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Transcrição:

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Janeiro de 2015 Panorama Macroeconômico O cenário global segue marcado pela elevada volatilidade dada pela queda dos preços das commodities, com destaque para o petróleo, e principalmente pelas ações dos bancos centrais. De fato, o comportamento do petróleo intensifica pressões deflacionistas em algumas regiões desenvolvidas, como Japão e Área do Euro. Assim, para evitar que o risco de que a inflação persistentemente baixa ameasse a retomada do bloco, o Banco Central Europeu ampliou seu programa de compra de ativos, incluindo títulos soberanos dos países membros. Na China, o resultado fechado do PIB de 2014, com crescimento de 7,4%, confirmou a desaceleração de sua economia, que seguirá presente neste ano. Por fim, o cenário de frágil recuperação do crescimento global contrasta com os EUA, que continuam como o maior destaque positivo entre as principais regiões, aumentando as expectativas relacionadas ao início da normalização da política monetária por parte do Fed. As primeiras medidas de ajustes na política econômica, especialmente em relação às contas públicas, começaram a tomar forma. Outras ações deverão ser adotadas ao longo dos próximos meses com o objetivo de recompor o resultado primário do setor público, que acumulou déficit de 0,4% do PIB entre janeiro e novembro de 2014. Reduzimos nossa expectativa para o resultado do PIB do quarto trimestre, passando de uma alta próxima a 0,3% para uma queda de 0,2% em termos dessazonalizados. Com isso, prevemos que a economia brasileira tenha encerrado 2014 com o PIB estável em relação a 2013; para este ano, esperamos expansão de 0,5%. A inflação também sentirá os efeitos dos ajustes na política econômica, em especial devido ao realinhamento dos preços relativos, levando o IPCA a chegar a uma alta de 6,8%. Contudo, olhando adiante, tais ajustes fazem parte de um reequilíbrio favorável para que a inflação retorne a trajetória em direção à meta e criam condições para o crescimento sustentado do PIB. O Banco Central manteve o ritmo do aperto monetário em sua última reunião, com uma alta de 0,50 p.p. da taxa Selic, levando-a a 12,25%. Mantemos a expectativa que o Copom encerre o atual ciclo em seu próximo encontro, com mais uma alta de 0,25 p.p. da taxa básica. Ainda assim, pressões inflacionárias adicionais neste primeiro trimestre, decorrentes do reajuste de tarifas administradas e do repasse da depreciação cambial, podem estender o ajuste. Por fim, esperamos que a taxa de câmbio alcance a cotação de R$/US$ 2,75 ao final deste ano. Sumário Executivo Soja Os preços deverão seguir em alta nos meses à frente, refletindo os efeitos da seca sobre a produtividade no Brasil. Mas o limite de alta será dado pelas safras recordes no Brasil e nos EUA. Milho Preços devem continuar subindo no mercado doméstico, refletindo as preocupações com a possibilidade de recuo da produtividade e do potencial produtivo da safra, como resultado do atraso do plantio da 1ª safra no Brasil que também poderá provocar atraso no plantio da 2ª safra de milho. Café Deveremos observar muita volatilidade no mercado de café nos próximos meses, refletindo as incertezas quanto aos reais efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo desta safra. De todo modo, os preços continuam com tendência de alta, em função do baixo volume produzido no Brasil, único produtor global com safra neste primeiro semestre, e portanto alvo das atenções do mercado internacional. Boi Os preços do boi devem se acomodar em níveis mais baixos nos próximos meses, como reflexo do aumento sazonal da oferta, durante o período mais chuvoso. Mas o limite de baixa continuará sendo dado pela oferta restrita de animais prontos para abate e pelo incremento das exportações. Açúcar e Etanol Os preços do açúcar devem registrar alta moderada nos próximos meses, como reflexo do menor superávit global. Os preços do etanol deverão continuar em alta sazonal, sustentados pela demanda doméstica por combustíveis. A partir de março devem começar a cair com a entrada da nova safra.

