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AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Dezembro de 2016 Panorama Macroeconômico De posse dos dados do PIB do terceiro trimestre, atualizamos nossa projeção para 2016 e 2017. Estimamos retração do PIB em 2016 de 3,6%, levando em conta uma queda adicional, na margem, do PIB do quarto trimestre, de 0,7%. Para 2017, esperamos crescimento de 0,3%. Entendemos, assim, que a retomada da economia será um pouco mais lenta e gradual do que a esperada anteriormente. De todo modo, estimamos forte aumento da produção agrícola: projetamos alta de 6% para o PIB do setor, que deve ser a maior contribuição para o crescimento no próximo ano. Esse cenário, por sua vez, segue sustentando nossas expectativas favoráveis para a inflação. Projetamos alta de 6,6% para o IPCA de 2016, dada a descompressão em curso dos preços de alimentação e do arrefecimento dos preços de serviços. Para 2017, a elevação deverá chegar à meta, de 4,5%. Favorecendo essas condições positivas, a taxa de câmbio influenciada pelas condições internas e externas segue em patamar compatível com nossa estimativa de que o Real encerrará cotado a R$/US$ 3,35 e R$/US$ 3,45 no final deste e do próximo ano, respectivamente. Mesmo reconhecendo os desafios ainda elevados para as contas públicas, com piora dos resultados no curto prazo, temos observado importante avanço das reformas, especialmente com a aprovação da PEC 241, que limita a expansão dos gastos à inflação do ano anterior, e com o endereçamento da reforma da previdência. O déficit primário como proporção do PIB chegará a 2,7% e 2,8%, em 2016 e 2017, respectivamente. Concluindo, os benefícios do ajuste do setor externo, dos avanços na agenda fiscal e da desinflação da economia serão, enfim, colhidos, com queda substancial da taxa de juros, aliviando a situação financeira das empresas e iniciando um círculo virtuoso de crescimento. Acreditamos que a Selic chegará a 10,25% ao final do ano que vem. Em linhas gerais, há forças que devem impulsionar a economia internacional para um ritmo de crescimento um pouco mais robusto em 2017, refletindo a perspectiva de impulso fiscal nos Estados Unidos e algum relaxamento das condições monetárias e financeiras em alguns países emergentes. A estabilização dos preços das commodities ao longo de 2016 é um fator adicional de sustentação da melhora da economia global em 2017, podendo reverter a tendência de queda dos investimentos nesse setor. Como efeito colateral dessa melhora marginal do crescimento previsto para 2017, devemos ter alta das taxas de juros globais, em particular nos Estados Unidos, com algum efeito sobre a farta liquidez global dos últimos anos, o que pode gerar alguma instabilidade nos mercados durante o processo de normalização monetária. Do ponto de vista dos riscos, os eventos políticos certamente estarão em destaque no ano que vem, em particular na Europa. Sumário Executivo Soja Elevados estoques globais e safras recordes nos EUA e no Brasil e safra boa na Argentina sustentam os preços internacionais estabilizando-se em níveis mais baixos. Cotações domésticas devem seguir também em patamares reduzidos, sobretudo a partir da entrada da safra recorde brasileira em março. Milho Apesar das safras recordes nos EUA, no Brasil e na Argentina, as cotações futuras do milho no mercado internacional seguirão em alta, refletindo a tendência de expansão do consumo global, estimado em 7,1%. Os preços internos, por outro lado, devem seguir em baixa, com a entrada da safra recorde brasileira em março. Café As cotações internacionais devem manter a tendência de alta, em resposta à oferta mais ajustada e ao possível segundo ano de déficit global da produção. Além disso, a próxima safra brasileira de 2017/18 será de baixa bienalidade. Boi As exportações continuarão crescendo e a oferta de animais prontos para abate permanecerá justa, o que poderia impulsionar as cotações do boi. Mas o enfraquecido consumo doméstico deverá manter as cotações do boi em baixos patamares. Açúcar e Etanol O dólar valorizado continuará pressionando as cotações internacionais do açúcar para baixo, embora os fundamentos continuem de alta, com déficit global de produção e baixos estoques mundiais. As cotações do etanol devem seguir em alta, refletindo os baixos estoques na entressafra.

