida láctea, sob diferentes concentrações de soro Francisca Giselle da Cruz 1, João Vitor de Sá Melo², Frediano Siqueira de Oliveira², Leomar Moreira da Silva², Wictor Ályson Dias

Leia mais

CONTROLE ZOOTÉCNICO - TÉCNICA EFICIENTE E NECESSÁRIA

CONTROLE ZOOTÉCNICO - TÉCNICA EFICIENTE E NECESSÁRIA 1 CONTROLE ZOOTÉCNICO - TÉCNICA EFICIENTE E NECESSÁRIA O mercado de leite no Brasil é historicamente conhecido por apresentar tendências instáveis e impondo, principalmente, estreitas margens ao produtor.

Leia mais

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE ACIDEZ DO LEITE EM DIFERENTES MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO. Nutr. Márcia Keller Alves Acad. Franciele Cechinato

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE ACIDEZ DO LEITE EM DIFERENTES MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO. Nutr. Márcia Keller Alves Acad. Franciele Cechinato ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE ACIDEZ DO LEITE EM DIFERENTES MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO Nutr. Márcia Keller Alves Acad. Franciele Cechinato Fatores determinantes: - Raça - Período de lactação; - Alimentação; - Saúde

Leia mais

QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015

QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 01. Em situações problemas relacionadas à genética mendeliana, um dos cálculos probabilísticos utilizados é a aplicação da denominada regra da

Leia mais

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA VARIABILIDADE NA MEDIDA DE DADOS CIENTÍFICOS Se numa pesquisa, desenvolvimento de um processo ou produto, o valor

Leia mais

POLO DE DESENVOLVIMENTO DA RAÇA GUZERÁ DE CORTE 1 PORTAL DO CERRADO. Circuito de Provas de Eficiência Produtiva (PEP) PEP-Unesp

POLO DE DESENVOLVIMENTO DA RAÇA GUZERÁ DE CORTE 1 PORTAL DO CERRADO. Circuito de Provas de Eficiência Produtiva (PEP) PEP-Unesp POLO DE DESENVOLVIMENTO DA RAÇA GUZERÁ DE CORTE 1 PORTAL DO CERRADO Circuito de Provas de Eficiência Produtiva (PEP) PEP-Unesp 1. INTRODUÇÃO O mercado consumidor de reprodutores exige cada vez mais animais

Leia mais

INFLUÊNCIA DO GENÓTIPO SOBRE A PRODUÇÃO E A COMPOSIÇÃO DO LEITE DE CABRAS MESTIÇAS

INFLUÊNCIA DO GENÓTIPO SOBRE A PRODUÇÃO E A COMPOSIÇÃO DO LEITE DE CABRAS MESTIÇAS Código 1148 INFLUÊNCIA DO GENÓTIPO SOBRE A PRODUÇÃO E A COMPOSIÇÃO DO LEITE DE CABRAS MESTIÇAS NELSON NOGUEIRA BARROS 1, VÂNIA RODRIGUES DE VASCONCELOS 1, FRANCISCO LUIZ RIBEIRO DA SILVA 1, MARCELO RENATO

Leia mais

Herança das Características de Interesse

Herança das Características de Interesse Herança das Características de Interesse Algumas características dos bovinos podem ser classificadas em classes fenotipicamente distintas Presença de chifres Susceptibilidade a doenças Musculatura dupla

Leia mais

OVINOPLUS PROGRAMA DE AVALIAÇÃO GENÉTICA DE OVINOS DE CORTE

OVINOPLUS PROGRAMA DE AVALIAÇÃO GENÉTICA DE OVINOS DE CORTE OVINOPLUS PROGRAMA DE AVALIAÇÃO GENÉTICA DE OVINOS DE CORTE O Ovinoplus é o programa idealizado pela Alta Genetics para avaliação de ovinos baseada nos principais pontos geradores de resultados econômicos

Leia mais

Conceitos matemáticos:

Conceitos matemáticos: Conceitos matemáticos: Para entender as possíveis mudanças quantitativas que ocorrem, ao nível de uma amostra de sementes, é preciso compreender alguns princípios básicos de cálculo. Tendo sido desenvolvido

Leia mais

O papel da suplementação na Pecuária Leiteira

O papel da suplementação na Pecuária Leiteira O papel da suplementação na Pecuária Leiteira Nutrição e Suplementação... São a mesma coisa? Nutrição / Desnutrição Nutrição / Desnutrição Nutrição / Desnutrição Nutrição É o processo biológico pelo qual

Leia mais

XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 A qualidade do leite com base na contagem de células somáticas e na Instrução Normativa nº. 51: um estudo de caso da indústria Lactobom e seus produtores Julio César Barszcz (Lactobom/CEFET-PR) julcesbar@yahoo.com.br

