UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA MOTRICIDADE

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1 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA MOTRICIDADE (BIODINÂMICA DA MOTRICIDADE HUMANA) DETERMINAÇÃO DE FATORES DE CORREÇÃO DA INTENSIDADE DE LIMIAR ANAERÓBIO EM DIFERENTES SÉRIES DE TREINAMENTO INTERMITENTE NA NATAÇÃO RONALDO BUCKEN GOBBI Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Motricidade, na Área de Concentração em Biodinâmica da Motricidade Humana. NOVEMBRO de

2 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA MOTRICIDADE (BIODINÂMICA DA MOTRICIDADE HUMANA) DETERMINAÇÃO DE FATORES DE CORREÇÃO DA INTENSIDADE DE LIMIAR ANAERÓBIO EM DIFERENTES SÉRIES DE TREINAMENTO INTERMITENTE NA NATAÇÃO Aluno: RONALDO BUCKEN GOBBI Orientador: Prof. Dr. MARCELO PAPOTI NOVEMBRO de

3 RESUMO O objetivo do presente estudo foi estabelecer fatores de correção para intensidade e parâmetros mecânicos de nado em esforços intermitentes na intensidade de máxima fase estável de lactato (MFEL). Participaram do presente estudo 14 nadadores filiados a Federação Aquática Paulista (FAP), com participação em eventos competitivos por 3 anos. Foram realizadas sessões de treino intermitente, sendo cada sessão de treino com volume aproximado de 3000 m divididos em esforços de 50, 100 e 200m e intervalo padronizado em 30s. O teste de lactato mínimo foi utilizado para determinar a intensidade de limiar anaeróbio e realizado a cada 4 semanas para ajuste de intensidade. As sessões de treinos foram gravadas e os parâmetros cinemáticos de nado foram determinados em nado limpo. A normalidade dos dados foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk e foi utilizado o teste variância ANOVA one-way para medidas repetidas e o post-hoc de Tukey. Para as sessões de treino em que foram realizados 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m, os fatores de correção foram estabelecidos em 118,11% ± 0,49; 105,75% ± 0,57 e 104,27% ± 0,62 da intensidade de limiar anaeróbio (ilan) e a concentração de lactato sanguíneo foi de 4,49 ± 0,36: 4,01 ± 0,37 e 3,32 ± 0,53 mm respectivamente. A distância e frequência de braçada e o índice de nado referentes ao fator de correção para 60 esforços de 50m foram 1,02 ± 0,03 m, 1,24 ± 0,05 Hz e 1,34 ± 0,07 m 2 /s; 30 esforços de 100m foram 0,98 ± 0,02 m, 1,18 ± 0,03 Hz e 1,14 ± 0,05 m 2 /s e para 14 esforços de 200m foram 1,09 ± 0,03 m, 1,11 ± 0,03 Hz e 1,31 ± 0,05 m 2 /s respectivamente, sendo todos diferentes significativamente em relação aos mesmos parâmetros observados na ilan. O comprimento e a frequência de braçada apresentaram deflexão e inflexão próximas à intensidade observada nos fatores de correção. Desse modo pode-se concluir que para treinamentos intermitentes com o objetivo de desenvolvimento da capacidade aeróbia, compostos por 60 esforços de 50 metros, 30 esforços de 100 metros e 14 esforços de 200 metros com 30 segundos de intervalo passivo são sugeridos os fatores de correção de 4,3%; 5,7% e 18% na intensidade de limiar anaeróbio determinado pelo protocolo de lactato mínimo. Palavras Chave: Treinamento Intermitente; Limiar Anaeróbio; Natação. 3

4 LISTA DE ABREVIATURAS [La - ] Concentração de lactato sanguíneo. ilan Intensidade de limiar anaeróbio T30 Teste de esforço máximo de 30 minutos VC Velocidade Crítica MFEL Máxima fase estável de lactato DB Distância de braçada fb Frequência de braçada IN Índice de nado D-máx Protocolo de distância máxima id-máx Intensidade correspondente a distância máxima FC Fator de correção da intensidade de limiar anaeróbio para séries intermitentes 4

