A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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- Lara Cabreira Pereira
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1 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL EVELISE RAQUEL DE PONTES (UNESP). Resumo O ato de contar histórias para crianças da educação infantil é a possibilidade de sorrir, criar, é se envolver com o enredo, viver a personagem, despertando a imaginação da criança e um maior interesse em aprender a ler. Considerando a grande importância da literatura infantil para o desenvolvimento pleno da criança, enfoco neste estudo a experiência de contar histórias para crianças da Educação Infantil (idade compreendida entre 6 meses a 5 anos), com o objetivo de contribuir para a comunicação social, e a formação do leitor mirim. Acreditando nas contribuições da literatura infantil para crianças, é que foi criado o Projeto Hora do Conto: na Educação Infantil, desenvolvido no CELLIJ (Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil) da FCT/UNESP Campus de Presidente Prudente, atendendo crianças de escolas públicas e particulares de toda região. Nesse sentido, nossas atividades se caracterizam pelo ato de contar histórias com o auxílio de livros, fantoches, flanelógrafos, história ampliada, simples narrativa, com o acompanhamento de músicas, brincadeiras infantis, cantigas de roda, fazendo com que as crianças interajam mais com o ambiente em que vivem, ou seja, tenham maior socialização e também um maior contato com a nossa cultura popular. Os resultados indicam que as crianças se desenvolvem em diversos aspectos: reproduzem as histórias contadas, fazem distinções entre o que é real e o que é imaginário no mundo do Era uma vez, reconhecem as cores, os animais, os personagens e os objetos, descobrindo que cada qual possui um nome, ampliam seu vocabulário significativo. As crianças do maternal imitam os sons dos animais, e os bebês do berçário reconhecem o seu próprio corpo e apresentam muita alegria com o colorido das histórias. Palavras-chave: Educação infantil, Contar histórias, Desenvolvimento Infantil. Resumo O ato de contar histórias para crianças da educação infantil é a possibilidade de sorrir, criar, é se envolver com o enredo, viver o personagem, despertando a imaginação da criança e um maior interesse de aprender a ler. Considerando a grande importância da literatura infantil para o desenvolvimento pleno da criança, enfoco neste estudo a experiência de contar histórias para crianças da Educação Infantil (idade compreendida entre 6 meses a 5 anos), com o objetivo de contribuir para a comunicação social, e a formação do leitor mirim. Acreditando nas contribuições da literatura infantil para as crianças, é que foi criado o Projeto "Hora do Conto: na educação infantil", desenvolvido no CELLIJ (Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil) da FCT/UNESP - Campus de Presidente Prudente, atendendo crianças de escolas públicas e particulares de toda região. Nesse sentido, nossas atividades se caracterizam pelo ato de contar histórias com o auxílio de livros, fantoches, flanelógrafos, história ampliada, simples narrativa, com o acompanhamento de músicas, brincadeiras infantis, cantigas de roda, fazendo com que as crianças interajam mais com o ambiente em que vivem, ou seja, tenham maior socialização e também um maior contato com a nossa cultura popular. Os resultados indicam que as crianças se desenvolvem em diversos aspectos: reproduzem as histórias contadas, fazem distinções entre o que é real e o que é imaginário no mundo do "Era uma vez", reconhecem as cores, os animais, os personagens e os objetos, descobrindo que cada qual possui um nome, ampliam
2 seu vocabulário significativo. As crianças do maternal imitam os sons dos animais, e os bebês do berçário reconhecem o seu próprio corpo e apresentam muita alegria com o colorido das histórias. Introdução Neste estudo, abordo a experiência de contar histórias no projeto "Hora do Conto: na educação infantil", realizado no CELLIJ (Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil), na FCT/ UNESP - Campus de Presidente Prudente, e as contribuições dessa prática prazerosa. Com as crianças da Educação Infantil (idade compreendida entre 6 meses e 3 anos), fazemos uma hora do conto rápida, porém muito significativa, pois, nessa fase, estimulamos a linguagem oral, a coordenação motora, ampliando as experiências, e desenvolvendo o gosto artístico. Com os