Acordo climático de Copenhague está na iminência de virar fumaça

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1 mobile.brasileconomico.com.br TERÇA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO, 2009 ANO 1 Nº 33 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR-ADJUNTO DARCIO OLIVEIRA R$ 3,00 Henrique Manreza Alimentos John C. Compton, da PepsiCo Foods, quer crescer com salgadinho popular. P28 Seguros Capitalizada, Marítima expande operações para o Centro- Oeste e Nordeste. P38 Parceria Compra da GVT pela Vivendi deixa poucas opções para Telefônica crescer no país. P46 Acordo climático de Copenhague está na iminência de virar fumaça Sem definição de regras dos Estados Unidos, principal emissor mundial de gases nocivos, encontro na Dinamarca será inócuo A falta de votação de novas leis ambientais pelo Senado dos EUA país responsável por 25% das emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa fez com que os países que participam dos preparativos para a cúpula de Copenhague, na Dinamarca, desistissem de tentar alcançar regras obrigatórias para os poluentes. Agora, a esperança de um acordo sobreotemaficapara2010noméxico. Por aqui, o ministro Carlos Minc classificouorecuocomoum desastre. P4 As empresas brasileiras defendem que o governo continue a perseguir suas metas de redução de poluentes. P6 Rio torna Jogos mais olímpicos, prevê Coe O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Sebastian Coe, acredita que o Comitê Olímpico Internacional (COI) acertou na escolha do Rio. Ele diz que levar a Olimpíada para um continente jovem, onde ela nunca aconteceu, tornará o movimento ainda mais olímpico. P34 Cordão umbilical vira bom negócio para laboratórios O Brasil tem 16 bancos privados e mais quatro públicos que armazenam o sangue de cordão umbilical. As coletas custam, em média, R$ 3,5 mil mais anuidade de R$ 600. Só na Cryopraxis, maior empresa do país, são 16 mil cordões armazenados. A fiscalização cabe à Anvisa. P26 Eucatex supera dívida e tenta dar a volta por cima Superado o longo processo de recuperação judicial que se arrastava desde 2005, a Eucatex, empresa controlada pela família Maluf, quer retomar a rota do crescimento. A companhia pretende investir R$ 250 milhões em uma fábrica de fibras de madeira para a construção e movelaria em Salto (SP). P30 Henrique Manreza Makro muda logística e economiza Rede atacadista reúne 40% das compras em seu centro de distribuição e reduz custos anuais em R$ 15 milhões, informa o presidente da empresa, Rubens Batista Júnior. P22 Brasil volta a atrair bancos estrangeiros Royal Bank of Scotland, da Grã-Bretanha, Scotiabank, do Canadá, e National Australia Bank, da Austrália, aguardam autorização do Banco Central para iniciar atividades no país. No alvo das instituições financeiras estão as grandes empresas, para as quais pretendem estruturar projetos de investimento. Pelo menos dois bancos já contam com escritórios de representação em São Paulo. A proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro abre espaço para a atuação dos bancos no setor de infraestrutura, um dos mais visados. P36 Dólar Ptax (R$/US$) Dólar Comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) Euro (US$/ ) Selic (meta/efetiva % a.a.) Bovespa (var.%/pontos) Dow Jones (var.%/pontos) Nasdaq (var.%/pontos) FTSE 100 (var.%/pontos) S&P 500 (var.%/pontos) 1,7119 1,7080 2,5607 1,4958 8,75 1,99 1,33 1,38 1,63 1,45 País cria mais de 1 milhão de empregos 1,7127 1,7100 2,5621 1,4960 8, , , , , ,30 Acriaçãode230milpostosde trabalho com carteira assinada no mês passado fez com que o Brasil superasse a marca de 1 milhão de novas vagas, revelam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Mesmo sendo o melhor resultado para outubro desde 1992, ainda é o pior resultado acumulado dos últimos seis anos. O Sensor Econômico do Ipea, referente a outubro, constata otimismo dos empresários com a economia, pelo segundo mês seguido. P12

2 2 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 NESTA EDIÇÃO Em alta Marcos Rosa Mais erva-mate nas cuias dos árabes Henrique Manreza Compras feitas por importadores do Oriente Médio devem ampliar as exportações brasileiras do chá em torno de 10% entre 2010 e O mate do Brasil chega a 32 países. P20 O combate às fraudes com padrão Empresas de cartões de crédito, como Redecard e Visanet, trabalham junto ao varejo para a adoção de padrão internacional de segurança contra fraudes. P24 Exportações brasileiras redescobrem rota do Iraque Visto com desconfiança por muitos empresários desde sua ocupação por tropasamericanaseaconsequentereação dos insurgentes, o Iraque passou a ter participação reduzida na balança comercial brasileira. Mais recentemente, contudo, os dois lados têm desenvolvido, com sucesso, esforços para retomar os negócios, eosprimeirosresultadosjápodemser observados no volume de exportações brasileiras para aquele país, que vão passar de US$ 377 milhões em 2008 para mais de US$ 600 milhões em 2009, pelas previsões de Jalal Chaya, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Iraque. P10 Empresários confiantes no desempenho da economia A confiança foi detectada em outubro, pelo segundo mês seguido, depois de oito meses (janeiro a agosto) de apreensão, constata o Sensor Econômico, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que atingiu 25,7 pontos, praticamente igual aos 26 pontos de setembro. O Sensor do mês passado sugere a volta da confiança, com a queima de estoques na indústria. Logo as empresas vão ter que recuperar a produção para dar conta do aumento no consumo pela população, constata João Sicsú, diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea. O estímulo ao consumo com a ampliação do crédito é uma das causas do otimismo. P12 Henrique Manreza Marítima quer ir além do Sudeste e Sul A seguradora, com atuação nestas regiões, vai se expandir para os demais estados, informa o diretor financeiro Milton Bellizia. O objetivo é ficar entre as cinco maiores. P38 Os efeitos do apagão na conta de luz Ministro Edison Lobão admite que a energia ficará mais cara, caso especialistas recomendem acionar as usinas termelétricas, para dar mais segurança ao sistema. P14 País já criou 1,163 milhão de empregos Os números do Caged, divulgados ontem, referem-se ao período janeiro a outubro e ainda são inferiores aos 2,147 milhões do mesmo período de P13 Marcela Beltrão Cordão umbilical atrai laboratórios O Brasil já conta com 16 laboratórios privados para coleta e armazenagem de sangue do cordão umbilical, um mercado que no mundo todo movimenta US$ 50 bilhões. P26 Chris Ratcliffe/Bloomberg Novos bancos no mercado brasileiro O inglês Royal Bank of Scotland, presidido por Stephen Hester, o canadense Scotiabank e o australiano NAB pediram autorização ao BC para operar no país. P36 Acordo vai permitir biblioteca on-line Google e editoras caminham para um acordo que permite criar uma grande biblioteca on-line, com acesso gratuito aos livros digitalizados num portal específico. P27 Fundos de pensão não alteram planos Planos de Investimento para 2010 não devem apresentar grandes alterações, mesmo com as mudanças feitas pelo CMN, preveem consultorias e gestoras de recursos. P40 Empreendedorismo de sucesso em TI O fracasso do primeiro projeto empresarial, quando tinha apenas 15 anos, não intimidou André Xavier, hoje sócio da BHS, empresa de gerenciamento e consultoria de TI. P18 O bom retorno do fundo multimercado A categoria macro é a que tem apresentado os melhores ganhos este ano, entre as oito categorias em que se dividem essa modalidade de investimento. P42 A London Mining ainda pensa no Brasil Lula pede recursos contra a fome PepsiCo dá mais atenção ao Nordeste e ao Centro-Oeste Detentora de marcas como Elma Chips, Quaker, Pepsi e Gatorade, a empresa de alimentos e bebidas se movimenta para aproveitar as oportunidades surgidas com o fortalecimento da economia brasileira. Para isso, investirá inicialmente US$ 300 milhões em novas fábricas no país, uma em Feira de Santana (BA) e outra no Distrito Federal, além da reconstrução da unidade da Elma Chips em Curitiba (PR), atingida por um incêndio em 2007, e da ampliação da do Recife. Os mercados das regiões Nordeste e Centro-Oeste receberão maior atenção da empresa, informa John C. Compton, executivo-chefe da PepsiCo Americas Foods. P28 Mineradora, dirigida pelo pernambucano Luciano Ramos, admite voltar a atuar no Brasil, desde que a logística e as licenças ambientais sejam agilizadas. P17 AFRASE México, Colômbia e Peru são os atrativos neste momento Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, ao revelar, ontem, numa palestra em Miami, que o banco tem planos de se expandir na América Latina. Ele também citou o Chile como outro país onde a instituição tem presença pequena, mas pensa em torná-la mais intensa. Apenas metade do que foi gasto para salvar os bancos bastaria para erradicar a fome. A afirmação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem em Roma. P44 Paulo Giandalia/AE

