USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES

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1 USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES Francisco Eugênio Deusdará de Alexandria Infectologista e Mestre em Genética e Toxicologia Aplicada 14/04/ :19 1 O QUE É USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS? 14/04/ :19 2 1

2 As lições retiradas do tempo de guerra devem ser transferidas aos médicos civis. Essencialmente nós devemos assegurar que a clínica tenha respostas ao antimicrobiano, que material seja coletado para este microbiológico e que o organismo seja susceptível, queadose sejaadequada eoantibióticoatinjaosítio da infecção Alexander Fleming(1946) 14/04/ :19 3 Existe uso racional quando os pacientes recebem os medicamentos apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, porumperíododetempoadequadoeaomenorcusto possível para eles e sua comunidade. OMS, Conferência Mundial Sobre Uso Racional de Medicamentos, Nairobi, /04/ :19 4 2

3 POR QUE EMPREGAR DE FORMA RACIONAL OS ANTIBIÓTICOS? Fonte: Google imagens 14/04/ : Obter uma eficácia terapêutica; 2-Preservar a flora do paciente; 3-Evitar a indução de resistência; 4-Reduzir custos. 14/04/ :19 6 3

4 CAUSAS DE EQUÍVOCOS NAS PRESCRIÇÕES DE ANTIBIÓTICOS 14/04/ :19 10 Grande número de drogas; Pressão dos familiares e do paciente; Influência da indústria farmacêutica; Febre de etiologia não infecciosa; Desconhecimento do mecanismo de ação; Fonte: Google imagens 14/04/ :

5 Desconhecimento da toxicidade; Antibioticoprofilaxia; Duração e dosagem dos antibióticos; Interpretação dos antibiogramas; Resistência ao aconselhamento com o especialista. Fonte: Google imagens 14/04/ :19 12 BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES 14/04/ :

6 Bactérias ou germes multirresistentes são aqueles micro-organismos que demonstram resistência a maioria dos antibióticos para os quais estes germes são originalmente sensíveis. 14/04/ :19 14 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A RB Erro no diagnóstico; Antibióticos falsificados; Uso indiscriminado de antibióticos; Automedicação; O uso aditivo em rações animais; Globalização; Deficiência na formação dos profissionais da Saúde. 14/04/ :

7 Fonte: Google Imagens 14/04/ :19 16 Fonte: Google Imagens 14/04/ :

8 Fonte: Google Imagens 14/04/ :19 18 Fonte: Google Imagens 14/04/ :

9 MECANISMOS DE RESISTÊNCIA 14/04/ :19 20 MECANISMO ENZIMÁTICO Parede bacteriana ß -lactamase ß -lactamase S. aureus às penicilinas Célula bacteriana DNA bacteriano Membrana bacteriana 14/04/ :

10 ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE Canal de porina Parede bacteriana Gram - a PEN,ERIT, CLINDA e VANCO DNA bacteriano Célula bacteriana Pseudomonas ao Imipenem Membrana bacteriana 14/04/ :19 22 BOMBA DE EFLUXO Parede bacteriana E. coli às tetraciclinas Célula bacteriana DNA bacteriano Membrana bacteriana 14/04/ :

11 ALTERAÇÃO DO SÍTIO Parede bacteriana Local -alvo Local -alvo S. aureus à oxacilina Célula bacteriana DNA bacteriano Membrana bacteriana 14/04/ : /04/ :

12 BGN não fermentador; 4 Streptococus viridans; 6 P.mirabilis; 37 Enterococus spp; 38 Enterobacter spp; 54 Acinetobacter spp; 105 E. coli; 110 P. aeruginosa; 131 S. aureus; 158 Klebsiella spp; FONTE: CCIH HGV /04/ :19 26 BGN não fermentador; 1% Streptococus viridans; 1% P.mirabilis; 5% Enterococus spp; 5% Enterobacter spp; 7% Acinetobacter spp; 13% E. coli; 14% P. aeruginosa; 16% S. aureus; 19,6% Klebsiella spp; 20% 0% 5% 10% 15% 20% 25% FONTE: CCIH HGV /04/ :

13 120% 100% 80% PERFIL DE SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS DE Klebsiella spp ISOLADAS EM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA PI EM % 100% 60% 40% 35% 20% 0% CIPROFLOXACINA IMIPENÉM-CILASTATINA S R FONTE: CCIH HGV /04/ :19 28 PERFIL DE SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS DE P. aeruginosa ISOLADAS EM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA-PI EM ,0% 92,0% 92,2% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 58,7% 70,0% 74,0% 77,0% 55,0% 50,0% 41,3% 45,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 30,0% 26,0% 23,0% 18,0% 7,8% 0,0% S R FONTE: CCIH HGV /04/ :

14 PERFIL DE SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS DE Acinetobacter spp ISOLADAS EM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA-PI EM ,0% 100,0% 93,8% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 66,7% 64,0% 33,3% 36,0% 66,3% 61,2% 33,7% 38,8% 51,3% 48,7% 20,0% 6,2% 0,0% S R FONTE: CCIH HGV /04/ :19 30 PERFIL DE SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS DE A. aureus À OXACILINA EM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA-PI EM ,4% 48,6% OSSA ORSA FONTE: CCIH HGV /04/ :

15 PERFIL DE SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS DE Enterococus spp ISOLADAS EM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA-PI EM ,0% 100,0% 100,0% 80,0% 60,0% 68,4% 54,0% 56,0% 40,0% 31,6% 20,0% 0,0% AMPICILINA GENTAMICINA VANCOMICINA S R FONTE: CCIH HGV /04/ :19 32 CONSEQUÊNCIAS DO USO IRRACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS 14/04/ :

16 DANOS INDIVIDUAIS Destruição da flora normal do paciente; Aumento dos riscos de efeitos adversos graves; Superinfecções; Aumento da mortalidade. 14/04/ :19 34 DANOS ECOLÓGICOS Indução de seleção de bactérias MDR; Elevação do número de IRAS. 14/04/ :

17 DANOS ECONÔMICOS Aumenta os custos hospitalares; Aumenta o tempo de internação. 14/04/ :19 36 CONCLUINDO... 14/04/ :

18 MDR aumentando em todos os países e MDR e também na comunidade: Pressão seletiva dos antibióticos; Transmissão alimentar e humana; Detecção laboratorial deficiente; Necessidade de Estudos de Vigilância LOCAL; População imunocomprometida e idosos aumentando. 14/04/ :19 44 O QUE FAZER? 14/04/ :

19 Reconhecimento do problema; Dados microbiológicos locais de qualidade ; Conhecer os mecanismos de resistência; Antibioticoterapia adequada a cada realidade; Educação continuada e elaboração de protocolos clínicos. 14/04/ :19 38 Dose, indicação e duração adequadas; Antibióticos de qualidade; Trabalho multidisciplinar; Padronização de antibióticos; Resguardar determinados antibióticos; BLOQUEIO EPIDEMIOLÓGICO. 14/04/ :

20 14/04/ : /04/ :

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