DEDICAÇÃO TAMBÉM É TALENTO

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2 Editorial DEDICAÇÃO TAMBÉM É TALENTO Nesta edição de fevereiro do Boletim Sescon Campinas damos destaque a uma reportagem sobre como encontrar e reter talentos nas empresas. É um assunto que recomendo leitura, dada a extrema importância de sabermos, cada vez mais, como melhorar e consolidar nossos empreendimentos. Apesar de a palavra talento denotar certo grau de dom natural, o real significado dela, pelo menos na nossa área, é muito mais amplo. Um profissional de contabilidade talentoso é aquele que treina para manter a mente afiada. Não é aquele que não comete erros que não existe, mas o que sabe revisar o trabalho e, com confiança, corrigir os erros cometidos. Talento é formado por determinação, inteligência, conhecimento e experiência. Essas características garantem um bom profissional, e não somente na área de contabilidade. Acima de tudo, o profissional dedicado é sempre um talento a ser valorizado, pois dá continuamente provas de que, não importa o cargo que estiver ocupando, estará sempre disposto a melhorar, crescer e enfrentar novos desafios. Quando encontramos pessoas que possuem esse potencial, é essencial fazer o máximo possível para mantê-las. Daí a importância também de um bom líder. Aquele que conhece a fórmula de como tornar agradável um ambiente em que todos precisam estar concentrados em números, fazer ligações silenciosas e ter disciplina rigorosa. A empresa, é claro, tem um dever importantíssimo na tarefa de segurar seus talentos, ao fornecer, desde o processo seletivo, informações verdadeiras sobre as reais possibilidades de crescimento dentro do grupo. Além dessa matéria, continuamos também um tema iniciado na última edição, sobre aplicações financeiras. Desta vez, consultamos especialistas que dão algumas dicas para que micro e pequenas empresas façam o dinheiro render de forma inteligente. Espero que aproveitem ao máximo o conteúdo deste mês. Não deixem também de mandar sugestões, críticas e dúvidas para nós, pelo sescon@ happyhourcom.com.br. Um abraço e boa leitura! José Homero Adabo Presidente do Sescon Campinas EXPEDIENTE Sescon Campinas Av. Irmã Serafina, 863, 2º andar, CJ 21 e 22 - Centro - CEP Tel./Fax: (19) sesconcampinas@uol.com.br Diretoria Presidente: José Homero Adabo Vice Presidente: Rodrigo de Abreu Gonzales Vice Presidente Financeiro: Carlos José Tozzi Diretor Financeiro: Edison Ferreira Rodrigues Vice Presidente Administrativo: Osvijomar de Seixas Queiroz Jr Diretor Administrativo: Marcelo Viaro Berloffa Vice Presidente Social: Carlos Luiz Barroso Ehrenberg Suplentes da Diretoria Executiva Antônio Cândido Vieira de Almeida Barbosa; Breno Acimar Pacheco Correa; Edevaldo Pereira de Souza; Júlio Fabretti Filho; Wilson Roberto Anselmi. Membros do Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Antonio Baptista; Gervásio de Souza; Luis Antonio Ercoles. Suplentes: Antônio Carlos Daniele; Dalmo Otacílio Arten; Valdessir Javaroni. Produção editorial e gráfica Happy Hour Comunicação contato@happyhourcom.com.br Tel. (19) Jornalistas responsáveis Carlos Eduardo Moura (MtB ) e Arthur Pradella. Editoração e produção gráfica Caio Buzatto 2

3 Sescon Campinas divulga cursos para 2012 Visando oferecer boas opções de aprimoramento a seus associados, o Sescon Campinas divulgou este mês os próximos cursos de Para a lista completa e atualizada, acesse o site Data Curso Carga Horária Professor 15/02/2012 Dacon E Sped Pis/Cofins 08 horas Jaceguay Nunes 21/03/2012 Lucro Real Teoria X Prática 08 horas Luiz Geraldo Alves 18/04/2012 Retenção Na Fonte (Irf/ Pis/ Cofins/ Inss/ Iss) Notas do Sescon Campinas 08 horas Luiz Geraldo Alves 10/05/2012 Sped E Escrituração Fiscal Digital 08 horas Roberta Gemente 23/05/2012 Substituição Tributária 08 horas Sandra Maria Cabral 19/06/ /06/2012 Lucro Real, Presumido E Arbitrado Controladoria Para Empresas De Serviços Contábeis 08 horas Maria Paula 08 horas Paulo H. Vaz Investimento R$ 234,55 para empresas associadas ao Sescon