3 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 3 EDITORIAL RUBENS BATISTA JÚNIOR, PRESIDENTE DO MAKRO Henrique Manreza Esfria a Conferência sobre o Clima Era o evento mais esperado do ano. Mas a Conferência sobre o Clima, a ser realizada em dezembro na capital dinamarquesa, Copenhague, esfriou com a notíciadequeosenadoamericanonão conseguirá votar as novas leis ambientais dos Estados Unidos. Sem essa novas regras do país responsável por 25% das emissões mundiais de CO2 será impossível, aos olhos do mundo, elaborar qualquer acordo global referente às mudanças climáticas. A decisão do Congresso americano deverá sair em janeiro. O máximo que deve acontecer em Copenhague é a formulação de um pacto ambiental político O clima agora, às vésperas do encontrodecopenhague,édefrustração.o máximo a que se deve chegar ali é a formulação de um pacto ambiental politicamente vinculante (sem obrigação legal), o que abrirá brechas para o não cumprimento das metas. Apesar desse risco, há quem veja como positiva a realização da reunião do mês que vem. O deputado federal Fernando Gabeira, ouvido pela repórter Roberta Scrivano, acredita na importância de se manter as discussões sobre o meio ambiente alavancadas. Mesmo sem um acordo mundial, os países podem, de forma independente, tocar os seus projetos, disse Gabeira. Segundo ele, Inglaterra, Suécia e Alemanha têm propostas ambientais completas que podem servir de referência a outros países ainda verdes (com o perdão do trocadilho) nas questões de ecologia e sustentabilidade. Ao Brasil, resta seguir com os esforços e a elaboração de um plano para reduzir emissões. Empresários ouvidos pelo BRASIL ECONÔMICO acreditam que o governo deva adotar ações ambientais pragmáticas e assumir uma posição de liderança. Mas isso é assunto para Concentração das entregas dos fornecedores em um centro de distribuição do Makro possibilitará economia de até R$ 15 milhões por ano. O centro receberá as mercadorias de 410 fornecedores de um total de 2 mil que iam direto para as 72 lojas da rede atacadista. P22 redacao@brasileconomico.com.br BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas Diretor e Jornalista Responsável Ricardo Galuppo Redação, Administração e Publicidade Avenida das Nações Unidas, º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP), Tel. (11) Fax (11) Diretor de Redação Ricardo Galuppo Diretor-adjunto Darcio Oliveira Editores Executivos Costábile Nicoletta, Fred Melo Paiva, Gabriel de Sales, Jiane Carvalho, Thaís Costa Produção EditorialClara Ywata EditoresArnaldo Comin e Rita Karam (Empresas), Cristina Ramalho (Outlook e FS), Laura Knapp (Destaque),Márcia Pinheiro (Finanças) Subeditores Claudia Bozzo (Brasil), Fabiana Parajara, Isabelle Moreira Lima (Empresas), Luciano Feltrin (Finanças), Phydia de Athayde (Outlook e FS) Repórteres Aline Lima, Amanda Vidigal, Ana Paula Machado, Carlos Eduardo Valim, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Daniel Haidar, Daniela Paiva, Denise Barra, Domingos Zaparolli, Dubes Sônego, Elaine Cotta, Fábio Suzuki, Fernando Taquari, Françoise Terzian, Guilherme Guimarães, Gustavo Kahil, Ivone Santana, João Paulo Freitas, Juliana Elias, Karen Busic, Luiz Henrique Ligabue, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Marcelo Cabral, Maria Luiza Filgueiras, Mariana Celle, Mariana Segala, Marina Gomara, Martha S. J. França, Natália Flach, Natália Mazzoni, Regiane de Oliveira, Roberta Scrivano, Ruy Barata Neto, Thais Folego, Vanessa Correia Brasília Simone Cavalcanti, Silvio Ribas Rio de Janeiro Renata Batista e Ricardo Rego Monteiro BRA- SIL ECONÔMICO On-line Marcel Salim (Editor),Carolina Marcondes, Conrado Mazzoni, Vivian Pereira (Repórteres), Rodrigo Alves (Webdesigner) Arte Pena Placeres (Diretor), Betto Vaz(Editor), Cassiano de O. Araujo, Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, Paulo Argento, Renata Rodrigues, Renato B. Gaspar, Tania Aquino, (Paginadores) Infografia Alex Silva (Chefe) Monica Sobral, Rubens Neto Fotografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), Henrique Manreza, Murillo Constantino (Fotógrafos), Roberto Donask, Thais Moreira (Pesquisadores) Tratamento de imagem Antonio Moura, Henrique Peixoto Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Departamento Comercial Diretor Executivo Heitor Pontes Assistente Executiva Sofia Pimentel Publicidade Comercial Juliana Farias, Renato Frioli, Valquiria Resende, Wilson Haddad (Gerentes Executivos), Márcia Abreu (Gerente de Publicidade), Bárbara de Sá, Celeste Viveiros, Erico Bustamante (Executivos de Negócios), Andreia Luiz (Assistente Comercial) Publicidade Legal Marco Panza (Diretor Comercial), Ana Alves, Carlos Flores (Executivos de Negócios), Alcione Santos (Assistente Comercial) Departamento de Marketing Gian Marco La Barbera (Diretor), Juliana Leão (Gerente), Samara Ramos (Coordenadora), Patricia Filippi (Planejadora), Solange Ferreira dos Santos (Assistente) Operações Cristiane Perin (Diretora) Departamento de Mercado Leitor FlávioCordeiro (Diretor), Nancy Geraldi (Assistente Diretoria), Carlos Madio (Gerente Negócios), Anderson Palma (Coordenador Negócios), Rodrigo Louro (Gerente MktD e Internet), Gisele Leme (Coordenadora MktD e Internet), Lea Soler (Gerente Tmkt ativo), Alexandre Rodrigues (Gerente de Processos) Central de atendimento e venda de assinaturas (capitais) (demais localidades). 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4 4 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 DESTAQUE MEIO AMBIENTE Pareceu surpresa, mas recuo dos EUA era esperado Estava prevista para dezembro a conclusão do acordo mundial de mudanças climáticas da ONU, porém legislação dos EUA vai impedir pacto Para definir novas metas, americanos precisam aprovar lei ambiental no Congresso, que será votada em janeiro Roberta Scrivano rscrivano@brasileconomico.com.br O tão esperado acordo mundial de mudanças climáticas, que seria definido no mês que vem em Copenhague, na Dinamarca, não deve ocorrer. A notícia estampou as páginas dos jornais do mundo. Pareceu uma surpresa - afinal, todas as nações se preparavam para o encontro, elaborando suas propostas de redução de impactos ao meio ambiente. Mas muitos acreditavam ser pouco provável que um pacto mundial ocorreria. Não seria possível chegar a um acordo sem as votações, no Senado americano, das novas leis ambientais dos Estados Unidos (responsáveis por 25% das emissões mundiais), diz José Goldemberg, professor da Universidade de São Paulo (USP), especialista em meio ambiente e energia. A votação destas leis está prevista para ocorrer em janeiro do ano que vem. O deputado federal Fernando Gabeira, ferrenho defensor de medidas protecionistas ao meio ambiente, lamenta a possibilidade de não haver um acordo em Copenhague, mas salienta que tal conclusão já era prevista. De fato, é um impacto negativo, porque demonstra que a humanidade não chegou a um acordo para reduzir os danos causados por ela mesma no decorrer de anos, diz. Masjáeradeseesperar que os Estados Unidos não encerrariam de forma positiva este acordo, por conta da não votação das leis ambientais no Congresso, reforça Gabeira. O fato é que agora os países do globo não devem chegar a um acordo legalmente vinculante (ou seja, legalmente obrigatório, segundo o linguajar diplomático), mas a um pacto politicamente vinculante, o que abre uma brecha para o não cumprimento de metas, já que elas não serão obrigatórias. O acordo de fato, ou seja, o legalmente vinculante, deve ficar para a próxima conferência, em 2010, no Não seria possível chegar a um acordo sem as votações, no Senado americano, das novas leis ambientais dos Estados Unidos José Goldemberg, professor da Universidade de São Paulo Jáeradeesperarque os Estados Unidos não encerrariam de forma positiva este acordo por conta da não votação das leis ambientais no Congresso Fernando Gabeira, deputado federal México, conta Goldemberg. Isso porque, até lá, os Estados Unidos já terão suas novas leis ambientais definidas, salienta o professor da USP. Goldemberg afirma ainda que o acordo certamente será alcançado no próximoano. PorqueoProtocolo de Kyoto acaba em E, até lá, o mundo precisa chegar a um novo acordo ambiental, esclarece. Tanto Gabeira quanto Goldemberg, porém, acreditam que a realização da reunião em Copenhague é positiva para que as discussões sobre as emissõesdeco2eapreocupação com o meio ambiente sejam alavancadas. Mesmo sem um acordo mundial, os países podem, independentemente, tocar os seus projetos. A Inglaterra,aSuéciaeaAlemanha, por exemplo, têm propostas ambientais muito completas e devem dar continuidade às suas intenções mesmo sem haver acordo mundial, sugere o deputado federal. Reunião dos ministros Sem a perspectiva de haver um acordo legal, 44 ministros (incluindo a brasileira Dilma Rousseff) dos chamados paíseschave nas discussões sobre o clima iniciaram ontem, em Copenhague, a última reunião para preparar a conclusão do acordo político que será negociado na cúpula mundial da Organização das Nações Unidas (ONU). O encontro entre as lideranças terminará hoje e, segundo a ministra dinamarquesa, Connie Hedegaard, é o lugaremqueteremosqueir verdadeiramente a fundo nas discussões, inclusive sobre as questões difíceis, sobretudo porque o tempo é curto. A ministra dinamarquesa ressaltou que a presença dos ministros, oriundos de várias partes do mundo, mostra que existe uma verdadeira vontade de trabalhar em prol da conclusão de um acordo climático em Copenhague. A conferência das Nações Unidas começa no dia 7 de dezembro e vai até o dia 18 do mesmo mês. Chineses podem Juntos, americanos e chineses respondem por mais de 40% das emissões mundiais Apesar de ser dada como certa a desistência da China, ao lado dos Estados Unidos, sobre a decisão legaldoacordomundialdemudanças climáticas, o Ministério do Exterior do país asiático disse ontem que Pequim ainda está estudando a proposta para queaassinaturadopactofinal seja adiada para A China tomou nota da ideia proposta pelas partes envolvidas de se fechar um acordo político e a está estudan-

5 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 5 PONTOS-CHAVE O avanço lento das leis americanas de meio ambiente impedem Obama de assumir compromissos definitivos nas negociações de Copenhague, em dezembro Governo brasileiro lamenta e mantém as metas estabelecidas de 36% a 39%, considerando a redução do desmatamento da Amazônia e do cerrado como inegociáveis Ambientalistas criticam recuo internacional em firmar compromisso obrigatório de redução das emissões. Para Marina Silva, isso só faz aumentar o problema RANKING DOS PAÍSES QUE MAIS POLUEM Tasso Marcelo/AE Decisão foi um desastre, lamenta Minc Emissões anuais, em milhões de toneladas de CO2 CHINA ESTADOS UNIDOS UNIÃO EUROPEIA RÚSSIA ÍNDIA JAPÃO ALEMANHA 805 INGLATERRA 568 CANADÁ 544 COREIA DO SUL 475 Fonte: ONU/2006 (não conta desmatamento) Para ele, os governos chinês e americano adotaram postura inaceitável Sílvio Ribas sribas@brasileconomico.com.br O recuo dos Estados Unidos e da China há menos de um mês da Conferência das Nações Unidas sobre Clima (COP-15), que será realizada em Copenhague (Dinamarca), foi considerado um desastre e uma profunda frustração pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Os dois maiores emissores de gases de efeito estufa, responsáveis por metade das emissões, adotaram postura inaceitável ao avisarem que não levarão números de metas, disse ontem. A decisão de adiar as metas climáticas foi tomada por EUA, China e outros países reunidos em Cingapura no fim de semana para reunião do Fórum de Cooperação Econômica Ásia- Pacífico (Apec). Para Minc, as discussões até agora sofreram, com este gesto, um recuo sério, sobretudo quando as expectativas da maioria dos países haviam melhorado após a proposta brasileira. Fizemosnossodeverde casa ao apresentar queda histórica no desmatamento da Amazôniaemetaousada(38,9%) para reduzir emissões de carbono até 2020, disse. Fabio Pozzebom/ABr Carlos Minc Ministro do Meio Ambiente Quando os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, China e EUA, se unem para um apoiar a omissão do outro, é impossível acreditar em um acordo consistente em Copenhague Ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura, avisa que política florestal não pode ser confundida com medidas para capturar gás carbônico da atmosfera Cerrado na mira O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, aproveitou para dizer que o setor agropecuário não pode ser mais chamado de um dos vilões do aquecimento global. Ele listou como contribuições do setor a adoção da técnica aprimorada do plantio direto para até 10 milhões de hectares, com incentivos fiscais, a recuperação de áreas degradadas, com linhas de financiamento do governo, além de florestas plantadas. Quanto ao desmatamento, Stephanes lembrou que acordos firmados com a soja e pecuária vêm mantendo florestas de pé. Mas haverá expansões no cerrado, conforme permite a lei florestal, avisou. Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, no seu programa de rádio, que vai a Copenhague com fé em avanços. Lula combinou atuação conjunta com o presidente francês Nicolas Sarkozy e com o primeiro-ministro Gordon Brown. voltar atrás e apresentar plano de metas Ministério do Exterior do país asiático informa que ainda está estudando possibilidade de não entrar no pacto final do, disse o Ministério do Exterior chinês em comunicado enviado por fax à Reuters. José Goldemberg, professor da Universidade de São Paulo, diz que há de fato ainda uma expectativa de que a China apresente suas metas de reduçãodeemissãodeco2emco- penhague. Acredito que a China vá divulgar os seus números. Esta é uma forma de deixar os Estados Unidos sozinhos e em uma situação embaraçosa, avalia o professor. Juntos, Estados Unidos e China são responsáveis por mais de 40% das emissões mundiais. As negociações climáticas estão atoladas em discordâncias entre países ricos e pobres em relação a quem deve ser obrigado a reduzir suas emissões, quais as proporções das reduções e quem deve pagar por isso. Essas desavenças foram agravadas pelo avanço lento da legislação interna norte-americana sobre mudanças climáticas pelas duas casas do Congresso, o está gerando a polêmica de que Obama não poderá assumir compromissos definitivos nas negociações na Dinamarca. (Roberta Scrivano e Reuters)

