APLICABILIDADE DAS TÉCNICAS DE PREVISÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DEMANDA DE SOBRESSALENTES DE UMA ORGANIZAÇÃO MILITAR PRESTADORA DE SERVIÇOS



Documentos relacionados
GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS

2 PREVISÃO DA DEMANDA

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney).

Um modelo matemático para o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e controle de epidemias

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

ANÁLISE ECONÔMICA DE CAMPOS MARÍTIMOS DE PETRÓLEO CONSIDERANDO A OPÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO TEMPORÁRIA DE MÉTODO DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO: UM ESTUDO DE CASO

Contabilometria. Séries Temporais

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES

Valor do Trabalho Realizado 16.

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Planejamento e Controle da Capacidade PUC. Prof. Dr. Marcos Georges. Adm Produção II Prof. Dr. Marcos Georges 1

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

Notas Técnicas do Banco Central do Brasil

Cx. Postal 50, CEP Itajubá, MG, Brasil

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

Danilo Perretti Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL

METODOLOGIAS ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE CENÁRIOS NA APURAÇÃO DO DE INSTRUMETOS NACIONAIS. Alexandre Jorge Chaia 1 Fábio da Paz Ferreira 2

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Reestruturação e Emprego

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Dados do Plano. Resultado da Avaliação Atuarial. Data da Avaliação: 31/12/2010

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

Desenvolvimento de um sistema instrumentado para ensaios de filtração em batelada

Custo de Produção de Mandioca Industrial, Safra 2005

CERNE ISSN: Universidade Federal de Lavras Brasil

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido. 2 Analista Embrapa Semiárido.

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

CONTRATO N.º 026/2.015

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 Modelo teórico Avaliação tradicional

Administração de Materiais 06/09/2013

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

O EFEITO DIA DO VENCIMENTO DE OPÇÕES NA BOVESPA 1

4 O modelo econométrico

Confiabilidade e Taxa de Falhas

APLICAÇÃO DE MODELAGEM NO CRESCIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO

RONALDO NITO YAMAMOTO MODELO DE PREVISÃO DE DEMANDA EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA UTILIZANDO UM MÉTODO QUANTITATIVO

Respondidos (parte 13)

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO DE

Circuitos Elétricos I EEL420

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne

Guia de Recursos e Atividades

ANAIS UM MODELO DE PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO PARA OTIMIZAR O MIX DE PRODUTOS E CLIENTES EM UMA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA

CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM)

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO DE

4 Método de geração de cenários em árvore

Capítulo 2: Conceitos Fundamentais sobre Circuitos Elétricos

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Composição Ótima da Dívida Pública Federal: Definição de uma Referência de Longo Prazo

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo?

UM MODELO DE OPÇÕES REAIS PARA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO EM NAVIOS PETROLEIROS. Mauro Rezende Filho

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA

Fibershield. Barreiras corta-fogo flexíveis. Fibershield-P Fibershield-E Fibershield-I Fibershield-H Fibershield-S Fibershield-F Fibershield-W

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Data da Avaliação: 28/02/2011 (versão 31/08/2011) Data-Base: 31/12/2010

REGULAMENTO TARIFÁRIO

Palavras-chave: Análise de Séries Temporais; HIV; AIDS; HUJBB.

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served)

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

FERRAMENTA PARA MAXIMIZAÇÃO DE CARGA NA FASE FLUENTE DE RECOMPOSIÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS. Eduardo Martins Viana

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Índice de Avaliação de Obras - 15

DESENVOLVIMENTO DE PLANO AGREGADO DE PRODUÇÃO PARA UM SISTEMA AGROINDUSTRIAL

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal.

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

CUSTOS POTENCIAIS DA PRODUÇÃO E OS BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS ( )

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UMA USINA TERMELÉTRICA USANDO MODELAGEM ESTOCÁSTICA E TEORIA DE OPÇÕES REAIS. Livia Galdino Mendes

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

MARCOS VELOSO CZERNORUCKI REPRESENTAÇÃO DE TRANSFORMADORES EM ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Transcrição:

APLICABILIDADE DAS TÉCNICAS DE PREVISÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DEMANDA DE SOBRESSALENTES DE UMA ORGANIZAÇÃO MILITAR PRESTADORA DE SERVIÇOS Manoel Alexandre da Rosa Neo Disseração de Mesrado apresenada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia e Oceânica, COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como pare dos requisios necessários à obenção do íulo de Mesre em Engenharia Oceânica. Orienador: Maria Aparecida Cavalcani Neo Rio de Janeiro, RJ Abril de 2009

APLICABILIDADE DAS TÉCNICAS DE PREVISÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DEMANDA DE SOBRESSALENTES DE UMA ORGANIZAÇÃO MILITAR PRESTADORA DE SERVIÇOS Manoel Alexandre da Rosa Neo DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO ALBERTO LUIZ COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DE ENGENHARIA (COPPE) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA OCEÂNICA. Aprovada por: Prof. Maria Aparecida Cavalcani Neo, D.Sc. Prof. Raad Yahya Quassim, Ph.D. Prof. Renaud Barbosa da Silva, D.Sc. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL ABRIL DE 2009

NETO, MANOEL ALEXANDRE DA ROSA Aplicabilidade das Técnicas de Previsão para o Planejameno da Demanda de Sobressalenes de uma Organização Miliar Presadora de Serviços. Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2009. XV, 37 p. 29,7 cm. Orienador: Maria Aparecida Cavalcani Neo Disseração (Mesrado) UFRJ/COPPE/ Programa de Engenharia Oceânica, 2009. Referências Bibliográficas: p. 5-2. Técnicas de previsão; 2. Planejameno das necessidades de maerial; 3. Gesão de sobressalenes. I. Neo, Maria Aparecida Cavalcane. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de Engenharia Oceânica. III. Tiulo. ii

AGRADECIMENTOS À Deus, o Criador, Senhor dos Naveganes, por Sua Inervenção sempre nos manendo fiéis a nossos princípios e a nossas crenças. A minha esposa Renise que sempre me incenivou e compreendeu a minha busca pelo conhecimeno. Aos meus filhos, Alessandra, Débora, Alexandre e Gabriela, de onde vem minha força para a coninuidade. Aos meus pais, (in memoriam), que sempre me direcionaram para o caminho do conhecimeno, da disciplina e da éica. À COPPE, que propiciou a oporunidade de adquirir novos conhecimenos. À Professora e Orienadora Maria Aparecida Cavalcani Neo, pelos seus valiosos ensinamenos e de quem recebi diversas orienações para condução do curso e desa disseração. Ao Capião-de-Mar-e-Guerra (FN) Gilmar Francisco Ferraço, ex-comandane do Cenro de Reparos e Suprimenos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais e ao Capião-de-Mar-e-Guerra (FN) Anônio Sérgio Consanino, Comandane do Cenro de Insrução Almirane Milcíades Porela Alves, cujas orienações, sempre profícuas, me encaminharam para uma roa segura, rumo à concreização dos objeivos raçados durane o curso. iii