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* SOJA SOJA Os preços deverão seguir em alta nos meses à frente, refletindo os efeitos da seca sobre a produtividade no Brasil. Mas o limite de alta será dado pelas safras recordes no Brasil e nos EUA. Fundamentos O relatório mensal do USDA apontou revisão para cima para a produção brasileira de soja em 1,5 milhão de toneladas, o equivalente a 1,6% a mais ante o mês anterior. O 4º levantamento da safra 2014/15, divulgado pela Conab não trouxe revisão relevante para a estimativa de produção de soja no Brasil. Em relação à safra passada o incremento previsto é de 11,4%, configurando uma safra recorde. A estiagem ocorrida em 2014 nas principais regiões produtoras atrasou o plantio de soja, e isso poderá afetar a produtividade da lavoura, comparativamente ao nível previsto no final do ano passado. Os preços de soja poderão apontar movimentos de alta nos próximos meses, refletindo os possíveis efeitos da estiagem sobre o nível de produtividade da safra brasileira. Ainda assim, os preços médios de 2015 ficarão abaixo dos preços médios de 2014, refletindo as safras recordes do Brasil e dos EUA. em mil toneladas Produção Nacional de Soja 1990-2012 Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: Bradesco Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1991 2015 107.000 98.000 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 75.324 66.383 86.121 81.499 95.920 44.000 41.917 Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO 35.000 26.000 17.000 8.000 19.419 15.394 31.370 32.345 25.934 26.160 2

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 dez/15 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 2.816 2.629 2.927 3.115 2.651 3.033 2.938 2.854 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1991 2015 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 em R$ por saca de 60 kg Fonte e (*) projeção: Conab SOJA EM GRÃO Fonte: Deral PR Elaboração: BRADESCO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR Elaboração e Projeção: Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2015 80,0 70,0 60,0 73,92 61,83 58,27 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 53,38 40,0 39,81 40,14 30,0 26,63 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 10,0 Fonte: Bloomberg em US$ cents por PREÇOS bushel INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO Projeção de preço: média dos preços futuros Elaboração: Bradesco 2000-2010 em US$ cents por bushel 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2015 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.287 1.178 965 1.045 Projeção de preço: média dos preços futuros 800,0 600,0 546 491 400,0 507 436 632 567 689 526 542 757 908 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 3

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* MILHO MILHO Preços devem continuar subindo no mercado doméstico, refletindo as preocupações com a possibilidade de recuo da produtividade e do potencial produtivo da safra, como resultado do atraso do plantio da 1ª safra no Brasil que também poderá provocar atraso no plantio da 2ª safra de milho. Fundamentos O relatório mensal do USDA apontou revisão para baixo na estimativa de produção de milho dos EUA em quase 5 milhões de toneladas, o equivalente a 1,3% de recuo ante o levantamento do mês anterior, refletindo a redução na expectativa para a produtividade. O 4º levantamento da safra 2014/15, divulgado pela Conab, apontou revisão para cima da estimativa da produção de milho na 1ª safra em mais 1,2%, o equivalente a 362 mil toneladas em relação ao mês anterior, como reflexo da revisão de estimativa da área plantada e da produtividade no Mapitoba. Para a 2ª safra, que está em início de plantio, ainda não há prognóstico, sendo que a Conab manteve a mesma área da safra anterior. Dessa forma, é estimada uma queda de 6,4% da produção de milho da 1ª safra e estabilidade da 2ª, chegando a um total produzido de 79,0 milhões de toneladas do grão. O atraso no plantio de soja, resultado da estiagem, deverá provocar atraso também no plantio de milho 2ª safra, o que gera risco de impacto negativo na produtividade, já que o plantio ocorre fora da janela ideal. Os preços devem seguir em alta, impulsionados pelo aumento de demanda para ração pelos criadores de aves e suínos e pelo atraso do plantio da 1ª safra no Brasil que poderá atrasar o plantio da 2ª safra de milho, afetando a produtividade e consequentemente o potencial da safra. em mil toneladas Produção Nacional de Milho - 1991-2012 Fonte e Projeção: Conab Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1991 2015 90.000 80.000 70.000 81.506 79.90679.052 72.980 60.000 50.000 47.411 51.370 58.652 56.018 57.407 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 37.442 35.716 30.771 33.174 32.393 30.000 24.096 20.000 35.281 35.007 4