6 6 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 DESTAQUE MEIO AMBIENTE Para empresas, Brasil deve marcar Representantes do setor produtivo defendem que o governo brasileiro persista no detalhamento das metas Martha San Juan França mfranca@brasileconomico.com.br O anúncio da decisão do presidente Barack Obama e de líderes de países asiáticos de adiar o acordo mundial sobre mudanças climáticas, previsto para Copenhague não surpreendeu empresários brasileiros. Já era esperado, afirmou Marco Antônio Fujihara, membro do conselho superior de meio ambiente da Federação das IndústriasdoEstadodeSãoPaulo (Fiesp). Mas isso não impede quesedêcontinuidadeaosesforços brasileiros, traduzindo as metas do governo em ações práticas e pragmáticas. Já era esperado, mas isso não impede que se dê continuidade aos esforços brasileiros, traduzindo as metas do governo em ações práticas Marco Antônio Fujihara, conselheiro da Fiesp e diretor do Instituto Totum Éamesmaposiçãodoempresário Fernando Almeida, presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). Esse era o quadro que estava sendo delineado, considerando que os Estados Unidos ainda debatem a legislação sobre limites da emissão de carbono, afirmou. Para Almeida, a ideia de um acordo politicamente vinculante pode não ser ideal, mas as negociações continuam e o Brasil pode assumir uma posição de liderança. O governo brasileiro deve começar agora a pensar em como cumprir as metas propostas entre 36% e 39% explicitando em detalhes como isso será feito. Não parece haver consenso quando se pensa na discussãosobreocódigoflorestal, o apoio à construção de grandes barragens e termelétricas. Mercado de carbono Para Flávio Gazani, presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (Abemc), o adiamento de um acordo efetivo em Copenhague afeta negativamente o mercado do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Segundo explicou, a falta de definições para depois do término de Kyoto inibe o desenvolvimento de novos projetos. Gazani acredita que as empresas não querem se arriscar a investir em setores que geram créditos de carbono sem uma garantia de continuidade para além de 2012, que seria obtida com a sinalização de Copenhague. De 2007 para 2008, o mercado de carbono faturou US$ 126 bilhões, quase o dobro do período anterior, afirmou. Tudo indica que este ano o saldo será praticamente igual, o que pode ser explicado pela crise, mas também pela limite estabelecido por Kyoto. Ao mesmo tempo, explicou, as iniciativasquegeramcréditosnomercado voluntário crescem com mais força do que o oficial.

7 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 7 Marcio Fernandes/AE Indefinição sobre acordo é considerada balde de água fria Para entidades ambientalistas, o anúncio da posição norteamericana sobre Copenhague foi um balde de água fria. De acordo com Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Ipam), apesar disso, ainda é possível chegar a um acordo se houver vontade política. Segundo Marcelo Furtado, do Greenpeace, o importante é que o Brasil está se colocando entre os que trabalham pela solução e não ser parte do problema. Nesse sentido, Para ambientalistas, nada justifica um atraso de meses ou de um ano nas decisões sobre mudanças climáticas será cobrado para que as metas estabelecidas pelo governo façam parte da legislação de política climática que está sendo discutida no Congresso. Segundo o Vitae Civilis, nada justifica politicamente um atraso de meses ou um ano nas decisões. A entidade ambientalista lembra as conclusões do Relatório Stern sobre os prejuízos econômicos das mudanças climáticas: se nada for feito, eles devem representar 5% do PIB mundial a cada ano que passa. M.F. Redução do desmatamento da Amazônia é a única meta fixa do governo brasileiro: 80% até 2020 posição de redução de emissão de poluentes DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA Governo pretende reduzir o desmate em 80% até 2020 comparado à média de 20 mil entre 1996 e 2005, em km * Fonte: Inpe * Estimativa PROPOSTA BRASILEIRA Governo anunciou que levará para Copenhague meta de redução de emissões de 36% a 39%. Apenas a redução do desmatamento da Amazônia e do cerrado é fixa. No setor agropecuário, a redução proposta pelo governo varia entre 4,9% e 6,1%. A intenção é aumentar o uso de práticas como o plantio direto e outras menos poluentes. O governo propõe aumentar o número de hidrelétricas e o uso de fontes alternativas, como a eólica.

8 8 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 DESTAQUE MEIO AMBIENTE Antonio Cruz/ABr Marina Silva, senadora (PV-AC): Não basta ter a meta, tem que operar para que seja viabilizada independentemente de quem vai ser o governo Adiar só aumenta o problema Ambientalistas criticam postergação de compromisso de reduzir emissões de gases nocivos ao clima Daniel Haidar dhaidar@brasileconomico.com.br Quanto mais tempo se perde, mais fica difícil cumprir todas as exigências necessárias para chegar a 2020 com arquitetura adequada para redução de 80% das emissões Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente O adiamento de um possível compromisso legal na Conferência do Clima de Copenhague (Cop 15) pela redução das emissões de gases que provocam o aquecimento global já está posto. Mas a postergação dos líderes mantém o problema debaixo do tapete e só adia a solução, na opinião de ambientalistas entrevistados pelo BRASIL ECONÔMICO. A senadora Marina Silva (PV-AC), ex-ministra do Meio Ambiente e presidenciável, vê o novo prazo como mais perda de tempo: Quanto mais se perde tempo, mais fica difícil cumprir todas as exigências necessárias para chegar a 2020 com arquitetura adequada para redução nas emissões. Segundo projeções dos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC), citadas por Marina, o mundo precisa reduzir em 80% as emissões em dez anos. A meta é o mínimo considerado para evitar o aquecimento global acima de 2 graus Celsius nas próximas décadas. Após apresentar a proposta de reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões até 2020, o governo federal precisa agora tornar essa meta uma obrigação legal, defende Marina. Não basta ter a meta, tem que operar para que seja viabilizada independentemente de quem vai ser o governo, diz a senadora, possível candidata à presidência pelo PV. Acordo inócuo Pelo acordo de líderes internacionais fechado no último fim de semana, a declaração de Copenhague seria opcional, o que se torna inócuo, na opinião do ambientalista Carlos Bocuhy, conselheiro do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Cartas de intenção não têm perspectiva de compromisso efetivo, critica Bocuhy. Todos países estão trabalhando sob a ótica de manutenção dos fatores econômicos, acrescenta. Eis o maior desafio: transformaralógicadosnegóciospara uma mentalidade ambientalmente sustentável. Não pode continuar essa associação entre desenvolvimento e emissão de gás carbônico. Vamos ter que reinventar esse processo, mas não vamos inventar a roda. Nós já sabemos o caminho, que é buscar fonte de energia que não seja gás, carvãoediesel.esseéodesafio, diz a senadora Marina Silva. Desenvolvimento humano Adiar metas de redução do aquecimento global atrapalha também o cumprimento dos objetivos do milênio estabelecidosem2000por189paísesmembros das Nações Unidas. As metas para serem atingidas até 2015 são: erradicar a extrema pobrezaeafome;atingiroensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade na infância; melhorar a saúde materna; combater a Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento. Combater doenças fica difícil por conta da mudança climática, já que comunidades carentes ficarão mais vulneráveis a problemas de saúde devido à redução dos recursos hídricos e à maior frequência de inundações e períodos de estiagem; segundo as projeções do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Garantir a sustentabilidade, eixo principal do combate ao aquecimento, é também um objetivo ameaçado, já que as mudanças climáticas podem alterar radicalmente ecossistemas e a quantidade de recursos naturais disponíveis. Isso afeta, mais uma vez, as comunidades mais pobres que vivem da agricultura de subsistência. Seagentenãochegaraum acordodoclimaeatemperatura passar para um nível que põe em risco a integridade climática, vai ter uma intensificação maior da pobreza e da miséria, resume pesquisador Neilton Fidélis da Silva, da UFRJ, e membro do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

