Artigo Original. Tireoidectomia no idoso: 15 anos de experiência. Thyroidectomy in the elderly: 15 years institutional experience

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Artigo Original. Tireoidectomia no idoso: 15 anos de experiência. Thyroidectomy in the elderly: 15 years institutional experience"

Transcrição

1 Artigo Original Tireoidectomia no idoso: 15 anos de experiência Thyroidectomy in the elderly: 15 years institutional experience Antonio Augusto Tupinambá Bertelli Stefano Tincani Marina Miyuki Maekawa Luiz Cláudio Bosco Massarollo Marcelo Benedito Menezes Antonio José Gonçalves RESUMO ABSTRACT Introdução: As doenças mais prevalentes nos idosos têm-se tornado cada vez mais comum com o envelhecimento da população mundial. No paciente idoso, além do aumento da incidência de nódulos tireoidianos, há maior incidência de câncer, com comportamento mais agressivo. A idade elevada não contraindica a cirurgia, porém, a conduta cirúrgica pode ser influenciada pelo número elevado de comorbidades. Objetivos: Estudar a freqüência da doença tireoidiana de indicação cirúrgica no idoso, caracterizando-a. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo com 69 pacientes entre 65 e 84 anos de idade (mediana, 71) submetidos a qualquer procedimento cirúrgico sobre a glândula tireóide em nosso serviço, entre 1991 e Avaliamos dados da identificação, história, comorbidades, dados pré-operatórios, exames complementares, dados cirúrgicos, anátomo-patológicos e da evolução, pormenorizando a ocorrência de complicações. Resultados: A queixa principal foi aumento do volume cervical, com duração média de 67 meses. O diagnóstico clínico mais freqüente foi de bócio multinodular atóxico. Em 62% foi realizada a tireoidectomia total, seguidas pela hemitireoidectomia e pela totalização. Comorbidades clínicas estavam presentes em 77% dos pacientes, prevalecendo a hipertensão arterial sistêmica, seguida pelo diabetes mellitus e arritmia cardíaca. A análise histológica revelou malignidade em 21,7% dos casos, sendo o principal tumor o carcinoma papilífero, seguido pelo carcinoma folicular e carcinoma anaplásico. Complicações foram descritas em 29%, sendo mais freqüente o hipoparatireoidismo transitório. Conclusão: No paciente idoso, as doenças associadas e a maior freqüência de tumores malignos agressivos demandam cuidados peri-operatórios adequados, com maior preocupação com o rigor da conduta cirúrgica. Descritores: Bócio. Idoso. Tireoidectomia. Tireóide. Introduction: The diseases prevalent in the elderly have been increasing with the aging of the world's population. In the elderly patient, besides the increasing incidence of thyroid nodules, there is a higher incidence of cancer, which behaves more aggressively. Old age does not rule out surgery. However, the surgical treatment can be influenced by a higher number of comorbidities. Objective: To study the frequency of the thyroid disease with surgical indication in the elderly, characterizing it. Methods: We did a retrospective study with 69 patients between 65 and 84 years of age (median, 71) who received any surgical proceeding at the thyroid gland in our hospital, between 1991 and Data collected were identification, history, comorbidities, preoperative data, complementary exams, surgery, pathological data and the patient's evolution, with attention to possible complications. Results: The most frequent chief complaint was an increase of cervical volume, with average duration of 67 months. The most frequent clinical diagnosis was of nontoxic multinodular goiter. In 62% total thyroidectomy was carried out, followed by hemithyroidectomy and completion of previous surgery. Clinical comorbidities were present in 77% of the patients, mainly hypertension, followed by diabetes and arrhythmia. Histopatological exams revealed malignity in 21.7% of cases, being papillary carcinoma the most frequent, followed by follicular carcinoma and anaplastic carcinoma. Complications were described in 29% and transient hypoparathyrodism was most frequent. Conclusion: Due to increased comorbidities and more aggressive malignant tumors, the elderly demands close peri-operatory care and increased concern with the impact of the surgical treatment. Key words: Goiter. Aged. Thyroidectomy. Thyroid. INTRODUÇÃO Os nódulos tireoidianos estão presentes em 5 a 7% da população ao exame de palpação, com uma freqüência cinco vezes maior nas mulheres. Utilizando a ultra-sonografia, essa 3 taxa eleva-se para 19 a 67% na população geral e sua 4,5 incidência está relacionada diretamente com a idade. Após os 60 anos, 90% das mulheres e 60% dos homens após os 80 anos 6 apresentam nódulos tireoidianos. Apesar da alta incidência, 1) Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Médico Pós-graduando da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brasil. 2) Graduando da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brasil. 3) Médico Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. 4) Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brasil. 5) Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Professor Adjunto, Chefe da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brasil. Instituição: Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brasil. Correspondência: Rua Dr. Cesário Motta Jr., , São Paulo, SP, Brasil. Site: cabpesc@santacasasp.org.br / antonio.bertelli@terra.com.br Recebido em: 08/04/2008; aceito para publicação em: 29/07/2008; publicado on-line em: 15/09/2008. Conflito de interesse: nenhum. Fonte de fomento: nenhuma. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 3, p , julho / agosto / setembro

2 somente 5 a 10% dos nódulos são malignos, tornando a investigação diagnóstica essencial na escolha da conduta 1 terapêutica. Mesmo os tumores malignos podem ter crescimento lento, mas são insidiosos, podendo apresentar comportamento agressivo. Alguns estudos demonstram 7-9 recidivas tumorais em até 10 a 15% dos pacientes. Outros demonstraram carcinomas papilíferos tireoidianos latentes em ,2 a 8,6% de autópsias. A maioria dos tumores malignos, contudo, tem bom prognóstico e é composta principalmente pelo carcinoma papilífero, o mais comum, com 80% dos 15 casos. Além do aumento da incidência, os nódulos tireoidianos têm características especiais no idoso. Há uma maior incidência de câncer que têm, ainda, comportamento mais agressivo no idoso. O carcinoma anaplásico da tireóide apresenta-se quase exclusivamente após os 60 anos de idade e é o tipo histológico mais agressivo dos tumores tireoidianos: sempre são estádio IV, com sobrevida média de seis meses, mesmo com tratamento adequado. Respondem por 14 a 39% das mortes por carcinoma da tireóide, apesar de comporem apenas 2% do 16 total destes. Existem estudos tratando de pacientes jovens com carcinoma da tireóide, contudo, as características dos nódulos 17 tireoidianos no idoso não estão bem estabelecidas. A idade em si não contra-indica a cirurgia, todavia, a conduta cirúrgica nos pacientes idosos pode ser influenciada pelo número elevado de comorbidades desses pacientes. A correta caracterização da doença no idoso é cada vez mais importante. A população idosa em países ocidentais cresce constantemente, principalmente em países desenvolvidos. Aqueles que atingem os 70 anos de idade têm expectativa de mais 14 a 20 anos e, geralmente, com boa qualidade de vida, em países ocidentais. O objetivo desse estudo é caracterizar o idoso submetido à cirurgia da tireóide, visando evidenciar as características peculiares desse grupo de pacientes. MÉTODOS Avaliamos, de forma retrospectiva, através de revisão de 69 prontuários, dados de pacientes acima dos 65 anos de idade submetidos à cirurgia da glândula tireóide na Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entre 1991 e Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Foi elaborado um protocolo para coleta dos dados contendo identificação, história do paciente, comorbidades, dados préoperatórios caracterizando o(s) nódulo(s) tireoideano(s), exames complementares, dados da cirurgia, anátomopatológicos e da evolução do paciente, pormenorizando a ocorrência de complicações. Entre os 69 pacientes, 90% eram mulheres. A idade variou entre 65 e 84 anos (mediana de 71 anos). Quanto à etnia, 84% eram caucasianos, 7% eram pardos e 9% eram negros. RESULTADOS O diagnóstico clínico mais comum foi bócio multinodular atóxico, correspondendo a 62,3% dos pacientes (Tabela 1), seguido do bócio uninodular atóxico com 24,6%, multinodular tóxico com 11,6%. Houve um caso de bócio difuso atóxico (1,4%). Desses bócios, 24,6% eram mergulhantes. Tabela 1 Tireoidectomia no idoso diagnóstico clínico de 1991 a 2006*. Diagnóstico Número Porcentagem Bócio uninodular atóxico 17 24,6 Bócio multinodular atóxico 43 62,3 Bócio difuso atóxico 1 1,4 Bócio uninodular tóxico - - Bócio multinodular tóxico 8 11,6 Bócio difuso tóxico - - Total *Bócios mergulhantes somaram 17, representando 24,6% À punção aspirativa, a citologia benigna representou 39,1% dos casos e a maligna, 14,5%. Laudos suspeitos de malignidade somaram 40,6% dos casos, sendo os mais freqüentes (Tabela 2). A indicação de cirurgia para 45% dos pacientes foi por nódulo maligno ou suspeito; 26% tinham nódulos maiores que 3 cm e 24,6% tinham bócios mergulhantes. Dois pacientes (3%) tiveram a cirurgia indicada por sintomas compressivos e um paciente por estética (nódulo menor que 3 cm visível, no istmo) Tabela 3. Alguns pacientes com bócio mergulhante apresentavam citologia suspeita, entretanto a indicação cirúrgica considerada em nosso estudo foi a do fato do bócio ser mergulhante. Tabela 2 Tireoidectomia no Idoso - Laudo da PAAF, 1991 a Laudo Número Porcentagem Benigno 27 39,1 Suspeito 28 40,6 Maligno 10 14,5 Não Realizado 4 5,8 Tabela 3 Tireoidectomia no Idoso - indicação cirúrgica, 1991 a Indicação Número Porcentagem Maior que 3cm 26,1 Malignidade (ou suspeito para malignidade) 31 44,9 Bócio Mergulhante 17 24,6 Sintomas Compressivos 2 2,9 Estética 1 1,4 Muitos pacientes apresentavam comorbidades à época da cirurgia. Somente 23% não apresentavam comorbidade, sendo que 39% tinham uma, 19% tinham duas, 17% tinham 3 e um paciente (1,4%) apresentava quatro comorbidades. As mais freqüentes foram a hipertensão arterial sistêmica (71%), diabetes mellitus (17%) e arritmia (10%). A Tabela 4 demonstra a lista completa de comorbidades. 138 Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 3, p , julho / agosto / setembro 2008

