GESTÃO DE ESTOQUES DE UMA EMPRESA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS DO RAMO ELETROELETRÔNICO
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- Sebastiana Antas Caiado
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1 GESTÃO DE ESTOQUES DE UMA EMPRESA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS DO RAMO ELETROELETRÔNICO Orlem Pinheiro de Lima a Sandro Breval Santiago, b Carlos Manuel Rodriguez Taboada c a Universidad Estadual do Amazonas, orlempinheiro@gmail.com b Universidad Federal do Amazonas, sbreval@gmail.com c Universidad Federal de Santa Catarina, taboada@deps.ufsc.br RESUMO A administração de estoques reflete quantitativamente nos resultados obtidos pela empresa ao longo do ano inteiro, tanto operacionalmente como financeiramente, por isso mesmo, a utilização de técnicas modernas de gerenciamento de estoques adequadas à realidade da empresa, possibilita meios de minimizar impactos financeiros negativos pela imobilização desnecessária de capital em estoques, baseados em tecnicas que permitam a avaliação sistemática dos processos utilizados para alcançar a satisfação de seus colaboradores e metas desejadas. Por esta razão que pequenos erros de gestão podem acarretar grandes prejuízos a empresas. Este artigo tem como principal foco verificar através de pesquisas, tanto bibliográficas e de campo, que será realizada na empresa SUCUPIRA S.A, localizada no Polo Industrial de Manaus - AM, uma avaliação do atual processo de estoques da empresa. Para responder à questão, foi realizada uma pesquisa de campo com os empregados ligados a empresa em questão para mostrar o perfil dos armazéns, prateleiras, e se os atuais níveis de estoque e se atendem as necessidades dos seus colaboradores, a percepção dos entrevistados sobre os atuais níveis de estoque; sistema de avaliações de estoque; controle de estoque e; falta de acuracidade no estoque e análises de demanda para aquisição de item. PALAVRAS CHAVE: gestão de estoque; controle de estoque; acuracidade de estoques. GESTÃO DE ESTOQUES A gestão de estoques tem diversos conceitos, mas segundo Garcia (1993, pg. 09) consiste em um conceito que está presente em praticamente todo o tipo de empresas, assim como na vida cotidiana das pessoas. Desde o início da sua história que a humanidade tem usado estoques de variados recursos, de modo a suportar o seu desenvolvimento e sobrevivência, tais como ferramentas e alimentos. A administração de estoques consiste, segundo Dias (1993), na realização de uma série de atividades, buscando sempre garantir a existência contínua de estoques, organizado de modo à nunca deixar faltar nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento. A administração de estoques serve ainda conforme Ballou (1993), para as seguintes finalidades: melhorar o nível de serviço; incentivar economias na produção; permitir economias de escalas nas compras e no transporte; proteger contra aumentos de preços, contra oscilações na demanda ou no tempo de ressuprimento e contra contingências. Embora seja reconhecido pela empresa como relevante, segundo Garcia (2006 pg. 10) o estoque é também um setor problemático que pode gerar, do ponto de vista financeiro, prejuízos econômicos. No meio empresarial, se por um lado o excesso de estoques representa custos operacionais e de oportunidade do capital empatado, por outro lado níveis baixos de estoque podem originar perdas de economias e custos elevados devido à falta de produtos. Dessa forma, Dias (1993) considera que a existência de uma situação conflitante entre a disponibilidade de estoque e a vinculação do capital, ou seja, a administração de estoques precisa conciliar, da melhor maneira possível às necessidades dos setores da empresa sem prejudicar a operacionalidade da própria empresa. E que, o problema de estoque não é o mesmo para diferentes firmas e indústrias. Conforme Garcia (2006 pg. 10) a gestão de estoques, é ainda, apesar da sua importância, extensão e complexidade, negligenciada em muitas empresas, sendo considerada como uma questão não estratégica e limitada à tomada de decisões em níveis organizacionais mais baixos. Por outro lado, outras empresas já perceberam como a gestão de estoques pode ser utilizada ao longo de toda a cadeia de suprimentos da qual fazem parte, e de todas as vantagens competitivas que isso pode vir a trazer.