9 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 9 Convenção do Clima foi criada em 1992 no Rio Kyoto estabeleceu metas só para desenvolvidos, e EUA não assinaram acordo Mesmo com unanimidade dos países membros da ONU, até hoje nenhum pacto mundial eficiente foi acertado Roberta Scrivano rscrivano@brasileconomico.com.br A Convenção do Clima foi adotada por unanimidade entre os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, no Rio de Janeiro. A decisão de formar um grupo mundial para reduzir os impactos ao meio ambiente se deu com a comprovação científica dequeaaçãodohomemalteraa composição da atmosfera, o que causa o aquecimento global. Naquela época, já era provado que as emissões de gás carbônico, ou CO2, causavam o efeito estufa. Não é de hoje que sabemos que a quantidade de CO2 está aumentando drasticamente na atmosfera e que isso traz impactos ao planeta, afirma José Goldemberg, professor da Universidade de São Paulo. O especialista ressalta que, mesmo com consciência da causa, todos os anos o montante de gases lançados são cada vez maiores. O mais grave é que os efeitos climáticos são muito mais perceptíveis e freqüentes, diz. Hoje há até tufão em Santa Catarina. Já estamos entrando na fase de ocorrerem efeitos climáticos inéditos em determinadas regiões, exemplifica. Em 21 de março de 1994 foi assinado, por 182 países, o primeiro acordo internacional sobre mudanças climáticas e, de lá pra cá, o grupo da ONU se reúne anualmente para debater possíveis pactos para a redução do CO 2. Já em 1994, o objetivo era estabilizar a concentração do gás. O primeiro acordo, porém, não especificou os limites para as emissões, dando uma brecha para a criação do Protocolo de Kyoto. Ausência americana, crescimento de China e Brasil afetaram eficiência do acordo Martha San Juan França mfranca@brasileconomico.com.br Tratado assinado há mais de uma década não previa o efeito do desmatamento no total das emissões O ProtocolodeKyotofoioprimeiro compromisso de regulamentação relacionado a mudanças climáticas após a Rio- 92. Ele estabeleceu que, entre 2008 e 2012, os países já industrializados (que fazem parte de uma lista denominada Anexo 1) deveriam reduzir suas emissões nacionais de CO 2 em 5,2% em relação aos níveis de Os países ainda em desenvolvimento, que não fazem parte desta lista, como Brasil, Índia e China, comprometeram-se em estabelecer programas nacionais de redução, mas desobrigaramse de metas quantitativas. No final de 2007, em Bali, na Indonésia, os países participantes do protocolo concordaram em iniciar negociações para um acordo substituto que deverá entrar em vigor em Estava previsto que o novo tratado deveria ser negociado em Copenhague, na reunião programada entre os dias 7 e 18 de dezembro. A posição dos Estados Unidos, o país que mais contribui para as emissões de CO2 na atmosfera, foi determinante já no casodoprotocolodekyoto.o país não aceitou o compromisso e sua recusa contribuiu para esvaziar os esforços dos outros. Impasses novos Ao mesmo tempo, na última década, ficou claro que as emissões de alguns países em desenvolvimentoalcançavamníveispreocupantes. China e Índia, que apresentaram altas taxas de crescimento, apresentaram problemas com o uso do carvão como base de sua matriz energética. O Brasil e outros países dotados de floresta tropical, como a Indonésia, apresentaram altas taxas de emissões por desmatamento. Kyoto não previa a possibilidade de compensar a redução do desmatamento da floresta, mas o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, segundo o qual é possível abater créditos da cota de emissões de carbono em projetos limpos nos países em desenvolvimento.

10 10 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 BRASIL Em um ano, Brasil dobra exportações para o Iraque Reconstrução de mesquita no Iraque: apesar dos atentados, país volta a receber investimentos externos Após seis anos de guerra, país árabe começa a se reconstruir e abre o seu comércio para a chegada de produtos estrangeiros Marina Gomara mgomara@brasileconomico.com.br O receio de investir ou vender para o Iraque ainda existe e afugenta muitos empresários. Mas a instabilidade política e a fragilidade econômica resultantes da invasão americana ao país em 2003, com a derrubada do ditador Saddam Hussein, aos poucos dá espaço para uma retomada da confiança. Os esforços partem de ambos os lados.nãosóogovernoiraquiano tem incentivado o comércio com o Brasil - com a visita de cinco ministros ao país nos últimos anos - como as Câmaras de Comércio Brasil-Iraque e Árabe Brasileira têm organizado feiras e visitas constantes de empresários brasileiros ao país, desde 2003, para fortalecer as relações bilaterais. Embargo econômico da ONU durou 15 anos e reduziu o comércio iraquiano praticamente a zero A medida tem surtido efeito. As exportações brasileiras ao país passaram de US$ 377 milhões em 2008, para mais de US$ 600 milhões este ano. De janeiro a outubro de 2009 esse número é de US$ 550 milhões. Mascomoamédiamensaléde US$ 55 milhões, podemos dobrar esse valor até o fim do ano, admite o presidente da Câmara de Comércio Brasil - Iraque, Jalal Chaya. Na pauta comercial, os principais produtos são os alimentos, com destaque para a carne (bovina ou de frango). Mas há espaço também para tratores e máquinas, portas, caixilhos e batentes de madeira, mobiliário, cosméticos e vestuário. Chaya reconhece que o Iraque ainda precisa conviver Fotos: Henrique Manreza Jalal Chaya Presidente da Câmara de Comércio Brasil - Iraque Sou iraquiano, fiquei 26 anos sem ir ao Iraque e agora posso fazer isso. Há, claro, problemas transitórios, como em qualquer grande mudança. Mas estamos conseguindo voltar a ter a união do país com atentados e ataques a bomba frequentes, mas compara a violência do país com a do Brasil. Não acredito que um atentado possa parar 30 milhões de habitantes. Eles precisam viver, trabalhar, comer diariamente. Então acho que o que existe é a falta de conhecimento do país. Por isso, sempre procuro passar a imagemdoqueoiraquetem.é claro que você tem de saber onde andar por lá, da mesma forma como você precisa saber disso aqui em São Paulo. História Durante o regime de Saddam, que esteve no poder entre 1979 e 2003, 100% das compras feitas pelo país eram governamentais. Mas após a invasão iraquiana do Kuwait em 1990, uma coligação internacional determinou a retirada de Saddam do território vizinho, impondo um embargo econômico coordenado pelas Nações Unidas a fim de desmantelar o programa armamentista iraquiano. Era o programa Petróleo por Comida. E, mesmo que a ONU fizesse vista grossa para a entrada de alguns produtos, as trocas comerciais foram prejudicadas. Durante quase 15 anos o comércio inexistiu, só entrava produtos de necessidade. O Iraque ficou esquecido no cenário econômico, lamenta Chaya. Iraque hoje Com a queda de Saddam e a progressiva pacificação do país o comércio está sendo retomado. A economia não está mais só nasmãosdogoverno,mastambém do setor privado. Além disso, os negociantes que fugiram para países vizinhos durante a guerra começaram a retornar ao país. E as compras de produtos estrangeiros, que dependiam de uma triangulação via Jordânia, Síria ou Turquia, passaram a se dar de forma direta, e consequentemente, mais barata. ENTREVISTA MICHEL ALABY Secretário-geral da Câmara de Árabes ainda A instituição existe há 57 anos, masarelaçãodobrasilcomos 22 países que integram a Câmara de Comércio Árabe Brasileira parece só ter despertado recentemente. Nos últimos seis anos, o comércio bilateral quase quadruplicou. Qual o principal parceiro comercialdobrasilnaregião? A Arábia Saudita. Nós vendemos carne, minérios, café, açúcar, soja e milho pra lá. Depois vem o Egito, grande importador de carne. Nossa pauta para os países árabes é muito concentrada: mais de 70% são de commodities. Quase não exportamos manufaturados. Por quê? Um dos fatores, infelizmente, é a aproximação que os árabes fazem do produto brasileiro como fazemos aqui com o chinês. Preço baixo e qualidade inferior. Isso é derivado do passado, quando os nossos produtos chegavam quebrados, móveis em-

11 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 11 Fabio Motta/AE OGX encontra nova reserva em Campos A companhia petroleira do empresário Eike Batista anunciou ontem adescobertadeóleoemumpoçodoblocobm-c-41,emáguasrasasda parte sul da Bacia de Campos. Segundo a companhia, o volume estimado de óleo recuperável nos reservatórios é de 400 milhões a 500 milhões de barris. Com isso, o volume recuperável de petróleo e gás que a empresa estima existir em apenas dois blocos que opera na bacia de Campos pode chegar a 2 bilhões de barris. O poço fica a 77 quilômetros da costa. AGENDA DO DIA O Governo de São Paulo e a USP lançam o Termômetro Nacional do Emprego, um sistema digital que permite calcular as chances de recolocação em seis regiões metropolitanas do país. Será divulgada a inflação medida pelo IPC-Fipe e pelo IGP-10. STR/AFP IRAQUE As vendas brasileiras para o país árabe neste ano devem passar dos US$600mi HÁ SEIS ANOS A corrente comercial do Brasil com os 22 países árabes era de US$3,9 bi EM 2008 A soma das importações e exportações bilaterais chegaram a US$15,4 bi Comércio Árabe Brasileira veem produto nacional como ruim penados, com garantia ou assistência técnica mal feitas. Era a clássica ideia do compra, conserta e estraga. O que eu faço hoje é levar o empresário para lá e mostramos a qualidade do produto brasileiro. Como é a balança comercial bilateral? Muito equilibrada, há anos de déficits e de superávits, dependendo do preço do petróleo no mercado internacional (principal produto importado pelo Brasil). O comércio aumentou muito desde 2003, quando vendíamos US$ 2 bilhões, para o ano passado, quando o Brasil exportou US$ 8 bilhões. Quais as principais barreiras? Uma das dificuldades é a distância. Porque o árabe gosta da pronta entrega e o produto brasileiro demora 30 dias para chegarlá.nósprecisamosterinterpostos aduaneiros na região para reduzir esse tempo. Além disso, nós gostaríamos de ter acordos para evitar a bitributaçãodoimpostoderendapara investimentos. O brasileiro conhece o jeito árabe de fazer negócio? Os árabes são muito personalistas.aconfiançaéapalavrachave na relação. De primeira nunca se fecha nada. Há também a barganha, com todos aqueles atributos de bater na mesa e tal, com o qual o brasileiro, às veze, ainda não se sente bem acostumado. M.G. Michel Alaby: mostrando a nova imagem do produto brasileiro

