John Locke. Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim. Recife, 08 de Setembro de 2015
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- Ester Marques Lencastre
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1 Universidade Católica de Pernambuco Programa de Pós- Graduação em Ciências da Linguagem Disciplina: Filosofia da Linguagem Prof. Dr. Karl Heinz EGen John Locke Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim Recife, 08 de Setembro de 2015
2 - Quando eu uso uma palavra, disse Humpty Dumpty num tom bastante desdenhoso: - Ela significa exatamente o que quero que signifique: nem mais nem menos. - - A questão é, disse Alice: Se pode fazer as palavras significarem tantas coisas diferentes. Lewis Caroll, Alice através do Espelho.
3 Sobre John Locke John Locke nasceu em Wrington Inglaterra em Agosto de 1632, e faleceu aos 72 anos, em 1704; Teve uma vida voltada para o pensamento polícco e desenvolvimento intelectual. Estudou Filosofia, Medicina e Ciências Naturais na Universidade de Oxford. Também foi professor desta Universidade, onde lecionou grego, filosofia e retórica; Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex (Inglaterra); John Locke está entre os filósofos chamados empiristas, por compacbilizarem a ciência junto à filosofia, valorizando a experiência como fonte de conhecimento; Obra central: Ensaio sobre o Entendimento Humano;
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5 Dissertação de Mestrado de Reynaldo de Oliveira Santos Experiência e Linguagem em Locke Obje:vo do texto: examinar o tratamento da linguagem na teoria lockeana, suas teses sobre a natureza, o uso e a significação da linguagem.
6 Introdução Para Locke, as palavras, que compõem as proposições universais, são sinais de ideias gerais. A linguagem responde a um fim social e, assim, se consctui em veículo de conteúdos e significados; A teoria das ideias em Locke esta incmamente relacionada com a linguagem e, ao menos nesse sencdo, o uso comum da palavra nos conduz a uma teoria da significação; Essa contribuição do século XVII, demarca limites do conhecimento e do entendimento humano mediante uma singular e forte relação entre pensamento, linguagem e conhecimento
7 Introdução A obra de Locke Ensaio sobre o Entendimento Humano propõe- se a examinar como se processa o conhecimento humano e defende que a experiência é a única fonte do conhecimento; Seu propósito é invescgar qual a origem, certeza e extensão do conhecimento humano, e quais são os fundamentos e graus da crença, da opinião e do assencmento (...) sendo suficiente considerar as faculdades cognicvas do homem e a forma como este as ucliza para conhecer os objetos com que entra em contato; Locke desenvolve uma teoria do conhecimento que deriva dos sen:dos, da experiência
8 O Empirismo Lockeano O Empirismo Lockeano considera que todo o conhecimento tem sua fonte e fundamento na experiência. Locke chama de ideias, os materiais que a experiência proporciona ao entendimento; Ideia é tudo aquilo com que a mente se ocupa quando pensa. Com isso, estão na base do pensamento. As ideias são assim nosso único ponto de contato com as coisas.
9 A concepção lockeana parte de uma teoria do conhecimento que explica a origem das ideias por um processo que se inicia com a percepção das coisas através de nossos sencdos; O Empirismo Lockeano O seu método consiste em determinar o valor e o alcance do conhecimento mediante o exame dos atos subjecvos da consciência. Ou seja, para se analisar cri:camente o conhecimento, devemos tentar descobrir as estruturas do sujeito cognoscente.
10 Postulados O problema a que Locke deu prioridade foi o da origem do conhecimento, e pretendeu encontrar essa origem no sujeito cognoscente; Sua filosofia começa pela epistemologia, ou seja, pelo conhecimento de nossa capacidade de conhecer. Toda posição epistemológica de Locke visa a determinar com precisão os limites de nosso conhecimento; Invescga as ideias que vão servir como interface entre o sujeito cognoscente e o mundo; Não haveria ideias ou princípios inatos, restando a tarefa de mostrar como da experiência podem originar- se as diversas classes de ideias.