5 SUMÁRIO RESUMO... 3 LISTA DE ABREVIATURAS... 4 RESUMO... 3 LISTA DE ABREVIATURAS... 4 LISTA DE TABELAS... 6 LISTA DE FIGURAS INTRODUÇÃO OBJETIVO JUSTIFICATIVA METODOLOGIA Participantes Delineamento Experimental Determinação da ilan Monitoramento das Intensidades de Treino Determinação de Fatores de Correção para o Treinamento Intermitente Análises Sanguíneas Parâmetros Cinemáticos de Nado Tratamento Estatístico RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO APLICAÇÃO PRÁTICA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Fatores de correção para o ajuste da intensidade correspondente a 4 mm de lactato para o treinamento intermitente em diferentes distâncias das repetições com intervalos de 10s e 30s (Madsen e Lohberg, 1987) Tabela 2. Valores médios e erro padrão da velocidade (Vel), porcentagem da velocidade máxima obtida no teste de lactato mínimo (%Vel Máx) e concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos do primeiro teste de lactato mínimo Tabela 3. Valores médios e erro padrão da velocidade (Vel), porcentagem da velocidade máxima obtida no teste de lactato mínimo (%Vel Máx) e concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos do segundo teste de lactato mínimo Tabela 4. Valores médios e erro padrão da velocidade (Vel), porcentagem da velocidade máxima obtida no teste de lactato mínimo (%Vel Máx) e concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos do terceiro teste de lactato mínimo...30 Tabela 5. Valores médios e erros padrão da intensidade de limiar anaeróbio (ilan), intensidade obtida pelo método D-máx (id-máx), fator de correção para nados intermitentes (FC), concentração de lactato sanguíneo no limiar anaeróbio ([La - ] Lan ) e concentração de lactato sanguíneo observada no D-máx ([La - ] D-máx ) para as sessões 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m Tabela 6. Valores médios e erros padrão do fator de correção (FC) para esforços intermitentes, a razão esforço/pausa (E:P) e a porcentagem relativa ao esforço máximo de 200m realizado no teste de lactato mínimo (% da v200) para as séries 60 esforços de 50m (60x50), 30 esforços de 100m (30x100) e de 14 esforços de 200m (14x200) Tabela 7. Valores médios e erros padrão da distância de braçada (DB), frequência de braçada (fb) e índice de nado (IN) na intensidade de limiar anaeróbio (ilan) e no fator de correção para nado intermitente (FC) para as sessões 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m Tabela 8. Valores médios e erro padrão do fator de correção (FC) para esforços intermitentes, intensidade relativa a performance máxima de 200m (v200), concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na intensidade do fator de correção e variação da percepção subjetiva de esforço (PSE) para as séries compostas por 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Comportamento individual das concentrações lactacidêmicas obtidas no repouso (pós-aquecimento), no meio e ao final de quatros sessões de treinamento com intensidades corrigidas utilizando os fatores de correção propostos por Madsen & Lohberg (1987)...20 Figura 2. Representação da concentração de lactato sanguíneo nos cinco esforços progressivos do teste de lactato mínimo Figura 3. Representação dos valores das concentrações de lactato sanguíneo nas respectivas intensidades em relação à intensidade de limiar anaeróbio (ilan) com os ajustes linear e polinomial juntamente com a determinação do D-máx e da intensidade de D-máx Figura 4. Modelo que representa a disposição da câmera com as marcações na piscina para determinar os parâmetros cinemáticos de nado Figura 5. Médias e erros padrão das concentrações de lactato sanguíneo ([La - ]) nos momentos início, meio e final de cada série na intensidade relativa a ilan. * Indica diferença significativa da [La - ] em relação as outras séries Figura 6. Médias e erros padrão das concentrações de lactato sanguíneo ([La - ]) nos momentos início, meio e final de cada série na intensidade relativa à ilan. * Indica diferença significativa da [La - ] em comparação com 109,5%, 106,7%, 103,9% e 101,9% da ilan Figura 7. Médias e erros padrão das concentrações de lactato sanguíneo ([La - ]) nos momentos início, meio e final de cada série na intensidade relativa à ilan Figura 8. Valores médios e erro padrão da DB, fb e IN nos momentos início, meio e final das sessões de treino compostas de 60 esforços de 50m. * Indica diferença significativa entre 117,7%, 120,4%, e 122,3% da ilan Figura 9. Valores médios e erro padrão da DB, fb e IN nos momentos início, meio e final das sessões de treino compostas de 30 esforços de 100m. * Indica diferença significativa em relação a todas as outras intensidades. # Indica diferença significativa entre 106,3%, 109,1%, e 114,5% da ilan Figura 10. Valores médios e erro padrão da DB, fb e IN nos momentos início, meio e final das sessões de treino compostas de 14 esforços de 200m. * Indica diferença significativa em relação a todas as outras intensidades. # Indica diferença significativa entre 101%, 102,4%, 103,7% e 104,5% da ilan Figura 11. Valores médios ± erros padrão da percepção subjetiva de esforço (PSE) no meio e final da sessão de treino compostas por 60 esforços de 50m. * Indica diferença significativa entre 113,6%, 115,7% e 117,7 % da ilan...37 Figura 12. Valores médios ± erros padrão da percepção subjetiva de esforço (PSE) no meio e final da sessão de treino compostas por 30 esforços de 100m. * Indica diferença significativa entre 101,9%, 103,9% e 106,7% da ilan Figura 13. Valores médios ± erros padrão da percepção subjetiva de esforço (PSE) no meio e final da sessão de treino compostas por 14 esforços de 200m. * Indica diferença significativa entre 101%, 102,4%, 103,7% e 104,5% da ilan...39 Figura 14. Comportamento dos valores médios e erro padrão da DB, fb e IN pela intensidade relativa à ilan para sessões de 60 esforços de 50m. * Indica diferença significativa entre as séries cujas intensidades médias foram 120,4% e 122,3% da ilan em relação as outras séries

8 Figura 15. Comportamento dos valores médios e erro padrão da DB, fb e IN pela intensidade relativa à ilan para sessões de 30 esforços de 100m. * Indica diferença significativa em relação a todas as outras intensidades. # Indica diferença significativa entre 106,7%, 109,5% e 114,3% da ilan Figura 16. Comportamento dos valores médios e erro padrão da DB, fb e IN pela intensidade relativa à ilan para sessões de 14 esforços de 200m. * Indica diferença significativa em relação a todas as outras intensidades. # Indica diferença significativa entre 101%, 102,4%, 103,7% e 104,5% da ilan

9 1. INTRODUÇÃO Desde a década de 70, vários estudos vêm utilizando as respostas da concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) em testes de esforço incremental para a determinação da intensidade de limiar anaeróbio (ilan) como forma de avaliação da capacidade aeróbia em atletas de diversas modalidades (Hamilton et al., 2006; Esfarjani e Laursen, 2007; Driller et al., 2009; Faude et al., 2009; Toubekis et al., 2011; Seiler et al., 2013). Heck et al. (1985), após realizarem estudos com intensidades constantes, sugeriram um valor fixo para a [La - ] de 4 mm correspondente à ilan, pois demonstraram que baseados neste valor os atletas conseguiam realizar um esforço contínuo de 30 minutos em uma intensidade em que a [La - ] ficasse em equilíbrio. Contudo, há trabalhos (Nicholson e Sleivert, 2001; Baptista et al., 2005) demonstrando que o uso do limiar fixo de 4 mm superestima a ilan, tornando o treino com objetivo da melhora na capacidade aeróbia menos efetivo gerando poucas alterações positivas (Stegmann e Kindermann, 1982; Yoshida et al., 1987). Ainda, existem relatos (Beneke e Von Duvillard, 1996) que dependendo da modalidade esportiva que está sendo avaliada, há alteração na [La - ] ilan, quanto maior a quantidade de grupos musculares sendo utilizados, menor a [La - ], patinação de velocidade 6mM, ciclismo 5mM, remo e natação 3mM, evidenciando que a intensidade de estabilização lactacidêmica é modalidade dependente. O teste considerado padrão ouro para determinar a ilan é a máxima fase estável de lactato (MFEL) (Beneke, 2003b) caracterizada pela maior intensidade de exercício na qual há estabilização da [La - ]. A determinação da MFEL requer diversos esforços submáximos com cargas constantes em dias alternados com duração de 30 minutos, para que a maior intensidade na qual a diferença na [La - ] entre o 30º e o 10º minuto de teste não ultrapasse 1 mm - mostrando a estabilização entre produção e remoção de lactato (Heck et al., 1985; Beneke, 2003a). Apesar do teste de MFEL ser considerado o padrão ouro na avaliação da capacidade aeróbia (Beneke, 2003b), é raramente utilizado na prática por equipes de treinamento devido ao alto custo de análise sanguínea e, principalmente, por exigir diversos esforços de trinta minutos em que apenas um esforço poderia ser realizado por dia (Billat et al., 2003). O teste de MFEL foi inicialmente proposto usando de 5 a 8 esforços independentes para se obter um resultado preciso, o que torna esta avaliação inviável no contexto esportivo atual. Beneke 9