3 Tabela 4 Tireoidectomia no idoso - freqüência de comorbidades à época da cirurgia, 1991 a 2006*. Comorbidade Número Porcentagem Hipertensão 49 71,0 Diabetes mellitus 12 17,4 Arritmia 7 10,1 Depressão 2 2,9 Tabagismo 3 4,3 Alergia 2 2,9 Insuficiência cardíaca congestiva 5 7,2 Dislipidemia 3 4,3 Outros 5 7,2 Acidente vascular cerebral 1 1,4 Obesidade 1 1,4 Insuficiência coronariana 1 1,4 Doença pulmonar obstrutiva crônica 2 2,9 Total 86* - * alguns pacientes apresentaram mais de uma comorbidade. O procedimento cirúrgico mais utilizado na terapêutica foi a tireoidectomia total, em 62,3% (Tabela 5). A hemitireoidectomia foi realizada em 16% e em 10% foi totalizada uma cirurgia anterior da tireóide. Outros tipos de procedimento como nodulectomias e lobectomias foram efetuados mais raramente. As cinco traqueostomias praticadas foram em casos de tumores malignos. Destes, três eram carcinomas anaplásicos, um linfoma de tireóide e um caso com diagnóstico histopatológico definitivo de adenoma folicular, mas com diagnóstico clínico e de congelação sugestivos de malignidade. O tempo operatório médio foi de 3,5h. Tabela 5 Tireoidectomia no idoso - cirurgia realizada, 1991 a Cirurgia Número Porcentagem Tireoidectomia total 43 62,3 Hemitireoidectomia 11 15,9 Totalização de cirurgia prévia 7 10,1 Tireoidectomia total com traqueostomia 3 4,3 Tumorectomia com traqueostomia 2 2,9 Hemitireoidectomia e nodulectomia contralateral 1 1,4 Tireoidectomia subtotal 1 1,4 Istmectomia 1 1,4 A maioria dos pacientes não apresentou complicações pósoperatórias (71%, n=49). A freqüência de complicações foi de 29% (n=20), sendo que dois pacientes apresentaram duas complicações (Tabela 6). Dentre elas, o hipoparatireoidismo transitório foi o mais freqüente (8,7%), seguido de paralisia de prega vocal (5,8%) e hipoparatireoidismo definitivo, com 4,3%. A ocorrência de hematoma pós-operatório foi de 2,9%. Uma paciente com carcinoma anaplásico de tireóide apresentou broncopneumonia aspirativa e faleceu no 16º dia de pósoperatório. Tabela 6 Tireoidectomia no idoso complicações pós-operatórias, 1991 a Complicações pós-operatórias *tomando como base o total de casos (n=69) **dois pacientes apresentaram duas complicações. O diagnóstico anátomo-patológico dos produtos de tireoidectomia foi benigno em 78,3% dos casos (Tabela 7). Dentre os malignos, o carcinoma papilífero da tireóide foi o mais freqüente, com 11,6% do total de casos. Os carcinomas folicular e anaplásico apresentaram incidência igual, cada um representando 4,3% do total e 20% dos tumores malignos. Houve um caso de linfoma tireoideano. Tabela 7 Tireoidectomia no idoso diagnóstico anátomo-patológico 1991 a Diagnóstico Anátomo-patológico Número Porcentagem Benignos 54 78,3 Bócio adenomatoso 29 42,0 Hiperplasia multinodular 12 17,4 Adenoma folicular 12 17,4 Tireoidite 1 1,4 Malignos 15 21,7 Carcinoma papilífero 8 11,6 Carcinoma folicular 3 4,3 Carcinoma anaplásico 3 4,3 Linfoma 1 1,4 Total DISCUSSÃO Número Porcentagem Freqüência* Hipoparatireoidismo transitório 6 27,3 8,7 Paralisia de prega vocal 4,2 5,8 Hipoparatireoidismo definitivo 3 13,6 4,3 Hematoma 2 9,1 2,9 Broncopneumonia aspirativa 2 9,1 2,9 Seroma 2 9,1 2,9 Paresia 1 4,5 1,4 Insuficiência Respiratória 1 4,5 1,4 Óbito 1 4,5 1,4 Total 22** 100,0 - O estudo das afecções no idoso, apesar de crescer em relevância com o envelhecimento da população, é dificultada por muitos fatores. A falta de padronização da idade analisada freqüentemente gera dados não pareáveis. Além disso, existem poucos estudos abrangendo a população geriátrica, em especial referentes à cirurgia da tireóide no Brasil. A literatura aponta para uma maior incidência de tumores 22 malignos da tireóide na população idosa. Entretanto, Passler et al. não encontraram diferença estatística entre os grupos etários apesar de obterem um número maior que o apresentado em nosso estudo para a mesma faixa etária (36,4% de 23 malignidade). Em contrapartida, Ríos et al. encontraram 24 somente 3,7% de tumores malignos e Chiovato et al. demonstraram que a incidência de tumores malignos da tireóide não aumenta com a idade. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 3, p , julho / agosto / setembro