12 12 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 BRASIL PIB Mercado prevê crescimento de 5% da economia em 2010 Analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para crescimento no próximo ano. A estimativa para o aumento do PIB passou de 4,83% para 5%, em Para 2009, a projeção teve ligeira alta, de 0,20% para 0,21% As informações constam do boletim Focus, publicação semanal elaborada do Banco Central com base em estimativas dos analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia. AFP COMÉRCIO EXTERIOR Balança comercial reage e registra superávit na segunda semana de novembro Após iniciar novembro com saldo negativo, a balança comercial brasileira registrou superávit na segunda semana do mês. O saldo positivo, resultado da diferença entre exportações de US$ 3,276 bilhões e importações de US$ 3,111 bilhões, ficou em US$ 165 milhões. No mês, o superavit comercial está em US$ 18 milhões, com registro de exportações de US$ 5,882 bilhões e importações na casa de US$ 5,864 bilhões. Varejo em alta estimula confiança da indústria João Sicsú diz que setor de bens de capital retomou parte da produção após as perdas com a crise Sensor Econômico do Ipea mostra cenário positivo para o setor industrial. Expectativa é retomar a produção e os investimentos Fernando Taquari ftaquari@brasileconomico.com.br A pesquisa sugere a volta da confiança, com a queima de estoques na indústria. Logo as empresas vão ter que recuperar a produção para dar conta do aumento no consumo pela população João Sicsú, diretor do Ipea O aumento das vendas no comércio varejista ao longo de 2009 inverteu a expectativa negativa da indústria e o setor,ao queimar os estoques neste último trimestre, retoma aos poucos a produção e os investimentos paralisadas no auge da crise global. Por trás da recuperação da economia estão as medidas adotadas pelo governo, como a ampliação da oferta de crédito, a redução dos juros e o estímulo ao consumo. Essa volta da confiança por parte dos empresários pode ser medida pelo Sensor Econômico, indicador de expectativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que registrou 25,7 pontos em outubro. O resultado, quase igual ao número obtido em setembro (26 pontos), representa a volta da confiança depois de oito meses (entre janeiro e agosto) em que o indicar permaneceu na zona de apreensão. O Sensor do mês passado sugere a volta da confiança, com a queima de estoques na indústria. Logo, as empresas vão ter que recuperar a produção para dar conta do aumento no consumo pela população, afirma João Sicsú, diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea. Um sinal da retomada, explica Sicsú, é a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção industrial, que em setembro avançou 0,8% na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais. Embora registre um crescimento de 14% no ano, Sicsú lembra que a produção ainda se encontra num patamar 11,6%menor do que o apurado entre janeiro e setembro de Dentre as categorias em ascensão, ele destaca os bens de capital, que recuperarampartedasperdasacumuladas entre setembro de 2008 e março de 2009 (31%). O crescimento da produção no setor de 5,8% na passagem entre agosto e setembro, na série dessazonalizada, foi o maior desde junho de Esse resultado associado ao bom desempenho da demanda interna e a melhora nos níveis de confiança dos empresários se refletiu de forma positiva no comportamento do consumo aparente de máquinas e equipamentos, que pesa mais do que a metade dos investimentos em capital fixo, ressalta Sicsú. Índices Os quatro aspectos que compõem o Sensor tiveram desempenhos diferentes. Influenciado pela melhora nas previsões do Produto Interno Bruto (PIB) e na produção do setor agropecuário, o índice de contas nacionais prosseguiu a trajetória de alta ao registrar 45,5 pontos. O índice parâmetros econômicos recuou de 38,3 para 36,7 pontos, mantendo-sedentrodoquadrode confiança. O resultado ainda favorável pode ser atribuído à relativa estabilidade nas taxas de juros e inflação. Já o índice desempenho das empresas sentiu os efeitos da menor confiança na trajetória da produtividade do trabalho e da margem de lucro e retornou à faixa de apreensão, ao cair para 19,7 pontos. A maior redução, porém, aconteceu no indicador aspecto social, que passou de 4,1 para 0,7 pontos. Neste caso, pesou a deterioração nas expectativas para a pobrezaeaviolência no país. Gasto de pessoal eleva O Ipea também divulgou ontem o boletim Conjuntura em Foco, onde mostra que o consumo do governo cresceu de 4,06% do PIB em 2003 para 4,62% em O aumento, no entanto, não pode ser atribuído à expansão do gasto com o custeio da máquina, como acusa a oposição. Esse tipo de despesa apresenta uma trajetória de establidade emtornode1%dopibaolongo desses anos, afirma João Sicsú, diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea. O consumo cresceu, segundo ele, porque ocorreu um crescimento de gastos com pessoal ativo, principalmente com o aumento no salário do funcionalismo e também pela expansão no quadro de servidores públicos, além de investimentos na saúde e na educação. As despesas do governo nos dois setores passou

13 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 13 RECEITA FEDERAL Devolução do IR para mais de 2 milhões de contribuintes tem aumento de 5,39% A restituição do Imposto de Renda de mais de 2 milhões de contribuintes relativa declaração de 2009 foi depositada ontem, com correção de 5,39%. Esse é o maior lote de restituições desde julho de 2002, quando começou o cálculo da série histórica da devolução. Para saber se está incluso no lote, o contribuinte pode consultar a lista disponível na página do órgão na internet ( ou ligar para 146. Wilson Dias/ABr LONGO PRAZO Estabilidade é o que atrai investimento estrangeiro, afirma presidente do BC O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse ontem que o Brasil tem todas as condições necessárias para atrair investimentos estrangeiros de longo prazo. Esse situação favorável, segundo ele, é consequência das medidas anticíclicas adotadas para evitar os efeitos da crise. Atualmente os investidores já podem apostar no retorno do investimento em prazos mais longos, entre dez e 20 anos, afirmou. Marcos D Paula/AE Brasil supera 1 milhão de novosempregosem2009 Saldo entre vagas formais abertas e fechadas atinge 1,1 milhão, mas ainda é o pior resultado em seis anos; ministro projeta crescimento de 2% na economia OBrasilsuperouamarcade1 milhão de empregos formais criados no ano. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, o saldo entre vagas com carteira assinada abertas e fechadas em outubro foi positivo em unidades - melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em , o que faz com que 2009 registre um resultado acumulado de 1,163 milhão de novos postos de trabalho. O resultado, no entanto, é o pior para o período desde 2003, quando foram gerados novos postos de trabalho. O dado acumulado foi afetado pelo baixo desempenho apurado no primeiro semestre, quando o mercado de trabalho refletiu os efeitos da crise. O setor de serviços foi o que o mais empregou este ano, com um saldo positivo de novos postos de trabalho, seguido da construção civil, que gerou novos empregos formais. O comércio foi responsável pela criação de novas vagas e a indústria de transformação, Segundo o Ministério do Trabalho, desde janeiro de 2003, quando teve início o governo Lula, a outubro de 2009, foram criados novos empregos. Para 2010, a previsão do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, é que sejam gerados 2 milhões de postos formais. Se a marca for atingida, este será o maior número de geraçãodeempregosemum anonahistóriadopaís. Temos que ter crença na economia nacional e temos que acabar com o complexo de ser pequeno, afirmou o ministro, que previu que o setor de serviços continue sustentando a geração de empregos com carteira assinada no Brasil. Otimismo Para 2009, Lupi disse que mantém a previsão de 1 milhão de empregos formais. Segundo ele, essa previsão considera o fato de que, no mês de dezembro, há EMPREGO Criação de vagas de trabalho formais no país JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT Fonte: Ministério do Trabalho maior número de demissões. O ministro disse ainda que o índice médio de demissões em dezembro é de 300 mil. Ele, no entanto, acredita que neste ano ocorrerá o registro do menor número de demissões no mês de dezembro. Para novembro, o ministro prevê um novo recorde de contratações, mas que não será forte o suficiente para recuperar as demissões que ocorrerão em dezembro. O Brasil foi o único país do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) que gerou mais de um milhão de empregos formais este ano, afirmou Lupi. Ele acredita que a economia brasileira deva crescer em torno de 2% este ano. Lupi também destacou a elevação da massa salarial de janeiro a outubro, 4,4% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O salário médio subiu de R$ 762,19 para R$ 769,62. Para o ministro, o aumento da massa salarial foi o maior impulso para que o país saísse da crise. (AE e Reuters) consumo do governo Monalisa Lins/AE de 1,96% do PIB em 2003 para2,62%em2009. O boletim também comenta a iniciativa do governo de cobrar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% sobre a entrada de capital estrangeiro para conter a valorização do real. Sicsú diz que ainda é muito cedo para avaliar o impacto da medida. Segundo ele, só depois de dois meses será possível medir os efeitos da tributação. O diretor do Ipea, contudo, não descarta a possibilidade do governo elevar a alíquota para segurar a queda do dólar. Se não estiver resolvendo, o aumento da taxa pode ser uma solução. Apesar disso, Sicsú destacaqueamédiadefluxo diário de entrada de recursos após a adoção da medida recuou de US$ 575 milhões para US$ 170 milhões. F.T. Linha de montagem:governo aposta na multiplicação de vagas para 2010

14 14 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 BRASIL PETRÓLEO 1 Petrobras vai superar meta de investir R$ 60 bilhões em 2009, anuncia Gabrielli O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a companhia vai superar os investimentos de R$ 60 bilhões que havia previsto para Sem querer fazer projeções, ele destacou que até o final do terceiro trimestre os investimentos tinham atingido os R$ 50 bilhões. Segundo ele, em 2010 começam a ser apresentadas à Agência Nacional do Petróleo (ANP) as declarações de comercialidade do pré-sal. Bloomberg PETRÓLEO 2 Empresa começa a produzir no Golfo do México em meados de 2010 A Petrobras vai começar a produzir petróleo no Golfo do México em meados do próximo ano, para quando está previsto o início da operação de sua primeira plataforma do tipo FPSO da região. A unidade flutuante, construída sobre o casco de um petroleiro, extrai, armazena e transporta o óleo - foi desenvolvida exclusivamente para o lado americano do Golfo e atende às exigências dos EUA de segurança contra furacões. Governo admite aumentar preço da energia para evitar novo blecaute Usinas termelétricas, mais caras, poderão ser incorporadas ao sistema nacional se aumentarem a segurança Ricardo Rego Monteiro rmonteiro@brasileconomico.com.br Esse episódio ruim servirá para fazermos uma reavaliação Edison Lobão, ministro de Minas e Energia Wilton Junior/AE Apagão da última terça-feira: governo estuda alternativas para evitar repetição do problema O governo admite encarecer o custo da energia para consumidores industriais e residenciais como consequência das mudanças que vão começar a ser discutidas entre hoje e amanhã pela comissão de especialistas formadaparaapurarascausasdoapagão da semana passada. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que, se o grupo recomendar o acionamento de usinas termelétricas para aumentar a segurança do sistema, o governo vai adotar a medida, mesmo que isso resulte em maior custo para o consumidor. Lobão participou ontem da abertura do seminário Brazil Global Energy, no Rio. Na ocasião, também admitiu estudar o pedido do governador de São Paulo, José Serra, para transferir uma parte das operações do sistema elétrico para a capital paulista. A medida, alega Serra, aumentaria a confiabilidade das operações do subsistema paulista. A intenção, segundo o ministro, seria manter o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no Rio de Janeiro, mas transferir para São Paulo os despachos das usinas e sistemas de transmissão do estado. Com relação ao custo da energia, alguns especialistas argumentam que o blecaute da terça-feira passada poderia ter sido minimizado, caso o ONS tivesse autorizado o acionamento de pelo menos parte das usinas termelétricas hoje disponíveis. Como o governo leva em consideração as tarifas mais baratas - a chamada modicidade tarifária - para definir a ordem dos despachos do sistema, o operador tem optado, nos últimos meses, por dar prioridade à geração das usinas hidrelétricas. O problema, como admite o ministro, é que as termelétricas geram uma energia mais cara, uma vez que operam à base de insumos mais caros, como gás natural e óleo combustível. A modicidade tarifária interessa a todo o povo brasileiro, mas é claro que não podemos procurar a modicidade tarifária em prejuízo da segurança, afirmou Lobão. Mas esse episódio ruim servirá para fazermos uma reavaliação, completou. O ministro confirmou que, além de representantes do Ministério, o grupo também conta com técnicos do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das estatais do sistema Eletrobrás e da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. Liderado pelo secretário executivo do Ministério, Márcio Zimermann, o grupo deverá concluir a avaliação do sistema em umprazode30dias. Apagão e Rodoanel se anulam Segundo analista, queda de vigas e falta de luz impedem disputa política entre governo e oposição Mariana Celle mcelle@brasileconomico.com.br Na última sexta-feira, dia 13, três vigas da obra do governo do estado de São Paulo de ligação dos trechos Sul e Oeste do Rodoanel desabaram sobre a pista da Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo. O fato aconteceu três dias depois de 18 estados brasileiros ficarem sem energia durante horas. Para o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo, qualquer tentativa de oposição e governo acusarem-se foi anulada a partir de sexta. Do ponto de vista político o que vai se estabelecer é o veto cruzado: você não fala do apagão que eu não falo do Rodoanel, afirma. Melo acredita que, se o fato estivesse acontecido com outro governador do PSDB, a situação não teria tomado proporções nacionais. José Serra é o principal candidato do partido diz o professor, que afirma ter observado que o governador tem trabalhado para se apresentar como aquele que resolverá o problema do transporte em São Paulo. Não acredito que isso prejudique a candidatura, mas causa uma interrogação: Serra tem realizado as obras às pressas sem acidente, ou está tratando de forma imprudente?. De certa forma, para o cientista político, o acidente no Rodoanel gera marca na campanha eleitoral de José Serra. Causa um arranhão, pois ele construiu uma imagem de eficiência e competência e, de repente, cai uma ponte vinculada a sua principal campanha politica, afirma. Da mesma forma, o apagão também não é nada bom para a campanha da candidata do governo federal, a ministra Dilma Roussef, que é ligada ao setor de energia. Mas já ameniza provável retaliação por parte da oposição. Contudo, para Melo, a situação não parece mesmo ser a respeito de proporções e sim da imagem dos prováveis candidatos. Ou a oposição não tem sorte ou o governo tem sorte demais, conclui o analista.