SOJA Elevados estoques globais e safras recordes nos EUA e no Brasil e safra boa na Argentina sustentam os preços internacionais estabilizando-se em níveis mais baixos. Cotações domésticas devem seguir também em patamares reduzidos, sobretudo a partir da entrada da safra recorde brasileira em março SOJA Fundamentos O USDA divulgou o 8º levantamento da safra 2016/17 de grãos, que está colhida nos EUA e plantada no Brasil e na Argentina. O USDA manteve a estimativa de produção norte-americana em 118,7 milhões de toneladas. Um recorde, com alta de 11,1% ante a safra passada. O USDA manteve as estimativas para a Argentina em 57 milhões de toneladas e em 102 milhões de toneladas para o Brasil, o mesmo nível esperado pela Conab. A relação estoque consumo global subiu de 24,8% para 25,1% entre o mês passado e o atual, ultrapassando o nível registrado na safra passada, que foi de 23,5%. A Conab divulgou a 3ª estimativa da safra 2016/17 de grãos, que está plantada no País. A área plantada com soja está estimada em 33,9 milhões de hectares, ampliando 2,0% em relação à safra anterior. Com a expectativa de clima mais regular durante o desenvolvimento da safra, é esperado o retorno aos bons níveis de produtividade alcançados antes da quebra de 2016. Assim, a produção esperada deve ser recorde, alcançando 102,5 milhões de toneladas, ante 95,4 milhões da safra passada. Isso representa uma expansão de 7,3%. Ante o levantamento do mês anterior, a Conab revisou levemente para baixo a estimativa de produtividade em 0,8%. Segundo a Anda, as vendas internas de fertilizantes cresceram 11,4% no ano até novembro, ante o mesmo período do ano passado. Isso indica incremento de investimentos em expansão de área e de produtividade. Os elevados estoques globais e as safras recordes nos EUA e no Brasil e a safra muito boa na Argentina sustentam os preços internacionais em baixos patamares nos próximos meses. Assim, as cotações domésticas também devem se acomodar em níveis mais baixos, principalmente a partir da entrada da safra recorde brasileira em março. Produção Nacional de soja (em mil toneladas) Fonte e projeção (*): Conab, Bradesco 116.000 107.000 98.000 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 44.000 35.000 26.000 17.000 8.000 31.370 32.345 25.934 26.160 15.394 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 52.018 49.989 41.917 01/02 02/03 03/04 04/05 55.027 05/06 06/07 68.688 60.018 57.162 07/08 08/09 09/10 75.324 10/11 86.121 81.499 66.383 11/12 12/13 13/14 95.435 14/15 15/16 102.555 16/17* 2

3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 2.816 2.629 3.115 2.998 2.927 2.938 2.854 2.651 2.871 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.367 2.395 2.299 2.221 2.175 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17* Fonte e (*) projeção: Conab, Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 90,0 80,0 70,0 60,0 73,92 61,83 80,96 66,08 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 53,38 40,0 Fonte: Deral, Bradesco 1.800,0 1.600,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 1.400,0 1.200,0 1.000,0 800,0 600,0 546 491 400,0 507 436 989 689 632 567 526 757 542 1.211 908 1.143 1.287 1.178 965 1.146 871 990 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg, Bradesco jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/17 dez/17 30,0 26,63 32,42 28,62 39,81 30,59 40,14 20,0 18,04 10,0 jan/00 jan/01 19,98 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 22,57 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/16 3