4 O carcinoma papilífero, tumor maligno mais freqüente, representa porcentagem menor entre os tumores malignos no idoso, devido ao aumento de freqüência de outros tipos de tumor, em especial o carcinoma anaplásico, que ocorre quase,24,25 exclusivamente nessa idade. Em nosso levantamento, 20% dos tumores malignos eram carcinomas anaplásicos,,23,24 valor semelhante ao de outros estudos. A elevada incidência desse tumor demonstra a gravidade do carcinoma da tireóide no idoso. As comorbidades estão presentes em 50 a 95% dos idosos submetidos à tireoidectomia e esse número tende a crescer em um corte populacional de maior idade. Um estudo espanhol encontrou comorbidades em 49% dos pacientes acima dos anos, número inferior aos 76,8% que encontramos na mesma faixa etária. Contudo, Passler et al. demonstraram uma distribuição de comorbidades muito próxima à nossa.,19,23 A hipertensão arterial é a comorbidade mais prevalente. 19 Em segundo lugar, Kuijpens et al. encontraram a diabetes mellitus dos 60 aos 74 anos, dado semelhante ao nosso. Contudo, no mesmo estudo, após os 75 anos, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares aumentam em 20%, ficando em segundo lugar em importância. Apesar dessa freqüência de comorbidades, a mortalidade per-operatória foi baixa (1,4%), o que demonstra que a tireoidectomia no idoso é segura, desde que realizada com os cuidados per-operatórios adequados. Cabe salientar que o óbito que apresentamos ocorreu em um caso de carcinoma anaplásico, com broncopneumonia aspirativa e insuficiência respiratória, apesar da traqueostomia realizada. Outro dado que chamou a atenção foi a elevada incidência de bócio mergulhante (24,6%), sendo esse dado exclusivo da população mais idosa. Observamos também uma taxa de 13 % de bócio tóxico, especialmente o multinodular. Essa afecção tireoidiana também é mais freqüente no idoso e pode ser responsável por descompensações cardíacas. Nosso estudo apresentou diversos procedimentos cirúrgicos diferentes porque a conduta para o tratamento dos nódulos tireoidianos vem modificando-se. Alguns procedimentos, como a lobectomia e a nodulectomia, não são mais praticados rotineiramente no serviço de cirurgia de cabeça e pescoço. Em contrapartida, a hemitireoidectomia (lobectomia com istmectomia) e a tireoidectomia total vem sendo cada vez mais indicadas, independente da idade do paciente, graças aos baixos índices de complicação dessas cirurgias. A realização de traqueostomia concomitante à cirurgia no tratamento de doenças malignas avançadas não é descrita com freqüência na literatura, no entanto, é a conduta de rotina para o tratamento do carcinoma anaplásico. A tireoidectomia tem como principais complicações o hipoparatireoidismo e a paralisia de pregas vocais e ambas podem ser transitórias ou definitivas. Há relatos de aumento na 23,26 incidência dessas complicações no idoso, embora outros,27 autores não demonstrem diferenças. Para cirurgias mais extensas, uma maior freqüência de complicações é 28,29 conhecida, mas na cirurgia de tireóide ainda existem controvérsias. Nosso estudo demonstrou 4,3% de hipoparatireoidismo definitivo e 5,8% de paralisia definitiva de prega vocal. O comportamento mais agressivo dos carcinomas de tireóide no idoso pode explicar em parte esse fato. Podemos ainda justificar a alta taxa de complicações (29%) pelo fato de termos considerado qualquer tipo de complicações, como o seroma pós-operatório e as complicações transitórias nessa taxa global. Seguramente a alta freqüência de totalização de uma cirurgia prévia sobre a tireóide, demonstrada em nosso estudo, algumas delas realizadas nas décadas de 50 e 60, com técnica diferente da preconizada hoje em dia, também aumenta as taxas de complicação. A curva de aprendizado de um hospital escola também pode justificar esses números, mas, de qualquer forma, a indicação da tireoidectomia para o paciente idoso deve levar em conta a possibilidade destas complicações. CONCLUSÃO O paciente idoso submetido à cirurgia de tireóide geralmente apresenta doenças associadas, que exigem cuidados perioperatórios adequados. A freqüência de complicações não é desprezível, assim como a freqüência de tumores malignos mais agressivos. Além disso, existe uma maior taxa de bócios mergulhantes e de bócios tóxicos. Esses fatos obrigam a uma maior preocupação com o rigor na indicação cirúrgica da tireoidectomia e, se indicada, o preparo pré-operatório deve ser o mais criterioso possível. REFERÊNCIAS 1. Castro MR, Gharib H. Nodules and cancer. When to wait and watch, when to refer. Postgrad Med. 2000;107(1): Welker MJ, Orlov D. Thyroid nodules. Am Fam Physician. 2003;67(3): Tan GH, Gharib H. Thyroid incidentalomas: management approaches to nonpalpable nodules discovered incidentally on thyroid imaging. Ann Intern Med. 1997;126(3): Denham MJ, Wills EJ. A clinico-pathological survey of thyroid glands in old age. Gerontology. 1980;26(3): Shetty KR, Duthie EH. Thyroid disease and associated illness in the elderly. Clin Geriatr Med. 1995;11(2): Hurley DL, Gharib H. Thyroid nodular disease: is it toxic or nontoxic, malignant or benign? Geriatrics. 1995;50(6):24-6, Cady B, Sedgwick CE, Meissner WA, Bookwalter JR, Romagosa V, Werber J. Changing clinical, pathologic, therapeutic, and survival patterns in differentiated thyroid carcinoma. Ann Surg. 1976;4(5): Clark OH, Duh QY. Thyroid cancer. Med Clin North Am. 1991;75(1): McConahey WM, Hay ID, Woolner LB, van Heerden JA, Taylor WF. Papillary thyroid cancer treated at the Mayo Clinic, 1946 through 1970: initial manifestations, pathologic findings, therapy, and outcome. Mayo Clin Proc. 1986;61(12): Lang W, Borrusch H, Bauer L. Occult carcinomas of the thyroid. Evaluation of 1,020 sequential autopsies. Am J Clin Pathol. 1988;90(1): Neuhold N, Kaiser H, Kaserer K. Latent carcinoma of the thyroid in Austria: a systematic autopsy study. Endocr Pathol. 2001;12(1): Siegal A, Modan M. Latent carcinoma of thyroid in Israel: a study of 260 autopsies. Isr J Med Sci. 1981;17(4): Sobrinho-Simões MA, Sambade MC, Gonçalves V. Latent thyroid carcinoma at autopsy: a study from Oporto, Portugal. Cancer. 1979;43(5): Thorvaldsson SE, Tulinius H, Björnsson J, Bjarnason O. Latent thyroid carcinoma in Iceland at autopsy. Pathol Res Pract. 1992;8(6): Tubiana M, Schlumberger M, Rougier P, Laplanche A, Benhamou E, Gardet P, Caillou B, Travagli J, Parmentier C. Long-term results and prognostic factors in patients with differentiated thyroid carcinoma. Cancer. 1985;55(4): Ain KB. Anaplastic thyroid carcinoma: behaviour, biology and therapeutic approaches. Thyroid. 1998;8(8): Uruno T, Miyauchi A, Shimizu K, Tomoda C, Takamura Y, Ito Y, Miya A, Kobayashi K, Matsuzuka F, Amino N, Kuma K. Favorable surgical results in 433 elderly patients with papillary thyroid cancer. World J Surg. 2005;29(11): Passler C, Avanessian R, Kaczirek K, Prager G, Scheuba C, Niederle B. Thyroid surgery in the geriatric patient. Arch Surg. 2002;137(11): Kuijpens JL, Janssen-Heijnen ML, Lemmens VE, Haak HR, 140 Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 3, p , julho / agosto / setembro 2008

