AE NEWS 06/03/ :32 28/02/ :37:00 - AE NEWS CENÁRIO-2: FISCAL DESAPONTA, JUROS DISPARAM, DÓLAR SOBE E BOLSA CAI
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- Vanessa da Conceição Olivares
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1 AE NEWS 06/03/ :32 28/02/ :37:00 - AE NEWS CENÁRIO-2: FISCAL DESAPONTA, JUROS DISPARAM, DÓLAR SOBE E BOLSA CAI Notícias: 1 A+ A- CENÁRIO-2: FISCAL DESAPONTA, JUROS DISPARAM, DÓLAR SOBE E BOLSA CAI A confiança depositada pelo mercado no governo, após o anúncio da meta fiscal para 2014 e do corte no Orçamento, sofreu um importante abalo hoje, diante dos dados fiscais abaixo das estimativas. O resultado disso foi a disparada das taxas futuras de juros, o avanço do dólar ante o real e a queda do Ibovespa. A maior decepção se deu em relação aos números do governo central, cujo superávit primário foi de R$ 12,954 bilhões em janeiro, abaixo do piso das projeções, de R$ 13 bilhões, e enfraquecido pelo aumento das despesas muito acima das receitas. Depois, o Banco Central, ao informar o resultado do setor público consolidado, de R$ 19,921 bilhões no primeiro mês do ano, também abaixo do piso das estimativas, de R$ 20 bilhões, apenas confirmou a piora de percepção. Não por acaso, as taxas futuras de juros de longo prazo subiram mais de 20 pontos-base, enquanto nos vencimentos mais curtos cresceu a chance de haver novo aperto monetário de 0,25 ponto porcentual em abril. O dólar também foi impactado pelos números do governo e terminou com valorização de 0,86% no mercado à vista de balcão, a R$ 2,3420. Como fator adicional de pressão, esteve o PIB dos EUA, que cresceu 2,4% no último trimestre de 2013, ante estimativa inicial de 3,2%. Antes do anúncio do governo central e concomitantemente ao PIB norte-americano, o Banco Central fez um leilão de linha de até US$ 1,8 bilhão, sem, no entanto, conseguir impedir a valorização do dólar. O Ibovespa recuou 1,08%, aos ,40 pontos, influenciado pelos dados fiscais, pela realização de lucros após os ganhos firmes de ontem e pela cautela antes do carnaval, período no qual serão conhecidos indicadores chineses importantes. Com a queda de hoje, a Bolsa teve perda de 1,14% em fevereiro. Este foi o quarto mês consecutivo de baixa, período no qual acumulou recuo de 13,20%. As ações da Petrobras, bem como as da Vale, passaram o dia no terreno negativo e deram sua contribuição para o comportamento baixista do índice. Nos Estados Unidos, a despeito de o PIB ter sido revisado para baixo, o Dow Jones e o S&P 500 encerraram em alta, enquanto o Nasdaq caiu afetado pela queda específica de alguns papéis de tecnologia. JUROS CÂMBIO BOLSA MERCADOS INTERNACIONAIS JUROS Os dados fiscais abaixo do previsto abalaram a confiança recente que os investidores haviam depositado no governo e o resultado foi a disparada das taxas futuras de juros, sobretudo de longo prazo. Além disso, os vencimentos mais curtos passaram a indicar chances maiores de file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 1/12
2 a Selic voltar a subir 0,25 ponto porcentual em abril e maio. A principal decepção se deu com os números do governo central, anunciados pela manhã pelo Tesouro Nacional. À tarde, o Banco Central, ao informar o resultado do setor público consolidado, apenas ratificou a piora de percepção em relação à política fiscal. Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 ( contratos) tinha taxa de 10,78%, ante 10,74% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 ( contratos) projetava 11,07%, de 10,97% na véspera. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 ( contratos) indicava 12,28%, de 12,05% ontem. O DI para janeiro de 2021 ( contratos) estava na máxima de 12,71%, de 12,48% no ajuste anterior. A lua-de-mel do mercado com o governo durou uma semana. É claro que o mercado ainda irá acompanhar os números dos próximos meses, mas houve um abalo da confiança que foi mostrada após o anúncio da meta fiscal e do corte no Orçamento, apontou um gestor. Com isso, o rebaixamento do rating do Brasil volta ao radar e isso está expresso na disparada dos juros longos, que subiram mais de 20 pontos, continuou. A principal decepção com os números fiscais veio do Governo Central. Segundo o Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi de R$ 12,954 bilhões em janeiro. O piso das projeções era de R$ 13,0 bilhões. O resultado apresentou uma queda de 50,7% em relação ao obtido em igual mês do ano passado e uma retração de 10,4% na comparação com dezembro de Enquanto as despesas do Governo Central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação a igual período de As receitas totalizaram R$ 125,062 bilhões e as despesas somaram R$ 90,112 bilhões em janeiro. Depois, os resultados do setor público consolidado apenas confirmaram a piora de percepção. O setor público apresentou superávit primário de R$ 19,921 bilhões em janeiro, segundo o Banco Central. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas colhidas pelo AE Projeções, de R$ 20 bilhões a R$ 27 bilhões. Em dezembro, o resultado havia sido positivo em R$ 10,407 bilhões. Os governos regionais (Estados e municípios) contribuíram com R$ 7,241 bilhões no mês. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 131 milhões. Em 12 meses até janeiro, as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 80,976 bilhões em 12 meses até janeiro, o equivalente a 1,67% do PIB. O esforço fiscal caiu em relação a dezembro, quando o superávit em 12 meses estava em 1,90% do PIB ou R$ 91,306 bilhões. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, fez seu papel e tentou minimizar o resultado de janeiro. O fato de janeiro ter sido menor que janeiro de 2013 não significa nenhuma tendência negativa, disse. Segundo ele, o superávit primário acumulado em 12 meses crescerá em fevereiro. Augustin também negou que o governo tenha postergado despesas de 2013 para o início de Ele afirmou que o governo fez e faz os pagamentos nas datas de obrigação de pagamento previstas em cronograma. O secretário disse que não file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 2/12
3 tem uma explicação para o aumento dos gastos com pessoal em janeiro. As despesas do governo central cresceram R$ 14,7 bilhões (19,5%) em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2013 puxadas pelo aumento de R$ 10,2 bilhões nos gastos com custeio e capital, o que significa uma aumento de 32,9%. As despesas de pessoal e encargos sociais aumentaram R$ 2,7 bilhões, 16,3% a mais que janeiro do ano passado. Ao mesmo tempo, as receitas totais cresceram apenas 6,6% em janeiro. Na avaliação do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria Integrada, tudo indica que o resultado sofreu pressão atípica de contabilidade criativa via restos a pagar, além de ter sido influenciado pela desaceleração na receita bruta, divulgada esta semana pela Receita Federal. Segundo ele, há uma forte suspeita de que o governo possa ter postergado os restos a pagar do fim do ano passado para o começo de 2014, a fim de facilitar o fechamento das contas em Augustin, por sua vez, disse que a reação do mercado é normal. "A leitura dos analistas é equivocada", enfatizou. Uma fonte aproveitou a decepção com os dados para dizer que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, terá de passar o final de semana revendo as projeções otimistas para o fiscal". Trata-se de uma resposta à ironia usada ontem pelo ministro, que após o resultado melhor do que o previsto do PIB de 2013, disse que os economistas teriam que passar o fim de semana revendo suas perspectivas negativas para o crescimento da economia em O economista da Rosenberg & Associados, Rafael Bistafa, afirmou que o superávit primário do governo central em janeiro "tirou o brilho do bem arquitetado plano de contingenciamento do governo". "O resultado de janeiro mostrou que o plano de contingenciamento do governo é na verdade uma carta de boas intenções", afirmou. Na semana passada, o governo anunciou a meta fiscal de 1,9% do PIB para este ano e o bloqueio de R$ 44 bilhões nas despesas do Orçamento da União. Em meio a tudo isso, o dólar também avançou ante o real, demonstrando o descontentamento dos investidores com a política fiscal do governo. Um fator adicional para os ganhos da moeda foi o resultado do PIB dos EUA, que mostrou crescimento de 2,4% no último trimestre de 2013, ante estimativa inicial de 3,2%. Com isso, a moeda dos EUA no balcão terminou com valorização 0,86%, a R$ 2,3420. E nem mesmo um leilão extraordinário de linha, de até US$ 1,8 bilhão, feito hoje pelo BC impediu o movimento. Agora, a atenção dos investidores em juros se volta para a ata do Copom, a ser conhecida na próxima quinta-feira, logo após a extensa folga trazida pelo carnaval. O BC fez bem em deixar a porta aberta para mais uma elevação da Selic, pois, após os números fiscais, pode precisar usá-la, afirmou o gestor citado acima. (Márcio Rodrigues - marcio.rodrigues@estadao.com) file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 3/12
4 18:01 DI1FUTF17 DI1FUTF15 DI1FUTF :05 Operação Último CDB Prefixado 31 dias (%a.a) Capital de Giro (%a.a) Hot Money (%a.m) 1.16 CDI Over (%a.a) Over Selic (%a.a) Volta CÂMBIO O dólar terminou a sessão desta sexta-feira em alta, após o resultado primário do governo central diminuir a euforia dos investidores com a meta fiscal do governo e os dados do Produto Interno Bruto (PIB) anunciados recentemente. A alta da moeda também foi estimulada pela revisão em baixa do crescimento da economia dos EUA no último trimestre do ano passado. No fim, o dólar à vista negociado no balcão registrou alta de 0,86%, a R$ 2,3420. O volume no mercado à vista totalizou US$ 1,685 bilhão. No mercado futuro, o dólar para março teve alta de 0,56%, a R$ 2,3330. A moeda para abril, que a partir de hoje se tornou o contrato mais líquido, fechou com avanço de 1,07%, a R$ 2,3595, e movimento financeiro de cerca de US$ 23,1 bilhões. O dólar abriu a negociação em queda, dando prosseguimento às perdas registradas ontem com o relatório que mostrou crescimento do PIB brasileiro no quarto trimestre do ano passado acima das estimativas. No entanto, a moeda inverteu a direção e passou a subir com a divulgação da segunda leitura do PIB dos EUA do quarto trimestre de O Departamento do Comércio norte-americano informou que o crescimento do PIB do quarto trimestre de 2013 foi revisado para 2,4%, ante um avanço de 3,2% apontado pela estimativa anterior. A revisão já era esperada por analistas, principalmente devido ao impacto das file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 4/12
5 temperaturas baixas do rigoroso inverno nos EUA. No mesmo horário da divulgação do indicador americano, o Banco Central realizou um leilão extraordinário de linha com recompra programada de US$ 1,8 bilhão. No entanto, a injeção de liquidez teve efeito pontual na pressão compradora. Isso por que o mercado operou sob interesse de fundos nacionais e de investidores estrangeiros em fortalecer a taxa Ptax diária, visando melhorar o retorno financeiro na liquidação de suas posições cambiais no próximo dia 5 de março. A taxa Ptax de hoje, que servirá para liquidação e ajustes dos vencimentos cambiais de março de 2014, fechou em R$ 2,3334, com queda de 0,44% em relação ao fechamento da véspera (R$ 2,3436). A moeda dos EUA acelerou os ganhos logo depois, reagindo ao anúncio do resultado fiscal do governo central em janeiro. Segundo o Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) somou