2 Os estoques devem funcionar como elemento regulador do fluxo de materiais nas empresas, isto é, como a velocidade com que chegam à empresa é diferente da velocidade que saem (ou são consumidos), há necessidade de certa quantidade de materiais, ora aumenta, ora diminui, amortecendo as variações. A manutenção de estoques traz vantagens e desvantagens às empresas. Vantagens no que se refere ao pronto atendimento aos clientes, e desvantagens no que se refere aos custos decorrentes de sua manutenção. Segundo Ballou (1993) Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pegos com algum estoque é uma frase que descreve bem o dilema da administração de estoques. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e como devem ser gerenciados. A meta principal de uma empresa, segundo Dias (1993) é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital investido em fábrica e equipamentos, em financiamentos de vendas, em reserva de caixa e em estoques. Para atingir o lucro máximo, ela deve usar o capital, para que ele não permaneça inativo. Caso haja necessidade de mais capital para expansão, ela tomará emprestada ou tirará dinheiro de um dos quatro itens acima mencionados. Espera-se então que o dinheiro que está investido em estoques seja o lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das vendas. O objetivo conforme Dias (1993) é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido. Ou seja, uma boa administração dos estoques é de vital importância para a saúde financeira de uma empresa, uma vez que grande parte do capital das empresas está investida em materiais - primas envolvidas na produção, sendo comum representarem mais de 50% de todo o seu capital. Assim reduções no montante estocado se traduzem na liberação de grande volume do capital necessário ao andamento do negócio como um todo. FUNÇÕES E OBJETIVOS DE ESTOQUES A função da administração de estoques é justamente maximizar este efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas e o ajuste do planejamento da produção. Simultaneamente, a administração de estoques deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta. Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda final do produto. Quanto maior investimento nos investimentos nos vários tipos de estoque (supondo que este estoque seja o estritamente necessário) tanto maior é a capacidade e a responsabilidade de cada departamento na empresa. Para a gerência financeira, a minimização dos estoques é uma das metas prioritárias. Segundo Dias (1993) o objetivo é aperfeiçoar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido. Os estoques de produto acabado, matérias-primas e material em processo não podem ser vistos como independentes. Quaisquer que forem as decisões tomadas sobre um dos tipos de estoque, elas terão influência sobre os outros tipos de estoques. Esta regra às vezes é esquecida nas estruturas de organização mais tradicionais e conservadoras. Se o gerente da produção é também o responsável pelos estoques, como muitas vezes é o caso, então este estoque será encarado por ele como um meio de ajuda para sua meta principal: a produção. Sem dúvida, deve-se pressionar o gerente da produção para minimizar o investimento no estoque da matériaprima. Existindo uma situação conflitante entre a disponibilidade de estoque e a vinculação do capital; sob o enfoque de vendas, então, deseja-se um estoque elevado para atender os clientes; já do ponto de vista financeiro, necessita-se de estoques reduzidos para diminuir o capital investido. Para organizar um setor de controle de estoques, conforme Ballou (1993) inicialmente temos que descrever suas funções principais que são: a) Determinar o quê deve permanecer em estoque; b) Determinar quando se devem reabastecer os estoques; c) Determinar quanto de estoque será necessário para um período; d) Acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de estoque; e) Receber, armazenar e atender os materiais estocados; f) Controlar os estoques em termos de quantidade e valor; g) Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados e;