bebês, fazemos uma roda às vezes com eles nos carrinhos, ou sentamos com eles no colo, e assim cantamos uma música e iniciamos a história com o auxílio de livros com gravuras grandes e coloridas, fantoches ou teatro de varas. O projeto visa a transmitir a importância de se trabalhar com a literatura infantil desde os primeiros anos, para que a criança estabeleça uma relação com o livro, assim como a estabelecida com os brinquedos. Desta forma procuramos proporcionar uma aventura dentro da história, ou seja, a Hora do Conto é um momento divertido, com as crianças da pré - escola (idade entre 3 anos e 5 anos), levantamos num primeiro momento a "bagagem de histórias" das crianças, as histórias que conhecem, depois apresentamos o livro com diversas técnicas tais como as que já foram citadas anteriormente, com ou sem auxílio do livro e encenações, procurando sempre estimular a participação da criança. Após a história conversamos sobre os fatos que ocorreram, e esse momento é muito especial, pois as crianças se abrem e usam a imaginação, lembram de fatos do seu cotidiano. Assim, o projeto possibilita as alunas de Pedagogia envolvidas, um elo entre teoria e prática, as quais podem ver no rostinho de cada criança a recepção da história, a alegria em descobrir algo novo, e reconhecer objetos do cotidiano como animais, flores, frutos, cores e fatos. Objetivos: Desta maneira, o foco de nossos estudos está voltado para crianças com idade compreendida entre 6 meses a 5 anos de idade, considerando a importância da Literatura e do precoce contato com o livro na primeira infância para estimular a inteligência e a imaginação da criança.
3 Nossas atividades dentro do projeto contribuem também para o desenvolvimento da capacidade de dar seqüência lógica aos fatos, esclarecendo e ampliando o vocabulário das mesmas, estimulando um maior interesse em aprender a ler e a querer ouvir histórias no dia-a-dia. Respeitar a cultura da infância e possibilitar que a criança aprenda a ser leitora dentro de sua realidade é também um dos nossos objetivos e compreendemos que pode ser alcançado junto aos outros já apresentados. Metodologia A elaboração das atividades que são desenvolvidas no Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil (CELLIJ) da FCT/UNESP estão relacionadas e advêm de discussões teóricas acerca da aprendizagem e do desenvolvimento da criança, de suas necessidades e de sua evolução de acordo com a faixa etária. Assim, os procedimentos metodológicos diferem entre si para que os objetivos sejam atingidos e as dificuldades trabalhadas tanto individuais como coletivamente. Os modelos de tais atividades estão voltados para a participação ativa através de gestos e da fala, trazendo para a criança o convívio com o mundo externo e seu corpo, integrado à interação lingüística entre eles. A estrutura de cada modelo é sempre a mesma, abarcando uma música de entrada e de saída que se repete em todos os encontros com o objetivo de identificar o começo e fim das atividades. Dando seqüência, temos uma música rítmica de expressão corporal e uma gestual, proporcionando o desenvolvimento da coordenação motora. Há também o trabalho com parlendas e com o resgate folclórico que se encontra esquecido na sociedade moderna. Em seguida, é contada uma história que geralmente é breve para não dispersar a atenção dos pequenos. Com o auxílio de diversas técnicas, a história é contada, narrada, encenada e, muitas vezes, ilustrada por pinturas, dobraduras e colagens produzidas pelas próprias crianças. Com isso a atividade motriz e as habilidades de seus corpos e mãos estão sendo trabalhadas. As atividades motoras são de grande importância para o desenvolvimento do ser humano. O desenvolvimento motor pode ser favorecido através de atividades desenvolvidas no Projeto, tais como expressão corporal utilizada no acompanhamento de músicas, na encenação de histórias, no manuseio de fantoches e a motricidade fina utilizada na produção de materiais relacionados às histórias contadas. Dessa forma cabe ressaltar que a Literatura Infantil pode contribuir também para o desenvolvimento motor. Quando uma história é contada a uma criança, essa serve de alimento para a imaginação e para a identificação do mundo real ou fictício. Contar história requer sensibilidade do contador e também observação: "são as reações das crianças que devemos tentar interpretar o mais precisamente possível. Elas nos ajudam a captar o que a criança percebe. (SILVA, 2002).
