O exame físico e compreendido em 4 fases seguidas que devem ser: Inspeção, palpação, percussão e ausculta.
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- Mateus Maranhão Filipe
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1 EXAME FÍSICO O exame físico céfalo-caudal é muito importante na rotina do enfermeiro, porém ele precisa ser totalmente completo na admissão do paciente, os outros dias em que o paciente estiver internado, será feito uma evolução objetiva no prontuário, descrevendo assim, o que realmente for necessário, desta forma o enfermeiro terá uma disponibilidade de tempo maior para outras funções. O exame físico é conceituado como processo de exame do corpo de um paciente, com o objetivo de determinar presença ou ausência de problemas físicos. O exame físico e compreendido em 4 fases seguidas que devem ser: Inspeção, palpação, percussão e ausculta. A maioria dos pacientes com ansiedade e apreensão encara o exame físico com medo, pois tem receio do que o médico vai encontrar. Estudantes ficam apreensivos e inseguros no início, com medo de provocar desconforto ao paciente. Portanto, o estudante DEVE se preparar técnica e psicologicamente, cujo objetivo é ajudar o paciente. Sendo assim seja gentil, educado, calmo, competente e organizado, pode-se ainda continuar fazendo perguntas durante o exame físico, mantendo também o paciente informado sobre o que está fazendo ou o que irá fazer. Posições: Decúbito dorsal, decúbito ventral, decúbito lateral (direito e esquerdo), posição sentada e posição ortostática. Importante: Ambiente Deve ser tranquilo; Assegurar a privacidade do cliente; Lavar as mãos antes e depois; Preparo psicológico; ajudar o cliente e subir a descer da mesa de exame; Aquecer estetoscópio. Aquecer as suas mãos Explicar a finalidade do exame; Ao examinar cada sistema orgânico, explicar com maior detalhe; Deixar o cliente relaxado; Nunca forçar o cliente continuar; adaptar uma velocidade do exame de acordo com uma tolerância física e emocional do cliente; Acompanhar as expressões faciais do cliente; Ao examinar as partes íntimas (caso o cliente Permita), manter uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente.
2 Instrumentos necessários para o exame físico Esfigmomanômetro Estetoscópio Termômetro Fita métrica Lanterna Otoscópio Oftalmoscópio Algodão Espéculo Abaixador de língua Inspeção: Diz respeito a uma observação onde é realizada uma comparação entre os lados do corpo. É realizada uma Inspeção de cada área quanto ao seu tamanho, formato, coloração, simetria, posição e deformidades. Palpação: O examinador utiliza as mãos para tentar enxergar aquilo que não é possível aos seus olhos. Ao aplicar uma pressão sobre uma determinada área corporal o examinador tenta identificar nódulos ou massas. Verificando sinais físicos específicos como resistência, elasticidade, rugosidade, textura e mobilidade. Percussão: Consiste na produção de vibração e consequentes ondas sonoras através do batimento da superfície corporal diretamente ou indiretamente com um dos seus dedos. Devido as densidades dos diferentes órgãos do corpo humano cada um deles produz sons característicos identificados à percussão. São estes: timpânico, maciço e sub-maciço. Estômago: Timpanismo Fígado: Submacicez Ausculta: Consiste na ausculta com a utilização de um estetoscópio. Tipos de som: Som timpanico: Área de ar que contenha recoberta por uma membrana flexível - Caixa Vazia intestino, espaço de Traube (fundo do estômago). (elasticidade) Tambor-caixa vazia. Som Maciço: Regiões desprovidas de ar - coxa, coração, fígado e baço. (acompanha-se de dureza e resistência) - Parede, bloco de madeira.. Som submaciço: Variação do som maciço -presença de ar lhe dá uma característica peculiar - livro grosso, tórax pouco ar. Som claro pulmonar: som que se obtém quando se golpeia um tórax