Leia mais

Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados

Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados G. Nassetti e C. Palmonari Centro Cerâmico Italiano, Bologna,

Leia mais

Comparação DA COMPOSIÇÃO DO LEITE EM DIFERENTES ESPÉCIES: UMA REVISÃO. Mestre, Professora do Curso Técnico em Alimentos CEFET/GO Inhumas

Comparação DA COMPOSIÇÃO DO LEITE EM DIFERENTES ESPÉCIES: UMA REVISÃO. Mestre, Professora do Curso Técnico em Alimentos CEFET/GO Inhumas SIMPOETS, CEFET-GO, 104-108, 2008 Comparação DA COMPOSIÇÃO DO LEITE EM DIFERENTES ESPÉCIES: UMA REVISÃO Gustavo Henrique Fernandes Faria Estudante do Curso Técnico em Alimentos CEFET/GO Inhumas gustavo_hff@yahoo.com.br

Leia mais

DESAFIOS DA PECUÁRIA LEITEIRA

DESAFIOS DA PECUÁRIA LEITEIRA DESAFIOS DA PECUÁRIA LEITEIRA Walter Miguel Ribeiro Engenheiro Agrônomo GERAR RENDA??? Como gerar renda Renda Resultado = Quantidade de leite + Quantidade de animais x preço do leite x preço dos animais

Leia mais

Uma simples técnica para detectar metrite

Uma simples técnica para detectar metrite Uma simples técnica para detectar metrite Stephanie Stella, Anne Rosi Guadagnin, Angelica Petersen Dias, and Dr. Phil Cardoso Não existem dúvidas que o parto é uma situação estressante para a vaca e seu

Leia mais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE LEITE DO BRASIL NOS ANOS 80

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE LEITE DO BRASIL NOS ANOS 80 FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE LEITE DO BRASIL NOS ANOS 80 Sebastião Teixeira Gomes 1 1. INTRODUÇÃO A análise da economia leiteira do Brasil na década de 80 mostra um comportamento, aparentemente,

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Produção de leite e duração da lactação de cabras da raça Pardo-alpina no município de Amélia Rodrigues BA Charles Muller Silva dos Santos¹ e Adelmo

Leia mais

Variabilidade da composição e das propriedades tecnológicas de leite de ovelha da região de produção de queijo de Nisa (DOP)

Variabilidade da composição e das propriedades tecnológicas de leite de ovelha da região de produção de queijo de Nisa (DOP) VIII Congresso Ibérico Recursos Genéticos Animais SPREGA 13-15 de Setembro de 2012 Évora Variabilidade da composição e das propriedades tecnológicas de leite de ovelha da região de produção de queijo de

Leia mais

Maturação do queijo Minas artesanal da região de Araxá e contagem de Staphylococcus aureus

Maturação do queijo Minas artesanal da região de Araxá e contagem de Staphylococcus aureus Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 10., 2013, Belo Horizonte Maturação do queijo Minas artesanal da região de Araxá e contagem de Staphylococcus aureus Amanda Alves Pereira (1), Júnio César

Leia mais

PRODUÇÃO DE LEITE. Parte 2. Prof. Dr. André M. Jorge UNESP-FMVZ-Botucatu. Prof. Dr. André Mendes Jorge FMVZ-Unesp-Botucatu

PRODUÇÃO DE LEITE. Parte 2. Prof. Dr. André M. Jorge UNESP-FMVZ-Botucatu. Prof. Dr. André Mendes Jorge FMVZ-Unesp-Botucatu PRODUÇÃO DE LEITE Parte 2 Prof. Dr. André M. Jorge UNESP-FMVZ-Botucatu O búfalo na Itália 2 Granja Leiteira na Índia 3 O búfalo na Índia 4 Granja leiteira na China 5 O búfalo na China 6 Área de Produção

Leia mais

ENTENDENDO OS RELATÓRIOS DE CONTROLE LEITEIRO

ENTENDENDO OS RELATÓRIOS DE CONTROLE LEITEIRO ENTENDENDO OS RELATÓRIOS DE CONTROLE LEITEIRO Tentaremos aqui exemplificar como devem ser interpretados os relatórios gerados pelo Serviço de Controle Leiteiro. RELATÓRIO 2 SUMÁRIO DE CÉLULAS SOMÁTICAS

Leia mais

Valor das vendas dos principais produtos Agropecuários em 2008

Valor das vendas dos principais produtos Agropecuários em 2008 MANEJO E EVOLUÇÃO DE REBANHO DE BOVINOS DE CORTE Prof. Dr. Cássio C. Brauner Prof. Dr. Marcelo A. Pimentel Departamento de Zootecnia FAEM -UFPel Valor das vendas dos principais produtos Agropecuários em

Leia mais