10 (2003b), na tentativa de diminuir a duração dos esforços para determinação da MFEL (de trinta para vinte minutos), por meio da alteração do critério aceito para estabilização lactacidêmica, ou seja, diminuindo a diferença da [La - ] de 1 mm para 0,5mM, constatou diferença significativa na intensidade de MFEL entre os dois protocolos e, com isso, concluiu que o protocolo com duração de trinta minutos deve ser utilizado para se determinar a MFEL. A intensidade de MFEL está relacionada com performance em esportes de endurance (duração de 30 a 60 min), contudo esta relação não é observada com a [La - ] na MFEL além de possuir variação entre sujeitos de aproximadamente 25% em adultos treinados (Billat, L. V., 1996; Beneke et al., 2000). A ilan também pode ser determinado por meio de interpretação das respostas lactacidemicas durante um protocolo incremental, que já é amplamente usado por pesquisadores e atletas, profissionais ou recreativos, de diversas modalidades esportivas para correta prescrição de treinamentos predominantemente aeróbios (Maglischo, 2003; Beneke et al., 2011). Comumente o protocolo incremental inicia-se a uma intensidade moderada e após curto espaço de tempo (1 a 3min) há um pequeno aumento na intensidade e este processo se repete até a desistência ou incapacidade do participante continuar o exercício com a intensidade pré-determinada. A partir de uma determinada intensidade há um aumento exponencial da [La - ] indicando que desta intensidade em diante há uma maior participação do metabolismo anaeróbio para a manutenção e até mesmo incremento de intensidade, este ponto também é conhecido como ilan (Svedahl e Macintosh, 2003). Para a correta determinação deste aumento abrupto da [La - ], foram propostos alguns métodos como o método bissegmentado em que a ilan é assumida como a intensidade correspondente a intersecção de duas retas que se destacam dos pontos da relação intensidade versus [La - ]. Este método requer pelo menos 3 experientes avaliadores para sua determinação, já que o mesmo é feito através de inspeção visual. Para sanar tal problema, foi desenvolvido o método de distância máxima (D-Máx). Neste protocolo, a ilan é assumida como a velocidade correspondente à maior distância entre os ajustes linear e polinomial de segunda ordem de uma relação entre intensidade e [La - ] (Cheng et al., 1992) (Czuba et al., 2009). Os métodos de determinação da ilan através de um protocolo incremental é fácil de ser aplicado, prediz desempenho em provas de longa distância (10km até maratona), pode estimar a intensidade de MFEL tanto em ambientes com temperaturas normais (22ºC) como em ambientes quentes (40ºC) (Monteiro De Barros et al., 2014)e possui sensibilidade ao treinamento onde os pontos obtidos da relação intensidade versus [La - ] desloca-se para a 10

11 direita caso haja melhora na capacidade aeróbia (Sjodin e Jacobs, 1981; Cheng et al., 1992; Nicholson e Sleivert, 2001; Czuba et al., 2009). Este deslocamento deve ser interpretado com cuidado já que o estado nutricional e até mesmo overtraining e overreaching também podem interferir no resultado gerando um falso positivo (Stegmann e Kindermann, 1982; Yoshida et al., 1987; Matos et al., 2011). Tegtbur et al. (1993) popularizaram um interessante método para determinação da ilan para corrida que, posteriormente, foi adaptado para a natação (Ribeiro et al., 2003). Esses autores propuseram a determinação da ilan submetendo os participantes a esforços máximos, cujo o objetivo é aumentar a [La - ], oito minutos de intervalo e, na sequência, a realização de um teste progressivo com coletas sanguíneas ao final dos estágios. A resposta típica da lactacidemia nesse protocolo é uma cinética em forma de U ou seja, nos estágios iniciais de exercício, pelo fato de as intensidades serem abaixo do limiar anaeróbio, observase remoção da lactacidemia enquanto que a elevação lactacidêmica, observada após os estágios de maior intensidade, indica que os esforços foram realizados acima da ilan. Nesse protocolo, a intensidade correspondente ao menor valor lactacidêmico, que teoricamente corresponde à maior intensidade de equilíbrio entre produção e remoção de lactato, ou seja, é a intensidade de MFEL. O protocolo de lactato mínimo é considerado um método robusto para a determinação da ilan, pois o resultado da avaliação não é influenciado pelo estado nutricional do avaliado (Tegtbur et al., 1993), pode ser usado para avaliar atletas de diferentes níveis de condicionamento físico e maturação (Knoepfli-Lenzin e Boutellier, 2011; Mezzaroba et al., 2014). Outros pesquisadores (Macintosh et al., 2002) descreveram em seus estudos que a intensidade obtida através do teste de lactato mínimo apresentou alta correlação com a MFEL. Este resultado é semelhante com os encontrados por outros pesquisadores (Jones e Doust, 1998), que observaram que a intensidade de lactato mínimo não foi diferente e apresentou fortes correlações com a intensidade de MFEL. Posteriormente, pesquisadores brasileiros (Ribeiro et al., 2003) adaptaram o teste de lactato mínimo para a natação. Esses mesmos autores verificaram que a ilan determinada por meio do teste de lactato mínimo corresponde à MFEL também em meio líquido. O protocolo de lactato mínimo é uma boa alternativa para determinação da ilan e verificar alterações na capacidade aeróbia durante uma temporada (Campos et al., 2014), contudo este deve ser padronizado para verificar o efeito do treino sobre parâmetros aeróbios 11