3 normal. Os sons obtidos podem ser classificados quanto a intensidade, tonalidade e timbre - qualidades fundamentais do som. Fases do Exame Físico (Exame céfalocaudal) Observação da aparência geral do cliente Sinais vitais (Temperatura, Pulso, Respiração e Pressão Arterial) É importante verificar os pulsos: carotídeo, braquial, radial, femoral, tibial posterior, poplíteo, pedioso. 1-Pele: Cianose Central - Decorrente da inadequada oxigenação do sangue arterial nos pulmões. Correlaciona-se Diretamente Com um hipoxemia e hipóxia celular provocando uma coloração azulada que é melhor observada nos lábios, língua e mucosa oral. Cianose periférica - coloração azulada nas extremidades periféricas (Ponta dos Dedos). Palidez - Diminuição da cor devido a uma quantidade reduzida de oxihemoglobina, ou visibilidade reduzida da mesma resultante da diminuição do fluxo sanguíneo, geralmente provocada por anemia e choque respectivamente. Melhor observada na face, conjuntivas, leitos ungueais e palma das mãos. Icterícia - Aumento de depósito de bilirrubina nos tecidos - coloração amarelo-alaranjada. Eritema - Aumento da visibilidade da oxi-hemoglobina devido a dilatação ou fluxo sanguíneo aumentado. Provocado por febre, trauma direto, rubor e ingestão de álcool, observado rosto e em locais onde há maior pressão de estrutura óssea contra uma superfície rígida. Petéquia - Manchas hemorrágicas puntiformes. Equimose - manchas hemorrágicas. Hematoma - manchas hemorrágicas em grande volume no local.
4 Edema - Extravasamento de líquidos para o espaço intersticial. Trauma direto e comprometimento do retorno venoso são causas comuns de edema. É importante Avaliar o grau de fim de um edema estabelecer parâmetros de comparação, para isso é utilizado o sinal de cacifo. É realizada uma pressão com o polegar sobre a área avaliada por aproximadamente 5 segundos. A profundidade do cacifo é registrada da seguinte forma, utilizando uma escala de 1 a + 4. Turgor - Consiste na avaliação da elasticidade da pele. Para examinar o turgor cutâneo, uma prega da pele sob uma parte posterior do antebraço ou área do externo é presa com uma ponta dos dedos e liberada. O enfermeiro uma observa facilidade com que a pele e movimenta e a velocidade com que retorna à sua posição normal. O fracasso da Pele em reassumir o seu contorno ou formato desidratação indica normal. Descamação - aparência de flocos tipo caspa. Escamação - aparência tipo escama de peixe.
5 2-Cabeça: Crânio Macrocefalia - crânio anormalmente grande Microcefalia - crânio anormalmente pequeno Deformidades Couro cabeludo Inflamações (foliculites, abscessos) Pediculose: lêndeas e piolhos Sujidade, seborreia.
6 3 - Sobrancelha Verificar a sua simetria, quantidade de pelos. 4 Olhos Pálpebras xantelasma - lesões cutâneas da região palpebral provocadas pelo depósito de lipídeos na pele. Blefarite ulcerativa - Queda dos cílios blefarite não ulcerativa. Crostas hordéolos - Infecção estafilocócica das glândulas palpebrais. Exoftalmia -- Protrusão anormal de um ou de ambos os olhos fechamento das pálpebras (Pálpebra caída). Conjuntiva - palidez (anemias) Conjuntivite - esclerótica icterícia (Amarelão) Pterígio- (tecido carnoso que cresce sobre a córnea) Pupila midríase - Diâmetro aumentado Miose - Diminuído diâmetro Iris Acuidade visual Mobilidade palpebral 5 - Orelhas Inspeciona-se as orelhas, o formato, analisando o tamanho, simetria e implantação. No canal auditivo observa-se uma presença de drenagem, cerume e corpos estranhos. Acuidade Auditiva. 6 - Nariz Serosas secreções -- fluidas, brancas muco purulentas - viscosas, amareladas. Observar o formato tamanho, coloração da pele e da mucosa, presença de deformidades, inflamação e desvio de septo; Presença de sondas.
