UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Luiz Gustavo Chaves de Toledo APLICAÇÃO DOS MODELOS CLÁSSICOS DE ESTOQUES EM UMA REDE DE VAREJO SUPERMERCADISTA Dissertação de Mestrado Bauru Junho, 2011

2 Luiz Gustavo Chaves de Toledo APLICAÇÃO DOS MODELOS CLÁSSICOS DE ESTOQUES EM UMA REDE DE VAREJO SUPERMERCADISTA Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Estadual Paulista como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Produção Orientador: Prof. Dr. Jair Wagner de Souza Manfrinato Bauru Junho, 2011

3 Toledo, Luiz Gustavo Chaves de. Aplicação dos Modelos Clássicos de Estoque em uma rede de Varejo Supermercadista / Luiz Gustavo Chaves de Toledo, f. Orientador: Jair Wagner de Souza Manfrinato Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia, Bauru, Gestão de Estoque. 2. Varejo Supermercadista. 3. Modelagem. 4. Tomada de decisão. I. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia. II. Título.

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5 Dedico este trabalho a meu filho Gustavo, a minha esposa Marilea aos meus pais, José Carlos (in memoriam) e Christina, as minhas irmãs, Simone e Roberta, pelo amor, compreensão, união e felicidade.

6 AGRADECIMENTOS Neste período de elaboração da dissertação tive o privilégio de trabalhar e conviver com pessoas excepcionais, cujo empenho, exemplo e dedicação serviram como lição e irão balizar minha vida daqui por diante. Agradeço a minha família, por acreditar em meus sonhos e pelo apoio e união de sempre. Ao professor e orientador, professor Dr. Jair Wagner de Souza Manfrinato, pelo valioso suporte, pela disponibilidade e por entender as dificuldades de realizar esse curso, acompanhando toda a realização deste trabalho. A todos os colegas, professores e funcionários da Faculdade de Engenharia de Bauru, que direta ou indiretamente contribuíram para a concretização desta dissertação. Aos meus colegas de Mestrado, especialmente João Carlos Tascin, Rodrigo Fantinni, Glauco Carvalho, e tantos outros com os quais tive o prazer de conviver juntos durante o curso. Aos amgos João Carlos e Leandro, por entenderem, incentivar e colaborar com meu objetivo de realizar um estudo em um ambiente ainda com muito pouco contato com metodologias científicas de gestão. E a todos que porventura venha a esquecer de mencionar, mas que de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuíram para a elaboração desta dissertação. A Deus por mais esta excelente experiência em minha vida.

7 "Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!" Mário de Andrade.

8 RESUMO O ambiente cada vez mais competitivo que as empresas enfrentam força a busca da redução dos custos, sem interferir na qualidade de seus processos e produtos, como forma de sobreviver. Neste contexto, a otimização do uso dos materiais e estoques é uma oportunidade para estas empresas conquistar este objetivo, especialmente em empresas que atuam no segmento varejista, pelo fato dos custos dos estoques ligados a esse segmento de negócio, representar em torno de 80% dos custos totais. A gestão de estoques tem como objetivo manter o investimento mínimo em estoques sem que isto acarrete riscos de faltas, sendo suficientes para manter o equilíbrio entre a disponibilidade e o consumo. Esta pesquisa tem como proposta avaliar os modelos clássicos de estoque, de revisão contínua e revisão periódica, aplicados no varejo supermercadista, por meio de um estudo de caso (único) em uma empresa do setor, analisando sua política e gestão de estoques por meio de modelagem em planilha eletrônica para comparar os dados reais de estoques de produtos de alto giro com os parâmetros dos modelos clássicos. O modelo considera os principais custos e variáveis que afetam a operação com estoques no ambiente supermercadista. Os resultados foram medidos por meio de indicadores, tais como giro de estoque, cobertura de estoque, nível de serviço e retorno sobre o investimento. Com o modelo foi possível observar oportunidades de melhoria na gestão dos estoques com o auxílio da modelagem, apoiando os responsáveis pelos estoques e compras na tomada de decisão que obtenha o menor custo e que atenda aos requisitos de serviço para a operação. Palavras chaves: Gestão de Estoques; Varejo Supermercadista; Modelagem; Tomada de Decisão.

9 ABSTRACT The increasingly competitive environment faced by companies force to seek the reduction of costs, without interfering with the quality of its processes and products as a way to survive. In this context, optimizing the use of materials and supplies is an opportunity for these companies to achieve this goal, especially in companies that operate in the retail segment, because the cost of stocks to that business segment represented approximately 80% of costs totals. The inventory management aims to maintain the minimum investment in inventory without thereby incurring the risk of faults, which are sufficient to maintain the balance between availability and consumption. This research is proposed to evaluate the classical models of inventory, continuous review and periodic review, applied to the retail market, through a single case study in a company in the sector, reviewing its policy and inventory management through modeling in a spreadsheet to compare the actual data of stocks of products with high spin parameters of the classic models. The model considers the major costs and variables that affect operation with stores in the supermarket environment. Results are measured through indicators such as turnover, coverage, service level and return on investment. With the model was observed for improvement in inventory management with the aid of modeling, which can assist those responsible for inventory purchases and in making the decision to obtain the lowest cost that meets the service requirements for the operation. Keywords: Inventory Management; Retail Supermarket; Modeling; Decision-Making.

