CINÉTICA DE SECAGEM DE FOLHAS DE ERVA-DOCE EM SECADOR SOLAR EXPOSTO À SOMBRA José Diorgenes Alves Oliveir 1, Krl dos Sntos Melo de Sous 2 1 Universidde Federl de Cmpin Grnde cmpus de Sumé; Ru Luiz Grnde, s/n; www.cds.ufcg.edu.br; cds@ufcg.edu.br; (83) 3353.1850. 2 Universidde Federl do Vle do São Frncisco; Avenid José de Sá Mnisob, s/n; www.univsf.edu.br; src@univsf.edu.br; (87) 2101-6705. RESUMO O presente trblho teve como objetivo vlir cinétic de secgem de folhs de erv-doce (Pimpinell nisum L), desidrtds em secdor solr exposto à sombr, justdos os modelos mtemáticos de Pge, Newton, Thompson, Henderson e Pbis, Midilli e Dois termos os ddos experimentis. Anlisndo os resultdos ficou evidente que cinétic de secgem ds folhs de erv-doce pode ser representd pelo modelo Midilli com ótim precisão, pois o mesmo presentou o mior vlor de R 2 (0,9883) e o menor vlor de DQM (0,0364). PALAVRAS - CHAVE: Pimpinell nisum, cinétic, modelos mtemáticos. ABSTRACT KINETIC DRYING OF FENNEL LEAVES WITH DRYER SOLAR EXPOSED TO SHADOW The present pper hs the objective of evluting the inetic drying of fennel leves (Pimpinell nisum L), they were dehydrted with the solr dryer exposed to shdow, s well s djusting mthemticl models of Pge, Newton, Thompson, Henderson nd Pbis, Midilli nd Two terms experimentl dt. By nlyzing the results it ws evident tht the inetics drying of fennel leves cn be represented by Midilli model with gret precision, becuse it hd the highest vlue of R 2 (0,9883) nd the lowest vlue of DQM (0,0364 ). KEYWORDS: Pimpinell nisum, inetic, mthemticl models. INTRODUÇÃO A erv-doce, Pimpinell nisum L., (Umbellifere), d fmíli ds Apicee, tmbém conhecid como nis ou nis-verde é originári d cost mediterrâne. É utilizd tnto n
fitoterpi, como n limentção, n form de condimento (TORRES, 2004). Ns espécies medicinis secgem é um operção unitári de preprção pr o rmzenmento fim de tender às necessiddes d indústri frmcêutic de fitoterápicos, que não tem estrutur pr usr s plnts frescs ns quntiddes exigids pr produção industril (LORENZI & MATOS, 2002). Além disso, há contribuição d secgem no setor groindustril qunto à minimizção de perds pós-colheit, ssim como função de gregr vlor o produto finl deve ser ressltd (PARK et l., 2006). O objetivo do presente trblho foi vlir cinétic de secgem ds folhs de erv-doce em secdor solr colocdo n sombr. MATERIAIS E MÉTODOS Este trblho foi desenvolvido no Lbortório de Tecnologi dos Alimentos d Unidde Acdêmic de Tecnologi do Desenvolvimento, no Cmpus de Sumé d Universidde Federl de Cmpin Grnde (UFCG). Foi utilizd como mtéris-prims folhs de erv-doce (Pimpinell nisum L.) produzids n região semiárid do Estdo d Príb. As folhs form colhids e levds o lbortório pr determinção do teor de umidde inicil. O restnte ds mostrs form desidrtds no secdor solr, feito em mdeir com 47 cm de lrgur, 70 cm de comprimento e 20,5 cm de ltur. N prte de superior do secdor há um plc de vidro pr entrd dos rios solres. O produto ficou disposto em bndejs sobre um tel. O secdor foi colocdo n sombr com finlidde de reduzir degrdção provocd pels lts temperturs, visto que, em outros testes relizdos verificou-se que o secdor solr citdo, tem eficiênci de umento de tempertur de proximdmente 90%. Antes de inicir e no finl do processo de secgem foi determindo o teor de águ ds folhs de erv-doce em mbos os csos, trvés do método descrito no Mnul do Instituto Adolfo Lutz (BRASIL, 2005), onde s mostrs form colocds em triplic em estuf á tempertur de 105 ± 1 C, té peso constnte. As folhs de erv-doce serem desidrtds form pesds em blnç semi-nlític com precisão de 0,01g, colocds em cestos teldos, pr posteriormente serem levdos o secdor. Durnte secgem ds folhs form determinds s cinétics de secgem. Com ddos experimentis d secgem form clculdos os vlores d rzão de umidde (Equção 01). RU = U U e U 0 U e (01)
