SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS E ONDAS ESTACIONÁRIAS

Documentos relacionados
Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 1 SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS E ONDAS ESTACIONÁRIAS. e y2

CES Centro de Ensino Superior de C. Lafaiete Faculdade de Engenharia Elétrica Física II Prof. Aloísio Elói

GABARITO DO GE5 ONDAS ESTACIONÁRIAS, BATIMENTOS E EFEITO DOPPLER

CORDAS E TUBOS SONOROS TEORIA

Física B Semi-Extensivo V. 4

Série Trigonométrica de Fourier

INTERFERÊNCIA, ONDAS ESTACIONÁRIAS, ONDAS NÃO HARMÔNICAS

>> cm f < Hz. Sólido: meio contínuo

Virgílio Mendonça da Costa e Silva

Matemática A Extensivo V. 6

CONCEITOS DE VIBRAÇÃO

DFS Série Discreta de Fourier DFT Transformada Discreta de Fourier Convolução Circular

GERAÇÃO E MEDIÇÃO DE ONDAS SONORAS ESTÁTICAS EM TUBO DE KUNDT.

Resposta de Sistemas de 2 a Ordem à Excitação Periódica Não Harmônica

Capítulo 39: Mais Ondas de Matéria

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 25. Professora: Mazé Bechara

objetivo Exercícios Meta da aula Pré-requisitos

Processamento Digital de Sinais Lista de Exercícios Suplementares 3-1 quad. 2012

4. MEDIDAS DINÂMICAS CONCEITOS BÁSICOS

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

Instituto de Física USP. Física V - Aula 25. Professora: Mazé Bechara

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos:

ONDAS APONTAMENTOS TEÓRICOS. Filipe Santos Moreira 2004/05

2 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO GERADOR DE CORRENTE CONTINUA

Instituto de Física USP. Física V - Aula 25. Professora: Mazé Bechara

GABARITO AULA DE VÉSPERA USP/UNICAMP

Gabarito: Resposta da questão 1: [D] Observando a figura, temos que: Do meio 3 para o 2, o raio se aproxima da normal, logo: n2 n 3.

Exercícios de Aprofundamento Matemática Progressão Aritmética e Geométrica

Ótica geométrica. Descrição dos fenómenos óticos que ocorrem em sistemas com componentes de dimensões superiores aos comprimentos de onda da radiação

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 20. Professora: Mazé Bechara

Dentro, a/2 < x < a/2: com: Ondas com a mesma amplitude nos 2 sentidos. Elas se combinam formando uma onda estacionária. Então podemos fazer A = B:

ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA

Eletromagnetismo II 1 o Semestre de 2007 Noturno - Prof. Alvaro Vannucci

étodos uméricos MÉTODO DOS MOMENTOS - MOM Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ESCUTANDO O COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO E A ACELERAÇÃO

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Ondas Eletromagnéticas.

Radiação térmica Física Moderna 1 Aula 2 1

2.2. Séries de potências

SOM: Onda Longitudinal

Questão 1. Questão 2. Questão 4. Questão 3. alternativa C. alternativa B. alternativa D. alternativa A n 2 n! O valor de log 2. c) n. b) 2n.

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição

3 parâmetros: Y. transformada fasorial de y ( t) Y contém 2 / 3 das informações de y ( t)

Instituto de Física USP. Física V - Aula 22. Professora: Mazé Bechara

CÁLCULO I. Exibir o cálculo de algumas integrais utilizando a denição;

Exercícios de DSP: 1) Determine se os sinais abaixo são periódicos ou não e para cada sinal periódico, determine o período fundamental.

binomial seria quase simétrica. Nestas condições será também melhor a aproximação pela distribuição normal.

Experimento 1 Estudo da Lei de Hooke

b) Fabrico de peças cilíndricas Capítulo 5 - Distribuições conjuntas de probabilidades e complementos X - comprimento da peça Y - diâmetro da peça

Séries e aplicações15

1. Definição e conceitos básicos de equações diferenciais

Análise da Resposta Livre de Sistemas Dinâmicos de 2 a Ordem

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Números reais

11 Aplicações da Integral

APROXIMAÇÕES AO FILTRO IDEAL

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais.

