(a) O Ag.e discorda do despacho de 1ª instância que não admitiu a sua intervenção principal espontânea. (b) Do despacho recorrido:

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PN 3606.03-5; Ag.: Tc. Montalegre, 1ª Sec. (8-A/87); Ag.e 1 : Teófilo da Silva Fidalgo, Rua Morgado de Mateus, 2, 2º-A, 5000 Vila Real; Ag.as 2 : Maria Arminda Fidalgo Surreira, Rua da Forja, 14, 5470 Montalegre; Joaquina da Silva Fidalgo, Idem. Acordam no Tribunal da Relação do Porto I. Introdução: (a) O Ag.e discorda do despacho de 1ª instância que não admitiu a sua intervenção principal espontânea. (b) Do despacho recorrido: (1) O incidente de intervenção principal espontânea engloba os casos em que um terceiro se vem associar a uma das partes primitivas, com o estatuto de parte principal, cumulando-se no processo a apreciação de uma relação jurídica própria do interveniente, substancialmente conexa com a relação material controvertida entre as partes primitivas, em termos de tornar possível um hipotético litisconsórcio ou coligação iniciais, caracterizando-se, assim, pela igualdade ou paralelismo do interesse do interveniente com a parte a que se associa; (2) Pressuposto essencial é, pois, a pendência de uma acção entre duas ou mais partes, e seu requisito específico a titularidade por parte de um terceiro 1 Adv.: Dr. Francisco J. B. Pedreira, Rua do Pólo Norte, 3. 1º, 5470-251 Montalegre. 2 Adv.: Dr. Adérito Vaz Pinto, Rua Coronel Bento Roma, Ed. Marrocos, 1º, sl. 3, 5400-114 Chaves. 1

de um interesse igual ao do A. ou do R. que inicialmente permitisse o litisconsórcio voluntário ou impusesse o litisconsórcio necessário 3 ; (3) Contudo, [a pretensão do interveniente] visa, em suma, opor-se à venda de dois prédios rústicos..., sendo inequívoca a falta de legitimidade e de interesse em deste, não se vislumbrando como é que uma eventual procedência ou improcedência deste pleito possa ser de molde a poder prejudicá-lo; (4) O título que o requerente invoca como fundamento da intervenção na causa e os factos que ela envolve, no confronto dos que foram afirmados pela tutora da interdita, não se enquadra na figura do litisconsórcio voluntário ou necessário natural ou legal, a que aludem os arts. 27/1 e 28 CPC, visto que a posição que o requerente invoca não configura assumir este um interesse paralelo ao da tutora ou da interdita, e por se não tratar de relações jurídicas indivisíveis por natureza ou por imposição legal, nem que tenham de ser resolvidas de um modo unitário e uniforme para todos os interessados, nem de decisões que não possam ser proferidas senão a respeito das várias partes 4 ; (5) Entretanto, o art. 145 CC coloca à cabeça dos deveres do tutor o de cuidar da saúde do interdito, mostrando assim... o fim principal da tutela; (6) O referido art. prevê a possibilidade de, desde que tal se afigure necessário para prover aos cuidados de saúde do interdito, o tutor alienar bens deste, desde que, previamente, obtenha a necessária autorização judicial; (7) E o Código Civil atribui ao Tribunal o poder de apreciar e autorizar tais actos de alienação, por força da remissão operada pelo art. 1935 que equipara os direitos e obrigações do tutor aos direitos e obrigações dos pais, todos os actos abrangidos no art. 1889 CC; (8) Ora, é esta autorização judicial, para proceder à venda de dois imóveis propriedade da interdita Joaquina da Silva Gonçalves, que a A. pretende obter com a presente acção... para, com o produto dessa venda, poder prover aos cuidados de saúde da interdita, não se vislumbrando, pois, na 3 Citou Relatório do DL 329-A/95, 12.12 e Salvador da Costa, Os Incidentes da Instância, 2ª ed., 1999, pp. 78 ss. 4 Citou Antunes Varela, RLJ, Ano 117, nº3729, p. 381. 2