15 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 15 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO 3º TRIMESTRE DE 2009 Ativos Totais Operações de Crédito* Captação Total em milhões de reais em milhões de reais em milhões de reais 7.391, , , , , ,0 set/08 set/09 set/08 set/09 * foram incluídas as cotas subordinadas dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios set/08 set/09 Lucro Líquido em milhões de reais 39,3 Patrimônio Líquido em milhões de reais 1.148,1 27, ,5 set/08 set/09 set/08 set/09 Ativo BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 (EM MILHARES DE REAIS) Circulante e realizável a longo prazo Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Relações interfinanceiras Operações de crédito Outros créditos Outros valores e bens Permanente Investimentos Participações em coligadas e controladas - no país Outros investimentos 208 Imobilizado de uso Diferido Intangível 143 Total do ativo Passivo Circulante e exigível a longo prazo Depósitos Captações no mercado aberto Recursos de aceites e emissão de títulos Relações interfinanceiras Relações interdependências 8 Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Resultados de exercícios futuros 210 Patrimônio líquido Capital Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos (62) Prejuízos acumulados (7.252) ( - ) Ações em tesouraria (18.779) Total do passivo DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 3º TRIMESTRE DE 2009 (EM MILHARES DE REAIS) Receitas da intermediação financeira Despesas da intermediação financeira ( ) Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas/despesas operacionais (86.614) Resultado operacional Resultado não operacional Imposto de renda e contribuição social (22.177) Participações no lucro - Empregados (8.392) Lucro líquido do período Rentabilidade sobre patrimônio líquido médio anualizado 15,2% Indíce de eficiência no período 46,3% CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA EXECUTIVA CONTADOR LUIS FELIPPE INDIO DA COSTA Presidente LUIS OCTAVIO A. L. INDIO DA COSTA Vice-Presidente CHARLES ALEXANDER FORBES Conselheiro FABIO ROCHA DO AMARAL Conselheiro HORÁCIO MARTINHO LIMA Conselheiro PROGRESO VAÑÓ PUERTO Conselheiro Independente LUIS OCTAVIO A. L. INDIO DA COSTA Diretor Superintendente LUIS FELIPPE INDIO DA COSTA Diretor de Relações com Investidores FABIO CARAMURU CORREA MEYER Diretor FLAVIO NUNES FERREIRA RIETMANN Diretor Corretora de Valores e Mercadorias Diretor DTVM MARCELO XANDÓ BAPTISTA Diretor DTVM MARIA LUISA GARCIA DE MENDONÇA Diretora RENATO ALVES RABELLO Diretor ROBERTO VIEIRA DA SILVA DE OLIVEIRA COSTA Diretor AIRTON JOSÉ SALVIANO Contador CRC 1SP197222/O-0 JOSÉ CARLOS LIMA DE ABREU Diretor SÉRGIO MARRA PEREIRA CAPELLA Diretor Matriz: Rua Funchal, 418, 8º andar Vila Olímpia - São Paulo/SP

16 16 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 OPINIÃO Thomas Felberg Advogado e presidente do conselho da TMA-Brasil Resgate de empresas O Brasil vem se consolidando, nos últimos anos, como uma das economias mais atraentes para receber investimentos. Esse desempenho vigoroso, durante o período de criseinternacional-umduroteste-parecetersidoocarimbo que faltava para alçá-lo à categoria de destino preferencial para negócios. Certo? Não exatamente. Dentre conquistas importantes, neste cenário, encontra-se a confirmação de investment grade por parte das mais respeitas agencias de risco. Mas não podemos esquecer que há reformas estruturais que precisam ser feitas no país. Recuperação de empresas, que passam por sérios problemas administrativos, merece revisão urgente. Embora o Brasil se preocupe com novos projetos e empreendimentos, seu marco institucional é extremamente perverso para companhias em dificuldades. As empresas nascem, crescem, atingem o seu apogeu e declinam. Mas, ao contrário do que ocorre com os seres humanos, esse quadro é reversível, desde que diagnosticado a tempo e tratado com precisão. As empresas podem e devem se reerguer, e as políticas governamentais deveriam apoiá-las nesse intento. Deveriam, mas não é prática usual. Vários empecilhos levam a isso: bancos que financiam essa recuperação precisam de imediato provisionar a operação; caso a empresa venda parte de sua atividade para se reequilibrar, o adquirente assume a totalidade de suas dívidas trabalhistas e tributárias por meio do anacrônico instituto da sucessão; se firmar um acordo coletivo para reduzir os seus custos trabalhistas, a Justiça do Trabalho não reconhece a validade da medida, caso a redução exceda três ou seis meses, mesmo aprovado pelos sindicatos da categoria; e assim por diante. Embora o Brasil se preocupe com novos projetos, seu marco institucional é perverso com companhias em dificuldade Fotos: divulgação Não precisaria ser assim: um marco regulatório moderno poderia criar condições adequadas na área de recuperação. No médio e longo prazo, isso significaria bilhões de reais e milhões de postos de trabalho mantidos. Uma empresa em dificuldade provoca desgastes, não paga impostos, descumpre as obrigações trabalhistas, não atende o consumidor, desrespeita o fornecedor e não se preocupa com o meio ambiente. Ainda assim, concorre com empresas que cumprem as suas obrigações e pode minar e destruir setores inteiros. Aos concorrentes, restam duas opções: ou se alinham e deixam de cumprir as obrigações ou fecham as portas. Por isso a Lei de Falências e de Recuperações de Empresas concede um prazo de 180 dias para que a empresa apresente um plano de recuperação judicial apoiado pela maioria simples dos seus credores caso não o faça, é determinada a sua liquidação. Afinal, uma economia moderna e bem estruturada, é incompatível com empresas inadimplentes que se eternizam. As causas da insolvência podem ser econômicas, financeiras, tecnológicas ou de gestão e, não raro, uma combinação delas. As soluções passam por aquilo que se denomina a atividade de gestão da recuperação. Inicia-se com um diagnóstico que aponta as causas do declínio e as soluções que permitirão à empresa sobreviver e voltar a crescer de forma sustentada; mas isso envolve toda uma gama de profissionais para a nobre tarefa de recuperar empresas. Wolfgang Goerlich Presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) Medidas providenciais Poucos segmentos da economia brasileira são tão importantes e, simultaneamente, desconhecidos do grande público quanto a indústria de processamento de couro. Um dos grandes motores da economia brasileira, este segmento movimenta um PIB da ordem de US$ 3,5 bilhões, emprega cerca de 50 mil pessoas e exportou no ano passado US$ 1,8 bilhão, contribuindo em 7% para o saldo da balança comercial brasileira. Sabendo explorar suas vantagens comparativas farta disponibilidade de terras, abundância de águas e um regime climático favorável o Brasil assumiu a posição de detentor do maior rebanho bovino comercial do planeta. Hoje, é o segundo maior produtor e quarto exportador do mundo, presente em cem países. O desempenho deste segmento, entretanto, vem sendo comprometido pelos efeitos da desfavorável relação cambial, que fortalece o real em relação ao dólar, o que se traduz em perda de competitividade do produto brasileiro. Como se sabe, o impacto negativo da política cambial não é exclusividade da indústria do couro, mas diz respeito à maioria das empresas nacionais focadas no comércio exterior. No caso do couro, entretanto, devem ser considerados alguns agravantes. As medidas antidumping sobre a importação de sapatos chineses já produziram aumento de 20 mil novos empregos na indústria do couro É o caso da desleal concorrência da indústria chinesa de calçados que, adotando práticas predatórias, não apenas subtraiu mercados internacionais conquistados pelos exportadores brasileiros, como também vinha avançando sobre o próprio território nacional. Esta última distorção, felizmente, foi corrigida pelas autoridades brasileiras. Após analisar os pleitos do setor, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), decidiu aplicar medida antidumping sobre a importação de sapatos chineses, sobretaxando em US$ 12,47 o par de calçados chineses introduzido no país. O maior exemplo do acerto da medida é a recuperação de empregos da indústria, que registrou aumento de quase 20 mil novos empregos, segundo o Ministério do Trabalho. A disposição demonstrada pelo governo no episódio anima o setor a acreditar que outras reivindicações possam ser atendidas. Iniciativas anunciadas recentemente pelo ministro Guido Mantega também repercutiram positivamente no complexo industrial brasileiro. Dentre tais medidas, destacam-se a agilização no ressarcimento dos créditos de PIS/Cofins; a reedição do Revitaliza, abrindo linhas de giro de capital para as empresas; a possibilidade de compensação dos créditos de PIS/Cofins com tributos federais e o INSS, além de uma solução para o Crédito Prêmio IPI. A aprovação destas propostas deve impulsionar o crescimento de toda a cadeia produtiva do couro. Cabe lembrar que este segmento compreende empresas de curtumes, calçados, componentes, máquinas e equipamentos para calçados e couros, artefatos e artigos de viagem. No total, são cerca de 10 mil indústrias, que geram receita superio a US$ 21 bilhões por ano. Tratase, como se vê, de uma atividade da mais alta relevância, que merece não apenas ser preservada, mas, antes, ser apoiada e estimulada, no interesse do próprio desenvolvimento sócio-econômico do país. CARTAS CONSTRUÇÃO As notícias são sempre tão boas que dá medo desse Brasil que cresce, que ultrapassa os demais mebros do Bric no setor de construção, que sai da crise sem muitos arranhões, que recebe elogios de economistas e atrai dinheiro estrangeiro. Tomara que não estejamos vivendo uma grande bolha Brasil. Denis Aurélio São Paulo (SP) Lembram-se como a crise do subprime começou? Uma enxurrada de ofertas no setor imobiliário, crédito a rodo, prazo estendido para pagar prestações, festa imobiliária. Já vi este filme e foi produzido nos Estadso Unidos. Tomara que o Day After de lá também não seja o daqui. Maicon Britto Recife (PE) VIVENDI E GVT Concordo com o editorial de vocês. A chegada da Vivendi traz novos ares à telefonia brasileira. Com uma empresa poderosa como essa os concorrentes não vão ficar quietinhos. Espero sinceramente que a briga seja saudável, os preços caiam e os serviços melhorem. Ana Maria Costa São Paulo (SP) Gostei do desfecho do caso GVT. Se a empresa fosse parar nas mãoes de alguma outra companhia já estabelecida no Brasil poderíamos ver novamente o efeito de concentração, que acabaria respingando em preços e diminuição de concorrência. Para o bem do consumidor, a Vivendi venceu a disputa. Elaine S. Araújo São Paulo (SP) JUCA KFOURI Taí um cara que não tem papas na língua. Ele está certo quando fala que o Andres Sanchez (presidente do Corinthians) é igualzinho o Dualibi. Na verdade, todos os dirigentes são farinha do mesmo saco. Estão lá para ganhar dinheiro e não ligam a mínima para os torcedores. Torço para o TImão porque a gente não manda no coração, mas a vontade era parar de ver futebol. Pedro Pasconatto São Paulo (SP) Parabéns pela entrevista com Juca Kfouri. Adorei quando ele tirou um sarro dos revoltados dos anos 70 que não queriam torcer para o Brasil. Iriam torcer para quem? Tchecoslováquia? Muito bom, Juca. Continue assim, ácido e certeiro. Márcio Dutra São Paulo (SP) Juca Kfouri está ficando velho. Vi outras entrevistas com ele e o cara sempre fala a mesma coisa. Muda o disco, Juca! Gostava mais quando você batia boca com Ricardo Teixeira e Eurico MIranda. Élvio Santos Rio de Janeiro (RJ) FERNANDA YOUNG Divertida a história da Fernanda Young. Quero vê-la também, conferir se o que vocês falaram é verdade. Aposto que irritaram demais a Fernanda Young. Ela é muito mala, mesmo. Parabéns. Guto Getti Rio de Janeiro (RJ) Excelente a ideia da reportagem sobre a Fernanda Young. Mas péssima a execução. Nunca vi um texto tão baixo. Provocação não é baixaria. Vocês têm talento para fazer algo bem melhor. Prova disso é que a edição toda, exceção feita a esta infeliz página, está maravilhosa. Não deixarei de comprar meu Outlook mas peço, como leitora, que tenham mais cuidado com esta página. Ninguém merece ficar lendo coisas sobre perereca enrugada e afins. Cuidado com os exageros. Paula Albuquerque Rio de Janeiro (RJ) Cartas para Redação - Av. das Nações Unidas, º andar CEP Brooklin São Paulo (SP). redacao@brasileconomico.com.br As mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em