Resumo da disseração apresenada à COPPE/UFRJ como pare dos requisios necessários para a obenção do Grau de Mesre em Ciências (M.Sc.) APLICABILIDADE DAS TÉCNICAS DE PREVISÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DEMANDA DE SOBRESSALENTES DE UMA ORGANIZAÇÃO MILITAR PRESTADORA DE SERVIÇOS Manoel Alexandre da Rosa Neo Abril de 2009 Orienador: Maria Aparecida Cavalcani Neo Programa: Engenharia Oceânica O desenvolvimeno dese rabalho foi volado para mosrar a aplicabilidade dos modelos ou écnicas de previsão como subsídio para o planejameno de necessidades de maerial e que, apesar de sua evidene imporância, ainda são pouco usados por deerminadas Organizações Miliares Presadoras de Serviços. Assim sendo, buscou-se apresenar, de forma sucina, os conceios e as écnicas de previsão, para depois aplicar duas delas ao gerenciameno dos esoques de sobressalenes do Cenro de Reparos e Suprimenos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CRESUMAR). Além da aplicação das écnicas de previsão de decomposição clássica e de amorecimeno exponencial, buscou-se oferecer uma visão do processo de gesão para aendimeno da demanda de sobressalenes para manuenção e reparo, como resulado das pesquisas e análises realizadas juno ao grupo de rabalho dessa Organização Miliar. Por fim, é discuida a aplicabilidade das écnicas quaniaivas de previsão como a decomposição clássica, o amorecimeno exponencial e a meodologia de Box-Jenkins, com base em pacoes de sofware de fácil enendimeno e aquisição, como o Microsof EXCEL e o SPSS for Windows, com visas à sua uilização fuura pelo grupo de rabalho e gesão do CRESUMAR. iv

Absrac of Disseraion presened o COPPE/UFRJ as a parial fulfillmen of he requiremens for he degree of Maser of Science (M.Sc.). APPLICABILITY OF FORECASTING TECHNIQUES FOR THE DEMAND PLANNING OF SPARE PARTS OF SUPPLYING MILITARY ORGANIZATIONS Manoel Alexandre da Rosa Neo April/2009 Advisor: Maria Aparecida Cavalcani Neo Deparmen: Ocean Engineering The developmen of his work was headed o show he applicabiliy of forecasing models or echniques, as a subsidy for he maerial requiremen planning and, in spie of he eviden imporance, sill less known by he Supplying Miliary Organizaions. By his way, his sudy searched o presen, briefly, he forecasing conceps and echniques, o laer apply he classical decomposiion and exponenial smoohing o he adminisraion of spare pars of he Supply and Repair Cener of he Brazilian Marine Corps (CRESUMAR). Besides he applicaion of he classical decomposiion and he exponenial smoohing forecasing echniques, his sudy ried o offer an inegraed adminisraion vision o he process of he spare pars demand aendance, as a resul of he researches and discussions made wih he work group from his Miliary Organizaion. Finally, he sudy discuss he applicabiliy of quaniaive forecasing echniques like he classical decomposiion, exponenial smoohing, and Box- Jenkins mehodology, based on sofware packages of easy undersanding, like he Microsof EXCEL and he SPSS for Windows, heading o his fuure use by he working group and adminisraion of CRESUMAR. v

SUMÁRIO Agradecimenos... iii Resumo... iv Absrac... v Lisa de figuras... x Lisa de abelas... xii Lisa de quadros... xiii Lisa de anexos... xiv. Inrodução..... Objeivo... 4.2. Esruura do rabalho... 5.3. Delimiação do rabalho... 5 2. Fundamenação eórica... 7 2.. Aspecos relevanes da gesão de esoques... 7 2... Função dos esoques... 9 2..2. Caegorias dos esoques... 0 2..3. Cusos dos esoques e o méodo de cuseio ABC... 2..3.. Componenes de cuso de esoque... 2..3.2. O méodo ABC ou Aciviy Based Cosing... 2 2..4. Políicas de conrole de esoques... 3 2..5. A classificação ABC ou Lei de pareo... 4 2..6. Definição e caracerísicas das peças de reposição (sobressalenes)... 4 2..7. Imporância da cenralização e descenralização no gerenciameno dos esoques... 7 2.2. Aspecos da aividade de manuenção de equipamenos... 8 2.2.. A evolução da aividade de manuenção... 8 2.2.2. Confiabilidade aplicada à manuenção... 9 2.2.3. Classificação de maerial de manuenção-reparo-operação (MRO)... 9 2.2.4. Políicas de manuenção... 2 vi

2.2.5. Breves considerações sobre a ecnologia da informação e os sisemas de gerência da informação (MRP)... 22 2.3. Aspecos, paricularidades e organização da logísica miliar dos EUA e Brasil... 24 2.3.. Breve inrodução à organização e a logísica do Deparameno de Defesa dos EUA (Deparameno of Defense)... 24 2.3... As cadeias logísica de fornecimeno especializadas do Deparameno de Defesa dos EUA... 25 2.3..2. Agência Logísica de Defesa dos EUA ou Defense Logisics Agency... 27 2.3.2. A dourina logísica miliar do Minisério da Defesa do Brasil... 30 2.3.2.. Fases da logísica miliar... 30 2.3.2.2. Função logísica de suprimenos e os níveis de esoque... 32 2.3.2.3. Necessidades para os cálculos de previsão de suprimenos... 33 2.3.2.4. A função logísica de manuenção e suas aividades... 34 2.3.2.5. Definição dos escalões de manuenção... 35 2.3.3. A dourina logísica da Marinha do Brasil e seus conceios fundamenais... 35 2.3.3.. Planejameno logísico... 36 2.3.3.2. Sisema de apoio logísico... 37 2.3.3.3. O ciclo logísico e suas fases... 37 2.3.3.4. As funções logísicas de suprimenos e manuenção... 4 2.3.3.4.. A função logísica de suprimenos... 4 2.3.3.4.2. A função logísica manuenção... 42 2.3.3.4.3. O Programa Geral de Manuenção (PROGEM)... 44 2.3.3.5. Sisema de Informações Gerenciais do Abasecimeno (SINGRA)... 45 2.3.3.6. O papel das viauras adminisraivas (VTR ADM) da Marinha e sua manuenção... 46 2.4. Uma inrodução à previsão da demanda... 47 2.4.. Conceio e classificação de demanda... 47 2.4.2. Definição de previsão... 47 2.4.3. Caracerísicas gerais das écnicas de previsão... 48 vii