10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1:Vendas por seção - varejo supermercadista Figura 2: Modelo determinístico de estoque...31 Figura 3: Modelo de ponto de reposição Figura 4: Revisão contínua com Incertezas na Demanda e no Lead Time...34 Figura 5: Curva de custo total de estoque...36 Figura 6: Modelo de revisão periódica...37 Figura 7: Política de revisão periódica com variação de demanda...37 Figura 8: indicador de nível de serviço ao cliente disponibilidade...42 Figura 9: Estoque de segurança...45 Figura 9: incerteza na demanda durante o lead time de entrega Figura 10: variação do Lead Time de entrega...49 Figura 11: Evolução dos estoque Arroz Premium 5kg...86 Figura 12: Evolução dos estoque Arroz Família 5kg...86 Figura 13: Evolução dos estoque Arroz Tradicional 5kg...87

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1: abrangência de valores para variáveis aleatórias em uma distribuição normal...49 Tabela 3: Amostra de produtos analisados...72 Tabela 4: Parâmetros de cadastro dos produtos...73 Tabela 5: Desempenho de fornecedores...74 Tabela 6: Custos de armazenagem...75 Tabela 7: Custos de pedido...77 Tabela 8: lotes econômicos de compras para produtos da amostra...78 Tabela 9: input de dados Fornecedor 5 Arroz Premium 5kg Tabela 10: indicadores de estoque Fornecedor 5 Arroz...82 Tabela 11: custos associados de estoque Fornecedor 5 - Arroz...83 Tabela 12: apuração de resultados...84 Tabela 13: resultado consolidado fornecedor 5 Arroz

12 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Fator de segurança (K) X Nível de Serviço...50 Quadro 2: Condução de um estudo de caso...63 Quadro 3: Esquema metodológico de condução da pesquisa...64 Quadro 4: cálculos dos indicadores de estoque...84 Quadro 5: calculo dos custos associados de estoque...83

13 LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS ABC CMV CPFR CR ECR EDI Emax EOQ ERP ES FLV IP IR JIT LEC PDV QR SCM VMI WIP Activity-Based Costing Custo das mercadorias vendidas Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment Continuous Replenishment Efficient Consumer Response Eletronic Data Interchange Estoque máximo Economic Order Quality Enterprise Resource Planning Estoque de segurança Frutas, legumes e verduras Intervalo de pedido Intervalo de ressuprimento (ou de compra) Just-In-Time Lote Econômico de Compra Ponto-de-venda Quick Response Supply Chain Management Vendor Managed Inventory work in process

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS DA PESQUISA JUSTIFICATIVA DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO MODELOS DE ESTOQUES NO VAREJO ESTOQUES NO VAREJO SUPERMERCADISTA GESTÃO DE ESTOQUES MODELOS CLÁSSICOS DE ESTOQUES Modelo de revisão contínua Modelo de revisão periódica CUSTOS DE ESTOQUE INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE ESTOQUES ESTOQUES DE SEGURANÇA GESTÃO DE ABASTECIMENTO NO VAREJO FUNÇÃO COMPRAS NO VAREJO Tipos de compras Decisões de compra Como são tomadas as decisões de compras ONDE ALOCAR OS ESTOQUES MÉTODO DE PESQUISA ESTUDO DE CASO DESCRIÇÃO DA GESTÃO DE ESTOQUES ESTRATÉGIAS DE ABASTECIMENTO COLETA DOS DADOS DESEMPENHO DE FORNECIMENTO CUSTOS DOS ESTOQUES LOTES DE COMPRAS RESTRIÇÕES DO PROCESSO DE RESSUPRIMENTO MODELAGEM DE ESTOQUES CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE A ROTEIRO DE ENTREVISTA... 98

15 14 1 INTRODUÇÃO O setor de varejo de alimentos vem passando por grandes mudanças nas últimas décadas. No Brasil da década de 50 eram comuns estabelecimentos de comércio de alimentos como as chamadas mercearias de secos e molhados, nas quais produtos alimentícios eram vendidos a granel, e, também, nos quais eram, na maioria das vezes, os proprietários quem atendiam e serviam os clientes. Oconceitodeauto-serviço surgiu na década de 50, no qual o cliente, ao invés de ser atendido e servido, ele próprio realiza sua compra, pegando as mercadorias e pagando ao sair do estabelecimento (PARENTE, 2000). Segundo Novaes (2004), com a implantação da indústria automobilística e com o uso crescente de geladeiras no ambiente doméstico, entre as décadas de 50 e 60, criaramse condições para o surgimento dos supermercados. A década de 70, período de grande crescimento econômico, também trouxe novidades para o setor, com o surgimento dos primeiros hipermercados no país, lojas grandes e mix variado, que buscavam atender a todas as necessidades dos clientes em um só local. Na década de 80, a inflação freia o avanço econômico. Para o varejo supermercadista foi um período que se caracterizou por grandes estoques. Era vantajoso comprar e manter altos volumes de estoques, pois os ganhos com o aumento dos preços com o tempo, como conseqüência da inflação, compensava o investimento, o que refletiu na cultura do setor. A década de 90 trouxe a estabilidade econômica e também atraiu grandes varejistas estrangeiros, que enxergaram o potencial de crescimento do setor. Segundo Parente (2000), esse ambiente trouxe consigo a necessidade de adaptar o formato de gestão do setor ao ambiente mais competitivo. Neste contexto, não era vantajoso manter altos volumes de estoques e as empresas buscaram aprimorar seus métodos de gestão de estoque como forma de aumentar a eficiência operacional e serem mais competitivas. Além disso, muitos produtos possuem

16 15 prazos de validade razoavelmente curtos, por serem perecíveis e, assim, podem gerar desperdícios ou perdas para as empresas caso haja maior oferta do que demanda. Kuehne (2008) cita como objetivo principal da gestão de estoques o equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos, mantendo estoques mínimos, sem que isto acarrete riscos de não tê-los em quantidades suficientes para manter o equilíbrio entre a disponibilidade e o consumo. O valor dos estoques ou custo das mercadorias vendidas (CMV), que são basicamente os produtos adquiridos para revenda a varejo, é o maior componente de custo relativo às operações de varejo supermercadista, com participação em torno de 80% dos custos totais. Por isso, toda decisão quanto a sua sistemática de compra e abastecimento deve focar em ser realizada de modo a gerar o menor custo possível. Como, historicamente, os lucros de operações do setor são baixos, em torno de 2% (Revista Superhiper, 2010), qualquer ganho na gestão dos estoques terá alto impacto nos lucros. O uso de modelos matemáticos, por meio de ferramentas computacionais, que auxilie a tomada de decisão de ressuprimento, buscando a alternativa de menor custo da operação e mantendo o nível de serviço desejado, pode auxiliar os responsáveis pela operação, tanto para o setor de compras, que poderá aliar os dados gerados em conjunto com sua experiência quando tiver de realizar operações de compras, como também para o responsável por estoques ou logística, determinando os parâmetros de segurança, com a menor quantidade necessária de estoque que evite falta de produtos. Esta pesquisa tem como proposta avaliar os modelos clássicos de estoque para o varejo supermercadista, por meio de um estudo de caso (único) em uma empresa do setor, analisando sua gestão e indicadores de estoques, com os dados de estoque, pretendese analisar os modelos de revisão contínua e revisão periódica por meio de modelagem e simulação, comparando os resultados com a evolução real dos produtos. Desta forma, procurou-se delimitar o escopo de análise em relação ao objeto a ser estudado (modelos de estoques), estoques de produtos acabados de alto giro e em relação ao segmento produtivo (setor supermercadista).