R$ 12,954 bilhões no mês passado, abaixo do piso das projeções era de R$ 13,0 bilhões. O resultado marcou uma queda de 50,7% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado e um recuo de 10,4% na comparação com dezembro de As despesas do Governo Central cresceram 19,5% e as receitas aumentaram 6,6% ante o mesmo período de As receitas somaram R$ 125,062 bilhões e as despesas totalizaram R$ 90,112 bilhões em janeiro. Os números decepcionantes levantaram dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta fiscal anunciada na semana passada, de 1,9% do PIB. Na segunda parte da sessão, a divulgação dos resultados do setor público consolidado alimentaram essas preocupações. Segundo o Banco Central, O setor público apresentou superávit primário de R$ 19,921 bilhões em janeiro. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas. Em dezembro, o resultado havia sido positivo em R$ 10,407. Em 12 meses até janeiro, as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 80,976 bilhões em 12 meses até janeiro, o equivalente a 1,67% do PIB. O esforço fiscal caiu em relação a dezembro, quando o superávit em 12 meses estava em 1,90% do PIB ou R$ 91,306 bilhões. O diretor técnico da Wagner Investimento, José Faria Júnior, afirmou que a alta da moeda hoje foi resultado de um conjunto de fatores. Segundo ele, além dos dados fiscais ruins, houve também um ajuste após o forte recuo da moeda recentemente. "O nível de R$ 2,31 que a moeda atingiu é muito difícil de ultrapassar. Além disso, o dólar começou a bater patamares muito interessantes para formação de hedge", ressaltou. Faria afirmou ainda que houve também uma certa cautela dos investidores antes do anúncio de indicadores importantes dos EUA na próxima semana, quando os mercados domésticos estarão fechados. "Na segunda-feira sai o índice de atividade industrial gerentes de compras ISM de fevereiro e na quarta, o relatório da ADP sobre criação de empregos no setor privado de fevereiro, que são bem importantes. Além disso, não podemos esquecer que há um certo movimento de aversão ao risco por causa da Ucrânia e do carnaval no Brasil", acrescentou. file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 5/12
6 Já o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, disse que a reação do mercado ao anúncio da meta do governo foi um pouco exagerada. "A euforia do mercado com relação à possibilidade do governo alcançar as metas que propôs na semana passada diminuiu porque o dado não veio como o esperado. Agora o mercado começa a reavaliar as projeções e ver se ainda acabe tudo isso na taxa que o dólar atingiu." Na visão dos analistas, o leilão de linhas realizado um pouco antes do anúncio do resultado fiscal do governo central pode ter tido várias finalidades. Segundo Faria, o BC pode ter tentado passar a mensagem ao mercado de que deseja o dólar no patamar de entre R$ 2,30 e R$ 2,35. Já Galhardo declarou que a oferta pode ter sido uma resposta a necessidades apresentadas pelo mercado. "Com a retirada gradual dos estímulos do Fed desde o início do ano, há uma escassez de financiamento não só para o Brasil, como para outros países também. Talvez o BC tenha sentido uma necessidade do mercado", avaliou. Um analista apontou que a queda do real também teve como pano de fundo o recuo de algumas moedas ligadas à commodities, como o dólar australiano, devido às preocupações com a economia chinesas. Na noite de hoje, será divulgado o índice dos Gerentes de Compras (PMI) industrial oficial da China de fevereiro. No exterior, perto das 18 horas, a moeda americana já registrava direções mistas ante as moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Ela subia 0,49% ante o dólar australiano, recuava 0,49% ante o canadense, tinha baixa de 0,16% ante o neozelandês, subia 0,60% ante o rand sul-africano e caía 0,12% ante a lira turca. O euro era cotado a US$ 1,3803, ante US$ US$ 1,3710 do fim da tarde de ontem. 18:19 Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima Dólar Comercial (Balcão) Dólar Comercial (BM&F) DOLFUTH DOLFUTJ Volta BOLSA O resultado fiscal do governo abaixo do piso das projeções, a alta da Bovespa na véspera e a expectativa com dados da China no final de semana prolongado, a começar de hoje, levaram file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 6/12