3 h) Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. Existem diversos aspectos dos estoques que devem ser especificados antes de se montar um sistema e controle de estoques. Conforme Ballou (1993) um deles refere-se aos diferentes tipos de estoque existentes em uma fábrica. Outro diz respeito aos diferentes pontos de vista quanto ao nível adequado de estoque que deve ser mantido para atender as necessidades da empresa. Um terceiro ponto seria a relação entre o nível do estoque e o capital necessário envolvido. TÉCNICAS DE GERENCIAMENTOS E MÉTODOS DE ESTOQUES Conforme Ballou (1993) existem várias formas de controlar a quantidade em inventário de modo a atender os requisitos de nível de serviço e ao mesmo tempo minimizar o custo de manutenção do estoque; tais como: ponto de reposição; classificação ABC; métodos de previsão de demanda informatizada; necessidade de espaço físico e; Manuseio e acondicionamento de materiais. a) Ponto de reposição: É Conhecido também como método de estoque mínimo, seu objetivo é manter investimento ótimo em estoques, ou seja, caso o estoque esteja muito elevado, os custos de sua manutenção serão excessivos. Caso esteja muito baixo, podem-se perder vendas ou ocasionar frequentes paradas na produção. A finalidade do ponto de reposição é dar início ao processo de ressuprimento com antecipação suficiente para não ocorrer falta de material. b) Classificação ABC: A curva ABC permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida à sequência dos itens e sua classificação ABC, disso resultam imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativa, conforme a importância dos itens. c) Método previsão de demanda informatizada: Esta previsão é a mais formal e sofisticada quando colocada sob os cuidados de computadores. A técnica usada pelo IMPACT (Técnicas de controle e programação para administração de estoque Inventory Management Program and Control Technique) é da média suavizada exponencialmente. A forma de cálculo empregada neste ajuste exponencial é bem mais desenvolvida, de modo que o comportamento das vendas a serem previstas pode ter: Variações aleatórias; tendência (crescente ou decrescente) e ou; forte sazonalidade. Há também o acompanhamento do erro de previsão, necessário para ajustar os pontos de reposição e os lotes de ressuprimento. E uma das características mais positivas do controle informatizado é a variedade de relatórios que podem ser gerados sem esforço, ao contrário do que aconteceria em sistemas manuais. Alguns exemplos destes relatórios seriam: Posição atual do estoque; valores do inventário; estoque obsoleto e; itens abaixo da quantidade mínima, estes são apenas alguns dos muitos relatórios possíveis, caso os dados de vendas e ressuprimento de cada produto sejam mantidos na base de dados do computador. d) Necessidade de espaço físico: Se as demandas pelos produtos da empresa forem conhecidas com exatidão e se as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, teoricamente não há necessidade de manter espaço físico pra o estoque. Entretanto, não costuma ser prático nem econômico operar dessa maneira, pois geralmente a demanda não pode ser prevista precisamente. e) Manuseio e acondicionamento de materiais: Para vencer a distância entre produtos e consumidores, os produtos devem ser transportados e estocados em depósitos. Para manter sua eficiência, este processo de movimentação e armazenagem depende de manusear o produto diversas vezes ao longo do fluxo físico. O manuseio também incrementa o risco de perda ou dano do produto. Apesar de que o manuseio e o acondicionamento significarem apenas itens de custo para a maior parte das empresas, podem ter despesas que, no final das contas, contribuem para diminuir o custo total da movimentação das mercadorias. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA PREVISÃO DE DEMANDA Prever qual a quantidade de produto que os clientes deverão comprar é assunto vital para todo planejamento empresarial, segundo Ballou (1993) há três tipos de métodos de avaliação, a seguir: A) Pesquisas de intenção: Normalmente é realizada por correio, por telefone ou por entrevistas pessoais, podem dar uma indicação do que e quanto os consumidores pretendem comprar; estes dados podem ser acumulados e traduzidos em informações de previsão de vendas.