12 já que o resultado é afetado por esforços prévios (Vicente-Campous et al., 2014), diferentes induções à hiperlactacidemia (Zagatto et al., 2014) e diferentes formas de intervalo antes da fase incremental (Ribeiro et al., 2009). A ilan é uma variável importante para atletas cuja a especialidade são provas de média a longa distâncias e que, comumente, é desenvolvida através de sessões de treinamentos intervalados que foram popularizados pelo campeão olímpico Emil Zatopek na década de 50 e, desde então, são utilizados por atletas especialistas em longas e médias distâncias (Jokl et al., 1976; Buchheit e Laursen, 2013). As sessões de treinamento intervalado são caracterizadas por estimular o metabolismo aeróbio em esforços repetitivos de curta a longa duração, em intensidades superiores a ilan, separados por intervalos ativos ou passivos (Billat, 2001). Em uma sessão aguda de treinamento intervalado (15 seg de esforço por 15 seg de intervalo durante 60 minutos) vs. treinamento contínuo (ivo 2máx até a exaustão) resultou em maior intensidade, 112% e 102% do VO 2máx respectivamente, maior conservação dos estoques de glicogênio muscular tanto em fibras do tipo I como do tipo II, menores [La - ] (2mM vs. 10mM) e maior utilização de lipídios (Essen, 1978). Uma possível explicação para o presente resultado é uma maior disponibilidade de mioglobina devido ao período de repouso e, consequentemente, maior produção de energia aeróbia devido à maior produção de ATP por unidade de glicose comparada com a formação de lactato (Christensen et al., 1960). Em outro estudo realizado com remadores, Gullstrand (1996) encontrou resultados parecidos em que, após uma sessão de treinamento intervalado que consistiu de 15 segundos de intervalo por 15 segundos na velocidade de prova, foram observadas que a frequência cardíaca, VO 2pico e [La - ] foram 89%, 78% e 32% respectivamente menores do que as encontradas durante uma sessão contínua. Contudo, essas sessões representam uma porcentagem baixa do treinamento total realizado por esse tipo de atleta devido os esforços serem muito curtos, com duração de até 1 minuto (Gullstrand, 1996). Os primeiros estudos que realizaram sessões de treinamento intervalado, em que cada esforço tivesse duração de no mínimo 2 minutos, verificaram moderada melhora no VO 2máx devido à duração do intervalo ser muito longa e, consequentemente, diminuindo o consumo de oxigênio e perdendo a objetividade da sessão, que era de manter o VO 2máx pelo maior tempo possível (Edwards et al., 1973; Fox et al., 1975; Buchheit e Laursen, 2013). 12

13 Seiler e colaboradores (Seiler et al., 2013) verificaram que, acumulando um total de 32 minutos (4 esforços de 8 minutos) a 90% da frequência cardíaca máxima geraram melhores adaptações fisiológicas, como VO 2pico e potência referente a 4 mm de lactato, que 16 minutos (4 esforços de 4 minutos) e 64 minutos (4 esforços de 16 minutos). Contudo, é difícil utilizar esforços intermitentes de longa duração e ao mesmo tempo evitar a fadiga. Com o objetivo de determinar a intensidade teoricamente considerada ideal, para o desenvolvimento da capacidade aeróbia e potência aeróbia, técnicos desportivos e pesquisadores vêm utilizando a intensidade de VO 2máx e a ilan, onde ambos são indicadores de performance para provas de média e longa duração (Sjodin e Jacobs, 1981; Billat, V. L., 1996). Uma possível alternativa apontada por Billat (2001) seria utilizar esforços com duração de até 8 minutos e intervalos em torno de 1 a 2 minutos e, com isso, o atleta permaneceria com o consumo de oxigênio elevado por um período maior que o esforço contínuo. Em outro estudo recente (De Araujo et al., 2014), os autores também relataram em modelo animal os benefícios do treinamento intervalado comparado com treinamento contínuo, destacando que os autores deste estudo equiparam a carga de trabalho para os dois grupos. O grupo de ratos que treinou de forma intermitente, a 85%, 95% e 105% da ilan, assumida como % do peso corporal, gerou adaptações fisiológicas positivas no aumento de glicogênio muscular e volume de treino após 8 semanas quando comparado com o grupo que treinou de forma contínua a 95% da ilan. Apesar da lógica do treinamento intermitente ser a realização de um esforço mais intenso a de um esforço contínuo, em natação é prática comum a realização desse tipo de treinamento com o objetivo de desenvolvimento da capacidade aeróbia. A justificativa para tal estratégia de treinamento é o desenvolvimento da capacidade aeróbia das fibras musculares de contração rápida (Maglischo, 2011; 2012b; a). Apesar de esses protocolos fornecerem resultados precisos quanto às intensidades para avaliação e prescrição do treinamento aeróbio, poucas equipes têm acesso a respostas lactacidêmicas, foram desenvolvidos os protocolos de velocidade crítica (VC) e teste máximo de 30 minutos (T30). A VC é um protocolo atrativo, principalmente por sua simplicidade, ausência de custo e por não ser um método invasivo (Wakayoshi et al., 1993; Dekerle et al., 2002). A VC é assumida como a inclinação do ajuste linear da relação entre distância e o tempo(wakayoshi 13

14 et al., 1993). O atleta realizando um exercício contínuo nesta intensidade, teoricamente não entraria em exaustão por um longo período, apresentando até mesmo estabilização lactacidêmica. Contudo, mais recentemente, foi observado que a VC não necessariamente corresponde a MFEL (Dekerle, Pelayo, et al., 2005). O T30 consiste de um único esforço contínuo e máximo com duração de trinta minutos, é um método alternativo para se determinar a capacidade aeróbia de nadadores sem necessidade de análise de sangue, e a ilan é assumida como a velocidade média durante todo o teste (Olbrecht et al., 1985; Deminice et al., 2007). Os benefícios de usar o T30 são os baixos custos e a fácil aplicação, podendo ser realizado em um único dia com toda a equipe. Em contrapartida, o T30 analisa o desempenho dos nadadores e com isso, seu resultado pode ser alterado devido a diversos fatores como nutricionais, ambientais e a honestidade do esforço. No entanto, os resultados provenientes dos protocolos comumente utilizados na determinação da capacidade aeróbia de modo invasivo (MFEL, testes que utilizam concentrações fixas, teste de lactato mínimo) e não invasivo (T30, velocidade crítica) teoricamente são funcionais para esforços contínuos (Tegtbur et al., 1993; Beneke, 2003b; Ribeiro et al., 2003; Deminice et al., 2007). Desse modo, ajustes são necessários para utilização dos dados provenientes de testes de limiar anaeróbio quando os treinamentos com o objetivo de desenvolver a capacidade aeróbia forem realizados de modo intermitente. Na década de 80, Madsen & Lohberg (1987) propuseram fatores de correção para sessões de treinamento intermitente que correspondessem a ilan assumida como a velocidade correspondente a de 4mM de lactato (Tabela 1). 14