Campinas e Aescon Campinas R$ 401,46 para empresas associadas ao Sescon Campinas ou Aescon Campinas R$ 488,91 para empresas filiadas R$ 572,37 para empresa particular. Todos os cursos incluem apostila, cofeee-break e certificado. Descontos 10% para 2 até 5 inscritos* e para pagamentos à vista; 20% acima de 6 inscritos*; 25% para estudantes de cursos técnicos e universitários (lato ou stricto sensu). * Válido para a mesma turma, desde que as inscrições sejam realizadas no mesmo ato Notas Contábeis Forma de pagamento Boleto bancário para pagamentos à vista; Cartões de crédito Visa ou Mastercard para parcelamentos em até 3x, exceto para cartões emitidos no exterior e cartões corporativos. Local e mais informações Os cursos são ministrados na sede do Sescon Campinas, à rua Irmã Serafina, andar, salas 21 e 22, em Campinas (SP). Mais informações pelo telefone (19) Coral do Sescon Campinas retoma atividades O coral do Sescon Campinas já retomou as atividades em 2012 e continua aceitando novos membros. Os ensaios acontecem semanalmente. Integrar os associados e oferecer qualidade de vida são os dois principais objetivos da criação do coral da entidade. O Sescon Campinas acredita que um trabalho musical contribui com a diminuição do stress, tanto na vida pessoal quanto profissional e acredita na força da arte como uma poderosa ferramenta para melhorar a qualidade de vida. Para os que ainda querem se inscrever, basta entrar em contato pelo sesconcampinas@sesconcampinas.org. br ou pelo telefone (19) Supersimples recebe mais de 50 mil registros em janeiro Mais de 52 mil empresas conseguiram entrar no Simples Nacional em janeiro deste ano. O número é do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). Elas integram um lote de 244,5 mil empresas que solicitaram entrada no sistema no mês passado. O Supersimples conta atualmente com mais de 5,9 milhões de negócios. Destes, cerca de 1,9 milhão são empreendedores individuais (EI) - profissionais de 471 atividades que atuam por conta própria e têm renda bruta anual de no máximo R$ 60 mil. À espera do STF, companhias afastam ICMS de PIS e COFINS Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não julga um dos últimos e maiores embates tributários do País, diversas empresas têm conseguido na Justiça a exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Recente decisão, do final de dezembro, livrou uma empresa do ramo automobilístico de incluir os valores do ICMS e autorizou a compensação dos valores recolhidos indevidamente nos últimos cinco anos. Novidades para as empresas do Simples Nacional O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou resoluções que trazem importantes novidades paras as empresas que se enquadram no sistema simplificado de tributos, entre elas a prorrogação para pagamento de tributos e para apresentação da declaração anual. Devedores devem regularizar débitos trabalhistas para obter certidão negativa Desde o dia 4 de janeiro, a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que pretendem participar de licitações públicas. Para obter o documento, os interessados devem regularizar seus débitos trabalhistas. O Tribunal Superior do Trabalho estipulou um prazo para que os devedores paguem ou justifiquem a falta de pagamento antes de serem negativados. Justiça aceitará cartão de crédito A Justiça começará a aceitar cartões de crédito ou débito para o pagamento de dívidas trabalhistas ainda este ano. O compromisso formal que faltava para que a medida fosse concretizada foi firmada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A iniciativa inédita deve agilizar o pagamento das condenações ao repassar o dinheiro rapidamente à parte beneficiada e reduzir a burocracia para o arquivamento dos processos finalizados. Atualmente, o acerto dessas dívidas é feito via depósitos bancários e envolve uma série de etapas burocráticas. 3