MILHO Apesar das safras recordes nos EUA, no Brasil e na Argentina, as cotações do milho no mercado internacional seguirão em alta, refletindo a tendência de expansão do consumo global. Os preços internos, por outro lado, devem seguir em baixa, com a entrada da safra recorde brasileira em março MILHO Fundamentos O USDA divulgou o 8º levantamento da safra 2016/17. A estimativa de produção de milho nos EUA foi mantida em 386,8 milhões de toneladas, um recorde, com expansão de 11,9% ante a safra passada. Para a Argentina e para o Brasil foram mantidas as estimativas do mês anterior, de 36,5 de 83,5 milhões de toneladas, respectivamente. A Argentina deverá ter safra recorde. Para o Brasil, que deverá ter a 2ª maior safra já registrada, o USDA apontou volume próximo ao estimado pela Conab. A relação estoque consumo global passou de 21,4% para 21,7% entre o mês passado e o atual. Vale lembrar que na safra passada a relação atingiu 21,9%. Pelo terceiro mês consecutivo, o USDA revisou para cima a estimativa de consumo mundial, agora estimado em 1.026,4 milhão de toneladas, uma ampliação de 7,1% ante a safra passada. A Conab divulgou a 3ª estimativa de plantio da safra 2016/17, que está sendo plantada no País. A área plantada com milho está estimada em 16,1 milhões de hectares, subindo 1,0% ante a safra anterior. A área plantada com a 1ª safra de milho deverá crescer 3,0%, enquanto que a estimativa para a área a ser plantada com a 2ª safra foi mantida no mesmo patamar da safra passada, tendo em vista que o plantio só começará no início do próximo ano. Com a expectativa de clima mais regular durante o desenvolvimento da safra, é esperado o retorno aos bons níveis de produtividade alcançados antes da quebra de 2016. Assim, a produção esperada deve alcançar 83,8 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 25,9% em relação à safra passada. A 1ª safra, que não sofreu quebra de produtividade na safra passada, deve somar 27,7 milhões de toneladas, subindo 7,3%. Já a 2ª safra, que sofreu quebra acentuada da produtividade, afetada por estiagem, deve recuperar o potencial produtivo, alcançando 56,1 milhões de toneladas, chegando a um nível recorde para a 2ª safra, com expansão de 37,7%. Segundo a Anda, as vendas internas de fertilizantes cresceram 11,4% no ano até novembro, ante o mesmo período do ano passado. Isso indica incremento de investimentos em expansão de área e de produtividade. Em que pese as safras recordes nos maiores exportadores globais (EUA, Brasil e Argentina), as cotações futuras do milho no mercado internacional estão em alta, refletindo a tendência de expansão do consumo global (o USDA estima alta de 7,1% do consumo da commodity). As cotações domésticas, por outro lado, devem seguir em baixa, com a expectativa de entrada da safra recorde brasileira em março. Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 90.000 80.000 70.000 84.673 83.818 81.506 80.052 72.980 66.694 60.000 50.000 47.411 58.652 56.018 57.407 51.370 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e (*) projeção: Conab, Bradesco 40.000 37.442 35.716 30.771 33.174 32.393 30.000 24.096 35.281 35.007 20.000 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17* 4

6.000 5.500 5.000 4.808 5.149 5.057 5.396 5.211 Produtividade milho (em kg por ha) 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 4.311 4.158 3.972 3.655 3.599 3.279 4.189 3.000 2.500 2.622 2.588 2.650 2.589 2.480 2.194 2.3492.344 2.356 2.864 2.867 2.000 1.791 1.500 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 Fonte e projeções (*): Conab, Bradesco Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) Fonte: Deral, Bradesco 860 760 660 711 753 763 662 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 560 493 546 603 502 Projeção de preço: média dos preços futuros 460 360 260 235 217 160 267 316 215 237 413 326 418 322 347 439 335 410 323 382 Fonte: Bloomberg, Bradesco jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 12/13 jan/07 13/14 jan/08 14/15 jan/09 jan/10 jan/11 15/16 jan/17 dez/17 16/17* 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 22,28 24,94 26,92 23,29 39,98 29,96 24,34 20,0 15,0 11,95 10,0 11,40 18,96 16,26 10,44 14,14 13,07 17,26 19,17 5,0 jan/00 7,05 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/16 5

