O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E SUA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO AO PORTADOR DE ASMA RESUMO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E SUA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO AO PORTADOR DE ASMA RESUMO"

Transcrição

1 O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E SUA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO AO PORTADOR DE ASMA Suzieli Locks Cruz 1 Maria Gorete Nicolette Pereira 2 RESUMO A asma é uma doença inflamatória crônica pulmonar que gera um elevado impacto socioeconômico, representando um problema na saúde pública do Brasil, caracterizada por hiper-reatividade das vias aéreas e com limitação do fluxo de ar que pode ser reversível espontaneamente ou com tratamento. Quando não controlada, a doença pode levar ao desencadeamento de diversos sintomas como a tosse, sibilos e o cansaço. Esses sintomas podem se agravar frente a vários fatores. O diagnóstico desta patologia é feita através da anamnese, exames físicos e avaliação funcional pulmonar que buscam informar a intensidade da limitação ao fluxo aéreo. Assim que se obtém o diagnóstico de asma, ela é classificada conforme sua gravidade, podendo ser intermitente e persistente. O objetivo deste trabalho foi realizar uma abordagem dos principais fatores que desencadeiam uma crise de asma, descrevendo-se sua classificação e os tratamentos que atualmente vem sendo mais usados, com foco nos anti-inflamatórios e broncodilatadores, detalhar os principais sintomas, descrever sua classificação, bem como caracterizar a importância da atuação do farmacêutico na atenção à saúde desses pacientes, priorizando a prevenção e a utilização correta dos medicamentos, visando a uma possível melhora na qualidade de vida para os portadores desta doença. Desta forma, pode-se concluir que o profissional farmacêutico, atuando como educador em saúde, pode proporcionar à população que sofre de asma, assim como aos seus familiares, esclarecimentos quanto à patologia, à importância da utilização correta dos medicamentos e, principalmente, à adesão ao tratamento. Palavras-chave: Asma. Tratamento. Atenção Farmacêutica. ABSTRACT Asthma is a chronic inflammatory lung disease that creates a high socioeconomic impact, representing a public health problem in Brazil, characterized by hyper reactivity of the airways and restricting the flow of air that can be reversible spontaneously or with treatment. When it is not controlled, the disease can lead to the triggering of various symptoms such as coughing, wheezing and fatigue. These symptoms may worsen in the face of several factors. The diagnosis of this disease is made by history, physical examination and pulmonary function tests that seek to inform the severity of airflow 1 Acadêmica do 9º semestre do curso de graduação Bacharelado em Farmácia Generalista, Faculdade de Colider (FACIDER), Colíder (MT). suzilocks@hotmail.com. Endereço para correspondência: Avenida Senador Julio Campos, 995. Loteamento Trevo. Bairro: Centro. CEP: Colíder Mato Grosso, Brasil. 2 Orientadora. Enfermeira especialista em Saúde do Trabalhador e Docência Universitária. Discente do mestrado profissionalizante em Saúde Coletiva do INSES/Sinop. Docente do curso de graduação em Enfermagem Unirondon, Cuiabá (MT). goreteepaixao@hotmail.com

2 limitation. Once it gets the diagnosis of asthma, it is classified according to their severity can be intermittent or persistent. The objective of this work was to perform an approach of the main factors that trigger an asthma attack, describing its classification and treatments that, currently, are used, with a focus on anti-inflammatories and bronchodilators, detailing the main symptoms, and describe their classification and characterize the importance of the role of the pharmacist in health care these patients, emphasizing prevention and correct use of medicines, aiming a possible improvement in quality of life for patients of this disease. Thus, it is possible conclude that the pharmacist acting as health educators can provide to people who suffer from asthma as well as their relatives clarifications about the pathology, the importance of correct use of drugs and especially the adherence to treatment. Keywords: Asthma. Treatment. Pharmaceutical Care. INTRODUÇÃO A asma é definida como um distúrbio inflamatório crônico das vias aéreas caracterizada pela falta de ar, opressão torácica, episódios de recorrentes sibilos e tosse, e aparecem, principalmente, à noite ou no início da manhã. Esses sintomas, geralmente, estão associados a uma broncoconstrição e uma limitação do fluxo aéreo, sendo reversível espontaneamente ou com tratamento (ROBINS; COTRAN, 2010). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OSM), estima-se que 300 milhões de pessoas, em todo o mundo, sofrem de asma, chegando até 250 mil casos de óbitos por ano. (CORRÊA; MELO; COSTA, 2008). As crises em pacientes com asma acontecem por alguns estímulos e a exposição pura e simples é suficiente para sensibilizar. A poeira doméstica, animais criados no interior das casas, fumaça de cigarro, predisposição genética e fatores ambientais são os principais fatores que desencadeiam as crises em pacientes asmáticos (CORRÊA; MELO; COSTA, 2008). Assim que é diagnosticado que um indivíduo sofre de asma, é fundamental a elaboração de um plano terapêutico, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida deste paciente. A asma é classificada por níveis de gravidade em duas classes: intermitente e persistente, sendo esta dividida em persistente leve, persistente moderada e persistente grave. Tal classificação permite ajustar o tratamento inicial de acordo com as necessidades do paciente, possibilitando a otimização do tratamento, como a escolha da melhor droga e sua dosagem, além de ajustes necessários ao longo do tratamento (SIMÕES, et al. 2010). A terapia convencionalmente utilizada para o tratamento da asma consiste na utilização de duas classes farmacológicas, os anti-inflamatórios e os broncodilatadores (CORRÊA; MELO; COSTA, 2008).

3 Sem o controle adequado, a asma pode chegar a níveis intoleráveis, interferindo assim na funcionalidade e na vida diária de uma pessoa, causando desde uma simples debilidade para o portador a transtornos irreversíveis ou até mesmo provocar a morte. Para isso, faz-se necessário que cada vez mais estudos relacionados às ações de prevenção das crises da asma e os medicamentos utilizados no tratamento, assim como opções de terapias, sejam realizados, a fim de que os portadores de asma obtenham informações necessárias, em tempo hábil, para que possam iniciar o tratamento adequado, minimizando assim os efeitos provocados pela doença e consigam ter uma qualidade de vida melhor. Desta maneira, pretende-se neste trabalho realizar uma abordagem dos principais fatores que desencadeiam uma crise de asma, bem como apresentar um detalhamento dos seus principais sintomas, descrevendo suas classificações e os tratamentos que, atualmente, vêm sendo mais utilizados, os anti-inflamatórios e os broncodilatadores. Além disso, o estudo teve como objetivo geral descrever a importância da atuação do farmacêutico na atenção à saúde desses pacientes, priorizando a prevenção e a utilização correta dos medicamentos. Nesse sentido, pretende-se contribuir de forma a esclarecer os profissionais farmacêuticos e demais profissionais da área da saúde, bem como a população que sofre com os sintomas da asma, sobre como diminuir as crises que acometem um número cada vez mais crescente de pessoas, e que em geral acontecem por alguns fatores como o frio, a poeira, a prática de exercícios físicos e até mesmo por reações emocionais. Para que os resultados fossem alcançados, realizou-se uma busca em artigos publicados sobre o assunto, dos quais foram utilizados apenas as publicações em língua portuguesa, pesquisas em livros, revistas, artigos científicos e site do Ministério da Saúde. 1.OBJETIVOS Demonstrar as principais formas de tratamento referentes à asma, bem como descrever a importância do farmacêutico na atenção à saúde destes pacientes. Descrever quais fatores desencadeiam uma crise de asma. Identificar os principais sintomas de um paciente asmático. Analisar as classificações de gravidade da asma. Discutir as principais formas de tratamento utilizadas para esta doença. 2. REVISÃO DE LITERATURA