17 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 17 Jeff Haynes/AFP Nem tão ruim assim A General Motors anunciou ontem o primeiro balanço trimestral após a concordata. E o resultado foi um prejuízo de US$ 1,2 bilhão. Apesar dos números ainda altos para uma empresa em agonia, a perda foi menor do que nos meses anteriores. Há quem garanta que é um claro sinal de que a fabricante começa a reagir. Otimista, a GM aproveitou a deixa para informar que começará a pagar os US$ 6,7 bilhões que deve ao Tesouro americano já no ano que vem. Ela teria até 2015 para quitar a dívida. PARCELAS TRIMESTRAIS O objetivo da GM é iniciar os pagamentos ao governo americano com parcelas trimestrais de US$ 1 bilhão a partir de janeiro. Também vai pagar US$ 200 milhõesacadatrêsmesespor um empréstimo de US$ 1,4 bilhão feito pelo governo canadense. Fethi Belaid/AFP CRISTINA KIRCHNER, A RAINHA DA MODA Hoje à noite, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, desembarca em Brasília para mais uma visita oficial ao presidente Lula. Nessas ocasiões a pauta política divide as atenções com a indumentária da comandante argentina. Rainha Cristina, como é chamada em seu país, já ganhou fama mundial pelos modelitos que usa nas viagens internacionais. Até o jornal britânico The Guardian rendeu-se aos fatos e a colocou na lista Bling-Bling, com os dez chefes de Estado mais fashion do mundo. Em seu guarda-roupa não faltam peças dos estilistas argentinos Susana Ortiz e Marcelo Senra. O jornal La Nácion fez as contas: ela não gasta menos de US$ 600 em um modelito. Já seus sapatos preferidos sãoosdodesignerricky Sarkany. Preço: US$ 160. No pulso, a joia de Cristina: um Rolex Lady Date Just, de ouro e brilhantes, estimado em US$ 1599,00. Segundo o La Nácion, La señora K também fez um lifting orçado em US$ 3 mil. Háqueseresolveros problemas argentinos, mas sem perder a ternura jamais. ENTREVISTA LUCIANO RAMOS Diretor de operações da London Mining Ainda não desistimos do Brasil London Mining pode até voltar. Desde que o país agilize a logística e as licenças ambientais Françoise Terzian fterzian@brasileconomico.com.br A carente infraestrutura logística do Brasil atravanca o investimento das pequenas e médias mineradoras estrangeiras no país. O alto custo para escoar minério de ferro por aqui é fatal para a lucratividade de negócios menores. Isso levou a London Mining a deixar o país em O brasileiro Luciano Ramos, ex- Vale, continua na direção de operações globais da empresa. Após 16 meses de operação no país, a London Mining vendeu sua mineradora em Minas Gerais para a ArcelorMittal, alegando dificuldades logísticas no país. A London desistiu do Brasil? Não desistimos. O país continua no nosso radar, mas, para isso, teríamos que conseguir novos Murillo Constantino O que existe de bom no Brasil, como portos e ferrovias, está nas mãos de poucas empresas projetos (jazidas ou minas) e contar com um sistema logístico melhor. O problema é que o que existe de bom no Brasil, como portos e ferrovias, está nas mãos de poucas empresas. Logística é a principal barreira brasileira para a sua empresa? O Brasil tem alguns gargalos em mineração. O mais grave é o logístico. Faltam meios de escoamentodaprodução.oprocesso de licenciamento ambiental também é moroso. Deveríamos copiar o Chile, onde a licença sai em meses no Brasil, leva anos. Como será o ano de 2010 para o setor brasileiro de mineração? O crescimento do setor depende diretamente da commodity e também de compradores como a China, grande produtora mundial de aço. O Brasil também é forte em insumos para a indústria de fertilizantes. Há boas perspectivas pela frente com fosfato. É um mercado com bom potencial de crescimento.