5 Heijckmann AC, Coebergh JW. Comorbidity in newly diagnosed thyroid cancer patients: a population-based study on prevalence and the impact on treatment and survival. Clin Endocrinol (Oxf). 2006;64(4): van Tol KM, de Vries EG, Dullaart RP, Links TP. Differentiated thyroid carcinoma in the elderly. Crit Rev Oncol Hematol. 2001;38(1): World Health Organization. 10 facts on ageing and the life course. 28/09/2007; Accessed 14/05/2008, Schlumberger M. Features of thyroid cancer. Thyroid tumors. Paris: Editions Nucleon; 1997: Ríos A, Rodríguez JM, Galindo PJ, Canteras M, Parrilla P. Surgical treatment for multinodular goitres in geriatric patients. Langenbecks Arch Surg. 2005;390(3): Chiovato L, Mariotti S, Pinchera A. Thyroid diseases in the elderly. Baillieres Clin Endocrinol Metab. 1997;11(2): Hundahl SA, Cady B, Cunningham MP, Mazzaferri E, McKee RF, Rosai J, Shah JP, Fremgen AM, Stewart AK, Hölzer S. Initial results from a Prospective Cohort Study of 5583 Cases of Thyroid Carcinoma Treated in the United States during Cancer. 2000;89(1): Simpson WJ. Thyroid malignancy in the elderly. Geriatrics. 1982;37(3):119-21, Lang BH, Lo CY. Total thyroidectomy for multinodular goiter in the elderly. Am J Surg. 2005;190(3): Surgery for colorectal cancer in elderly patients: a systematic review. Colorectal Cancer Collaborative Group. Lancet. 2000;356(9234): Sikes ED, Detmer DE. Aging and surgical risk in older citizens of Wisconsin. Wis Med J. 1979;78(7): Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 3, p , julho / agosto / setembro

O que fazer perante:nódulo da tiroideia

O que fazer perante:nódulo da tiroideia 10º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica ASPECTOS PRÁTICOS EM ENDOCRINOLOGIA O que fazer perante:nódulo da tiroideia Zulmira Jorge Serviço Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. H. Santa

Leia mais

Estudos. População e Demografia

Estudos. População e Demografia População e Demografia Prof. Dr. Rudinei Toneto Jr. Guilherme Byrro Lopes Rafael Lima O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1991, divulga anualmente uma base com a população dos

Leia mais

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A número 12 - outubro/2015 DECISÃO FINAL RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é

Leia mais

Câncer da Tireóide. Thyroid cancer EXAMES DE AVALIAÇÃO

Câncer da Tireóide. Thyroid cancer EXAMES DE AVALIAÇÃO CONDUTAS DO INCA/MS / INCA/MS PROCEDURES Câncer da Tireóide Thyroid cancer INTRODUÇÃO O câncer da glândula tireóide é a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino, afetando mais freqüentemente as

Leia mais

Quero agradecer à minha família e amigos, por todo o apoio, incentivo e compreensão ao longo desta etapa, marcada por muitos sacrifícios e angústias.

Quero agradecer à minha família e amigos, por todo o apoio, incentivo e compreensão ao longo desta etapa, marcada por muitos sacrifícios e angústias. Agradecimentos Quero agradecer à minha família e amigos, por todo o apoio, incentivo e compreensão ao longo desta etapa, marcada por muitos sacrifícios e angústias. Um agradecimento muito especial à minha

Leia mais

Jessé Marcos de Oliveira - Acadêmico 5º Período UFSJ

Jessé Marcos de Oliveira - Acadêmico 5º Período UFSJ Jessé Marcos de Oliveira - Acadêmico 5º Período UFSJ Tumores primários SNC 2% das neoplasias; 1ª -infância e 2ª -adultos jovens masculino; Os gliomassão os tumores primários mais frequentes; Nos EUA diagnosticados

Leia mais

Prevenção do Cancro do Ovário

Prevenção do Cancro do Ovário Área de Ginecologia/ Obstetrícia Serviço de Ginecologia Director de Área: Dr. Ricardo Mira Journal Club 15 de Maio 2015 Prevenção do Cancro do Ovário Raquel Lopes 7 de Abril de 2015 Cancro do Ovário 5ª

Leia mais

Revista Portuguesa de

Revista Portuguesa de Revista Portuguesa de Cirurgia II Série N. 6 Setembro 2008 Revista Portuguesa de i r u r g i a II Série N. 6 Setembro 2008 ISSN 1646-6918 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ARTIGO ORIGINAL

Leia mais

Hernioplastia em ambulatório: resultado de 228 próteses auto-aderentes

Hernioplastia em ambulatório: resultado de 228 próteses auto-aderentes Director: Dr. Mesquita Rodrigues Hernioplastia em ambulatório: resultado de 228 próteses auto-aderentes André Goulart, Margarida Delgado, Maria Conceição Antunes, João Braga dos Anjos Introdução Metodologia

Leia mais

22 - Como se diagnostica um câncer? nódulos Nódulos: Endoscopia digestiva alta e colonoscopia

22 - Como se diagnostica um câncer? nódulos Nódulos: Endoscopia digestiva alta e colonoscopia 22 - Como se diagnostica um câncer? Antes de responder tecnicamente sobre métodos usados para o diagnóstico do câncer, é importante destacar como se suspeita de sua presença. As situações mais comuns que

Leia mais

Análise epidemiológica de portadores de câncer diferenciado de tireóide tratados com iodoterapia

Análise epidemiológica de portadores de câncer diferenciado de tireóide tratados com iodoterapia Revista de Medicina e Saúde de Brasília ARTIGO ORIGINAL Análise epidemiológica de portadores de câncer diferenciado de tireóide tratados com iodoterapia Epidemiological analysis of patients with differentiated

Leia mais

VIVER BEM ÂNGELA HELENA E A PREVENÇÃO DO CÂNCER NEOPLASIAS

VIVER BEM ÂNGELA HELENA E A PREVENÇÃO DO CÂNCER NEOPLASIAS 1 VIVER BEM ÂNGELA HELENA E A PREVENÇÃO DO CÂNCER NEOPLASIAS 2 3 Como muitas mulheres, Ângela Helena tem uma vida corrida. Ela trabalha, cuida da família, faz cursos e também reserva um tempo para cuidar

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO PREZADO PACIENTE: O Termo de Consentimento Informado é um documento no qual sua AUTONOMIA (vontade) em CONSENTIR (autorizar) é manifestada. A intervenção cirúrgica indicada

Leia mais

Valor de Predição para Malignidade dos Aspectos Macroscópicos do Nódulo Tireoidiano

Valor de Predição para Malignidade dos Aspectos Macroscópicos do Nódulo Tireoidiano Artigo Original Valor de Predição para Malignidade dos Aspectos Macroscópicos do Nódulo Tireoidiano Predictive Value for Malignancy of the Thyroid Nodule Macroscopically Rogério Aparecido Dedivitis*, Sergio

Leia mais

Doença nodular da tiroideia

Doença nodular da tiroideia 11º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica Diabetes Doença nodular da tiroideia Zulmira Jorge Serviço Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. H. Santa Maria NEDO - Núcleo Endocrinologia Diabetes

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Nódulos tiroideanos são comuns afetam 4- a 10% da população (EUA) Pesquisas de autópsias: 37

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DISCIPLINA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Câncer da Tireóide. Dr. Pedro Collares Maia Filho

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DISCIPLINA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Câncer da Tireóide. Dr. Pedro Collares Maia Filho UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DISCIPLINA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO Câncer da Tireóide Maia Filho Revisão da Anatomia REVISÃO ANATOMIA REVISÃO ANATOMIA REVISÃO ANATOMIA REVISÃO

Leia mais

IDOSOS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO E VIOLÊNCIA ATENDIDOS POR UM SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

IDOSOS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO E VIOLÊNCIA ATENDIDOS POR UM SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL IDOSOS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO E VIOLÊNCIA ATENDIDOS POR UM SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL Hilderjane Carla da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte / E-mail: hilderjanecarla@hotmail.com

Leia mais

José Rodrigues Pereira Médico Pneumologista Hospital São José. Rastreamento do Câncer de Pulmão: Como e quando realizar

José Rodrigues Pereira Médico Pneumologista Hospital São José. Rastreamento do Câncer de Pulmão: Como e quando realizar José Rodrigues Pereira Médico Pneumologista Hospital São José Rastreamento do Câncer de Pulmão: Como e quando realizar www.globocan.iarc.fr National Cancer Institute 2016 National Cancer Institute 2016

Leia mais

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS Acadêmica de medicina: Jéssica Stacciarini Liga de diabetes 15/04/2015 Benefícios do exercício físico em relação ao diabetes mellitus:

Leia mais

NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano V Edição 45 Maio 2013

NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano V Edição 45 Maio 2013 NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano V Edição 45 Maio 2013 COMO AVALIAR TUMORES ANEXIAIS RELATO DE CASO COMO AVALIAR TUMORES ANEXIAIS Relato de Caso AUTOR: FERNANDO GUASTELLA INSTITUIÇÃO: CETRUS Centro de Ensino em

Leia mais

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Orientação para pacientes com Cálculo (pedra) da vesícula. Quem pode ter pedra (cálculo) na vesícula? Pedra ou calculo da vesícula e uma doença bastante comum.