7 7 - Boca-Lábios Cianose queilose - Das rachaduras comissuras labiais Queilite - Rachadura com presença de pus Língua saburrosa - Camada esbranquiçada que surge na ausência de mastigação por 24 horas) Glossite - Vermelho vivo com sensibilidade alimentos quentes Macroglossia - Aumento da língua Dentes Inspeciona-se com o intuito de verificar a ausência de elementos e a qualidade dos dentes presentes Faringe Utilizando o abaixador de língua, é inspecionada a úvula e o palato mole. Devem estar centralmente que à medida que o cliente fala AH, deve-se avaliar a presença de edema, ulceração ou inflamação. 8 - Pescoço Observar-se a presença de nódulos massas, turgência de Jugulares e desvio de traqueia. Avaliar mobilidade Pulso carotídeo Ganglio occipital: Abaixo da proeminência occipital. Ganglio retro auricular: Abaixo do processo mastoide. Gânglio pré-auricular: Frente ao ouvido. Ganglio retro-faringianos: Abaixo do ângulo da mandíbula. Ganglio submandibular: Abaixo da linha da mandíbula média, entre mento e o angulo da mandíbula. Ganglio sub--mentoniano: Abaixo do processo mentual da mandíbula. Palpação da tireóide. O examinador posiciona-se atrás ou a frente do cliente, que flexiona o pescoço para frente e lateralmente na Direção do lado que está sendo examinado, ao pedir que o cliente degluta o examinador sente com os dedos posicionados de cada lado da traqueia. 9 - Membros Superiores (D e E) Verificar se a pele está íntegra, musculatura, mobilidade, rede venosa, pulsos periféricos, alguma Anormalidade, alguma fratura, Verificar as unhas se sujidade, Se estão quebradiças, perfusão Tissular está eficaz ou não, cicatrizes, manchas, nódulos... - Músculos: variam conforme o tipo físico e atividade de cada cliente. Mede-se a circunferência bilateral para avaliar o grau de massa muscular. Problemas: alteração da massa muscular (distrofia, atrofia ou hipertrofia), agenesia, abscesso, nódulos, tumores. Tônus muscular: hipertonia (rigidez) e hipotonia (flacidez). Motilidade: Involuntária: tremores, tiques e miastemia
8 Plegias: hemi, mono, para e tetra. Paresias: hemi, mono, para e tetra. Força muscular: é maior do lado dominante, está diretamente ligada ao sexo, idade e condicionamento físico. Avalia-se em movimento contra resistência. Problemas: algia (contraturas e distensões) e fraqueza muscular. - Articulações: avalia-se em relação à amplitude dos movimentos ativos e passivos e condições dos tecidos circundantes. Limitação do movimento: artrite reumatoide, osteoporose, inflamações dos tecidos peri-articulares, contusão e entorse. Inflamação: sinovite, bursite e febre reumática. Deformidade: contratura, luxação, artrite reumatoide, fratura e artropatia degenerativa. Alterações de movimentação: paralisia, mioclonia e tetania. Nódulos. Artralgia Tórax Verificar as mamas; simetria. Formas: cifótico, infundibuliforme ou peito escavado em quilha, cariniforme ou peito de pombo, cifoescoliótico ou escoliótico Começando da sua esquerda para a direita do PC. FOTO 1 normal FOTO 2 globoso FOTO 3 Cifótico FOTO 4 Infundibuliforme FOTO 5 Cariniforme
9 AUSCULTAS: Mitral em Foco: na Sede do Ictus Cordis (5 º espaço intercostal, Esquerdo Linha hemiclavicular). Foco tricúspide: Na base do apêndice xifoide. Pulmonar em Foco: 2 º Espaço intercostal Direito, linha paresternal. Aórtico em Foco: 2 º Espaço intercostal esquerdo, linha paresternal. Foco aórtico acessório (ponto de ERB): 3 º espaço intercostal esquerdo, linha para-esternal. Bulhas cardíacas: 1 º bulha cardíaca (B1): corresponde Simultâneo ao fechamento das valvas tricúspide e mitral. É melhor ouvida sem foco e sem foco mitral tricúspide, Ela mostra-se na sístole. TUM. 2 º bulha cardíaca (B2): corresponde Simultâneo ao fechamento das valvas pulmonar e aórtica. É melhor ouvida sem foco pulmonar e foco aórtico. TA Obs.: A abertura das valvas Só pode ser ouvida se estas estiverem lesadas. Posição do paciente e examinador: Descoberto decúbito dorsal, cabeça apoiada em um travesseiro pequeno tórax. POSIÇÃO Outra: paciente sentado e o examinador do lado direito do paciente em pé (para melhor ouvir a base do coração). POSIÇÃO Outra: paciente em decúbito lateral esquerdo e a mão esquerda na cabeça. O examinador em pé do lado direito