4 SUA EMPRESA PRECISA DE TALENTOS A falta de mão de obra qualificada é um dos principais gargalos para as empresas no Brasil. Encontrar e, acima de tudo, saber como manter talentos é, portanto, vital Dois dos maiores desafios que o Brasil ainda precisa ultrapassar são essencialmente conflitantes. Por um lado, o desemprego que, apesar de estar em um empolgante ritmo de diminuição, ainda é o flagelo de milhões de brasileiros. Do outro lado, a falta de mão de obra especializada, que tem ficado cada vez mais evidente como um dos principais gargalos para o crescimento sustentável da economia e do país. Resolver essa equação significa diminuir a desigualdade social e, ao mesmo tempo, soltar os freios que têm segurado a disparada do Brasil em direção à prosperidade. Enquanto ela permanece sem solução, entretanto, tudo o que qualquer um pode fazer é lutar com seus próprios meios para sobreviver e, mais do que isso, crescer. Por isso, encontrar, treinar e, acima de tudo, conseguir manter pessoas que agregam valor às empresas se torna uma questão de vital importância. O ativo mais valioso de uma empresa não são máquinas ou processos, são as pessoas, declara o empresário e consultor em recursos humanos Alexandro José Veiga. Bons gestores são a diferença entre a vida e morte de uma companhia, especialmente no começo e especialmente as micro e pequenas, pondera. A importância das pessoas vai de uma ponta a outra na cadeia hierárquica, segundo Veiga. É importante valorizar desde o mais simples até o mais graduado colaborador. O único requisito é que eles sejam realmente bons e realmente dedicados, explica o especialista. Como fazer? Mão de obra qualificada não significa somente aqueles que mais estudaram. Significa uma interseção de fatores como experiência, dedicação, estudo formal e até mesmo o que poderia ser chamado de dom natural, como capacidade de liderança, aptidão para trabalhar com equipes, entre outras características. Uma pessoa que possua todas essas qualidades é rara e, portanto, precisa ser valorizada. Em teoria, é muito fácil, mas como é possível, especialmente para uma empresa pequena e sem muitos recursos, segurar um funcionário em mercado tão competitivo? Manter bons colaboradores requer bons líderes. Um bom líder sabe reconhecer potencial e identificar no funcionário aquilo que ele mesmo desejou alcançar. A tarefa é mais difícil, mas não impossível, observa Veiga. A resposta em geral está mais ligada à lealdade do que simplesmente salários altos ou benefícios. Um funcionário valorizado é aquele que sente que faz parte da empresa, que sente que o sucesso tanto dele quanto do lugar onde trabalha depende da sua própria dedicação, ensina o gestor. O ideal, portanto, no caso de um empreendimento pequeno, é fazer de tudo para que os talentos da sua empresa sintam-se um pouco como proprietários. Incentivar o espírito de lealdade é o melhor caminho para isso, diz Veiga. Setor contábil O setor contábil, assim como outras áreas, sofre para saber como lidar com a chamada Geração Y, jovens de 25 a 35 anos que, por terem crescido em um ambiente de rápido avanço tecnológico, sentem a necessidade de crescer rapidamente, evoluir na mesma velocidade do mundo em volta. Esse estilo imediatista os torna impacientes, às vezes até inseguros. Por outro lado, geralmente aprendem rápido e lidam com novas tecnologias muito mais fácil do que a geração anterior, o que os dá, consequentemente, um potencial muito grande para contribuir com ideias e ações para o crescimento do setor. Para o presidente do Sescon Campinas e sócio-fundador do Escritório Taquaral, José Homero Adabo, o que os empresários podem oferecer a esses jovens é o desafio constante. Essa geração se sente motivada pelo desafio, não gostam de rotinas monótonas e trabalho repetitivo, diz Adabo. Segundo Adabo, o setor contábil enfrenta uma dificuldade ainda maior para reter talentos, por conta da grande rotatividade. Escritórios de pequeno e médio porte em geral servem para treinar os jovens, que então são contratados por empresas multinacionais, bancos e montadoras de veículos, diz. A receita, segundo ele, consiste em uma combinação balanceada de três fatores: bom ambiente de trabalho, perspectiva de crescimento e trabalho instigante. Utilizando de práticas que garantam isso, temos conseguido manter uma rotatividade baixa, o que é incomum em escritórios de contabilidade, observa. 4