7 a Bovespa a fechar novamente em queda e a registrar seu quarto mês consecutivo no vermelho. CSN e Petrobras se destacaram em baixa na sessão. O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 1,08%, aos ,40 pontos. Na mínima, registrou pontos (-1,18%) e, na máxima, pontos (+0,43%). Na semana, caiu 0,60%, no mês, 1,14% e, no ano, acumula perda de 8,57%. Nestes quatro meses em queda, o Ibovespa recuou 13,20%. O volume negociado hoje totalizou R$ 7,669 bilhões. Os dados do governo afetaram o resultado da Bovespa na sessão. Pela manhã, quando o Governo Central foi divulgado, acabou ampliando a queda da Bolsa, que não conseguiu se recuperar mais durante o dia. À tarde, o resultado consolidado do governo já estava dado - visto que o governo central responde pela maior parte dele - e só deu continuidade ao movimento baixista até o fechamento. O setor público consolidado apresentou superávit primário de R$ 19,921 bilhões em janeiro, abaixo do piso das previsões, de R$ 20 bilhões. O teto era de R$ 27 bilhões. O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, informou que o resultado de janeiro foi o mais baixo para o mês desde Para Hersz Ferman, da Elite Corretora, o superávit acabou levantando dúvidas sobre a meta fiscal do governo para Na divulgação da meta, os analistas já estavam com o pé atrás com muitos dos parâmetros que foram usados. Já havia questionamentos sobre se o governo ia conseguir cumprir a meta, embora ela tenha ficado num patamar considerado mais factível. Agora, com esse número, a incerteza voltou a rondar, fica a dúvida se o governo vai cumprir o 1,9% que propôs, resumiu. Ele destacou que a queda da Bovespa também teve um pouco de correção da véspera, quando o índice teve uma alta muito firme em cima de um dado não tão bom assim. O PIB veio um pouco melhor, mas a alta da bolsa foi exagerada, já que o avanço mostrado pelo IBGE não sinalizou que a economia está se aquecendo. Então acho que teve um pouco de volta hoje à alta de ontem', acrescentou. Não bastasse isso, há ainda o carnaval pela frente, juntamente com a divulgação de uma série de indicadores na China, como o PMI industrial (oficial), hoje à noite. China influencia muito Brasil, então o investidor acaba ficando na defensiva, acrescentou. Um dos setores que sofrem com o efeito da China é o siderúrgico, que hoje operou em queda em bloco por causa do balanço da CSN. O desempenho da siderúrgica prejudicou todas as ações, reforçou um outro operador. Uma fonte comentou que, de cara, o mercado reagiu em alta ao balanço, em função do Ebitda elevado. Mas a empresa explicou que o resultado se deveu a um efeito não recorrente, no caso, o pagamento de um seguro. Mas a forma como o número foi apresentado gerou file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 7/12
