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Transcrição:

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Fevereiro de 2015 Panorama Macroeconômico A volatilidade dos preços das commodities, com destaque para o petróleo, as ações dos bancos centrais e seus impactos sobre as economias pautam as expectativas relacionadas ao cenário global neste início de ano. Ao mesmo tempo, incertezas ligadas à Grécia e a redução das tensões na Ucrânia dividem as atenções do mercado. Em relação às perspectivas para as principais economias do mundo, a retomada da economia norteamericana segue em curso, com melhora contínua e sustentada do mercado de trabalho. Nessas condições, ganham força as apostas de que o Fed, de fato, começará a normalização da política monetária em meados deste ano. Na Área do Euro, as surpresas positivas com o desempenho da economia na virada do ano passado para este e os efeitos dos estímulos monetários e da queda do preço do petróleo nos levaram a revisar para cima nossa projeção para o crescimento do PIB da região em 2015, de 1,1% para 1,3%. Por fim, os primeiros indicadores deste ano divulgados na China sugerem uma desaceleração da economia mais forte e rápida do que esperávamos. Mesmo que o consenso do mercado ainda aponte para expansão do PIB de 7,0% em 2015, projetamos crescimento de 6,5%, que ficará abaixo da meta do governo (que acreditamos que deverá ser revista da taxa vigente de 7,5% para 7,0%). Nos últimos meses, o balanço de riscos para o crescimento do PIB de 2015 apresentou piora relevante. Por conta disso, atualizamos nossa projeção para o desempenho do PIB brasileiro, passando de uma alta de 0,5% para uma queda de 0,5%. Dentre os principais vetores baixistas, destacamos: (i) a piora do cenário de chuvas, o que aumentou a probabilidade de observarmos um racionamento de água e/ou de energia; (ii) a surpresa negativa com o resultado dos indicadores fiscais ao fim de 2014, o que requererá um ajuste (via impostos e/ou despesas) mais forte do que o trabalhávamos anteriormente para atingir a meta de superávit de 1,2% do PIB em 2015; (iii) a forte queda de investimentos planejados pelo setor de petróleo e seus efeitos sobre a cadeia produtiva e (iv) o desaquecimento mais nítido do mercado de trabalho, com geração negativa de vagas nos últimos meses, conforme apontado pelo CAGED. A alta da inflação, em curso, tem refletido os efeitos dos ajustes na política econômica, em especial devido ao realinhamento dos preços relativos, levando o IPCA a chegar a uma alta de 7,0% neste ano. Sumário Executivo Soja Os preços deverão seguir voláteis refletindo as preocupações com os efeitos da seca sobre o nível de produtividade no Brasil. Mas o viés continua sendo de baixa como resultado do incremento de produção nos EUA, no Brasil e na Argentina e da consequente elevação da relação estoque consumo atingindo 30,9%, ante 24,3% da safra passada. Milho A tendência para os preços continua de alta, refletindo os efeitos da seca sobre o potencial produtivo no Brasil e o recuo de área plantada. Mas não deveremos observar altas relevantes de preços, como reflexo da safra recorde nos EUA. Café As cotações deverão continuar voláteis com tendência de alta, por conta das incertezas quanto aos efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo dessa safra. Boi O incremento de oferta com a entrada da safra e a moderação da demanda levarão ao arrefecimento dos preços nos próximos meses. Mas os efeitos da estiagem e a oferta ainda restrita de animais prontos para abate limitarão a queda. Risco para esse cenário é a possibilidade de redução do consumo nos países produtores de petróleo, que são importadores relevantes de carne brasileira. Açúcar e Etanol Como resultado da menor safra brasileira e do melhor ajuste global entre oferta e demanda, os preços do açúcar devem seguir em alta moderada. Os preços do etanol deverão continuar subindo em decorrência da elevação dos preços da gasolina, via tributação da Cide, e também sustentados pela demanda doméstica robusta por combustíveis.