4 A asma representa no Brasil um problema de saúde pública, sendo responsável por um considerável custo social e financeiro, fazendo com que os portadores desta doença, assim como seus familiares, tenham uma qualidade de vida diminuída (STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006). No Brasil, é estimado que existam cerca de 20 milhões de asmáticos. Entre os anos de 2000 a 2010, a taxa de hospitalização devido à asma em pacientes com mais de 20 anos diminuiu 49%. Já no ano de 2011 o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) registrou 160 mil internações em todas as faixas etárias, fazendo com que a asma se tornasse a quarta doença que mais leva pessoas a ficarem internadas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2012). A asma é uma doença que tem sua prevalência influenciada pela idade, sexo, condição social, fatores hereditários, ocupacionais e ambientais e tem aumentado nas últimas décadas, devido ao aumento da poluição e às mudanças nos ambientes domiciliares. O fumo passivo pelas crianças é outro fator que contribui para o aumento do aparecimento desta doença (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DO PIAUÍ, 2009). 2.1 Definição A asma é uma doença pulmonar inflamatória crônica, que é caracterizada por um estreitamento ou obstrução das vias aéreas. Este estreitamento pode ser totalmente reversível ou parcialmente reversível, de maneira espontânea ou com tratamentos (ROBINS; COTRAN, 2010). Por ser uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, a inflamação leva à obstrução através do edema de mucosa, que diminui o diâmetro da via aérea. A musculatura lisa brônquica que circunda as vias aéreas sofre contrações, chamadas de broncoespasmos, gerados pelo estado de hiper-reatividade ou hiper-responsividade, fazendo com que a musculatura lisa dos brônquios reaja de maneira excessiva a múltiplos estímulos, gerando também o estreitamento das vias aéreas e produção de muco (BRUNNER; SUDDARTH, 2005). A patogenia da asma envolve uma grande quantidade de células como: mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, macrófagos e mediadores inflamatórios como a histamina, os leucotrienos, a prostaglandina,entre outros, sendo que estes mediadores atuam sobre as vias aéreas, promovendo broncoconstrição, secreção de muco e hiper-responsividade das vias aéreas (STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006).

5 2.2 Diagnósticos da Asma Durante a respiração normal, nenhum som pode ser audível, pois o fluxo de ar transita de maneira normal, mas durante uma crise asmática, quando ocorre uma obstrução das vias aéreas, a passagem do ar causará turbulência e, consequentemente, ruídos. O motivo destes ruídos deve ser levado em consideração para a realização do diagnóstico da asma (FLORES; LENZ, 2011). O diagnóstico de asma é feito mediante a avaliação funcional dos pulmões e por resultados obtidos a partir de exames físicos e da anamnese do paciente, de maneira que se possam identificar os critérios clínicos e funcionais (BRASIL, 2010). Durante a anamnese, busca-se identificar a história da doença, como, por exemplo, a idade em que o paciente observou os primeiros sintomas, identificar quais foram os sintomas, qual a sua frequência e intensidade, se houve necessidade de atendimento hospitalar de emergência, assim como buscar junto ao paciente se existem fatores que possam vir a desencadear e agravar os sintomas (FLORES; LENZ, 2011). Os exames físicos visam a detectar a presença de sinais de obstrução das vias aéreas, tais como sibilos, taquipneia, uso da musculatura acessória, batimentos das asas do nariz e tiragem intercostal. O exame físico de um portador de asma pode ser normal, o que não exclui o diagnóstico de asma (BRASIL, 2010). O diagnóstico desta doença é basicamente clínico, podendo ser realizado sem o auxílio de exames complementares; porém, estudos mostram que exames funcionais como a espirometria, medida do pico de fluxo expiratório, testes cutâneos para alérgenos comuns e dosagem de IgE devem ser recomendados sempre que possível, a fim de se ter a comprovação e um melhor acompanhamento com medidas mais objetivas (FLORES; LENZ, 2011). A espirometria é um teste que objetiva medir o ar que entra e sai dos pulmões, considerado o teste complementar preferencial para o diagnóstico e controle da asma. Este teste mede o volume de ar inspirado e expirado, os fluxos respiratórios, além de capacidades pulmonares. O pico de fluxo expiratório (PFE) e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), são medidas muito úteis de função pulmonar. A medida da função pulmonar mais útil clinicamente é o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), e esta consiste na quantidade de ar eliminado no primeiro segundo da manobra expiratório forçada. A realização e interpretação deste exame são feitas por um médico pneumologista (PEREIRA, 2002). Testes cutâneos confirmam a sensibilização alérgica e são realizados utilizando extratos biologicamente padronizados. Alérgenos inaláveis como os ácaros, pólen, epitélio

6 de cães e gatos e poluentes ambientais são os antígenos que predominam na sensibilização dos doentes. A confirmação dos testes cutâneos se dá pela presença de IgE sérica específica (FLORES; LENZ, 2011). 2.3 Fatores que Desencadeiam uma Crise de Asma Os pacientes asmáticos apresentam uma característica que é bastante visível, a sensibilidade nas vias aéreas desencadeada por uma série de fatores como o frio, alérgenos, irritantes respiratórios, contribuições ambientais (pó doméstico, pelo de animais, fumaça de cigarro, ácaros, mofo), infecções do trato respiratório, estresse emocional e a hiperventilação durante os exercícios físicos que podem implicar no desenvolvimento dos sintomas da asma. Esta mudança na sensibilidade do paciente asmático é denominada hiper-responsividade (DINWIDDIE, 1992). 2.4 Manifestações Clínicas Todas as manifestações que se apresentam durante uma crise de asma são, principalmente, devido ao processo inflamatório desencadeado. Este processo inflamatório levará a um aumento da quantidade de sangue no local, a uma maior migração dos leucócitos para a área afetada, assim como um aumento da permeabilidade capilar. (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DO PIAUÍ, 2009). Uma ampla variedade de manifestações clínicas pode ser observada em pacientes com asma. Os sintomas vão desde as sibilâncias ocasionais, que ocorrem em resposta a uma infecção do trato respiratório, até outras com sintomas diários, com obstrução crônica das vias aéreas, causados por muitos fatores intrínsecos e extrínsecos (DINWIDDIE, 1992). Os sintomas dependem da gravidade da obstrução; no entanto, os mais evidentes e importantes são a tosse, dispneia e sibilos. A tosse é um sintoma constante do paciente asmático e acontece devido ao aumento da resistência do fluxo de ar nas vias aéreas, podendo se agravar, principalmente, no período noturno e após o paciente ter realizado grandes esforços. A dispneia relatada pelos pacientes trata da sensação do esforço respiratório aumentado, que ocorre devido ao aumento da atividade da musculatura inspiratória, a fim de vencer o estreitamento das vias aéreas. Os sibilos são sons que acontecem devido às oscilações das paredes das vias aéreas estreitadas, durante a passagem do ar na expiração. Sibilos ausentes na crise asmática sugerem níveis muito

7 baixos do fluxo de ar, sinalizando uma advertência de gravidade. (ROBINS; COTRAN, 2010). 2.5 Classificações de Gravidade da Asma Para que se tenha um tratamento adequado, é necessário conhecer a gravidade da doença, identificada com a presença de sintomas, limitações de atividade física, alterações de função pulmonar e idas aos serviços de emergência (SOLÉ et al.1998). A principal função para se classificar a gravidade da asma é a determinação das doses dos medicamentos e a principal meta do uso das medicações é o controle da doença (STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006). A asma pode ser classificada em intermitente e persistente, sendo que a persistente pode ser leve, moderada ou grave. Na asma intermitente, os sintomas, os despertares noturnos, as exacerbações e a necessidade de agentes beta2- agonistas para alívio são raros e os valores previstos dos picos de fluxos expiratórios (PFE) são maiores ou iguais a 80%. (TARANTINO, 1997). Os indivíduos que apresentam sintomas característicos da asma, mais de uma vez por semana, porém não diariamente, com exacerbações durante a atividade física e de curta duração são considerados portadores de asma persistente leve. Estes pacientes geralmente não precisam ir ao pronto socorro ou emergências durante as crises, pois são facilmente controladas com broncodilatadores e os valores do pico de fluxo expiratório (PFE) são superiores a 90%. (SOLÉ, et al.1998). Os portadores de asma persistente moderada caracterizam-se por sintomas que aparecem mais de uma vez por semana, com crises que duram mais de um dia ao mês, porém não se faz necessário o uso de corticosteroides para controle e internações. Estes pacientes fazem uso de broncodilatadores para aliviar os sintomas, mais de duas vezes por semana. Os valores do pico de fluxo expiratório (PFE) estão geralmente abaixo de 90%. (STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006). Os pacientes que apresentam sintomas contínuos e noturnos, necessitando de internações, fazem uso frequente de corticosteroides oral ou parenteral, usam broncodilatadores mais de duas vezes por dia para aliviar os sintomas, são considerados portadores de asma grave. (SOLÉ, et al 1998). QUADRO 1- Classificação da gravidade da asma