2.4.4. Faores a serem considerados na seleção da écnica e a elaboração da previsão... 48 2.4.5. Os quaro princípios fundamenais das previsões... 49 2.4.6. Requisios de planejameno empresarial para elaboração das previsões... 49 2.4.6.. Processo de previsão... 49 2.4.7. Sumário das écnicas de previsão radicionais... 53 2.4.7.. Algumas écnicas de previsão qualiaivas... 54 2.4.7.2. Algumas écnicas de previsão quaniaivas... 55 2.4.7.2.. Amorecimeno exponencial... 55 2.4.7.2.2. Decomposição clássica... 59 2.4.7.2.3. A meodologia de Box-Jenkins... 6 2.4.8. Erros de previsão e as medidas de precisão... 64 3. Gesão de suprimenos da empresa CRESUMAR... 67 3.. Caracerização da empresa... 67 3... Breve hisórico... 67 3..2. A razão social e nome fanasia da empresa... 68 3..3. Tarefas do CRESUMAR... 68 3.2. Aividades da função logísica de manuenção do CRESUMAR... 69 3.3. A função logísica de suprimenos e a gesão dos esoques do CRESUMAR... 7 3.4 O processo de planejameno das necessidades de maeriais e da realização dos serviços do CRESUMAR... 74 3.4. - Planejameno da manuenção e o reparo de maerial específico do CFN e o armameno leve da Marinha... 75 3.4.2 Planejameno da manuenção e do reparo de VTR ADM... 77 4. A previsão das necessidades de sobressalenes do CRESUMAR... 80 4.. Conhecimeno do problema... 80 4.2. Obenção dos dados... 8 viii

4.3. Analise dos dados... 83 4.3. Análise dos gráficos das séries hisóricas... 84 4.3.2 Análise dos correlogramas das séries hisóricas... 86 4.4. Obenção das previsões propriamene dias e das medidas de precisão... 95 4.4.. Previsões obidas com uso da écnica amorecimeno exponencial... 96 4.4... Previsões: sobressalenes do moor (grupo )... 97 4.4..2. Previsões: sobressalene do eixo dianeiro e raseiro (grupo 2)... 98 4.4..3. Previsões: sobressalenes da roda e freio (grupo 3)... 99 4.4..4. Previsões: sobressalenes do chassi e carroceria (grupo 4)... 00 4.4..5. Previsões: sobressalenes de componenes eléricos (grupo 5)... 0 4.4.2. Previsões obidas com o uso da écnica da decomposição clássica... 02 4.4.2.. Análise do comporameno das séries de dados... 02 4.4.2.2. Médias móveis cenradas e razões mediais por período do ciclo sazonal... 03 4.4.2.3. Obenção das razões mediais e dos componenes sazonais ajusados por período sazonal... 03 4.4.2.4. A série desazonalizada... 04 4.4.2.5. Idenificação do componene da endência... 04 4.4.2.6. Os componenes cíclicos... 05 4.4.2.7. Resulados da previsão de valores fuuros da série... 06 4.5. Análise dos resulados... 07 5. Conclusão... 6. Referências Bibliográficas... 5 ix

LISTA DE FIGURAS Página Figura. O Ciclo Logísico... 37 Figura 2. Eságios do processo de previsão... 5 Figura 3. Passos para elaboração de previsão... 53 Figura 4. Perfis de séries emporais... 59 Figura 5. Processo de planejameno e de aendimeno das necessidades de maeriais e serviços... 76 Figura 6. Viaura adminisraiva de serviço, Volkswagen, modelo Kombi. 84 Figura 7. Aquisições anuais de sobressalenes... 84 Figura 8. Gráfico das aquisições de sobressalenes do grupo... 84 Figura 9. Gráficos das aquisições de sobressalenes do grupo 2... 85 Figura 0. Gráfico das aquisições de sobressalenes do grupo 3... 85 Figura. Gráfico das aquisições de sobressalenes do grupo 4... 86 Figura 2. Gráfico das aquisições de sobressalenes do grupo 5... 86 Figura 3. Correlograma da série hisórica do grupo... 87 Figura 4. Correlograma da série hisórica do grupo 2... 88 Figura 5. Correlograma da série hisórica do grupo 3... 88 Figura 6. Correlograma da série hisórica do grupo 4... 89 Figura 7. Correlograma da série hisórica do grupo 5... 89 Figura 8. Correlograma da série das primeiras diferenças do grupo... 90 Figura 9. Correlograma da série das primeiras diferenças do grupo 2... 90 Figura 20a. Correlograma da série de segundas diferenças do grupo 2... 9 Figura 20b. Correlograma da série de diferenças de ordem 6 da série de primeiras diferenças do grupo 2... 92 Figura 2 - Correlograma da série de primeiras diferenças das aquisições grupo 4... 93 Figura 22 - Correlograma da serie de diferenças de ordem 2 da serie do grupo 4... 93 Figura 23 - Correlograma da série de diferenças de ordem 5 da série do grupo 4... 94 x

Figura 24 - Correlograma da série de diferenças de ordem 8 da serie do grupo 4... 94 Figura 25 - Correlograma da série das primeiras diferenças do grupo 5... 95 Figura 26 Gráfico das previsões para o grupo... 98 Figura 27 Gráfico das previsões para o grupo 2... 99 Figura 28 Gráfico das previsões para o grupo 3... 00 Figura 29 - Gráfico das previsões para o grupo 4... 0 Figura 30 Gráfico das previsões para o grupo 5... 02 Figura 3 Gráfico da série de médias móveis cenradas do grupo 4... 03 Figura 32 Gráfico da série desazonalizada do grupo 4... 04 Figura 33 - Gráfico do modelo de endência linear do grupo 4... 05 Figura 34 Gráfico da série de componenes cíclicos do grupo 4... 06 Figura 35 - Gráfico das previsões do grupo 4... 07 xi

LISTA DE TABELAS Página Tabela. Grupo : Sobressalenes do moor... 8 Tabela 2. Grupo 2: Sobressalenes dos eixos dianeiro e raseiro... 82 Tabela 3. Grupo 3: Sobressalenes do roda e freio... 82 Tabela 4. Grupo 4: Sobressalenes do chassi e da carroceria... 82 Tabela 5. Grupo 5: Sobressalenes de componenes eléricos... 83 Tabela 6. Série previsa para o grupo (moor)... 97 Tabela 7. Série previsa para o grupo 2 (eixo dianeiro e raseiro)... 98 Tabela 8. Série previsa para o grupo 3 (roda e freio)... 99 Tabela 9. Série previsa para o grupo 4 (chassi e carroceria)... 00 Tabela 0. Série previsa para o grupo 5 (componenes eléricos)... 0 Tabela. Componenes sazonais ajusados do grupo 4... 04 Tabela 2. Série previsa para o grupo 4 (chassi e carroceria) écnica da decomposição clássica... 06 xii

LISTA DE QUADROS Página Quadro. Responsabilidade sobre as funções logísicas... 4 Quadro 2. Equações varianes de modelos de amorecimeno exponencial... 57 Quadro 3. Noação uilizada nas equações de amorecimeno exponencial... 58 xiii

LISTA DE ANEXOS Página Anexo A. Discriminação das peças sobressalenes adquiridas por grupo... 22 Anexo B. Tabelas das séries de diferenças... 24 Anexo C. Tabela da série de médias móveis e médias móveis cenradas dos sobressalenes do grupo 4 (chassi e carroceria)... 29 Anexo D. Tabela da série desazonalizada (d ) dos sobressalenes do grupo 4 (chassi e carroceria)... 32 Anexo E. Tabela da série de componenes cíclicos dos sobressalenes do grupo 4 (chassi e carroceria)... 35 xiv