CAFÉ As cotações internacionais devem manter a tendência de alta, em resposta à oferta mais ajustada e ao possível segundo ano de déficit global da produção. Além disso, a próxima safra brasileira de 2017/18 será de baixa bienalidade. CAFÉ Fundamentos Em junho, o USDA apontou redução da relação estoque consumo de 23,7% na safra passada para 20,9% a atual 2016/17. Para o Brasil, o USDA revisou a estimativa em novembro e estimou ampliação de 14% da safra, somando 56,1 milhões de sacas. O próximo levantamento do USDA será divulgado ainda neste mês. Consultorias especializadas estão apontando que esta safra será a segunda com déficit global de produção. Em setembro, a Conab divulgou o 3º levantamento da safra de café. A estimativa para a produção de arábica subiu de 40,3 milhões de sacas de 60 quilos em maio, para 41,3 milhões, o que representa uma alta de 2,5%, em resposta às boas condições climáticas nas regiões produtoras. Para o Paraná, a estimativa de produção de café arábica foi reduzida em 5,9% ante o levantamento de maio, em razão das geadas ocorridas no estado. Para o robusta, a estimativa recuou 11%, passando de 9,4 para 8,3 milhões de sacas. Para o Espírito Santo, a estimativa foi revisada para baixo em 9,6% e, para a Bahia, chegou a 36,6%, regiões muito afetadas pela estiagem. A quebra de produção do café robusta foi severa. Vale lembrar que a primeira estimativa, de janeiro, era de 11,7 milhões de sacas, situando-se agora em 8,4 milhões. Em sentido contrário, a estimativa para o café arábica subiu de 38,8 para 41,3 milhões de sacas, entre janeiro e setembro. O próximo levantamento da Conab será divulgado ainda neste mês. Ainda não há estimativas oficiais para a safra 2017/18 de café. A Conab divulgará a 1ª estimativa em abril do próximo ano. Notícias apontam que o clima mais chuvoso favoreceu as floradas que ocorreram entre setembro e novembro. As cotações internacionais seguiram em queda nos últimos dias, refletindo a liquidação dos fundos de investimentos e a valorização do dólar. As cotações internacionais devem seguir em alta, como resultado da oferta mais ajustada e do possível novo déficit mundial da produção de café no próximo ano. Além disso, a próxima safra 2017/18, que começará a ser colhida no Brasil a partir de maio, será de baixa bienalidade. 61.000 51.000 48.480 42.512 45.992 50.826 49.152 49.640 48.095 45.342 43.484 43.235 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 41.000 39.272 39.470 31.000 26.000 27.500 34.547 31.100 27.170 28.137 28.820 32.944 36.070 21.000 16.800 18.860 Fonte e projeção (*): Conab, Bradesco 11.000 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17* 6

750.0 650.0 632.0 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 550.0 450.0 350.0 250.0223.6 239.8 337.0 230.4 291.4 269.8 247.5 328.0 530.8 556.7 480.1 491.1 408.6 424.0 366.3 247.7 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 150.0 Fonte: CEPEA ESALQ, Bradesco 50.0 Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg, Bradesco 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 99,48 63,07 65,95 67,78 127,53 272,07 197,02 180,03 152,04 131,18 96,55 142,45 108,67 150,03 117,62 118,14 160,47 137,60 25,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/17 dez/17 Jan/00 Jan/01 Jan/02 Jan/03 Jan/04 Jan/05 Jan/06 Jan/07 Jan/08 Jan/09 Jan/10 Jan/11 Jan/12 Jan/13 Jan/14 Jan/15 Jan/16 Jan/17 dez/17 7