18 18 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 EMPREENDEDORISMO QUARTA-FEIRA LEGISLAÇÃO QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA INOVAÇÃO SÁBADO EDUCAÇÃO SEGUNDA-FEIRA MEDICINA E SAÚDE Para empreender, é preciso arriscar Aos 30 anos, o empresário André Xavier coleciona sonhos e conquistas. Da primeira empresa que não deu certo aos projetos do futuro, ele acredita e busca novos desafios Amanda Vidigal Amorim avidigal@brasileconomico.com.br André Xavier abriu sua primeira empresa aos 15 anos, em sociedade com um tio. Na época, em 1994, ainda não existia internet no Brasil e a ideia foi trabalhar com BBS (acrônimo inglês de bulletin board system), um sistema que permite conexão via telefone a outro sistema através do computador. Assim nasceu a mineira Ciberland. Com investimento inicial de R$ 200 mil capitalizado pelo próprio tio, a empreitada durou três anos. Em 1997, com a chegada da internet gratuitanopaís,osplanosdesucesso de Xavier foram por água abaixo. É uma tendência nacional. Segundo o Sebrae, no Brasil 46% das empresas fecham as portas no 3º ano de vida. Apesar de o sonho ter virado pó, a vontade de empreender permanecia forte. Aos 17 anos, Xavier entrou na faculdade de engenharia e automação da PUC Minas. No segundo ano, percebeu que alguma coisa estava errada. Eu ia mal em todas as matérias ligadas à engenharia. Já em computação, conseguia ótimos resultados, relembra. A faculdade de engenharia ficou para trás. Aos 19 anos, Xavier começou a cursar computação. Na busca pelo primeiro emprego, percebeu que o mercado de gerenciamento de projetos era promissor. Durante dois anos trabalhou na área de consultoria, até um colega o chamar para montar uma empresa. A necessidade surgiu porque um cliente americano precisava de pessoas com dedicação em tempo integral para o desenvolvimento e consultoria de projetos. Quando pediu demissão da Prodemge, empresa em que trabalhava, seu então chefe também impôs uma condição: que Xavier continuasse a prestar seus serviços. A volta do sonho Surgia assim, a Sotis Consultoria, empresa especializada na soluçãodegerenciamentodeprojetos da Microsoft. Em seu primeiro ano de funcionamento, em 2007, a empresa faturou R$ 500 mil e contava com clientes de peso como Andrade Gutierrez, Braskem, CTBC, Magnesita e Gerdau. Voltava o sonho adormecido desde Além dos clientes conquistados pela própria empresa, a Microsoft Brasil passou a indicar a Sotis para o gerenciamento de seus produtos. A BHS investe hoje em parceria com apucminasea Microsoft em um centro de inovação, chamado Microsoft Interactive Center (MIC).Éoprimeiro do Brasil a oferecer bolsas para alunos de graduação e pesquisa O aprendizado veio com o fracasso Avaliando o percurso de sua jornada empreendedora, André Xavier acredita que o sucesso de seu segundo empreendimento se deve em boa parte ao aprendizado que conseguiu com o fechamento da Ciberland. Acho que foi vital o aprendizado da primeira empresa para o sucesso da Sotis, afirma. Para chegar lá, alguns sonhos pessoais tiveram que ser deixados de lado. Foi ocasodointercâmbiocultural que deixou de fazer. Não me arrependo de ter ficado, fiz pela empresa, por um sonho que estava construindo, diz. A decisão de Xavier não O rápido crescimento atraiu a atenção da BHS, há 15 anos no mercado de TI. Recebemos uma proposta da BHS de montar uma parceria. Éramos especializados no Microsoft Project Server, um dos produtos da empresa americana, e passamos a atender clientes da BHS que apresentavam a demanda, afirma Xavier. Da parceria nasceu uma sociedade. Em 2008, a Sotis se fundiucomabhseoqueera antes para Xavier uma empresa de 12 funcionários, passou a ser de 140. Não foi apenas o número de empregados que aumentou. O faturamento saltou de R$ 500 mil para R$ 8 milhões. Os projetos que a BHS desenvolve podem custar até R$ 500 mil. Na época da Sotis, os valores eram metade dos de hoje. Com menos de um ano de sociedade, os sócios decidiram investir no mercado paulistano, com a abertura do primeiro escritório fora da capital mineira. O investimento foi de R$ 100 mil, e foi Xavier quem assumiu a gerência. Para ele, a parceria foi positiva, mesmo que sua cota acionária, de 50% na Sotis, tenha sido reduzida para 6,5% na BHS. Foi uma redução para o crescimento. Não me importo de reduzir a porcentagem, desde que seja para a empresa crescer, avalia. Uma das novidades da parceria foi a criação do Microsoft Innovation Center (MIC), um centro de inovação administrado em conjunto com a própria Microsoft, a BHSeaPUCMinas.Aideiaétreinar profissionais da área. O centro é o único MIC no Brasil que disponibiliza bolsas de graduação e pós-graduação aos alunos. Mensalmente, a BHS investe R$ 30 mil na manutenção do centro. contrariou os pais, que sempre o apoiaram a correr atrás de seus projetos. Meus pais sempre me incentivaram. Quando pequeno, ganhei de aniversário ações da Petrobras, revela. Além da sociedade na BHS, André também possui, com seus irmãos, um viveiro de mudas de eucalipto. A produção mensal é de 20 milhões de mudas e o faturamento em 2008 chegou a R$ 4,5 milhões. Votorantim e Aracruz são suas clientes. Além disso, Xavier acaba de se associar a um novo projeto: um eco resort no interior de Minas Gerais. Os planos são de inauguração em A.V.A. FATURAMENTO R$ 8 milhões As vendas no primeiro ano de fusão das BHS com a Sotis foi expressivo. Os projetos para 2010 são ainda mais animadores. A ideia é abrir outros escritórios no Brasil % È o crescimento planejado para o próximo ano. Com a abertura do escritório em São Paulo, a empresa começa plano de expansão EDUCAÇÃO R$ 30 mil É o valor que a BHS investe mensalmente no MIC. Segundo Xavier, o investimento compensa, pois o retorno para o mercado com a formação dosalunoségrande NO FUTURO R$ 20 mi Trata-se da meta pessoal de Xavier para a sua empresa. Nos próximos anos, quer multiplicar seu faturamento

19 Terça-feira, 17 de novembro, 2009 Brasil Econômico 19 Marcela Beltrão Divulgação Christian Barbosa Presidente da Triad Consulting Prioridades, uma definição fundamental Um dos maiores problemas de produtividade enfrentado em consultoria para empresas de qualquer porte e estágio de desenvolvimento é a falta clara de estratégias de priorização. Em geral, tudo é para ontem e é prioritário. As empresas sofrem do mal da prioridade. Sem clareza, muito se trabalha, muito stress é gerado, e no final pouca execução e resultado acontecem de verdade. Imagine a seguinte situação corriqueira: um membro da sua equipe está trabalhando quando surge uma demanda urgente. Dois clientes com urgências pedem umasoluçãoaomesmotempo(entendaclientecomo internoouexterno).oprimeiroclienteétranquilo, calmo e expressa sua urgência de forma mais educada. Já o segundo cliente é extremamente mal-humorado, indelicado, grosso e fica gritando. Qual dos clientes seu colaborador vai atender primeiro? O calmo ou o nervosinho? Se ele estiver em uma empresa sem estratégias de priorização, com certeza o cliente nervosinho será priorizado. Isso porque, pessoas dentro de empresas sem prioridade, acabam por definir a ordem de execução através da gritaria e nãodoqueémaisimportante. É papel do líder ajudar o time a definir o que deve ser feito primeiro e o que deve ser feito depois. Sem essa definição, tudo é priorizado de forma empírica, por gritaria ou de modo errado. E pode ter a certeza de que a culpa não é da equipe. É papel do líder ajudar o time a definir o que deve ser feito primeiro. Sem essa definição, tudo é priorizado de forma empírica, por gritaria ou de modo errado PLANEJAMENTO E INVESTIMENTOS PARA O FUTURO 1 2 Estratégia da Sotis foi a especialização Foi com os serviços de consultoria e gerenciamento do Project Server (Microsoft) que a Sotis Consultoria ganhou espaço no mercado. A ideia era se especializar em uma área específica. A estratégia deu certo. A especialização garantiu o convite de fusão com a BHS. O desejo de ganhar o título de MVP O Most Valuable Professional (profissional de maior valor) é um reconhecimento da Microsoft aos profissionais comprometidos não só com as tecnologias da empresa, mas também com as pessoas. Essa éameta que Xavier busca alcançar no próximo ano. Já escreve um livro sobre o Project Server. O apoio dos meus pais sempre foi fundamental. Quando criança ganhei ações da Petrobras de aniversário 3 André Xavier sócio da BHS Expansão no mercado nacional O sucesso da filial de São Paulo tem sido tão positivo que o projeto de expansão para outras capitais já está em andamento. Além do Brasil, no futuro, a empresa espera ganhar o mercado internacional. Países como o Chile são pontos de interesse para a BHS. Existem dois níveis de prioridades que precisam ser definidos: oas corporativos e os departamentais. Há algum tempo, extingui as prioridades de unidades de negócios, por não serem práticas no dia a dia. As prioridades corporativas têm ligação direta com a estratégia, missão, visão e decisões do board para o período em exercício. Prioridades corporativas devem ser específicas, ter uma ordem de importância, e não devem ultrapassar três ou quatro em número. As prioridades departamentais têm obviamente ligação com as prioridades corporativas, mas têm ligação com o dia a dia do departamento, de uma forma bem prática e objetiva. A partir do momento em que as prioridades estiverem definidas, é preciso comunicá-las da forma adequada. Todos na empresa precisam saber exatamente o que deve ser feito quando duas coisas urgentes exigirem atenção imediata. Não pela gritaria, coleguismo, nível hierárquico de quem está pedindo, mas de acordo com o que é mais importante para a empresa, que auzilia os objetivos a serem alcançados e coloca o time focado no senso de importância, e não nas urgências. Um cliente nosso da área de IT definiu suas prioridades corporativas e departamentais. A escala de prioridades foi customizada no sistema de CRM, que facilita a visualização da prioridade de atendimento através de um score. Nenhum cliente fica sematendimento,masissoéfeitodeacordocomo que é realmente foco da empresa. Sem produtividade, nenhuma empresa consegue permanecer competitiva no mercado por muito tempo. É preciso colocar esse tema na pauta de todo empreendedor, diretores e CEO. Que tal começar com o assunto de prioridades? Pense nisso!

20 20 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de novembro, 2009 ENCONTRO DE CONTAS LURDETE ERTEL Exportação verde Maior exportador de erva-mate do mundo, o Brasil quer aditivar seus embarques do produto ao Exterior e graças, quem diria, aos países árabes. O setor prevê encorpar as vendas internacionais em 10% entre 2010 e 2011, puxadas pela demanda de Emirados Árabes Unidos, Síria e Egito. Em 2008, o Brasil exportou 34 mil toneladas do artigo, o equivalente a US$ 46 milhões. A erva-mate é embarcada a 32 países. O principal comprador é o Uruguai, seguido pelo Chile. França, Alemanha e EUA também são grandes mercados. Fabio Muzzi/AFP Um dos principais pontos turísticos da Itália, a Piazza del Campo voltou a ter barracas de feira livre Rodas no convés Aaceleraçãodomercado automotivo brasileiro reverbera nas movimentações da General Motors no Porto de Rio Grande por onde chegam os veículos importados da montadora. A GM prevê desembarque de 9 mil unidades no terminal em novembro. Vai ser um recorde. Destes, 2,14 mil são caminhonetes Captiva e 6,88 mil, unidades do Agile, novo modelo da empresa. Em outubro, a montadora já tinha trazido ao Brasil pelo porto 6,70 mil unidades do Agile. Clonagem digital A pirataria de mídia digital volta a preocupar em Brasília. Os números assustadores dos negócios ilegais envolvendo CDs e DVDs no país serão pauta de audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado nesta semana. Segundo a Motion Picture Association, 59% de todos os DVDs vendidos hoje no Brasil são cópias reproduzidas e distribuídas sem autorização e a custo ínfimo. DVDs são, aliás, o segundo artigo mais vendido pela pirataria. Divulgação Tradição resgatada, sete séculos depois Considerada uma das mais belas cidades da Itália, Siena protagonizou um revival histórico no sábado. Depois de séculos, a principal praça da Recorde sobre patins cidade medieval voltou a ser tomada por bancas de feira livre. Fazia 700 anos que a Piazza del Campo tinha deixado de ser cenário de um dos mais Depois de rodar as telas do mundo com seus patinetes, os impagáveis bebês do comercial da água mineral Evian estão estacionando suas fraldinhas no Guinness Book, o livro dos recordes. O vídeo Roller-skating Babies, criado pela BETC Euro RSCG, alcançou a marca de 45 milhões de visualizações, o que faz dele a propaganda on-line mais vista no globo até hoje. O viral segue os moldes dos outros da marca francesa e mostra um time de bebês dançando e barbarizando sobre os patins ao som de rap uma montagem, claro. O comercial conseguiu circular massivamente pela rede através de diferentes versões espalhadas por sites de compartilhamento. Inclusive, os bastidores do filme. tradicionais mercados públicos da Toscana. A praça é famosa pelo Palio, uma corrida de cavalos ao estilo medieval que atrai multidões todos os anos. Eu percebo que muita gente jovem está muito ocupada com tudo isso. Meus dedos são muito desajeitados para digitar coisas no celular Barack Obama, presidente dos EUA, confessando ser barbeiro para usar o Twitter.

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