- INTRODUÇÃO A Reforma da Adminisração Pública Brasileira, como Programa de Governo, vem se processando no Brasil, desde 995, consiuindo-se num grande esforço para melhorar a capacidade operacional, a ransparência e a eficácia da gesão dos recursos públicos, sejam humanos, maeriais ou financeiros. Agindo de forma pioneira, a Marinha do Brasil (MB), desde 994, vem implanando, aperfeiçoando e consolidando um gerenciameno diferenciado para as Organizações Miliares responsáveis pela presação de serviços nas áreas: indusrial, ciência e ecnologia, hospialar e abasecimeno. Essas Organizações, denominadas Organizações Miliares Presadoras de Serviços (OMPS), êm como meas o aumeno da produividade, a redução de cusos, o melhor emprego dos recursos humanos, a reorganização de esruuras inernas, e a oimização dos gasos na consecução dos objeivos (EMA 04, 2002). A Marinha e os vários seores da Adminisração Naval possuem um sisema corporaivo de planejameno, execução e conrole implanado com sucesso desde 963, o Sisema do Plano Direor da Marinha (SIPLAD), para o qual precisa implemenar e mensurar os conceios já ciados nas aividades indusriais, visando oimizar os escassos recursos financeiros previsos para a manuenção de seus meios operaivos, cuja execução uiliza quanidade de recursos não mensurados (mão-de-obra, maerial e serviços). O SIPLAD foi criado a parir da adoção, pela Marinha, da écnica de orçameno-programa e da uilização crescene do processameno elerônico de dados, combinados para proporcionar à Adminisração Naval uma ferramena simples e eficiene para realizar a árdua arefa de oimizar o emprego dos escassos crédios que, hisoricamene, êm sido desinados à Marinha no Orçameno Geral da União (OGU). Nese senido, a Adminisração Naval precisou conhecer os valores que esão sendo gasos para maner em aividade uma OMPS e, em função disso, decidir pela sua coninuação ou pela sua exinção. É claro que a decisão não se baseia apenas nessa quesão, pois, em boa pare das vezes, precisa-se maner em funcionameno uma Organização Miliar, mesmo que deficiária, pois ela é imporane e indispensável para o cumprimeno da missão da Marinha. Tal fao, no enano, não inibe que se busque,

sempre, execuar as aividades com o menor cuso possível, possibiliando que os recursos poupados possam ser aplicados em ouros seores deles carenes. A aenção para os resulados diz respeio à sua mensuração, ambém chamada de avaliação de desempenho e serve para medir, por inermédio de indicadores, a obenção da eficácia das OMPS, ou seja, em que grau o produo/serviço aende aos padrões esabelecidos para aender às Organizações Miliares da Marinha do Brasil. Enreano, não se pode exigir eficácia de um sisema sem falar da eficiência, que se relaciona à oimização no emprego dos recursos disponíveis, iso é, em que grau o produo/serviço esá sendo produzido/presado a um cuso mínimo. Assim, o gerenciameno almejado nas OMPS induz, enre ouras coisas, a que se enha a aenção dos dirigenes dessas organizações simulaneamene para a eficiência e para a eficácia, com a finalidade de assegurar o desempenho e a coninuidade de sua exisência. Para isso é preciso acompanhar a evolução da demanda de iens necessários para realização dos serviços e o seu planejameno. Em º de dezembro de 998 foi sancionada a Lei nº 9.724, válida aé hoje, que insiuiu a Auonomia de Gesão das OMPS, prevendo que sejam esabelecidos objeivos, meas, indicadores de desempenho e insrumenos de avaliação em um conrao (Conrao de Auonomia de Gesão), que é assinado pelo dirigene da OMPS qualificada e pelo Secreário-Geral da Marinha (SGM), por delegação de compeência do Comandane da Marinha (REGIMENTO INTERNO, 2002). O Conrao de Auonomia de Gesão, em seu arcabouço, insere um pensar diferene denro de uma esruura que não pode sofrer qualquer abalo no seu alicerce, represenado pela hierarquia e a disciplina. A criaividade, as parcerias, a moivação, a busca de conribuições para a sociedade e o compromisso com a eficiência e a eficácia são a argamassa de uma obra que pode conribuir para a superação de enraves que se inerpõem à implemenação do modelo de gesão. O Cenro de Reparos e Suprimenos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CRepSupEspCFN) foi a primeira organização da Adminisração Direa da Marinha a assinar um Conrao de Auonomia de Gesão. Nesse senido, essa Organização Miliar (OM) foi escolhida como insiuição piloo do projeo de implanação de Conrao de Auonomia de Gesão na Marinha do Brasil. Se, por um lado, iso foi uma premiação, 2

por ouro, fez com que fosse idenificada a necessidade de esabelecer uma esruura que viabilizasse a melhoria consane de seus processos e subprocessos e o aproveiameno de seu poencial insalado, sem acréscimo de arefas ao seu reduzido efeivo. A Lei nº 9.724, de º de dezembro de 998, que dispõe sobre a auonomia de gesão das OMPS da MB, em seu ar. º esabelece que o Poder Execuivo poderá, assim, qualificar as OMPS que aendam ao seguine: I dedicação a aividades indusriais e de apoio de base, pesquisa e desenvolvimeno, aendimeno médico-hospialar, abasecimeno, ensino e culura; II geração de receia pela cobrança dos serviços presados às forças navais e a ouros órgãos da Marinha; III geração de receia, em caráer complemenar, pela presação de serviços aos demais órgãos e enidades governamenais ou exra governamenais, nacionais ou esrangeiras; IV cuseio de suas próprias despesas; V apuração de cusos por processo conábil específico; e VI exercício da compeiividade para melhoria da produividade. Para cumprir as suas arefas o CRepSupEspCFN rabalha com modelos logísicos de planejameno de necessidades de maeriais, cenrados em méodos e sisemas compuacionais que aendem aos padrões e aos conceios para as finalidades a que foram concebidos. A Empresa, normalmene, esá organizada com uma armazenagem cenralizada; enreano, a definição dos quaniaivos de maeriais necessários em esoque é de pouca eficiência. A idenificação das necessidades de sobressalenes é deerminada por sisemas de conrole descenralizados, que usam como base abelas de doação predeerminadas que somene aendem com resrições ao planejameno das aquisições das necessidades de maerial específico do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e do armameno leve da Marinha, auxiliados pela pesquisa das inenções dos compradores do seor da aividade de compras da Empresa. No enano, no que se refere ao maerial não específico, e nesse caso podem ser ciados os iens de reposição das viauras adminisraivas (VTR ADM), não exise um planejameno para a sua aquisição. Tal ausência pode levar ao risco de uma diminuição ou aé uma inerrupção dos serviços, decorrene da fala de um dado iem ou componene. É fao que a 3