BOI As exportações continuarão crescendo e a oferta de animais prontos para abate permanecerá justa, o que poderia impulsionar as cotações do boi. Mas o enfraquecido consumo doméstico deverá manter as cotações do boi em baixos patamares BOI Fundamentos Em meados de outubro, o USDA divulgou seu relatório semestral de acompanhamento da produção global de carnes. O relatório trouxe estimativas positivas para 2017, com ampliação da produção brasileira de carne bovina em 2,0%, expansão de 5,4% das exportações e de 1,1% do consumo doméstico. Para 2016, o USDA estima que os embarques em volumes cresçam 8,5%. No entanto, até novembro, as exportações brasileiras tinham crescido apenas 0,7%. As exportações brasileiras de carne bovina cresceram 0,7% até novembro, favorecidas pela abertura de mercados e pela taxa de câmbio, que se manteve em nível mais depreciado nos primeiros meses do ano. Os principais destaques de ampliação foram: 3,6% para países árabes e 23,3% para África do Sul. Para a China, que passou a importar carne do Brasil a partir do 2º semestre do ano passado, os embarques saltaram de 81,3 para 149,8 mil toneladas no mesmo período de comparação. Para a Arábia Saudita, que não importou no ano passado, os volumes somaram 25,8 mil toneladas até outubro deste ano. Para a Venezuela e a Rússia, países muito dependentes das receitas com petróleo, os embarques foram reduzidos em 74,3% e 24,2% respectivamente. Os preços de carne bovina no atacado paulista, que vinham caindo desde o início do ano, passaram a subir a partir de setembro, mas diante do fraco mercado de trabalho, não encontraram suporte e passaram a cair novamente. Assim, no ano, até meados de dezembro, os preços de carne de 2ª no atacado caíram em média 3,5% e os preços da carne de 1ª subiram 4,8%. Como referência, no mesmo período, o preço da carne de frango avançou 10,8%. A oferta de animais prontos para abate continua apertada. No ano até agosto, os abates caíram 1,7% ante o mesmo período do ano passado, após recuo de 8% no ano passado. Os elevados custos com ração à base de milho e soja limitaram a expansão dos confinamentos, não contribuindo de forma relevante para a ampliação da oferta. Diante das elevadas taxas de desemprego, o consumo doméstico, que responde por 80% da produção de carne bovina, deverá permanecer fraco, limitando assim possíveis movimentos de alta das cotações do boi, advindas da ampliação das exportações e da baixa oferta de animais prontos para abate. 8

Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 1.300 1.361 1.702 1.297 1.592 1.439 1.370 1.200 1.100 1.208 1.000 1.069 Fonte: Secex, Bradesco 900 800 nov/05 fev/06 mai/06 ago/06 nov/06 fev/07 mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 Abate de bois em mil cabeças 2.600 2.400 2.485 2014 2015 2016 2.239 2.256 2.200 2.000 1.998 2.059 2.052 Fonte: MAPA, Bradesco 1.800 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 160.0 140.0 120.0 100.0 80.0 60.0 61.8 93.3 74.5 109.6 106.9 90.8 108.4 125.2 97.0 150.7 157.7 153.1 149.06 144.2 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 40.0 Fonte: CEPEA, Bradesco 20.0 Jan/06 Jan/07 Jan/08 Jan/09 Jan/10 Jan/11 Jan/12 Jan/13 Jan/14 Jan/15 Jan/16 Jan/17 dez/17 9