8 Manifestações clínicas Intermitente Gravidade Persistente Persistente leve moderada Mais de Persistente grave Sintomas 2x/semana ou menos 2x/semana, mas não Diários Diários ou contínuos Despertares noturnos 2x/semana ou menos diariamente 3-4x/mês Mais de 1x/semana Quase diários Necessidade de beta-2-2x/semana Menos de agonista ou menos 2x/semana adrenérgico Diários Diária para alívio Limitação de Presente nas Presente nas Nenhuma atividades exacerbações exacerbações Contínua Exacerbações Igual 1/ano Igual ou mais Igual ou mais Igual ou mais ou de 2/ano de 2/ano de 2/ano nenhuma/ano Igual ou Igual ou maior Igual ou menor VEF(1) ou 60%-80% do maior de 80% de 80% do de 60% do PFE previsto do previsto previsto revisto Variação Abaixo de VEF(1) ou 20% PFE 20%-30% Acima de 30% Acima de 30% FONTE: STIRBULOV, BERND, SOLÉ, 2006, p Tratamento O tratamento de um paciente asmático pode variar, dependendo da severidade da doença. Primeiramente, deve-se discutir com o paciente e com sua família os fatores que causam o problema, esclarecendo-os sobre a seriedade da doença e possibilidade de melhoras dos sintomas. Medidas devem ser adotadas para que a exposição deste paciente aos ácaros, poeira doméstica, penas e pelos de animais seja evitada. Estes cuidados reduzem os fenômenos inflamatórios. É necessário que a família e o paciente

9 compreendam que fatores emocionais podem vir a desencadear uma crise asmática (DINWIDDIE, 1992). Os objetivos do tratamento da asma são bem definidos e visam controlar os sintomas da doença, reduzir ao máximo a frequência de exacerbações, normalizar as funções pulmonares durante a prática de exercícios físicos, prevenir o aparecimento de obstruções irreversíveis das vias aéreas, desta maneira diminui-se a mortalidade por asma (SOLÉ, et al.1998). O tratamento farmacológico é escolhido de acordo com a gravidade da doença, de maneira que atenda as variações interpessoais. Os medicamentos utilizados para o tratamento da asma englobam os controladores ou profiláticos e os sintomáticos ou aliviadores. Os medicamentos utilizados para manter o controle da doença são os controladores ou profiláticos e os medicamentos que atuam aliviando a broncoconstrição rapidamente são os chamados de sintomáticos ou aliviadores (MOURA; CAMARGOS; BLIC, 2002). Existem duas categorias de fármacos que são utilizadas no tratamento da asma: os broncodilatadores e os anti-inflamatórios Os principais fármacos utilizados como broncodilatadores são os agonistas dos receptores adrenérgicos ß2, xantinas, antagonistas dos receptores de leucotrienos e antagonistas dos receptores muscarínicos. Os principais fármacos usados como anti-inflamatórios na asma são os glicocorticoides e as cromonas (RANGE; DALE, 2007). Os medicamentos utilizados como controladores da asma podem ser administrados por via oral ou inalatória. Estão inclusos entre estas drogas os glicocorticoides inalatórios, as metilxantinas, os ß2-agonistas, as cromonas e os modificadores de leucotrienos (MOURA; CAMARGOS; BLIC, 2002). As metilxantinas produzem a broncodilatação, pois produzem a inibição da enzima fosfodiesterase, acumulando o AMPc (adenosina monofosfato cíclico). Isso aumenta os níveis de AMPc nas células da musculatura lisa dos brônquios e nas células inflamatórias, facilitando a transdução dos sinais. Outro mecanismo de ação proposto é a inibição dos receptores de adenosina, que causam contração do músculo liso das vias aéreas e causa a liberação de histaminas (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004). As três metilxantinas importantes são a teofilina, teobromina e cafeína. Estas drogas podem ser encontradas naturalmente no café, chá e chocolate. A teofilina é o broncodilatador que possui maior eficácia entre as metilxantinas (KATZUNG, 1998). Os agonistas dos receptores ß2 constituem a primeira opção para alívio de sintomas da asma, sendo o medicamento de primeira escolha, em todos os estágios da doença, por terem rápido início de ação. O seu uso induz a broncodilatação, aliviando as crises de

10 dispneia e tosse e controla os sintomas noturnos. Esta classe de fármaco é utilizada, combinada aos glicocorticoides inalados, sendo também utilizado como tratamento profilático das crises de asma causadas por exercícios físicos. (MOURA; CAMARGOS; BLIC, 2002). Os agonistas dos receptores ß2 atuam estimulando os receptores ß2 adrenérgicos na membrana celular, resultando no aumento do AMPc, que causa relaxamento da musculatura lisa e causa a inibição dos mediadores inflamatórios (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA,2004). Existem duas categorias dos agonistas dos receptores ß2: os agentes de curta duração e os de ação mais longa. O efeito máximo causado pelos agentes de curta duração ocorre em trinta minutos, e sua ação dura de três a cinco horas, administrados por inalação. São fármacos utilizados para o alívio das crises, sendo exemplos desta classe o salbutamol e a terbutalina. Os agentes de ação mais longa possuem uma duração de oito a doze horas, administrados por inalação, regularmente, duas vezes ao dia. Esta classe farmacológica é utilizada de maneira profilática, buscando manter o controle da doença. Geralmente complementa o tratamento com glicocorticoides, quando a asma já esteja inadequadamente controlada. O salmeterol e o formoterol são exemplos de fármacos desta classe (RANGE; DALE, 2007). Os antileucotrienos ou antagonistas de leucotrienos são fármacos que inibem os broncoespasmos, a permeabilidade vascular e a produção de muco, pois estas drogas não permitem que a sinalização celular promovida pelos agentes espasmódicos seja desencadeada (CORRÊA; MELO; COSTA, 2008). Por serem os leucotrienos broncoconstritores, derivados do ácido araquidônico e estarem envolvidos em muitas doenças inflamatórias, drogas que bloqueiam a interação dos leucotrienos com os receptores, promovem a broncodilatação (KATZUNG, 1998). Os antagonistas dos receptores muscarínicos são utilizados também como broncodilatadores, pois impedem que a acetilcolina provoque a contração do músculo liso e a produção de mucosidade excessiva dos brônquios (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004). Esta classe de fármaco tem como principal representante o ipratrópio, que é administrado por inalação de aerossol. Seu efeito máximo acorre em, aproximadamente, trinta minutos, durando de três a cinco horas. Os efeitos colaterais desta classe de medicamento são poucos, tornando-se desta forma seguro e bem tolerado pelos pacientes (RANGE; DALE, 2007). A classe medicamentosa das cromonas tem como representante o nedocromil sódico e o cromoglicato dissódico. Estas drogas mostraram-se capazes de impedir o

11 aparecimento das crises asmáticas induzidas por exercícios físicos, protege da broncoconstrição devido ao uso de aspirina. Ambos os fármacos apresentam efeito benéfico contra as crises causadas pelo ar frio (SOLÉ, et al.1998). Estes fármacos inibem a liberação por parte dos mastócitos, de substância inflamatória e fazem com que as vias aéreas sejam menos propensas a contrair-se. São drogas úteis para prevenir as crises, usadas de forma profilática (KATZUNG, 1998). Os glicocorticoides são as drogas anti-inflamatórias de primeira escolha por serem recomendadas em qualquer estágio de gravidade da doença. Este medicamento possui um alto poder anti-inflamatório Os glicocorticoides inalados apresentam bons resultados no tratamento, independentemente da gravidade em que a doença se encontra. Atuam melhorando a função pulmonar, diminuindo as crises de exacerbações e, consequentemente, diminuem a quantidade de hospitalizações por asma. (SOLÉ, et al.1998). A classe de medicamentos dos glicocorticoides produz um aumento no calibre das vias aéreas, quando administradas por algum tempo em pacientes com asma. Este aumento do calibre das vias aéreas potencializa os efeitos dos antagonistas dos receptores de ß2, também atuam inibindo a resposta inflamatória das vias aéreas, por inibirem a liberação do ácido araquidônico pelas membranas celulares (KATZUNG, 1998). No entanto, o uso prolongado dos glicocorticoides produzem alguns efeitos adversos como a diminuição da capacidade de cura das feridas, desenvolvimento insuficiente do crescimento em crianças, perda de cálcio dos ossos, Síndrome de Cushing, rouquidão, candidíase de boca e garganta, entre outros. Porém, corticoides em baixas doses por inalação não induzem manifestações da Síndrome de Cushing (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004). Existem, na indústria farmacêutica, outras modalidades de tratamento como a imunoterapia específica com alérgenos. Esta forma de tratamento faz com que aconteça uma dessensibilização específica, reduzindo os sintomas e a necessidade de medicamentos. (MOURA; CAMARGOS; BLIC, 2002). A imunoterapia específica com alérgenos é um tratamento realizado através da administração de doses progressivas de alérgenos específicos em pacientes que sejam sensíveis a determinadas substâncias e que estejam fora do momento de crise, buscando desta maneira um estado de tolerância a estes alérgenos. Estas drogas são administradas por via subcutânea por profissionais especializados em casos de reações anafiláticas. É o tratamento mais indicado para crianças e adolescentes por se mostrar mais efetivo nesta faixa etária do que em adultos. Está contraindicada para pacientes que respondem bem ao tratamento farmacológico e aos cuidados ambientais (STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006).

