CONTROLE DE COPIA: PT-LB-HM-010 CONTAGEM DE PLAQUETAS - FÔNIO 22/10/2015
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- Adriana Maria das Neves Gonçalves Prado
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1 PT-LB-HM-0 22/10/25 1/5 1. INTRODUÇÃO/FINALIDADE DO MÉTODO O método de Fônio tem como finalidade confirmar a contagem efetuada através dos analisadores hematológicos ADVIA 120, 2120 e 2120i, além de investigar possíveis distúrbios existentes nos processos de hemóstase do paciente. 2. NOME DO TESTE E SINONÍMIAS Contagem de plaquetas pelo método de Fônio, contagem de plaquetas por método indireto. 3. ABRANGÊNCIA Setor de Hematologia. 4. PRINCÍPIO DO MÉTODO O método de Fônio é um método indireto para quantificação e qualificação de plaquetas, e consiste na contagem de plaquetas em esfregaço de sangue corado por Wright ou coloração panótica, onde são contados o número total de plaquetas em 1000 hemácias observadas, relacionando as plaquetas com a contagem global de eritrócitos por µl de sangue (Ver fórmula em cálculos, no item 12 desse POP). 5. APLICAÇÃO CLÍNICA A contagem de plaquetas é usada principalmente para o diagnóstico e monitorização do tratamento das doenças hemorrágicas. Na hemostasia, as plaquetas apresentam três funções principais: agregação e formação do tampão hemostático, atividade tromboplástica através de fatores plaquetários e retração do coágulo. Defeitos qualitativos ou deficiência numérica alteram alguns testes de coagulação como a resistência capilar, retração do coágulo e tempo de sangria. A trombocitose tem duas causas principais: produção aumentada de plaquetas que são observadas nas hemorragias, fraturas ósseas, transfusão de sangue, hemólise, infecções agudas, febre reumática, mononucleose infecciosa e septicemia, policitemia vera, leucemia mielóide, doença de Hodgkin, caquexia, cardiopatias com dispnéia e metaplasia mielóide; e destruição deficiente de plaquetas, observadas em pacientes esplenectomizados. Já na trombocitopenia, as causas são inversas as da trombocitose, ou seja, produção deficiente e destruição aumentada de plaquetas, e são observadas nas esplenopatia, doença de Gaucher, lúpus eritematoso, nas infecções agudas, pneumonia e malária, na carência de escorbuto, intoxicações por cloranfenicol, fenilbutazona, salicilatos, sulfonamidas e benzeno, radiações, na anemia perniciosa e aplástica, plasmocitomas, infiltrações metastáticas, nas alergias a iodo, quinina e beladona. 6. AMOSTRA a) Tipo de amostra: Sangue total anticoagulado com EDTA
2 PT-LB-HM-0 22/10/25 2/5 b) Quantidade mínima de amostra necessária: 1,0 ml c) Restrições e critérios para rejeição de amostras: Amostras com hemólise, lipemia e icterícia, amostras contendo micro ou macrocoágulos e colhidas sem e/ou com outro anticoagulante são inapropriadas para análise. d) Condições de acondicionamento das amostras: Se conservados em geladeira, os testes deverão ser concluídos em 24 horas. Se conservados em temperatura ambiente, os testes devem ser realizados num prazo de 8 horas após a coleta. e) Procedimentos de tratamento ou pré-tratamento da amostra: As amostras deverão ser homogeneizadas antes da análise. f) Preparo do paciente: Vide o PO Orientação de Preparo e Coleta de Amostras Biológicas (cód. PO-LB-CO- 005). g) Transporte da amostra: Vide o PO Manuseio de Transporte de Amostras Biológicas (cód. PO-LB-CO-006). 7. BIOSSEGURANÇA Para esta atividade é necessário a utilização de luvas, jaleco, touca e máscara, conforme descrito no PO de Orientações de Biossegurança (cód. PO-LB-CQ-0) em vigor. 8. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS a) Equipamentos Microscópio Contador de Células b) Materiais Lâminas de vidro; Lâmina extensora; Estante para tubos; Gaze; Papel toalha; Gral de porcelana; Pistilo de porcelana; Funil de vidro; Algodão; Almotolia com água destilada; Óleo de imersão; c) Reagentes Corantes panóticos; Corante Wright eosina/azul de metileno