10 O exame da mamas Fazer tanto em mulheres quanto homens Utiliza-se a inspeção e palpação. Faz-se a inspeção estática e dinâmica. A cliente deve estar sentada ou em pé, com os braços ao longo do corpo. Inspeciona: - tamanho e simetria - contorno - textura - características da pele Palpação A cliente deve estar em decúbito dorsal com os braços levantados e as mãos na nuca com o travesseiro sobre os ombros. Palpa-se utilizando as polpas dos dedos anular, indicados e médio em movimentos circulares, comprimindo delicadamente o tecido mamário contra a parede torácica. Deve-se encaminhar de modo sistemático, investigando a elasticidade e consistência dos tecidos, resposta a estímulos, táteis, sensibilidade dolorosa, presença de massas. Faz-se em seguida a expressão do mamilo verificando a saída de secreção ou não. Mamas o tamanho varia entre as mulheres, são relativamente simétricas. Tem forma arredondada, textura macia, superfície lisa sem depressões ou abaulamentos. A consistência e a elasticidade vão desde o tecido firme e elástico ao flácido e macio. Problemas: sinais inflamatórios, retração da pele, assimetria mamária, nódulos, edema, lesões e ulcerações, hipersensibilidade e dor. Mamilos e aréolas são simétricos, arredondados ou ovalados e superfície contínua. São evertidos, não apresentam secreções e possuem capacidade erétil. Problemas: assimetria, retração da aréola ou do mamilo, inversão mamilar, drenagem de secreção, edema, ulcerações, fissuras, hipersensibilidade, ausência de ereção aos estímulos.
11 Axilas Palpa-se a axila após cada exame das mamas. Os gânglios axilares não são palpáveis. Os linfonodos supra e infra claviculares devem ser palpados. Problemas: erupções da pele, pigmentação incomum, nódulos sensíveis e sem mobilidade, sinais flogísticos. EXAME DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral para o exame físico divide-se em: cervical, torácica, e lombo-sacra. O cliente deve estar em pé com os pés um pouco separados, membros superiores ao lado do corpo. Observam-se: - Face anterior - Face lateral onde são observadas as curvaturas normais: lordose cervical, cifose dorsal e lordose lombar. - Face posterior é observada através de uma linha imaginária que passa nos ombros, pontas escapulares, cristas ilíacas, pregas glútea e poplíteas, que deve estar no mesmo nível. Depois imagina-se uma linha vertical, ligando as apófises espinhosas seguindo a linha inter-glútea. Problemas: lordose (condição em que a curva lombar natural da espinha se mostra exagerada), cifose (é um aumento na curvatura da área torácica) e escoliose (curvatura lateral pronunciada da espinha) Pulmões Respiração torácica respiração - Comum nas mulheres Respiração abdominal e respiração tóraco-abdominal - Comum nos homens Inspeção dinâmica na inspeção dinâmica verifica-se: - Frequência respiratória: o seu valor varia conforme a idade, nível de
12 atividades físicas e estado emocional. O normal no adulto é de 16 a 20 incursões por minuto eupneia. Problemas de enfermagem: taquipneia (aumento da frequência respiratória), bradipneia (diminuição da frequências respiratória) apneia (ausência da frequências respiratória). - Tipo respiratório Verifica-se a movimentação do tórax e abdome. Normal: há 3 tipos respiratórios: respiração torácica (comum nas mulheres), respiração abdominal e respiração tóraco-abdominal (comum em homens). Problemas de enfermagem: a troca do tipo de respiração é importante em paciente com nível de consciência deprimido respiração tipo torácica em homens com abdome agudo e respiração abdominal em mulheres com pleurites. - Ritmo para analisá-lo deve-se desviar por no mínimo 2 minutos a seqüência, a forma e a amplitude das incursões respiratórias. A inspiração dura aproximadamente a metade da expiração. Na Palpação investiga-se: - Expansibilidade torácica a expansibilidade torácica é igual em regiões simétricas, pode variar com o sexo (sendo mais nítida nas bases no homem e nos ápices nas mulheres). Na AUSCULTA: Faz-se ausculta do tórax, estando o cliente sentado com o tórax descoberto. Solicite ao cliente que respire mais profundamente com os lábios entreabertos, sem fazer ruídos. O trânsito de ar pelo trato respiratório na inspiração é capaz de produzir três tipos de sons normais da respiração. Murmúrios vesiculares: São sons respiratórios normais, produzidos turbulência da entrada do ar e pelos alvéolos bronquíolos. São audíveis em todos os campos pulmonares.
