INFLUÊNCIA DA REPETIÇÃO DE SPRINTS NA PERFORMANCE DE LANCES LIVRES E SALTOS VERTICAIS DE JOVENS ATLETAS DE BASQUETEBOL
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- Beatriz Mascarenhas Viveiros
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1 INFLUÊNCIA DA REPETIÇÃO DE SPRINTS NA PERFORMANCE DE LANCES LIVRES E SALTOS VERTICAIS DE JOVENS ATLETAS DE BASQUETEBOL INFLUENCE OF REPEAT SPRINTS IN FREE THROWS AND VERTICAL JUMPS PERFORMANCE OF YOUTH BASKETBALL ATHLETES Fabio Milioni Mestre UniSalesiano/Lins UNESP/Rio Claro fmilioni@yahoo.com.br Paulo Eduardo Redkva Mestre UNESP/Rio Claro pauloredkva@hotmail.com Prof. Dr. Alessandro Moura Zagatto UNESP/Bauru UNESP/Rio Claro (orientador) azagatto@fc.unesp.br RESUMO A capacidade de repetir sprints é possivelmente um dos fatores mais determinantes em esportes intermitentes como o basquetebol, entretanto, reconhecidamente essa prática colabora com a superprodução de metabólitos que ocasionam o desequilíbrio ácido-base na célula muscular e consequente queda de desempenho, inclusive técnico. Dessa forma o objetivo do presente estudo foi verificar a influência de sprints repetidos sob as demandas técnica e motora do jogo de basquetebol em jovens atletas da modalidade. Vinte jogadores de basquete do sexo masculino com idade entre anos foram avaliados em dois momentos distintos (T0 previamente ao início da pré-temporada e T1 ao final do período de base) quanto a capacidade de realização de sprints repetidos e demanda técnica e motora (RSATD). Para análise estatística foi empregado o teste t de student (p < 0,05). Palavras-chave: Basquetebol. Capacidade de sprints repetidos. Performance. INTRODUÇÃO A capacidade de aumentar a intensidade de forma intermitente ou até mesmo realizar sprints repetidas vezes com quedas proporcionalmente menores de rendimento são possivelmente a chave do sucesso em diversas modalidades esportivas, inclusive no basquetebol (ATTENE et al., 2015). Energeticamente, esforços em intensidade de all-out são baseados na hidrólise intensa da molécula de ATP originada principalmente da glicólise anaeróbia e da utilização dos estoques de fosfocreatina muscular (PCr). Entretanto tais estratégias de sustentação energética de sprints repetidos a partir do recrutamento severo das vias anaeróbias (alática e lática), geram inevitavelmente a produção em massa, e consequente acúmulo, de metabólitos responsáveis pelo desequilíbrio ácido-base das 1
2 células musculares em atividade, em especial prótons H + e fosfato inorgânico (Pi) (BISHOP et al., 2004). O desequilíbrio ácido-base contribui para a queda progressiva do desempenho, via inibição da atividade da glicólise anaeróbia, ineficiência da restauração de PCr (BISHOP et al., 2004) e falência dos processos neuromusculares de produção de força, acarretando consequentemente na instauração do processo de fadiga muscular (MENDEZ-VILLANUEVA et al., 2012) entretanto não consenso sobre a influência desse cenário metabólico na execução de gestos técnico, como o arremesso de lance livre no basquetebol. OBJETIVOS O presente projeto de pesquisa teve como objetivo verificar a influência da capacidade de realização de sprints repetidos sob a demanda técnica do arremesso de lance livre de basquetebol e demanda motora de saltos verticais em jovens atletas da modalidade. METODOLOGIA Este projeto constituiu-se de uma pesquisa de caráter experimental longitudinal. Os participantes foram avaliados em dois momentos distintos. T0: corresponde à linha de base, previamente ao início do período preparatório básico dos treinos (duração: 4 semanas); T1: corresponde ao final do período de preparatório básico e início do período específico. As avaliações foram compostas pelo teste de sprints repetidos com demanda técnica (RSATD). Durante o período de treinamentos a percepção subjetiva de esforço e o volume de treino foram monitorados em todas as sessões (FOSTER, 1998). 1 ITENS DO DESENVOLVIMENTO 1.1.Participantes Vinte jogadores de basquete do sexo masculino com idade entre anos, mínimo de 3 anos de experiência competitiva e livres de doenças crônicas e/ou lesões musculoesqueléticas foram convidados a participar do presente estudo. Os atletas 2