8 desconforto e a reação foi desova de papéis das carteiras, explicou uma fonte. Em relatórios, analistas que acompanham o setor destacaram justamente que os ganhos não recorrentes relativos ao recebimento de indenização de lucros cessantes referentes a um sinistro ocorrido em 2007 impulsionaram o Ebitda da CSN no quarto trimestre de Segundo o BTG Pactual, esse ganho não recorrente que teve com o recebimento de seguro impactou o resultado. "Excluindo este impacto, que acreditamos ser de R$ 168 milhões e que foi recebido em dezembro, os resultados viriam abaixo das expectativas", afirma. Em teleconferência com analistas, o diretor executivo de Relações com Investidores da companhia, David Salama, disse que a CSN recebeu no quarto trimestre do ano passado R$ 400 milhões de seguro (US$ 170 milhões). O executivo afirmou que o impacto nas receitas foi de R$ 323 milhões. A CSN reportou prejuízo líquido de R$ 487,096 milhões no quarto trimestre de 2013, revertendo o lucro líquido de R$ 316,137 milhões visto em igual intervalo do ano anterior. Em 2013, a siderúrgica reportou lucro líquido de R$ 533,994 milhões, ante prejuízo de R$ 480,574 milhões em CSN ON fechou em -6,92%, liderando as quedas do Ibovespa. Gerdau PN caiu 2,50% Metalúrgica Gerdau PN, -2,13%, Usiminas PN, -3,46%. Vale ON recuou 0,03% e PNA, 0,75%. Petrobras também recuou, devolvendo a alta da véspera e reagindo às indefinições que ainda cercam a empresa. Para ajudar, uma plataforma adernou na Bacia de Campos hoje, o que eleva o mau humor com a companhia, segundo profissionais. Petrobras ON ficou 2,55% mais barata e a PN, 3,21%. A lista de maiores altas do Ibovespa foi liderada por BRF ON (+4,94%), Anhanguera ON (+4,62%) e BR Properties ON (+2,22%). Nos Estados Unidos, Dow Jones subiu 0,30% e S&P avançou 0,28%. Nasdaq caiu 0,25%%. Os ganhos foram sustentados pelo índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que subiu a 81,6 na pesquisa final de fevereiro, de 81,2 no levantamento preliminar e em janeiro; e pelo índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago, que avançou a 59,8 em fevereiro, de 59,6 em janeiro. Pela manhã, o Departamento do Comércio revisou para baixo sua estimativa para o PIB dos EUA no quarto trimestre de 2013, para 2,4% ante 3,2% na estimativa preliminar. Apesar da alta menor, o PIB veio em linha com as projeções. (Claudia Violante - claudia.violante@estadao.com) file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 8/12
9 17:26 Índice Bovespa Pontos Var. % Último Máxima Mínima Volume (R$ Bilhões) 7.66B Volume (US$ Bilhões) 3.28B 18:36 Índ. Bovespa Futuro INDFUTJ14 Var. % Último Máxima Mínima Volta MERCADOS INTERNACIONAIS O mercado norte-americano de ações fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo, depois da divulgação de dois indicadores positivos. O índice Nasdaq, porém, fechou em baixa. O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan subiu a 81,6 na pesquisa final de fevereiro, de 81,2 no levantamento preliminar e em janeiro; o índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago (ISM) subiu a 59,8 em fevereiro, de 59,6 em janeiro. Também pela manhã, o Departamento do Comércio revisou para baixo sua estimativa para o PIB dos EUA no quarto trimestre de 2013; de acordo com a primeira de duas revisões, a taxa anualizada do crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 2,4%, de 3,2% na estimativa preliminar; na comparação do quarto trimestre de 2013 com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 2,5%. A expansão do PIB dos EUA em 2013 foi de 1,9%. Uma hora antes do fechamento, os principais índices passaram a cair, depois de a France Presse dizer, citando um alto funcionário do governo que assumiu o poder na Ucrânia esta semana, que tropas russas estariam desembarcando na Crimeia, no sul do país. Mas não file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 9/12