15 Tabela 1. Fatores de correção para o ajuste da intensidade correspondente a 4 mm de lactato para o treinamento intermitente em diferentes distâncias das repetições com intervalos de 10s e 30s (Madsen e Lohberg, 1987). Intervalo de Distâncias de Esforços Sexo Repouso (s) 400m 200m 100m 50m Feminino % 101,5% 103% 110% ,5% 102,5% 106,5% 114% Masculino 10 99,5% 101,5% 103% 108% ,5% 102,5% 108% 115% Embora os fatores de correção apresentados anteriormente tenham sido amplamente difundidos entre os técnicos de natação por meio de livros textos (Maglischo, 2003) e artigos publicados em revistas técnicas da natação (Madsen e Lohberg, 1987), ainda não foram encontrados estudos que monitoraram as respostas lactacidêmicas de nadadores durante sessões de treinamentos intermitentes com as intensidades de nado ajustadas com a utilização dos fatores de correção. Além da intensidade de nado, o monitoramento dos parâmetros cinemáticos de nado também são variáveis que devem ser considerados na estruturação dos programas de treinamentos. Durante provas de natação, observa-se uma queda gradual da DB durante provas de 200m a 1500m estilo livre e para tentar manter a velocidade, nadadores aumentam a fb, diminuindo a eficiência mecânica (Costill et al., 1985; Craig et al., 1985). Quando comparados estes parâmetros em diversas distâncias, de 100m a 1500m, a fb em provas curtas é alta e diminui a medida que a distância da prova aumenta, o que não acontece com a DB em que há pouca alteração em diferentes distâncias (Craig et al., 1985). Além da intensidade de nado, intervalo de repouso entre as séries e fatores de correção da ilan, o monitoramento dos parâmetros cinemáticos de nado [distância por braçada (DB), frequência de braçada (fb) e índice de nado (IN)] são de fundamental importância para a avaliação dos nadadores (Dekerle, Nesi, et al., 2005). A velocidade média pode ser calculada pelo produto entre a DB (distância percorrida pelo corpo durante uma 15

16 braçada) com a fb (número de braçadas realizado a cada segundo) (Hay, 1987). O IN, que pode ser calculado como o produto da DB pela velocidade, fornece um indicativo de qualidade técnica do nadador de acordo com sua velocidade, é importante conhecer este parâmetro, pois é comum encontrar baixa qualidade técnica em altas intensidades (Costill et al., 1985; Alberty et al., 2009). Deminice e colaboradores (2007) não encontraram diferença significativa na distância por braçada (DB) e frequência de braçada (fb) obtida através do T30 comparando esses mesmos parâmetros referentes a 3,5 mm. Para isso, o T30 necessita de atletas bem motivados e com boa percepção de ritmo para que não cheguem à exaustão antes dos 30 minutos, elevada demanda de tempo tanto dos avaliadores quanto de atletas e um ambiente controlado (Podolin et al., 1991; De Barros et al., 2011). Todas essas variáveis são muito difíceis de serem controladas e reproduzidas em coletas futuras para se observar o efeito do treinamento. Em esforço contínuo na ilan ou abaixo é possível observar estabilização na DB e fb a medida que o exercício se estende (Keskinen e Komi, 1993; Figueiredo et al., 2014), o que não acontece em esforços acima da ilan (Oliveira, M. F. M. et al., 2012), como na intensidade de consumo máximo de oxigênio (Dekerle, Nesi, et al., 2005). Contudo, fadiga periférica pode ocorrer em provas de longa distância alterando os parâmetros mecânicos de nado ao longo da prova (Invernizzi et al., 2014). Já em esforços intermitentes com razão esforço/pausa de 5:1, na qual se observa manutenção na [La - ], não é encontrada estabilização da DB, fb e IN o que sugere que em esforços intermitentes não há associação em parâmetros mecânicos de nado e [La - ] (Oliveira, M. F. M. et al., 2012). Dekerle e colaboradores (2005) demonstraram que durante um esforço progressivo, a DB aumenta até a ilan e em seguida diminuiria gradativamente, no mesmo instante em que a fb ganharia mais evidência, reduzindo assim a qualidade da mecânica durante o esforço. Em estudo recente (Figueiredo et al., 2013), foram observados resultados parecidos, em que a DB, fb e o índice de coordenação apresentaram inflexão ou deflexão no mesmo momento em que houve um aumento exponencial na relação intensidade de nado com [La - ] durante um protocolo incremental, apresentando possíveis associações entre parâmetros mecânicos e fisiológicos. O IN também apresenta um ponto de deflexão muito próximo a ilan obtida através do método D-máx e não foram observadas diferenças significativas entre as intensidades obtidas (Czuba et al., 2009; Oliveira, M. F. et al., 2012). As modificações nos parâmetros mecânicos de nado também foram apresentadas em diversos estudos (Barbosa et 16

17 al., 2008; Psycharakis et al., 2008; Komar et al., 2012), porém todos foram observados em apenas uma sessão de treino progressivo. No entanto, ainda não foram encontrados estudos que investigaram os efeitos dos fatores de correção para o treinamento intermitente em diferentes tipos de série na intensidade de MFEL sobre os parâmetros mecânicos de nado. 17

18 2. OBJETIVO O objetivo do presente estudo é estabelecer fatores de correção para que as intensidades utilizadas em treinamentos intermitentes nas distâncias de 50, 100 e 200 m com intervalo padronizado de 30s aproximem-se da MFEL. Adicionalmente, são investigadas as respostas dos parâmetros mecânicos de nado (DB, fb e IN) durante os treinamentos intermitentes realizados com intensidades ajustadas. 3. JUSTIFICATIVA A presente dissertação justifica-se pelo fato de que as tabelas utilizadas para correção das intensidades proposta por Madsen & Lohberg (1987) para realização de esforços intermitentes, quando o objetivo do estímulo é o desenvolvimento da capacidade aeróbia, não necessariamente correspondem a MFEL. Portanto, os parâmetros apresentados nas tabelas podem não fornecer um estímulo adequado aos nadadores quando o objetivo do treinamento for o desenvolvimento da capacidade aeróbia. Além das informações citadas anteriormente, a motivação para a realização do presente projeto de pesquisa deve-se aos resultados recentes obtidos por nosso grupo de pesquisa em uma clínica de natação realizada na cidade de Presidente Prudente - SP. Na ocasião, 36 nadadores de nível estadual e nacional, pertencentes a duas equipes filiadas à Federação Aquática Paulista, foram submetidos a um teste de lactato mínimo (composto por um esforço máximo de 200m, oito minutos de intervalo passivo seguido de cinco esforços progressivos de 200m) e divididos em três grupos de acordo com sua especialidade: 60 esforços de 50 metros a 115% da ilan para os velocistas, 30 esforços de 100 metros a 108% da ilan para os nadadores meio fundistas e 14 esforços de 200 metros a 102,5% da ilan para os fundistas, com intervalo padronizado de 30 segundos entre cada esforço para todos os grupos conforme proposto por Madsen & Lohberg (1987). Foram coletadas amostras sanguíneas no início, meio e ao final de cada série para verificar a [La - ] e, consequentemente, verificar se houve estabilização das [La - ] entre o meio 18