AÇÚCAR E ETANOL O dólar valorizado continuará pressionando as cotações internacionais do açúcar para baixo, embora os fundamentos continuem apontando na direção contrária. As cotações do etanol devem seguir em alta, refletindo os baixos estoques na entressafra AÇÚCAR E ETANOL Fundamentos Em novembro, o USDA divulgou seu relatório semestral sobre a safra 2016/17 de açúcar. As estimativas de produção passaram de 169,3 em maio para 170,9 milhões de toneladas no levantamento atual, refletindo as estimativas mais positivas para Brasil e China. Para o Brasil, a estimativa passou de 37,1 para 37,8 milhões de toneladas. Para a China, a estimativa passou de 8,2 para 9,5 milhões de toneladas. Para o consumo, o USDA manteve o nível em 173,6 milhões de toneladas. Com isso, o déficit global entre produção e consumo, antes estimado em 4,3 milhões de toneladas, foi reduzido para 2,6 milhões de toneladas. Na safra anterior o déficit chegou a 6,7 milhões de toneladas. A relação estoque consumo caiu para 17,7%, ante 19,0% na estimativa anterior, e abaixo dos 22,0% da safra anterior. Segundo a Unica, até meados de novembro, o volume de cana processada no Centro-Sul registrou ampliação de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O processamento de açúcar subiu 17,6%. A produção de etanol anidro (mistura à gasolina) avançou 5,8%, ao passo que a produção de etanol hidratado (usado como combustível) caiu 11,4%. O processamento mais direcionado para o anidro deve-se à demanda doméstica que está mais forte por gasolina. Em agosto, a Conab divulgou o 2º levantamento da safra 2016/17. A produção de cana, antes estimada em 690,9 milhões de toneladas em abril, foi revisada para 684,8 milhões de toneladas, incorporando os efeitos da estiagem em abril e maio no Centro-Oeste. Em relação à safra passada, a produção é 2,9% maior, como resultado da melhora do clima e da expansão da área. A produção de açúcar está estimada em 39,96 milhões de toneladas, atingindo nível recorde, com alta de 6,5% ante o levantamento anterior e de 19,3% em relação à safra passada. A produção de etanol total está estimada em 27,87 milhões de litros, caindo 8,1% em relação ao levantamento de abril e 8,5% ante a safra passada. O próximo levantamento da Conab será divulgado em meados de dezembro, trazendo o fechamento dos números da safra 2016/17. A estimativa para a safra 2017/18 será divulgada pela Conab em abril, quando se iniciará a colheita. O clima favorável, com chuvas regulares, e o estímulo de preços poderão impulsionar a expansão da produção. No entanto, a renovação do canavial abaixo da média poderá limitar o incremento. Em 14 de outubro, a Petrobras anunciou a nova política de preços de combustíveis, que levará em conta os movimentos do mercado internacional de petróleo em períodos mais curtos. Essa nova política é favorável ao setor sucroalcooleiro, já que permite a alta de preços da gasolina quando o petróleo também subir, favorecendo a competitividade do etanol. As cotações internacionais seguiram em queda nos últimos dias, refletindo: (i) o recuo do déficit global de produção esperado para o próximo ano, (ii) a liquidação dos fundos de investimentos, (iii) a valorização do dólar. A continuidade do déficit global de produção, embora menor do que o inicialmente previsto, e os baixos estoques mundiais continuam fundamentando elevados patamares para as cotações internacionais do açúcar. Mas por outro lado, o dólar mais valorizado continuará pressionando as cotações para baixo. Os preços do etanol devem seguir em alta nos meses de entressafra, já que os estoques estão baixos. 650.000 550.000 559.432 604.514 623.905 684.774 658.822 665.586 634.767 588.916 560.364 Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas 474.800 450.000 431.413 350.000 250.000222.429 223.460 240.944 314.969 287.810 257.592 320.650 359.316 150.000 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17* Fonte e projeção (*): Conab, Bradesco 10

Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 43.000 36.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 35.968 37.878 39.963 33.489 30.462 29.000 27.500 27.595 27.870 22.000 25.763 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 Fonte: Conab, Bradesco 11.700 8.000 93/94 94/95 95/96 96/97 13.078 97/98 98/99 10.518 99/00 00/01 01/02 14.640 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17* 1.920 1.820 1.842 1.840 1.940 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 1.720 1.620 1.520 1.650 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 1.420 1.320 1.291 1.354 1.316 1.220 1.285 1.120 1.020 920 1.062 1.025 1.076 1.148 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 Fonte: BMF BOVESPA, Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 22,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 9,0 5,6 10,7 9,0 8,8 6,3 9,0 8,4 17,9 13,1 8,9 11,3 21,9 14,6 17,7 15,4 14,9 10,7 18,1 Fonte: Bloomberg, Bradesco 3,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/17 dez/17 11

Acompanhamento das posições não comerciais US$ c / libra em número de contratos Posições não comerciais e preços internacionais de café 380 330 280 posição não comercial Café 80,000 60,000 56246 230 208.9 37358 40,000 180 130 80 30 168.3 20,000 126.05 0-20,000 Fonte: Bloomberg, Bradesco -20-40,000 2,000 1,800 1,600 1,400 260.845 1.613 168.209 Posição não-comercial preço soja 280,000 240,000 200,000 160,000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 1,200 1,000 800 940.8 120,000 105877 80,000 974.75 40,000 0 600-24414 -40,000 400-80,000 200 0-130.404-120,000-160,000 nov/11 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 16-jun- US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 850 750 650 789.5 posição não comercial preço milho 149.456 142245 500000 400000 300000 200000 550 450 545.3 513 80.111 109136 100000 33548 0 350 250 150 340.5-113,383-87984 371-100000 -200000-300000 nov/11 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 dez/11 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 Fonte: Bloomberg, Bradesco Fonte: Bloomberg, Bradesco

Retrato do mercado SOJA Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, 60% do volume é exportado e 40% é destinado à moagem. O processo de moagem resulta em 72% de farelo e 18% de óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 10% Europa. Farelo: 56% Europa, 14% Indonésia, 8% Tailândia. Óleo: 48,8% Índia, 12% China. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 46%; Sul 37%; 8% Sudeste; 5% Nordeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 31,2%, atrás dos EUA, com 33,4%, mas é o maior exportador, com 43,0% do total, seguido pelos EUA, com 38,2%. 13

Retrato do mercado MILHO O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 32% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 15% Irã, 10% Coréia do Sul, 9,6% Japão. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 13% Nordeste; 10% Centro-Oeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64% Centro-Oeste; 24% Sul (somente Paraná); 7% Sudeste; 3% Nordeste (somente Bahia). Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 8% de participação no mercado e o terceiro maior exportador, com 16% de participação. 14

Retrato do mercado CAFÉ O Brasil exporta 70% do café produzido, sendo 96% de café verde e 4% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Europa 50,3%, 21,6% EUA, Japão 6,7%. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 70,6% Minas Gerais 12,7% São Paulo 8,9% Espírito Santo 3,4% Bahia 2,7% Paraná Distribuição regional da produção de café robusta: 65,6% Espírito Santo 14,3% Rondônia 15,7% Bahia 2,9% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 33% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 14% do consumo mundial. 15

Retrato do mercado BOI O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino Os principais mercados de destino em 2015 foram: 19,4% Hong Kong, 14,4% Egito, 13,2% Rússia, 8,6% União Europeia, 7,2% Irã, 7,2% China e 6,9% Venezuela. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,1% Centro-Oeste; 21,2% Sudeste; 20,8% Norte; 11,5 Sul; 10,4% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,3% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,2%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 20% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

Retrato do mercado AÇÚCAR E ETANOL Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 47% se destinam à produção de açúcar e 53% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 6% exportação e 94% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 60% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 40% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar: 10,4% China, 10,3% Bangladesh, 6,8% Argélia, 6,3% Índia. Etanol: 49,2% EUA, 25,2% Coreia do Sul. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 20,3%. Os demais players são: Índia 16,6%; União Europeia 9,4%; Tailândia 6,3%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 43,4% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 16,1%; Austrália 6,7%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57,5% EUA e 27,7% Brasil. 17

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