Leia mais

Nódulo de Tireoide. Diagnóstico:

Nódulo de Tireoide. Diagnóstico: Nódulo de Tireoide São lesões comuns à palpação da tireoide em 5% das mulheres e 1% dos homens. Essa prevalência sobe para 19 a 67% quando utilizamos a ecografia. A principal preocupação é a possibilidade

Leia mais

O presente estudo remete-nos para as causas de extração e perda dentária na dentição permanente, durante um período de 12 meses. Neste estudo foram incluídos todos os pacientes atendidos na clínica de

Leia mais

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2 399 IMPLANTAÇÃO DA VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) NA POPULAÇÃO FEMININA EM IDADE FÉRTIL: PERSPECTIVAS DE DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 1 Kelen Lopes Da Silva

Leia mais

Senhor Presidente PROJETO DE LEI

Senhor Presidente PROJETO DE LEI Senhor Presidente PROJETO DE LEI " INSTITUI, NO CALENDÁRIO OFICIAL DE DATAS E EVENTOS DO MUNICÍPIO DE SÃO DE CAETANO DO SUL, O 'MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE TIREOIDE' NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO

Leia mais

Revised American Thyroid Association Management Guidelines for Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer.

Revised American Thyroid Association Management Guidelines for Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer. Conduta no NT Resultado citológico diagnóstico ou suspeito de CTP cirurgia é recomendada. (A) Nódulos parcialmente císticos com aspirados repetidamente não diagnósticos observação rigorosa ou cirurgia

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA NÃO INVASIVO DA BEXIGA

ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA NÃO INVASIVO DA BEXIGA ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA NÃO INVASIVO DA BEXIGA (Actualização limitada do texto em Março de 2009) M. Babjuk, W. Oosterlinck, R. Sylvester, E. Kaasinen, A. Böhle, J. Palou Introdução Eur Urol 2002;41(2):105-12

Leia mais

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011 Agenda Medicina Nuclear Endocrinologia Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://www.walmorgodoi.com O objetivo desta aula é abordar a Medicina nuclear em endocrinologia (notadamente aplicações Câncer de Tireóide).

Leia mais

ANALISE DO PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL SÃO LUCAS QUE REALIZARAM FISIOTERAPIA.

ANALISE DO PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL SÃO LUCAS QUE REALIZARAM FISIOTERAPIA. ANALISE DO PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL SÃO LUCAS QUE REALIZARAM FISIOTERAPIA. INTRODUÇÃO CHAIANE DE FACI VANZETO MARCELO TAGLIETTI FAG FACULDADE ASSSIS GURGACZ, CASCAVEL, PARANÁ,

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer Conceitos Básicos Planejamento Coleta de Dados Fluxo da Informação

Registro Hospitalar de Câncer Conceitos Básicos Planejamento Coleta de Dados Fluxo da Informação Registro Hospitalar de Câncer Conceitos Básicos Planejamento Coleta de Dados Fluxo da Informação Registro Hospitalar de Câncer Este tipo de registro se caracteriza em um centro de coleta, armazenamento,

Leia mais

PRINCIPAL ETIOLOGIA DE AMPUTAÇÃO TRANSFEMORAL EM PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO DE REABILITAÇÃO FAG

PRINCIPAL ETIOLOGIA DE AMPUTAÇÃO TRANSFEMORAL EM PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO DE REABILITAÇÃO FAG PRINCIPAL ETIOLOGIA DE AMPUTAÇÃO TRANSFEMORAL EM PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO DE REABILITAÇÃO FAG INTRODUÇÃO MUHLEN,CAMILA SCAPINI.¹ TAGLIETTI, MARCELO.² Faculdade Assis Gurgacz-FAG, Cascavel-PR, Brasil

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Aspectos cirúrgicos no tratamento de tumores hepatobiliares caninos: uma revisão

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Aspectos cirúrgicos no tratamento de tumores hepatobiliares caninos: uma revisão PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Aspectos cirúrgicos no tratamento de tumores hepatobiliares caninos: uma revisão Marcel Vasconcellos Médico Veterinário, Zootecnista, discente do

Leia mais

A LÍNGUA PORTUGUESA EM CONCURSOS PÚBLICOS DA ÁREA DE GESTÃO EMPRESARIAL: UM ESTUDO QUANTITATIVO

A LÍNGUA PORTUGUESA EM CONCURSOS PÚBLICOS DA ÁREA DE GESTÃO EMPRESARIAL: UM ESTUDO QUANTITATIVO A LÍNGUA PORTUGUESA EM CONCURSOS PÚBLICOS DA ÁREA DE GESTÃO EMPRESARIAL: UM ESTUDO QUANTITATIVO Diego C. Ribeiro, Raquel Tiemi Masuda Mareco Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo Fatec, Curso

Leia mais

Indicadores Sociais Municipais 2010. Uma análise dos resultados do universo do Censo Demográfico 2010

Indicadores Sociais Municipais 2010. Uma análise dos resultados do universo do Censo Demográfico 2010 Diretoria de Pesquisas Coordenação de População e Indicadores Sociais Indicadores Sociais Municipais 2010 Uma análise dos resultados do universo do Censo Demográfico 2010 Rio, 16/11/ 2011 Justificativa:

Leia mais

DIA MUNDIAL DO CANCRO: 4/2/2015 ONCOLOGIA NA RAM - RELATÓRIO INFOGRÁFICO

DIA MUNDIAL DO CANCRO: 4/2/2015 ONCOLOGIA NA RAM - RELATÓRIO INFOGRÁFICO 1. CARACTERIZAÇÃO DA MORTALIDADE 1.1 Principais causas de morte, 2010-2013, RAM 1.2 Taxa de mortalidade padronizada (/100.000 hab), Região (RAM, RAA e Portugal), 2009 a 2012 Fonte: Estatísticas da Saúde,

Leia mais

RELATO DE CASO. Resumo. Descritores:

RELATO DE CASO. Resumo. Descritores: 26 Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 34, n o. 3, de 2005 1806-4280/05/34-03/34 Arquivos Catarinenses de Medicina RELATO DE CASO Perfil clínico e epidemiológico de pacientes da Região da AMUREL, submetidos

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada

Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada Figura 1: Radiografia de tórax em incidência póstero anterior Figura 2: Tomografia computadorizada de tórax com contraste em corte coronal e sagital

Leia mais

Key words: Carcinoma; Papillary; Thyroid Neoplasms; Thyroidectomy.