ocorrência da fala de sobressalenes para um deerminado equipameno pode levar a conseqüências desasrosas para colocação ou manuenção do equipameno em serviço, com prejuízos aos quais a Empresa não pode se expor (de responsabilidade do seu Deparameno de Planejameno e Conrole da Produção) (PESQUISA DE CAMPO, 2007). Assim sendo, ese rabalho enfoca a análise dos problemas para oimização do planejameno do aendimeno das necessidades de peças sobressalenes para o reparo e a manuenção das viauras adminisraivas (VTR ADM) em uma Organização Miliar Presadora de Serviços da Marinha (OMPS), nesse caso o Cenro de Reparos e Suprimenos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CRepSupEspCFN). A previsão de demanda desempenha um papel-chave em diversas áreas da gesão das empresas. A área financeira, por exemplo, planeja a alocação e a necessidade de recursos analisando previsões de demanda de médio e longo prazo; as mesmas previsões ambém servem às áreas de recursos humanos e markeing, no planejameno de modificações no nível da força de rabalho e na programação de ações para alavancagem da resposa do mercado, por exemplo. Talvez mais do que em qualquer oura área, previsões de demanda são essenciais na operacionalização de diversos aspecos do gerenciameno e a execução programada de serviços. O planejameno das necessidades de maeriais para produção e coninuidade na realização de serviços é uma arefa que, quando enfrenada em sua complexidade, leva a que se enha de lidar com aspecos relacionados às endências e as sazonalidades dos mercados, associados com as variações nos preços e nas demandas inernas e de cera pare por maérias prima, serviços e produos. No caso da Empresa (o CRepSupEspCFN), ais aspecos em dificulado a implanação de políicas de previsão para curo, médio e longo prazo que possam orienar ações esraégicas visando a oimização dos resulados financeiros e operacionais para as OM.. - Objeivos Avaliar a aplicabilidade das écnicas de previsão para apoiar uma meodologia de gesão de esoques do maerial não operaivo do Cenro de Reparos e Suprimenos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais, fundamenada em revisão de alguns conceios 4

de gesão de esoques, de logísica miliar e de adminisração de suprimenos e da aividade de manuenção. O rabalho irá ilusrar essa aplicabilidade com a aplicação de écnicas de previsão para a gesão de sobressalenes do seor de serviços do CRepSupEspCFN, ambém denominado CRESUMAR..2 - Esruura do rabalho Após ese capíulo inroduório, o presene rabalho apresena mais quaro capíulos, conforme a seguir: Segundo capíulo Fundamenação Teórica Nese capíulo são apresenados alguns conceios sobre a gesão de esoques, a aividade de manuenção de equipamenos, em especial aplicados à logísica miliar, além de fundamenos e algumas écnicas de previsão de demanda, com o objeivo de relacioná-los à Organização Miliar Presadora de Serviços, o CRESUMAR. Terceiro capíulo Gesão de Suprimenos da Empresa CRESUMAR Ese capíulo esá reservado à caracerização da empresa esudada, algumas de suas arefas, principais aividades e o seu processo de gesão de maeriais, com o objeivo de idenificar as necessidades exisenes e servir de base para demonsrar a aplicabilidade de écnicas de previsão para essa gesão, por meio da aplicação feia com dados de maerial não específico desinado a manuenção e o reparo de viauras adminisraivas (VTR ADM). Quaro capíulo Previsão das necessidades de sobressalenes do CRESUMAR Ese capíulo corresponde à elaboração de previsões como um processo, e dessa forma procede-se à análise e o conhecimeno do problema de gesão de suprimenos do CRESUMAR realizada no capíulo anerior. Assim, nese capíulo inicialmene é realizada a análise de dados hisóricos das aquisições de suprimenos específicos e aplica-se as écnicas de previsão de amorecimeno exponencial e de decomposição clássica, com o objeivo de prever as necessidades desses maeriais para manuenção de equipamenos e sua reposição em deerminado ipo de equipameno do CRESUMAR, ou seja, as viauras adminisraivas (VTR ADM) do ipo KOMBI. Por fim, são apresenados a conclusão, as referências bibliográficas e os anexos. 5

.3 - Delimiação do rabalho O rabalho apresenado é realizado em uma Organização Miliar Presadora de Serviço específica. Porano, embora possa vir a se aplicar, a análise realizada não pressupõe sua generalização a ouras empresas do seor. Os dados de iens de maerial cuja previsão é obida aravés da aplicação das écnicas de previsão são agrupados, conforme consa dos relaórios do CRESUMAR. 6

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamenação eórica para o desenvolvimeno dese rabalho baseia-se em conceios e definições relaivos à gesão de esoques, à aividade de manuenção e reparo de equipamenos, a aspecos e paricularidades e organização da logísica no Deparameno de Defesa dos Esados Unidos da América (EUA), no Minisério da Defesa e da Marinha do Brasil, que são aqui apresenados. Além disso, uma inrodução à previsão de demanda é feia para a aplicação de écnicas específicas ao esudo realizado. 2. Aspecos relevanes da gesão de esoques A gesão dos esoques garane às empresas a disponibilidade de iens quando os mesmos são necessários para suprir a demanda (ARNOLD, 999). Os esoques podem ser definidos como a acumulação de recursos maeriais em um sisema de ransformação, como ambém são maeriais e suprimenos que uma empresa maném com o inuio de venda ou fornecimeno de insumos ou suprimenos para o processo de produção. Esoque é um aivo circulane necessário que permie que o processo de produção e de venda opere com um mínimo de disúrbio (GITMAN, 200). Segundo HEIZER e RENDER (200), as empresas buscam cada vez mais reduzir os níveis de esoque sem compromeer o nível de aendimeno a seus clienes, enreano, não se consegue realizar uma esraégia de baixo cuso sem uma boa gesão de esoques. Um dos grandes desafios enfrenados aualmene se refere ao balanceameno dos esoques em ermos de produção e logísica com a demanda do mercado e o nível de serviço ao cliene (BERTAGLIA, 2003). A manuenção dos esoques incorre em cusos, onera o capial, ocupa espaços e necessia de gerenciameno dos fluxos de enrada e saída nos sisemas produivos, podendo inclusive ornar os esoques obsoleos e ulrapassados (BERTAGLIA, 2003). De acordo com HEIZER e RENDER (200), odas as empresas êm algum ipo de sisema de planejameno e conrole de esoques, ainda que não seja bem sisemaizado e abrangene aos moldes da moderna logísica empresarial. 7

O conrole inadequado de esoques pode resular ano em esocagem insuficiene quano em esocagem excessiva (STEVENSON, 200). A esocagem insuficiene resula em fornecimenos ou vendas perdidas, clienes insaisfeios e gargalos na produção; a esocagem excessiva absorve, desnecessariamene, fundos que poderiam ser melhor uilizados em ouros invesimenos e alocações. Em ceras siuações, a esocagem excessiva pode ser desconcerane e a siuação econômico-financeira pode facilmene fugir ao conrole. Os gesores ou adminisradores de esoque devem lidar com decisões referenes a compras, produção e disribuição. Algumas das decisões mais imporanes são (GARCIA, 2006): Quano pedir: odo pedido de ressuprimeno deve especificar a quanidade requerida, endo como base demandas fuuras esperadas, desconos exisenes e cusos envolvidos. Quando pedir: o momeno exao de emiir uma nova ordem de pedidos é deerminado pelo parâmero do pono de pedido, que depende do lead ime de ressuprimeno, da demanda esperada e do nível de serviço desejado. Com que freqüência revisar os níveis de esoque: os níveis de esoque podem ser revisados coninuamene ou periodicamene dependendo da ecnologia presene e dos cusos de revisão, face aos cusos da fala do iem em quesão. Onde localizar os esoques: se uma empresa pode esocar seus produos em mais de uma insalação, decisões de localização e de alocação de iens à insalação devem ser omadas, como, por exemplo, maner produos acabados em armazéns pequenos próximos aos clienes ou em um armazém cenral, o que depende dos cusos de disribuição, resrições de serviço, empo o qual os clienes aceiam esperar, empo de disribuição, cusos de esoque, cusos de insalações ec. Como conrolar o sisema de gesão de esoques: a uilização de indicadores de desempenho nas operações de produção e de aendimeno aos pedidos e o seu moniorameno vão permiir apoiar medidas correivas e ações de coningência se o sisema esiver com baixo grau de conrole ou operando com baixo desempenho. Segundo MOREIRA (993), um iem é de demanda independene quando o seu consumo variar basicamene em função da movimenação do mercado.o volume em esoque de iens de demanda independene é calculado em função da previsão de 8