Capítulo 5. CASO 5: EQUAÇÃO DE POISSON 5.1 MODELO MATEMÁTICO E SOLUÇÃO ANALÍTICA

Sinais de Tempo Discreto

Termodinâmica e Estrutura da Matéria. 19/Fev/2016 Aula 1

Eletrônica 1. Aula 04 (Introdução ao transistor) CIN-UPPE

Estudando complexidade de algoritmos

CORRELAÇÃO Aqui me tens de regresso

PROVA DE MATEMÁTICA DA UNIFESP VESTIBULAR 2011 RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais

Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Diferenciais Ordinárias

A letra x representa números reais, portanto

DERIVADAS DE FUNÇÕES11

5. ANÁLISE DE SISTEMAS DA CONFIABILIADE DE SISTEMAS SÉRIE-PARALELO

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM

FÍSICA MODERNA I AULA 14

GRUPO I Duração: 50 minutos

==Enunciado== 2. (a) Mostre que se h(t) é uma função seccionalmente contínua e periódica, de período T, que admite transformada de Laplace, então

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 1

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 4

Matemática. B) Determine a equação da reta que contém a diagonal BD. C) Encontre as coordenadas do ponto de interseção das diagonais AC e BD.

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

CPV O cursinho que mais aprova na fgv

ANÁLISE DE ONDAS ESTÁTICAS SOBRE UMA MOLA ESPIRAL TENSIONADA E UMA CORDA TENSIONADA.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 22 DE JULHO 2016 GRUPO I

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais.

3.4.2 Cálculo da moda para dados tabulados. 3.4 Moda Cálculo da moda para uma lista Cálculo da moda para distribuição de freqüências

Sequências Reais e Seus Limites

Superposição de ondas

Microssistemas de RF

QUESTÕES OBJETIVAS., definida por f ( x) b,

1.1. Ordem e Precedência dos Cálculos 1) = Capítulo 1

TRABALHO1 MEDIÇÕES, ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E ERROS.

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema III Sucessões Reais. TPC nº 10 (entregar no dia 6 de Maio de 2011) 1ª Parte

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes

Aula-10 Mais Ondas de Matéria II

A finalidade de uma equação de regressão seria estimar valores de uma variável, com base em valores conhecidos da outra.

Bases e dimensão. Roberto Imbuzeiro Oliveira. 22 de Março de 2012

... Newton e Leibniz criaram, cada qual em seu país e quase ao mesmo tempo, as bases do cálculo diferencial.

Mecânica dos Sólidos II

Processamento Digital de Sinais Lista de Exercícios Suplementares 2-1 semestre 2012

propriedade _ elástica _ do _ meio propriedade _ inercial

Transcrição:

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS E ONDAS ESTACIONÁRIAS Superposição de Odas O pricípio de superposição é uma propriedade do movimeto odulatório. Este pricípio afirma que quado duas odas ou mais se superpõem, a oda resultate é a soma algébrica da sodas idividuais. Veja uma iteressate simulação o edereço a seguir: http://www.biglobe.e.jp/~orimari/sciece/javaed/e-wave.html Superposição e Equação de Oda O pricípio de superposição é coseqüêcia de a equação de oda ser liear para pequeos deslocametos trasversais. Se y e y forem duas soluções diferetes da fução de oda, a combiação liear a seguir também será (álgebra liear): y 3 = C y + C y () ode Ce C são costates arbitrárias. Iterferêcia de Odas Harmôicas Seja y a fução de oda de uma oda harmôica que avaça para direita com amplitude y, a freqüêcia agular ω e o úmero de oda k : y = y se( kx ω () ode fizemos = y = em x =. Cosidere uma outra oda também avaçado para direita com a mesma freqüêcia, mesma amplitude, mesmo úmero de oda e apeas com uma difereça de fase δ (esta fase os diz que o istate t =, em x = a fução apresetava um deslocameto, ou seja, y tiha um valor diferete de zero)represetada pela fução de oda y : y = y se( kx ω t + δ ) (3) t os istate em que o deslocameto era ulo ( ) A Figura mostra as curvas, um certo istate, das duas fuções de oda. Fig. Deslocameto em fução da posição de duas odas harmôica com os mesmo parâmetros, porém, com uma difereça de fase. A oda resultate será: ( kx ω + y se( kx ω + δ ) y + y = y se t (4)