13 No círculo amarelo, é possível ouvir o som traqueal. Os sons, são intensos, agudos e a fase expiratória é mais longa que a inspiratória. No círculo lilás pode-se ouvir o som brônquico nas áreas de projeção dos brônquios de maior calibre, O som é caracterizado por um timbre agudo, intenso e oco. Na fase expiratória é mais forte e prolongado. Quando auscultado na periferia do pulmão, significa transmissão anormal do som devido a condensação pulmonar, por exemplo em caso de pneumonia. No círculo vermelho pode-se ouvir o som vesicular ou murmúrio vesicular que é formado pela passagem de ar pela parênquima pulmonar. É auscultado em toda a extensão do tórax, sendo mais intenso nas bases pulmonares. O timbre é grave e suave, mais prolongado na fase inspiratória e mais audível na região Anteroposterior, nas axilas e nas regiões infraescapulares. No círculo verde ira-se ouvir o som broncovesicular a qual somam-se duas características sonoras, o brônquica e o murmúrio vesicular. Auscultado normalmente entre o primeiro e o segundo espaços intercostais no tórax anterior e entre as escapulas no nível da terceira e quarta vértebras. A ausculta pulmonar é feita na região anterior, posterior e laterais do tórax. Sobre as escápulas os sons do pulmão podem estar atenuados devido à reflexão que ocorre quando a onda sonora passa do meio líquido para o meio ósseo. Quando são auscultadas as regiões posteriores do tórax, os ruídos pulmonares são ouvidos mais intensamente abaixo das escápulas e nas regiões paraverteais. Também devem se auscultadas as fossas supra e subclaviculares, regiões onde melhor se ouvem os sons dos ápices pulmonares Ruídos adventícios ou estertores: São sons respiratórios anormais que se superpõem aos sons respiratórios normais. Podem ser: Crepitantes: Audíveis quando há abertura súbita das vias aéreas pequenas
14 cheias de líquido. São mais audíveis durante uma inspiração e não desaparecem com uma tosse. Podem ser encontrados em pacientes com edema pulmonar, fibrose, bronquite, bronquiectasia e com pneumonia.o com de uma crepitação pode ser produzido esfregando-se uma mecha de cabelo contra os dedos. Subcrepitantes: Assemelha-se ao rompimento de pequenas bolhas, podendo ser auscultados no final da expiração e início da inspiração, não se modificam com uma tosse. Indicativos de pneumonia bronquite, broncopneumonia. Roncos: Ocorrem em consequência da passagem de ar pelas vias aéreas estreitadas, repletas de secreções ou líquidos. São mais audíveis durante uma expiração e se modificam com uma tosse. Sibilos: São ruídos sussurrantes, decorrentes da passagem do ar por vias aéreas estreitadas. Quando muito intensos podem ser audíveis sem estetoscópio. São Associados bronco constrição uma asma, bronquite. Atrito pleural: Decorrente de uma inflamação pleural, os sons são do tipo Fricção causados por duas superfícies pleurais ressecadas que deslizam uma sobre a outra. Cornagem: É uma respiração ruidosa causada por uma obstrução ao nível da laringe e / ou traqueia. Os sons timpânicos podem ser, maciços, e submaciços Abdômen Nesse exame, como também em toda a parte do corpo, é necessário usar as técnicas de: Inspeção, palpação, percussão e ausculta. Inspeção: Observar a forma, abaulamento, retração, circulação colateral e localização da cicatriz umbilical, outras cicatrizes. O abdome é plano, apresentando ligeira depressão na parte superior e uma ligeira proeminência na inferior. Sua rede venosa superficial não é visível.