17 OBJETIVOS DA PESQUISA Aplicar os modelos clássicos de estoque, de revisão contínua e revisão periódica, em uma rede de varejo supermercadista, por meio de um estudo de caso e modelagem e simulação. Como objetivos específicos: 1. Avaliar os indicadores e as variáveis que afetam o controle de estoque para produtos de alto giro, de acordo com suas características e condições de suprimento de uma operação supermercadista; 2. Avaliar os estoques de segurança verificando o desempenho de entrega dos fornecedores para determinar o lead time de entrega que equilibre a menor necessidade de estoques durante o período de ressuprimento e evite faltas de acordo com o nível de serviço desejado; 3. Elaborar modelagem de estoque e comparar a evolução real com os modelos clássicos de estoque, em um teste retrospectivo; 4. Propor um modelo para a tomada de decisão que auxilie o responsável pelos estoques a definir qual é a condição de suprimento de menor custo ou mais adequada para a operação. 1.2 JUSTIFICATIVA De acordo com a revista Supermercado Moderno (2009) o varejo supermercadista movimentou 145,2 bilhões de reais em vendas em O setor de auto-serviço, do qual os supermercados fazem parte, movimentou 158,2 bilhões de reais, em mais de lojas, empregando mais de 745 mil funcionários, representando 5,5% do PIB brasileiro em Os 20 maiores grupos supermercadistas tiveram vendas de 82,2 bilhões de reais, mais da metade do total de vendas dos supermercados (56,6%). Os estoques representam cerca de 80% dos custos totais de uma operação de varejo supermercadista. O setor teve pouco contato com métodos científicos de gestão, que somente na última década tem sido introduzido no setor, oriundos da indústria. Diante da importância e abrangência do setor supermercadista para o desenvolvimento da economia brasileira e pelo impacto financeiro que os estoques representam os custos nas empresas deste segmento, espera-se que esta pesquisa possa contribuir com o aprimoramento da gestão de estoques neste setor.

18 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA Como o objetivo é analisar os modelos de estoques em um supermercado, caracterizado pela revenda de produtos acabados, o escopo da pesquisa é delimitado em relação ao objeto a ser estudado (modelos de estoques) e em relação ao segmento (varejo supermercadista). Não serão consideradas as particularidades de uma negociação comercial, como acordos e verbas promocionais ou ofertas de fabricantes. Foi considerado como lucro o valor de venda menos o valor de custo. Também não serão consideradas as perdas, comuns nas operações de varejo, que em 2009 foram de 2,33% no varejo supermercadista (PROVAR, 2010). Em alguns produtos ocorrem variações de preços futuros, devido às entressafras, intempéries meteorológicas ou especulação. Isso pode gerar compras maiores pela empresa, evitando preços excessivos. Essas variações de demanda não serão consideradas. Os custos considerados são somente os valores nominais, não considerando outros custos relacionados, como o custo de falta, que considera somente o lucro da perda de venda em se levando em conta outros custos associados a uma perda de venda, como custos associados à imagem da empresa perante o consumidor. Os resultados da modelagem foram obtidos por indicadores, definidos durante a revisão teórica. 1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO Nesta seção está apresentada a estrutura da dissertação, conforme se segue: - Capítulo 1 - introdução, objetivos, justificativa para realização da pesquisa e as delimitações da pesquisa, criando suporte e interligação entre os referenciais teóricos e o estudo de caso e modelagem; -Capítulo2-revisãoteóricasobreovarejoesuaevolução,agestãodeestoques, os modelos clássicos de estoque, revisão periódica e revisão contínua e suas características, os custos e indicadores de estoque, estoques de segurança, processo de compras do setor e localização dos estoques;

19 18 - Capítulo 3: Apresenta o método de pesquisa, estudo de caso e modelagem, portanto, um estudo com metodologia mista. O estudo de caso foi realizado em uma rede de varejo supermercadista, utilizando para a coleta dos dados entrevistas não estruturadas, com base em um formulário de questões, com os responsáveis das áreas de controle e decisões sobre estoques; pesquisa quantitativa, com análise documental dos históricos de produtos de alto giro, selecionados por categorias e fornecedores, para a modelagem e comparativos com os modelos clássicos de estoque; - Capítulo 4: Caracterização da gestão dos estoques em ambiente varejista, suas características, indicadores e variáveis que influenciam na operação, a amostra com os produtos analisados, a modelagem dos estoques e os resultados da simulação, comparando a evolução real e os modelos clássicos de estoque; - Capítulo 5 - São apresentadas as conclusões sobre a modelagem dos estoques, proposto de modelo para gestão dos estoques, as limitações dos resultados da pesquisa, a respeito do referencial teórico, do estudo de caso, dos objetivos propostos e sugestões de novas pesquisas.