5 O consultor Alexandro Veiga: Bons gestores são a diferença entre a vida e morte de uma companhia, especialmente no começo e especialmente as micro e pequenas DICAS Levando em conta as orientações de Alexandro Veiga, o Boletim de Sescon Campinas trouxe algumas dicas sobre as melhores práticas para manter um talento na sua empresa.» O primeiro desafio da empresa é o de oferecer concretas perspectivas de progresso no futuro. Planos de carreira e de aumento salarial não precisam significar gastos exorbitantes, mas sempre dão ao colaborador uma perspectiva de crescimento, um caminho por onde seguir e uma meta a alcançar.» O segundo item que mais determina a satisfação do funcionário é o clima organizacional. Um local onde reine o alto astral e seja um prazer ir trabalhar todos os dias. O desafio da empresa e do bom líder é injetar energia positiva no ambiente, fazendo com que o dia-a-dia seja agradável e, na medida do possível, descontraído.» O terceiro item mais importante é a remuneração. O dinheiro é fundamental, óbvio, mas não precisa ser o mais importante. Pesquisas mostram que bons profissionais estão muito mais interessados em superar metas próprias de realizações do que com remuneração. Por outro lado, se você pagar abaixo da média do mercado, fará com que muitos busquem oportunidades em outras empresas.» O quarto fator mais importante é relativamente novo no ambiente empresarial. Trata-se da responsabilidade social do empregador. As pessoas querem trabalhar em atividades que ofereçam uma contribuição social para o mundo. Os funcionários hoje estão ligados nas atitudes e ações de suas empresas.» O quinto mais importante fator é o grau de estresse. Aquele ambiente de panela de pressão para resultados rápidos e eficazes influencia negativamente na felicidade e satisfação do colaborador. A competição entre as empresas cria um bom grau de estresse. Faça com que esse grau de estresse não se torne insuportável, ou você vai perder seu bom colaborador.» O sexto item é o estilo do processo decisório que existe em sua empresa. O processo decisório participativo aumenta a satisfação dos funcionários; os processos autoritários estão em baixa. Para reter seus talentos, faça com que eles participem das decisões, escute o que eles têm a dizer, dê a eles a chance concreta de colaborarem com boas idéias. *Fonte: Catho Online 5

6 INVESTIMENTOS PARA O EMPREENDEDOR Quais são as melhores aplicações financeiras para um micro ou pequeno empreendedor? Consultamos especialistas para dar dicas de como fazer o dinheiro da sua empresa render Aplicação financeira nunca é livre de riscos. No entanto, quanto maior o risco, melhor o rendimento. Achar o meio termo nessa balança já é difícil para o investidor individual. Quando são as empresas que pretendem fazer o dinheiro render, então, a tarefa se torna um pouco mais complicada. A maior parte dos especialistas concorda, no entanto, que deixar de aplicar dinheiro que, de outra forma, ficará parado, é uma atitude pouco inteligente. Empresas que guardam recursos durante o ano para pagar despesas como férias e décimo terceiro podem muito bem escolher uma aplicação de baixo risco que, mesmo assim, vai dar rendimentos interessantes, opina o corretor de valores e consultor Marcelo Teixeira. Assim como o investidor pessoa física, tudo o que a empresa necessita é de um planejamento a prova de balas, completa. Esse planejamento significa saber basicamente três coisas: quanto dinheiro será aplicado, quanto essa quantia representa no seu faturamento e, o principal, quando você precisará do retorno. Para uma pessoa, é aceitável, e até fácil, aplicar certa quantidade de dinheiro e observar os rendimentos mês a mês, segundo o consultor financeiro José Luiz Fernandes. Quando ela achar que o lucro está bom, ela resgata. Uma empresa não pode