12 Outra terapêutica que vem sendo utilizada como alternativa é a Anti-IgE, que se trata de um anticorpo monoclonal recombinante humanizado (IgG1) que se une à IgE livre que está circulante, impedindo desta maneira a fixação aos receptores de alta afinidade. Esta terapêutica também é conhecida como Omalizumabe (SOLÉ, 2006). O Omalizumabe causa uma inibição na broncoconstrição gerada durante a fase de inflamação por alérgenos, levando a uma diminuição da hiper-responsividade das vias aéreas. Este tratamento é indicado para pacientes com asma alérgica que sejam maiores de doze anos, sendo as doses administradas de duas a quatro vezes na semana, pela via subcutânea. (STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006). QUADRO 2- Tratamento baseado na gravidade Forma clínica de asma MANUTENÇÃO 1ª Escolha Alternativas LEVE INTERMITENTE Não há necessidade de medicação diária LEVE PERSISTENTE corticoide inalado (baixa antileucotrienos e dose) cromona corticoide inalado (dose dose baixa a moderada de moderada) ou corticoide PERSISTENTE corticoide inalado inalado (dose moderada) MODERADA associado à +agonista ß2 de longa antileucotrieno ou teofilina duração PERSISTENTE GRAVE corticoide inalado (dose corticoide inalado (dose alta) + ß2 de longa alta) + agonista ß2 de duração associado à longa duração + corticoide antileucotrieno ou teofilina oral e corticoide oral FONTE: FUCHS, WANNMACHER, FERREIRA, 2004, p Atenções Farmacêuticas ao Paciente com Asma A falta de orientação é um dos principais obstáculos à prevenção de doenças e de complicações decorrentes da asma, acarretando um alto custo para a saúde pública. O farmacêutico profissional e educador em saúde pode proporcionar esclarecimentos à população, auxiliando o serviço público de saúde a diminuir internações. Campanhas visando à orientação sobre a detecção precoce das doenças, prevenção, incentivo ao

13 farmacêutico como educador à saúde, assim como incentivar a comunidade a ter uma visão de que farmácias e drogarias são estabelecimentos onde poderão buscar orientações de um profissional de saúde proporcionariam a população um maior conhecimento sobre as doenças. (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010). A asma é uma doença que compromete a vida do portador e pode limitar as suas atividades. Em algumas pessoas se caracteriza como uma doença grave, podendo levar o indivíduo à morte, tornando-se, desta maneira, de suma importância que se considere o aspecto humano da doença. (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE PIAUÍ, 2009). A mortalidade em idosos devido à doença tem aumentado em decorrência da ausência de medidas preventivas ou pela demora em se estabelecer um tratamento. Em crianças, a asma está ligada a percepções sociais negativas, insônia, estresse e a depressão, exercendo um grande impacto social e emocional, pois a criança portadora da doença tem suas brincadeiras limitadas pela impossibilidade de correr. Faltas à escola são frequentes devido às crises e isto pode vir a deixá-la insegura. Cabe a um profissional farmacêutico orientar os pais sobre a necessidade de manter estas crianças, o mais distante possível, de eventos que possam vir a piorar o quadro. (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE PIAUÍ, 2009). O profissional farmacêutico encontra-se em uma posição ideal para poder monitorar o paciente quanto ao tratamento e sua educação em saúde. Planos para melhorar a adesão aos tratamentos e o auxílio ao paciente para identificar os fatores que desencadeiam e agravam a doença são formas que o farmacêutico tem para desenvolver seu trabalho de atenção à saúde do paciente. (OLIVEIRA SANTOS, 2008). Os tratamentos utilizados devem ser explicados aos pacientes, enfatizando as diferenças dos mesmos de manutenção e o de broncodilatação sistêmica utilizados em situações de crise (FONTELES, et al. 2010). Os pacientes que utilizam fármacos inalados precisam ser orientados quanto à forma correta de utilização destes dispositivos, uma vez que a utilização incorreta pode prejudicar o tratamento. Estas orientações cabem ao farmacêutico desenvolver, revendo de tempos em tempos a técnica aplicada pelos pacientes, orientando-os, da melhor maneira possível. Recomendações quanto a seguir as doses prescritas pelos médicos devem ser dadas aos pacientes e, quando necessário, aos pais, a fim de que se evite a superdosagem ou doses abaixo do recomendado (FONTELES, et al. 2010). Mesmo que os profissionais farmacêuticos estejam iniciando seus programas de atenção à saúde a estes pacientes, atualmente, a participação ainda é mínima. Este

14 contexto precisa ser mudado e para isso é necessário que estes profissionais sejam incentivados à prática e ao desenvolvimento de projetos de atenção à saúde ainda durante a formação profissional. (OLIVEIRA SANTOS, 2008). Toda orientação fornecida ao paciente tem como objetivo facilitar a adesão ao tratamento e fazer com que o paciente conheça o seu diagnóstico entendendo os riscos associados a sua doença para que o mesmo possa usufruir de uma melhor qualidade de vida. (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA PIAUÍ, 2009). 3. DISCUSSÃO Na abordagem realizada sobre o portador de asma, constatou-se que a asma é uma doença que leva muitas pessoas a ficarem internadas em hospitais do Sistema Único de Saúde. Pois, mesmo com todos os avanços ocorridos em relação à saúde do portador de asma, alguns fatores característicos dos nossos dias, como a poluição nos grandes centros que é causada, na maior parte, pelas indústrias, o tabagismo ativo dos adultos e passivo das crianças e dos idosos, as condições ambientais e os fatores emocionais incluídos no processo de asma, aumentam, atualmente, a quantidade de pessoas portadoras desta doença. Devido a mudanças na legislação vigente que obriga a presença de um profissional com esta qualificação em todas as farmácias, o farmacêutico encontra-se mais acessível à população e pode proporcionar esclarecimentos sobre diversas doenças e medicamentos, pois possui conhecimento científico suficiente para isto, contribuindo para a diminuição das crises e para o tratamento adequado da asma. O profissional farmacêutico encontra-se em uma posição privilegiada para colaborar na confirmação do diagnóstico da doença, identificando os fatores desencadeantes das crises e os fatores psicossociais envolvidos. Pois, sabe-se que a população busca primeiramente orientações em uma farmácia, para depois ir até um médico. O êxito do tratamento prescrito dependerá desta parceria efetiva do próprio paciente e sua família com o profissional farmacêutico e seus cuidados ao paciente, sendo indispensável explicar que a asma é uma doença crônica, podendo tornar-se ameaçadora quando não cuidada e que, quando a resposta terapêutica for favorável, o paciente poderá usufruir de uma qualidade de vida satisfatória e até mesmo normal. CONSIDERAÇÕES FINAIS