19 e o final da série. O critério de estabilização lactacidêmica foi a variação menor ou igual a 1 mm das amostras sanguíneas obtidas no meio e ao final de cada série (Beneke, 2003b). Em todos os grupos, a diferença nas [La - ] entre o meio e o final da série não foi superior a 1 mm. Nos grupos que realizaram as séries 30 esforços de 100 metros e 14 esforços de 200 metros, não foi observada diferença significativa entre a [La - ] após a respectiva série com a [La - ] referente à ilan obtida no teste de lactato mínimo. Já no grupo que realizou 60 esforços de 50 metros, foi verificada diferença significativa, onde a [La - ] no final da série foi menor que a [La - ] referente à ilan no teste de lactato mínimo (Figura 1). 19

20 Figura 1. Comportamento individual das concentrações lactacidêmicas obtidas no repouso (pós-aquecimento), no meio e ao final de quatros sessões de treinamento com intensidades corrigidas utilizando os fatores de correção propostos por Madsen & Lohberg (1987). Na média, em todos os grupos, a diferença das [La - ] entre o final e o meio da série foi inferior ou igual a 1 mm, caracterizando que essas séries representam fases estáveis de 20

21 lactato. Não é possível afirmar que estas são sessões consideradas ideais para treinamento de limiar anaeróbio, pois não foram monitoradas séries com fatores de correção maiores em que a diferença na [La - ] entre o meio e o final ultrapassasse 1 mm para considerar que, definitivamente, os fatores de correção propostos por Madsen e Lohberg (1987) são ideais. Nas séries com 30 esforços de 100 metros e 14 esforços de 200 metros não foram observadas diferenças significativas entre as [La - ] em comparação às [La - ] correspondentes à ilan. Na série com 60 esforços de 50 metros, as [La - ] foram significativamente inferiores às obtidas no teste de lactato mínimo. Desse modo, apesar da necessidade de um maior rigor científico, os resultados dessas observações evidenciaram a necessidade de estudos empenhados em investigar a validade dos fatores de correção, frequentemente utilizados por técnicos de natação na predição da MFEL para esforços intermitentes. 21

22 4. METODOLOGIA 4.1. Participantes. Participaram do presente estudo 14 nadadores de ambos os sexos de nível nacional e estadual, com melhor desempenho a 78,4 ± 9,8% do recorde mundial em relação, que participam com frequência em eventos competitivos há no mínimo três anos, filiados à Federação Aquática Paulista (FAP) e pertencentes a uma equipe de natação de uma cidade no interior do estado de São Paulo. Todos os atletas foram informados sobre os riscos e benefícios do presente estudo e somente foram incluídos nas análises aqueles que concordaram, por escrito, com o termo de consentimento livre e esclarecido. Caso o sujeito fosse menor de dezoito anos, o termo deveria ser assinado pelo responsável legal. Todos os procedimentos foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista Campus de Rio Claro (2814/2013) Delineamento Experimental. Foram realizadas uma avaliação inicial e a cada 4 semanas para a determinação da ilan em nado livre de cada atleta pelo método de lactato mínimo, sempre nas mesmas condições como horário, temperatura dentro e fora d água e tamanho da piscina. Durante três meses foram realizadas 16 sessões de treino com distâncias aproximadas de 3000 metros divididas em sessões de 50, 100 ou 200 metros por esforço em diferentes intensidades, quando foram coletadas amostras sanguíneas no início, meio e ao final da série. As sessões de treino tiveram intervalo entre 24 a 72 horas e foram intercaladas com a periodização elaborada pelo técnico responsável da equipe no início da temporada. 22

23 4.3. Determinação da ilan. Para determinação da ilan utilizou-se o protocolo de lactato mínimo (Tegtbur et al., 1993) adaptado para a natação (Ribeiro et al., 2003). Esse teste é composto por uma fase de indução à hiperlactacidemia, oito minutos de intervalo passivo e outra fase de um protocolo incremental. Na fase de indução à hiperlactacidemia, os nadadores realizaram um esforço máximo de 200m estilo crawl. No terceiro, quinto e sétimo minuto após o esforço máximo, amostras sanguíneas (25µL) foram coletadas do lóbulo da orelha para determinação da concentração pico de lactato em lactímetro eletroquímico (Yellow Springs Instruments modelo 1500 Sport, Ohio, USA). Após oito minutos de intervalo passivo, os nadadores foram submetidos a um teste incremental, que consistiu na realização de cinco esforços progressivos de 200m, onde a progressão foi feita de forma subjetiva pelos atletas (Campos et al., 2014) com intervalos somente para coleta de amostras sanguíneas e determinação da [La - ]. Os pontos obtidos da relação entre [La - ] versus velocidade de nado (m.s -1 ) foram ajustados (ajustes polinomial de 2ª ordem) de modo que a derivada zero desse ajuste correspondeu a ilan, como mostra na Figura 2. 23

24 Figura 2. Representação da concentração de lactato sanguíneo nos cinco esforços progressivos do teste de lactato mínimo Monitoramento das Intensidades de Treino Cada sessão de treino teve início após a realização de um aquecimento típico de natação elaborado pelo técnico responsável pela equipe. Foram monitorados três séries de treinamento intermitente em natação. Todos os esforços tiveram intervalo padronizado de 30 segundos e volume total de aproximadamente metros por sessão. Foram realizadas séries de 14 x 200m, 30 x 100m e 60 x 50m, utilizando somente o nado crawl. Amostras sanguíneas foram coletadas após o aquecimento, no meio e ao final de cada série e analisadas em lactímetro eletroquímico (Yellow Springs Instruments modelo 1500 Sport, Ohio, USA). Foi assumida como a MFEL para esforços intermitentes, a maior intensidade de exercício em que a variação das [La - ] apresentou variação a 1 mm. As sessões de treinamento também foram monitoradas pela percepção subjetiva de esforço, em que no meio e ao final de cada série os atletas relatavam o esforço que eles estavam sentindo por meio da utilização da escala de Borg de variação de 6 a 20 u.a Determinação de Fatores de Correção para o Treinamento Intermitente. 24