4 Segundo Vygotsky (1987), o diálogo adulto-criança muda a forma e o conteúdo da atividade mental desta, ou seja, a aquisição de um sistema lingüístico reorganiza todos os processos mentais da criança: atenção, memória, imaginação e pensamento. "Para a criança, a arte é uma atividade absorvente que conjuga, numa nova forma, o pensamento, o sentimento e a percepção". (LOWENFELD, V; BRITTAIN, W. L., 1970). A palavra propicia a "sistematização da experiência" alterando a sua percepção da realidade; pela palavra a criança regula sua própria conduta, sempre em interação com o adulto. Ao final da atividade, temos mais uma música gestual e mais uma rítmica. As crianças costumam participar bastante. É a partir da elaboração de atividades como essas que contribuem para o desenvolvimento psíquico e motor da criança que se efetua um trabalho voltado a esses aspectos. "Além do prazer, da fantasia e do incentivo a imaginação a literatura possibilita o conhecimento "Contar histórias é ascender uma fogueira em seu coração para que a sabedoria e a imaginação possam transformar sua vida" (MELLON, 2006). Resultados Quanto às crianças os resultados indicam que se desenvolveram em diversos aspectos: reproduzem as histórias contadas e gesticulam de acordo com elas, percebem a importância do contato com a Literatura Infantil fazendo distinções entre o que é real e o que é imaginário no mundo do "Era uma vez", reconhecem as cores, os animais, os personagens e os objetos, descobrindo que cada qual possui um nome, participando de todas as atividades artísticas. Para as alunas do curso de Pedagogia, a experiência de relacionar teoria e prática é algo muito significativo, e com cada escola que atendemos aprendemos coisas novas, e percebemos como é importante somar à infância a alegria e os conflitos da literatura infantil. Considerações finais Acreditamos que a arte de contar histórias na educação infantil é essencial para o desenvolvimento pleno da criança, por isso, as histórias devem ser contadas com alegria, vivendo cada personagem, despertando a imaginação da criança. O contador tem que se identificar com texto, e escolher de acordo com a faixa etária da criança, pois, cada fase tem um interesse próprio. Segundo Abramovich (1997), as histórias são fontes maravilhosas de experiências, ampliam o horizonte da criança e aumentam o conhecimento em relação ao mundo, desenvolvendo as idéias, possibilitando o imaginar, o brincar e o sorrir.
5 Contudo, consideramos dois resultados importantes em nosso projeto, o envolvimento das alunas do curso de Pedagogia com o projeto de extensão e o maior interesse em se aprofundar no assunto vivido através da pesquisa, e a contribuição da literatura infantil para as crianças. Bibliografia CRAIDY, Carmen e KAERCHER, Gládis E. (orgs.). quero? Porto Alegre: Artes Médicas, Educação infantil: pra que te CUNHA, Maria A, Antunes. 1994, ed.13. Literatura infantil: teoria e prática. São Paulo: Ática, MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, Referências bibliográficas ABRAMOVICH, F. Scipione, Literatura infantil: Gostosuras e bobices. São Paulo: LOWENFELD, V; BRITTAN, W. L. Desenvolvimento da Capacidade Criadora. Editora Mestre Jou São Paulo, MELLON, Nancy. A arte de contar histórias. Amanda Orlando e Aulyde Soares Rodrigues (trad.). Rio de Janeiro: Rocco, Col. Pais, tais e profissionais. SILVIA, Maria Betty Coelho. Ática, Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Tradução de Jéferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
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