4 b) Opinião das pessoas envolvidas: Solicitar a opinião de pessoas com grande conhecimento do assunto, que podem ser desde vendedores da empresa, estoquistas, gerentes de materiais até especialistas renomados; conseguindo assim reunir dados de forma relativamente rápida e barata, mas eles podem estar enviesados, como ocorre com qualquer opinião. c) Projeção de vendas passadas: São métodos que servem estritamente para controles de estoques, a projeção de vendas passadas é a técnica de previsão mais comum. Várias séries de técnicas para previsão de curto prazo estão disponíveis, são métodos conhecidos como média móvel média com suavização exponencial, regressão múltipla e séries temporais. ACURACIDADE EFEITOS DA FALTA DA ACURACIDADE Conforme Ballou (1993), a imprecisão dos registros de estoque pode gerar uma série de efeitos de inacuracidade indesejáveis para as empresas, como: a) Aumento nos custos de estoque; b) Aumento nos custos de distribuição; c) Conflitos internos; d) Entregas emergenciais e) Excesso de estoque; e) Dificuldades no planejamento de materiais e da produção; f) Perda de eficiência operacional e; g) Perda de vendas, entre outras. Conforme Ballou (1993) outros efeitos também podem ser verificados com a falta de acuracidade de um estoque, como uma interferência no tamanho do lote e na certeza do atendimento da demanda. Ou seja, a informação de um saldo incorreto de estoque pode, por exemplo, gerar a necessidade de interromper a produção antes do previsto, impossibilitando, assim, que a quantidade programada na ordem de fabricação seja cumprida. Causando perda na eficiência da produção, necessidade de reprogramação da produção e consequente aumento nos custos relacionados ao processo produtivo. CAUSAS DA FALTA DE ACURACIDADE Tão importante quanto identificar os efeitos e impactos ocasionados pela imprecisão dos registros de estoque, é identificar as principais causas da inacuracidade de estoque. Segundo Dias (1993) alguns fatores que podem causar a inacuracidade são: a) Falta de segurança no armazém; b) Falta de regularidade na realização dos inventários: não ter uma programação de contagem contínua dos itens de estoque (inventário cíclico, por exemplo); c) Falta de treinamento; d) Retirada de material sem autorização; e) Sistema de registros de estoque com inconsistência: muitos erros nos registros de estoque ocorrem no momento do lançamento no sistema informatizado, no qual o colaborador, muitas vezes mal treinado, realiza a operação incorretamente.
5 DEFICIÊNCIAS DO CONTROLE DE ESTOQUES Segundo Ballou (1993), geralmente as deficiências de um controle de estoques normalmente são mostradas por reclamações contra sintomas específicos e não por críticas diretas a todo sistema. Alguns desses sintomas normalmente são: a) periódicas e grandes dilatações dos prazos de entregas para os produtos acabados e dos tempos de reposição para matéria-prima; b) Quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante; c) Elevação do número de cancelamento de pedidos ou mesmo devoluções de produtos acabados; d) Variação excessiva de quantidade a ser produzida; e) Produção parada frequentemente por falta de material; f) Falta de espaço para armazenamento; f) E baixa rotação dos estoques, obsoletismo em demasia. ESTUDO DE CASO: UMA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES SOB A PERSPECTIVAS DOS COLABORADORES DA SUCUPIRA DA UNIDADE MANAUS Neste estudo de caso mostraremos as análises dos resultados obtidos com a pesquisa de campo com os colaboradores da empresa SUCUPIRA, sendo esta pesquisa realizada apenas com 100 colaboradores ligados aos estoque da empresa, representando 51,02% do universo de 196 colaboradores do total de colaboradores no estoque da mesma; e divididos da seguinte forma: 100,00% do universo de diretor geral industrial (1), 100,00% do universo de diretor adjunto industrial (1), 100,00% do universo de gerente de suprimentos (1), 100,00% de coordenador de suprimentos (1), e o universo de 50,00% de supervisores de almoxarifado (3), e o universo de 50,00% de almoxarifes (4) e o universo de 50,00% de auxiliares de almoxarifado (89). Primeiramente a pesquisa mostrará como está o processo atual de estoque da empresa, em seguida as pesquisas relacionadas ao perfil dos armazéns, prateleiras, e se os atuais níveis de estoque atendem as necessidades dos clientes, e também qual a percepção dos entrevistados sobre os atuais níveis de estoque, sistemas de avaliações; controle de