25 Após as coletas, as intensidades de cada sessão de treino foram ajustadas de acordo com a avaliação da ilan mais próxima. Como não foi possível observar a MFEL em nenhuma das séries monitoradas, 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m devido a nenhuma intensidade apresentou diferença na [La - ] superior a 1 mm, foi utilizado o protocolo de D-Máx (Cheng et al., 1992), em que neste caso, os pontos obtidos da relação porcentagem da ilan com a [La - ] foram ajustados de forma polinomial e linear e a intensidade correspondente a maior distância entre estes dois ajustes foi assumida como id- Máx. O FC foi assumido como a diferença percentual entre a ilan e a id-máx (Figura 3). Todos os procedimentos foram realizados de forma individual e a média dos FC individuais foi assumida como o FC da série. Figura 3. Representação dos valores das concentrações de lactato sanguíneo nas respectivas intensidades em relação à intensidade de limiar anaeróbio (ilan) com os ajustes linear e polinomial juntamente com a determinação do D-máx e da intensidade de D-máx Análises Sanguíneas. Para as análises sanguíneas, foram coletados 25µl de sangue do lóbulo da orelha, para a determinação das [La - ]. As amostras foram imediatamente depositadas em tubos de 25

26 poliuretano com capacidade máxima de 1,5mL (Eppendorf) contendo 50 µl de Fluoreto de Sódio (NaF-1%), para posterior análise. As amostras de sangue foram conservadas em uma caixa térmica com gelo para transporte do local da coleta até o laboratório e, em seguida, foram colocadas em freezer com temperatura aproximada de -20ºC. Após, as amostras foram analisadas em lactímetro eletroquímico (Yellow Springs Instruments modelo 1500 Sport, Ohio, USA) e o valor foi corrigido por conta do NaF-1%. 26

27 4.7. Parâmetros Cinemáticos de Nado Para a determinação dos parâmetros cinemáticos de braçada, foram colocadas marcações a 7 metros de cada margem da piscina, onde apenas foram analisados os 11 metros centrais para que a virada e o nado submerso não influenciassem os resultados. Todas as sessões de treino foram gravadas através de uma filmadora (Samsung) com frequência de 30 Hz. Posteriormente as imagens foram e posteriormente analisadas de modo que os parâmetros cinemáticos foram determinados utilizando somente o nado limpo (Figura 4). Foram determinados a fb (a razão do número de braçada pelo tempo), a DB (a razão do número de braçada pela distância percorrida) e o IN (produto da velocidade pelo comprimento de braçada) de cada sessão de treino. Figura 4. Modelo que representa a disposição da câmera com as marcações na piscina para determinar os parâmetros cinemáticos de nado. 27

28 4.8. Tratamento Estatístico Os dados são apresentados em médias ± erro padrão. A normalidade dos dados foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk e foi utilizado o teste variância ANOVA one-way para medidas repetidas e, quando necessário teste de post-hoc de Tukey para verificar a diferença entre os modelos de treino na natação. Em todos os casos, o nível de significância foi préfixado em p<0,05. 28

29 5. RESULTADOS As Tabelas 2, 3 e 4 apresentam os valores médios e erros padrão da velocidade, porcentagem da velocidade máxima e [La - ] na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos dos três testes de lactato mínimo. Pode-se observar em todas as tabelas que a média das velocidades e das [La - ] tiveram o comportamento típico do protocolo em questão. Tabela 2. Valores médios e erro padrão da velocidade (Vel), porcentagem da velocidade máxima obtida no teste de lactato mínimo (%Vel Máx) e concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos do primeiro teste de lactato mínimo. Indução E 1 E 2 E 3 E 4 E 5 Vel (m/s) %Vel Máx [La - ] (mm) 1,42 ± 0,03 99,41 ± 0,29 10,83 ± 1,09 1,11 ± 0,02 77,98 ± 0,89 7,38 ± 1,17 1,18 ± 0,03 82,96 ± 0,80 4,59 ± 0,99 1,27 ± 0,03 89,25 ± 0,82 4,87 ± 0,86 1,33 ± 0,03 93,46 ± 0,80 5,63 ± 0,80 1,41 ± 0,03 90,59 ± 0,75 9,66 ± 0,95 29

30 Tabela 3. Valores médios e erro padrão da velocidade (Vel), porcentagem da velocidade máxima obtida no teste de lactato mínimo (%Vel Máx) e concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos do segundo teste de lactato mínimo. Indução E 1 E 2 E 3 E 4 E 5 Vel (m/s) %Vel Máx [La - ] (mm) 1,44 ± 0,06 98,23 ± 0,35 11,42 ± 0,81 1,08 ± 0,01 75,38 ± 0,64 7,18 ± 1,15 1,15 ± 0,05 84,11 ± 0,71 5,41 ± 1,08 1,28 ± 0,03 90,43 ± 0,67 4,93 ± 0,54 1,36 ± 0,04 93,22 ± 0,91 5,21 ± 0,29 1,43 ± 0,05 95,29 ± 0,76 8,91 ± 1,22 Tabela 4. Valores médios e erro padrão da velocidade (Vel), porcentagem da velocidade máxima obtida no teste de lactato mínimo (%Vel Máx) e concentração de lactato sanguíneo ([La - ]) na indução à hiperlactacidemia e nos cinco esforços progressivos do terceiro teste de lactato mínimo. Indução E 1 E 2 E 3 E 4 E 5 Vel (m/s) %Vel Máx [La - ] (mm) 1,39 ± 0,05 99,68 ± 0,34 9,83 ± 1,11 1,10 ± 0,04 73,21 ± 0,73 6,34 ± 0,99 1,19 ± 0,03 84,96 ± 0,86 4,61 ± 0,54 1,28 ± 0,02 87,54 ± 0,71 4,22 ± 0,93 1,34 ± 0,03 91,29 ± 0,95 5,11 ± 0,86 1,36 ± 0,04 92,31 ± 0,72 8,96 ± 0,91 A Figura 5 mostra o comportamento das [La - ] nos momentos início, meio e final de cada sessão de treino no formato de 60 esforços de 50m com intensidade relativa à velocidade de lactato mínimo. Foi observada diferença significativa entre a [La - ] no final da 30

31 série cuja intensidade média de 122,3% da ilan em relação a todas as outras séries. Não houve diferença significativa entre a [La - ] no meio e início da série. Figura 5. Médias e erros padrão das concentrações de lactato sanguíneo ([La - ]) nos momentos início, meio e final de cada série na intensidade relativa a ilan. * Indica diferença significativa da [La - ] em relação as outras séries. A Figura 6 mostra o comportamento das [La - ] nos momentos início, meio e final de cada sessão de treino no formato de 30 esforços de 100m com intensidade relativa à velocidade de lactato mínimo. Foi observada diferença significativa entre a [La - ] no meio da série na intensidade média de 114,3% da ilan em relação a todas as outras séries e a [La - ] no final da série na intensidade média de 114,3% da ilan em relação às séries com intensidade média de 101,9% e 103,9% da ilan. 31