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* SOJA SOJA Os preços deverão seguir voláteis refletindo as preocupações com os efeitos da seca sobre o nível de produtividade no Brasil Fundamentos O USDA revisou para baixo a produção brasileira de soja no relatório mensal de fevereiro, em menos 1 milhão de toneladas, o equivalente a um recuo de 1,0% ante o mês anterior, refletindo a estiagem no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do País. Em sentido contrário, elevou a estimativa de produção na Argentina em mais 1 milhão de toneladas, uma alta de 1,8% sobre o levantamento do mês passado. O 5º levantamento da safra 2014/15, divulgado pela Conab, apontou revisão para baixo na estimativa de produção de soja no Brasil em 1,3 milhão de toneladas, o equivalente a um recuo de 1,4%. A Conab apontou recuo de área plantada no Centro-Oeste e ajuste para baixo no nível de produtividade esperado no Nordeste e no Centro Oeste. Ainda assim, a produção de soja deve somar 94,6 milhões de toneladas, uma safra recorde, com incremento de 9,8% ante a safra anterior. O número da Conab está em linha com o divulgado pelo USDA, de 94,5 milhões de toneladas. Estimativas de consultorias especializadas apontam uma safra entre 91 e 92 milhões de toneladas de soja. Esperamos que nos próximos levantamentos, tanto a Conab quanto o USDA convirjam para esse número, incorporando os efeitos da estiagem severa principalmente no Sudeste e no Nordeste. Os preços de soja deverão continuar voláteis, por conta das preocupações com os efeitos da seca sobre o nível de produtividade da safra brasileira. Mas a tendência continua sendo de baixa das cotações como resultado das safras recordes nos três maiores exportadores: EUA, Brasil e Argentina que respondem juntos por pouco mais de 80% da produção global e deverão ter um incremento de 11,4% da produção. Com isso, a relação estoque consumo é a mais alta da série histórica, atingindo 30,9%, ante 24,3% da safra passada. em mil toneladas Produção Nacional de Soja 1990-2012 Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: Bradesco Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1991 2015 107.000 98.000 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 75.324 66.383 86.121 81.499 94.577 44.000 41.917 Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO 35.000 26.000 17.000 8.000 19.419 15.394 31.370 32.345 25.934 26.160 2

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 2.816 2.629 2.927 3.115 2.651 3.002 2.938 2.854 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1991 2015 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 em R$ por saca de 60 kg Fonte e (*) projeção: Conab SOJA EM GRÃO Fonte: Deral PR Elaboração: BRADESCO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR Elaboração e Projeção: Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2015 80,0 70,0 60,0 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 73,92 61,83 55,75 53,38 50,53 40,0 39,81 40,14 30,0 26,63 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 10,0 Fonte: Bloomberg em US$ cents por PREÇOS bushel INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO Projeção de preço: média dos preços futuros Elaboração: Bradesco 2000-2010 em US$ cents por bushel 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2015 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.287 1.178 965 978 Projeção de preço: média dos preços futuros 800,0 600,0 546 491 400,0 507 436 632 567 689 526 542 757 908 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 3

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* MILHO MILHO Preços continuam em alta refletindo os efeitos da seca sobre o potencial produtivo no Brasil e o recuo de área plantada. Mas não deveremos observar altas relevantes de preços, como reflexo da safra recorde nos EUA Fundamentos O USDA divulgou o relatório mensal e trouxe revisão para cima na estimativa de produção global de milho em mais 3,2 milhões de toneladas, uma alta de 0,3% ante o levantamento anterior. As revisões positivas ocorreram para a safra na Argentina e na Ucrânia. Para a safra brasileira foi mantida a mesma estimativa do mês anterior, de 75 milhões de toneladas. Até o levantamento anterior, a Conab vinha repetindo a mesma área da safra passada plantada com milho 2ª safra, à espera da aproximação do período de plantio, quando ficaria mais clara a intenção de plantio. No atual levantamento, a Conab estimou recuo de 2,5%, com queda de 3,2% no Centro-Oeste e de 1,7% no Paraná. Para a 1ª safra de milho a Conab apontou melhora dos níveis de produtividade no Sul e no Sudeste ante o mês passado. Assim é esperado recuo de 4,8% da produção de milho 1ª safra e de 0,3% da 2ª safra, comparativamente à safra do ano passado. A produção total de milho deve somar 78,4 milhões de toneladas, uma queda de 2,1% ante a safra passada. Os próximos levantamentos deverão apresentar convergência para algo entre 73 e 75 milhões de toneladas, que são as estimativas de consultorias especializadas e do USDA, refletindo os efeitos da seca. Como resultado da safra menor, os preços devem seguir em alta, refletindo também o incremento de demanda para ração pelos criadores em mil toneladas de aves e suínos. Fonte e Projeção: Conab Produção Nacional de Milho - 1991-2012 Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1991 2015 90.000 80.000 70.000 81.506 80.05278.398 72.980 60.000 50.000 47.411 51.370 58.652 56.018 57.407 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 37.442 35.716 30.771 33.174 32.393 30.000 24.096 20.000 35.281 35.007 4