demanda fuura. Os iens de demanda dependene são aqueles cujo consumo é inerno à empresa, ou seja, são iens uilizados na monagem ou fabricação de produos finais e mercadorias para o mercado. Segundo DIAS (993), a gesão eficiene de esoques deve permiir deerminar: o que deve permanecer em esoque; quando reabasecer; quano é necessário para um dado período; acionar a aquisição para reposição; receber, armazenar, aender com os maeriais esocados; conrolar os esoques em quanidade e valor e fornecer informações sobre a posição do esoque; e maner invenários periódicos visando avaliar as quanidades e esados dos maeriais; e idenificar e reirar do esoque os iens obsoleos e danificados. 2.. - Função dos esoques Como afirma ARNOLD (999), o objeivo básico do esoque é separar o suprimeno da demanda, servindo de inermediário enre a ofera e a demanda, a demanda e o volume de produo acabado, o produo acabado e a disponibilidade de suprimenos, as exigências de uma operação e seus respecivos resulados, onde se incluem peças, maeriais e fornecedores de maeriais para a produção. ARNOLD (999) reforça que: na produção em loes, o propósio básico dos esoques é separar o suprimeno da demanda ; os esoques ajudam a maximizar o aendimeno aos clienes, proegendo a empresa de incereza ; mas que a demanda e os lead imes relaivos à produção de um iem são inceros, podendo resular em esvaziamenos de esoques e na insaisfação dos clienes. Segundo BOWERSOX (200), exisem diversas funções e necessidades para se maner deerminado iem ou produo em esoque gerando, por exemplo, esoque de anecipação, esoque especulaivo, esoque fluuane, esoque em rânsio e esoque de suprimenos para manuenção, reparo e operação (MRO), ou seja: Esoque de anecipação: é consiuído com a inenção de anecipação de uma demanda fuura, de forma a nivelar a produção ao longo do empo e diminuir os cusos de mudanças das axas de produção (ARNOLD, 999). Esoque fluuane (esoque de segurança): é usado ao final dos ciclos de ressuprimeno, quando o consumo é mais alo ou os empos de ressuprimeno são 9

maiores que o esperado. São calculados para diminuir o impaco da incereza (ARNOLD, 999). Esoque especulaivo (inerfere no amanho do loe): é consiuído com o objeivo, por exemplo, de se irar vanagens nos desconos sobre as quanidades, a fim de reduzir cusos com ranspores, de preparação de pedidos, adminisraivos, ou em siuações em que é praicamene impossível a fabricação dos iens. Esoque em rânsio: são os iens que esão em movimeno ou aguardando ranspore já sobre os veículos. Esse ipo de esoque é conabilizado por causa do empo necessário para o ranspore dos produos. Esoque de suprimenos para manuenção, reparo e operação (MRO): o cuso de uma parada de produção é composo pelas despesas correspondenes à mão-de-obra e ao equipameno parado, ao prazo de enrega adiado e à própria perda de venda e aé de um cliene. Assim, percebe-se que o mesmo risco que se corre com a fala de uma maériaprima ambém pode ocorrer com a fala de peças de reposição em equipamenos (DIAS, 993). 2..2 - Caegorias dos esoques Conforme BERTAGLIA (2003), as caegorias dos esoques esão correlacionadas ao fluxo de processameno dos maeriais, sendo: a) Maéria-prima: são odos os iens uilizados no processo de fabricação do produo acabado, incluindo ambém maeriais auxiliares, ou seja, iens uilizados que indireamene esão relacionados com o processo produivo, como maeriais de expediene da empresa. b) Produo em processo: produo em diferenes eságios nos processos de fabricação, ou seja, ese esoque corresponde aos iens que esão em processo de ransformação, porém ainda não são produos acabados, esão em modificação. c) Produo semi-acabado: são esoques de produos que não esão finalizados, armazenados aguardando seu desino final. d) Produo acabado: são os produos nos quais odas as operações de manufaura foram realizadas e compleadas, incluindo os eses finais e a respeciva aprovação pelo 0

conrole de qualidade, disponíveis para serem ransporados para o cliene, como produo final de consumo ou peça de reparo em caso de iens de manuenção. e) Esoque de disribuição: corresponde ao produo acabado disponível no sisema de disribuição e prono a ser desinado ao cliene final. f) Esoque de consignação: são esoques ano de produo acabado ou peças de reposição que, com acordo múuo, são de propriedade do fornecedor, porém se maném armazenados em insalações dos clienes, aé que sejam consumidos. 2..3 - Cusos dos esoques e o méodo de cuseio ABC 2..3. Componenes do cuso do esoque Uma quesão que possui uma imporância fundamenal é o cuso despendido na formação e manuenção do esoque (CHING, 999). Conforme BERTAGLIA (2003), é conveniene que as empresas com alo volume de esoque o gerencie baseando-se em méodos analíicos que suporem a omada de decisão. Segundo DIAS (993), exisem duas grandes variáveis que aumenam os cusos de esoque: as quanidades armazenadas dos iens e o empo que esses permanecem em esoque. Por isso, quando da omada de decisão de quano comprar a empresa precisa idenificar quais componenes desses cusos podem ser afeados por essa decisão. São eles: a) Cuso de aquisição Esão direamene relacionados a pedir e ober, dividindo-se em cusos fixos (associados aos salários dos funcionários) e variáveis (cusos que aumenam na proporção do número de pedidos efeuados). Esses cusos podem ser avaliados por iem e por pedido: Cuso por iem: segundo ARNOLD (999), pode ser relacionado ao preço pago pelo iem comprado e que consise não só no cuso desse iem como de qualquer ouro cuso direo associado ao mesmo aé a enrega na fábrica, quais sejam: free, axas, imposos e seguro. Em um iem fabricado na própria empresa, o cuso inclui maerial direo, mãode-obra, e os gasos gerais de fabricação. Cusos por pedido: os cusos dos pedidos são os que esão associados à emissão de um pedido ou para a fábrica ou para um fornecedor, e o mesmo não depende da quanidade