15 A pulsação mediana supra umbilical da aorta abdominal é somente observada em indivíduos magros. Investiga-se: Forma e volume variam de acordo com a idade, o sexo e o estado de nutrição do cliente. Problemas de enfermagem: abdome globoso (abscesso, abdome agudo), abdome em batráquio (ascite), abdome em avental (obeso), retraído ou escavado (Desidratação de 3º. Grau, caquexia), abdome pendular (visceroptose). Abaulamento localizado distensão dos segmentos do tubo digestório, visceromegalias acentuadas, tumores, hérnias, etc. Pele cicatrizes, lesões. Pêlos Cicatriz umbilical É mediana, simétrica, com depressão circular ou linear e entre a distância xifopubiana. Problemas de enfermagem: protrusão, deslocamento para cima, baixo ou lateralmente, tumorações (inflamatórias, neoplásicas), coloração azulada ou amarelada periumbilical, hérnias (manobra da tosse). Ausculta: Através do estetoscópio detecta-se os ruídos peristálticos ou ruídos Hidroaéreos (RHA), em toda extensão do abdome e possibilita a avaliação de toda sua frequência e características. Fazer ausculta nos quatro quadrantes, um mínimo de 15 segundos em cada um. O som auscultado é denominado de ruídos peristálticos ou hidroaéreos (RHA). O normal é
16 escutar 05 ruídos por minuto ou no mínimo um a cada dois minutos. Temos o peristaltismo normal, aumentado, diminuído ou ausente. Deve proceder a palpação e a percussão, pois testes podem alterar os sons intestinais; Palpação superficial: Utiliza-se as mãos espalmadas com as polpas digitais em movimentos rotativos e rápidos nas regiões do abdome. Permite reconhecer a sensibilidade, a integridade anatômica e a tensão da parede abdominal. Antes de realizá-la deve-se prestar atenção aos seguintes pontos: - Observar se há dor - Fazer inicialmente palpação superficial - Aproveitar a fase inspiratória para aprofundar mais a palpação - Distrair a atenção do cliente, para relaxá-lo. - Observar suas reações - Verificar sensibilidade, mobilidade, consistência dos órgãos. - Sempre observar uma ordem a palpar. O peritônio é indolor podendo ocorrer contrações involuntárias devido às mãos frias, cócegas. Verifica-se: - Parede abdominal observa-se: espessura, turgor. Pode estar aumentada (edema, adiposidade), diminuída (desnutrição, desidratação), flácida (aumentos repetidos do abdome). - Tensão da parede - Soluções de continuidade da parede: hérnias, abaulamentos da parede. - Sensibilidade. Baço Palpação profunda e percussão: Posicione o paciente em decúbito lateral direito, mantenha-se à direita com o dorso voltado para a cabeceira da cama. Com as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E, hipocôndrio E até o epigastro. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de alterações patológicas. No entanto, na percussão dígitodigital pode ser percebida a borda superior do baço, inclusive, nos pequenos aumentos de volumes (06 cm2 ). Intestinos Palpação profunda: Somente o ceco e o sigmoide são palpáveis devido à sua localização sobre o músculo psoas. Posicione-se à direita do paciente com as mãos paralelas fletidas em garra. Na expiração penetrar com as mãos ao nível da cicatriz umbilical até o músculo psoas. Deslizar as mãos obliquamente em direção à região inguinal direita. Se o paciente referir dor após essa manobra, poderá apresentar sinal de Blumberg positivo. Repita no lado esquerdo para palpação do sigmoide, indicando presença de fecaloma. Esofageana - Tem a sensação de parada do bolo alimentar não esôfago