jan/00 em kg por ha Produtividade - Milho - 1991-2012 jan/01 90/91 91/92 jan/02 92/93 jan/03 93/94 94/95 jan/04 95/96 jan/05 96/97 jan/06 97/98 jan/00 98/99 jan/07 99/00 jan/01 jan/08 00/01 01/02 jan/02 jan/09 02/03 jan/03 jan/10 03/04 04/05 jan/04 jan/11 05/06 jan/05 jan/12 06/07 07/08 jan/06 jan/13 08/09 jan/07 jan/14 09/10 10/11 jan/15 jan/08 11/12 dez/15 jan/09 12/13 13/14 jan/10 14/15* jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 4.808 5.149 5.057 5.170 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2015 3.000 2.864 2.867 2.500 2.3492.344 2.194 2.622 2.356 2.588 2.650 2.589 2.480 2.000 1.500 1.791 Em R$ por saca de 60 kg Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: Deral Elaboração e Projeção: Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2015 30,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 20,97 19,96 17,84 17,26 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 Em US$ cents por bushel Milho - Bolsa de Chicago - CBOT Fonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco Preço futuro 1º vencimento 860 760 660 711 753 763 662 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2015 560 460 360 260 217 160 235 267 215 316 237 493 413 326 546 418 347 322 603 502 439 335 418 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* CAFÉ CAFÉ As cotações deverão continuar voláteis com tendência de alta, tendo em vista as incertezas quanto aos efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo dessa safra Fundamentos Em janeiro, a Conab divulgou o 1º levantamento para a safra brasileira de café na temporada 2015/16 que começará a ser colhida em maio. Considerando o intervalo médio, a safra está estimada em 45,4 milhões de sacas, praticamente o mesmo volume da safra passada, que chegou a 45,3 milhões de sacas. Especificamente para o café arábica, a estimativa é de expansão de 3,5% da produção, reflexo dos seguintes fatores: (i) aumento de 2,9% da produção em Minas Gerais, resultado da ampliação de 30,5% da produção na Zona da Mata, que apresenta bienalidade invertida em relação às demais regiões produtoras; (ii) recuperação do nível de produção no Paraná, que tinha sido fortemente afetada no ano passado pelas geadas; (iii) ampliação da área e da produtividade na Bahia. Para São Paulo, a estimativa da Conab é de recuo de 6,4% da produção, por conta do efeito da bienalidade negativa. Em maio a Conab divulgará o 2º levantamento e poderá apontar revisão para baixo dessa estimativa, incorporando os efeitos da estiagem. As chuvas ainda continuam abaixo da média histórica no Sudeste do País, o que está gerando muitas incertezas quanto aos efeitos sobre o potencial produtivo dessa safra. Essas dúvidas continuarão gerando muita volatilidade nos preços, com tendência de alta, refletindo o baixo volume produzido no Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco Brasil. Produção Nacional de Café - 1994-2012 mil sacas de 60 kg 61.000 51.000 41.000 31.000 26.000 27.500 50.826 49.152 48.480 48.095 45.992 45.342 45.360 42.512 43.484 39.272 39.470 36.070 34.547 32.944 31.100 27.170 28.137 28.820 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2015 21.000 11.000 16.800 18.860 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 690,0 590,0 530,8 576,1 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2015 490,0 390,0 290,0 223,6 190,0 239,8 337,0 230,4 291,4 245,8 457,8 408,6 328,0 387,5 269,8 282,2 247,5 247,7 366,3 455,2 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 90,0 104,4 Projeção de preço: média dos preços futuros Em US$ cents por libra peso Fonte: CEPEA ESALQ Café em grão - Bolsa de Nova York Elaboração: - NYBOT Bradesco 2000-2010 Fonte: Bloomberg Elaboração: Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 197,02 180,03 150,03 163,38 117,62 171,30 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 7