20 19 2 MODELOS DE ESTOQUES NO VAREJO Segundo Parente (2000, p.22), o varejo consiste em todas as atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final. Definição próxima a de Kotler (2000, p. 540), segundo o qual são todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais. É também caracterizado como venda de produtos ou a comercialização de serviços em pequenas quantidades, em oposição ao que ocorre na atividade de atacado, que realizam a revenda para clientes institucionais, que compram para revenda ou que utilizam os produtos como insumos em suas operações (LEVY, 2000). Existem diversos formatos de varejo, entre os quais os supermercados, clubes de compras, lojas de conveniência, lanchonetes, lojas de material de construção, lojas de eletrodomésticos, locadoras de vídeo, pet shops, farmácias, franquias e, mais recentemente, sites de compras (PARENTE, 2000, p.15). A maior parte destes formatos não existia a algumas décadas, o que mostra as grandes transformações pelas quais o setor passou. O varejo supermercadista representa grande fatia do ambiente de auto-serviço. O conceito de auto-serviço surgiu na década de 50, época em que eram comuns as mercearias, sendo os clientes atendidos e servidos, na maioria das vezes pelo proprietário. No auto-serviço, o próprio cliente realiza sua compra, pegando as mercadorias e pagando ao sair do estabelecimento (PARENTE, 2000). Com o tempo, estas lojas, que eram basicamente de produtos alimentícios, incorporaram outros tipos de mercadorias, como roupas, utensílios domésticos, sapatos e até eletroeletrônicos (TAYLOR, 2005). Durante a década de 80, período de grande inflação, os supermercadistas investiam em altos volumes de estoques, pois o ganho com o aumento dos preços compensava os investimentos.

21 20 Com a estabilização da economia, não era mais vantajoso manter altos estoques. Isso forçou a uma mudança, tanto cultural quanto operacional, na operação das empresas para fazer frente ao novo cenário competitivo do setor. Então o foco deixava de ser em preços e se voltava para o nível de serviços (D ALMEIDA; EID, 2009). As empresas aperfeiçoaram sua gestão, aprimorando a operação e diminuindo os custos. A evolução da tecnologia da informação também trouxe ganhos, como a automatização dos pontos de venda ( PDV ), o advento do código de barras, que possibilitou automatizar as atividades de movimentação de materiais, e o EDI, ou Eletronic Data Interchange, que possibilitou melhoria na comunicação entre o varejista e seus fornecedores (WANKE, 2003). Além disso, o avanço dos sistemas de gestão empresarial, ERP (Enterprise Resourses Planning), adaptados ao ambiente de varejo, que possuem parâmetros e algoritmos de cálculo das quantidades a comprar das mercadorias comercializadas (TAYLOR, 2005). A logística também contribuiu para a evolução do setor. Foram criados programas de abastecimento voltados ao setor, com o objetivo de reduzir os estoques ao longo da cadeia de suprimentos. O primeiro deles foi o QR (Quick Response), uma iniciativa ligada ao varejo de vestuário, durante a década de 80. Combinava técnicas de JIT Just in Time com o monitoramento dos níveis de estoques em tempo real (PARENTE, 2000). No final da década de 80, foi lançada a extensão do programa, chamada de Reposição Contínua, ou CR (Continuous Replenishiment). Mais recentemente, em 1993, foi lançado o ECR (Efficient Consumer response), resultado da evolução dos programas anteriores, mas com o foco na satisfação das necessidades dos clientes. (TAYLOR, 2005). Tais inovações obrigaram a que os profissionais de compras e, mais recentemente, de logística, começassem a se interessar em aprender as técnicas de planejamento de estoques e passassem a estabelecer políticas de gestão das mercadorias de maneira mais científica. 2.1 ESTOQUES NO VAREJO SUPERMERCADISTA

22 21 O supermercadista faz parte dos sistemas de distribuição entre o produtor e o consumidor, desempenhando o papel de intermediário, funcionando como elo entre o nível de consumo e o nível do atacado e da produção (PARENTE, 2000). Encaixam-se na categoria de lojas de auto-serviço, segundo estudo da NIELSEN (apud ROJO, 1998): Auto-serviço: são lojas que, além de serem classificadas como alimentares, tenha como característica fundamental o check-out, ou seja, balcão na saída da loja, com caixa registrado, terminal de ponto-de-venda (PDV), máquina de calcular, máquina de somar ou qualquer outro equipamento que permita soma e conferência das compras. Além disso, deverá ter carrinhos ou cestas a disposição dos fregueses. A maioria dos produtos, nesses estabelecimentos, é disposta de maneira acessível, permitindo aos fregueses se auto-servirem. Lewinson &Delozier (apud ROJO, 1998) estabelecem as seguintes definições, quanto ao setor supermercadista: Supermercados - lojas com o método de auto-serviço no varejo de alimentos. Os produtos oferecidos pelo supermercado incluem uma ampla variedade de produtos, como: mercadorias, carnes frescas, hortifrutícolas, frios e laticínios e não-alimentos básicos (perfumaria e limpeza). Caracterizam-se pelo comércio de vários tipos de mercadorias, como mercearia doce, seca e líquida, carnes frescas, hortifrutícolas, frios e laticínios, todos esses considerados produtos básicos, e produtos não-básicos, como perfumaria e limpeza e higiene, deacordo com a figura 1 (ROJO, 1998). São milhares os itens que compõe o mix de lojas no varejo de auto-serviço. Segundo a ECRBrasil (2007), um pequeno varejo, como um mini-mercado, trabalha com um mix de 3 a 7 mil itens, um supermercado com 15 a 25 mil, e um hipermercado de 50 a 80 mil itens.

23 22 Figura 1: Vendas por seção - varejo supermercadista 2010 Fonte: Revista Supermercado Moderno (2011) Ainda segundo a ECRBrasil (2007) a gestão das informações, referentes aos estoques, não é possível sem o uso de sistemas computadorizados, que ajudam o varejista a determinar as quantidades em estoque em função das vendas e do giro de cada item, definir as quantidades a serem compradas e as condições e prazos de entrega dos produtos, entre outras. 2.2 GESTÃO DE ESTOQUES Os problemas relacionados aos estoques e sua gestão têm sido estudados e resolvidos com sucesso desde os estudos pioneiros desenvolvidos por Ford Harris em 1913 (LENARD e ROY, apud SANTOS; RODRIGUES, 2006). Pode-se afirmar que o bom funcionamento de tal área é vital para uma organização, uma vez que representa boa parte dos custos, variando de acordo com a atividade da empresa. Um bom gerenciamento de estoques equaciona as questões de disponibilidade, nível de serviço e custos de manutenção (KREVER et al., 2003).

