DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

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1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 TÍTULO DO PROGRAMA Balinha e Dentinho. 2 EPISÓDIO TRABALHADO Conhecendo o Rosquinha. 3 SINOPSE DO EPISÓDIO ESPECÍFICO Balinha e Dentinho encontram um cachorro perdido na praia e, a partir desse momento, começam a viver uma aventura que se desenrola em torno da devolução do animalzinho ao dono. Pela boa ação, os meninos receberão um presente do proprietário do cachorro que ficou muito feliz em reencontrá-lo. 4 PALAVRAS-CHAVE Cachorro; praia; sorvete; ética. 5 ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO A principal contribuição do vídeo é a oportunidade das crianças se depararem com uma situação que exige reflexão sobre a atitude que devemos tomar quando encontramos algo que não nos pertence. Apesar de Balinha e Dentinho ficarem entusiasmados com o cachorro, Rosquinha, eles decidem entregá-lo ao dono. Esse é um valor ético importante que, desde cedo, deve ser ensinado às crianças e exercitado por todos. 6 TÍTULO DO PROJETO / ATIVIDADE Quem é Rosquinha?

2 7 EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? As atividades sugeridas nesta proposta são destinadas a crianças com idade a partir de dois anos, observando-se particularidades, como a fase do desenvolvimento de cada criança, o contexto social em que está inserida e as características de cada grupo. 8 PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS Identidade e Ética conceitos relacionados ao eixo Formação pessoal e social (BRASIL, 1998, v. 2) e aos princípios éticos (BRASIL, 2009). Linguagem oral e escrita, conceito relacionado ao eixo Conhecimento de mundo (BRASIL, 1998, v. 3) e aos princípios estéticos (BRASIL, 2009). [Ver referencial teórico]. 9 O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE Desenvolver noções de identidade e valores éticos, como responsabilidade e alteridade. Compreender a função social da linguagem oral e escrita. 10 MATERIAL NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE 1.º momento: história gravada Conhecendo o Rosquinha, televisão com acesso à TV Escola, ou computador conectado à internet e com acesso à TV Escola. 2.º momento: materiais diversos, tais como: lápis de cor, giz de cera, tintas, pincéis, papéis para dobradura, pincel atômico, fotos, papel pardo ou cartolina. 11 DURAÇÃO DA ATIVIDADE A duração da atividade poderá variar significativamente de acordo com a faixa etária do grupo e as atitudes das crianças em relação às proposições especificadas em cada etapa, podendo se desdobrar em vários dias.

3 1.º momento: Essa etapa será de aproximadamente 25 minutos. O episódio dura 5 minutos, mas é preciso considerar o deslocamento (se o vídeo for assistido fora da sala de referência do grupo) e a acomodação das crianças. 2.º momento: aproximadamente 20 minutos. 3.º momento: aproximadamente 1 hora. O tempo dispensado a essa etapa dependerá dos recursos e ações optados. Tempo total: aproximadamente 1 hora e 45 minutos. 12 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1.º momento: Assistir ao episódio O(A) professor(a) convidará as crianças para conhecerem a história de Rosquinha. 2.º momento: Explorando a história Sugere-se um momento de conversa sobre as impressões que a história assistida causou nas crianças. Perguntar a elas se já passaram por situação semelhante. Pode-se levar as crianças a avaliar a atitude dos personagens (o dono do cachorro que não foi responsável o suficiente com seu animalzinho; Balinha e Dentinho que devolveram o cachorro mesmo gostando do bichinho). Também, podese levá-las a refletir sobre o final do episódio, a cena em que o dono do Rosquinha retribui a boa ação dos personagens com sorvete (podemos retribuir gentilezas com outras gentilezas, mas não devemos tomar decisões pensando na recompensa). Dependendo da compreensão das crianças e da necessidade da turma, pode-se estender a conversa. 3.º momento: O retrato de Rosquinha Nessa etapa, sugere-se a construção coletiva de um painel, com base nas observações do grupo sobre o personagem Rosquinha. Pode-se desenhar o cachorro, fixar os desenhos no painel e registrar tudo o que pode identificá-lo: a cor, o tamanho, a raça, o tipo de pelo, quantas patas tem etc. Depois, pode-se supor outras

4 informações: o nome do dono, o tipo de comida preferido do animal, onde gosta de passear etc. O painel pode contar com diferentes formas de registros, texturas, inclusive dobraduras. Outras sugestões para continuar explorando o tema: Pesquisar raças de cães e escrever sobre os lugares onde vivem e seus hábitos. Montar um painel com os animais de estimação que as crianças têm em casa (com fotos ou desenhos, nomes dos bichinhos e seus donos, hábitos etc.). Construir um jogo da memória com as figuras dos animais e seus respectivos donos. Orientar as crianças sobre os cuidados e atitudes que as pessoas devem ter com os animais. Nesse sentido, caso a instituição tenha uma biblioteca, explorar a literatura disponível no acervo sobre o tema. 13 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE Para avaliar a atividade o(a) professor(a) poderá lançar mão de registros escritos, fotográficos ou fílmicos. Por meio destes, analisará o envolvimento do grupo e de cada criança na atividade proposta, suas intervenções, interpretações, questionamentos e respostas, em cada etapa. Esse material servirá de base para uma avaliação constante e processual da criança ao longo do semestre ou ano. 14 DISCUSSÕES TEÓRICAS É importante observarmos o que dizem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil sobre a linguagem: [os projetos pedagógicos] favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical (BRASIL, 2009, p. 4). Nesse sentido, a linguagem e a literatura ou cinema se relacionam diretamente à expressão. Tanto um livro como um filme são suporte e também material que desencadeiam uma importante capacidade humana a imaginação.

5 Essa proposta pedagógica apresenta os animais de estimação (com destaque para os cães) como aliados para tratar da temática sugerida. As diferentes formas de registro das informações levantadas ou pesquisadas pelo grupo favorecem a experiência com formas múltiplas de expressão: imagens (desenhos, fotos), narrativa, cinema, literatura, dobradura, escrita. Sobre a importância da literatura na constituição da personalidade e enfrentamento das emoções, afirma Bettelheim: [...] enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança. (BETTELHEIM, 1996, p. 20). De acordo com Abramovich, ler histórias: é também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar questões (como as personagens fizeram). É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos dum jeito ou de outro através dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu modo). [...] é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bemestar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar [...] Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! (ABRAMOVICH, 1995, p.17). 15 SUGESTÕES DE LEITURA BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, v. 1, 2 e 3, Brasília, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução n. 5, de 17/12/2009.

6 MELLO, S. A.; FARIA, A. L. G. (Orgs.). Linguagens Infantis: outras formas de leitura. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2009, v. 1, 106 p. MILLER, S.; MELLO, S. A. O desenvolvimento da linguagem oral e escrita em crianças de 0 a 5 anos. 1. ed. Curitiba: Pró-Infantil Editorial, 2008, v. 1, 52 p. VIGOTSKI, L. S. A brincadeira e seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista de Gestão de Iniciativas Sociais, Rio de Janeiro, n. 11, jun Disponível em: < Acesso em: 31/10/ Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5. ed. São Paulo: Scipione, BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, v. 1, 2 e 3, Brasília, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução n. 5, de 17/12/2009.

7 VIGOTSKI, L. S. A brincadeira e seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista de Gestão de Iniciativas Sociais, Rio de Janeiro, n. 11, jun Disponível em: < Acesso em: 31/10/ Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, CONSULTOR Caroline Machado Momm