Em que: RU rzão de umidde (dimensionl), U - umidde bsolut (%bse sec), Ue - umidde de equilíbrio (%bse sec) e Uo - umidde inicil (%bse sec) Os modelos mtemáticos d Tbel 1, form justdos os ddos experimentis obtidos do processo de secgem solr ds folhs de erv-doce desidrtds, utilizndo-se o progrm computcionl Sttistic 5.0 por meio de nálise de regressão não liner, pelo método Quse- Newton. Tbel 1. Modelos mtemáticos vlidos pr descrever o processo de secgem de erv-doce. MODELO Dois termos Henderson e Pbis Midilli Newton Thompson EQUAÇÃO RU =.exp(-0.t)+b.exp(-1.t) RU =.exp(-.t) RU =.exp(-.t n ) + b.t RU = exp(-.t) RU = exp((--( 2 +4bt) 0,5 )2.b) Em que: RU rzão de umidde (dimensionl),, 0, 1 coeficientes de secgem (s -1 );, b, c e n constnte do modelo Pr vlir qul modelo produziu os melhores resultdos form utilizdos, como prâmetros o coeficiente de determinção (R 2 ) e o desvio qudrático médio (DQM) (Equção 02). DQM = (RUpred Rexp)2 n Em que: DQM desvio qudrático médio; RUpred rzão de umidde predito pelo modelo; RUexp rzão de umidde experimentl e n número de observções RESULTADOS E DISCUSSÃO A Figur 1 ilustr o gráfico d rzão de umidde (dimensionl) em função do tempo de secgem (min). Verificou-se que mior tempertur dentro do secdor solr foi de 29,1 C, depois de 300 minutos de secgem. Aind nlisndo o gráfico const-se que s mostrs tiverm um mior perd de peso no período de 270 480 minutos. (02)
Figur 1. Curv de secgem de erv-doce orgânic. N Tbel 2 são presentdos os vlores dos prâmetros dos modelos de Pge, Newton, Thompsom, Henderson e Pbis, Midilli e Dois termos, justdos os ddos experimentis ds cinétics de secgem de folhs de erv-doce, os coeficientes de determinção (R²) e desvio qudrático médio (DQM). Observ-se que pens os modelos de Pge e Midilli presentrm coeficientes de determinção (R 2 ) superiores 0.9, porém o modelo que melhor se justou os ddos experimentis foi o modelo de Midilli com o mior R 2 (0,9883) e o menor DQM (0,0364). Resultdo semelhnte foi encontrdo por BARBOSA et l. (2007), que secrm folhs de ervcidreir-brsileir, concluírm que os modelos de Pge e Midilli et l. (2002) form os que representrm melhor cinétic de secgem. Tbel 2 - Vlores dos prâmetros, coeficientes de determinção (R²) e desvio qudrático médio (DQM) dos modelos estuddos. Modelo Prâmetros R 2 DQM n Pge 0,9464 0,0782 0,0002 1,4641 Newton 0,8596 0,1266 0,0029 b Thompson 0,8596 0,1266-4391,15 1,7894 0,8904 0,1118 Midilli 0,9883 0,0364 Dois termos 0,8904 0,1118 Henderson e o b b 1 Pbis 0,9628 0,4766 1,0988-0,0288 0,0033 0,0033-0,0055 0,6222 0,0033
CONCLUSÃO A cinétic de secgem ds folhs de erv-doce, em secdor exposto à sombr, pode ser representd pelo modelo Midilli com ótim precisão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, F.F.; Melo, E.C.; Sntos, R.H.S.; Roch, R. P.; Mrtinzzo, A. P.; Rdünz, L. L.; Grci, L. M. N. Evlution of mthemticl models for prediction of thin-lyer drying of brzilin lemon-scented verben leves (Lippi lb (Mill) n.e.brown). Revist Brsileir de Produtos Agroindustriis, v.9, n.1, p.73-82, 2007. BRASIL. Ministério d Súde. Agênci Ncionl de Vigilânci Snitári. Métodos químicos e físico-químicos pr nálises de limentos. Brsíli: Ministério d Súde, 2005. 1017 p. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plnts medicinis no Brsil: Ntivs e exótics. Nov Odess: Instituto Plntrum, 2002. 512p. PARK, K. J.; ANTONIO, G. C.; OLIVEIRA, R. A.; PARK, K. J. B. Seleção de processos e equipmentos de secgem. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 35., 2006, João Pesso. Anis... João Pesso: SBEA, 2006. CD. TORRES, S. B. Teste de envelhecimento celerdo em sementes de erv-doce. Revist Brsileir de Sementes, v.26 n.2, p.20-4, 2004.