fazer isso de maneira alguma, acredita o especialista. O que não fazer Empresa que aplica deve seguir os mesmos preceitos básicos de qualquer investidor individual. Tem, no entanto, que ter vários cuidados extras, já que um prejuízo não significa somente perdas para o empresário, mas para todos os colaboradores, fornecedores e toda a cadeia produtiva. Se você quer colocar seu dinheiro para render, saiba que você nunca deve: Aplicar sem planejar. O planejamento deve ser baseado em informações concretas da sua empresa e do que você escolheu como aplicação. Mais do que isso, planejamento é saber, com absoluta convicção, da trindade: quanto, para quando e onde. Fazer grandes apostas. Apostas dependem de sorte. E, neste jogo, azar pode significar falência e dívidas. Estude o perfil da sua empresa e defina parâmetros para o risco, que sempre deve ser, no máximo, moderado. Resgatar antes da hora. Se você sente a necessidade de retirar a sua aplicação, você não planejou corretamente e usou dinheiro que não poderia ter usado. Tipos de aplicações Os tipos mais comuns de aplicações financeiras de empresas são a poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito Bancário (RDB) e os fundos de investimentos. Os riscos entre eles variam tanto quanto o rendimento, mas o que todos têm em comum é que são administrados por instituições financeiras. A primeira lição, portanto, é conhecer bem a instituição financeira e saber das taxas praticadas, explica Marcelo Teixeira. É possível, apesar de incomum para micro, pequenas médias empresas, investir diretamente no mercado de ações. Neste ponto, no entanto, todos os especialistas recomendam extrema cautela. O mercado de ações é instável e, apesar do potencial de gerar lucros rápidos, é o mais arriscado de todos. GUIA CDB» Títulos vendidos pelos bancos como forma de captação de recursos. São negociados a partir de uma taxa bruta de juros anual e não levam consideração a tributação ou a inflação. RDB» Outro tipo de título bancário de renda fixa que, ao contrário do CDB, não pode ser negociado ou transferido antes do prazo de vencimento. Fundos de investimento» Tipo de aplicação em que vários investidores se juntam e dividem as despesas e os lucros gerados. A administração geralmente é realizada por especialistas contratados. Ação direta» Aplicação no mercado de ações é o mais arriscado dos investimentos, pois significa adquirir partes de outras empresas que, dependendo de inúmeros resultados e de especulação, podem se valorizar ou desvalorizar a qualquer momento. 6

7 MUSCULAÇÃO AJUDA NO COMBATE AO DIABETES Somado ao exercício aeróbico, levantamento de pesos tem o mesmo poder de um medicamento para controlar o açúcar no sangue Musculação é vista por grande parte das pessoas como um instrumento em prol da forma física, do vigor e da beleza. E, de fato, a maioria dos que levantam pesos como exercício físico busca exatamente esses resultados. A atividade tem, entretanto, benefícios à saúde que são pouco conhecidos. É efetiva, por exemplo, na luta contra doenças como diabetes. Somada ao exercício aeróbico, a musculação tem o mesmo poder de um medicamento para controlar o açúcar no sangue. É o que comprovou recentemente um estudo realizado na Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos. Lá, cientistas separaram 262 diabéticos do tipo 2 em dois grupos: um se concentrava nas práticas aeróbicas, como a corrida, e o outro aliava as passadas a exercícios anaeróbicos a famosa musculação. Após nove meses, os pesquisadores averiguaram o índice de açúcar dos últimos 90 dias. Entre os que adotaram a combinação, houve uma redução de quase 7% nesses níveis, o dobro em relação à outra turma. Além disso, o aumento no uso de medicamentos ficou em torno de 18% nos participantes que fizeram o treino duplo, contra 22% em quem se limitou às pedaladas. Vale ressaltar que a musculação sozinha não exerce qualquer influência sobre doenças como o diabetes, explica o endocrinologista Ramon Henrique Souto. É a combinação dos exercícios aeróbicos