jan/00 em kg por ha Produtividade - Milho - 1991-2012 jan/01 90/91 91/92 jan/02 92/93 jan/03 93/94 94/95 jan/04 95/96 jan/05 96/97 jan/06 97/98 jan/00 98/99 jan/07 99/00 jan/01 00/01 01/02 jan/02 02/03 jan/03 03/04 04/05 jan/04 05/06 jan/05 06/07 07/08 jan/06 08/09 jan/07 09/10 10/11 11/12 dez/15 12/13 13/14 14/15* dez/15 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 4.808 5.149 5.057 5.146 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2015 3.000 2.864 2.867 2.500 2.3492.344 2.194 2.622 2.356 2.588 2.650 2.589 2.480 2.000 1.500 1.791 Em R$ por saca de 60 kg Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: Deral Elaboração e Projeção: Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2015 30,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 21,36 19,96 17,84 17,26 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 Em US$ cents por bushel Milho - Bolsa de Chicago - CBOT Fonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco Preço futuro 1º vencimento 860 760 660 711 750 766 661 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2015 560 460 360 260 217 160 235 267 215 316 237 413 493 326 546 418 347 322 598 440 502 337 421 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* CAFÉ CAFÉ Deveremos observar muita volatilidade no mercado de café nos próximos meses, refletindo as incertezas quanto aos reais efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo desta safra. De todo modo, os preços continuam com tendência de alta, em função do baixo volume produzido no Brasil, único produtor global com safra neste primeiro semestre, e portanto alvo das atenções do mercado internacional. Fundamentos O relatório semestral do USDA, divulgado em dezembro, elevou a estimativa para a produção global de café na safra 2014/15 em 0,8% na comparação com o relatório de junho. As safras dos três principais produtores globais foram revisadas para cima na seguinte ordem: 3,4% para o Brasil, 0,3% para o Vietnã e 4,2% para a Colômbia. Apesar da revisão para cima, a estimativa do USDA para o Brasil é de recuo de 6,1% em relação à safra passada. A safra 2014/15 já finalizada no Brasil, mesmo sendo ano de alta bienalidade, foi estimada pela Conab em 45,3 milhões de toneladas, um recuo de 7,8%, em função da estiagem na região Sudeste. Em janeiro a Conab divulgou o 1º levantamento para a safra brasileira de café na temporada 2015/16 que começará a ser colhida em maio. Considerando o intervalo médio, a safra está estimada em 45,4 milhões de sacas, praticamente o mesmo volume da safra passada, que chegou a 45,3 milhões de sacas. Especificamente para o café arábica, apesar da safra atual ser de baixa bienalidade e ainda de ter sofrido os impactos da estiagem no Sudeste, a estimativa é de uma ampliação de 3,5% do volume produzido, alcançando 33,4 milhões de sacas. Essa expansão tem origem nos seguintes fatores: (i) aumento de 2,9% da produção em Minas Gerais, resultado da ampliação de 30,5% da produção na Zona da Mata, que apresenta bienalidade invertida em relação às demais regiões produtoras; (ii) recuperação do nível de produção no Paraná, cuja produção tinha sido fortemente afetada no ano passado pelas geadas; (iii) ampliação da área e da produtividade na Bahia. Para a São Paulo, a estimativa da Conab é de recuo de 6,4% da produção, por conta do efeito da bienalidade negativa. O café conillon está estimado em 11,9 milhões de sacas, um recuo de 8,6% ante a safra passada, resultado do recuo de 12,2% da produção esperada para o Espirito Santo, afetada pelo menor uso de adubação e tratos culturais e das condições climáticas adversas no final de 2014. As chuvas do final do ano foram favoráveis ao desenvolvimento da planta, mas ainda há muitas incertezas quantos aos reais efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo dessa safra. Dado que o Brasil é o único produtor global com safra neste primeiro semestre, as atenções do mercado internacional estarão voltadas para a safra brasileira. Assim, deveremos observar muita volatilidade no mercado de café nos próximos meses, refletindo as dificuldades de mensurar o tamanho da safra brasileira. De todo modo, os preços continuam com tendência de alta, refletindo o baixo volume produzido no Brasil. mil sacas de 60 kg Produção Nacional de Café - 1994-2012 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 61.000 51.000 41.000 31.000 26.000 27.500 50.826 49.152 48.480 48.095 45.992 45.342 45.360 42.512 43.484 39.272 39.470 36.070 34.547 32.944 31.100 27.170 28.137 28.820 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2015 21.000 16.800 18.860 11.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 dez/15 690,0 590,0 530,8 538,3 604,9 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2015 490,0 390,0 290,0 223,6 190,0 239,8 337,0 230,4 291,4 245,8 457,8 408,6 328,0 387,5 269,8 282,2 247,5 247,7 366,3 455,2 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 90,0 104,4 Projeção de preço: média dos preços futuros Em US$ cents por libra peso Fonte: CEPEA ESALQ Café em grão - Bolsa de Nova York Elaboração: - NYBOT Bradesco 2000-2010 Fonte: Bloomberg Elaboração: Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 197,02 180,03 150,03 165,30 117,62 175,90 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 7