3 somente participaram do estudo após assentimento dos termos, e consentimento escrito dos mesmos e dos pais/tutores (quando menores) depois de serem informados dos efeitos, benefícios e riscos potenciais do estudo. Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista Bauru/SP, de acordo com os princípios éticos estabelecidos da Declaração de Helsinki (Protocolo nº ). 1.2.Avaliação da habilidade de sprints repetidos e demanda técnica (RSATD) O teste foi composto por dez corridas máximas de 30 m com duas mudanças de direção de 180º (10 m + 10 m + 10 m) e 30 s de intervalo entre as corridas (PADULO et al., 2014). Os tempos realizados em cada sprint foram monitorados por células fotoelétricas (Speed Test Cefise Nova Odessa SP Brasil) posicionadas no início e final do percurso. Durante o intervalo de 30 s entre os sprints os atletas foram solicitados a realizarem um salto vertical máximo (conter movement jump CMJ) e uma série de três arremessos de lance livre. Durante os sprints foram mensurados o tempo total de sprint (TT), melhor tempo de sprint (MT); tempo médio de sprint (TMed) e índice de fadiga segundo Fitzsimons et al. (1993) (IF = 100x(TT/(MTx10))-100). Em relação à demanda motora e técnica foi avaliada a altura atingida nos saltos e o percentual de acertos em cada série de lances livres, respectivamente. Nos minutos 5 e 7 após o final da sequência de sprints, foi realizada punção do lóbulo da orelha com lanceta descartável para coleta de 25 µl de sangue arterializado que foram acondicionados em tubos eppendorf com 50 µl de NaF a 1% para posterior análise da concentração de lactato sanguíneo em lactímetro YSI 2300 (Yellow Spring Instruments OH USA). 1.3.Monitoramento das cargas de treino A prescrição das sessões de treinamentos foi elaborada pela comissão de preparação física da equipe, não sofrendo qualquer interferência dos pesquisadores. A duração total do período monitorado foi de 4 semanas. A quantificação da carga 3
4 interna de treinamento foi assumida como o produto entre duração de treinamento em minutos (volume) e o valor apontado na escala de percepção subjetiva de esforço (PSE) CR-10 (FOSTER, 1998). A escala foi apresentada aos jogadores 30 minutos após o final de cada sessão de treinamento. 1.4.Análise estatística Para análise estatística foi utilizado o software SPSS Statistics 20 (IBM, Alemanha). Inicialmente, foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov para confirmação da homocedasticidade das variáveis. O teste t de student foi utilizado para comparação das variáveis dependentes, e a Correlação de Pearson para verificação das possíveis associações entre as variáveis. O nível de significância foi assumido como 95% em todos os casos (p < 0,05). RESULTADOS PRELIMINARES Após realizadas as avaliações de T0 (N = 25) os valores médios de TT, MT, TMed e IF foram 72,01 ± 3.99 s, 6,79 ± 0,29 s, 7,20 ± 0,40 s e 6,02 ± 2,64%, respectivamente (Figura 1A). Os valores da cinética de lactato sanguíneo estão apresentados na figura 1B. Figura 1. A: Performance nos sprints repetidos; B: Cinética de lactato sanguíneo após os sprints repetidos. Os valores de altura atingida nos saltos verticais e percentual de acerto nas séries de lances livres estão apresentados nas figuras 2A e 2B, respectivamente. 4
5 Figura 2. A: Altura atingida nos saltos verticais; B: Percentual de acerto nas séries de lances livres. REFERÊNCIAS ATTENE, G. et al. Repeated sprint ability in young basketball players: one vs. two changes of direction (Part2). J Sports Sci,v. 9, p. 1-11, BISHOP, D. et al. Induced metabolic alkalosis affects muscle metabolism and repeated-sprint ability. Med Ssci Sports Exerc, v. 36, p , CASTAGNA, C. et al. Effects of intermittent-endurance fitness on match performance in young male soccer players. J Strength Cond Res, v. 23, n. 7, p , FITZSIMONS, M. et al. Cycling and running tests of repeated sprint ability. Australian Journal of Science and Medicine in Sport, v. 25, p , FOSTER, C. Monitoring Training in athletes with reference to overtraining syndrome. Med Sci Sports Exerc, v. 30 p , MENDEZ-VILLANUEVA, A. et al. The recovery of repeated-sprint exercise is associated with PCr resynthesis, while muscle ph and EMG amplitude remain depressed. PloS one. v. 7, PADULO, J. et al. Repeated sprint ability in young basketball players: one vs. two changes of direction (Part 1). Journal of Sports Sciences, v. 22, p. 1-13,
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