Key words: Carcinoma; Papillary; Thyroid Neoplasms; Thyroidectomy. Artigo Original Microcarcinoma papilífero da tireoide: análise em 523 tireoidectomias Papillary thyroid microcarcinoma: study of 523 thyroidectomies Francisco Monteiro de Castro Junior 1 Luis Alberto Albano

Leia mais

Anexo III Metas Fiscais III.8 Avaliação da Situação Financeira e Atuarial dos Benefícios Assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social LOAS

Anexo III Metas Fiscais III.8 Avaliação da Situação Financeira e Atuarial dos Benefícios Assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social LOAS Anexo III Metas Fiscais III.8 Avaliação da Situação Financeira e Atuarial dos Benefícios Assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social LOAS (Art. 4 o, 2 o, inciso IV, da Lei Complementar n o 101,

Leia mais

Doença com grande impacto no sistema de saúde

Doença com grande impacto no sistema de saúde Por quê abordar a Doença Renal Crônica Cô? PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA Doença com grande impacto no sistema de saúde Acomete muitas pessoas Vem aumentando nos últimos anos Provavelmente continuará a aumentar

Leia mais

AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE CITALOPRAM NO MUNÍCIPIO DE CASTILHO/SP

AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE CITALOPRAM NO MUNÍCIPIO DE CASTILHO/SP AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE CITALOPRAM NO MUNÍCIPIO DE CASTILHO/SP Glaziely Jesus Freitas da Cruz Denise Cristina S. Takemoto Rodrigo Ferreira Corsato Graduando em Farmácia Juliana Gomes de Faria Silvana

Leia mais

30/05/2016. Resposta parcial após neoadjuvância: há espaço para quimioterapia adjuvante?

30/05/2016. Resposta parcial após neoadjuvância: há espaço para quimioterapia adjuvante? Resposta parcial após neoadjuvância: há espaço para quimioterapia adjuvante? Resposta parcial após neoadjuvância: há espaço para quimioterapia adjuvante? Estamos num momento de quebra de paradigmas? José

Leia mais

PRINCIPAIS AGRAVOS UROLÓGICOS FORUM POLÍTICAS PUBLICAS E SAÚDE DO HOMEM/2014

PRINCIPAIS AGRAVOS UROLÓGICOS FORUM POLÍTICAS PUBLICAS E SAÚDE DO HOMEM/2014 PRINCIPAIS AGRAVOS UROLÓGICOS FORUM POLÍTICAS PUBLICAS E SAÚDE DO HOMEM/2014 CARLOS CORRADI CHEFE SERV. UROLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL MINAS GERAIS PRESIDENTE SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA 2014-2015

Leia mais

Gastos com medicamentos para tratamento da asma pelo Ministério da Saúde, 2007-2011

Gastos com medicamentos para tratamento da asma pelo Ministério da Saúde, 2007-2011 Gastos com medicamentos para tratamento da asma pelo Ministério da Saúde, 2007-2011 Cristiane Olinda Coradi, Marina Guimarães Lima Departamento de Farmácia Social da Faculdade de Farmácia da Universidade

Leia mais

PERFIL DA CATARATA EM IDOSOS DA REGIÃO DA BORBOREMA

PERFIL DA CATARATA EM IDOSOS DA REGIÃO DA BORBOREMA PERFIL DA CATARATA EM IDOSOS DA REGIÃO DA BORBOREMA Yggo Ramos de Farias Aires Graduando do curso de Fisioterapia - UEPB (yggo.ramos@gmail.com) Camilla Ribeiro Lima de Farias - Mestranda em Saúde Pública

Leia mais

R3 HAC Thaís Helena Gonçalves Dr Vinícius Ribas Fonseca

R3 HAC Thaís Helena Gonçalves Dr Vinícius Ribas Fonseca R3 HAC Thaís Helena Gonçalves Dr Vinícius Ribas Fonseca Câncer infanto-juvenil (

Leia mais

Fisiopatologia Respiratória na Obesidade Mórbida. Implicações Perioperatorias

Fisiopatologia Respiratória na Obesidade Mórbida. Implicações Perioperatorias Introdução A obesidade constitui um dos problemas de saúde mais importantes das sociedades desenvolvidas Na Espanha os custos econômicos com a obesidade representam 6,9% do gasto sanitário O índice de

Leia mais

1 Introdução. 1.1. Objeto do estudo e o problema de pesquisa

1 Introdução. 1.1. Objeto do estudo e o problema de pesquisa 1 Introdução Este capítulo irá descrever o objeto do estudo, o problema de pesquisa a ser estudado, o objetivo do estudo, sua delimitação e sua limitação. 1.1. Objeto do estudo e o problema de pesquisa

Leia mais

GRUPO DE BIÓPSIA ASPIRATIVA COM AGULHA FINA ANÁLISE DOS PRIMEIROS 500 CASOS

GRUPO DE BIÓPSIA ASPIRATIVA COM AGULHA FINA ANÁLISE DOS PRIMEIROS 500 CASOS GRUPO DE BIÓPSIA ASPIRATIVA COM AGULHA FINA ANÁLISE DOS PRIMEIROS 500 CASOS Hospital de S. Marcos Braga Departamento de Cirurgia. Serviço de Cirurgia I Director: Dr. A. Gomes Unidade de Cabeça e Pescoço

Leia mais

Frequência de microcarcinoma papilífero em doenças benignas da tireóide. Frequency of papillary microcarcinoma in thyroid benign diseases.

Frequência de microcarcinoma papilífero em doenças benignas da tireóide. Frequency of papillary microcarcinoma in thyroid benign diseases. 40 Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 39, n o. 4, de 2010 0004-2773/10/39-04/40 Arquivos Catarinenses de Medicina Frequência de microcarcinoma papilífero em doenças benignas da tireóide. Frequency

Leia mais

O que é câncer de pele? Incidência. Fatores de Risco

O que é câncer de pele? Incidência. Fatores de Risco Câncer de Pele O que é câncer de pele? Como a pele é um órgão heterogêneo, esse tipo de câncer pode apresentar neoplasias de diferentes linhagens. As mais frequentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma

Leia mais

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Roberto Esmeraldo R3 CCP

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Roberto Esmeraldo R3 CCP ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Roberto Esmeraldo R3 CCP SENSIBILIDADE capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiros positivos, nos indivíduos verdadeiramente doentes. sujeito a falso-positivos

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR 1 Avaliação de fratura de coluna e lesão de lombo em carcaça de suínos relacionada com altura do terceiro ponto da eletrocussão. Evaluation of vertebrae fracture and loin bruising at swine carcasses related

Leia mais

Diabetes e Hipogonadismo: estamos dando a devida importância?

Diabetes e Hipogonadismo: estamos dando a devida importância? Diabetes e Hipogonadismo: estamos dando a devida importância? por Manuel Neves-e-Castro,M.D. Clinica de Feminologia Holistica Website: http://neves-e-castro.pt Lisboa/Portugal Evento Cientifico Internacional

Leia mais

A urbanização e a transição da fecundidade: o Brasil é um caso exemplar?

A urbanização e a transição da fecundidade: o Brasil é um caso exemplar? A urbanização e a transição da fecundidade: o Brasil é um caso exemplar? George Martine 1 José Eustáquio Diniz Alves 2 Suzana Cavenaghi 3 As transições urbana e demográfica são dois fenômenos fundamentais

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS TIREOIDIANOS EM USUÁRIOS DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS TIREOIDIANOS EM USUÁRIOS DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS TIREOIDIANOS EM USUÁRIOS DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS Kamila Karoliny Ramos de Lima 1, Josimar dos Santos Medeiros 2. Resumo Entre as principais doenças de evolução

Leia mais

Visual Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda. solução oftálmica cloridrato de nafazolina 0,15 mg/ml + sulfato de zinco heptaidratado 0,3 mg/ml

Visual Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda. solução oftálmica cloridrato de nafazolina 0,15 mg/ml + sulfato de zinco heptaidratado 0,3 mg/ml Visual Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda. solução oftálmica cloridrato de nafazolina 0,15 mg/ml + sulfato de zinco heptaidratado 0,3 mg/ml I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Visual cloridrato de nafazolina

Leia mais

REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS CAPÍTULO I DA SUBMISSÃO DE TRABALHOS

REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS CAPÍTULO I DA SUBMISSÃO DE TRABALHOS REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS A Comissão Científica e a Comissão de Avaliação de Trabalhos estabelecem os critérios para a submissão de trabalhos científicos para o CONBRAN 2016.