intervenção deduzida, qualquer interesse do interveniente Teófilo da Silva Fidalgo que coincida com o das referidas Joaquina Gonçalves e Maria Arminda Fidalgo Surreira; (9) Impõe-se, por isso, a não admissão da intervenção principal espontânea do requerente. II. Matéria assente: (1) Em 02.11.28, prestado juramento no Tribunal Judicial da comarca de Montalegre, Maria Arminda Fidalgo Surreira foi nomeada para exercer o cargo de Tutora da interditanda, Joaquina da Silva Fidalgo; (2) Em 03.05.20, Maria Arminda Fidalgo Surreira, na qualidade de Tutora de Joaquina da Silva Fidalgo, interpôs a presente acção em que requer autorização para a venda dos únicos bens desta última: (i) terra de cultivo Gaspar, sito na freguesia de Montalegre, insc. mat. pred. art. 260; (ii) terra de cultivo Miões, sito na freguesia de Montalegre, insc. mat. pred. art. 847, com a área de 0,6600 Ha; (3) O objectivo a alcançar é prover às necessidades da interditanda [disponibilidade de alguém para a acompanhar; aquisição de uma nova cama, dois cadeirões e de uma televisão; arranjo do soalho e das paredes do quarto onde vive; equipá-lo com um aquecedor embutido; alimentação], requerido, desde já, leilão público para o efeito; (4) O Ag.e é parente da interditanda no mesmo grau da tutora; alegou na oposição junta ao pedido de intervenção principal:...é manifesto que a requerente Maria Arminda deseja herdar antecipadamente os bens da interdita, pois não concorda e di-lo abertamente que o Ag.e herde tanto (é filho único) como ela e os irmãos juntos. III. Cls./Alegações: (a) A interdita Joaquina da Silva Fidalgo é filha de Francisco da Silva Fidalgo e da mulher, Albertina Gomes da Silva; 3

(b) E tinha dois irmãos, já falecidos, a saber: Maria da Silva Fidalgo a mãe da tutora e do já citado para o presente processo António Fidalgo Surreira e Carlos da Silva Fidalgo o pai do ora recorrente; (c) Este é, pois, parente a interdita no mesmo grau da tutora, Maria Arminda; (d) À morte da interdita, a sua herança será dividida em duas partes iguais, sendo uma a atribuir aos filhos de Maria da Silva Fidalgo e outra apenas ao ora recorrente; (e) Se o património da interdita for delapidado em vida desta, o maior prejudicado é, como bem se compreende, o Ag.e, que não vive com a interdita, nem dos seus rendimentos tira qualquer proveito; (f) E, a sua intervenção, ainda que não aceite, já produziu os seus frutos: evitou que vendessem prédios da interdita por tuta e meia, quando se provou que tal venda era totalmente desnecessária; (g) É, pois, bem patente o interesse do ora recorrente em intervir no pleito; (h) A decisão recorrida violou os arts. 27, 321 e 324 CPC, já que, por força do aí estatuído, o recorrente tem todo o direito a intervir nos presentes autos; (i) O despacho recorrido deve ser revogado e substituído por outro que admite o Ag.e a intervir no processo como parte principal. IV. Contra-alegações: não houve. V. Recurso: pronto para julgamento, nos termos do art. 705 CPC. VI. Sequência: (a) Não há dúvidas de que pode a intervir em causa pendente entre duas ou mais pessoas aquele que em relação ao objecto tiver interesse igual ao do A. ou do R.: levantam-se aqui, desde logo, dois problemas (i) estamos perante uma causa que envolve duas ou mais pessoas? (ii) o interesse em relação ao objecto da causa terá de ser sempre um interesse contencioso? (b) É aceitável que respondamos sim a cada uma das perguntas, não obstante tratar-se de processo de jurisdição voluntária, sem partes verdadeiras e sem interesses conflituantes: a intervenção na lide de quem de direito deve ser 4

proporcionada e não se justifica, dada a natureza funcional do instituto, um entendimento restritivo. (c) Adentro desta óptica, o recorrente tem por si a lei que lhe pode permitir o direito de ser citado tal como se apresenta como sucessível em igual grau dos restantes... mas conquanto demonstre ser considerado o mais idóneo, art. 1439/2 CPC. (d) Contudo, não alegou nada disso, nem discutiu ou impugnou a citação de António Fidalgo Surreira. (e) Por conseguinte, apresentou pedido inepto, mas que pode ser convidado a corrigir, segundo a regra do art. 265/2 CPC, atendendo ao estado da causa que não chegou ainda à fase de instrução probatória. (f) Neste sentido, revogado despacho recorrido, seguir-se-á, deste modo, a notificação para o aperfeiçoamento acima delimitado. VII. Custas: sem custas, por não serem devidas. 5