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo Podemos simplificar a equação (4) utilizado a idetidade trigoométrica: seθ + seθ = cos ( θ θ ) se ( θ + θ ). Neste caso temos θ = kx ωt e θ = kx ωt + δ ( θ θ ) = kx ωt δ +, substituido a Equação (4) teremos: e, assim, ( θ θ ) = δ y + y = y cos δ se kx ωt + δ (5) ode foi usado que cos δ = cos δ. Note que a oda resultate tem a mesma freqüêcia, mesmo e mesmo úmero de oda das odas origiais. No etato apreseta uma fase diferete das odas origiais. A amplitude desta oda é da por: A = y cos δ. (6) Aalisado a Equação (6) se δ = (odas em fase) teremos A = y, ou seja, a amplitude será o dobros das odas origiais, chamamos isto de iterferêcia costrutiva. Se o δ = 8, teremos A =, ou seja, iterferêcia destrutiva. Veja dois iteressates applets os edereços eletrôicos a seguir: http://www.phy.tu.edu.tw/java/wavesuperpositio/wavesuperpositio.html http://physics.uwstout.edu/physapplets/northweste/www.physics.wu.edu/vpl/waves/superpositi o.html (ótimo) Batimetos Deomia-se de batimeto a iterferêcia de duas odas de freqüêcias ligeiramete diferetes. Cosideremos duas odas sooras de freqüêcias agulares ω e ω, com a mesma amplitude de pressão. A variação de pressão que percebemos pela audição é da por: e p = p seω t (7a) p = p seω t (7b) A oda resultate será: p = p seω t + p seω t = p cos ( ω ω ) t se ( ω + ω )t (8) ( + ) ω Tomado ω ω med = para a freqüêcia agular média e ω = ω ω para a difereça de freqüêcias agulares, a fução resultate é:

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 3 ode fizemos p = p cos ωt seω medt = p cos π ft se πf medt (9) = ω ω f e f med π med =. π A Figura mostra o gráfico das variações de pressão, um poto fixo, em fução do tempo. Fig. Batimeto. a) duas odas de freqüêcias ligeiramete diferetes. b) resultate das duas odas em (a). Cosulte o edereço a seguir para ter acesso a uma simulação sobre este assuto..http://lectureolie.cl.msu.edu/~mmp/applist/beats/b.htm ( ) f O som que ouvimos tem freqüêcia + f f med = e amplitude p cos π ft. A amplitude oscila com a freqüêcia f e como a itesidade do som é proporcioal ao quadrado da amplitude, ó ouvimos um som forte sempre a amplitude está um máximo ou um míimo. Esta freqüêcia de oscilação de máximo e míimo, que é o dobro de f, é a freqüêcia de batimetos: f bat = f () A freqüêcia de batimetos é a difereça etre freqüêcia de duas odas. Se dois geradores de siais emitirem um em 4 Hz e outro em 43 Hz, ouviremos um som pulsate com freqüêcia média de 4 Hz e um máximo de itesidade vezes por segudo (freqüêcia de batimetos). Difereça de Fase Devido à Difereça de Percurso A difereça de fase etre duas odas pode ser provocada pela difereça de percurso etre o poto de superposição e as fotes das odas. Se a difereça de percurso for de um comprimeto de oda, ou de um úmero iteiro de comprimetos de oda, a iterferêcia será costrutiva. Se a difereça for de meio comprimeto de oda ou de um úmero ímpar de meioscomprimetos de oda, o máximo de uma oda coicide com o míimo da outra, e a iterferêcia será destrutiva. Cosidere duas odas em fase geradas por duas fotes distitas em locai diferetes (por exemplo, dois alto-falates em lugares diferetes em uma sala):