32 Figura 6. Médias e erros padrão das concentrações de lactato sanguíneo ([La - ]) nos momentos início, meio e final de cada série na intensidade relativa à ilan. * Indica diferença significativa da [La - ] em comparação com 109,5%, 106,7%, 103,9% e 101,9% da ilan. A Figura 7 mostra o comportamento das [La - ] nos momentos início, meio e final de cada sessão de treino no formato de 14 esforços de 200m com intensidade relativa à velocidade de lactato mínimo. Não foi observada diferença significativa entre as [La - ] durante o início, meio e o final de cada intensidade. 32

33 Figura 7. Médias e erros padrão das concentrações de lactato sanguíneo ([La - ]) nos momentos início, meio e final de cada série na intensidade relativa à ilan. Os esforços durante as sessões dos treinamentos intermitentes com diferentes intensidades foram interrompidos quando os nadadores não eram capazes de suportar a intensidade pré-determinada. Nenhum nadador conseguiu completar os todos os esforços na maior intensidade de cada tipo de série, 60 esforços de 50m a 122,3% da ilan, 30 esforços de 100m a 114,3% da ilan e 14 esforços de 200m a 107,1% da ilan. Nos parâmetros mecânicos de nado, não foi observada diferença significativa na DB, fb e IN durante todas as séries, em todas as sessões de treino (Figuras 8, 9 e 10). 33

34 Figura 8. Valores médios e erro padrão da DB, fb e IN nos momentos início, meio e final das sessões de treino compostas de 60 esforços de 50m. * Indica diferença significativa entre 117,7%, 120,4%, e 122,3% da ilan. 34

35 Figura 9. Valores médios e erro padrão da DB, fb e IN nos momentos início, meio e final das sessões de treino compostas de 30 esforços de 100m. * Indica diferença significativa em relação a todas as outras intensidades. # Indica diferença significativa entre 106,3%, 109,1%, e 114,5% da ilan. 35

36 Figura 10. Valores médios e erro padrão da DB, fb e IN nos momentos início, meio e final das sessões de treino compostas de 14 esforços de 200m. * Indica diferença significativa em relação a todas as outras intensidades. # Indica diferença significativa entre 101%, 102,4%, 103,7% e 104,5% da ilan. 36

37 A variação da PSE aumentou com o incremento de intensidade, com diferenças significativas (Figuras 11, 12 e 13). Figura 11. Valores médios ± erros padrão da percepção subjetiva de esforço (PSE) no meio e final da sessão de treino compostas por 60 esforços de 50m. * Indica diferença significativa entre 113,6%, 115,7% e 117,7 % da ilan 37

38 Figura 12. Valores médios ± erros padrão da percepção subjetiva de esforço (PSE) no meio e final da sessão de treino compostas por 30 esforços de 100m. * Indica diferença significativa entre 101,9%, 103,9% e 106,7% da ilan. 38

39 Figura 13. Valores médios ± erros padrão da percepção subjetiva de esforço (PSE) no meio e final da sessão de treino compostas por 14 esforços de 200m. * Indica diferença significativa entre 101%, 102,4%, 103,7% e 104,5% da ilan Conforme observado nas Figuras 5, 6 e 7, o comportamento das [La - ] não possibilitou a utilização da variação 1mM como critério de estabilização lactacidêmica, conforme proposto por Beneke (2003b), pois a variação das [La - ] não aumentou com o aumento da intensidade das séries. No entanto, os valores absolutos das [La - ] aumentaram de modo concomitante aos aumentos das intensidades dos treinamentos. Optou-se então por determinar os fatores de correção por meio da utilização do método de D-máx. Conforme relatado anteriormente, os pontos obtidos da relação entre a porcentagem da intensidade de lactato mínimo e as respectivas [La - ] foram submetidos aos ajustes, linear e polinomial de segunda ordem, de modo que a intensidade de nado (%ilan) correspondente à maior distância entre os dois ajustes foi assumido como fator de correção para o treinamento (Figura 3). Foi observada diferença significativa entre a ilan obtida através do teste de lactato mínimo e a id-máx para todas as séries, porém não houve diferença significativa entre a [La - ] no limiar anaeróbio com a [La - ] observada no D-máx para todas as séries, 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m (Tabela 5). 39

40 Tabela 5. Valores médios e erros padrão da intensidade de limiar anaeróbio (ilan), intensidade obtida pelo método D-máx (id-máx), fator de correção para nados intermitentes (FC), concentração de lactato sanguíneo no limiar anaeróbio ([La - ] Lan ) e concentração de lactato sanguíneo observada no D-máx ([La - ] D-máx ) para as sessões 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m. Sessão ilan (m/s) id-máx (m/s) FC (%ilan) [La - ] Lan [La - ] D-máx 60 x 50m 1,25 ± 0,02 1,48 ± 0,03* 118,11 ± 0,49 5,05 ± 0,27 4,49 ± 0,36 30 x 100m 1,23 ± 0,02 1,33 ± 0,02* 105,75 ± ,89 ± 0,35 4,01 ± 0,37 14 x 200m 1,25 ± 0,03 1,30 ± 0,03* 104,27 ± 0,62 4,25 ± 0,39 3,32 ± 0,53 *p < 0.05 Os valores médios do fator de correção e razão esforço/pausa para as séries 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m estão apresentados na Tabela 6. Pode-se observar na Tabela 6, valores médios e erro padrão do FC para esforços intermitentes e a razão esforço/pausa para as séries de treino compostas por 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m, além da porcentagem relativa ao esforço máximo de 200m realizado durante o protocolo de lactato mínimo. Na Tabela 7, pode-se verificar valores médios dos parâmetros mecânicos de nado, DB, fb e IN na ilan e no FC para todas as séries. Em todos os parâmetros mecânicos de nado, foi verificada diferença significativa entre a ilan e o FC para as séries 60 esforços de 50m, 30 esforços de 100m e 14 esforços de 200m. Tabela 6. Valores médios e erros padrão do fator de correção (FC) para esforços intermitentes, a razão esforço/pausa (E:P) e a porcentagem relativa ao esforço máximo de 200m realizado no teste de lactato mínimo (% da v200) para as séries 60 esforços de 50m (60x50), 30 esforços de 100m (30x100) e de 14 esforços de 200m (14x200). Série FC (% da ilan) E:P % da v200 60x50 118,11 ± 0,49 1,12:1 91,37 ± 1,88 30x ,75 ± ,50:1 89,41 ± 1,53 14x ,27 ± 0,62 5,10:1 87,54 ± 1,15 40

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