estoque; falta de estoque e análises de demanda para aquisição de item, tendo como finalidade fazer avaliação da acuracidade do estoque da empresa citada. A atual gestão de estoque da empresa, a pesquisa mostrou os seguintes dados: Que 36% dos entrevistados acham que o processo atual de gestão do estoque é insatisfatório, e outros 42% acreditam que o atual processo é regular, portanto 78% dos entrevistados não estão satisfeitos com a gestão atual de estoque, a empresa precisa urgente de mudanças para a melhoria do gerenciamento do estoque; 8% acreditam que o processo atual é satisfatório e somente 14% acreditam ser muito satisfatório o atual processo de gestão de estoque. Em relação ao perfil dos armazéns e prateleiras: A pesquisa mostrou em relação à limpeza e sinalização dos armazéns que 88% das pessoas ligadas ao estoque estão satisfeitas com a limpeza e sinalização dos armazéns, e somente 12% dos entrevistados acreditam que precisa melhorar neste aspecto. E sobre a organização das prateleiras, foi perguntado se as mesmas obedeciam aos padrões de organização, identificação e segurança; 76% dos entrevistados acham que as prateleiras estão dentro dos padrões, organização e segurança e 34% acreditam que as prateleiras não satisfazem os padrões, portanto esta pesquisa sinaliza que o índice de colaboradores não satisfeitos com os padrões de organização, identificação e segurança estarem elevado e que a empresa está bastante regular no aspecto das prateleiras. Sobre os equipamentos nos armazéns foi questionado se os armazéns possuem empilhadeiras para facilitar a movimentação e agilizar os trabalhos de recebimento, estocagem e expedição de materiais; observei que 93% das pessoas envolvidas no estoque responderam que existe diversas empilhadeira e apenas 7% não identificaram a presença desta ferramenta de trabalho para ajudar no processo de movimentação.
6 Em relação aos atuais níveis de estoque, foi questionado se os atuais níveis de estoques atendem as necessidades dos clientes, e pode-se observar que 11% dos entrevistados responderam serem muito satisfatórios os níveis de estoque atuais, 29% acreditam que são satisfatórios e 54% acham que é regular e somente 6% acreditam que o nível é insatisfatório, portanto, podemos concluir que a pesquisa sinaliza que os níveis de estoques são regulares e mesmo assim conseguem atender as necessidades dos clientes. A percepção dos entrevistados sobre os atuais níveis de estoque foi questionada sobre os procedimentos para a realização das tarefas para o controle de estoque, 93% disseram que conhecem os procedimentos e apenas 7% afirmaram que não conhecem os procedimentos. A pesquisa nos mostra que os envolvidos no estoque possuem qualificação e treinados para executar as tarefas do controle de estoque, sendo estes procedimentos indispensáveis para uma gestão de estoque. Sobre a existência dos sistemas de avaliação dos estoques, como os PEPS, UEPS, Curva ABC, Média móvel e a acuracidade dos estoques da empresa, 96% dos entrevistados responderam que sim, que conhecem os sistemas de avaliação dos estoques e somente 4% afirma que não conhecem estes sistemas. A pesquisa mostra que as pessoas envolvidas conhecem bem os sistemas de avaliação que a empresa utiliza que são os PEPS e a acuracidade para a administração do estoque de materiais. Em relação ao quadro atual de empregados no estoque, foi questionado se o mesmo atende as necessidades para a realização das rotinas diárias com o objetivo de atender de forma satisfatória as necessidades dos clientes, e 84% responderam que sim e somente 16% disseram que o quadro de empregados não atende as necessidades dos clientes. Sobre as divergências encontradas nos estoques através do inventário e se são geradas por falhas no sistema de entrada e saída de estoques, 92% responderam que não e somente 8% responderam que sim. A pesquisa demonstra que mais de 90% das pessoas acreditam que os erros encontrados nos inventários não são provocados por falhas no processo de entrada e saída de materiais do estoque. Em relação à existência de controle para identificar itens vencidos, avariados e sem giro no estoque, o resultado da pesquisa nos mostra que 95% das pessoas afirmaram que há um controle para saber quais os itens que estão vencidos, avariados e sem giro; e somente 5% disse não haver estes controles. Então, em seguida foi questionada uma alternativa para melhor ainda mais o controle de estoque da empresa, como opção um aumento do