15 Com base na busca realizada, pode-se concluir que a asma é um problema de saúde pública, sendo causa de uma grande quantidade de internações no Sistema Único de Saúde. Um dos principais fatores que contribuem para a falta de controle da asma são o desconhecimento da população portadora da doença e de seus familiares sobre os aspectos fundamentais da asma e a utilização inadequada dos medicamentos. Ressalta-se a importância do profissional farmacêutico nos cuidados com a asma, uma vez que este pode dispensar muitas orientações sobre diferentes aspectos para a família e para o próprio paciente, pois são profissionais que possuem um vasto conhecimento sobre as doenças e principalmente sobre os medicamentos. Considera-se, portanto, que o profissional farmacêutico tem relevante atuação na atenção à saúde do paciente portador de asma, uma vez que, com as mudanças que foram realizadas na legislação vigente, tornou obrigatório que cada farmácia ou drogaria tenha um profissional com esta qualificação, tornando, neste sentido, estes profissionais mais acessíveis. Porém, algumas barreiras ainda existem e devem ser quebradas através de campanhas que conscientizem a população, mostrando que o farmacêutico é um profissional que pode trazer inúmeras contribuições aos pacientes portadores de asma. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à saúde das crianças e adolescentes com asma. 2 ed. Porto Alegre: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticos da asma CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE PIAUÍ. Atenção farmacêutica em asma Disponível em: Acesso em 02 de fevereiro CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Campanhas de educação em saúde Disponível em: Acesso em 14 de fevereiro de CORRÊA, Maria Fernanda P. Substâncias de origem vegetal potencialmente útil na terapia da asma. Revista Brasileira de Farmacognosia, Supl. 18, DINWIDDIE, Robert. O diagnóstico e o manejo da doença respiratória pediátrica. Porto Alegre: Artes Médicas, FLORES, Rui, LENZ, Maria Lúcia Medeiros. Atenção à saúde das crianças e adolescentes com asma. 2 ed. Porto Alegre: 2011.

16 FONTELES, Maria et al. Educação ao paciente com asma: O papel do farmacêutico! Centro de estudos de atenção farmacêutica- Universidade Federal do Ceará, nº 12, FUCHS, Flávio Danni, WANNMACHER, Lenita, FERREIRA, Maria Beatriz. Farmacologia Clínica Fundamentos da Terapêutica Racional. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, KATZUNG, Bertram G. Farmacologia Básica & Clínica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, MOURA, José Augusto Rubim et al. Tratamento profilático da asma. Jornal de pediatria, Vol. 78, OLIVEIRA SANTOS, Daiane. Profissional farmacêutico e doenças pulmonares obstrutivas: Asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DBPOC). Revista Racine, Vol. 107, PEREIRA, Carlos Alberto de Castro. Espirometria. Jornal de Pneumologia, Vol. 28, Supl. 3, RANG, H. P. et al. Rang&DaleFarmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, ROBBINS E COTRAN Bases patológicas das doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, ROBBINS E COTRAN. Bases patológicas das doenças. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, SIMÕES, Silva Magalhães et al. Distribuição da gravidade da asma na infância. Jornal de pediatria, Vol. 86, SMELTZER, Suzanne C., BARE, Brenda G. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. Vol. 1, 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o manejo da asma Jornal Brasileiro de Pneumologia, Vol. 38, Supl. 1, SOLÉ, Dirceu et al. A asma na criança: classificação e tratamento. Jornal de pediatria, Vol. 74, SOLÉ, Dirceu. Terapêuticas clássica e alternativa em ambulatório na asma grave. Revista Brasileira de alergia e pneumologia, Vol. 29, STIRBULOV, Roberto, BERND, Luiz Antônio G, SOLÉ, Dirceu. IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Vol. 29, nº 5, TARANTINO, Affonso Berardinelli. Doenças Pulmonares. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1997.

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Rinite Alérgica é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível

Leia mais

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA:

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA QUESTÃO 21 Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: a) não há estudos sistematizados que avaliem a

Leia mais

Assistência Farmacêutica em Asma

Assistência Farmacêutica em Asma Caracterização Assistência Farmacêutica em Asma Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

Leia mais

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Asma: Manejo do Período Intercrise Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria ASMA Doença Inflamatória Crônica Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores

Leia mais

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A número 06 - julho/2015 DECISÃO FINAL RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma

Leia mais

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues ASMA FACIMED Curso de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Medicina de Família e Comunidade 5º Período Objetivos Ao final desta aula o aluno

Leia mais

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência Asma Brônquica Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência Conceito: Doença caracterizada por ataques agudos e recorrentes de dispnéia, tosse e expectoração tipo mucóide. A falta

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Extremamente comuns. Caracterizadas por resistência aumentada ao fluxo de ar nas vias aéreas. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA ENFISEMA

Leia mais

Asma Diagnóstico e Tratamento

Asma Diagnóstico e Tratamento 1ªs Jornadas de Pneumologia de Angola Respirar bem, Dormir bem, Viver melhor Asma Diagnóstico e Tratamento Margarete Arrais MD, Pneumologista Introdução Importante problema de saúde pública. Desde a década

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO APRESENTAÇÃO DA UNIDADE Objetivos educacionais da unidade Aqui, abordaremos como conduzir o paciente portador de asma para que permaneça no domicílio clinicamente estável e confortável. Serão tratados

Leia mais

Fisioterapia na Asma. Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt

Fisioterapia na Asma. Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt Fisioterapia na Asma Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt Vias aéreas Inferiores Anatomia das vias aéreas condutoras Definição Doença respiratória crônica: Caracteriza-se por

Leia mais

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes na infância e apresenta altas taxas de mortalidade e internações. Por

Leia mais

Doença inflamatória crónica das vias aéreas de elevada prevalência. Uma patologias crónicas mais frequentes

Doença inflamatória crónica das vias aéreas de elevada prevalência. Uma patologias crónicas mais frequentes Tiago M Alfaro alfarotm@gmail.com 09/05/2014 Asma Doença inflamatória crónica das vias aéreas de elevada prevalência Uma patologias crónicas mais frequentes Heterogeneidade importante nas manifestações

Leia mais

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com

Leia mais

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC Desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo ( parte não reversível) É progressiva Associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão, a partículas

Leia mais

conhecer e prevenir ASMA

conhecer e prevenir ASMA conhecer e prevenir ASMA 2013 Diretoria Executiva Diretor-Presidente: Cassimiro Pinheiro Borges Diretor Financeiro: Eduardo Inácio da Silva Diretor de Administração: André Luiz de Araújo Crespo Diretor

Leia mais

VARIANTES DO TERMO ( apenas listar/ver + dados adiante) V1) asma brônquica integra este Glossário? ( ) SIM ( x ) NÃO V2)

VARIANTES DO TERMO ( apenas listar/ver + dados adiante) V1) asma brônquica integra este Glossário? ( ) SIM ( x ) NÃO V2) GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO Ficha de Coleta atualizada em junho de 2012 Foco: português/variantes/ficha =verbete/definições em coleta FICHA NÚMERO: ( ) TERMO REALITER ( x ) TERMO

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO APRESENTAÇÃO DA UNIDADE Objetivos educacionais da unidade Aqui, abordaremos como conduzir o paciente portador de asma para que permaneça no domicílio clinicamente estável e confortável. Serão tratados

Leia mais

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32.

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE HIPERSENSIBILIDADE : É uma resposta imunológica exagerada ou inapropriada a um estímulo produzido por um antígeno. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE

Leia mais

FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA

FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA Objetivos desta aula Discutir a abordagem da criança com dispneia na

Leia mais

Protocolo de Manejo da Asma

Protocolo de Manejo da Asma Clínica Médica Protocolo de Manejo da Asma Definição Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

Leia mais

ASMA. Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/

ASMA. Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/ ASMA Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/07 2008 Luiz Carlos Corrêa Alves Médico Pneumologista Mestre em Saúde Pública /área saúde, trabalho e ambiente Responsável

Leia mais

25 de SETEMBRO de 2015 AUDITÓRIO II EMESCAM - VITÓRIA/ES

25 de SETEMBRO de 2015 AUDITÓRIO II EMESCAM - VITÓRIA/ES 25 de SETEMBRO de 2015 AUDITÓRIO II EMESCAM - VITÓRIA/ES ASSOCIAÇÃO CAPIXABA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE ACMFC ASMA NA INFÂNCIA BIANCA LAZARINI FORREQUE Residente R1 Residência de Medicina de Família

Leia mais

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A QUESTÃO 32. Nas unidades de terapia intensiva (UTI), é comum os pacientes permanecerem restritos ao leito, ocasionando inatividade, imobilidade e prejuízo da funcionalidade. Nesse sentido, a mobilização

Leia mais

ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROAR DRA. LÍVIA FONSECA

ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROAR DRA. LÍVIA FONSECA ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROAR DRA. LÍVIA FONSECA ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA POR QUE? ASMA E RINITE ASMA e Saúde Pública

Leia mais

Introdução. Corticoide inalado é suficiente para a maioria das crianças com asma.