BOI BOI Os preços devem arrefecer nos próximos meses, refletindo o incremento de oferta com a entrada da safra e a moderação da demanda. Mas os efeitos da estiagem e a oferta ainda restrita de animais prontos para abate limitarão a queda Fundamentos As exportações de carne bovina estão em expansão desde 2012, favorecidos pela demanda de Hong Kong, Venezuela, Oriente Médio e Rússia, que habilitou pouco mais de 80 unidades produtoras de carne brasileira para exportação (antes eram 31 unidades habilitadas). Mas daqui para frente, as exportações podem ser afetadas negativamente pela possibilidade de arrefecimento de demanda nos países produtores de petróleo, dentre eles Rússia, Venezuela, Irã e Emirados Árabes, que juntos respondem por 36% das exportações brasileiras de carne bovina. Por outro lado, a oferta de carne bovina oriunda dos EUA e da Austrália, que juntos respondem por 30% das exportações globais, deverá ser menor em 2015, fruto do recuo de abates. O consumo doméstico deve moderar, refletindo os ajustes em curso da economia brasileira, que implicam aumento da taxa de desemprego. A oferta de animais prontos para abate continuará apertada, em razão do abate de fêmeas ocorrido em anos anteriores, gerando alta de preços dos bezerros. Esse cenário é agravado pela ocorrência de chuvas abaixo da média histórica na região Sudeste, que responde por 20% dos abates. A partir de fevereiro, os preços de carne bovina no atacado de São Paulo mostraram recuo moderado, em um momento que seriam esperadas quedas mais acentuadas com a entrada da safra. Mas a ocorrência de chuvas ainda abaixo da média histórica não foram suficientes para recuperar as pastagens e impulsionar a oferta. Nos meses à frente, os preços de boi devem recuar, seguindo o movimento sazonal de entrada da safra. No entanto, esses ainda devem seguir em patamar alto refletindo a baixa oferta de animais prontos para abate e os efeitos da estiagem. Risco para esse cenário é a possibilidade de reversão das exportações, podendo passar a registrar queda, diante da possibilidade de redução do consumo nos países produtores de petróleo. Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 2011 2014 150.000 2011 2012 2013 140.000 2014 130.000 120.000 120.133 139.110 127.236 110.000 104.974 100.000 101.746 90.000 90.893 80.000 80.613 FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 70.893 70.000 64.794 60.000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 Abates mensais de boi - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Abate de bois em mil cabeças 2011-2014 2.600 2.500 2.400 2.467 2011 2012 2013 2014 2.300 2.294 2.200 2.256 2.177 2.100 FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em R$ por arroba (15 kg) 2.000 1.900 1.836 1.800 1.792 1.700 1.600 BOI GORDO Fonte: Cepea Esalq jan fev mar PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP Elaboração abre Projeção: mai Bradesco jun jul ago set out nov dez 1.893 1.865 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 51,7 61,8 93,3 74,5 109,6 125,2 108,4 106,9 97,0 90,8 143,2 147,7 130,5 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2002 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 40,0 42,2 20,0 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* AÇÚCAR E ETANOL AÇÚCAR E ETANOL Como resultado da menor safra brasileira e do melhor ajuste global entre oferta e demanda, os preços do açúcar devem seguir em alta moderada. Os preços do etanol deverão continuar subindo por conta da elevação dos preços da gasolina Fundamentos A safra 2014/15, que está em fase final de processamento, é estimada pela Conab em 642,1 milhões de toneladas de cana, um recuo de 2,5% ante a safra passada, refletindo a estiagem no Sudeste. A estimativa para a próxima safra 2015/16 será divulgada pela Conab em abril. A 1ª estimativa da Unica para a safra 2014/15 era de 580 milhões de toneladas de cana produzidas no Centro Sul. Incorporando os efeitos da seca, a Unica reduziu a estimativa para 567 milhões. Até o início de fevereiro o processamento de cana alcançou 570 milhões, ultrapassando portanto a estimativa da instituição. Ainda assim, significa um recuo de 4,3% ante o volume processado no mesmo período do ano passado. Para a próxima safra 2015/16, a Unica aponta que ainda existem dúvidas sobre o potencial de produção no Centro-Sul. A partir de 1º de fevereiro passou a vigorar o retorno da cobrança da Cide na gasolina, de R$ 0,22/litro. Com o preço mais alto da gasolina, a demanda por etanol hidratado (usado direto no tanque dos veículos) deve aumentar, favorecendo também o aumento de preços do etanol. Seguindo a paridade de 70% com o preço da gasolina, o incremento de preço do biocombustível pode ser de R$ 0,15/litro. Foi aprovado o aumento do limite de mistura de etanol na gasolina de 25% para 27,5%. Segundo a Unica, o aumento da mistura demanda 1,2 bilhão a mais de etanol, o equivalente a um incremento de 4% sobre a produção atual e 15 milhões de toneladas a mais de produção de cana de açúcar, o representa 2,5% de crescimento. Em Minas Gerais, foi reduzido o ICMS cobrado sobre o etanol de 19% para 14% e em sentido contrário foi elevado o ICMS cobrado sobre a gasolina de 27% para 29%. O aumento da Cide, do ICMS e da mistura na gasolina deverão levar a próxima safra a ser mais alcooleira, podendo provocar recuo da produção de açúcar. Isso, por sua vez, poderá ser favorável para impulsionar os preços dessa commodity. Fonte Os e projeção preços : Conab do açúcar devem seguir em alta moderada nos meses mil toneladas à frente, como resultado do menor Elaboração. superávit Bradesco Produção Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990-2013 global e da menor safra brasileira. Os preços do etanol deverão continuar subindo, sustentados pela demanda doméstica robusta por combustíveis e pela elevação dos preços da gasolina. 650.000 550.000 Safra 14/15 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/14 671.690 2º Levantamento Ago/14 659.099-12.591-1,9% 3º Levantamento Dez/14 642.095-17.004-2,6% 4º Levantamento Abr/15 559.432 604.514 623.905 658.822 642.095 588.916 560.364 Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas 1991 2015 474.800 450.000 431.413 350.000 314.969 287.810 250.000 222.429 223.460 240.944 257.592 320.650 359.316 150.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco jan/00 93/94 94/95 jan/01 95/96 jan/02 96/97 jan/03 97/98 98/99 jan/04 99/00 jan/05 00/01 jan/06 01/02 02/03 jan/07 03/04 jan/08 04/05 05/06 jan/09 06/07 jan/10 07/08 jan/11 08/09 09/10 jan/12 10/11 jan/13 11/12 jan/14 12/13 Etanol em mil litros 13/14 jan/15 14/15* dez/15 Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2015 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 35.968 27.595 25.763 37.878 27.957 36.360 28.664 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO 11.700 8.000 13.078 10.518 14.640 em R$ por metro cúbico 1.610 1.510 1.410 1.310 1.210 1.110 1.010 1.062 1.291 1.354 1.225 1.146 1.025 1.150 1.330 1.136 1.150 1.076 1.230 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2011-2015 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 910 810 710 FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em US$ cents por libra peso Preços internacionais de açúcar NYBOT Preço futuro 1º Vencto 2000 2013 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2015 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 15,4 16,1 9,0 10,7 9,0 8,8 9,0 8,4 8,9 11,3 5,6 6,3 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 3,0 11

fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 16-jun-09 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 16-jun-09 Acompanhamento das posições não comerciais Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007-2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Posições não comerciais e preços internacionais de café 2008-2015 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café 304,9 em número de contratos 70.000 60.000 46.478 50.224 50.000 38.200 40.000 200 211,8 30.000 150 139,70 159,4 20.000 164,3 10.000 100 0-10.000 50-20.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 0-30.000 US$ c / bushel 2.000 posição não comercial 1.800 preço soja 1.600 1.628 1.400 203.215 260.845 1.613 em número de contratos 280.000 240.000 200.000 168.209 160.000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2008-2015 1.200 1.000 800 46.808 913,25 120.000 80.000 1000 40.000 0 600-16.898-28.178-40.000 400 200-56.797-80.000-66629 -120.000 0-130404 -160.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2008-2015 850 750 650 550 posição não comercial preço milho 113.201 413.915 764 831 704 80.111 500000 400000 300000 200000 149456 100000 450 0 350 385-100000 250 312-119.389 321-200000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150-300000

SOJA Retrato do mercado Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, o volume de 43% é exportado e 57% são destinados à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

MILHO Retrato do mercado O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

CAFÉ Retrato do mercado O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

BOI Retrato do mercado O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

AÇÚCAR E ETANOL Retrato do mercado Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da canaé de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

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