BOI BOI Os preços do boi devem se acomodar em níveis mais baixos nos próximos meses, como reflexo do aumento sazonal da oferta, durante o período mais chuvoso. Mas o limite de baixa continuará sendo dado pela oferta restrita de animais prontos para abate e pelo incremento das exportações. Fundamentos Os volumes embarcados de carne bovina cresceram 4,5% em 2014 em relação ao ano anterior. Os embarques continuaram aumentando para Hong Kong, Venezuela, Oriente Médio e para a Rússia, que habilitou pouco mais de 80 unidades produtoras de carne brasileira para exportação antes eram 31 unidades habilitadas. Vale chamar atenção para o agravamento da situação da economia da Rússia, que hoje responde por 22% das exportações brasileiras de carne bovina. Isso porque sua moeda tem mostrado forte desvalorização ante o dólar e os preços do petróleo seguem recuando. As estimativas do USDA são de continuidade da expansão das exportações brasileiras de carne bovina, devendo crescer 10% em 2015. Essas expectativas positivas para o Brasil são fundamentadas na tendência de recuo das exportações de outros países, como os EUA e a Austrália, em 3% e 10% respectivamente, fruto da queda de abates. Importante dizer que, juntos, esses países respondem por 30% das exportações globais. A oferta de animais prontos para abate não vem crescendo no mesmo ritmo da demanda, em razão do abate de fêmeas ocorrido em anos anteriores. Como consequência da retenção de fêmeas, os preços do bezerro estão registrando altas expressivas. No ano passado os preços subiram 43% e continuaram subindo em janeiro, com alta de 3% ante o mês anterior. Desde setembro, os preços de carne bovina no atacado de São Paulo subiram em torno de 12%, como reflexo do repasse dos preços do boi. Os preços da carne bovina de primeira subiram 23% no mesmo período, o que aponta que o consumidor doméstico está sancionando a alta de preços. De todo modo, nos próximos meses a oferta de boi pronto para abate deverá voltar a crescer, com o retorno das chuvas de verão nas regiões produtoras. Com isso, sazonalmente os preços de boi devem recuar. Mas não há tendência de queda acentuada, dado que os abates não deverão crescer em razão da continuidade do movimento de retenção de fêmeas. Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 2011 2014 150.000 2011 2012 2013 140.000 2014 130.000 120.000 120.133 139.110 127.236 110.000 104.974 100.000 101.746 90.000 90.893 80.000 80.613 FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 70.893 70.000 64.794 60.000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 dez/15 Abates mensais de boi - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Abate de bois em mil cabeças 2011-2014 2.600 2.500 2.467 2.400 2.300 2.294 2.200 2011 2012 2013 2014 2.256 2.100 2.000 2.017 1.900 1.836 1.800 1.792 1.893 1.865 1.700 FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em R$ por arroba (15 kg) BOI GORDO Fonte: Cepea Esalq 1.600 PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP Elaboração e Projeção: Bradesco jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 160,0 140,0 120,0 109,6 106,9 125,2 108,4 143,9 122,7 147,7 130,2 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2002 2015 100,0 80,0 60,0 61,8 93,3 74,5 90,8 97,0 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 51,7 40,0 42,2 20,0 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* AÇÚCAR E ETANOL AÇÚCAR E ETANOL Os preços do açúcar devem registrar alta moderada nos próximos meses, como reflexo do menor superávit global. Os preços do etanol deverão continuar em alta sazonal, sustentados pela demanda doméstica por combustíveis. A partir de março devem começar a cair com a entrada da nova safra. Fundamentos O USDA divulgou no final de novembro o relatório semestral de acompanhamento da safra 2014/15 global de açúcar e apontou revisão para baixo da estimativa da produção mundial em 1,8% ante a estimativa anterior de maio. Com isso, o superávit global, antes avaliado em 5 milhões de toneladas, foi reduzido para 1,5 milhão de toneladas e a relação estoque consumo passou de 26,1% na estimativa anterior de maio para 24,7%. A Conab divulgou no final de dezembro o 3º levantamento da safra 2014/15, revisando para baixo a estimativa de produção em 2,6% ante o levantamento de agosto, por conta da estiagem. A safra está mais voltada ao etanol. Assim, a Conab apontou elevação de 4% da produção de etanol ante o levantamento anterior e queda de 5% da produção de açúcar no mesmo período. As estimativas da Unica são de recuo de 5% da produção de cana-de-açúcar na atual safra 2014/15 que está no final do processamento, como efeito da seca no Sudeste. Em São Paulo a produtividade média caiu 12% na atual safra ante a anterior. Para a safra 2015/16, cujo processamento começará entre março e abril, ainda há muitas dúvidas sobre o potencial de produção. O próximo levantamento da Conab será divulgado em abril. A medida provisória que permite ao governo elevar para até 27,5% o limite de etanol anidro misturado à gasolina foi aprovada pelo Senado e pela Presidência da República. A atual banda está entre 18% e 25%, sendo o teto o nível praticado. O resultado de estudos para avaliar se os motores suportariam a alteração desse teto foi a favor da elevação da mistura. Mas, de todo modo, o aumento efetivo da mistura só deverá ocorrer na entrada da próxima safra. Segundo a Única, o aumento da mistura demanda 1,2 bilhão a mais de etanol, o equivalente a um incremento de 4% sobre a produção atual e 15 milhões de toneladas a mais de produção de cana de açúcar, o equivalente a 2,5% de incremento. Os preços do açúcar devem seguir em alta moderada nos meses à frente, como resultado do menor superávit global. Isso porque a relação estoque consumo de 24,7% está acima da média de 22% verificada nas últimas cinco safras. Os preços do etanol deverão continuar em alta sazonal e devem ser sustentados pela demanda doméstica por combustíveis, mas a partir de março devem começar a cair refletindo a entrada da nova safra. Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco Produção Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990-2013 mil toneladas 650.000 550.000 450.000 Safra 14/15 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/14 671.690 2º Levantamento Ago/14 659.099-12.591-1,9% 3º Levantamento Dez/14 642.095-17.004-2,6% 4º Levantamento Abr/15 431.413 474.800 559.432 604.514 623.905 658.822 642.095 588.916 560.364 Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas 1991 2015 350.000 314.969 287.810 250.000 222.429 223.460 240.944 257.592 320.650 359.316 150.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