17 Fígado Palpação profunda: Deve-se permanecer à direita do tórax do paciente com o dorso voltado para sua cabeceira. Colocar as mãos paralelas com os dedos fletidos em garras, desde a linha axilar anterior deslizando cuidadosamente do hipocôndrio direito até o hipocôndrio esquerdo. Solicita-se ao paciente para inspirar profundamente pois, nesta fase, devido ao impulso diafragmático, o fígado desce facilitando a palpação da borda hepática. Odinofagia -- Dor que surge com uma ingestão de alimentos. Localiza-se atrás do esterno. Pirose - Azia, queimação esofageana. Dor - Não depende do ato de ingerir. Ocorre sensação de opressão retroesternal irradiando para o pescoço, ombros e MMSS. Regurgitação - Volta do alimento ou secreções não contidas esôfago ou estômago à cavidade bucal. Eructação - Arroto Singulto - Soluço - contrações espasmódicas do diafragma. Sialose, sialorreia ou ptialismo -- Produção excessiva de secreção salivar. Hematêmese - Vômito com sangue. Hemorragia digestiva alta - sangue vermelho vivo Hemorragia digestiva baixa - Aspecto borra de café Aspecto fecaloide odor e - também indicar obstrução intestinal. Epigastrica Dor -- Percebida na linha mediana, poucos centímetros abaixo do apêndice xifóide; contínua e intensa dor na parte alta do abdômen. 13 Gênito urinário Investigar sinais e sintomas: poliúria, oligúria, anúria, nictúria, dor/cólica, febre, aumento de ureia e creatinina plasmáticas, alteração nos eletrólitos, náuseas e vômitos, incontinência urinária, hematúria, urgência miccional INSPEÇÃO RENAL - Observar abaulamentos PERCUSSÃO RENAL Sinal de Giordano 14 - Genitália Verificar alguma Anormalidade, presença de diurese e eliminações intestinais em pouca quantidade ou em grande. Ao examinar um Genitália (caso o cliente Permita), manter uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente. Caso um cliente não Permita ou por algum outro motivo que interfira o seu exame pode, assim você escrever: (SIC) que significa Informações colhidas Segundo. Genitália feminina: compreendem a vulva, formados pelos
18 grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, meato da uretra, glândulas Skene, introito vaginal, hímen, glândulas e ducto de Bartolini, períneo, vagina, útero e os anexos (tuba uterina, ligamentos e ovários). O exame físico é realizado inspeção, palpação, percussão e ausculta. A cliente deve ser colocada em posição ginecológica. Inspeção: observa a morfologia, trofismo, à presença ou não de lesões e a distribuição de pêlos. A inspeção do orifício vaginal é realizada tracionando os grandes e pequenos lábios para baixo e para trás e separando no sentido lateral. Observa-se, então, a colocação, o trofismo, amplitude, a presença e hiperemia dos orifícios glandulares. Problemas: cistocele, retocele, corrimento vaginal e prolapso uterino. Órgãos internos: é necessário o espéculo vaginal, que afastará as paredes da vagina, permitindo a visualização do colo do útero, e do conteúdo vaginal. Pode-se colher material do colo do útero e também da vagina quando há secreções ou rotineiramente para prevenção do câncer uterino (Papa Nicolau). A palpação é realizada com mão enluvada e a bexiga vazia. A primeira estrutura a ser palpada é o períneo. Depois penetrando mais a mão palpa-se o colo do útero, investigando sua consistência e formato. Para palpar os outros órgãos deve se usar a palpação bimanual, isto é, a outra mão é pousada sobre o abdome para auxiliar a mão que está na vagina. Genitália masculina: compreende o pênis, bolsa escrotal, testículos, epidídimos, o cordão espermático, a próstata e as vesículas seminais. A uretra é uma estrutura comum aos aparelhos urinário e genitália. Deve-se avaliar as regiões inguinais, linfonodos, região perineal e pélvica. É utilizada a inspeção, palpação e transluminação. O cliente pode estar de pé ou decúbito dorsal horizontal. O cliente pode estar de pé ou decúbito dorsal horizontal. - Pênis: prepúcio: ao ser tracionado permite a exposição