Leia mais

Recomendações para pacientes com câncer de mama com mutação dos genes BRCA 1 ou 2

Recomendações para pacientes com câncer de mama com mutação dos genes BRCA 1 ou 2 Recomendações para pacientes com câncer de mama com mutação dos genes BRCA 1 ou 2 Rafael Kaliks Oncologia Hospital Albert Einstein Diretor Científico Instituto Oncoguia rkaliks@gmail.com Risco hereditário:

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA RESPOSTA TÉCNICA COREN/SC Nº 06/CT/2016/RT Assunto: Curativo por Pressão Subatmosférica (VAC) Palavras-chave: Curativo por Pressão Subatmosférica, Curativo por pressão negativa, Estomaterapeuta. I Solicitação

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ UESPI UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE PESQUISA CNPq PERFIL DOS PACIENTES COM HIPERTIREOIDISMO SUBMETIDOS A RADIODOTERAPIA COM DOSE FIXA EM CLÍNICA

Leia mais

O ENVELHECIMENTO NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 Simone C. T. Mafra UFV sctmafra@ufv.br Emília P.

O ENVELHECIMENTO NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 Simone C. T. Mafra UFV sctmafra@ufv.br Emília P. O ENVELHECIMENTO NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 Simone C. T. Mafra UFV sctmafra@ufv.br Emília P. Silva UFV emilia.ergo@ufv.br Estela S. Fonseca UFV estela.fonseca@ufv.br

Leia mais

PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ACERCA DA INCLUSÃO ESCOLAR

PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ACERCA DA INCLUSÃO ESCOLAR EDUCAÇÃO FÍSICA E PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ACERCA DA INCLUSÃO ESCOLAR Gabrielle Cristina Sanchez Adriana Garcia Gonçalves São Carlos - UFSCar Eixo Temático: 9 Pesquisa e Inovação Metodológica

Leia mais

Fatores sócio econômicos interferem no prognóstico do Glioblastoma Multiforme

Fatores sócio econômicos interferem no prognóstico do Glioblastoma Multiforme Fatoressócio econômicosinterferemnoprognósticodo GlioblastomaMultiforme Jose Carlos Lynch 1, Leonardo Welling 3, Cláudia Escosteguy 4, Ricardo Andrade2,CelestinoPereira2 Abstract Objective: This is a retrospective

Leia mais

Obtenção Experimental de Modelos Matemáticos Através da Reposta ao Degrau

Obtenção Experimental de Modelos Matemáticos Através da Reposta ao Degrau Alunos: Nota: 1-2 - Data: Obtenção Experimental de Modelos Matemáticos Através da Reposta ao Degrau 1.1 Objetivo O objetivo deste experimento é mostrar como se obtém o modelo matemático de um sistema através

Leia mais

AGLÂNDULA TIREOIDE SE LOCALIZA NA REGIÃO IN-

AGLÂNDULA TIREOIDE SE LOCALIZA NA REGIÃO IN- mulheres, ficando como o quinto tipo de câncer mais frequente na população feminina americana. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência dessa neoplasia foi estimada em 10,6

Leia mais

O Pradaxa é um medicamento que contém a substância ativa etexilato de dabigatran. Está disponível em cápsulas (75, 110 e 150 mg).

O Pradaxa é um medicamento que contém a substância ativa etexilato de dabigatran. Está disponível em cápsulas (75, 110 e 150 mg). EMA/47517/2015 EMEA/H/C/000829 Resumo do EPAR destinado ao público etexilato de dabigatran Este é um resumo do Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR) relativo ao. O seu objetivo é explicar o modo

Leia mais

Invasiva. Preliminary Results of the Minimally Invasive Video assisted Thyroidectomy. Rogério Aparecido Dedivitis, André Vicente Guimarães

Invasiva. Preliminary Results of the Minimally Invasive Video assisted Thyroidectomy. Rogério Aparecido Dedivitis, André Vicente Guimarães Comunicação Preliminar 21 Artigo Original Resultados Preliminares da Tireoidectomia Minimamente Invasiva Vídeo ídeo-assistida Preliminary Results of the Minimally Invasive Video assisted Thyroidectomy

Leia mais

Doença de base 2. CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES

Doença de base 2. CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES Doença de base As patologias de base dos pacientes corresponderam ao grupo ao qual pertenciam. Assim, o diabetes mellitus e a insuficiência venosa crônica, isolados ou associados a outras patologias, como

Leia mais

USO ADEQUADO DA CATEGORIA 3 EM MAMOGRAFIA, ULTRASSONOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EDWARD A. SICKLES

USO ADEQUADO DA CATEGORIA 3 EM MAMOGRAFIA, ULTRASSONOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EDWARD A. SICKLES USO ADEQUADO DA CATEGORIA 3 EM MAMOGRAFIA, ULTRASSONOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EDWARD A. SICKLES A CATEGORIA 3 FOI CRIADA PARA SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DE LESÕES QUE APRESENTAM MENOS QUE 2% DE CHANCE

Leia mais

Unidade 1. jcmorais 09

Unidade 1. jcmorais 09 Unidade 1 jcmorais 09 Actualmente possuímos conhecimentos e técnicas capazes de controlar a fertilidade, de modo a: Diminuir a fertilidade humana Aumentar a fertilidade humana Contracepção e métodos contraceptivos

Leia mais

CURRICULUM VITAE. Dados Pessoais. Nome Cintia Mendonça de Abreu

CURRICULUM VITAE. Dados Pessoais. Nome Cintia Mendonça de Abreu CURRICULUM VITAE Dados Pessoais Nome Cintia Mendonça de Abreu Formação Universitária Graduação Instituição Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Goiás Conclusão 17/11/1995 Pós-Graduação Residência

Leia mais

A Efetividade dos cuidados de saúde PTDC/CS-SOC/113519/2009

A Efetividade dos cuidados de saúde PTDC/CS-SOC/113519/2009 A Efetividade dos cuidados de saúde Nados mortos/1.000 Nados vivos A efetividade dos cuidados de saúde Ganhos em saúde Na perspectiva de quem? Do governo, ou do financiador? Dos prestadores? Dos clientes?

Leia mais

Febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite (PFAPA)

Febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite (PFAPA) www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite (PFAPA) Versão de 2016 1. O QUE É A PFAPA 1.1 O que é? PFAPA significa Febre Periódica, Estomatite

Leia mais

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 1 INSTRUÇÕES Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 3 4 Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno,

Leia mais

Imagem da Semana: Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada

Imagem da Semana: Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada Imagem da Semana: Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada Imagem 01. Ultrassonografia Cervical (região de espaço carotídeo direito) Imagem 02. Ultrassonografia Cervical com Doppler (região de espaço

Leia mais

ALTERAÇÕES TORÁCICAS CORREÇÕES CIRÚRGICAS

ALTERAÇÕES TORÁCICAS CORREÇÕES CIRÚRGICAS Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde ALTERAÇÕES TORÁCICAS CORREÇÕES CIRÚRGICAS Prof. Dr. Luzimar Teixeira 1. Técnica cirúrgica corrige não só a região anterior do

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA Parecer Coren/SC Nº 007/CT/2015 Assunto: realização da retirada ou o tracionamento dos drenos portovack e penrose. I Do fato A Gerência do Serviço de Enfermagem de uma instituição hospitalar solicita parecer

Leia mais

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALJEZUR

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALJEZUR ALJEZUR, 4 DE DEZEMBRO DE 7 INTRODUÇÃO Desde a sua criação até aos dias de hoje, a formação interna dos elementos que constituem o Corpo de Bombeiros Voluntários de Aljezur, tem sido uma constante, na