24 23 Os estoques podem ser definidos como a acumulação armazenada de recursos em um sistema de transformação. Os estoques existem para equalizar a diferença entre fornecimento e demanda (SLACK et al., 2002). Moura (2004) define estoque como um conjunto de bens armazenados, com características próprias, e que atende às necessidades da empresa. Eles podem ser relacionados às necessidades de funcionamento da empresa, como material de escritórios, para fins administrativos, materiais usados na manutenção, ligados ao funcionamento de maquinário e matérias-primas e/ou produtos acabados, estes relacionados às atividades comerciais ou produtivas. Também segundo Moura (2004) os estoques são fundamentais para o funcionamento da empresa, pois as operações são movimentadas por ele e contribuem para a satisfação do cliente. Pozo (2008, p. 41) cita que existem diversos tipos ou nomes de estoques, que podem ser mantidos pelas empresas, geralmente em almoxarifados. Os tipos usualmente mantidos são: Matéria-prima: material destinado ao processo de transformação dentro de uma indústria, o qual se transformará em um produto acabado. Podem ser vários materiais, que juntos irão agregar valor ao produto acabado final; Material de uso ou auxiliar: materiais de apoio ao processo de transformação, embora não seja pare do produto final, é imprescindível seu uso para o processo de produção; Material de manutenção: destinado à manutenção de maquinário ou patrimônio da empresa, como o edifício e instalações onde a empresa opera. Também fazem parte deste tipo de material produto de escritório, tais como canetas, papel, etc.); Materiais intermediários: materiais que estão sendo processados ou que faz parte do processo que está ocorrendo. Também conhecidos como peças em processo (WIP work in process), sendo posteriormente transformados ou agregados para se chegar ao produto final. Esse tipo de material faz parte da etapa do processo de planejamento da produção; Materiais acabados: materiais prontos, acabados, que se destinam aos clientes. Slack et al. (2002) descreve que há quatro tipos de estoque: estoque de proteção, cíclico, de antecipação e de canal, os quais são descritos por outros autores a seguir:

25 24 Estoque de proteção: é para estar antes do gargalo e assegurar que sempre haja trabalho (CHASE; JACOBS; AQUILANO, 2006); Estoque cíclico: é a parcela do estoque total que varia diretamente com o tamanho do lote (RITZMAN; KRAJEWSKI, 2004); Estoque de antecipação: é o estoque usado para absorver taxas irregulares de demanda ou fornecimento, que a empresa freqüentemente enfrenta (RITZMAN; KRAJEWSKI, 2004); e Estoque de canal: são bens que estão em trânsito entre pontos de um sistema de distribuição ou entre postos de trabalho em uma fábrica (SLACK et al, 2002). As principais questões que a gestão do estoque procura responder refere-se a: qual o volume adequado de estoque, qual o giro apropriado, quanto comprar e com que freqüência, de quais fornecedores e condições (PARENTE, 2000). Arozo (2002) cita que o processo de gestão de estoques pode ser decomposto em quatro aspectos básicos: as políticas e modelos quantitativos utilizados; as questões organizacionais envolvidas; o tipo de tecnologia utilizada e o monitoramento do desempenho do processo. O fluxo de materiais é composto por diversas atividades distintas, cada uma podendo impactar ou não os níveis de estoque. Segundo Arozo (2002), o grande objetivo do entendimento deste fluxo é o de identificar quais são as atividades relevantes para a gestão de estoque e que, conseqüentemente, devem ser monitoradas. Como exemplo, o fluxo de materiais em uma empresa de comércio de produtos acabados ao cliente final, onde se insere o varejo. O fluxo se inicia com a previsão de demanda de vendas futuras, que irá servir como input para o pedido de compras. A partir deste planejamento define-se a necessidade de compra de produtos, cuja programação deve respeitar os lead-times de fornecimento de cada fornecedor. Para gerir com eficiência os estoques de uma organização, é necessário conhecer o capital investido, a disponibilidade do estoque existente, o custo incorrido e a demanda pelos produtos (consumo). Pelo fato dos estoques terem valor econômico, ou seja, é um custo, que enquanto não for vendido não geraráoretornosobreoinvestimentofeito (MOURA, 2004).

26 25 Segundo Viana (2006) ao mesmo tempo, este recurso poderia ser mais bem aplicado em outro segmento da empresa, motivo pelo qual o gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre estoque e consumo. Segundo Júnior (2008), o objetivo principal da gestão de estoques é manter o equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos, e isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem que isto acarrete riscos de não tê-los em quantidades suficientes para manter o equilíbrio entre a disponibilidade e o consumo. Segundo Shamblym (1979) as empresas mantêm estoques de matéria-prima e produtos acabados, que podem servir como insumo para o processo produtivo, no caso da matéria-prima, como para satisfazer a demanda dos consumidores, no caso dos produtos acabados. Como esses estoques demandam recursos financeiros, as decisões sobre a forma na qual é feita sua gestão são importantes. As empresas mantêm estoques para atender a demanda de seus clientes. Caso essa demanda seja constante, possibilita a empresa atendê-los com a quantidade correta de produtos. Mas na prática isso não acontece, pois há variação na demanda entre suprimento e consumo. No ambiente de varejo, onde são comercializados milhares de itens, há variação na demanda dos produtos, muitas vezes estimuladas pela própria empresa, por meio de promoções, ou mesmo devida à sazonalidade, em alguns casos (WANKE, 2003). A gestão de estoques representa grande desafio aos gestores de logística das empresas, pois eles lidam com o risco, tanto de falta, quanto de excesso de estoque, e conseqüentemente, os custos incorridos. Garcia (2003) cita algumas das principais decisões que esses profissionais lidam no dia a dia: Quanto pedir: todo pedido de ressuprimento deve especificar a quantidade requerida, tendo como base demandas futuras esperadas, restrições de suprimento, descontos existentes e custos envolvidos; Quando pedir: o tempo exato de emitir uma nova ordem é determinado pelo parâmetro ponto de pedido, que depende do lead time de ressuprimento, da demanda esperada e do nível de estoque de segurança; Com que freqüência revisar os níveis de estoque: os níveis de estoque podem ser revisados continuamente ou periodicamente, dependendo da tecnologia presente e dos custos de revisão, dentre outros fatores;