pedida. ARNOLD (999) coloca que os cusos para emissão de um pedido podem compreender o cuso de conrole da produção, o cuso de preparação e desmonagem, cuso de capacidade perdida e cuso de um pedido de compra. b) Cuso de manuenção de esoque Ese cuso é composo por componenes desde a formação do esoque aé seu consumo, referindo-se a iens físicos. Segundo ACCIOLY e al. (2008), compõe-se por: Cuso do espaço para armazenagem: corresponde lieralmene ao espaço físico uilizado para armazenar o maerial, incluindo ambém aluguel, equipamenos, funcionários e ouros. Cuso de capial: corresponde à avaliação do ganho pelo invesimeno do capial em ouras opções. Cuso de serviços: esá direamene associado ao volume de esoque, inegrado ao cuso de manuenção, relacionando-se a cusos para a proeção dos esoques e axas específicas. Cuso por fala de esoque: quano a faores exernos reflee os arasos de pedidos e perdas de vendas; quano a faores inernos, reflee a perda de produção, reprogramações e arasos no aendimeno de daas. Cuso de risco: diz respeio ao risco que a empresa corre quando o maerial esá esocado e não é uilizado, como o de obsolescência, pequenos furos, danos e deerioração. 2..3.2 O méodo ABC ou Aciviy Based Cosing Segundo ACCIOLY e al. (2008), o méodo ABC foi desenvolvido a parir da consaação de que as aividades realizadas em uma empresa geram cusos, sendo as mesmas associadas aos produos e serviços produzidos. Conforme MONTEIRO (2000), o cuso final dos produos relaciona-se ao consumo dos recursos da empresa e é decorrene das aividades necessárias à fabricação e a comercialização desses produos. Para a implemenação do méodo de cuseio ABC são necessários dois eságios para alocação dos cusos aos produos. Inicialmene, os cusos dos recursos são ransferidos para a realização das aividades. Já no segundo eságio, os cusos das aividades são 2

ransferidos para os objeos dos cusos, sejam eles produos, clienes, linhas, ec., por meio dos chamados direcionadores de cusos. 2..4 - Políicas de conrole de esoques Excessos e falas de esoques são, desde há muio empo, reconhecidos como o principal faor dos que conribuem para as fluuações nas aividades dos negócios. Iem de esoque pode ser qualquer maéria prima, insumo, componene, ferramena ou produo acabado. Quano mais complexo ou diversificado for o produo final maior será a diversidade de iens esocados e mais complexo será o conrole de esoques (ACCIOLY e al. 2008). Conforme enfoque de VIANA (2000), enende-se por políica de esoques o conjuno de aos direivos que esabelecem, de forma global e específica, princípios, direrizes e normas relacionadas ao gerenciameno de maeriais nas empresas, para escolha do modelo de cálculo do nível de esoque e do modelo de ressuprimeno. Isso visando à oimização dos recursos e do capial invesido. Conforme GARCIA (2006) exisem formas diferenes de planejameno para cada ramo de aividade. O auor reforça siuações onde a previsão de vendas é usada como mecanismo induor da políica de esoques, onde o planejameno engloba o conrole dos esoques e o planejameno oal das pares relacionadas, como disribuição e produção. Para GARCIA (2006), um aspeco imporane é a divisão enre políicas de revisão conínua e de revisão periódica. Políicas de revisão conínua são aquelas em que decisões de ressuprimeno podem ser omadas a qualquer insane de empo, o que é possibiliado pelo moniorameno conínuo de mudanças nos níveis de esoque. Já nas políicas de revisão periódica, decisões de ressuprimeno são realizadas em inervalos de empo predefinidos. Segundo ACCIOLY e al. (2008), as políicas de revisão conínua resulam em menores níveis de esoque (em razão de menores esoques de segurança) com o mesmo nível de serviço quando comparadas às políicas de revisão periódica. Enreano, políicas de revisão periódica permiem a programação de operações como compras, ranspore e recebimenos, o que pode razer oporunidade de economias de escala e a racionalização do uso de recursos. Além disso, revisar os esoques periodicamene pode reduzir os cusos de moniorameno e conrole (GARCIA, 2006). 3

2..5 - A classificação ABC ou Lei de Pareo Conforme BERTAGLIA (2003), a classificação ABC consise em adminisrar por exceção, separando os iens em rês classes de acordo com o valor oal consumido. Segundo TUBINO (2000), o imporane para a adminisração dos esoques é que, na maioria das empresas, ao ordenarem-se os iens segundo sua demanda valorizada, verifica-se que uma pequena quanidade de iens, chamada classe A, represena uma grande parcela dos recursos invesidos, enquano, por ouro lado, a grande maioria dos iens, chamada classe C, em pouca represenaividade neses recursos. TUBINO (2000) complemena que enre a classe A e C esão os iens de imporância medianos, chamados de classe B. Geralmene uma pequena proporção dos iens em esoque irá represenar uma grande proporção no valor oal manido em esoque. Esse fenômeno é conhecido como Lei de Pareo, ou curva ABC para o conrole de esoques. A curva ABC, para DIAS (993), é um imporane insrumeno de conrole que o adminisrador de maeriais pode uilizar na gesão de seu esoque. A curva ABC é uilizada para classificar diferenes ipos de iens. Normalmene, uma classificação dos iens em relação à quanidade uilizada e o seu valor seguem a seguine disribuição: Iens A: são os 20% de iens com alo valor e que represenam 80% do valor oal em esoque; Iens B: são aqueles com valor médio, usualmene os seguines 30% dos iens e que represenam 5% do valor oal; Iens C: são aqueles de baixo valor que, apesar de compreenderem cerca de 50% do oal de iens esocados, represenam cerca de 5% do valor em esoque. 2..6 Definição e caracerísicas das peças de reposição (sobressalenes) Embora possa parecer de menor valor comenar as origens e as diversas acepções da palavra sobressalene, é imporane apresenar o seu significado, já que essa palavra será ciada ao longo de odo o rabalho. Assim, ciam-se as seguines definições: Sobressalene: "Qualquer peça desinada a subsiuir oura que se gase, quebre, ec (CALDAS, 2003). Sobressalene: Peça ou acessório de reserva desinado a subsiuir o que se gasa ou avaria pelo uso. Peça ou acessório que em esse fim; peça de reposição. Que 4

sobressai, saliene; que excede, excedene, demasiado; Que é acrescenado como reserva; udo o que sobeja e é próprio para suprir falas (BRANCO FILHO, 2000). Sobressalene: que sobressai; que aproveia para suprir uma fala; aquilo que sobressai, que excede; aquilo que sobra, que é a mais; variação, sobresselene; reserva para suprir uma fala (MICHAELIS, 2006). Sobressalene: é uma peça, componene, acessório ou equipameno desinado a subsiuir ouro que se enha desgasado ou avariado (DEN, 2000). Sobressalene: é o mesmo que iem de suprimeno quando desinado à evenual subsiuição de seu similar insalado em equipameno ou unidade, por moivo de exravio, desgase, avaria ou prevenção de avaria (SGM-20, 2006). Sobressalene: Peça ou conjuno de peças desinadas a subsiuir ouras semelhanes que se avariam ou desgasam, num aparelho, equipameno ou máquina (CAMINHA, 996). Ouras definições relacionadas a palavra sobressalenes (SGM-20, 2006): Iem de suprimeno - é uma peça, ou um conjuno de peças ou ouro qualquer maerial não ligado especificamene a equipameno que, aendendo aos propósios e parâmeros esabelecidos pelo Sisema de Abasecimeno da Marinha, possua caracerísicas essenciais que o individualizam nesse sisema. Peça - é uma unidade perencene a um acessório, componene ou equipameno que não é capaz de produzir, isoladamene, uma função deerminada. Acessório - é aquilo que se juna ao objeo principal (equipameno) ou é dependene dese. Complemeno desinado a melhorar a ação do objeo principal (equipameno). Componene - é uma peça ou conjuno de peças monados de forma a consiuir uma unidade que opere segundo uma ação mecânica, elérica, érmica ou de oura naureza, responsável por uma função definida e necessária à operação de um equipameno. Equipameno - é um conjuno de componenes, acessórios e peças que é capaz de produzir um deerminado rabalho ou aender a uma deerminada função. Grupo - é o conjuno de dois ou mais equipamenos desinado a aender a uma deerminada função. Iem - é o objeo cujas caracerísicas o disinguem perfeiamene de odos os demais usados na Marinha e consise na subdivisão de um arigo. 5