Introdução. Corticoide inalado é suficiente para a maioria das crianças com asma. Introdução Corticoide inalado é suficiente para a maioria das crianças com asma. Alguns pacientes (poucos) podem se beneficiar do antileucotrieno como único tratamento. Se BD de longa ação: acima de 4

Leia mais

DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007)

DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007) DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007) Smeele IJM, Van Weel C, Van Schayck CP, Van der Molen T, Thoonen B, Schermer T, Sachs APE, Muris JWM, Chavannes

Leia mais

DPOC e Asma DPOC. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução.

DPOC e Asma DPOC. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução. DPOC e Asma DPOC De acordo com os Cadernos de Atenção Básica, no seu módulo de Doenças Respiratórias Crônicas (nº 25), DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável, caracterizada

Leia mais

Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse

Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse Participações nos últimos 5 anos: Investigador de estudos patrocinados pelas empresas Novartis e Boehringer Ingelheim; Palestrante de eventos patrocinados

Leia mais

ASMA. Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina

ASMA. Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina ASMA ANTONIO PINTO DE MELO NETO ESTUDANTE DE MEDICINA 6º SEMESTRE INTEGRANTE DA LIGA DO PULMÃO & MI ÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA ENFERMEIRO Abril/2014

Leia mais

Classificação dos fenótipos na asma da criança. Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG,

Classificação dos fenótipos na asma da criança. Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Classificação dos fenótipos na asma da criança Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Declaração sobre potenciais conflitos de interesse De

Leia mais

Se tiverem qualquer dúvida, por favor sintam-se à vontade para interromper.

Se tiverem qualquer dúvida, por favor sintam-se à vontade para interromper. Se tiverem qualquer dúvida, por favor sintam-se à vontade para interromper. Intensa vascularização Intensa vascularização Células Epiteliais Músculo liso Controle da Respiração Mecanismos Orgão Metabólico

Leia mais

Sílvia Silvestre 08/11/2017. Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes

Sílvia Silvestre 08/11/2017. Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes Sílvia Silvestre 08/11/2017 Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes Sumário Introdução Conceito Diagnóstico Abordagem Qualidade de vida Questionários Aplicabilidade Conclusões

Leia mais

PROGRAMA PARA CONTROLAR A ASMA SEGUNDA PARTE

PROGRAMA PARA CONTROLAR A ASMA SEGUNDA PARTE PROGRAMA PARA CONTROLAR A ASMA SEGUNDA PARTE O cuidado apropriado com a asma pode ajudar o paciente a prevenir a maior parte das crises, a ficar livre de sintomas problemáticos diurnos e noturnos e a manter-se

Leia mais

Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse

Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas Departamento de Farmácia Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse Química Farmacêutica III Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas,

Leia mais

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Angélica Ferreira do Amaral Anna Gessyka Bernardo Monteiro Iraneide Araújo Silva Irismar Barros Maria Lúcia Lopes de Lima Tiago dos Santos Nascimento 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E RINITE ALÉRGICA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO NORDESTE

ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E RINITE ALÉRGICA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO NORDESTE ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E RINITE ALÉRGICA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO NORDESTE Julia Torres de Holanda; Isabelle Galvão de Oliveira; Joena Hérica Sousa Vieira; Jéssica Mariana Pinto de Souza; Maria do Socorro

Leia mais

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. Apresentação

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. Apresentação Apresentação Sendo a asma uma doença de alta prevalência, todos os médicos devem ter condições de prestar atendimento aos pacientes, particularmente em situações de emergência. Por razões óbvias, os profissionais

Leia mais

Alergia. Risco de desenvolvimento de alergia em pacientes com parentes com antecedentes alérgicos. Nenhum membro da família com alergia 5 a 15 %

Alergia. Risco de desenvolvimento de alergia em pacientes com parentes com antecedentes alérgicos. Nenhum membro da família com alergia 5 a 15 % Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Alergia Doenças alérgicas representam um problema de saúde pública, atingindo mais de 20% da população.

Leia mais

PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA

PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA 1 INTRODUÇÃO A exacerbação da asma é uma causa freqüente de procura a serviços de urgência

Leia mais

Avaliação e Tratamento do Paciente com Asma Brônquica Evaluation and Treatment of the Patient with Bronchial Asthma

Avaliação e Tratamento do Paciente com Asma Brônquica Evaluation and Treatment of the Patient with Bronchial Asthma Avaliação e Tratamento do Paciente com Asma Brônquica Evaluation and Treatment of the Patient with Bronchial Asthma Oscarina da Silva Ezequiel Resumo A asma persiste nos dias atuais como importante problema

Leia mais

HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE DIA MUNDIAL DA ASMA

HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE DIA MUNDIAL DA ASMA HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE 2012- DIA MUNDIAL DA ASMA DIA MUNDIAL DA ASMA 1º DE MAIO DE 2012 EPIDEMIOLOGIA DA ASMA 300 milhões de

Leia mais

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre CASO CLÍNICO ASMA Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre Dispnéia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto 2 despertares noturnos/semana por asma Diversas internações

Leia mais

Atividade Física, sistema respiratório e saúde

Atividade Física, sistema respiratório e saúde Atividade Física, sistema respiratório e saúde Prof. Dr. Ismael Forte Freitas Júnior ismael@fct.unesp.br Sistema Respiratório Formado por órgãos e tecidos que levam O 2 para a célula e removem CO 2 para

Leia mais

Asma em crianças Resumo de diretriz NHG M24 (segunda revisão, fevereiro 2014)

Asma em crianças Resumo de diretriz NHG M24 (segunda revisão, fevereiro 2014) Asma em crianças Resumo de diretriz NHG M24 (segunda revisão, fevereiro 2014) Bindels PJE, Van de Griendt EJ, Grol MH, Van Hensbergen W, Steenkamer TA, Uijen JHJM, Burgers JS, Geijer RMM, Tuut MK traduzido

Leia mais

PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS. DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro

PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS. DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA Asma alérgica Rinite alérgica Conjuntivite alérgica Eczema atópico Urticária e angioedema

Leia mais

VACINA ANTIALÉRGICA UM TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA IMUNOTERAPIA ANTIALÉRGICA

VACINA ANTIALÉRGICA UM TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA IMUNOTERAPIA ANTIALÉRGICA VACINA ANTIALÉRGICA UM TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA IMUNOTERAPIA ANTIALÉRGICA A imunoterapia é o tratamento preventivo para impedir as reações alérgicas provocadas por substâncias como ácaros da poeira caseira,

Leia mais

ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA

ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA Prof. Dr. ALCINDO CERCI NETO ACESSO Deve significar acesso ao medicamento adequado, para uma finalidade específica, em dosagem correta, por tempo adequado e cuja utilização

Leia mais

Palavras-chave: asma, criança, adolescente, atenção integral.

Palavras-chave: asma, criança, adolescente, atenção integral. ATENÇÃO INTEGRAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES ASMÁTICOS: UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA BRAZ, Tatiane Oliveira 1 ; BORGES, Josiane Rodrigues 2 ; FERNANDES, Isabela Cristine Ferreira 3 ; COSTA, Lusmaia Damaceno

Leia mais

Saúde e Desenvolvimento Humano

Saúde e Desenvolvimento Humano ALERGIAS Alergia é definida como uma reacção de hipersensibilidade iniciada por mecanismos imunológicos. Esta doença tem tido grande aumento nos nossos dias. Está estimado que mais de 20% da população

Leia mais

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED-UNIOESTE RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador:

Leia mais

9 Seminário de Extensão ATENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA A MELHORIA DO CONTROLE E TRATAMENTO DA ASMA

9 Seminário de Extensão ATENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA A MELHORIA DO CONTROLE E TRATAMENTO DA ASMA 9 Seminário de Extensão ATENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA A MELHORIA DO CONTROLE E TRATAMENTO DA ASMA Autor(es) RAFAELA DURRER PAROLINA Orientador(es) Francisco de Paula Garcia Caravante Júnior

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DA ASMA RESUMO

A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DA ASMA RESUMO Artigo apresentado no V Seminário de Pesquisas e TCC da FUG no semestre 2013-1 A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DA ASMA João Batista Marinho de Assis ¹ Paulo Henrique Brito Alves ¹ Patrícia

Leia mais

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade NTRR 100/2013 a Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade Data: 18/06/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Número do processo: 335.13.1151-3 Réu: Município de Itapecerica

Leia mais

ASMA. + Que seguem por reações tardias, constituindo a resposta inflamatória crônica característica da perenidade da doença.