11 Postulados As ideias são, assim, os únicos e indispensáveis meios com que a mente pode contar para adquirir seus conhecimentos acerca do mundo externo, para o acesso cognicvo à ordem das coisas; Entretanto, Locke reconhece que, para proceder de forma sacsfatória ao exame dos limites do entendimento humano, teria também que passar por uma análise da linguagem, que tanto serve para registrar como comunicar os conhecimentos;
12 Postulados Locke se interessava principalmente pelas ideias, mas a linguagem se transforma ao longo das suas invescgações em uma teoria tão importante e central quanto a doutrina das ideias; O projeto de invescgação da natureza e limites do conhecimento não pode ser dissociado de uma pesquisa sobre o funcionamento da linguagem; Tratando do conhecimento humano, não podemos nos furtar ao exame das palavras e dis:nguir o entendimento das palavras do conhecimento das coisas.
13 Postulados Locke deseja não só explorar como uma linguagem é usada, mas também sugere a maneira pela qual se podem fixar os critérios para uma uclização clara da linguagem: His philosophy of language has norma?ve force: he wishes to explore not only how language is used but also how it should be used. Parece- nos que Locke busca não uma explicação para o fenômeno da linguagem, mas uma compreensão do uso cocdiano dos termos. Daí, sua atenção em relação ao aprendizado linguíscco.
14 Teoria da significação O homem por ser descnado a viver em sociedade, produziu a linguagem para se comunicar. Na sua relação com os outros, os indivíduos parclham, através das palavras, conhecimentos, opiniões e crenças
15 Teoria da significação Não é suficiente que os homens tenham ideias determinadas e as façam representar por sinais. Deverão ainda ter o cuidado de aplicar às suas palavras, tanto quanto possível, as ideias a que o uso comum as ligou
16 Teoria da significação São os argumentos do uso comum da palavra que nos permite idencficar em Locke uma teoria pública da linguagem, ou seja, uma teoria da significação. É precisamente porque o indivíduo não esta separado dos outros que tem necessidade da linguagem, é porque a linguagem responde a um fim social de comunicação que ela não é privada.
17 Pensamento, Linguagem e Conhecimento Locke entende ser impossível definir os limites do entendimento humano sem considerar a força e as funções específicas da linguagem no plano do conhecimento; A linguagem tanto serve para registrar como para comunicar os conhecimento; A consideração das ideias e palavras como grandes instrumentos do conhecimento consctui uma parte nada depreciável da contemplação de quem pretende ver em toda a sua extensão o conhecimento humano.
18 Pensamento, Linguagem e Conhecimento Não era parte de suas intenções proceder ao exame da linguagem, mas durante o processo, se viu obrigado a invescgar a força e maneira de significar das palavras, tendo descoberto que há uma conexão tão próxima entre as ideias e as palavras que é impossível discursar clara e discntamente sobre o nosso conhecimento, que consiste totalmente em proposições, sem considerar, em primeiro lugar, a natureza, o uso e a significação da linguagem
19 Pensamento, Linguagem e Conhecimento O homem arccula sons para produzir palavras, e isto não é suficiente para produzir a linguagem; Contrariamente aos animais, que são capazes de emicr sons arcculados e com suficiente discnção, embora não sejam de nenhum modo capazes de linguagem, os homens uclizam esses sons como sinais das ideias em sua mente, a fim de comunicá- las a outros homens.
20 Pensamento, Linguagem e Conhecimento A linguagem e a significação de palavras são convencionais, não naturais. Não pode exiscr uma conexão natural entre os sons arcculados e certas ideias, porque se assim fosse deveríamos todos comparclhar de uma única linguagem.
21 Considerações Finais A análise da linguagem lockeana não tem a sofis:cação e a profundidade de um filósofo do séc. XX, mas isto não invalida seus argumentos; É verdade que Locke não refle:u o suficiente sobre os problemas, de sua importância e da necessidade da análise profunda; mas se mostrou consciente Para os propósitos do Ensaio, parecia- lhe inclusive que ele cnha se estendido demasiado no assunto; Ainda que tenha tocado apenas na superucie dos problemas linguís:cos, suas notas já se mostram suficientes para que lhe atribuir ao menos uma propedêucca à teoria da significação ; Locke poderia ter ido tão longe como um filósofo da linguagem contemporâneo, se houvesse desenvolvido seu argumento com a profundidade exigida, mas a sua indicação já é digna de nosso reconhecimento.
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