10 houve novas informações que confirmassem que há uma invasão em andamento; acordos entre Rússia e Ucrânia permitem a presença de bases aéreas e navais russas na Crimeia. Ainda assim, o mercado se recuperou no fim da sessão; a exceção foi o Nasdaq, pressionado pela baixa das ações de tecnologia, que passaram a cair em reação à notícia de que a assembleia de acionistas da Apple rejeitou todas as propostas que não tivessem o apoio da diretoria da empresa; as ações da Apple recuaram 0,27%. Traders notaram que as ações do setor de biotecnologia estavam entre aquelas que passaram a cair no meio da tarde, sem notícias específicas que justificassem a virada. O índice Dow Jones fechou em alta de 49,06 pontos (0,30%), em ,71 pontos; o Nasdaq fechou em baixa de 10,81 pontos (0,25%), em 4.308,12 pontos; o S&P-500 subiu 5,16 pontos (0,28%), para fechar em 1.859,45 pontos. Na semana, o Dow acumulou uma alta de 1,36%, o Nasdaq subiu 1,05% e o S&P-500 ganhou 1,26%. Em fevereiro, o Dow subiu 3,97%, o Nasdaq avançou 4,98% e o S&P-500 ganhou 4,39%. Nos dois primeiros meses de 2014, o Dow acumula uma queda de 1,54%, o Nasdaq, uma alta de 3,15% e o S&P-500, uma alta de 0,60%. Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA operaram em baixa durante a maior parte do dia, em reação aos indicadores divulgados pela manhã, mas reverteram a direção no meio da tarde, em reação às notícias não confirmadas de uma intervenção militar da Rússia na Ucrânia. No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,594%, de 3,597% ontem; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,657%, de 2,664% ontem; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,317%, mesmo nível de ontem. O euro subiu ao nível mais alto do ano frente ao dólar, em reação ao informe de que o índice de preços ao consumidor subiu 0,8% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de O Banco Central Europeu (BCE) tem reunião de política monetária na próxima semana e muitos participantes do mercado acreditam que a inflação estável reduz a pressão por novas medidas. A alta do euro acelerou depois da divulgação da primeira revisão do PIB dos EUA no quarto trimestre. O iene, por sua vez, subiu frente ao dólar em reação a indicadores divulgados no Japão: a taxa de desemprego ficou em 3,7% em janeiro, a produção industrial cresceu 4,0% em janeiro e o índice de preços ao consumidor subiu 1,4% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado. "Os dados confirmam que a economia japonesa está ganhando velocidade antes da elevação do imposto sobre consumo", escreveram os analistas da Capital Economics; a elevação desse imposto está prevista para abril. Às 18h15 (de Brasília), o euro estava cotado a US$ 1,3807, de US$ 1,3710 ontem; o iene file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 10/12
11 estava cotado a 101,84 por dólar, de 102,16 por dólar ontem. Frente à moeda japonesa, o euro estava cotado a 140,61 ienes, de 140,06 ienes ontem. O franco suíço estava cotado a 0,8796 por dólar, de 0,8886 por dólar ontem, e a 1,2143 por euro, de 1,2180 por euro ontem. A libra estava cotada a US$ 1,6745, de US$ 1,6690 ontem. O dólar australiano estava cotado a US$ 0,8923, de US$ 0,8968 ontem. Entre as moedas de países emergentes, o dólar subia 0,04% frente ao peso mexicano, para 13,256; o dólar recuava 0,22% frente ao won sul-coreano, para 1.066,50; o dólar perdia 0,05% diante da lira turca, para 2,2096; o dólar caía 0,34% frente à rupia indiana, em 61,780; o dólar subia 0,55% diante do rand sul-africano, para 10,757; o dólar subia 0,07% diante do rublo, para 36,0422. Os preços do petróleo subiram em Nova York, em reação aos indicadores positivos divulgados nos EUA, mas a alta na Europa foi reduzida, devido a preocupações sobre a instabilidade política na Ucrânia. O novo recuo do yuan chinês diante do dólar também contribuiu para que os preços do petróleo Brent não subissem. "Há muita preocupação quanto à demanda, por causa dos problemas na Ucrânia e da incerteza sobre a China", disse o analista Phil Flynn, do Price Futures Group. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do petróleo bruto para abril fecharam a US$ 102,59 por barril, em alta de US$ 0,19 (0,19%). Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para abril fecharam a US$ 109,07 por barril, com alta de US$ 0,11 (0,10%). Os preços do ouro caíram, em reação à alta das ações em Nova York. Traders disseram que investidores venderam para realizar lucros, depois de terem comprado ouro nas últimas semanas em meio a preocupações quanto à estabilidade de mercados como Argentina, Turquia e Ucrânia. Na Comex, em Nova York, os contratos do ouro para abril fecharam a US$ 1.321,60 por onçatroy, em queda de US$ 10,20 (0,77%). Os preços do cobre caíram, depois de as baixas do yuan chinês nos últimos dias alimentarem o temor de que a demanda pelo metal na China possa diminuir, à medida que as indústrias do país têm menor capacidade de comprar. "O cobre está refletindo os temores que estamos vendo sobre a China neste momento", disse o analista Frank Lesh, da FuturePath Trading. Neste sábado deve ser divulgado o índice oficial de atividade industrial dos gerentes de compras da China. Na sessão viva-voz da tarde da London Metal Exchange (LME), os contratos do cobre para três meses fecharam a US$ 7.005,00 por tonelada, em baixa de US$ 20,00 (0,28%). Na Comex, os contratos de cobre para maio fecharam a US$ 3,1875 por libra-peso, em baixa de US$ 0,0135 (0,42%). file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 11/12
12 A maioria das Bolsas europeias fechou em alta, depois do informe preliminar de que o índice de preços ao consumidor da zona do euro subiu 0,8% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Economistas temiam que a inflação anual caísse a 0,6%, o que poderia levar o Banco Central Europeu a relaxar a política monetária ainda mais, para prevenir o risco de deflação. "Os números da inflação ao consumidor na zona do euro não mudam o cenário de pressões de preço muito fracas na união monetária e, portanto, não se descarta uma nova medida do BCE na próxima semana", disse o economista Jonathan Loynes, da Capital Economics. O analista Naeem Aslam, da Ava Trade, discorda: "As chances são de não haver nenhuma reação do BCE depois desses números de inflação. O mais que poderemos ter será uma pequena mudança na sinalização para o futuro." Outro indicador divulgado nesta sexta-feira foi a taxa de desemprego da zona do euro, que ficou estável em 12% em janeiro. Entre os destaques da sessão estavam ações de empresas que divulgaram resultados, como Pearson (-5,9%), Old Mutual (+5,9%) e Erste Bank (-10%). As do Bankia caíram 3,7%, depois de o governo espanhol informar que vendeu sua participação de 7,5% no banco. O índice FT-100, da Bolsa de Londres, fechou em baixa de 0,57 ponto (0,01%), em 6.809,70 pontos. O Xetra-DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 103,75 pontos (1,08%), em 9.692,08 pontos. O CAC-40, da Bolsa de Paris, subiu 11,69 pontos (0,27%), para 4.408,08 pontos. O FT-Mib, da Bolsa de Milão, avançou 121,43 pontos (0,60%), para fechar em ,41 pontos. O Ibex-35, da Bolsa de Madri, caiu 49,90 pontos (0,49%), para ,20 pontos. O PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou em alta de 76,08 pontos (1,04%), em 7.379,76 pontos. Na semana, o FT-100 acumulou uma baixa de 0,41%, o DAX subiu 0,36%, o CAC avançou 0,62%, o FT-Mib ganhou 0,23%, o Ibex subiu 0,43% e o PSI-20 teve um ganho de 2,09%. No mês de fevereiro, o FT-100 acumulou uma alta de 4,59%, o DAX subiu 4,14%, o CAC ganhou 5,82%, o FT-Mib avançou 5,27%, o Ibex teve uma valorização de 1,96% e o PSI-20 subiu 10,20%. Nos dois primeiros meses do ano, o FT-100 subiu 0,90%, o DAX avançou 1,46%, o CAC ganhou 2,61%, o FT-Mib teve uma alta de 7,77%, o Ibex ganhou 1,99% e o PSI-20 avançou 12,52%. (Renato Martins - renatop.martins@estadao.com) Volta file:///c:/documents%20and%20settings/hersz/configura%c3%a7%c3%b5es%20locais/temporary%20internet%20files/content.outlook/2xvbrq52/not 12/12
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