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 4 p = p se A difereça de fase das duas fuções é dada por: Fazedo δ k = π teremos: λ p = p se ( kx ω ( kx ω ( kx ω ( kx = k( x x ) = k x = ω o ( 36 ) λ x x δ = π =. () λ λ e A equação () mostra que a difereça de faseδ depede do comprimeto de oda ( ) da difereça de percurso ( x). A Figura 3 mostra a cofiguração das odas de duas fotes putiformes, que oscilam em fase e estão separadas por uma pequea distacia. Fig. 3 Odas provocadas por duas fotes oscilado em fase próxima uma da outra. As restas tracejadas mostram os potos em que a difereça de percurso é múltiplo iteiro de λ. A Figura 4 mostra a variação da itesidade da oda resultate das duas fotes em fução da difereça de percurso. Fig. 4 Variação da itesidade em fução da difereça de percurso. I é a itesidade de cada fote isolada. Nos poto ode a iterferêcia é costritiva a itesidade é 4 vezes maior do que a itesidade de cada oda, pois a amplitude é o dobro e a itesidade é proporcioal ao

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 5 quadrado da amplitude. Nos poto de itesidade destrutiva a itesidade é ula. A itesidade média, represetada pela reta horizotal tracejada, é o dobro da itesidade das odas idividualmete. Fotes coeretes São fotes que estão em fase ou que apresetam uma difereça de fase costate. Fotes icoeretes São fotes que ão apresetam uma difereça de fase costate com o passar do tempo, ou seja, a difereça de fase varia aleatoriamete. Experiêcia de dupla feda A luz é resultado da irradiação idepedete de milhões de átomo, a difereça de fase etre as odas destas fotes flutua aleatoriamete. Em ótica se cosegue coerêcia pela divisão do feixe luz de uma fote em um ou mais de dois feixes que podem ser recombiados para se ter uma figura de iterferêcia. Esta experiêcia foi utilizada por Thomas Youg, em 8, para demostrar mostrar a atureza odulatória da luz. A itesidade da luz é máxima quado a difereça de percurso etre um poto do ateparo e as duas fedas é úmero iteiro de λ. Veja um applet o seguite edereço eletrôico: http://www.colorado.edu/physics//applets/twoslitsa.html Odas Estacioárias Odas cofiadas o espaço, por exemplo, odas as cordas de um violão, podem origiar cofigurações estacioárias. Isto ocorre porque teremos odas se deslocado direções opostas. Estas odas se superpõem de acordo com pricípio de superposição. Existem certas freqüêcias para quais a superposição provoca uma oda estacioária. O edereço a seguir apreseta uma simulação sobre este tópico: http://www.biglobe.e.jp/~orimari/sciece/javaed/e-wave4.html Corda fixa as duas extremidades A Figura 5 mostra as cofigurações de odas estacioárias uma corda presa as duas extremidades. As freqüêcias resposáveis por estas cofigurações são as freqüêcias aturais de ressoâcia da corda. Cada freqüêcia está associada a um modo de vibração. O primeiro modo é deomiado de modo fudametal (ou primeiro harmôico), a freqüêcia (tem o dobro da primeira) de ressoâcia imediatamete seguite é o segudo harmôico e assim sucessivamete. Os potos de máximos são deomiados de vetre e os de míimo de ó. Aalisado a Figura 5 e fazedo uma associação com o comprimeto de oda de cada harmôico, o comprimeto da corda e o úmero de vetres, obtemos a seguite relação: λ L =, =,,3... () Este resultado é a codição de oda estacioária. Em termos de freqüêcia podemos escrever:

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 6 f v v v = = = = f λ L L =,,3... (3) Fig. 5 Odas estacioárias uma corda com as extremidades fixas. Veja um applet o lik: http://www.falstad.com/loadedstrig/. Corda fixa em uma extremidade A Figura 6 mostra as cofigurações de oda estacioária para uma corda presa em apeas uma de suas extremidade. Fig 6 Odas estacioárias uma corda presa em apeas uma pota De modo aálogo ao aterior, a codição de oda estacioária é dada por: λ L =, =,3,5... 4 (4) As freqüêcias de ressoâcia são: v f = = f 4L =,3,5... (5)

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 7 Fuções de oda das odas estacioárias Prova das equações e 4 Uma oda estacioária é formada quado duas odas, viajado em setidos opostos, se superpõem satisfazedo as codições de ressoâcia. Sejam as seguites odas: y x, = yse( kx + w e y ( x, = y se( kx w. e ( d O somatório destas fuções é: y ( x, = y se( kx)cos( w. Esse resultado vem do fato que se(a) + se(b) = se((a + b)/). cos ((a - b)/), sedo a = kx + ωt e b = kx ωt. A equação acima descreve o comportameto de uma oda estacioária. Cosidere as seguites situações: ) Corda fixa em x = e x = L. y(, = y y( L, = y se( k.) cos( ω = ok se( k. L)cos( ω = kl = π L = λ, =,, 3,... ) Corda fixa apeas em x =. y(, = y y( L, = y se( k.) cos( ω = ok se( k. L)cos( ω = valor máximo se( kl) = ± L = 4 λ, =, 3, 5... Odas sooras estacioárias Uma oda soora pode ser descrita como uma oda de pressão ou oda de deslocameto. As codições de oda estacioária são as mesmas de uma corda. Na oda soora, as variações de pressão e de deslocameto estão 9 fora de fase. Assim, uma oda soora estacioária, os ós de pressão são os vetres de deslocameto e vice-versa. Por exemplo, a extremidade aberta de um tubo de órgão é um ó de pressão e um vetre de deslocameto; a extremidade fechada é um vetre pressão e um ó de deslocameto. Veja uma iteressate simulação o edereço abaixo: http://physics.uwstout.edu/physapplets/a-city/physegl/stlwaves.htm

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 8 3 Superposição de odas estacioárias Em geral, um sistema ão vibra um úico modo harmôico. O seu movimeto é o resultado da mistura de vários modos harmôicos possíveis. A fução de oda é uma combiação liear das fuções de odas harmôicas: y x, t = A se k x cos ω t + δ (8) ( ) ( ) A maior parte da eergia da oda está associada ao modo fudametal, mas pequeas frações de eergia são pertietes aos outros modos. 4 Aálise harmôica (aálise de Fourier) e sítese harmôica A Figura 7 mostra o gráfico das variações de pressão em fução do tempo para 3 istrumetos tocado uma mesma ota. A formas de oda são bastate diferetes. As otas têm a mesma altura (provoca a mesma sesação de som), porém difere por uma qualidade que é deomiada de timbre. A pricipal razão desta difereça de timbre, são os harmôicos que acompaham a fudametal emitida pelos istrumetos (os harmôicos presetes a forma de oda de cada istrumeto têm itesidades diferetes). As formas de odas podem ser estedidas os harmôicos que as costituem. Este método é deomiado de Aálise de Fourier (resultado dos trabalhos do matemático fracês J. Fourier). O iverso da aálise harmôica é a sítese harmôica, que trata da costrução de uma oda periódica pela superposição de compoetes harmôicos. A Figura 8 mostra os três primeiros harmôicos ímpares que levam à sítese de uma oda quadrada. Veja uma excelete simulação o edereço eletrôico a seguir: http://www.phy.tu.edu.tw/java/soud/soud.html Fig. 7 Formas de oda da vibração (a) de um diapasão, (b) de uma clarieta e (c) de um oboé (Istrumeto musical de sopro, feito de madeira, de timbre semelhate ao do clariete, mas levemete asal). Fig. 8 (a) os três primeiros harmôicos ímpares de uma oda seoidal simples, usados para sitetizar uma oda quadrada. (b) A aproximação de uma oda quadrada resultate da soma dos três primeiros harmôicos ímpares mecioados em (a).