com os de força, resistência e potência muscular que criam as condições adequadas, garante. O fisiologista que assina o estudo, Timothy Church, afirmou que as atividades são complementares porque mexem com mecanismos diferentes o corpo. Na hora de tirar um peso do chão, a via utilizada pelo organismo para conseguir energia é diferente da empregada em uma caminhada. Enquanto a atividade anaeróbica tende a usar glicose, a aeróbica se vale, dependendo da duração, mais da gordura. Para Ramon Souto, é importante que diabéticos pratiquem os exercícios com rigoroso acompanhamento médico. Qualquer excesso pode, em vez de ajudar, criar o efeito contrário e acabar agravando a doença, destaca. Portanto, consulte seu médico antes de sair levantando pesos. CHECKLIST DO DIABÉTICO» Fazer testes ergométricos regularmente» Medir a glicose antes, ao longo e depois da atividade física» Realizar exames oftalmológicos» Não se exercitar com glicemia acima de 250 mg/dl» Andar com identificação de diabético» Coordenar, com o médico, o uso dos medicamentos» Fazer uma avaliação cardiológica completa» Levar sache de açúcar líquido para eventual hipoglicemia 7

8 Artigo SISTEMAS DE CUSTOS: DESPESA OU INVESTIMENTO? Por Cláudio Fernando Ruschel Existem empreendedores que se opõem à implantação de Sistemas de Custos consagrados e, assim, cientificamente considerados, pela simples suposição de que geram despesas adicionais, sem um efetivo retorno financeiro. Empresas com esse perfil costumam obter suas informações e centralizar decisões, mediante uso de soluções caseiras, simplistas, orientadas por fundamentos empíricos e de pouca confiabilidade, na procura de soluções para questões delicadas, tais como: definir preços de venda; decidir sobre se seria mais vantajoso produzir ou comprar e revender determinado produto; conhecer os produtos, mercadorias e serviços que causam prejuízo e verificar a possibilidade de excluí-los de linha e o reflexo que isso representaria no resultado da empresa ou, ainda, saber qual a quantidade mínima necessária para produzir ou vender um item, a determinado preço, e atingir a lucratividade desejada. Devemos considerar que um Sistema de Custos cientificamente estruturado permite que seus usuários possam obter, de maneira ampla e segura, informações relativas a interesses contábeis, legais, fiscais e gerenciais. Sem nos determos na análise do universo de interesses, fazemos menção a um deles: o Gerencial, que se destaca dos demais Se os sistemas de custos foram fundamentos em informações contábeis, não devem ser interpretados como despesas, mas como investimentos. por seus fundamentos, pois se vincula às necessidades estratégicas, sendo a ferramenta mais apropriada para a empresa competir e se impor diante da concorrência no mercado, seja através da fixação dos preços de venda, do conhecimento das estruturas de custos unitários dos produtos, mercadorias e serviços, da análise das Margens de Contribuição de Cobertura ou do cálculo do Ponto de Equilíbrio por produtos, mercadorias, serviços e empresas. Poderíamos elencar, ainda, várias outras alternativas possíveis de serem obtidas a partir de Sistemas de Custos, permitindo às empresas gerirem e decidirem, precisamente, sobre temas cruciais, cuja ausência daqueles sistemas ou mesmo a baixa qualidade informativa utilizada, poderá determinar o insucesso de um empreendimento. Portanto, se os Sistemas de Custos forem fundamentados em informações contábeis e eleborados cientificamente, permitirão uma gestão adequada, o que levará a maior lucratividade, melhores resultados financeiros e crescimento econômico. Isso nos leva a conclusão de que, se os resultados positivos decorrem de decisões calcadas em Sistemas de Custos confiáveis, então eles não devem ser interpretados como despesas, mas sim como investimentos, com retorno garantido. Cláudio Fernando Ruschel é contador, administrador de empresas e consultor na área de custos. Endereço de devolução: Sescon Campinas R. Irmã Serafina, 863, 2º andar, sl 21/ Campinas (SP) 8