Leia mais

TEMA: MONITORIZAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA NA CIRURGIA CORRETORA DA ESCOLIOSE CONGÊNITA

TEMA: MONITORIZAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA NA CIRURGIA CORRETORA DA ESCOLIOSE CONGÊNITA NTRR29/2013 Solicitante: Ilmo Dr Edgard Penna Amorim Desembargador da 8ª Câmara Cível TJMG Numeração: 1.0079.13.003322-2/003 Data: 22/03/2013 Medicamento Material Procedimento X Cobertura TEMA: MONITORIZAÇÃO

Leia mais

TUMOR DESMÓIDE UMA REVISÃO DE LITERATURA

TUMOR DESMÓIDE UMA REVISÃO DE LITERATURA V. 2, n. 02, p. 02-07, 2015. SOCIEDADE DE PATOLOGIA DO TOCANTINS ARTICLE REVIEW TUMOR DESMÓIDE UMA REVISÃO DE LITERATURA Stephanie YukaMatwijszyn Nagano¹, Renata Moreira Marques Passos¹, Micael Cruz Santana¹,

Leia mais

LABORATORIAL / EXAMES COMPLEMENTARES: A)

LABORATORIAL / EXAMES COMPLEMENTARES: A) PROTOCOLO DE NÓDULO TIREOIDIANO (NO ADULTO) METODOLOGIA DE BUSCA DA LITERATURA: Base de dados Medline/Pubmed utilizando-se a estratégia de busca com os termos thyroid nodules e restringindo-se para estudos

Leia mais

RELAÇÕES ENTRE ESTRESSE EM CUIDADORES DE PESSOAS COM DOENÇA DE ALZHEIMER E DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS DOS PACIENTES

RELAÇÕES ENTRE ESTRESSE EM CUIDADORES DE PESSOAS COM DOENÇA DE ALZHEIMER E DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS DOS PACIENTES RELAÇÕES ENTRE ESTRESSE EM CUIDADORES DE PESSOAS COM DOENÇA DE ALZHEIMER E DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS DOS PACIENTES Ana Virgínia de Castilho Santos Curiacos- Discente do Curso de Psicologia- Unisalesiano

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 430/2014 Informações sobre Depressão: Clo e Frontal

RESPOSTA RÁPIDA 430/2014 Informações sobre Depressão: Clo e Frontal RESPOSTA RÁPIDA 430/2014 Informações sobre Depressão: Clo e Frontal SOLICITANTE Drª Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito Comarca de Itapecerica NÚMERO DO PROCESSO Autos nº 0335.14.1563-7 DATA

Leia mais

REGIMENTO DA REVISTA DIÁLOGO EDUCACIONAL

REGIMENTO DA REVISTA DIÁLOGO EDUCACIONAL REGIMENTO DA REVISTA DIÁLOGO EDUCACIONAL Capítulo I Da Revista e sua Sede Art. 1º - A Revista Diálogo Educacional, criada em 2000, é uma publicação periódica do da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Leia mais

TRATAMENTO SISÊMICO NEOADJUVANTE SEGUIDO DE CITORREDUÇÃO DE INTERVALO. Eduardo Vieira da Motta

TRATAMENTO SISÊMICO NEOADJUVANTE SEGUIDO DE CITORREDUÇÃO DE INTERVALO. Eduardo Vieira da Motta TRATAMENTO SISÊMICO NEOADJUVANTE SEGUIDO DE CITORREDUÇÃO DE INTERVALO Eduardo Vieira da Motta Sobrevida global por doença residual Fatos Citorredução é efetiva porque há quimioterapia Maior volume tumoral,

Leia mais

Í N D I C E G E R A L. v i i A B R E V I A T U R A S E S I G L A S. v i i i L I S T A D E T A B E L A S E F I G U R A S ix

Í N D I C E G E R A L. v i i A B R E V I A T U R A S E S I G L A S. v i i i L I S T A D E T A B E L A S E F I G U R A S ix Í N D I C E : Í N D I C E G E R A L. v i i A B R E V I A T U R A S E S I G L A S. v i i i L I S T A D E T A B E L A S E F I G U R A S ix R E S U M O. x A B S T R A C T... xi I - I N T R O D U Ç Ã O - 1

Leia mais

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço D I R E T R I Z E S 2 0 07 Antonio Jose Gonçalves A Disciplina de Cirurgia de

Leia mais

Herniorrafia inguinal ou femoral por videolaparoscopia

Herniorrafia inguinal ou femoral por videolaparoscopia V Jornada Nacional de Economia da Saúde II Jornada de Avaliação de Tecnologias em Saúde do IMIP Herniorrafia inguinal ou femoral por videolaparoscopia Enfª Tania Conte, Luiz H. P. Furlan MD, MsC, Marlus

Leia mais

DEPRESSÃO E AVC NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO: UM ESTUDO DE CASO-CONTROLE

DEPRESSÃO E AVC NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO: UM ESTUDO DE CASO-CONTROLE DEPRESSÃO E AVC NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO: UM ESTUDO DE CASO-CONTROLE Autores: Beatriz Mendes Pereira; Francisco Wilson Nogueira Holanda Júnior; Maria Emanuela Matos Leonardo; Maricélia Alves

Leia mais

Programa de Mobilidade Estudantil na Fatih University. Edital GCUB nº 001/2016. Acerca das iniciativas da Fatih e do GCUB

Programa de Mobilidade Estudantil na Fatih University. Edital GCUB nº 001/2016. Acerca das iniciativas da Fatih e do GCUB Programa de Mobilidade Estudantil na Fatih University Edital GCUB nº 001/2016 A Fatih University (Fatih) e o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), no âmbito do Protocolo de Cooperação Internacional

Leia mais

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar? 2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar? 3 Farm. André Cabral Contagem, 19 de Maio de 2010 Rastreabilidade É definida como a habilidade

Leia mais

IV Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica do Cesumar 20 a 24 de outubro de 2008

IV Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica do Cesumar 20 a 24 de outubro de 2008 20 a 24 de outubro de 2008 PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E SUA RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM CUIDADORES DE PACIENTES DE CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO DA CIDADE DE MARINGÁ Juliana Barbosa

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3CCP HUWC

Gaudencio Barbosa R3CCP HUWC Gaudencio Barbosa R3CCP HUWC Pacientes com carcinoma de celulas escamosas (CEC) comumente se apresentam com massa cervical O primario geralmente é revelado após avaliação clínica O primário pode ser desconhecido

Leia mais

XIV Reunião Clínico - Radiológica. Dr. Rosalino Dalazen. www.digimaxdiagnostico.com.br

XIV Reunião Clínico - Radiológica. Dr. Rosalino Dalazen. www.digimaxdiagnostico.com.br XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. Rosalino Dalazen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO CLÍNICO Fem. 36 anos. Sem comorbidades prévias. S# inchaço da perna Edema da perna esquerda, com início há meses,

Leia mais

Margarida Isabel A Auditoria Tributária e a Deteção. Melo de Oliveira de Comportamento Evasivo

Margarida Isabel A Auditoria Tributária e a Deteção. Melo de Oliveira de Comportamento Evasivo Universidade de Aveiro Instituto Superior de Contabilidade e Administração 2012 Margarida Isabel A Auditoria Tributária e a Deteção Melo de Oliveira de Comportamento Evasivo 1 Universidade de Aveiro Instituto

Leia mais

HÉRNIA DE AMYAND : RELATO DE CASO¹ AMYAND S HERNIA: A CASE REPORT

HÉRNIA DE AMYAND : RELATO DE CASO¹ AMYAND S HERNIA: A CASE REPORT RELATO DE CASO HÉRNIA DE AMYAND : RELATO DE CASO¹ AMYAND S HERNIA: A CASE REPORT Andréa Simonne do NascimentoHENRIQUES²,Raimundo Nonato Ribeiro de OLIVEIRA JÚNIOR 2, William Mota de Siqueira³ e Clisse

Leia mais