quadro de pessoal do estoque; otimização das compras; mais espaço para armazenar os produtos e; ou obedecendo aos LEAD s TIMES de abastecimento, seriam melhor para o controle de estoque; 4% dos entrevistados disseram que a otimização das compras seria a melhor alternativa para o controle de estoque e, 8% responderam que mais espaço para armazenar produtos seria mais importante, 13% disseram aumento no quadro de estoque e 75% responderam que obedecendo rigorosamente os LEAD s TIMES de abastecimento seria o ideal para o controle de estoque da empresa. Com relação à alocação dos produtos em estoque, foi questionado se quando na chegada de um produto ele é alocado em seu devido lugar, 23% responderam às vezes; 6% raramente; 69% sempre e 2% nunca; com base nestas informações podemos observar que os produtos são alocados em seu devido lugar, porém é preciso haver melhorias para se chegar ao ideal. E com relação a falta de espaço para alocação dos produtos no estoque, 72% dos entrevistados que fizeram parte da pesquisa responderam às vezes há a falta de espaço; 18% responderam sempre; 7% responderam raramente e 3% responderam nunca. Portanto essa pesquisa sinaliza que a empresa precisa melhorar suas estruturas físicas para que a falta de espaço não seja mais um problema para a gestão de estoque. Ao serem indagados se a empresa utiliza análise das compras para o controle de estoque: 95% dos envolvidos no estoque responderam sempre se utiliza as análises de compra; 0% responderam que nunca; 3% responderam raramente e 2% as vezes. Como se pode perceber a empresa precisa melhorar a utilização das análises nas compras para poder melhora os níveis de aquisição dos produtos e com isso melhorar o controle do estoque. E quando questionados sobre como é realizada a análise de demanda para aquisição de um item, obtemos os seguintes resultado: 6% afirmaram que a análise é feita através da opinião de gerentes, vendedores e chefes que estoque; 5% responderam que é realizada pela média de vendas nos últimos 3 meses; 89% responderam que é pela pesquisa de mercado e 0% que não existe critério.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se concluir que após análises sobre a percepção dos colaboradores e com respaldo na literatura pesquisada, há necessidade de organizar os estoques, melhorar as técnicas e o gerenciamento, dentre as sugestões coletadas e observadas na literatura podem destacar-se: melhor sinalização dos armazéns, limpeza, acesso fácil, dispor de maior espaço físico, melhor controle e gerenciamento do estoque, cuidados especiais com a movimentação dos equipamentos e manuseio dos produtos nos armazéns, evitando assim custos desnecessários com avarias e perdas. Colocar em prática os sistemas de avaliações de estoque pelos métodos (PEPS e UEPS) focar na acuracidade, permitindo assim maior eficiência no controle do estoque, com uso destas ferramentas e métodos, realização de inventários periódicos para avaliar os atuais níveis de estoque em quantidade e valor dos produtos. Controle financeiro dos valores empregados em estoque, mantendo sempre o equilíbrio, sem comprometer as finanças da empresa; e evitar faltas de produtos e insumos para suprir a demanda. Implantar sistema informatizado ERP compatível com a realidade da empresa. Treinar o pessoal envolvido diretamente com o controle de estoque, ressaltando a importância da manutenção e bom estado de conservação e acuracidade das informações pertinentes a gestão de estoques. Manter sinergia com demais departamentos da empresa com maior economicidade possível das ações. REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. Pioneira, CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 3.ª ed. São Paulo: Atlas, GARCIA, Eduardo S.; REIS, Leticia M. T. V.; MACHADO, Leonardo R.; FERREIRA, Virgílio J. M. Gestão de Estoques: otimizando a logística e a cadeia de suprimentos. Rio de Janeiro: Servicos Editoriais Ltda., MARTINS, Mateus T. Logística, Uma Ferramenta Estratégica Para Gerenciamento na Cadeia de Suprimento e Para Redução de Custos. São Paulo, MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato Alt. Administração de materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva ROESCH, Sylvia, Maria Azevedo. Projeto de Estágio e de Pesquisa em Administração. 2 ed., São Paulo: Atlas, VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 7º Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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