dez/11 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco jan/00 93/94 jan/01 94/95 jan/02 95/96 jan/03 96/97 97/98 jan/04 98/99 jan/05 99/00 jan/06 00/01 01/02 jan/07 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 Etanol em mil litros 13/14 dez/15 14/15* Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2015 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 27.595 35.968 37.878 27.957 36.360 28.664 25.763 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO 11.700 8.000 13.078 10.518 14.640 em R$ por metro cúbico 1.610 1.510 1.410 1.310 1.210 1.110 1.010 1.062 1.291 1.354 1.225 1.146 1.025 1.150 1.249 1.136 1.150 1.076 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2011-2015 1.175 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 910 810 710 FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em US$ cents por libra peso Preços internacionais de açúcar NYBOT Preço futuro 1º Vencto 2000 2013 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2015 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 15,4 17,2 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 9,0 5,6 3,0 10,7 9,0 8,8 6,3 9,0 8,4 8,9 11,3 11

abr/08 jul/08 out/08 abr/09 jul/09 out/09 abr/10 jul/10 out/10 abr/11 jul/11 out/11 abr/12 jul/12 out/12 abr/13 jul/13 out/13 abr/14 jul/14 out/14 abr/08 jul/08 out/08 abr/09 jul/09 out/09 abr/10 jul/10 out/10 abr/11 jul/11 out/11 abr/12 jul/12 out/12 abr/13 jul/13 out/13 abr/14 jul/14 out/14 16-jun-09 abr/08 jul/08 out/08 abr/09 jul/09 out/09 abr/10 jul/10 out/10 abr/11 jul/11 out/11 abr/12 jul/12 out/12 abr/13 jul/13 out/13 abr/14 jul/14 out/14 16-jun-09 Acompanhamento das posições não comerciais Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007-2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Posições não comerciais e preços internacionais de café 2008-2015 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café 304,9 em número de contratos 70.000 60.000 46.478 50.224 50.000 38.20040.000 200 150 139,70 211,8 30.000 174,9 20.000 10.000 100 0-10.000 50-20.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 0-30.000 US$ c / bushel 2.000 posição não comercial 1.800 preço soja 1.600 1.628 1.400 203.215 260.845 1.613 em número de contratos 280.000 240.000 200.000 168.209 160.000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2008-2015 1.200 1.000 800 46.808 913,25 120.000 80.000 1.000 40.000 0 600-16.898-28.178-40.000 400 200-56.797-80.000-66629 -120.000 0-130404 -160.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2008-2015 850 750 posição não comercial preço milho 413.915 764 831 704 500000 400000 300000 650 550 113.201 80.111 200000 149456 100000 450 0 350 385-100000 250 312-119.389 321-200000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150-300000

SOJA Retrato do mercado Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, o volume de 43% é exportado e 57% são destinados à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

MILHO Retrato do mercado O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

CAFÉ Retrato do mercado O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

BOI Retrato do mercado O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

AÇÚCAR E ETANOL Retrato do mercado Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da canaé de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

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