ASMA. + Que seguem por reações tardias, constituindo a resposta inflamatória crônica característica da perenidade da doença. 1 ASMA Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores na qual ocorre participação de muitas células e elementos celulares. A inflamação crónica está associada à hiperresponsividade brônquica

Leia mais

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA UNITERMOS Isadora Medeiros Kuhn Ana Carolina Gomes de Lucena Marcelo Velloso Fabris Leonardo Araújo Pinto ASMA; EXACERBAÇÃO DOS SINTOMAS; SONS RESPIRATÓRIOS;

Leia mais

entendendo as diretrizes profissionais

entendendo as diretrizes profissionais ASMA GRAVE entendendo as diretrizes profissionais Asthma UK Este guia inclui informações sobre o que a Sociedade Respiratória Europeia (ERS) e a Sociedade Torácica Americana (ATS) divulgaram sobre asma

Leia mais

ASMA EM IDADE PEDIÁTRICA

ASMA EM IDADE PEDIÁTRICA Curso de Atualização 2018 - ACES BM e PIN 11, 13, 18 de abril e 4 de maio 2018 Anfiteatro Hospital Pediátrico Coimbra ASMA EM IDADE PEDIÁTRICA José António Pinheiro Alergologia Pediátrica Hospital Pediátrico

Leia mais

CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DE TRATAMENTO PARA O CPPHO. Serviço de Pneumologia Pediátrica da Universidade Federal da Bahia

CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DE TRATAMENTO PARA O CPPHO. Serviço de Pneumologia Pediátrica da Universidade Federal da Bahia CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DE TRATAMENTO PARA O CPPHO Serviço de Pneumologia Pediátrica da Universidade Federal da Bahia Liana Vilarinho,2002 CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como

Leia mais

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC 2012 Norte 16 de Novembro 6ª feira Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC Agostinho Marques Definição de DPOC GOLD 2011 A DPOC, uma doença prevenível e tratável, é caracterizada por limitação

Leia mais

TUDO O QUE DEVE SABER. - sobre - ASMA

TUDO O QUE DEVE SABER. - sobre - ASMA TUDO O QUE DEVE SABER - sobre - ASMA Tudo o que deve saber sobre ASMA Dificuldade em respirar, intolerância ao esforço, cansaço, respiração acelerada e sibilância são alguns dos sintomas mais frequentemente

Leia mais

Uso de fármacos e dispositivos inalatórios para o manejo da Asma. Daniel Ramos Athouguia CRF MG

Uso de fármacos e dispositivos inalatórios para o manejo da Asma. Daniel Ramos Athouguia CRF MG Uso de fármacos e dispositivos inalatórios para o manejo da Asma Daniel Ramos Athouguia CRF MG 14.796 Conteúdo Princípios da Asma Medicamentos usados no manejo da Asma Dispositivos inalatórios usados no

Leia mais

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS 12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 1) Mortalidade por Doenças Respiratórias RESUMO DOS DADOS As doenças do sistema respiratório são uma das principais causas de morte na União

Leia mais

ASMA GRAVE: COMO DEFINIR E MANEJAR NA PRÁTICA DIÁRIA? OBJETIVOS DO MANEJO DA ASMA. Future Risks TRATAMENTO ATUAL DA ASMA GRAVE.

ASMA GRAVE: COMO DEFINIR E MANEJAR NA PRÁTICA DIÁRIA? OBJETIVOS DO MANEJO DA ASMA. Future Risks TRATAMENTO ATUAL DA ASMA GRAVE. ASMA GRAVE: COMO DEFINIR E MANEJAR NA PRÁTICA DIÁRIA? Marcia MM Pizzichini Professora de Medicina Universidade Federal de Santa Catarina Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamação das Vias Aéreas - NUPAIVA

Leia mais

Asma. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Erich Vidal Carvalho 2 Publicação: Nov-2002 Revisão: Mai-2007

Asma. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Erich Vidal Carvalho 2 Publicação: Nov-2002 Revisão: Mai-2007 1 - Qual a definição de asma? Asma Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Erich Vidal Carvalho 2 Publicação: Nov-2002 Revisão: Mai-2007 Asma tem sido definida, por diferentes autores, com base em suas características

Leia mais

Page 1 O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA CRIANÇA ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS

Page 1 O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA CRIANÇA ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA OBJETIVOS: Aumentar a mobilidade torácica Melhorar a mecânica respirátoria Reduzir o gasto energético da respiração Prevenir

Leia mais

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS A DPOC se caracteriza por alterações progressivas da função pulmonar, resultando em obstrução ao fluxo aéreo. É constituída pelo enfisema, bronquite e asma. ENFISEMA É uma doença

Leia mais

Departamento De Pediatria

Departamento De Pediatria Departamento De Pediatria Journal Club Pneumologia Elaborado por : Nércio Liasse, médico residente de Pediatria Tutora: Dra Josina Chilundo Corticoesteróides inalatório ou Montelucaste diário para pré-escolares

Leia mais

ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE

ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE Sexo feminino, 22 anos, estudante, parda Asmática desde bebê, em uso regular de: formoterol 12 mcg tid + budesonida 800 mcg bid + azatioprina 50mg bid + prednisona 40mg qd + azitromicina 3x/semana + budesonida

Leia mais

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA OBJETIVOS Formar e habilitar médicos especialistas na área da Alergia e Imunologia com competências que os capacitem a atuar em diferentes níveis de complexidade,

Leia mais

Doença de Crohn. Grupo: Bruno Melo Eduarda Melo Jéssica Roberta Juliana Jordão Luan França Luiz Bonner Pedro Henrique

Doença de Crohn. Grupo: Bruno Melo Eduarda Melo Jéssica Roberta Juliana Jordão Luan França Luiz Bonner Pedro Henrique Doença de Crohn Grupo: Bruno Melo Eduarda Melo Jéssica Roberta Juliana Jordão Luan França Luiz Bonner Pedro Henrique A doença de Crohn (DC) é considerada doença inflamatória intestinal (DII) sem etiopatogenia

Leia mais

Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy Global Initiative for Asthma

Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy Global Initiative for Asthma Asma Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy 2008 Global Initiative for Asthma 2010. www.ginasthma.org Mónica Oliva 4 Novembro 2010 CS Norton Matos, 11 Maio

Leia mais

Seminário Nacional Unimed de Medicina Preventiva

Seminário Nacional Unimed de Medicina Preventiva Seminário Nacional Unimed de Medicina Preventiva - 2009 Programa de Reabilitação Pulmonar Rosângela H. Araújo Santos Divisão Cooperados Total: 838 0,04% Gerência Executiva da Assistência e Promoção à Saúde

Leia mais

1. CONTEXTUALIZAÇÃO EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA... 4

1. CONTEXTUALIZAÇÃO EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA... 4 Julho de 2015 ASMA SUMÁRIO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO... 3 2. EPIDEMIOLOGIA... 3 3. FISIOPATOLOGIA... 4 4. DIAGNÓSTICO... 5 4.1 Espirometria... 5 4.2 Pico de fluxo expiratório (peak-flow)... 6 4.3 Avaliação do

Leia mais

José R. Jardim Escola Paulista de Medcina

José R. Jardim Escola Paulista de Medcina 1 GOLD 2011 os sintomase o risco futuro devemser valorizados? José R. Jardim Escola Paulista de Medcina 2 O que é o GOLD 2011 É um documento curto, não são Diretrizes, mas sim recomendações. Ele não é

Leia mais

Como ler Espirometrias

Como ler Espirometrias Como ler Espirometrias J. Chaves Caminha Professor Auxiliar de Pneumologia do ICBAS Consultor de Medicina Intensiva do SCI do CHP Responsável pelo Laboratório de Fisiopatologia do CHP e do RIME Estudos

Leia mais

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA FIBROSE CÍSTICA Doença com comprometimento sistêmico, e que também acomete o pulmão. Causa acúmulo de secreção pulmonar devido a alteração genética, e resulta em processo

Leia mais

PERFIL DOS PACIENTES DO PROGRAMA DE CONTROLE DE ASMA E RINITE DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS/GO

PERFIL DOS PACIENTES DO PROGRAMA DE CONTROLE DE ASMA E RINITE DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS/GO 1 PERFIL DOS PACIENTES DO PROGRAMA DE CONTROLE DE ASMA E RINITE DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS/GO Sabrina Soares Chagas 1 ; Rafael de Sales Matto 1 ; Marco Aurélio Caldeira Pereira 1, Cristiane Alves da Fonseca

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR Fisiologia do Sistema Respiratório A respiração pode ser interpretada como um processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio, ou como um conjunto de reações químicas

Leia mais

Um Caso Comum de Nossa Prática!