27 26 Onde localizar os estoques: se uma empresa pode estocar seus produtos em mais de uma instalação, decisões de localização devem ser tomadas, como por exemplo, manter produtos acabados em armazéns pequenos próximos aos clientes ou em um armazém central, o que depende dos custos de distribuição, restrições de serviço, custos de estoque, custos das instalações, etc; Como controlar o sistema: a utilização de indicadores de desempenho e o monitoramento das operações devem estar presentes para apoiar medidas corretivas e ações de contingência se o sistema logístico estiver fora de controle ou operando com baixo desempenho. A questão da gestão econômica dos estoques vem ganhando importância ao longo do tempo. Segundo Moura (2004), acreditava-se que uma boa gestão era ter itens em um volume muito maior ao utilizado, com foco na segurança de não ocorrer faltas, sendo comum a ocorrência de estoques inflados. O problema neste caso é a questão do volume de recursos imobilizados que poderiam gerar maiores retornos em outras aplicações. Hoje se busca a otimização dos recursos, pois os estoques têm importância vital para as empresas e contribuem para a satisfação dos clientes. Por isso, o objetivo é manter os estoques em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos, e isto é obtido mantendo estoques mínimos. (Kuehne, 2008). Essa visão trouxe muitos problemas para empresas varejistas. Parente (2000) ilustra o problema do desbalanceamento dos estoques: No Brasil, as distorções provocadas por décadas de inflação ajudaram a desenvolver práticas de compras que geram grandes desbalanceamentos de estoques excessos de estoques em muitos produtos e faltas em muitos outros. Com base nos estudos de Willian Conway, o desbalanceamento de estoques, tanto os excessos como as faltas, devem ser encarados como desperdícios que devem ser eliminados. A gestão de estoques é uma das áreas varejistas onde se encontram enormes desperdícios, que podem ser classificados em dois tipos: Desperdício de capital constituído de todo o volume de estoque excessivo, acima dos níveis razoáveis dos estoques de segurança. A maioria das empresas varejistas brasileiras apresenta um grande percentual de desperdício de capital em seus atuais níveis de estoque. Desperdício de vendas constituído dos itens que compõem o mix de produtos, mas que estão em falta nas lojas. As faltas de produtos consistem em fonte de insatisfação de clientes e de enorme desperdício de vendas. O varejista deve mudar seu atual paradigma de tolerância às faltas e passar a encarar essa situação como uma causa de perda de clientes. Um produto que está em falta deve ser visto como um convite do varejista para que o consumidor faça compras na concorrência. Com base na experiência do autor, ainda é comum encontrar índices de falta acima de 15% entre os varejistas brasileiros.

28 27 O varejo também é caracterizado como o último agente da cadeia de abastecimento e que tem contato direto com o cliente final dos produtos. Ele interage com os outros agentes, pois é a resposta da demanda de suas vendas que repercutirá nas operações desses agentes intermediários, seja distribuidor, atacadista, fábrica ou fornecedor de matéria-prima (PARENTE, 2000). No caso de empresas varejistas, os produtos acabados representam quase a totalidade dos estoques, excetuando os estoques de uso da empresa. O mix de produtos costuma ser alto. No caso do alto-serviço, onde 91,6% do mercado pertence ao varejo supermercadista, em loja de supermercado de médio porte, esse mix se situa entre 15 a 25 mil itens, e em hipermercados o números de itens chega a 50 mil, de acordo com a ECRBrasil (2007). Nestes tipos de operações, é fator primordial a disponibilidade dos produtos ao cliente. Na gestão de estoques, quando existem vários itens, de acordo com Garcia (2006), é comum o uso da Classificação ABC, baseada na lei de Pareto, também conhecida como regra 80/20. Para Dias (2005), a curva ABC é um importante instrumento que permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC partindo-se da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. Os itens são classificados de acordo com sua demanda anual, sendo que os itens classe A, 20% que representam 80% dos valores de venda, os itens classe B, 30% que representam 15% da demanda e os restantes 50% dos itens representariam 5% da demanda (POZO, 2008). 2.3 MODELOS CLÁSSICOS DE ESTOQUE Modelagem de estoque trata da determinação do nível de certa mercadoria que uma empresa deve manter para garantir uma operação tranqüila (TAHA, 2008). A base para a decisão é um modelo que equilibra o custo de capital resultante da permanência de excedente de estoque com o custo de faltas de estoque. De acordo com Shamblim (1979), O estudo dos sistemas de estoques é uma das áreas abrangidas pela Pesquisa operacional (PO).

29 28 Segundo Miguel et al. (2010), a teoria de controle de estoque talvez tenha sido uma das aplicadas dentre os modelos de PO. Os modelos de estoque visam gerenciar o inventário de uma empresa, possibilitando a programação de quantidades e prazos de maneira eficiente, ou seja, minimizando os custos totais (Van Den Berg, 1999). Castro (2005, apud Rodrigues, 2008, p. 23) destaca como principais modelos matemáticos desenvolvidos para a gestão de estoques: a) lote econômico: se baseia na lógica de que a quantidade ótima a ser produzida é aquela que possui simultaneamente o menor custo de pedido e de estoque; b) modelos de scheduling: pode ser traduzido como programação e envolve a utilização de recursos limitados em um determinado período de tempo para atendimento às ordens de clientes ou reposição de estoques; c) formação dinâmica de lotes: tem sua origem no lote econômico e premissas parecidas, com a exceção de que a demanda não precisa ser constante; e d) modelos probabilísticos: os modelos probabilísticos são muito mais sofisticados e complexos e levam em conta algumas das deficiências dos modelos anteriores. Os mais significativos são os seguintes: 1. Modelo do jornaleiro: este modelo procura resolver situações em que haja a necessidade de determinar a quantidade certa para atender à determinada demanda em um período específico (HOPP; SPEARMAN, 2000); 2. Modelo de reposição contínua de estoque: neste modelo, o estoque é monitorado continuamente enquanto a demanda ocorre aleatoriamente (CASTRO, 2005); 3. Modelo de revisão periódica de estoque: neste modelo o estoque é monitorado em intervalos regulares de tempo. Hopp e Spearman (2000) salientam que este modelo é particularmente interessante para empresas que nãoutilizamumsistemacomputacionalparacontroleouparacontroledevários itens adquiridos do mesmo fornecedor; e 4. Modelo de estoque base: a lógica é manter o estoque sempre no mesmo patamar. Para isto ocorrer, o estoque é abastecido conforme o consumo ocorre, de modo a restabelecer o patamar objetivo, ou seja, a quantidade de reposição de estoque é igual ao consumo (CASTRO, 2005). Basicamente o problema de estoque busca definir sobre que ponto ou nível de estoque deve ser realizado um novo pedido de reposição, tal que os custos sejam minimizados e de forma a evitar faltas, mantendo o nível de serviço requerido (WANKE, 2003).