Arigo - é uma coleção de objeos que possuem as mesmas caracerísicas gerais e a mesma finalidade; ou coleção de iens similares do mesmo grupo ou classe. Face às definições ciadas percebe-se que as peças sobressalenes são imporanes para o planejameno da manuenção de um equipameno, e a mea da gesão de peças sobressalenes é ornar o esoque mais econômico, eviando os excessos, as redundâncias e aumenando, em conraparida, o nível de confiança da aividade de manuenção. SANTOS (2003) expõe que o nível de esoque de sobressalenes é deerminado pelo nível dos padrões da engenharia de manuenção e pela eficiência dos padrões de gerenciar os esoques. O auor comena ainda que maner em esoque uma menor variedade de peças reduz o rabalho de gerenciameno de esoque, conudo exise a preocupação com as falas de maerial em esoque. Tal preocupação é perinene quando conduz à padronização do parque de equipamenos e de sobressalenes. A gesão do esoque de sobressalenes para a manuenção visa definir uma quanidade suficiene de componenes sobressalenes que devem ser manidos em esoque para garanir um rápido reparo das falhas premauras, manendo-se a disponibilidade necessária dos equipamenos para prono uso. A eficácia da manuenção é foremene influenciada pela disponibilidade de peças sobressalenes, podendo ser denominada de apoio logísico (JURAN, 99). Segundo TAKAHASHI e OSADA (993), as peças sobressalenes são caracerizadas por freqüência de uso anual pequena e axa de giro baixa, e, em relação à quanidade de equipamenos em operação, apresenam um número de falhas observadas pequeno, relacionado à confiabilidade do esoque. As peças sobressalenes são iens cujo consumo médio hisórico pode variar enre e n unidades por ano, dependendo do equipameno a que se desinam. Para eses iens normalmene é recomendada uma políica de esoques baseada na definição de um pono de reposição ou ressuprimeno e na quanidade de reposição. O pono de reposição é o paamar de esoque (nível de esoque) no qual uma soliciação de reposição é feia com um amanho de loe de peças, sendo seu recebimeno definido pelo lead ime de resposa a parir do fornecedor. A impossibilidade de aproximar a demanda desse ipo de iem da disribuição normal orna difícil a deerminação do pono 6

de reposição, bem como o esoque de segurança, a fim de maner um alo nível de serviço (WANKE, 2003). Segundo o auor, sob o prisma da adminisração de maeriais, as peças sobressalenes podem ser divididas em iens reparáveis e iens não reparáveis. A gesão dos esoques de peças sobressalenes consiui um capíulo à pare na gesão de esoques. Iso por causa dos elevados cusos de aquisição, o longo empo de resposa de fornecimeno e a disribuição de demanda, em sua maioria, não aderene à disribuição normal. 2..7 - Imporância da cenralização e descenralização no gerenciameno dos esoques Normalmene as empresas fazem esudos para localização de armazéns com objeivos exploraórios, quando se deseja avaliar o impaco de mudanças no ambiene quano à sua esruura de suprimeno e disribuição, como ambém elas manêm esoque para melhorar a coordenação enre ofera e demanda e diminuir os cusos oais (BALLOU, 993). De um modo geral, esses esudos visam analisar as melhores localizações e a forma de gerenciameno do esoque, ou seja, a cenralização ou a descenralização. A concenração do esoque em um armazém cenral represena uma esraégia de gerenciameno, que em como base eviar os esoques excessivos e redundanes muias vezes associados ao gerenciameno descuidado de esoques disribuídos. Enreano, a cenralização não é necessária quando o objeivo principal é melhorar a produividade dos reparos de emergência durane as avarias súbias (TAKAHASHI e OSADA, 993). A descenralização dos esoques orna mais complexo o gerenciameno desses maeriais e aumena a quanidade de esoque necessária. Uma forma para minimizar os riscos com a manuenção de esoques em ponos avançados é a armazenagem seleiva de esoque, ou seja, o maerial com baixo giro com maior incereza de demanda será manido em insalação cenralizada e o de maior giro com demanda esável, em ponos avançados (GARCIA e al., 2000). 7

2.2 Aspecos da aividade de manuenção de equipamenos 2.2. - A evolução da aividade de manuenção De acordo com ABRAMAN (2006), a manuenção pode ser definida como a combinação de ações écnicas e adminisraivas, incluindo as de supervisão, desinadas a maner ou recolocar um iem em um esado no qual possa desempenhar uma função requerida. A manuenção vem evoluindo juno com o desenvolvimeno écnico-indusrial das unidades de produção. No final do século XIX, com a mecanização das fábricas, surgiu a necessidade dos primeiros reparos nas máquinas. Nesse conexo, era feia a manuenção correiva, cujo objeivo era a execução do reparo das máquinas quando necessário. Essa siuação maneve-se aé a década de 30 (ABRAMAN, 2006). Na Segunda Guerra Mundial, surgiu a necessidade de uma produção mais ágil e, enão, a adminisração indusrial passou a preocupar-se não só com o reparo das falhas, mas ambém com medidas que pudessem eviar o aparecimeno das mesmas, se realizando enão a manuenção preveniva periódica. Por vola de 950, as indúsrias desenvolveram-se para aender aos esforços do pós-guerra e ao avanço das indúsrias aeronáuicas (ABRAMAN, 2006). Havia a percepção de que o empo gaso para diagnosicar as falhas era muio maior do que o empo gaso para repará-las. Nessa época, reforçou-se a manuenção produiva, que inha como funções planejar e conrolar a manuenção preveniva e analisar as causas e efeios das avarias. Foi enão inroduzido o conceio de manuenção prediiva, que pressupõe que a manuenção é efeuada quando se deeca a aproximação de uma condição insável ou de uma falha. Na década de 80, foi inroduzido o conceio de manuenção cenrada em confiabilidade (MCC), que se baseia em uma meodologia para desenvolver e selecionar esraégias para a manuenção, com base em criérios de melhoria conínua, sendo represenada pelo aumeno da qualidade e da confiabilidade, redução dos cusos e dos prazos de realização dos serviços, garania de segurança no rabalho e preservação do meio ambiene (SMITH, 993). 8