Um Caso Comum de Nossa Prática! Broncoprovocação: Direta? Indireta? Qual o seu lugar no armamentário do pneumologista? Emilio Pizzichini Professor de Medicina Universidade Federal de Santa Catarina Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamação

Leia mais

PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ASMA DA SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ASMA DA SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ASMA DA SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Diretoria 2017 / 2019 Presidente: Rogério Rufino Vice-Presidente: Fernanda Mello Vice-Presidente da Capital e Baixada

Leia mais

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS 1 A histamina é produzida pela descarboxilação do aminoácido histidina pela enzima histidinadescarboxilase, enzima presente nas células de todo organismo, inclusive nas células

Leia mais

Reações de Hipersensibilidade

Reações de Hipersensibilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Reações de Hipersensibilidade Conceito Todos os distúrbios causados pela resposta imune são chamados de doenças de Hipersensibilidade Prof. Gilson C.Macedo Classificação

Leia mais

CASO CLÍNICO ASMA - PUC - PR - SPP

CASO CLÍNICO ASMA - PUC - PR - SPP CASO CLÍNICO ASMA Dra. Adriana Vidal Schmidt Serviço de Alergia e Imunologia Hospital Universitário Cajurú - PUC - PR Departamento Científico de Alergia - SPP CASO CLÍNICO J. S. M, fem., 3a, procedente

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DEFINIÇÃO SINDROME CARACTERIZADA PELA OBSTRUÇÃO CRÔNICA DIFUSA DAS VIAS AÉREAS INFERIORES, DE CARÁTER IRREVERSIVEL, COM DESTRUÇÃO PROGRESSIVA

Leia mais

Departamento de Puericultura e Pediatria Setor de Imunologia e Alergia Pediátrica. Orientações Gerais sobre Alergia

Departamento de Puericultura e Pediatria Setor de Imunologia e Alergia Pediátrica. Orientações Gerais sobre Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Setor de Imunologia e Alergia Pediátrica Orientações Gerais sobre Alergia 1. O que é alergia? Alergia caracteriza-se por uma hipersensibilidade do sistema imunológico,

Leia mais

ASMA E PSICOLOGIA: O PAPEL DO PSICÓLOGO ASTHMA AND PSYCHOLOGY: PSYCHOLOGIST FUNCTION

ASMA E PSICOLOGIA: O PAPEL DO PSICÓLOGO ASTHMA AND PSYCHOLOGY: PSYCHOLOGIST FUNCTION 125 ASMA E PSICOLOGIA: O PAPEL DO PSICÓLOGO KAREN OLIVEIRA SANTOS Graduanda em Psicologia na (UERJ). Formada no curso técnico-profissionalizante Gestão em Serviços de Saúde (2009), pela Escola Politécnica

Leia mais

Resposta imunológica aos anticoncepcionais em portadoras de asma

Resposta imunológica aos anticoncepcionais em portadoras de asma Resposta imunológica aos anticoncepcionais em portadoras de asma André Viana Pereira Mota¹; Raquel Prudente de Carvalho Baldaçara² ¹Aluno do Curso de Medicina; Campus de Palmas; e-mail: vianaandre@hotmail.com;

Leia mais

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Anafilaxia Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria 1 Definição Reação de hipersensibilidade grave, de início súbito e que pode levar à morte Síndrome

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DA AFERIÇÃO DO PEAK FLOW ANTES E DEPOIS DE UM TREINAMENTO FÍSICO DE ASMÁTICOS EM UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIO

ESTUDO COMPARATIVO DA AFERIÇÃO DO PEAK FLOW ANTES E DEPOIS DE UM TREINAMENTO FÍSICO DE ASMÁTICOS EM UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIO ESTUDO COMPARATIVO DA AFERIÇÃO DO PEAK FLOW ANTES E DEPOIS DE UM TREINAMENTO FÍSICO DE ASMÁTICOS EM UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIO COMPARATIVE STUDY OF PEAK FLOW MEASUREMENT OF BEFORE AND AFTER ONE

Leia mais

PREVALÊNCIA DOS SINTOMAS DA ASMA EM ADOLESCENTES DE 13 E 14 ANOS

PREVALÊNCIA DOS SINTOMAS DA ASMA EM ADOLESCENTES DE 13 E 14 ANOS PREVALÊNCIA DOS SINTOMAS DA ASMA EM ADOLESCENTES DE 13 E 14 ANOS Marcos Abrantes Moreira. Acadêmico de Fisioterapia da Faculdade Santa Maria. E-mail:markim.abrantes@hotmail.com Luma Soares Lustosa. Acadêmica

Leia mais

APRESENTAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA FARMACOLOGIA II

APRESENTAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA FARMACOLOGIA II CONEXÃO FAMETRO 2017: ARTE E CONHECIMENTO XIII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 APRESENTAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA FARMACOLOGIA II Ana Isabela Costa Carneiro FAMETRO

Leia mais

IMPACTO DA RINITE SOBRE CONTROLE CLÍNICO E GRAVIDADE DA ASMA EM UM PROGRAMA DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO MARANHÃO

IMPACTO DA RINITE SOBRE CONTROLE CLÍNICO E GRAVIDADE DA ASMA EM UM PROGRAMA DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA IMPACTO DA RINITE SOBRE CONTROLE CLÍNICO E GRAVIDADE DA ASMA EM UM PROGRAMA DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO MARANHÃO J A N A I N A O L I V E I

Leia mais

Consenso de asma sob a forma de um mapa conceitual

Consenso de asma sob a forma de um mapa conceitual ARTIGO DE REVISÃO Consenso de asma sob a forma de um mapa conceitual Guidelines of asthma in the form of a concept map Luciana Diniz Gomide 1, Paulo Augusto Moreira Camargos 1, Cássio da Cunha Ibiapina

Leia mais

DPOC UMA REVISÃO DR VINÍCIUS RODRIGUES SOBRAMFA FEVEREIRO DE 2019

DPOC UMA REVISÃO DR VINÍCIUS RODRIGUES SOBRAMFA FEVEREIRO DE 2019 DPOC UMA REVISÃO DR VINÍCIUS RODRIGUES SOBRAMFA FEVEREIRO DE 2019 IMPACTO DA DPOC NA ROTINA ATIVIDADE FISICA 29 a 44% pacientes com DPOC relatam dispneia constante ou aos esforços Conforme a doença avança,

Leia mais

de Estudos em Saúde Coletiva, Mestrado profissional em Saúde Coletiva. Palavras-chave: Reações adversas, antidepressivos, idosos.

de Estudos em Saúde Coletiva, Mestrado profissional em Saúde Coletiva. Palavras-chave: Reações adversas, antidepressivos, idosos. ANÁLISE DAS REAÇÕES ADVERSAS OCORRIDAS DEVIDO AO USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM IDOSOS DO CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA CRASPI DE GOIÂNIA Gislaine Rosa de SOUZA 1 ; Ana Elisa Bauer

Leia mais

OBJETIVO DA AULA ASMA E ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA RESUMO. PULMÕES sistema respiratório. PULMÕES sistema respiratório. PULMÕES Mecanismo de defesa

OBJETIVO DA AULA ASMA E ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA RESUMO. PULMÕES sistema respiratório. PULMÕES sistema respiratório. PULMÕES Mecanismo de defesa PÓS-GRADUAÇÃO EM ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE OBJETIVO DA AULA Atividade Física Adaptada para Portadores de Doenças do Sistema Respiratório ASMA E ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA PROF. DRD. CLÓVIS ARLINDO

Leia mais