completa da glande. Problemas: fimose, parafimose, lesões e ulcerações. - Glande: há um sulco que secreta uma secreção gordurosa (esmegma). Problemas: acúmulo de esmegma (balanite), lesões devido as DST ou carcinomas, área de endurecimento fibroso. - Meato uretral: localizado na ponta da glande. Problemas: estenose, hipospádia e epispádia. - Uretra: não é dolorida a palpação, não existe drenagem de secreção no momento da expressão da uretra. Problemas: palpação dolorosa (uretrite), drenagem de secreções (infecções), áreas endurecidas, estenose de uretra. - Escroto: observa-se a simetria da pele, úlceras, presença dos testículos e massas escrotais. Problemas: escoriações da pele, lesões, dor, massas, nódulos, assimetria, neoplasias, edemas, varicocele, hidrocele, hérnias, criptorquídias. - Períneo: é simétrico e sem lesões. Problemas: lesões e DST. - Próstata: é examinada pelo toque retal. É palpada sobre a superfície
19 ventral da parede retal. Quando há queixa de fenômenos urinários irritativos: disúria, polaciúria, estranguria, associados à diminuição da força do jato urinário, isto é, denominado de prostatismo (decorrente de uma hiperplasia e próstata) Membros inferiores (E e D) Verificar pele íntegra, musculatura, visualização de rede venosa, varizes, cicatrizes, pilosidade, pulsos periféricos, edema, unhas quebradiças, sujidade, perfusão tissular eficaz ou não. Planta do pé, Verificar se está ressecada, etc... O cliente a se examinado deve encontrar-se de pé, decúbito dorsal horizontal, ou sentado. Utiliza-se a inspeção, palpação e movimentação simultaneamente, observando: - Ossos: devem ser simétricos e alinhados. Problemas: deformação com angulação para dentro: genu valgo, coxa valgo e hálux valgo. Deformidade com angulação para fora: geno varo, coxa vara, perna vara, pé varo e hálux varo. Deformações localizadas e associadas a sinal flogístico: abscesso, tumor e fraturas. Defeitos ósseos. - Músculos: variam conforme o tipo físico e atividade de cada cliente. Mede-se a circunferência bilateral para avaliar o grau de massa muscular. Problemas: alteração da massa muscular (distrofia, atrofia ou hipertrofia), agenesia, abscesso, nódulos, tumores. Tônus muscular: hipertonia (rigidez) e hipotonia (flacidez). Motilidade: Involuntária: tremores, tiques e miastenia Plegias: hemi, mono, para e tetra. Paresias: hemi, mono, para e tetra. Força muscular: é maior do lado dominante, está diretamente ligada ao sexo, idade e condicionamento físico. Avalia-se em movimento contra resistência. Problemas: algia (contraturas e distensões) e fraqueza muscular. - Articulações: avalia-se em relação à amplitude dos movimentos ativos e passivos e condições dos tecidos circundantes. Limitação do movimento: artrite reumatoide, osteoporose, inflamações dos tecidos periarticulares, contusão e entorse. Inflamação: sinovite, bursite e febre reumática. Deformidade: contratura, luxação, artrite reumatoide, fratura e artropatia degenerativa. Alterações de movimentação: paralisia, mioclonia e tetania. Nódulos. Artralgia. - Rede venosa: para realizar o exame é necessário garrotear o membro, avaliando a presença de varizes e edema. - Número de dedos das mãos e pés.
20 - Pele - Marcha - Pulsos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SMITH-TEMPLE, J.; JOHNSON, J.Y. Guia para procedimento de enfermagem. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, p. POSSO, M.B.S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Editora Atheneu, p. KOCH, R.M.; MOTTA, H.S.; WALTER, R.L.; HORIUCHI, L.N.O; PALOSCHI,I.M.; RIBAS, M.L.W. Técnicas básicas de enfermagem. 14 ed. Curitiba: Florence: Distribuidora de Livros, p. TIMBY, B.K.
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