30 29 Na literatura são encontrados dois tipos gerais de sistemas de estoque (RITZMAN & KRAJEWSKI, 2004): Sistema de quantidade fixa: também conhecido como ponto de pedido, que consistem em repor estoques sempre na mesma quantidade assim que o nível de estoque atinge determinado valor. Sistema de revisão periódica: que consistem em repor os estoques periodicamente a um intervalo de tempo fixo, na quantidade necessária para atingir um nível de estoque previamente determinado; portanto, o tamanho do lote de reposição é variável. As variáveis freqüentemente utilizadas para a composição de modelos de estoque são: (i) previsões de demandas; (ii) lead times de entrega; (iii) taxa de reposição de estoque; (iv) ponto de reposição de estoque; e (v) estoque de segurança (KRAJEWSKI & RITZMAN, 2004). O principal fator que afeta as decisões sobre estoques é a natureza da demanda: determinística, quando ela é conhecida, ou probabilística, também conhecida como estocástica, quando ela não é conhecida e varia ao longo do tempo (MIGUEL et al., 2010). Os modelos de estoques e a descrição matemática dos sistemas de estoques fornecem bases para tais decisões. Os modelos de estoques podem ser determinísticos, para quando existe demanda constante. E também probabilísticos ou estocásticos, quando há variação na demanda (TAHA, 2008). Modelos determinísticos são aqueles nos quais não se consideram incertezas, onde não se consideram variáveis aleatórias, como variações de demanda ou alteração em custos. Embora esse cenário seja na maioria das situações operacionais distante de realidade e contestável, esse modelo é útil para auxílio para a tomada de decisão (GARCIA, 2006). Alguns pressupostos são necessários para este modelo, representados na figura 2: A demanda é conhecida, constante e contínua; O ressuprimento (Lead-time) é instantâneo: Pelo fato de haver demanda constante e o ressuprimento ocorre de forma instantânea, esse modelo é adequado aos pressupostos do Lote Econômico de compra,

31 30 caracterizando esse modelo de estoque como sistema Q. Pelo fato de da compra ser entregue instantaneamente, não é necessário estoque de segurança. Figura 2 Modelo determinístico de estoque. Fonte: Adaptado de Shamblin (1979). Também em relação aos modelos probabilísticos, estes são usados quando se deseja chegar a uma solução que maximize os resultados de forma a evitar faltas e atender a demanda, mantendo o nível de serviço (MIGUEL et al., 2010). Na maioria das operações a demanda é usualmente probabilística, mas em alguns casos, o seu comportamento tende a ter uma aproximação determinística. Segundo Taha (2008), a complexidade do problema de estoque não permite o desenvolvimento de um modelo geral que abranja todas as situações possíveis. Por isso, ao se determinar qual deve ser o modelo de estoque em uma operação, deve-se levar em consideração as particularidades desta em sua elaboração. Políticas de revisão contínua são aquelas em que decisões de ressuprimento podem ser tomadas a qualquer instante de tempo, o que é possibilitado pelo monitoramento contínuo de mudanças nos níveis de estoque. A diferença fundamental entre a política de revisão contínua (Q/S) e revisão periódica (R/S) estánomomentoquesãofeitosos pedidos de ressuprimento. Na revisão contínua os pedidos são feitos quando o estoque atinge um determinado nível, expresso em quantidade. Já nas políticas de revisão periódica decisões de ressuprimento são realizadas em intervalos de tempo pré-definidos (MOURA, 2004).

32 31 As políticas de revisão contínua resultam em menores níveis de estoque (em razão de menores estoques de segurança) com o mesmo nível de serviço quando comparadas às políticas de revisão periódica. Entretanto, políticas de revisão periódica permitem a programação de operações como compras, transportes e recebimentos, o que pode trazer oportunidades de economias de escala e racionalização do uso de recursos. Segundo Moura (2004), a revisão periódica é o modelo mais usado por varejistas. Além disso, revisar os estoques periodicamente pode reduzir os custos de monitoração e controle. Tanto o modelo de ponto de pedido quanto o de revisão periódica necessita de uma informação correta para que seja feito o pedido com o nível de estoque correto Modelo de Revisão Contínua Esse modelo consiste em estabelecer um nível fixo de reposição (r), que sempre ao ser atingido, dispara um novo pedido de tamanho pré-definido, chegando o pedido após o lead time de ressuprimento L (ROSA et al., 2010). Segundo Corrêa e Caon (2001), no modelo de ponto de reposição, o estoque deve ser constantemente monitorado para que ao chegar a uma quantidade determinada como o ponto de reposição (P), emite-se novo pedido de produtos. O intervalo entre os pedidos é normalmente variável, sendo o ponto em que será emitido um novo pedido dado pela equação 1 (ROSA et al., 2010): P D T r S (1) Onde: Dt demanda média por unidade de tempo; D T r S tempo médio de ressuprimentos; e estoque de segurança. Neste caso a quantidade PP determinada como o momento de pedir (01) éopontoem que o estoque remanescente é suficiente para atender a demanda durante o Lead Time (L) de ressuprimento. O estoque máximo (Emáx) é determinado como o número máximo