Notas de aula Física II Profs. Amauri e Ricardo 5 Pacotes de odas e dispersão É bom salietar que o modelo de oda harmôica cosidera a oda periódica o tempo, ou seja, se repete idefiidamete. Na realidade, ós ão temos este comportameto a atureza e sim a existêcia de pulsos odulatórios. Os pulsos odulatórios ão são periódicos, ou seja, eles têm pricípio e fim. Estes pulsos também podem ser represetados por um grupo de odas (deomiado de pacote de odas). No etato, a sítese de um pulso exige uma distribuição cotíua de freqüêcias, ao cotrário das odas harmôicas que podem ser represetadas por uma distribuição discreta de freqüêcias. Se a duração de um pulso for muito curta, t, o itervalo de freqüêcias, para descrevê-lo é muito grade. A relação etre estas duas gradezas é dada por: ω, ecessário ω t (9) A largura do pulso e o itervalo de úmero de oda estão relacioados por: k x () Meio ão-dispersivo O pacote de oda matêm sua forma à medida que avaça o meio, todos os compoetes do pacote se deslocam com a mesma velocidade. Neste caso, a velocidade das odas ão depede do comprimeto de oda em da freqüêcia. O ar é um exemplo deste meio para odas sooras. Meio dispersivo Existe depedêcia etre a velocidade de oda e a freqüêcia ou o comprimeto de oda. O pacote de oda muda de forma ao avaçar. Velocidade de grupo A velocidade com que avaça uma oda um meio dispersivo. Esta velocidade ão coicide com a velocidade de fase das compoetes harmôicas do pacote. Por exemplo, a velocidade de grupo das odas superficiais em águas profudas é a metade da velocidade de fase das odas harmôicas compoetes. Os sólidos e líquidos em geral são dispersivos para odas sooras. Um efeito mais comum de dispersão é o arco-íris, que se forma em virtude de a velocidade das odas lumiosas a água depederem da freqüêcia e do comprimeto de oda. Exercícios. Duas odas com freqüêcias, comprimetos de oda e amplitudes respectivamete iguais avaçam uma mesma direção. a) Se a difereça de fase etre elas for de π e se a amplitude de ambas for de 4, cm, qual a amplitude da oda resultate? b) Para que difereça de fase δ a amplitude resultate será igual a 4, cm?. Quado se faz soar um diapasão de 44 Hz (o lá da afiação de uma orquestra) e a corda lá de violão desafiado, percebem-se 3 batimetos por segudo. Depois de apertar um pouco a cravelha da corda, a freqüêcia dos batimetos aumeta para 6 por segudo. Qual a freqüêcia da ota da corda depois de apertada? 3. Duas fotes sooras oscilam em fase. Num poto a 5, m de uma e a 5,7 m da outra, a amplitude da pressão da oda de cada fote, separadamete, é p. Determiar a amplitude da oda resultate se a freqüêcia das odas sooras for de a). Hz, b). Hz e c) 5 Hz. (cosidere a velocidade do som como 34 m/s)

Notas de aula- Física II Profs. Amauri e Ricardo 4. Uma corda está tesioada etre dois suportes fixos, separados pela distacia de,7 m, e a tesão é ajustada até que a freqüêcia fudametal da corda seja a da ota lá de afiação, 44 Hz. Qual a velocidade das odas trasversais da corda? 5. Uma corda com comprimeto de 3 m e,5 kg/m de desidade liear de massa está fixada em duas extremidades. Uma de suas freqüêcias de ressoâcia é de 5 Hz. A freqüêcia de ressoâcia imediatamete seguite a esta é 336 Hz. (a) A que harmôico correspode à freqüêcia de 5 Hz? c) Qual a freqüêcia fudametal? d) Qual a tesão a corda? Exercícios para casa Vide o livro 4 a edição (capítulo 6) De a 4, 6 e 7, 3 a 35, 37 a 43. 7/8/6 8:5:54