3 PT-LB-HM-0 22/10/25 3/5 9. CALIBRAÇÃO Não se aplica. 10. CONTROLE DE QUALIDADE a) Controle de Qualidade Interno: Conforme o plano da qualidade do setor. b) Controle de Qualidade Externo: Conforme o plano da qualidade do setor. 11. PROCEDIMENTO TÉCNICO Transferir 1 gota de sangue anticoagulado com EDTA para uma lâmina previamente limpa e desengordurada Proceder o esfregaço, com uma lâmina extensora. Esperar a lâmina secar e proceder à coloração da seguinte forma: - Procedimento de coloração da lâmina e leitura da distensão com o corante panótico: Submergir a lâmina no corante Instant Prov I. Cronometrar o tempo de 5 segundos. Após este tempo, retirar a lâmina do Instant Prov I e deixar o corante escorrer durante 5 segundos para dentro da própria cuba. Após o tempo de escorrimento de 5 segundos no Instant Prov I, submergir a lâmina no Instant Prov II. Seguir o mesmo procedimento feito para o Instant Prov I. Repetir o mesmo procedimento no Instant Prov III. Após o tempo de coloração de 5 segundos, retirar a lâmina do Instant Prov III e deixar escorrer durante 5 segundos. Após este tempo lavar a lâmina em água corrente abundante e demoradamente. Esperar secar as lâminas e prosseguir com a microscopia. - Procedimento de coloração da lâmina e leitura da distensão sanguínea com o corante Wright Cobrir a lâmina completamente com o corante e esperar 3 minutos Gotejar água destilada contida na almotolia sobre a lâmina com o corante e marcar de minutos Desprezar o corante que estava sobre a lâmina e lavar com água corrente, retirando o depósito do corante no verso da lâmina com uma esponja ou gaze Esperar secar e proceder leitura Ao microscópio, prosseguir com a microscopia de imersão, onde serão contadas as plaquetas referentes a 1000 hemácias observadas. Prosseguir com os cálculos (Ver cálculos no item 12 desse POP). a)limites de Detecção/Sensibilidade: não se aplica. b)linearidade: não se aplica. c)intervalo reportável (CRR): não se aplica. d)valores críticos: < /µL e > /µL. e)especificidade: não se aplica.
4 PT-LB-HM-0 22/10/25 4/5 f) Carryover: não se aplica. 12. CÁLCULOS Plaquetas/ µl de sangue = n de plaquetas em 1000 hemácias X hemácias (µl) REGISTROS DOS RESULTADOS Os resultados são anotados no histograma impresso pelos analisadores hematológicos ADVIA 120, 2120 e 2120i e comparados com os que foram emitidos por eles. Caso a contagem de plaquetas realizada através do método de Fônio mostre-se próxima da contagem do equipamento, deve-se manter o resultado do equipamento. Justifica-se alteração do resultado do aparelho apenas em caso de contagens discrepantes e evidências (existência de fibrinas e microcoágulos na amostra) de que o resultado que corresponde à realidade do paciente naquele momento é a efetuada pelo método de Fônio. Nesse caso o Analista Clínico deve, então digitar o valor da sua contagem no sistema SMART. 14. PROCEDIMENTOS EM CASO DE RESULTADOS ANORMAIS Diante de resultados críticos, deve-se proceder a repetição da análise. Caso o resultado seja confirmado, pode-se usar o recurso do Consultório (SMART) e verificar se há alguma informação que justifique tal resultado. Caso não exista essa informação, deverá ser solicitada nova amostra para confirmação. Comunicar ao medico que solicitou por via telefônica, os resultados discrepantes e anotar no formulário Diagnóstico Laboratorial Baseado em Evidências (Cód. LAB-121-VR) 15. VALORES DE REFERÊNCIA /µL /µL 16. INTERFERÊNCIAS Uso de sangue parcial ou totalmente coagulado leva a valores bastante reduzidos, assim como esfregaços impropriamente confeccionados, mostrando aglutinação de plaquetas não oferecem a exatidão necessária ao método indireto, e ainda coloração deficiente ou precipitado de corantes impedem a identificação exata das plaquetas. O erro permitido na contagem oscila entre 10 e 20%, por isso é recomendado que se faça no mínimo duas contagens seriadas, fornecendo uma média entre as contagens observadas. 17. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA a) Bibliografia: RAVEL, Richard M.D. Aplicações clínicas dos dados laboratoriais. 6a edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, HAYHOE, R.J. Técnicas médicas de hematologia e imuno-hematologia, 1a edição, Artes Médicas, Rio de Janeiro, 1995.
5 PT-LB-HM-0 22/10/25 5/5 b) Documentos Complementares Plano da qualidade do setor da Hematologia (cód. PQ-LB-HM-0) Orientação de Preparo e Coleta de Amostras Biológicas (cód. PO-LB-CO-005). PO Manuseio de Transporte de Amostras Biológicas (cód. PO-LB-CO-006). PO de Orientações de Biossegurança (cód. PO-LB-CQ-0) 18. HISTÓRICO DAS REVISÕES Pg. Natureza da Revisão Data da Revisão Versão Responsáveis 1-5 Procedimento adequado para atender ao item 5.3 da Norma PALC, versão 23 Após Pré auditoria. 27/11/ Procedimento revisado e sem alterações. 22/10/ REGISTRO DE TREINAMENTO DATA NOME COMPLETO ASSINATURA
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