33 32 de itens do estoque do produto, dado pela soma do tamanho do pedido (r) mais o estoque de segurança (S), que é o estoque para suprir possíveis falhas no processo. A Figura 3 ilustra esse modelo. Figura 3 Modelo de ponto de reposição. E máx r r PP S Fonte: adaptado de Moura (2004) L I P L Neste modelo de estoque não há período fixo para ser feito o pedido, dependendo de como a demanda ser comportará ao longo do tempo após receber o último pedido. A tomada de decisão sobre o quanto pedir a cada lote pode ser feita de forma a minimizar o custo total. O ponto de pedido PP e o lote de ressuprimento Q são os parâmetros da política que devem ser estabelecidos. Existem alguns modelos para calculá-los, baseados em otimização de custos e/ou restrições de serviço, levando em conta o quanto deve ser mantido como estoque de segurança. A Figura 4 ilustra a evolução dos níveis de estoques em um sistema de revisão contínua, com pedidos de quantidades definidas (Q), sempre requisitadas quando o nível de estoque atinge um valor no qual haverá nova compra (P). Também mostra que atrasos nos tempos de entrega (L) podem afetar o nível de serviço, caso não haja estoque suficiente para cobrir eventuais falhas.

34 33 Figura 4 Revisão contínua com Incertezas na Demanda e no Lead Time. P Fonte: adaptado de Garcia (2006) Um modelo de estoque muito conhecidos que se adapta a esse sistema é o modelo do lote econômico de compras, ou LEC (GARCIA, 2006). Segundo Slack et al(2007), a abordagem mais comum para decidir quanto de um item pedir, quando o estoque precisa de reabastecimento, é chamada abordagem do lote econômico de compra (LEC). Essencialmente, essa abordagem tenta encontrar o melhor equilíbrio entre as vantagens e as desvantagens de manter estoque, gerando o lote a ser comprado que gera o menor custo total em relação aos estoques. O lote econômico de compras (LEC) pode ser usado para determinar a quantidade a pedir usado no modelo de ponto de reposição. O Lote econômico de compra (LEC) é a quantidade do pedido de reposição que minimiza a soma dos custos de manutenção de estoques e de emissão e colocação de pedidos. Essa quantidade também pode ser definida como Quantidade ótima (Q) (MOURA, 2004). O Lote Econômico de Compras propicia à empresa adquirir o material necessário às suas atividades pelo seu custo mais baixo, pois possibilita uma diluição dos custos fixos entre muitas unidades, reduzindo o custo unitário. A expressão de define o Lote Econômico de Compra é determinada pela equação 2 (SHAMBLIN, 1979): LEC 2 P D i C (02)

35 34 Onde: P D i custo de preparação de um pedido (unidade); demanda anual (unidades/ano); custos de encargos relacionados aos estoques; e C custo unitário do produto ($). O Lote econômico de compra apura a quantidade ótima de ressuprimento, mas considera algumas hipóteses que restringem a sua aplicação: O atendimento correta de toda a demanda, pois ela sofre influências do mercado e conseqüentemente varia ao longo do tempo; Taxa de demanda deve ser conhecida, constante e contínua no período; Períodos de ciclo de atividades e ressuprimentos conhecidos e constantes; Preço constante do produto, independentemente da época e da quantidade do pedido (não são levados em conta descontos relativos à quantidade de compra e transporte); Ausência de interação com outros itens de estoque; Inexistência de estoque em trânsito; Disponibilidade ilimitada de capital. A Figura 5 ilustra os custos envolvidos na operação em que a curva de custo total indica a quantidade a pedir que determine o menor custo total da operação.

36 35 Figura 5 curva de custo total de estoque Fonte: Moura (2004) Modelo de Revisão Periódica O modelo de revisão periódica se caracteriza por pedidos feitos sempre em intervalos fixos, também conhecidos como modelo de intervalo fixo (MOURA, 2004). Neste, a cada determinada unidade de tempo os níveis de estoque são revistos e um pedido (Q) é colocado para aumentar a posição de estoque para o nível de unidades (Emax) que supra a demanda entre os pedidos. Nenhum pedido é feito entre intervalos (IP). Políticas de revisão periódica são muito úteis quando existem possibilidades de economias de escala geradas pelo ressuprimento conjunto de vários itens (GARCIA, 2006). A operacionalização do sistema de revisão periódica implica na determinação do melhor intervalo entre as revisões (IP) e do nível alvo de estoque desejado. Para isso são necessárias informações sobre lead time de entrega e sobre o perfil de demanda de produtos. Com estas informações pode-se calcular o nível de estoque desejado e o estoque de segurança para um determinado nível de serviço (SILVER et al., 1998). Segundo Moura (2004), esse modelo é bastante utilizado por varejistas, pois permite que os estoques possam ser monitorados periodicamente. De fato, verifica-se o nível do estoque no dia do pedido para se tomar a decisão de compra, o que pode mudar a quantidade do pedido (Q1 e Q2), conforme a variação de demanda. Esse modelo permite que se possam manter quantidades menores de estoques, o que facilita seu monitoramento. A figura 6 ilustra o modelo de revisão periódica.

37 36 Figura 6 Modelo de revisão periódica. Fonte: Kuehne (2008) Também nesse modelo são usados estoques de segurança (ES), que devem suprir as necessidades durante o tempo de entrega (L) e da variabilidade de demanda e do tempo de entrega entre os intervalos entre os pedidos. Mas o inconveniente deste modelo é que se a demanda durante os intervalos de pedidos (R) for maior que o previsto, poderá ocorrer falta de produtos ou rupturas. A figura 7 ilustra essa situação. Figura 7 Política de revisão periódica com variação de demanda. Fonte: Adaptado de Garcia, Tendo em vista que R é um parâmetro de tempo fixo, a colocação de pedidos é programada no tempo, ou seja, sabe-se com certeza que um pedido será feito após um tempo pré-determinado. Entretanto, o tamanho dos pedidos (ou lotes de ressuprimento) não é constante, sendo calculado pela equação 3 (KUEHNE, 2008): R ( D I r ) E a S

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